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PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS

July 29, 2016


Franciele Martins

Conforme Anastasi e Urbina (1997 apud PRIMI; MUNIZ s/d) para o fazer terapêutico
exige-se, como indispensável competência, a capacidade de realizar uma avaliação
psicológica consistente, embasada em conhecimentos teóricos, profundo
entendimento do funcionamento psicológico e exímia experiência. É necessário,
também, potencial de observação elevado para, assim, compreender amostras de
comportamento e processos psicológicos.
Neste sentido, em primeira instância, é interessante compreender os mecanismos
psicológicos que embasam distintos indivíduos em distintas tarefas no que se refere
ao desempenho. Em especial os processos psicológicos básicos que, independente
de cultura ou classe social, é comum a todos os seres. De acordo com Oliveira,
[...] as pesquisas na área da chamada psicologia antropológica passaram a enfatizar
a necessidade de compreender processos psicológicos básicos, que estariam
subjacentes à enorme variedade de modos de vida, crenças, teorias sobre o mundo,
artefatos culturais e criações artísticas presentes nos diferentes grupos humanos.
(OLIVEIRA, 1997, p. 52)
Desta maneira, abordar processos psicológicos básicos, ou seja, aspectos
relacionados à cognição, percepção, desenvolvimento, socialização, afetividade,
etc., possibilita a compreensão profunda do ser, além de se tornar importante
ferramenta para todos profissionais da saúde, incluindo naturólogos.

2. Processos Psicológicos Básicos:


Aspectos mentais como sensação, percepção, atenção, memória, emoção,
sentimento, linguagem e comunicação são exemplos de processos psicológicos
básicos. Tais aspectos são tanto inatos ao ser humano como também adquiridos a
partir da interação com outros seres sociais. Esses processos são estudados
pela perspectiva do método experimental e, a partir da observação dos mesmos, é
possível diferenciar um comportamento padrão humano do patológico.
2.1 Sensação:
Acredita-se, a partir de perspectivas e estudos realizados por várias áreas – entre
elas a neuroanatomia e física -, que o mundo externo é captado e compreendido
pelas pessoas a partir de mensagens que são decodificadas no cérebro. A
sensação, dessa forma, configura-se como uma primeira resposta ao que está ao
nosso redor, ou seja, uma primeira decodificação sensorial e motora às mensagens
que estão constantemente sendo passadas.
Assim, são detectados sons, objetos, odores, etc. No entanto, embora o ser humano
esteja constantemente em relação e recebendo influências do meio, nem tudo que o
cerca é sentido com intensidade. Ou seja, certas "mensagens" de fora se tornam
inconscientes, pois não são completamente decodificadas.
Diante disso, cabe ressaltar como ocorre o processamento e seleção de
informações. O primeiro tipo de processamento é o considerado do tipo inferior,
quando é realizada uma análise apenas a partir de captação de estímulos. Já a
segunda maneira é compreendida como do tipo superior, ou seja, quando envolve
também influências da mente humana: experiências, expectativas ou estado
emocional.
De maneira geral a "porta de entrada" dos estímulos externos proporcionadores de
sensações é a partir dos cinco principais sentidos – visão, audição, tato, paladar e
olfato. Assim, as informações são captadas pelos órgãos dos sentidos e enviadas
pelo sistema nervoso central ao córtex cerebral e este realiza a codificação ou
decodificação de mensagens exteriores.
2.2 Percepção:
O processo de percepção consiste na capacidade de adquirir, selecionar e organizar
as informações captadas do meio. Assim permite ao ser humano organizar as
impressões sensoriais e sensações obtidas baseando-se tanto em um histórico
pessoal e coletivo de experiências anteriores, quanto em algo completamente novo.
Esta capacidade de cognição dá-se quando os órgãos dos sentidos recebem
estímulos, mas diferentemente da sensação que é uma primeira resposta
mais simples em relação ao externo, normalmente estes estímulos na percepção
também são interpretados.
A nível neurológico, o processamento de informações é verificado quando os
incentivos e objetos do meio são captados pelos receptores sensoriais e estes são
levados até o tálamo e após reencaminhado até o córtex cerebral.
2.3 Atenção:
A atenção humana é determinada por dois principais fatores: a estrutura dos
estímulos externos que chegam ao indivíduo e, também, fatores referentes à
atividades do próprio sujeito, isto é, a estrutura do campo interno do mesmo.
Quanto à estrutura dos estímulos externos, fatores como intensidade – volume ou
iluminação, por exemplo - e novidade ou diferença - cenas incomuns - podem alterar
a capacidade de atenção de determinado indivíduo. Já em relação a estrutura
interna, pode ser elucidado pontos relacionados às necessidades e interesses do
individuo e objetivos em relação à própria percepção ou sobre o processo da
atividade realizada. Muitas vezes, também, a atenção se molda a partir da
necessidade de sobrevivência, isto é, atenção a algum cheiro de alimento, ao som
de um carro em alto velocidade, entre outros aspectos.
Desta maneira, segundo Luria (1991), há duas tipologias de atenção: a involuntária e
a arbitrária. A primeira ocorre quando um estímulo forte é verificado pelos sensores
do sujeito, como exemplo um grito alto e estridente ou uma forte batida na porta. Ou
seja, é uma atenção que ocorre automaticamente e sem que a pessoa tenha se
voltado previamente ao objeto de atenção. Crianças em fases iniciais já possuem tal
atenção, no entanto tem caráter instável, ou seja, não está plenamente consolidado
este potencial cognitivo.
Já a atenção arbitrária, que está presente apenas na humanidade não sendo
identificada em outros animais, demonstra a capacidade de homens e mulheres
terem a habilidade de mudarem arbitrariamente o foco de atenção de forma rápida.
Ora em um objeto, ora em outro, mesmo que externamente tudo permaneça igual, a
capacidade humana permite mudar o foco constantemente. Além disso, cabe
ressaltar, ainda, que atenção arbitrária subdivide-se em sustentada e dividida, o que
significa dizer que a primeira mantém o foco constante em algo principal – para
a realização de uma tarefa, por exemplo – e a segunda é quando dois ou mais focos
necessitam de atenção simultânea. Este caso pode ser ilustrado por uma mãe que
mesmo em processo de realização de seus trabalhos acadêmicos, por exemplo,
dedica sua atenção ao mesmo tempo à sua filha pequena.
2.4 Memória:
A memória é um dos principais recursos psicológicos, pois ela possibilita a
integração de diferentes fatores, histórias, sensações e sentimentos pela
consciência, tornando-se atemporal. Isto é, se for uma lembrança alimentada pelo
indivíduo, esta pode ser constantemente acessada, independente de quanto tempo
passe do período da memória em relação ao fato. Além disso, a memória é capaz de
integrar também processos biofisiológicos. Um exemplo é a memória do corpo, onde
certas patologias podem se apresentar mais facilmente em um sujeito devido a seu
histórico de saúde e este histórico é identificado por uma memória - celular.
Basicamente, para a manutenção da memória há três fases
necessárias: fixação, evocação e reconhecimento. A primeira caracteriza-se pela
capacidade de guardar algo – imagens, informações, etc. Já a segunda é a
possibilidade de atualizar os dados inicialmente guardados e por fim, a última fase –
reconhecimento - é a capacidade de reconhecer o que foi evocado.
É importante destacar que embora normalmente entenda-se a memória como uma
possibilidade de resgatar pontos do passado - memória a longo prazo -, além deste
aspecto, há também a memória sensorial que registra temporariamente – por
segundos - as informações que os sentidos transmitem; e a memória a curto prazo.
2.5 Emoção:
Pela perspectiva da neurociência emoção é um complexo conjunto de padrões
emocionais partir da união de determinadas reações químicas e neurais. Ainda por
esse prisma, as emoções possuem papel regulador auxiliando o indivíduo conservar
a vida - emoções de medo para alertar situações de perigo é um exemplo dessa
capacidade emocional. Outro aspecto regulador - biológico e interno - deste
processo psicológico é dissertado por Damásio (2000) onde a emoção é
compreendida como influenciadora de incontáveis circuitos cerebrais, sendo assim
também responsável possível por alterações profundas no cérebro e no corpo.
Outro ponto relevante sobre as emoções é a capacidade de, quimicamente, manter
experiências vivas na memória humana – processo iniciado pelo hipotálamo. Existe,
desta maneira, materiais químicos e neurais que produzem tristeza, alegria,
vitimização, empoderamento, fraqueza, entusiasmo, etc. que resgatam e fortalecem
memórias humanas. Além disso, memórias também podem despertar emoções,
dessa forma, pode-se dizer que estes dois processos estão intimamente ligados.
Em relação a este processo psicológico deve ser elucidado uma função muito
importante do mesmo: a expressão. Conforme Camargo
A emoção compreendida em sua origem revela sua primeira função. É ela que
permite ao homem estabelecer os seus primeiros contatos. A emoção é a primeira
forma de comunicação. O recém-nascido se comunica com o mundo, sofre a ação
do mundo, e pode atuar sobre ele graças à emoção. Através dela iniciam-se as
bases das relações interindividuais. (CAMARGO, 1999, p. 10)
Ou seja, além dos aspectos já elucidados em relação à emoção, ela serve como
uma primeira comunicação, uma pré-linguagem, que permite dirigir-se ao outro.
Destaca-se, assim, a necessidade humana de vinculação a algo ou alguém, visto
que a emoção permite um primeiro contato social – afetivo e para proteção -, como é
observado em relações entre mães e recém-nascidos.
2.6 Sentimento:
Pela concepção senso-comum emoções e sentimentos são considerados sinônimos,
no entanto, possuem dissemelhanças. Enquanto as emoções são necessárias para
o saudável desenvolvimento humano e de outros animais, os sentimentos são
inerentes ao homem, sendo assim considerados – pela visão evolucionista – uma
evolução das emoções.
De maneira geral os sentimentos são conscientes, diferentemente das emoções,
que chegam ao ser humano de forma inconsciente. Exercem função de juízo das
emoções evidenciando uma maior autopercepção e, assim, traduzem ideias sobre o
corpo ou organismo. Desta forma a emoção é alegria, enquanto o sentimento é a
racionalização e entendimento desta alegria em relação a si mesmo: "estou alegre".
Outra questão que diferencia sentimentos de emoções é que o primeiro é duradouro
e passível de ser escondido pelo indivíduo para não ser percebido pelos
demais sujeitos. Ao passo que o segundo é espontâneo e está diretamente ligado à
comunicação corporal – mãos suadas, agitação, choro, etc.
Por fim pode-se considerar, a partir da dimensão que o sentimento abarca, que este
processo é decorrente de uma disposição mental de decisão, além de outras
emoções, sensações e percepções que interagem e ás vezes até influenciam
sentimentos.
2.7 Linguagem:
Conforme Wecker (s/d) a linguagem é compreendida como a primeira forma de
socialização, implícita ou explícita, exercida por um sujeito e é através deste
mecanismo que é possível acessar valores, regras e crenças. Desta maneira, torna-
se precursora e fomentadora da aprendizagem.
De acordo com Villa (apud WECKER, s/d) este processo necessita de dois sistemas
principais – significante e significado – o que possibilita, além da linguagem
corpórea, ser exercido pela linguagem o papel linguístico e semântico da fala.
O significante representa pontos formais da linguagem, como fonemas, orações e
discurso. Já o significado refere-se à funcionalidade da linguagem: a comunicação e
o sentido da mesma, propriamente dito, no meio social.
Enquanto processo psicológico básico a linguagem é a capacidade de, além de
receber e interpretar, exprimir mensagens ao ambiente, podendo ser trocadas e
desenvolvidas informações a partir do contato com o meio e outros indivíduos.
Conjuntamente aos processos cognitivos, funções psíquicas de um indivíduo
desenvolvidas geram, do mesmo modo, recursos linguísticos também
desenvolvidos.
Cabe ressaltar ainda, consoante Bronckart e Caron, a linguagem possui duas
funções principais, são elas:
1. a função de representação consiste na possibilidade que possui toda língua de
reproduzir objetos, ações, acontecimentos ou conceitos através de signos. Aqui, a
linguagem é abordada geralmente como instrumento que permite a codificação de
informações tendo em vista seu tratamento cognitivo. Representação, portanto, tanto
no sentido de representar objetos do mundo, quanto de representação do
pensamento. Fala-se também aqui de denotação, de expressão de um conteúdo ou
de propriedade referencial da linguagem;
2. a função de comunicação é definida como uma transmissão de informação do
emissor ao receptor, ou como instrumento de interação social desenvolvida em uma
situação determinada, tendo em vista certos objetivos. (BRONCKART, 1985 ;
CARON, 1987 apud LEITE, 1997)
2.8 Comunicação:
A comunicação é uma função essencial da linguagem e implica uma representação
de um pensamento, ou seja, a construção através da fala de um quadro do
pensamento. Enquanto a linguagem pode ser expressiva e corpórea, a
comunicação, especificamente, é um signo, ou um 'espelho que comporta uma
analogia interna com o conteúdo veiculado' (LEITE, 1995).
Do ponto de vista da capacidade de aprendizagem da comunicação, Greene
coloca:
[...] considera-se que as respostas verbais são uma subclasse das respostas em
geral. Por conseguinte, elas podem ser explicadas pelas leis que regem o
estabelecimento de conexões entre estímulos e respostas, embora exista
discordância sobre quão complicadas precisam ser as conexões estímulo-respostas
no caso de comportamentos complexos tais como a solução de problemas, o
pensamento e a linguagem. A exposição mais simples é a de Skinner, afirmando que
as respostas verbais estão diretamente vinculadas a estímulos, sem necessidade
alguma de variáveis intervenientes, como o significado, as ideias ou as regras
gramaticais. (GRENNE, 1980)
Assim, fica evidente que para este processo psicológico básico se estimulado,
diferentemente dos inicialmente citados, é necessário contato com o meio, não
apenas o natural, mas com o construto da civilização: o meio social.

3. Considerações finais:
Camargo (1999) em seu artigo Emoção, primeira forma de comunicação disserta
sobre a importância de integrar o estudo da emoção à outros processos psicológicos
básicos, visto que permeia e orienta-os. Quanto a este prisma de integração,
expandindo a colocação da autora, tornou-se claro na construção deste artigo a
interação entre cada um dos processos psicológicos. Ressaltando assim, para além
da necessidade de integrar a emoção a outros processos, a necessidade de ser um
assunto integralmente abordado de forma indissociada, já que ainda segundo a
autora
Há quem ainda pense que é possível e necessário estudar as funções psíquicas
como se elas fossem separadas em compartimentos e estanques. A memória, a
imaginação, a linguagem, a emoção e a função sensória e motora etc., cada uma
em seu nicho. (CAMARGO, 1999, p. 10)
Esta separação na didática de explicação de tais ideias, num primeiro momento,
pode causar confusão de entendimento de conceitos entre estudantes e demais
públicos, pois os processos se misturam e complementam. O que torna necessário
encontrar alternativas de tornar um assunto facilmente compreensível não apenas
para profissionais da psicologia, mas para estudantes, profissionais da saúde em
geral, profissionais holísticos, toda a gama de facilitadores de círculos, etc. Isto
porque, falar de processos psicológicos básicos é falar de manifestações humanas
e, desta forma, materiais concisos e claros são essenciais enquanto ferramentas
terapêuticas. Este artigo desta maneira, buscou – embora tenha identificado
diferenças - demonstrar a linha tênue que é cada processo, igualmente é a linha
tênue entre diferentes ligações neurais exercidas por mulheres e homens.
4. Referências:
CAMARGO, Denise de. Emoção, primeira forma de comunicação. Curitiba:
InterAÇÃO, 1999.
GREENE, Judith. Psicolinguística (Chomsky e a psicologia). Rio de Janeiro: Zahar,
1980.
LEITE, Luci. Representação e comunicação: o estudo de funções linguísticas em
psicologia. Temas psicol. vol.3 no.2. Ribeirão Preto, 1995.
LURIA, Alexander R. Curso de Psicologia Geral. Volume III. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1991.
MONTEIRO, Manuela; TAVARES, Pedro. Ser humano. Porto: Porto Editora, s/d.
OLIVEIRA. Sobre diferenças individuais e diferenças culturais: o lugar da abordagem
histórico-cultural. In: AQUINO, J. G., (org.). Erro e fracasso na escola: alternativas
teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997.
PRIMI; MUNIZ, NUNES. Definições contemporâneas de validade de testes
psicológicos. Universidade São Francisco: Itatiba, s/d.
WECKER, Lisiane. Aquisição da linguagem. (s/r)
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