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ABSTRACT: The Attention Deficit and Hyperactivity Disorder (ADHD) has received
numerous denominations and seems to have become a fashionable term, because almost all
children, a little more agitated than usual, are labeled as hyperactive. However, the relationship
between family, especially the parents, and the school, needs to be better understood and
possibly reformulated, aimed at early diagnosis and proper treatment of this disorder. Therefore,
an exploratory survey was conducted, classified according to type as analytical review, with the
aim of defining family participation in school life of hyperactive children, identifying the type
of relationship established between family, school and the importance of both in learning
process. The bibliography was collected on the web and classroom libraries; the material was
organized by book report technique. After accurate assessment of the various arguments and
integration of literature, it was concluded that: families without the help of school, fail to notice
the symptoms of ADHD, especially when dealing with children only; the carrier of ADHD
needs to have special monitoring of school, since it can not contain his instincts, disrupting the
development of educational activities in the classroom The integrated work between family,
school and experts is essential for people with ADHD can develop their activities in a manner
consistent with the current situations and may, over time, lead a completely normal and
productive life.
KEYWORDS: Parents. Teaching. Disturb. Inattention.
1 INTRODUÇÃO
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2 METODOLOGIA
A pesquisa realizada pode ser classificada, em relação à finalidade, como básica, e em relação
ao objetivo, como exploratória. A pesquisa é “[...] um procedimento reflexivo sistemático [...] que
permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento”
(ANDER-EGG apud LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 43). É, portanto, um caminho para descobrir
verdades ou encontrar soluções para problemas propostos, utilizando métodos científicos. Para alcançar
o objetivo, foi realizada, dessa forma, uma pesquisa classificada quanto ao tipo como analítica de
revisão, uma vez que se tentou explicar fenômenos por meio da avaliação crítica, e em profundidade, de
informações disponíveis sobre o tema na literatura especializada (THOMAS; NELSON; SILVERMAN,
2007). Esse tipo de pesquisa consiste em um levantamento de informações relativas ao tema, publicadas
em livros, documentos técnicos e, especialmente, artigos científicos.
A coleta de material bibliográfico foi realizada na internet em sites relacionados à educação e
sites como Scielo e Google Acadêmico. Foi também levantada literatura na Biblioteca Pública do
Município de Conceição do Castelo e em biblioteca particular. Além das palavras do título, foram
utilizadas para busca as seguintes palavras-chave: pais, ensino, distúrbio e desatenção.
O material bibliográfico coletado foi organizado em pastas índices, por meio da técnica de
fichamento, sendo o texto elaborado de acordo com um plano de desenvolvimento definido inicialmente.
3 DESENVOLVIMENTO
Conviver com uma criança hiperativa é muito difícil, pois em sua agitação ela consegue
transformar a rotina de todos aqueles que dela se aproximam ou convivem no dia-a-dia.
A hiperatividade se caracteriza por seu início precoce, por um comportamento hiperativo e
modulado por uma desatenção considerável e por uma falta persistente de envolvimento nas tarefas.
Gruspun (1999, p. 39) apresenta a seguinte definição para esse transtorno:
Ainda, de acordo com Gruspun (1999, p. 40), “é mais comum em crianças pequenas e melhora após a
puberdade, especialmente no sexo feminino. Após os 16 anos de idade, há redução da incidência, com
número reduzido de adultos em comparação com o de crianças”.
Quando recebe atenção individualizada ou se encontra em novas situações, como visita a
médicos ou tratamentos psicológicos, a criança com TDAH pode não apresentar os sintomas dos quais
professores e/ou pais se queixam. O fato dos sintomas não estarem presentes todo o tempo não significa
que a suspeita seja infundada ou que não seja necessário procurar tratamento. Portanto, é necessário o
diagnóstico clínico, que é realizado através de testes, utilizando escalas para as crianças, a família e a
escola (GRUSPUN, 1999).
O auge do TDAH é na fase escolar primária, quando problemas de aprendizagem, desatenção e
comportamento desregrado atrapalham de forma crescente a família e a escola. Tal transtorno deve ser
tratado com esclarecimento da família e da escola sobre como lidar com o portador, medicação e técnicas
psicoterápicas.
Os pais, a família como um todo e a escola devem receber orientações sobre a natureza do
transtorno, sendo essencial que a família cumpra seu papel na educação dos filhos, pois muitas vezes a
hiperatividade pode ser a causa da separação de casais e a educação é fundamental para proteger as
pessoas que convivem com a criança:
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Para Goldstein (1998), o futuro parece ser promissor, uma vez que a sociedade apresenta
crescente conscientização e compreensão em relação ao impacto significativo que os sintomas do TDAH
têm sobre as pessoas e suas famílias. Mas, infelizmente, inúmeras escolas ainda não sabem lidar com o
aluno hiperativo e, por isso, eles tendem a regredir em seu rendimento escolar:
Diante disso, Fontes (2016) apresenta algumas dicas para que os professores lidem mais
adequadamente com alunos hiperativos:
● Evite colocar os alunos nos cantos da sala, onde a reverberação do som é maior. Eles devem
ficar nas primeiras carteiras das fileiras do centro da classe, e de costas para ela;
● Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível, crianças com TDAH têm dificuldade de
se ajustar a mudanças de rotina;
● Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam com outros estímulos;
● Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar bem;
● Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual;
● Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em vez de concentrar o mesmo tipo
de tarefa em um só período;
● Repita ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las, certificando-se de
que ele entendeu;
● Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para buscar materiais, apagar o quadro,
recolher trabalhos. Assim ela pode sair da sala quando estiver mais agitada e recuperar o
autocontrole;
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● Esteja sempre em contato com os pais: anote no caderno do aluno as tarefas escolares, mande
bilhetes diários ou semanais e peça aos responsáveis que leiam as anotações;
● O aluno deve ter reforços positivos quando for bem-sucedido. Isso ajuda a elevar sua autoestima.
Procure elogiar ou incentivar o que aquele aluno tem de bom e valioso;
● Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor na parte
de fora do grupo;
● Proporcione um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de maneira
equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude;
● Nunca provoque constrangimento ou menospreze o aluno;
● Proporcione trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favoreça oportunidades sociais.
Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos,
comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos;
● Adapte suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as deficiências e
inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo: se o aluno tem um tempo de atenção muito
curto, não espere que se concentre em apenas uma tarefa durante todo o período da aula;
● Proporcione exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade.
Avaliação frequente sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os
outros ajuda bastante.
● Coloque limites claros e objetivos; tenha uma atitude disciplinar equilibrada e proporcione
avaliação frequente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento
adequado;
● Desenvolva um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de
alongamento ou isométricos;
● Repare se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser um sinal de
dificuldades: de coordenação ou audição, que exigem uma intervenção adicional.
● Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes (som, visão, tato) para ser
bem sucedido ao ensinar uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas experiências
envolvem uma miríade de sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse
aluno provavelmente precisará de tempo extra para completar sua tarefa.
● Permaneça em comunicação constante com o psicólogo ou coordenador da escola. Ele é a
melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.
Ao se tratar o paciente hiperativo, é notada marcante melhoria no seu rendimento escolar. Para
que tais alunos possam ter o mesmo nível de aprendizagem dos demais, sugere-se que os professores
utilizem o maior número de recursos possíveis, pois eles se interessam muito por jogos, multimídia,
esportes e brincadeiras que exigem força e uso de energia.
É importante que a escola utilize uma prática pedagógica compreensiva, acolhedora,
mas que não deixe de estabelecer os limites necessários à educação desses alunos em relação a
suas condutas atípicas. O que não pode acontecer é uma rotulação e discriminação, que não
ajudará de nenhuma forma os portadores de TDAH.
Considerando as relações existentes entre família e escola, no que concerne à educação dos
alunos, alguns pais transferem a responsabilidade da educação de seus filhos unicamente para a escola.
Quando esta reclama do mau comportamento ou da indisciplina de certos estudantes, boa parte dos pais
devolve à escola a função de correção do desvio (TIBA, 2002). Nesse caso, fica difícil um acordo entre
essas duas instituições, sobretudo quando se refere a alunos portadores de alguma característica que os
diferencia dos demais, como a hiperatividade.
Os pais, geralmente, estão sobrecarregados pelo trabalho (MACHADO, 2013). Usando esse
argumento, deixam os filhos fazerem tudo que querem, sem nenhuma cobrança, quando na realidade
seu papel seria propor limites, não abrindo mão de sua responsabilidade na educação dos mesmos.
Para Tiba (1996. p. 170-171):
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Em caso de mau comportamento, não cabe ao professor tratar o aluno com base em
sua visão pessoal do caso, pois, além de estar abandonando sua função de dar aula,
acabará invadindo uma área para o qual não foi preparado. Assim sendo, ele deve
avisar à direção da escola, que se encarrega de chamar os pais e, com eles, discutir
formas de disciplinar aquele aluno/filho.
Se a família não colabora na educação dos seus filhos, o aluno percebe essa condescendência
dos pais e se aproveita disso para o não cumprimento das regras. Sendo assim, família e escola acabam
funcionando como um casal que não se entende para chegar a um acordo quanto à educação das crianças.
Nesse caso, o filho irá se aproveitar desse conflito escola/família da mesma forma em que acaba tirando
algum lucro quando há divergências entre pai e mãe.
Assim como nos casos de indisciplina, em relação aos alunos portadores de hiperatividade é
fundamental o diálogo entre família e escola. Alunos hiperativos, principalmente, precisam da atenção
das duas instituições, bem como de especialistas, que lidem com suas diferenças. Ao tomar
conhecimento das dificuldades que ocorrem numa família com membros portadores de TDAH, é
provável que os professores comecem a entender a atitude dos pais, da mesma forma que os pais podem
se sensibilizar com a situação dos professores se souberem das reais dificuldades que seus filhos
encontram na escola.
Apesar de serem os pais os responsáveis pela saúde física e mental dos filhos, bem
como pelo seu bem-estar social, a escola e os educadores não devem eximir-se da
responsabilidade que assumem com a família do aluno no tocante à observação,
detecção de distúrbios e orientação no encaminhamento dos mesmos (JOSÉ;
COELHO, 2008. p. 206).
Se os pais são conscientes de que seu filho requer cuidados diferenciados, devido ao TDAH,
precisam verificar se a direção da escola e os professores têm algum conhecimento sobre o mesmo, ou
se pelo menos a equipe pedagógica está disposta a ajudar seus filhos da maneira mais adequada.
Além disso, a comunicação frequente entre a escola e a família é extremamente
importante para garantir um bom relacionamento entre ambas e, por conseguinte, favorecer a
troca de experiências relevantes nos momentos mais difíceis. Mas essa comunicação deve ser
usada com bom senso, muito mais para buscar a cooperação do que para cobrança ou rivalidade.
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estratégias e intervenções que serão utilizadas no atendimento a esse aluno portador de TDAH. Por
exemplo: modificação do ambiente, adaptação do currículo, flexibilidade na realização e apresentação
das tarefas, na adequação do tempo das atividades, na administração e acompanhamento do uso de
medicação, se necessário, dentre outros.
A criança, para ser considerada portadora de TDAH, deve apresentar a maioria das seguintes
características:
No playground, a criança hiperativa pode não estar mais ativa do que as outras, mas
o que chama a atenção é que na hora em que se requer silêncio, ela não é capaz de
suprimir a atividade, por exemplo, na sala de aula. A criança com atenção
comprometida não executa uma tarefa inteira, deixa as atividades inacabadas: ler,
desenhar, jogar sozinho ou com um amigo, sempre é interrompido, mudando de uma
ocupação para outra, parecendo perder o interesse em uma mesma tarefa. As crianças
hiperativas são também impulsivas e às vezes agressivas. Agem antes de pensar.
Respondem aos professores, atrapalham os jogos dos outros e se envolvem em
comportamentos perigosos para si e para os outros (GRUSPUN, 1999, p. 40).
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Nesse sentido, a escola deve, por exemplo, convidar os pais a observarem a criança na
escola, pois algumas vezes os pais não têm outra oportunidade de observar as diferenças entre
seu filho e as outras crianças. Isso pode ajudá-los a se sensibilizar para o problema da criança,
principalmente se for filho único. O melhor é que os pais verifiquem seu comportamento
durante uma aula e em interação com os colegas.
4 CONCLUSÕES
Há, atualmente, transferência de responsabilidade dos pais para a escola, em relação à educação
dos filhos, sustentada, em sua maioria, no excesso de carga de trabalho.
A dificuldade de convivência e o fracasso escolar, gerados pelo TDAH, podem ser confundidos
com falta de educação e de regras, o que tende a agravar o problema.
A identificação dos sintomas do TDAH deve ser realizada por professores em conjunto com os
pais, mas o diagnóstico cabe unicamente a especialistas competentes na área.
A família, sem a ajuda da escola, pode não conseguir observar os sintomas do TDAH,
especialmente quando se tratam de filhos únicos.
O portador do TDAH precisa ter, na escola, um acompanhamento especial, já que não consegue
conter seus instintos, tumultuando o desenvolvimento de atividades pedagógicas em sala de aula.
O trabalho integrado entre família, escola e especialistas é fundamental para que os portadores
de TDAH possam desenvolver suas atividades de forma compatível com as situações apresentadas,
podendo, no decorrer do tempo, levar uma vida completamente normal e produtiva.
REFERÊNCIAS
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JOSÉ, E.A; COELHO, M.T. Problemas de aprendizagem. 12.ed. São Paulo: Ática, 2008.
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TIBA, I. Quem ama educa! 69. ed. São Paulo: Gente, 2002.
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