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RUMINANTES:
Princípios gerais.
O Rúmen é uma câmara de fermentação estável (Temperatura,
pressão osmótica, equilíbrio iônico) capaz de fornecer substratos
à microbiota (nutrientes do alimento recém-ingeridos e água) e,
ainda remover os subprodutos da fermentação (AGV, células
microbianas, resíduos não digeridos).
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO TRATO GASTRITESTINAL
1) PRÉ-ESTÔMAGO
• Rúmen
• Retículo
• Omaso
3) INTESTINO DELGADO
• Duodeno
• Jejuno
• Ileo
4) INTESTINO GROSSO
• Ceco
• Colon
• Reto e canal anal
O bezerro nasce com o rúmen pouco desenvolvido. A ingestão de alimentos
sólidos promove o desenvolvimento muscular e papilar do rúmen.
DESENVOLVIMENTO DOS PRÉ-ESTÔMAGOS
O trato digestivo de bovinos ocupa 3/4 da cavidade
abdominal, preenchendo praticamente quase todo
lado esquerdo e se extendendo para o lado direito.
70-100 L
3-5 L
5-8 L
O epitelio estratificado do rumen geralmente não se
caracteriza por uma boa absorção. Contudo, é capaz de
absorber eficientemente AGV, ácido láctico, eletrólitos e
agua. A superficie do epitélio é muito extendida devido a
formação de papilas bem vascularizadas.
As papilas ruminais têm papel fundamental na absorção
dos ácidos graxos voláteis; são muito sensíveis à alteração
do pH
DISTRIBUIÇÃO DOS SUBSTRATOS NO COMPARTIMENTO
RUMINAL
MICROORGANISMOS RUMINAIS
Produzem enzimas altamente especializadas para digestão de Fibras
o Células endócrinas
• pH - 5,5 a 7,0
• Ausência de O2
• Motilidade
• Presença de microrganismo
DIETAS DE
RUMINANTES
Fibrosos Concentrados
Bactéria Bactéria
Celulolítica amilolítica
(pH>6,2) (pH>5,5)
α Dextrinas Glicose
Amido Maltotriose +
Maltose Glicose
Maltase
Glicose
Sacarase Frutose
Glicose Galactose
Sacarose +
Frutose
Galactose
Lactose +
Glicose
Lactase
FDNfe
FRACIONAMENTO DE ALIMENTOS
CÁLCULO DA DIGESTIBILIDADE
Introdução
• é o peso em comida ingerido por um animal em um
determinado período de tempo durante o qual ele tem
acesso livre (apresentado em kg de MS/animal/dia, % do
peso vivo e P0,75.
Resposta do animal
CONSUMO VOLUNTÁRIO
• Físicos
• Químicos e metabólicos
• Neuro-hormonais
• Ingestão de água
MECANISMOS FÍSICOS DE REGULAÇÃO DE CONSUMO VOLUNTÁRIO
Fatores físicos:
Cinética da digestão
• Digestibilidade dos alimentos
Taxa de passagem
• CMS (k/d) =
-2,40011 + 0,02006 * PVM + 4,81946*GMD – 1,51758*GMD2
(Valadares filho et al. 2006)
Ser anaeróbio
Microbiota ruminal
Bactérias
• População + diversa no rúmen Nº de espécie
Capacidade metabólica
• Tamanho – 1 a 5 μm
Microbiota ruminal
Bactérias
• Mais de 20 espécies apresentam contagens
superiores a 107 /g de conteúdo ruminal.
Aspectos a serem considerados sobre a persistência
da diversidade das bactérias no rúmen:
• Elevada atividade metabólica das bactérias (algumas
espécies geram em 30’ ou menos.
• Diversidade de nutrientes ingerida pelo animal
hospedeiro, em diferentes formas físicas.
• Em milhões de anos de evolução, seleção de espécies
adaptadas para o “máximo de rendimento
bioquímico”.
MICROBIOLOGIA DO RÚMEN
Lipolíticas
Grupo de organismos que hidrolisa lipídeos não é numeroso
pelo fato do ambiente ruminal apresentar potencial de
óxidoredução muito baixo.
Ribose
Anaerovibrio lipolytica Fonte de energia Frutose
Glicerol
Lactato
Acetato
• Substratos são fermentados Propionato
Co2
Propionato
Glicerol Succinato
MICROBIOLOGIA DO RÚMEN
Proteolíticas
Butyrivibrio amylophilus
Butyrivibrio ruminicula
Butyrivibrio sp
Selenomonas ruminantium
Anaeróbios facultativos
Lactobacillus sp
Streptococcus sp
Caraterísticas principais:
• Digerem células epiteliais mortas
• Apresentam atividades ureolíticas em ambiente
situado na interfase entre tecido bem oxigenado
e o conteúdo ruminal anaeróbico
• Compreendem mais de 1% da microbiota total
• Desempenham papel importante na manutenção
de baixos níveis de O2 dissolvido no conteúdo
ruminal
MICROBIOLOGIA DO RÚMEN
Archaea (metanogênicos)
Methanobrevibacter sp
Methanosarcina sp
Methanomicrobium sp
Methanobacterium sp
Aspectos gerais do CH4
• Principal dreno de H2
• Bovinos produzem até 17 litros de CH4/h
• Perda de energia oriunda do alimento de até 12% da
energia bruta
• Os ruminantes são considerados como contribuintes na
emissão de gases causadores de efeito estufa
MICROBIOLOGIA DO RÚMEN
MICROBIOLOGIA DO RÚMEN
Protozoários
Isotricha, Entodinium, Eodinium, Diplodinium e outros.
Tamanho – 20 a 200 μm (10 a 100 X maiores que bactérias
Apresentam organização interna complexa com estruturas
similares:
• Boca
• Esôfago
• Estômago
• Reto
• Ânus
• Algumas espécies ocorre placa rígida (semelhante a um
esqueleto)
População no conteúdo ruminal
• 104 e 106 protozoários/ml de conteúdo ruminal
• Em virtude do tamanho a concentração representa de 40 a
60% da biomassa microbiana
MICROBIOLOGIA DO RÚMEN
Fungos
Neocallimastix, Piromyces, Caecomyces e outros.
ESTABELECIMENTO DE MICRORGANISMOS NO
RÚMEN
MICROBIOLOGIA DO RÚMEN
Protozoários
Fungos
Forragem Concentrado
Bovino 1 4 2,4 11,0
Bovino 2 16 11,0 18,6
Bovino 3 4a5 0,30 0,30 a 0,51
Ovino 3 0 5,6 21,0
Ovino 4 2 2,6 8,5
Adaptado de Dhority e Orpin (1997).
ALIMENTO
Rúmen
DEGRADAÇÃO
MASSA
AGV
MICROBIANA
Tamanho de partícula
Interações microrganismos-substratos
Velocidade de passagem
Microrganismos e acidez
Efeito associativo
Açúcares solúveis
Amido
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
• Redução do pH do rúmen
• Queda no consumo de MS
• Diminuição no teor de gordura do leite
• Risco de ocorrência de distúrbios gastrintestinais
Cetonas Frutose
Açúcares
Monossacarídeos
Dissacarídeos
Oligossacarídeos
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAL
61%
7%
11%
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAL
5%
82%
11%
2%
ALIMENTO
CARBOIDRATOS PB EE MM
FDN
AMIDO E
FDA HEMICELULOSE PECTINA
AÇUCARES
CELULOSE
DISPONIBILIDADE RÁPIDA
LIGNINA (10-50%/h):AMIDO DISPONIBILIDADE RÁ-
(300%/h:AÇUCARES PIDA (30-50%/h) FER-
FERMENTAÇÃO MENTAÇÃO ACÉTICA
DISPONIBILIDADE LENTA
PROPIÔNICA E
FERMENTAÇÃO ACÉTICA (3-12%/h) LÁTICA
METABOLISMO DE PROTEÍNAS
Introdução
Composição:
Funções:
Catalisadores
Armazenamento (ferritina)
Hormônios (insulina)
Anti-infecciosas (imunoglobulina)
Enzimáticas (lipases)
Nutricional (caseína)
Agentes protetores.
METABOLISMO DE PROTEÍNAS
Aminoácidos
Aminoácidos não-essenciais:
São aqueles sintetizados pelo organismo animal.
Alanina, asparagina, ácido aspártico, ácido glutâmico, serina.
Aminoácidos essenciais:
Não podem ser produzidos pelo organismo animal.
Fenilalanina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina,
triptofano, histidina e valina.
Substituinte
METABOLISMO DE PROTEÍNAS
Cetogênico
São degradados a acetil-coa ou acetoacetil-coa -
Dão origem a corpos cetônicos (Leu e Lis).
Glicogênico
São degradados a piruvato, a-cetoglutarato,
succinil-coa, fumarato ou oxaloacetato (Ala, Arg,
Asp, Cis, Glu, Gli, His, Met, Pro, Ser, Thr eVal).
pH ruminal
Processamento do alimento
Temperatura ambiente
METABOLISMO DE PROTEÍNAS
• Proteína endógena
METABOLISMO DE PROTEÍNAS
10 a 13% de PDR
Minerais e vitaminas
Enxofre e Cobalto
Vitaminas do complexo B
Taxa de passagem
pH ruminal
Sincronização da degradação
ruminal de energia e proteína:
Principais características:
Comprimento da cadeia
Insaturação
Geometria da insaturação
• cis ou trans
Ramificação
• Iso ou ante iso
Família-n (ω)
FOSFOLIPÍDEO
METABOLISMO DE LIPÍDEOS
Carboidratos
Proteínas Atuam como combustíveis para os processos vitais
Lipídeos dos seres vivos
Unidades
Joule – força de um newton que desloca seu
ponto de aplicação em um metro.
ADP+HPO2 ATP
NAD+ NADH Energia
NADP+ NADPH química
FAD FADH2
Moléculas
Macromoléculas
precursoras:
celulares:
Anabolismo AA, açúcares, ác.
proteínas, CHO,
Graxos, bases
lipídeos, ác. nucléicos
nitrogenadas
Adaptado - Lehninger (2002)
METABOLISMO DE ENERGIA
Fosfolipídeos Esteróides
Triacilgliceróis Ác. Biliares
Ace til
Amido Co A
Est. de colesterol
Glicogênio Vit. K
Sacarose Eicosanóides
Triacilgliceróis
Oxaloacetato
Fosfolipídeos
Citrato
α cetoglutarato CO2
CO2
Adaptado - Lehninger (2002) Via cíclica (c)
METABOLISMO DE ENERGIA
Calor
Proteína
e Energia retida
Gordura
Piruvato Piruvato
CoA CoA
FAD
FADH2
Formato Co
Acetil-CoA Acetil-CoA
Co H Pi
CoA
Acetato Acetil-fosfato
CH4
Resultam:
2 mol. de acetato
2 mol. de ATP
Acetato
METABOLISMO DE ENERGIA
ROTAS DA SÍNTESE DE PROPIONATO NO RÚMEN
NADH
NAD
Malato
Piruvato
HO
Fumarato NADH
NADH NAD
NAD
Succinato Lactato
CoA CoA
HO
Succinil-CoA Acrilato
CO NADH
2H
Metilmalonil-CoA Propionil NAD
CoA
-CoA Propionato
METABOLISMO DE ENERGIA
Partição da energia:
ED = EB – EF
Partição da energia:
EM = ED – EG – EU
EM = EB – EF – EG – EU
EM = ED x 0,82 ou
Partição da energia:
EL = EM – IC
EL = ED – EF – EG – EU – IC
ENERGIA
BRUTA
ENERGIA DAS FEZES
ENERGIA
DIGESTÍVEL
ENERGIA DA URINA
+ GASES (CH4)
ENERGIA
METABOLIZÁVEL
Produção de calor: ENERGIA DO
Metabolismo basal INCREMENTO
Atividade voluntária CALÓRICO
Formação de produtos ENERGIALÍQUIDA
Digestão e absorção MANTENÇA
Regulação térmica PRODUÇÃO
Calor de fermentação
Excreção