A respeito da origem do termo “responsabilidade”, Maria Helena Diniz
(2003) assegura que o termo responsabilidade deriva do verbo latino respondere, de spondeo, o qual correspondia à antiga obrigação contratual do direito quiritário romano, pela qual o devedor se acoplava ao credor nos contratos verbais, por intermédio de pergunta e resposta (Spondesne mihi dare centum? Spondeo; ou seja, prometes me dar um cento? Prometo). A responsabilidade civil passou a ser relacionada, desde então, à questão de se responder por alguma coisa. Dessa forma, é possível defini-la como a repercussão obrigacional das relações humanas. Até mesmo em sua etimologia terminológica, o termo significa obrigação, encargo, contraprestação. Já a palavra “civil”, por sua vez, refere-se ao que é relativo aos cidadãos, à sociedade e a vida humana (LIMA, 2011). Em sua acepção clássica, a responsabilidade civil repousa sobre o tripé formado pela culpa, pelo dano e pelo nexo de causalidade, como bem menciona Diniz (2007). E, ainda, acrescenta que a culpa diz respeito ao pressuposto, de caráter subjetivo, que se caracteriza como a performance imprópria do agente causador do dano, que abandona a observação dos deveres mínimos de precaução, não atentando, assim, aos cuidados indispensáveis ao surgimento de danos ao domínio patrimonial de terceiros. Dessa maneira, pois, a responsabilidade civil permite que sejam reparados os danos de quem foi lesado, e quem o praticou, em virtude de culpa (dolo ou culpa, stricto sensu), tem por intento resguardar o direito de quem se sente lesado, não permanecendo impune o causador do dano. Além disso, a busca pela reparação do prejuízo, por parte da pessoa que, por suposição, foi lesada, não deverá ocorrer de modo aleatório, sem embasamentos, pois se entende que uma situação assim acarretaria insegurança jurídica, devido à falta de parâmetros para um processo de ressarcimento por danos. Surge, portanto, a obrigação de compensar o prejuízo ocasionado ou ressarci-lo. É relevante ressaltar que é o patrimônio do devedor que responde na esfera civil. Conforme anota Carlos Roberto Gonçalves (2009, p. 21), a responsabilidade civil é eminentemente patrimonial, ou seja, “[...] é o patrimônio do devedor que responde por suas obrigações. [...] Desse modo, se o causador do dano e obrigado a indenizar não tiver bens que possam ser penhorados, a vítima permanecerá irressarcida”. Elucidando melhor, podem ser mencionadas, aqui, as regras contidas nos arts. 186 e 927, do Código Civil, que estabelecem os requisitos necessários para a existência da responsabilidade civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. [...] Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Complementa Silva (2010) que, conquanto a doutrina divergir entre os
pressupostos necessários para a ocorrência da responsabilidade civil, apontam- se quatro elementos necessários para sua definitiva caracterização: I. ato/fato (ação ou omissão); II. culpa do agente; III. nexo de causalidade ; IV. dano sofrido pela vítima. No ato/fato (ação ou omissão), como bem menciona Silvio Rodrigues (2007), origina-se a indenização; geralmente procede da contravenção de um dever, que pode ser legal, contratual ou social. Para que se configure a responsabilidade por omissão, necessita-se da existência de dever jurídico de executar certo fato, ou seja, de não se omitir. Na ação, espera-se um fazer, um movimento comissivo, portanto, positivo, isto é, a prática de um ato que não deveria se realizar. Já a omissão se distingue por uma abstenção de comportamento que deveria ter sido feito. Não exclusivamente a ação ou omissão precisa ser perpetrada pelo agente (ato próprio), uma vez que poderá também ser produto de ato de terceiro que esteja sob sua responsabilidade (GONÇALVES, 2009). Já a culpa, em sentido amplo (lato sensu), é compreendida como o abuso de um dever jurídico, imputável a alguém, como resultado de fato proposital ou de omissão de diligência ou cautela. Ela abrange: o dolo, que é a violação intencional do dever jurídico, e a culpa, em sentido estrito (stricto sensu), distinguida pela imperícia, imprudência ou negligência, sem qualquer determinação de infringir um dever. Por conseguinte, não se reclama que o ato danoso tenha sido, verdadeiramente, almejado pelo agente, pois ele não deixará de ser responsável pela ocorrência de não ter-se apercebido de sua ação nem avaliado as suas implicações (DINIZ, 2003). Agora, com relação ao nexo causal, preceitua Sérgio Cavalieri Filho (2005) que é necessário apurar se o agente produziu causa ao resultado, antes de ponderar se ele agiu ou não com culpa, pois não teria sentido culpar alguma pessoa que não tenha dado motivo ao dano. E, ainda, conceitua o nexo causal como “[...] o vínculo, a ligação ou relação de causa e efeito entre a conduta e o resultado” (CAVALIERI FILHO, 2005). E, enfim, sobre o dano, dispõe o art. 402, do Código Civil: “Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”. E, ainda, no art. 927, parágrafo único: “Art. 927. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados na lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.
2. RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PROFISSIONAIS LIBERAIS
Quando o debate se desenvolve sob o prisma dos profissionais liberais, o instituto da Responsabilidade Civil passa a ser severamente debatido e rebatido pelos mais renomados doutrinadores das ciências jurídicas. De certo é que o tema se apresenta propício a tamanha discussão, pois pelas espécies retro apresentadas o cenário de uma futura demanda pode ser compreendido como um filme de terror, pois vejamos. O parágrafo único do art. 927 do Código Civil apresenta como referido que a Responsabilidade Civil será objetiva quando previsto em lei ou quando a atividade normalmente desenvolvida, por sua natureza, apresentar riscos para o direito de outrem. Nestes casos, o autor responderá de forma objetiva, ou seja, sem a necessidade de a vítima provar que o mesmo agiu culposamente. Com vistas a clarificar esse terreno nebuloso, o Desembargador Sérgio Cavalieri Filho (2003) entende que o parágrafo único do art. 927 deve ser visualizado com a mesma disciplina jurídica do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, pois este trata da responsabilidade do fornecedor de serviços, prevendo sua responsabilidade independente de culpa, mencionando ainda que: “Quem exercer atividade normalmente perigosa – entenda-se, atividade habitual, reiterada, profissional – responderá objetivamente se o fizer com defeito, considerada como tal a atividade exercida sem a segurança legalmente exigida, sem a segurança legitimamente esperada. ” (FILHO, 2003, p. 80). Entretanto, existem profissionais que exercem habitualmente atividades de risco, mas não estão sob a égide da responsabilidade objetiva vergastada no referido parágrafo único, são os conhecidos profissionais liberais. Nesse sentido, ao tratar da Responsabilidade Civil pelo fato do serviço, a norma consumerista dispõe em seu parágrafo § 4º do mencionado art. 14, exceção aos profissionais liberais, imputando aos mesmos, tão-somente Responsabilidade Civil subjetiva, ou seja, condicionada à verificação de culpa. Dessa forma, relativamente aos profissionais liberais, adotou-se em regra, a Teoria Clássica da Responsabilidade Aquiliana. O debate sobre este aparente conflito, para alguns, reviveu quando foi aduzido ser o Código Civil lei posterior ao Código de Defesa do Consumidor, mas naturalmente aquele é norma geral, enquanto este é norma específica e, versa em texto próprio acerca da responsabilidade dos profissionais liberais. É evidente que tal posicionamento é o mais acertado, porém ainda hoje existem vozes divergentes naquele sentido. Corroborando com posicionamento majoritário, o parágrafo segundo do art. 2º da Lei de Introdução ao Código Civil prescreve que a lei nova que estabelecer disposições gerais ou específicas a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. Portanto, em regra, o parágrafo único do art. 927 do CC não é aplicado ao profissional liberal, que já possui tratamento específico no CDC, sendo observado o princípio da especialidade. Nesta senda, é prioritário que se saiba o que exatamente compreende a expressão profissional liberal, assim na lição de Sérgio Cavalieri Filho, por sua vez, menciona que: “[...] profissional liberal é aquele que exerce suas atividades por conta própria. É o médico que cuida dos seus pacientes no seu consultório ou os interna em determinados hospitais; é o advogado que atende seus clientes em seu escritório.” (2003, p. 80). Assim, inúmeras atividades podem ser exercidas por profissionais liberais, como advogados, médicos, odontólogos, administradores, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, publicitários, zootécnicos, agrônomos, dentre a enorme gama de atividades profissionais que existe em nossa sociedade, porém a tormentosa responsabilização ainda se apresenta por mais um capítulo no histórico consumerista brasileiro, sob a forma da obrigação que a mesma se reveste. 2.1. As obrigações assumidas pelos profissionais liberais As obrigações assumidas pelos profissionais liberais têm natureza contratual, sendo que, ao efetuarem prestação de serviços, poderão assumir obrigação de meio ou obrigação de resultado. Nesse sentido se a obrigação assumida for de meio representará a Responsabilidade Civil será subjetiva, ou seja, necessidade de provar a culpa, ou na segunda hipótese, quando assumida obrigação de resultado, estar-se-á diante de Responsabilidade Civil objetiva, onde como referido é dispensada a prova da existência de culpa. (NUNES, 2009) 2.1.1. Obrigações de meio Nessa feita, entende-se por obrigação de meio, aquela em que o obrigado se compromete a efetuar todos os instrumentos, formas, elementos, subsídios necessários com a maior e mais precisa prudência e cautela visando atingir um determinado resultado, sem, no entanto, comprometer-se com a obtenção do mesmo, bastando ser extremamente diligente para se considerar o adimplemento da obrigação. (AZEVEDO, 2008) O dever obrigacional, na obrigação de meio, é a atividade do devedor que, na sua atuação como profissional, tem o condão de utilizar todos seus esforços e conhecimentos para realizar a obrigação assumida, sem se cogitar em qualquer um resultado futuro. (GONÇALVES, 2011) Neste sentido a Professora Maria Helena Diniz esclarece a temática utilizando o Profissional Advogado como escopo de sua explanação, onde afirma que “O advogado deverá responder contratualmente perante seu constituinte, em virtude de mandato, pelas obrigações contratuais de defendê-lo em juízo ou fora dele (Lei n. 8.906/94, arts 1º e 2º) e de aconselhá-lo profissionalmente. Entretanto, será preciso lembrar que pela procuração judicial o advogado não se obriga necessariamente a ganhar a causa, por estar assumindo tão-somente uma obrigação de meio e não uma de resultado”. (2009, p. 293). O mesmo se dá com o médico, quando aceita a tratar de uma pessoa doente, porém, não pode garantir a sua cura, embora vá proceder com todos conforme todas as regras e métodos da sua profissão; também com o agrônomo, que orienta tecnicamente um produtor para fins de plantio, que também depende de fatores alheios como, terra, clima. Em todos os exemplos os profissionais devem atuar com todos os esforços possíveis no exercício de suas atividades, contudo, sem a promessa de um resultado positivo. Nesse tipo de obrigação a responsabilidade civil que poderia advir é aquela oriunda da chamada pela doutrina moderna de “perda de uma chance” que ocorre quando o profissional liberal deixa de fazer algo, que, caso tivesse sido feito, poderia propiciar ao contratante algo em seu benefício. O Desembargador Sérgio Cavalieri Filho desenvolvendo a nova teoria conceitua a Responsabilidade Civil pela perda de uma chance como aquela que: “[...] Caracteriza-se essa perda da chance quando, em virtude da conduta de outrem, desaparece a probabilidade de um evento que possibilitaria um benefício futuro para vítima, como progredir na carreira artística, militar, arrumar um melhor emprego, deixar de recorrer de uma sentença desfavorável pela falha do advogado, e assim por diante. [...]” (2010, p. 77). A responsabilidade pela perda de uma chance pode se dar quando um advogado é contratado para atuar na defesa dos direitos do contratante e deixa escoar o prazo para contestação ou para recurso obrigatório, fazendo seu cliente perder todas as chances que tinha daquele processo lhe ser favorável, lembrando sempre que não deve tal indenização ser baseada em montante equivalente ao que lograria no êxito da ação, pois serve este apenas como referencia. Como assevera o notável doutrinador Carlos Roberto Gonçalves (2011, p. 275) “[...] a indenização da chance perdida sempre será inferior ao valor do resultado esperado.”
2.1.2. Obrigações de resultado
Existe a obrigação de resultado quando o profissional liberal se compromete com a obtenção do resultado perseguido por seu cliente, ou seja, além de atuar com a devida prudência e diligência, garante ao contratante que se alcançará o pretendido. Caso o resultado, que foi objeto do contrato, não tenha sido alcançado, existirá o inadimplemento da obrigação. O eminente professor Álvaro Villaça Azevedo, célebre doutrinador dedicado ao estudo da ciência do universo obrigacional no Direito brasileiro esclarece que: “Se houver obrigação de resultado, o devedor há que realizar determinada finalidade para cumprir sua obrigação. Realmente, por esta forma, enquanto o resultado não sobrevier, o devedor não tem por cumprida a obrigação, esta não se exaure.” (2008, p. 31). Pode-se exemplificar a obrigação de resultado, com o cirurgião-plástico que tem por dever corrigir um defeito estético; o médico que promete o pronto restabelecimento do paciente; o advogado que se compromete a ganhar a causa; o agrônomo que garante o rendimento da lavoura; um ortodontista que se procede a intervenção para implantes dentários ou correção do alinhamento dentário.
3. RESPONSABILIDADE PENAL
A vida em sociedade somente é possível através dos relacionamentos
entre as pessoas. Seja do ponto de vista pessoal ou profissional, todos os atos praticados implicam em assumir seus efeitos. Na responsabilidade civil é dito que o profissional deve responder por seus atos, a responsabilidade penal trata-se justamente deste tópico, afirmando que é o dever jurídico de responder pela ação delituosa que recai sobre o responsável. Genericamente, as infrações penais podem ser dolosas ou culposas, em função de ter havido ou não a intenção do agente em praticá-lo. Devemos ter em mente que responsabilidade penal significa a obrigação ou o direito de responder perante a Lei por um fato cometido, fato este considerado pela lei vigente como um crime ou uma contravenção, é um atributo jurídico. Não se trata de uma qualidade, mas de uma consequência, quem tem capacidade de imputação e sofreu legitimamente a imputação de um ato. Em direito penal, para que alguém seja responsável penalmente por um determinado delito são necessárias três condições: ter efetivamente praticado o delito, à época do fato ter tido entendimento do caráter criminoso da ação, e á época do fato ter sido livre para escolher entre praticar ou não. Desabamentos, desmoronamento, incêndio, intoxicação ou morte por agrotóxico e contaminação são exemplos de resultados considerados como crimes. Cada um tem sua própria pena específico que o profissional deve aceita- la. Dentre os crimes citados, temos por exemplo:
Incêndio: Art. 250 – Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a
integridade física ou o patrimônio de outrem: Pena – reclusão, de três a seis anos, e multa; Inundação: Art. 255 – Remover, destruir ou inutilizar, em prédio próprio ou alheio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, obstáculo natural ou obra destinada a impedir inundação: Pena – reclusão, de um a três anos, e multa; Desmoronamento: Art.256 – Causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
De acordo com o Art.71 as penalidades aplicáveis são: advertência
reservada, censura pública, multa, suspensão temporária do exercício profissional, cancelamento definitivo do registroTodas essas ocorrências são incrimináveis, havendo ou não lesão corporal ou dano material, desde que se caracterize perigo à vida ou à propriedade. Por isso, cabe ao profissional, no exercício de sua atividade, prever todas as situações que possam ocorrer a curto, médio e longo prazos, para que fique isento de qualquer ação penal. Ás vezes, uma pequena mudança na estrutura pode implicar em uma grande intervenção, como exemplos a troca de pisos ou revestimentos e abertura de vão de um cômodo para outro, não cabe ao profissional impedir a feitura de uma obra, mas sim ter ciência de tudo o que está sendo feito e fiscalizar e no caso de haver qualquer anormalidade a Justiça pode ser acionada, todavia caso o profissional fique omisso estará assumindo para si eventuais responsabilidades. Se os desabamentos de uma obra de construção civil por exemplo provem da execução de responsabilidade de um engenheiro, fica certo a condenação do engenheiro responsável quanto da reparação dos danos materiais havidos em sua extensão, além de suas consequências humanas, o que poderá ser direcionado ao direito penal. O profissional de engenharia tem um órgão de classe que regulamenta a profissão, inclusive de valor jurídico. Desta forma, um profissional que tem seu registro cassado não será capaz, aos olhos da lei, de executar serviços pelos quais se especializou. O órgão de classe no Brasil é o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, de regulamentação regional e, a nível nacional, temos o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CENFEA. A responsabilidade penal pode ser:
Total: quando o agente era capaz de entender o caráter criminoso
do seu ato e de determinar-se totalmente de acordo com esse entendimento. Nesse caso o delito que praticou lhe é imputável, podendo o agente ser julgado responsável penalmente. Parcial: se, à época do delito, o agente era parcialmente capaz de entender o caráter criminoso do ato e parcialmente capaz de determinar-se de acordo com esse entendimento. Nesse caso, o delito lhe é semi-imputável, e o agente poderá ser julgado parcialmente responsável pelo que fez, o que na prática implicará redução da pena de um a dois terços ou substituição da pena por medida de segurança. Nula: quando a agente era, à época do delito, totalmente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou totalmente incapaz de determinar-se de acordo com este entendimento. Nesse caso o delito praticado lhe é inimputável e o agente será julgado irresponsável penalmente pelo que fez. Introdução Umas das profissões mais importantes do mundo atual é a engenharia, o seu exercício e processos regem grande parte das tecnologias, conveniências e entretenimento da nossa sociedade. Por essa razão, essa profissão possui uma variedade de regulamentos e responsabilidades introduzidos em códigos penais e previstos na lei que ajudam o engenheiro a manter a integridade social e pessoal. O uso desses regulamentos tem por finalidade, basicamente, de manter o exercício da profissão com a ética em campo, se preocupando com o cumprimento de princípios básicos profissionais como comprometimento, assiduidade, relações interpessoais, dedicação e honestidade. Tais princípios se tornaram indispensáveis para essa profissão pela razão da mesma se expandir em escala global. Manter essas responsabilidades em ação faz toda a diferença para a empresa, para o trabalhador e principalmente para a nossa sociedade. Iremos abordar neste trabalho algumas dessas responsabilidades, penais e civis, em relação as profissões regulamentadas por lei, e de acordo com as leis éticas que regem o nosso planeta. Conclusão O cumprimento de tais responsabilidades apresentadas nesse trabalho são de extrema importância para o fluxo positivo de todas as Engenharias. Tanto as leis penais e civis convergem para um ponto único na vida profissional de uma pessoa não só engenheira como a de qualquer profissão, a ação da ética. Tal observação pode ser confirmada com os altos índices de acidentes, desempregos, projetos falhos e desonestidade neste ramo, tais atos podem ser evitados com a verificação constante da ética no ambiente profissional. Para que essas responsabilidades sejam impostas deve haver proporcionalidade do conhecimento dessas leis, para que a ignorância não se torne a causa desses acontecimentos. Finalizando, o processo de regimento desses princípios se tornou peça chave para o bom funcionamento da sociedade em todas as áreas, a profissional também está incluída. E em um mundo, onde a engenharia está presente em todo lugar, a ética deve ser tornar o foco mais importante dentro e fora dessa profissão.
Castorina, J.A Et Ali. Piaget - Vigostsky - Novas Contribuições para o Debate, SP, Ed Ática, 1990. Capítulo I - o Debate Piaget-Vygotsky - A Busca de Um Critério para Sua Avaliação