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Fundamentos da epistemologia
A epistemologia provoca duas posições, uma empirista que diz que o conhecimento deve ser
baseado na experiência, ou seja, no que for apreendido durante a vida, e a posição racionalista, que
prega que a fonte do conhecimento se encontra na razão, e não na experiência.
Racionalismo
É a corrente que afirma que tudo que existe tem uma causa inteligível, pondo a razão, o
pensamento, como a principal fonte do conhecimento humano. Seu método é a dedução. Seu
conhecimento só é aceito como racional se possuir em seus juízos necessidade lógica e validade
universal, sem precisar do uso da experiência.
A forma mais primitiva de racionalismo está em Platão, este admitia que o saber verdadeiro possuía
necessidade lógica e validade universal. O mundo da experiência não poderia fornecer um
conhecimento verdadeiro, pois, encontrava-se em constante modificação.
EMPIRISMO
Já na antiguidade se via concepções empiristas. Os estóicos já falavam que a alma é uma tábua
onde não há nada escrito. Mas é na idade moderna que vê os mais importantes representantes do
empirismo: Jonh Locke e David Hume, eles reconheceram a esfera da matemática como
conhecimento válido, em contrapartida, combatiam o princípio das idéias inatas. Para Locke, a alma
é um papel em branco e que somente através da experiência, estas iriam imprimindo marcas neste
“papel”. Para ele, havia dois tipos de experiência: a interna e a externa, a aquela é a reflexão, esta,
a sensação. Para Locke, as idéias poderiam ser simples ou complexas.
Em Hume, há uma divisão das idéias em impressões e idéias. As impressões são percepções nítidas
das sensações; as idéias são cópias das impressões, ou seja, com base nestas impressões surgem
representações menos claras da memória e da fantasia. Para cada idéia deve-se apontar uma
impressão correspondente.
O projeto gnosiológico de Bachelard consiste em dar às ciências a filosofia que elas merecem. E
epistemologia, no fundo, é uma história da ciência, pois a ciência deve ser necessariamente
histórica.
Para Bachelard, a verdadeira questão diz respeito à forma e aos poderes da ação racionalista, à
força e o poder da atividade criadora e poética. O conhecimento é, por essência, uma obra
temporal. Somos a cada instante a condensação da história que vivemos. O homem é, ao mesmo
tempo, razão e imaginação, "há o homem diurno da ciência e o homem noturno da poesia",
constituindo, criando, produzindo, retificando, chega-se à verdade aproximada.
Cada ciência deve produzir, a cada momento de sua história, suas próprias normas de verdade e
os critérios de sua existência.
Foucault procura uma Arqueologia das Ciências Humanas onde o homem tem em torno de si
"história", ele mesmo é uma historicidade. A fisionomia da epistemologia De Foucault vai depender
do estado de suas emergências científicas e racionais, de todo um período do pensamento e da
cultura.
O Sistema é anônimo, um saber sem sujeito, sem identidade, o homem é rechaçado, ao mesmo
tempo, como sujeito e como objeto do sistema. Para Foucault, uma antropologia é digna quando
visa compreender o pensamento.
4. A Epistemologia Racionalista Crítica de Popper
A Filosofia das Ciências de Popper consiste na verificação de valor das teorias científicas através do
princípio da verificação e da falsificação. Para Popper, todas as leis e teorias científicas são, em sua
essência, hipotéticas e conjecturais.
As teorias científicas são como livres criações de nosso espírito. Aquilo que procuramos nas ciências
é um elevado conteúdo de informação, a busca de uma probabilidade, através da refutabilidade.
A Epistemologia crítica tem por objetivo essencial interrogar-se sobre a responsabilidade social dos
cientistas e dos técnicos. O que a Epistemologia crítica prentende mostra é que a verdadeira
significação da ciência não reside mais no saber enquanto tal, mas no poder que ele efetivamente
confere (ciência-tecnologia-indústria). Um gigantesco processo de produção racionalizado e
industrializado.
A Ciência tem dois pólos, o pólo do saber e o pólo do poder. Ela desempenha um papel tão
importante no desenvolvimento das forças produtoras, que há proeminência do saber para o
poder. A Ciência e técnica como ideologia, cumprem também hoje a função de legitimação. "A
técnica é dominação metódica, científica, calculada, e calculante (sobre a natureza e sobre o
homem). A técnica é um projeto histórico-social, nele se projeta o que a sociedade e os interesses
nela dominantes pensam fazer com os homens e as coisas" (Habermas, Ciência e Técnica como
Ideologia, p.46-47).