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Amortecimento de Enchentes em Reservatórios 14-1

14 AMORTECIMENTO DE ENCHENTES EM RESERVATÓRIOS

14.1 Introdução

O amortecimento de enchentes em reservatórios é conhecido também como laminação da


onda de cheia em reservatórios.
Em geral, os reservatórios de acumulação são construídos para atender a finalidades
múltiplas: regularização de vazão e controle de enchentes.
No controle de enchentes, o reservatório retém uma parte do volume e amortece a onda
de cheia, abatendo o pico de cheia a jusante da barragem.
O estudo de amortecimento de enchente é importante para verificar o comportamento do
reservatório face a uma onda de cheia, no que diz respeito ao nível d´água máximo
atingido. É importante, também, para dimensionar o vertedor de uma barragem, que é
construída para suportar a máxima vazão efluente.
Tendo em vista a reduzida carga horária deste curso, não serão estudados os métodos
empregados para o amortecimento de cheias em reservatórios. Serão vistos somente os
conceitos envolvidos na determinação do volume de contenção de cheias e no
dimensionamento de vertedores.

14.2 Dimensionamento do volume de contenção de cheia e órgão extravasor

O estudo do amortecimento ou laminação permite determinar o volume necessário para


conter uma onda de enchente que aflui em um reservatório. Tal volume pode ser
determinado calculando a área compreendida entre os hidrogramas afluente e efluente. A
saída da água pode ocorrer através de vertedor no caso de barragens e, nos reservatórios
menores como piscinões, através de descarregador de fundo. Naturalmente, a vazão
efluente do reservatório vai depender do seu volume e da capacidade de extravasão do
vertedor. Na prática, o vetedor é dimensionado em função da vazão máxima permitida a
jusante da barragem. Conhecida a vazão máxima, realiza-se a simulação do
amortecimento da onda de cheia fixando a altura do vertedor e determinando a sua
largura. Considera-se dimensionado quando a vazão efluente máxima for igual a vazão
máxima permitida a jusante.

Figura 14.1 – Hidrogramas afluente e efluente amortecido.


Amortecimento de Enchentes em Reservatórios 14-2

Dados os hidrogramas afluente e efluente de um reservatório, conforme mostra a figura


14.1 da página anterior. O volume retido no reservatório corresponde à área hachurada,
que fica compreendida entre os dois hidrogramas. Matematicamente, este volume pode
ser determinado pela seguinte equação:
Vretido = ∑ ( Qei − Qsi ) ⋅ ∆t para Qe i ≥ Qs i

onde
Q e i – vazão afluente ao reservatório no instante i;
Q s i – vazão que sai do vertedor no instante i;
∆t – intervalo de tempo adotado, em segundos.

Conhecido o volume retido, pode-se determinar a altura do nível d’água atingido no


reservatório através da curva cota x volume e, conhecida a altura do NA do reservatório,
pode-se determinar a largura do vertedor no caso de barragens. Da mesma forma, nos
reservatório de acumulação, como os piscinões, pode-se determinar as suas dimensões a
partir do nível d’água máximo atingido.

Exercícios de aplicação:
1º Exercício:
Realizou-se uma simulação do amortecimento da onda de cheia em um reservatório,
sendo a onda de enchente afluente e o hidrograma efluente mostrados na figura 1.1
abaixo e suas ordenadas na tabela 1.1. Baseado nestes dados, pede-se:
a) o volume da onda de cheia retido no reservatório
b) a altura máxima do NA do reservatório atingido, acima da cota da soleira do vertedor;
c) a largura do vertedor utilizado na simulação.

Tabela 1.1
Tempo Q aflu Qeflu 120
(horas) (m3/s) (m3 /s) Qafluente
Qefluente
0 0,0 0,0 100
1 12,0 3,0
2 35,0 6,0 80
Vazão (m3/s)

3 72,0 10,0
4 100,0 15,0 60

5 94,0 21,0
6 78,0 28,0 40

7 60,0 35,0
8 40,0 40,0 20

9 26,0 38,0
0
10 16,0 32,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
11 11,0 26,0 Tempo (horas)
12 9,0 21,0
13 7,0 18,0
Figura 1.1
Amortecimento de Enchentes em Reservatórios 14-3

Figura 1.2

Dados: Curva cota-volume do reservatório acima da crista do vertedor: V = 691.440 x


H 1,3572 (V em m3, H em m)
Equação do vertedor: Q = 2,0 ⋅ L ⋅ H 1,5 (Q em m3/s, L e H em m)

Solução:
Cálculo do volume da onda de cheia retido no reservatório:
Vretido = ∑ ( Qei − Qsi ) ⋅ ∆t para Qe i ≥ Qs i
Tempo Qaflu Q eflu Qaflu -Qeflu
(horas) (m3/s) (m3 /s) (m3/s)
0 0,0 0,0 0,0
1 12,0 3,0 9,0
2 35,0 6,0 29,0
3 72,0 10,0 62,0
4 100,0 15,0 85,0
5 94,0 21,0 73,0
6 78,0 28,0 50,0
7 60,0 35,0 25,0
8 40,0 40,0 0,0
Soma = 333,0 m 3/s
V retido = 333,0 x 1 x 3.600 ∴ Vretido = 1.198.800 m3

Cálculo da altura da água acima da crista do vertedor:


V = 691.440 x H1,3572
1 1
 V  1,3572  1.198.800  1,3572
H =  =  = 1,5 ∴ H = 1,5 m
 691.440   691.440 
Cálculo da largura do vertedor:
Do gráfico ⇒ Qsmax = 40 m3/s
Q 40
Q = 2.L.H 1,5 ⇒ L = = = 10,9 ∴ L = 10,9 m
2⋅ H 1,5
2 × (1,5) 1,5
Amortecimento de Enchentes em Reservatórios 14-4

2º Exercício:
Para reduzir os efeitos de enchentes em uma região urbana, foi construído um
reservatório de acumulação, do tipo piscinão, conforme mostrado na figura 2.2. Os
hidrogramas de cheia observados a jusante do reservatório, antes e após a sua construção,
estão mostrados na figura 2.1. Baseando-se nas informações das duas figuras, determine:
a) o volume do reservatório para amortecer a onda de cheia afluente;
b) a altura do reservatório, sabendo-se que o controle na saída é feito por um tubo de
1,50 m de diâmetro (considere uma folga de 0,10 m, conforme indicada na figura
2.2);
c) as dimensões do reservatório, considerando a base quadrada.

Dados: Equação do orifício: Q = CO ⋅ AO ⋅ 2 ⋅ g ⋅ Z


Onde: Q = vazão (m3/s);
CO = coeficiente de descarga do orifício = 0,65;
AO = área do orifício (m 2);
Z = carga a montante do orifício (m).

25
Qantes
Qapós
20
Vazão (m3/s)

15

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
Tempo(minutos)

Figura 2.1

Figura 2.2.
Solução:
Amortecimento de Enchentes em Reservatórios 14-5

a) Volume da bacia de detenção:


V bac.det. = área do ∆ABD
A

B C E

A∆ABD = A∆ABC – A∆BCD


20,0 × 70 × 60
A∆ABC = = 42.000 m3
2
10,0 × 70 × 60
A∆BCD = = 21.000 m
3
2
V bac.det = 42.000 – 21.000 ∴ Vbac.det = 21.000 m 3
b) altura da bacia de detenção
Q max.saída = 10,0 m3/s (do gráfico)
π ⋅ D 2 π × (1,5) 2
AO = = = 1,767 m 2
4 4
Q = CO ⋅ AO ⋅ 2 ⋅ g ⋅ Z
2
Q  Q 
2⋅ g ⋅Z = ⇒ 2 ⋅ g ⋅ Z =  
CO ⋅ AO  CO ⋅ AO 
2
 10,0 
2 × 9,81 × Z =   = 75,81
 0,65 × 1, 767 
75,81
Z= == 3,86 m
2 × 9,81
H bac.det. = 3,86 + 0,75 +0,10 ∴ Hbac.det = 4,71 m
c) Dimensões do reservatório
Admitindo que a base é quadrada:
21.000
Abase = = 4.555 m 2
4,61

Lres = 4.555 ∴ Lres = 67,5 m

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