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1.

Analisar as funções da saliva e da deglutição:


Saliva:
A saliva é um líquido secretado pelas glândulas salivares diretamente na cavidade bucal. Seu
maior componente é a água, que chega a ocupar aproximadamente 99% de seu peso, sendo o
restante formado por componentes orgânicos e minerais que constituem a parte sólida da saliva.
Possui dois tipos principais de secreção de proteína, a secreção serosa que contém ptialina, enzima
para digestão de amido, e secreção mucosa que contém mucina para proteger e lubrificar as
superfícies. Possui ainda quantidade elevada de íons potássio e bicarbonato.
As glândulas que contribuem para a formação da saliva são as parótidas, as
submandibulares, as sub- linguais e por inúmeras glândulas menores, localizadas principalmente na
mucosa bucal. Essas são controladas, principalmente, por estímulos parassimpáticos, mas também
por estímulos simpáticos, que se originam nos núcleos salivatórios. Esses núcleos são excitados por
forças gustativas e táteis. Além disso, a secreção salivar possui uma fase cefálica, que se constitui de
estímulos sensoriais, olfatório, visual, e uma fase oral, que são os estímulos mecânicos e químicos.
Ao conjunto das diversas secreções glandulares que se juntam dentro da cavidade bucal deu-
se o nome genérico de saliva mista, que contém, além das secreções glandulares, componentes
estranhos como fluído gengival, células descamativas, bactérias e produtos bacterianos, além de
outros componentes variáveis.
Além da atividade enzimática, a saliva contribui para o processo digestivo, lubrificando o
bolo alimentar e, desta forma, facilitando sua mastigação e deglutição. Inúmeras substâncias nocivas
ao organismo e alguns medicamentos são excretados pela saliva, que assim funciona como um
veículo de desintoxicação. A saliva desempenha função de proteção do meio bucal, mediante a ação
de substâncias antibacterianas, como também participa na manutenção do equilíbrio hídrico,
regulando a excreção de líquido do organismo.

Componentes orgânicos da saliva:
A. Proteinas salivares ricas em prolina:
São determinadas estruturas adquiridas pelas moléculas protéicas que lhe conferem maior
resistência ou estabilidade às mudanças conformacionais.
Na saliva, as espécies moleculares encontradas são representadas pelas fosfoproteínas,
glicoproteí- nas ácidas e básicas e mucinas. Os principais papéis fisiológicos des- sas proteínas são os
de formarem cobertura orgânicas sobre superfícies das mucosas e dos dentes, além de envolverem os
alimentos, lubrificando-os e favorecendo sua mastigação e deglutição.
Decorrente da concentração relativamente alta de radicais ácidos, estas proteínas
apresentam grande afinidade pela hidroxiapatita, sendo um dos principais contribuintes da película
adquirida, filme orgânico que se forma rapidamente sobre as superfícies dos dentes.
As fosfoproteínas também estão implicadas nos processos de remineralização do esmalte e
na estabilização da concentração super- saturada dos íons de cálcio e fosfato da saliva.

B. Proteinas salivares ricas em aminoacidos aromáticos:
Estaterina está envolvida com a estabilização e o transporte do cálcio salivar. Gustina está
ligada ao transporte do íon zinco, junto às papilas gustativas.
Lactoferrina está ligada ao transporte de íons ferro da saliva.

C. Aglutininas salivares:
As aglutininas exercem um papel antimicrobiano, a partir da aglutinação de bactérias pelas
proteínas salivares é decorrência da neutralização das cargas elétricas negativas da superfície cellular,
considerando que os agregados macromoleculares em solução podem ser eliminados pela deglutição.
As proteínas ácidas salivares, fosfoproteínas, glicoproteínas e mucinas são capazes de
interagirem com as cargas negativas bacterianas através de uma ponte de cálcio.

D. Enzimas salivares:
A alfa-amilase não é essencial ao processo digestivo, uma vez que na sua ausência a digestão
se processa normalmente às expensas da enzima pancreática. Contudo, exerce importante papel na
digestão de restos de alimentos aderidos aos espaços interdentais, colaborando assim em sua
solubilização e limpeza.
A lisozima é uma enzima altamente positiva que cataliza a degradação de peptidoglicanos,
macromoléculas que se apresentam negativamente carregadas, encontradas nas paredes das células
bacterianas, exercendo ação antibacteriana. Secretada glândulas mucosas e porfagócitos existentes
na cavidade bucal.
A lactoperosidade salivar catalisa a decomposicão de peróxidos, liberando radicais capazes
de oxidarem outras substâncias, como por exemplo os grupamentos tióis de proteínas existentes nas
células bacterianas, tornando-as inativas. Desta forma, a lactopero- xidase exerce também uma ação
antibacteriana.

E. Imunoglobulinas:
Imunoglobulinas secretórias (IGA) desempenham a função de defesa contra a invasão de
agentes estranhos (antígenos), nocivos ao organism, combinando especificamente aos antígenos. Ou
seja, cada classe de imunoglobulinas é responsável por um tipo de reação biológica:
• IgE está ligada à reações do tipo alérgico;
• IgM e IgG estão ligadas as reacões de fixação de complemento;
• IgA são as imunoglobuIinas encontradas normalmente nas secreções;
• IgD e IgM, são as principais imunoglobulinas da superfície dos linfócitos. As imunoglobulinas
secretórias representam uma primeira linha de defesa do organismo contra a invasão
virótica e bacteriana, normalmente presentes no tubo gastrointestinal. Pela maior afinidade
que as imunoglobulinas secretórias têm pelos antígenos dos microorganismos, elas formam
com os mesmos, agregados macromoleculares, impedindo assim sua aderência às superfícies
das mucosas e facilitando sua remoção pela deglutição.

Componentes inorgânicos da saliva:
A osmolaridade da saliva é devido somente à concentração dos íons sódio, potássio, cloreto
e bicarbonato. Contudo, as concentrações destes íons alteram-se dramaticamente com a velocidade
do fluxo salivar. A hipotonicidade está relacionada as concentrações de água da saliva que é maior do
que a das células mucosas e a do dente, portanto, em condições normais, a tendência do fluxo
aquoso é de fora para dentro das células mucosas e estruturas dentais, levando assim os
componentes salivares em íntimo contato com a superfície destas estruturas.

Deglutição:
A deglutição é um processo, ao mesmo tempo, voluntário e involuntário. Principalmente na
parte final da faringe, perde-se progressivamente o controle voluntário.

Fase voluntária:
Tem como estágios o transporte, a modificação da consistência do bolo alimentar e
produção de uma onda, que parte da ponta da língua para a parte posterior, comprimindo o palato
duro, de forma que o bolo alimentar se dirija ao palato mole, esse é suspendido pelas dobras
palatofaríngeoíngeas, impedindo o refluxo do alimento para a nasofaringe e abrem a passagem para a
faringe, o bolo em contato com a faringe proporciona o início dos reflexos da deglutição.

Fase faríngea:
O bolo alimentar estimula as áreas de receptores epiteliais da deglutição e seus impulsos
passam para o tronco encefálico onde contrações musculares faríngeas automáticas se iniciam. Os
impulsos motores do centro da deglutição para a faringe e parte posterior do esôfago são
transmitidos pelo quinto, nono, décimo e décimo segundo nervos cranianos e alguns nervos cervicais
superiores. O centro da deglutição inibe o centro respiratório interrompendo a respiração para
permitir a deglutição.
A chegada do alimento na faringe produz, através de receptores mecânicos, uma resposta
constritora, os chamados anéis faríngeos, que facilitam a onda peristáltica, ou seja, no reflexo de
estiramento, há uma curta de constrição nesse mesmo ponto, e o relaxamento do ponto seguinte,
ocorrendo a propulsão na direção distal (chamadas ondas faríngeas).
Ao passar pela faringe a traqueia se fecha enquanto o esôfago abre e inicia as ondas
peristálticas que forçam o bolo do alimento para a parte superior do esôfago. O esfíncter esofagiano
superior é uma estrutura muscular que se relaxa quando o conteúdo do alimento estiver exatamente
proximal a ele. Esse efeito é decorrente de um reflexo curto, ou seja, a presença do alimento na
faringe distal faz uma constrição nesse ponto, e um relaxamento à frente.

Fase Esofágica:
O esôfago tem por função conduzir o alimento da faringe para o estômago. Com o bolo
alimentar no EES, o alimento é transladado para o estômago por movimentos peristálticos. A partir de
dois tipos de movimentos peristálticos:
• Peristaltismo primário: é a continuação da onda peristáltica que inicia na faringe
até o esôfago. A consistência e o tamanho do bolo alimentar adequados fazem com
que uma só onda leve o alimento até o esfíncter esofagiano inferior.
• Peristaltismo secundário: Quando isso não acontece, ondas peristálticas
secundárias vão agir, resultantes da distensão do próprio esôfago. Essas ondas
peristálticas secundarias são estimuladas pelo sistema nervoso mioentérico e por
reflexos iniciados na faringe.
Os movimentos peristálticos são possíveis graças a histologia do tecido do esôfago, sendo a
metade superior de músculo estriado esquelético e a parte inferior de músculo liso, o que
proporciona a atuação involuntária.

2. Apontar a ação do pâncreas na digestão de carboidratos:

As enzimas digestivas pancreáticas são secretadas pelos ácinos pancreáticos e grandes
volumes de solução de bicarbonato de sódio são secretados pelos ductos pequenos e maiores que
começam nos ácinos. O produto combinado de enzimas e bicarbonato de sódio flui pelo longo ducto
pancreático que, normalmente, drena para o ducto hepático, imediatamente, antes de se esvaziar no
duodeno pela papila de Vater, envolta pelo esfíncter de Oddi.
Na zona apical das células acinosas do pâncreas possui uma área bastante desenvolvida de
Golgi contendo muitos grânulos de secreção, ou zimogênicos. O pâncreas exócrino produz as
seguintes enzimas e proenzimas digestivas: Tripsinogênio, quimiotripsinogênio, procarboxipeptidases
A e B, ribonuclease, desoxirribonuclease, propilase e amilase pancreática. A enzima pancreática para
a digestão de carboidratos é a alfa-amilase pancreática, que continua o processo de digestão do
amido no epitélio mucoso do intestino delgado, hidrolisando amidos, glicogênio e outros carboidratos
para formar, principalmente, dissacarídeos e alguns trissacarideos.
O subcomponentes aquoso é rico em bicarbonato de sódio, estimulado pelo hormônio
secretina, que neutraliza o HCL vindo do estômago e proporcionando um ambiente alcalino para
atuação das enzimas pancreáticas, agindo no pH ótimo entre 8 e 8,5.
O segundo hormônio, a colecistocinina (CCK), é liberado pelas células I, da mucosa do
duodeno e do jejuno superior. Essa liberação de CCK é estimulada pela presença de proteoses,
peptonas e ácidos graxos de cadeia longa, no quimo que vem do estômago.A CCK provoca a secreção
de ainda mais enzimas digestivas pancreáticas pelas células acinares. Quando este entre em contato
com a vesícula biliar promove sua contração e auxilia a liberação da bile, importante emulsificante de
lipídeos no duodeno.

Fases da secreção pancreática:
1- Fases cefálica: os sinais nervosos aferente do cérebro para o núcleo do nervo vago causam a
liberação de acetilcolina no pâncreas, secretada pelos ácinos pancreáticos. Entretanto,
pouco da secreção flui, imediatamente, pelos ductos pancreáticos para o intestino porque
somente quantidade pequena de água e eletrólitos é secretada junto com as enzimas.
2- Fase gástrica: a estimulação nervosa da secreção enzimática prossegue, representando
outros 5% a 10% das enzimas pancreáticas, secretadas após refeição. No entanto, mais uma
vez, somente pequena quantidade chega ao duodeno devido à falta continuada de secreção
significativa de líquido.
3- Fase intestinal: depois que o quimo ácido
deixa o estomago e entra no intestino
delgado, causa ativação e liberação da
secretina pela mucosa duodenal para o
sangue, sendo produzida inicialmente como
prosecretina e absorvida pela presença do
quimio gástrico no duodeno. Esse hormônio
faz com que o pâncreas secrete líquido
contendo íons bicarbonato, estabelecendo o
pH apropriado para a ação das enzimas
digestivas pancreáticas, além disso, evita o
desenvolvimento de úlceras duodenais. O
ácido carbônico se dissocia imediatamente
em dióxido de carbono e água. O dióxido de
carbono é transferido para o sangue e
expirado pelos pulmões, deixando, assim,
solução neutra de cloreto de sódio no
duodeno.

Regulação do metabolismo de açúcares:
A regulação do metabolismo de açucares depende na sua maior parte da ação hormonal da
insulina e do glucagon. Após uma refeição rica em carboidratos, a insulina promove o aumento na
síntese das enzimas glicocinase, fosfofrutocinase−1 e piravato−cinase. Por outro lado, a síntese dessas
mesmas enzimas é reduzida quando o glucagon plasmático está aumentado e a insulina reduzida,
como no jejum ou diabetes.
A síntese e a degradação do glicogênio são cuidadosamente reguladas para evitar a perda de
energia. As enzimas das diferentes vias, a glicogênio−fosforilase e a glicogênio−sintase nas formas a
(ativa) e b (inativa ou pouco ativa), são reguladas pelo controle alostérico e pela modificação
covalente das enzimas modulada por hormônios. Portanto, a glicogênese e a glicogenolise são
reguladas de tal modo que as quantidades de glicose liberadas são ajustadas segundo as necessidades
do organismo.
A interconversão das formas a e b da glicogênio-sintase e da glicogênio−fosforilase é
regulada reciprocamente por meio de fosforilação−defosforilação (quando uma enzima é estimulada
a outra é inibida) e são catalisadas por enzimas que estão sob controle hormonal (insulina, glucagon e
adrenalina) ou estímulo nervoso (íons Ca2+).
Como em outras vias bioquímicas, os hormônios afetam a gliconeogênese por alterações na
concentração dos efetores alostéricos e por modificações na velocidade de síntese das
enzimas−chave. O glucagon (elevado quando o nível de glicose diminui) reduz a síntese da
frutose−2,6−bifosfato, ativando a função fosfatase da PFK−2. Outro efeito do glucagon nas células
hepáticas é a inativação da enzima glicolítica piruvato−cinase.
O controle hormonal da gliconeogênese é importante no suprimento de ácidos graxos para o
fígado além de regular as enzimas, tanto glicolíticas como gliconeogênicas. O glucagon aumenta a
concentração dos ácidos graxos no plasma pela lipalise no tecido adiposo, em ação oposta da insulina.
A grande disponibilidade de ácidos graxos, estimulada pelo glucagon, resulta em maior
oxidação dos ácidos graxos para formar acetil−CoA pelo fígado, permitindo a síntese da glicose. Por
outro lado, a insulina tem efeito oposto. O glucagon e a insulina também regulam a gliconeogênese
no fígado por influenciar o estado de fosforilação de enzimas hepáticas, tais como, a piruvato−cinase
e fosfofrutocinase.

3. Compreender o metabolismo de carboidratos: digestão e absorção:
Os monossacarídeos podem ligar-se por ligações glicosídicas, com a desidratação entre o
grupo Hidroxíla das duas moléculas, ou seja, é liberada uma molécula de água. Criando estruturas
maiores: os dissacarídeos, os oligossacarídeos e os polissacarídeos.
A digestão dos carboidratos ocorre principalmente na boca e no lúmen intestinal. Na dieta
humana, normalmente de origem mista (animal e vegetal), há poucos monossacarídeos presentes,
portanto, as enzimas necessárias para a degradação da maioria dos carboidratos são principalmente:
dissacaridases e endoglicosidases (que quebram oligossacarídeos e polissacarídeos).
O processo de digestão permeia na quebra de moléculas grandes em menores e para tanto,
faz-se necessária a hidrólise de ligações glicosídicas, que é catalisada por uma família de glicosidases
que degrada carboidratos em seus glicídeos redutores componentes. Essas enzimas em geral são
específicas para a estrutura e a configuração do resíduo glicosil a ser removido, bem como para o tipo
de ligação a ser hidrolisada.
A Glicose possui variações em Alfa e Beta, de acordo com a conformação do grupo -OH. Tais
singularidades promovem diversificações nos polissacarídeos, sendo essa a principal razão da
variabilidade entre a celulose (linear), amido (helicoidal) e o glicogênio (ramificada), ainda que sejam
formados apenas por moléculas de glicose. Essas diferenças proporcionam um maior armazenamento
de energia para as cadeias supracitadas, em ordem crescente do primeiro ao último citado.


Digestão dos carboidratos:
1. Boca e estômago:
A digestão dos carboidratos se inicia na boca, onde encontra-se a enzima alfa-amilase salivar
ou ptialina, secretada pelas glândulas serosas das glândulas salivares. Durante a mastigação, a alfa-
amilase salivar atua brevemente sobre o amido da dieta, de maneira aleatória, hidrolisando algumas
ligações alfa. A digestão dos carboidratos continua no corpo e no fundo do estômago por até 1 hora,
antes do alimento ser misturado as secreções gástricas, a partir dai que a atividade da amilase salivar
é bloqueada pelo ácido das secreções gástricas, sendo dito como incompleta pelo pouco tempo que o
alimento permanece na boca e pela incapacidade da ptialina de quebrar ligações mais intrínsecas alfa
1-6 que existem entre as moléculas de glicose. Ademais, de forma mecânica os dentes reduzem o
tamanho das macromoléculas com o intuito de auxiliar a atuação enzimática no aumento da
superfície de contato.
É importante ressaltar que no corpo humano não existe enzima capaz de hidrolisar a
celulose, por isso ela passa por todo trato digestivo sem ser digerida.

2. Intestino delgado:
A amilase pancreática contém grande quantidade de amilase, portanto, 15 à 30 minutos
depois do quimo ser transferido do estômago para o duodeno e se misturar com o suco pancreático,
praticamente todos os carboidratos terão sido digeridos.
Na polaridade basal dos enterócitos que forram a borda em escova das microvilosidades
intestino delgado há 4 enzimas (lactase, sacarose, maltase e α-dextrinase - secretadas pelo lado
luminal da membrana em forma de escova das células da mucosa intestinal e permanecem associadas
a essa membrana) que são capazes de clivar as ligações alfa e beta 1-2, ou seja, reduzem os
dissacarídeos lactose, sacarose, maltose e mais outros pequenos polímeros de glicose em
monossacarídeo, que, posteriormente, podem ser absorvidos pelo enterócito. Após a absorção, as
moléculas são levadas a corrente sanguínea
da veia porta e logo ao fígado, que é o
armazenamento desses monômeros na forma
de glicogênio e o excesso é armazenado na
forma de gordura.

absorvida pela presença do quim
3. Intestino grosso: pancreático bem como a ênfase
Cerca de 1.500 mililitros de quimo passam, normalmente, pela válvula ileocecal para o
intestino grosso a cada dia. Grande parte da água e dos eletrólitos, secreção
nesse quimo, de gástrica
é absorvida no no estômago
cólon, sobrando menos de 100 ml para serem excretados nas fezes.
Grande parte da absorção no intestino grosso se dá na metade sucoproximal
enzimático no
do cólon, o que duodeno. Quan
confere a essa porção o nome de cólon absortivo, enquanto o cólon distal funciona principalmente no
contração e auxilia a liberação da b
armazenamento das fezes até o momento propício para a sua excreção e, assim, é denominado cólon
de armazenamento.

Glicólise ou via glicolítica:
I. Glicólise aeróbica: 4 - Compreender o metabolismo
Constitui-se na etapa inicial da oxidação completa de carboidratos envolvendo oxigênio, que
4.1 - Glicólise
se processa no citossol, com o objetivo de fornecer energia (na forma de ATP) e intermediários para
outras vias metabólicas. Ou seja, prepara as condições necessárias para a descarboxilação oxidativa
do piruvato a acetii-CoA, o principal combustível do ciclo do ácido Na glicólise,
cítrico, sendo uma ocorre
parcela da uma série de r
energia é conservada em ATP e NADH
A molécula de 6 carbonos da glicose é convertida em duas glicose
moléculas gerando
de 3 carbonos umade molécula de
piruvato, gerando energia na forma de ATP e NADH durante o processo. Pode ser dividida em duas
etapas de 5 reações cada: obter-se ATP para a realização de p

• Fase preparatória ou fase de investimento (gasto de 2 ATP): o ATP da é energia
consumido é conservada
para ativar a em ATP
molécula de glicose e convertê-la em gliceraldeído-3-fosfato.
A. O início da glicólise ocorre com a fosforilação da glicose em com a conversão
glicose-6-fosfato do
pela ação da piruvato em ac
enzima hexoquinase. Isso acontece para que a glicose fique presa dentro da célula, já que o
NADHa bicamada
fosfato tem carga negativa e apresenta dificuldade de atravessar para formar
lipídica da lactato. Com a
membrana. 1º ATP gasto;
B. Ocorre, então, a isomerização da glicose-6-fosfato por ação tecidos que não
da fosfoglicose possuem mitocônd
isomerase
formando a frutose-6-fosfato. A formação da frutose ocorre por essa ser uma molécula mais
simétrica;
da glicose em piruvato acontece em
C. Fosforilação da frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifsfato pela enzima fosfofrutocinase. 2º
ATP gasto;
D. Clivagem, por ação da enzima aldolase, da frutose-1,6-
bifosfato em gliceraldeído-3-fosfato, que segue na
glicólise, e diidroxiacetona fosfato que precisa ser
transformada;
• Fase de compensação ou fase de rendimento (formação 4 ATP
+ 2 NADH): o gliceraldeído-3-fosfato é convertido em piruvato,
e a energia é armazenada na forma de ATP e NADH.
A. Isomerização da diidroxiacetona fosfato em
gliceraldeído-3-fosfato mediado pela enzima triose
fosfato isomerase;
B. Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato em 1,3-
bifosfoglicerato pela ação da enzima gliceraldeído 3-
fosfato desidrogenase. Ocorre em 2 passos, reação
acoplada, e há a formação de 2 NADH;
C. Síntese do 3-fosfoglicerato com produção de 2
moléculas de ATP;
D. Troca do grupo fosfato do carbono 3 para o carbono 2
na molécula de 3-fosfoglicerato que forma 2-
fosfoglicerato;
E. Desidratação do 2-fosfoglicerato em
fosfoenolpiruvato;
F. Formação do piruvato com produção de 2 moléculas
de ATP.
Por fim, além do ATP e do NADH produzidos, são produzidos ainda 2 Piruvatos. (Nota: Duas
4.2 - Gliconeogênese
moléculas de NADH são formadas quando é produzido piruvato [glicólise aeróbica], enquanto o NADH
é convertido novamente em NAD+ quando o lactato for o produto final [glicólise anaeróbica]).
O processo de gliconeogênese se
não a reversão do equilíbrio da f
equilíbrio tende fortemente para a

II. Glicólise anaeróbica:
A reação sem presença de oxigênio é permitido a produção de ATP para tecidos que não
possuem mitocôndria ou há um pequeno aporte de oxigênio, como hemácias, medula renal, cérebro
e esperma, essa via ocorre por meio da redução do piruvato pelo NADH para formar lactato.

III. Transporte por difusão facilitada, independente de Na+:
Sistema mediado por 14 transportadores de glicose, do glucose transporters-1 ao GLUT-14.
Esses transportadores ocorrem na membrana em dois estados conformacionais. A glicose extracelular
liga-se ao transportador, o qual sofre uma alteração em sua conformação, transportando a glicose
através da membrana.
A. Especificidade tecidual da expressão gênica dos GLUTs: Os transportadores de glicose
apresentam um padrão de expressão com especificidade tecidual. Por exemplo, o GLUT-3 é o
principal transportador da glicose nos neurônios. O GLUT-1 é abundante nos eritrócitos e no
encéfalo, mas apresenta pouca expressão no músculo do adulto, enquanto o GLUT-4 é
abundante no tecido adiposo e no músculo esquelético. (Nota: O número de transportadores
ativos do tipo GLUT-4 nesses tecidos é aumentado pela insulina. As demais isoformas de
GLUT também apresentam distribuição com especificidade tecidual).
B. Funções especializadas das isoformas de GLUT: Na difusão facilitada, o movimento da
glicose segue um gradiente de concentração, ou seja, de uma concentração maior de glicose
para uma menor. Por exemplo, GLUT-1 , GLUT-.3 e GLUT-4 estão envolvidos principalmente
na captação de glicose a partir do sangue. Em contraste, o GLUT-2, que é encontrado no
fígado, no rim e nas células do pâncreas, pode transportar a glicose tanto para dentro dessas
células, quando os níveis de glicose no sangue estão altos, quanto das células para o sangue,
quando os níveis sangüíneos de glicose estiverem baixos (por exemplo, no jejum). O GLUT-5
é singular, no sentido de que é o principal transportador para a frutose no intestino delgado
e nos testículos. O GLUT-7, encontrado no fígado e em outros tecidos gliconeogênicos,
medeia o fluxo de glicose através da membrana do retículo endoplasmático.

IV. Sistema de co-transporte monossacarídeo-Na+:
Na ausência do transporte de sódio pela membrana intestinal, quase nenhuma glicose é
absorvida. Existem dois estágios no transporte de sódio, através da membrana intestinal. O primeiro
é o transporte ativo de íons de sódio, pelas membranas basolaterais das células epiteliais intestinais
para o sangue, que reduz a concentração de sódio nas células epiteliais. Em segundo, essa diferença
de concentração promove o fluxo de sódio do lumen intestinal através da borda em escova das
células epiteliais para o interior da célula, por processo de transporte ativo secundário. Ou seja, o íon
sódio se combina com a proteína transportadora, mas essa não transportara sódio para dentro da
celula, sem que outras substancias (ex. glicose) se liguem ao transportador. Com a ligação do sódio e
glicose, o transportador altera a conformação e os libera no interior da célula. Uma vez nas células
epiteliais, outras proteínas transportadoras facilitam a difusão da glicose através da membrana
basolateral para o espaço extracelular e, daí, para o sangue.
A frutose é transportada por difusão facilitada, não acoplada ao sódio, através do epitélio
intestinal. Grande parte da frutose, ao entrar na celula, é fosforilada e, então, convertida a glicose e,
como glicose é transportada para o sangue.

Gliconeogênese, Neoglicogénese ou Neoglucogénese:
Alguns tecidos do corpo utilizam apenas glicose como fonte de energia, não sendo capazes
de metabolizar aminoácidos ou lipídios, como cérebro, sistema nervoso, eritrócitos, testículos,
medula renal e tecidos embrionários. Para que esses tecidos não quem sem energia e parem de
funcionar é necessário manter um nível de concentração de glicose na corrente sangüínea.
Entretanto, em períodos de jejum prolongado, ou após exercícios físicos extenuantes o estoque de
glicogênio se esgota, sendo necessário ao organismo apelar para a síntese da glicose a partir de
precursores não oriundos de carboidratos.
Na gliconeogênese, o piruvato é convertido à glicose, numa reversão das reações da glicólise.
As etapas que na glicólise gastam ATP na gliconeogênese são revertidas por hidrólise, liberando
fosfato inorgânico, mas com perda da energia, são elas a conversão de glicose-6-fosfato para glicose,
e a conversão de frutose-1,6-bifosfato para frutose-6-fosfato. A conversão do 1,3-bifosfoglicerato
para gliceraldeído-3- fosfato, além de liberar o fosfato sem conservar energia, ainda gasta NADH que
é convertido em NAD+.
Por último, para converter o piruvato em fosfoenolpiruvato são necessárias duas etapas com
gasto de energia. Na primeira a enzima piruvato-carboxilase utiliza a biotina e ATP para adicionar
bicarbonato ao piruvato, formando oxaloacetato. Em seguida a perda do CO2 do oxaloacetato
fornece energia suficiente para que este capture um grupo fosfato do GTP, formando GDP e
fosfoenolpiruvato. Na gliconeogênese, para produzir uma molécula de glicose são gastos 6ATP e
2NADH. Por esse motivo o organismo só recorre à gliconeogênese em situações de necessidade.
Maior parte deste processo realizado no fígado (principalmente sob condições de jejum) e
uma menor parte no córtex dos rins.
Quando a concentração de glicose circulante vinda da alimentação diminui, o glicogênio
hepático e muscular é degradado (glicogenólise) fazendo com que a glicemia volte a valores normais.
Entretanto, o suprimento de glicose desses reservatórios não é sempre suficiente; entre as refeições
e durante longos jejuns, ou após exercícios vigorosos, o glicogênio é depletado (consumido), situação
que também ocorre quando há deficiência do suprimento de glicose pela dieta ou por dificuldade na
absorção pelas células. Nessas situações, os organismos necessitam de um método para sintetizar
glicose a partir de precursores não-carboidratos. Isso é realizado pela via chamada gliconeogênese, a
qual converte piruvato e compostos relacionados de três e quatro carbonos em glicose.
Das 11 reações necessárias para converter piruvato em glicose livre, sete são reversíveis,
catalisadas por enzimas glicolíticas. Em três pontos as reações da glicólise são irreversíveis in vivo (por
liberarem energia livre em forma de calor): conversão de glicose em glicose 6-fosfato pela
hexoquinase, a fosforilação da frutose 6-fosfato em frutose 1,6-bisfosfato pela fosfofrutoquinase-1 e
a conversão de fosfoenolpiruvato em piruvato pela piruvato quinase. Para contornar essas barreiras
energéticas, reações e enzimas especiais são necessárias em três desvios:
• Dentro da mitocôndria, a piruvato-carboxilase catalisa a formação de oxalacetato a partir de
ATP e CO2, liberando ADP + Pi.
• No citosol, a frutose-1,6-bifosfato é hidrolisada pela frutose-1,6- bifosfatase, liberando um Pi
e formando frutose-6-fosfato, que logo em seguida será isomerizada a glicose-6-fosfato pela
fosfoglicose- isomerase.
• Nesta etapa faz-se a conversão de glicose-6-fosfato em glicose. O grupo fosfato ligado ao
carbono 6 da glicose-6-fosfato sofre hidrólise catalisada pela glicose-6- fosfatase. O produto
dessa reação é a glicose não fosforilada que, assim, pode atravessar a membrana plasmática.
A enzima glicose-6-fosfatase só ocorre no fígado e rins.
ReaçãoGlobal:2Ácidopirúvico+4ATP+2GTP+2NADH+6 H2O -----------> Glicose + 4 ADP + 2 GDP
+ 6 Pi + 2 NAD + 2 H+
A regulação da gliconeogênese é determinada principalmente pelos níveis circulantes de
glucagon, por meio de três mecanismos:
• Alterações em efetores alostéricos: diminui os níveis de frutose-2,6-bisfosfato, resultando
na ativação da frutose-1,6-bisfosfatase e na inibição da fosfofrutocinase;
• Modificação da atividade enzimática por ligação covalente: por meio do aumento nos níveis
de AMPc e na atividade da proteinacinase dependente de AMPc, estimula a conversão da
piruvato-cinase em sua forma inativa (fosforilada). Isso diminui a conversão do PEP em
piruvato, tendo o efeito de redirecionar o PEP para a síntese de glicose;
• Indução da síntese de enzimas: Aumenta a transcrição do gene da PEP-carboxicinase,
aumentando atividade enzimática no momento em que os níveis de substrato aumentam,
com o jejum.

Glicogênese:
O glicogênio é um polímero de glicose e constitui uma forma de armazenamento deste
açúcar; é utilizado principalmente pelo fígado e músculos quando a oferta de glicose supera as
necessidades energéticas imediatas destes órgãos. O glicogênio hepático é degradado produzindo
glicose, que é exportada para manter a glicemia (concentração de glicose sanguínea) nos períodos
entre as refeições e no jejum noturno. O glicogênio muscular provê energia exclusivamente para a
própria fibra muscular em contração intensa, quando a demanda energética ultrapassa o aporte de
oxigênio, sendo, então, convertido a lactato.
É um processo que transforma glicose em glicogênio. Ocorre em todos os tecidos, mas é
mais notável no fígado e nos músculos. Essa formação de glicogênio permite que haja um aglomerado
de glicose nas células sem aumentar a pressão osmótica. A síntese (glicogênese) consiste na repetida
adiação de resíduos de glicose às extremidades não redutoras de um núcleo de glicogênio. A glicose a
ser incorporada deve estar sob uma forma ativada, ligada a um nucleotídio de uracila, constituindo a
uridina difosfato (UDP-G). Produção do UDP-G:
• O primeiro envolve a síntese de glicose-1-fosfato e UTP, reação é catalisada pela UDP-glicose
pirofosfatase: Glicose 1-fosfato + UTP + H2O → UDP-glicose + 2 Pi
• Na segunda reação, UDP-glicose é transferida ao grupo hidroxila da cadeia de glicogênio
existente, formado uma ligação glicosídica α-1,4. Essa reação é catalisada pela glicogênio
sintetase. Assim, a proteína glicogenina é utilizada como uma "molécula primária".

Glicogenólise:
É a ruptura do glicogênio celular armazenado no fígado ou músculos para formar glicose nas células.
A degradação do glicogênio consiste na remoção sucessiva de resíduos de glicose, a partir das
extremidades não redutoras, por ação da glicogênio fosforilase, que precisa ser ativada pela
epinefrina ou pelo glucagon. A reação prossegue ao longo da cadeia, terminando 4 resíduos antes de
uma ramificação. Uma transferase transfere 3 destes resíduos para uma outra extremidade do
glicogênio. A degradação, entretanto, não é completa, restando um núcleo não degradado que serve
de ponto de partida para a ressíntese.
PQ não usar hidrólise? - Vantagens do fosfato:
• A glicose já sai grudado ao fosfato e, assim, não consegue passar pela membrana da célula;
• Se quebrasse a molécula para depois unir ao fosfato, este fosfato teria de vir de uma
molécula orgânica, ou seja, gastaria energia.
• A célula muda o fosfato do carbono 1 para o carbono 6, formando a glicose 6-fosfato.
• Se a reação estiver no musculo, já está viável, pq a glicose 6-fosfato já pode participar da
glicose e gerar energia para o musculo.

4. Diferenciar alergia e intolerância a lactose (processos biológicos; vias...):
Introdução:
Os laticínios são considerados a fonte primária de cálcio. A importância do cálcio está
diretamente relacionada à manutenção das funções do organismo como, formação de ossos e dentes,
transporte em nível de membrana celular, contração muscular, transmissão de impulsos nervosos e
secreção glandular.
O principal carboidrato encontrado no leite é a
lactose, sendo uma importante fonte de energia,
constituinte dos cerebrosídios, presentes na massa cerebral
e mielina nervosa, atua também na retenção de cálcio e
magnésio no organismo, além de prolongar a ação da
vitamina D e inibir o desenvolvimento de bactérias
putrefativas e patogênicas através da produção de ácido
lático e diminuição do pH pela micro ora intestinal.
A lactose é um dissacarídeo sintetizado pelas
células da glândula mamária a partir da D-glicose e D-
galactose unidos por uma ligação glicosídica, sendo
digerida no intestino delgado através da enzima
dissacaridase também conhecida como lactase, que está
localizada nos enterócitos que revestem as vilosidades do
intestino delgado. A hidrólise da lactose é de extrema
importância, pois aumenta à solubilidade e digestibilidade
do leite.
O leite é rico em proteínas de alto valor
nutricional, gorduras com destaque para o ácido linoléico
conjugado, lactose, vitaminas especialmente as do
complexo B, com destaque para a B2 e B12 e minerais
como o cálcio e fósforo e, no leite integral, vitaminas A e D.

Conceitos de Alergia e Intolerância:
Reações adversas aos alimentos é a denominação empregada para reações anormais à
ingestão de alimentos ou aditivos alimentares. Podendo ser classificadas em tóxicas e não-tóxicas .
As reações tóxicas são aquelas que independem da sensibilidade individual e ocorrem
quando um indivíduo ingere quantidades suficientes do alimento para desencadear reações como,
por exemplo, ingestão de toxinas bacterianas presentes em alimentos contaminados.
As reações não-tóxicas são aquelas que dependem da saúde prévia do indivíduo e podem ser
classificadas em imunomediadas e não-imunomediadas. As reações imunomediadas são as alergias
alimentares e as reações não- imunomediadas, ou, que ocorrem sem a participação do sistema
imunológico, que são as intolerâncias alimentares.

Intolerância:
A intolerância alimentar é uma reação alimentar adversa, descrita portanto quando um
organismo possui uma falha na digestão de algum tipo de alimento por faltar alguma substância no
processo, como enzimas digestivas e não relacionada ao sistema imunológico, sendo agravada
proporcionalmente à quantidade de alimento ingerida, diferente da alergia alimentar que é exclusão
total do alimento.
É uma afecção da mucosa intestinal (intestino delgado) que incapacita a digestão da lactose
e absorção deste carboidrato da dieta, devido à baixa atividade ou baixa produção da enzima β-D-
galactosidase popularmente conhecida como lactase, presente na superfície apical dos enterócitos na
borda em escova intestinal com maior expressão no
jejuno. A lactase hidrolisa a lactose liberando os
monossacarídeos galactose e glicose, que em
condições ideais seriam, absorvidos pelos enterócitos:
• Na luz intestinal, a lactose que não foi
digerida aumenta a osmolaridade local,
atraindo água e eletrólitos para a mucosa, o
que ocasiona diarréia.
• A dilatação intestinal causada pela pressão
osmótica acelera o trânsito, aumentando a
má absorção.
• Quando a lactose chega ao cólon, será
fermentada por bactérias da microbiota
resultando em gases CO2 e H2 e ácidos graxos
de cadeia curta. Com isto, as fezes ficam mais
acidificadas, líquidas ocasionando a distensão
abdominal e hiperemia perianal

A intolerância à lactose, que é a incapacidade de digerir a lactose, resultante da deficiência
ou ausência da enzima lactase, exibe sintomas tipicamente abdominais como: flatulência,
desconforto abdominal, diarreia, náusea, borborigmo, vômito. A constipação é observada
possivelmente pela produção de metano. A dor abdominal e inchaço são normalmente causados pela
fermentação da lactose pela microbiota intestinal que leva à produção de ácidos graxos de cadeia
curta (AGCC), hidrogênio, metano e dióxido de carbono. A intolerância pode ser classificada em:
• A Deficiência Primária ou hipolactasia adquirida primária ocorre a partir da diminuição na
produção de lactase em humanos é geneticamente programada e irreversível.
• A Deficiência Secundária ou hipolactasia adquirida secundária tem sua origem em qualquer
doença ou medicamento que causem danos à mucosa do intestino delgado ou que aumente
de forma significativa o tempo de trânsito intestinal e/ou diminua a superfície de absorção,
como nas ressecções intestinais. Uma vez que a enzima lactase localiza-se na borda em
escova da mucosa, se houver qualquer alteração morfológica poderá impactar na diminuição
da capacidade de hidrolisar a lactose.
• A Deficiência Congênita é uma manifestação extremamente rara e herdada geneticamente,
sendo autossômica recessiva. Resulta de uma modificação do gene que codifica a enzima
lactase, que está ausente ou é truncada.
• A deficiência ontogenética é caracterizada pela má absorção da lactose, podendo manifestar
durante a infância ou vida adulta

Alergia:
A alergia são reações adversas aos alimentos, dependentes de intervenção imunológica,
podendo ser classificadas de acordo com o mecanismo imunológico subjacente em: IgE mediada,
reações mistas e não IgE mediadas. Os sintomas possuem amplo espectro e inclui manifestações
gastrointestinais, cutâneos e sistêmicos:
• As reações IgE mediadas são de fácil diagnóstico, por apresentarem manifestações rápidas,
até 30 minutos após a ingestão do leite e pela formação de anticorpos específicos da classe
IgE.
• As reações não mediadas por IgE ocasionam manifestações tardias, podendo ocorrer horas
ou dias após a ingestão do leite.
• As reações mistas são mediadas por anticorpos IgE e por células (linfócitos T e citocinas pró-
inflamatórias).
A alergia ocorre devido às reações com o componente protéico do leite, provocando
liberação de anticorpos, histaminas e outros agentes defensivos. Dentre os fatores que mais afetam o
desenvolvimento da APLV, estão a permeabilidade da barreira do trato gastrointestinal, a
predisposição genética e a imaturidade fisiológica do sistema imunológico e do aparelho digestório,
inerente às crianças nos primeiros dois anos de vida.
Os sintomas são vômitos, dor abdominal, diarréia, flatulência, presença de sangue nas fezes
e dermatites (vermelhidão na pele, aparência de “pele grossa”), podendo desencadear outros
processos alérgicos como asma e eczemas.

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