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o trabalhador

da CM
L

Combater
o desmantelamento
Novembro/Dezembro 2010

da CML!

Nº 142

Págs. centrais

ANO XXXII

PAZ Sim! NATO Não!


Pág. 15
Editorial

Fazer crescer
a contestação
e a luta organizada
é imprescindível!
cinismo, a hipocrisia, a demagogia e os falsos ar-

O gumentos caracterizam as declarações e inten-


ções, quer dos membros do governo, no contex-
to do novo plano de austeridade, o terceiro (!), quer na
Câmara Municipal de Lisboa com o actual presidente a
propor um projecto de reestruturação dos serviços muni-
cipais sinónimo de um autêntico desmantelamento da
autarquia com a extinção e redução de inúmeros servi-
ços envolvendo directamente, mais de 4.000 postos de
trabalho.
O 3.º plano de austeridade da autoria do PS, com a
cumplicidade do PSD e do CDS-PP que, discordando
ambos em teoria, apoiam na prática todas as medidas
que visam, sem olhar a meios, a redução da despesa
pública através do ataque desenfreado aos trabalha- exploração de áreas de interesse público e como tal, po-
dores da administração pública e aos serviços públicos. tenciadoras de exorbitantes lucros.
Por outro lado e na óptica da receita do Estado, todos Os interesses dos trabalhadores da CML, da popula-
privilegiam a sobrecarga de impostos junto da população ção e da própria cidade de Lisboa, são menosprezados
e dos trabalhadores, evitando desta forma que os inte- e, como tal, secundarizados em função dos interesses,
resses dos grandes grupos económicos e financeiros também aqui, do sector privado, do capital.
sejam beliscados, os mesmos que exigem a implemen- Por estes motivos, afirmamos categoricamente, que ra-
tação destas medidas e conseguem, paralela e simul- zões não faltam para nos mobilizarmos e aprofundarmos
taneamente, a manutenção e crescimento dos seus lu- o nosso protesto e contestação. Se no contexto nacional
cros à custa do povo português. Assim se percebe a sub- é preciso e urgente travar as intenções do governo de
serviência dos nossos governantes aos interesses do maioria relativa do PS, repudiando de forma determina-
sector financeiro, do capital. As mentiras, que todos os da e inflexível o aumento dos impostos e a redução dos
dias nos fazem ouvir, da inevitabilidade destas medidas vencimentos dos trabalhadores da administração pública
e de que a crise está a ser suportada por todos e de for- além da corte das deduções e benefícios fiscais, de igual
ma igual, deve ser desmontada e fortemente denun- modo, temos que aumentar a contestação e a luta no
ciada. seio do município de Lisboa em defesa dos postos de tra-
Na autarquia de Lisboa, o projecto de reestruturação balho, dos nossos direitos e simultaneamente, defenden-
dos serviços municipais, defendido pelo PS e António do os serviços públicos municipais. O actual executivo
Costa, visa um único objectivo, transferir para uma em- camarário, impreterivelmente, tem que arrepiar caminho!
presa municipal, intermunicipal ou mesmo privada, sec- A Greve Geral de 24 de Novembro torna-se, pelos
tores de grande interesse económico, como a limpeza ur- graves problemas sociais e económicos que vivemos,
bana / remoção, a manutenção e reparação da frota, a quer no plano nacional quer no plano da autarquia de
iluminação pública, o saneamento, a gestão de instala- Lisboa, a resposta necessária e indispensável para tra-
ções desportivas e equipamentos culturais. De forma in- var estes obscenos planos do PS, PSD e CDS na As-
directa ou directa, as intenções do actual executivo são sembleia da República e do PS no executivo da CML.
bastante claras, por um lado, privilegia-se a total desres- A luta continua e terá que se aprofundar inevita-
ponsabilização da autarquia e da sua obrigação consti- velmente com o envolvimento de todos os trabalha-
tucional na prestação de serviços públicos, por outro, dores da Câmara Municipal de Lisboa!
cria-se espaço e oportunidade ao sector privado para a Vamos à luta com redobrada confiança! ■

Director: Delfino Serras ■ Corpo Redactorial: Luís Dias, Vítor Reis, Mário Rosa, Mário Souto, Francisco Raposo,
o trabalhador
da C M L
Frederico Bernardino ■ Propriedade: Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa ■ Administração e
Redacção: Rua de São Lázaro, 66 - 1º Dtº 1150-333 Lisboa - Telfs. 218 885 430 / 5 / 8 - Fax 218 885 429 -
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Artes Gráficas, Lda ■ Periodicidade: Bimestral ■ NIF: 500850194 ■ Distribuição: Gratuita aos sócios do STML ■
http://www.stml.pt Tiragem: 4.500 exs. ■ Depósito Legal: 17274/87 ■

2 O TRABALHADOR DA CML
Assembleia
Geral
da CGTP-IN
40º aniversário da CGTP-IN

O foi saudado por todos e de


forma entusiasta, num mo-
mento de grave crise social e econó- A CGTP-IN foi um extraordinário orgulhosos da Central Sindical e esti-
mica que assola Portugal e os por- instrumento de intervenção e luta mulados a defende-la e a reforça-la
tugueses. dos trabalhadores portugueses que para que ela, sempre sustentada e
Cerca de 1400 dirigentes, delega- lhes permitiu grandes ganhos, nos con cretizada com a par tici pação
dos, activistas sindicais e convida- tempos do fascismo para cujo der- efectiva dos trabalhadores, prossiga
dos encheram a Aula Magna da Uni- rube contribui, no processo revolu- a luta pela afirmação e defesa dos
versidade de Lisboa, no passado dia cionário, na construção e no cami- seus di reitos e in te res ses e pela
1 de Outubro. Com o lema "marca- nhar do Portugal democrático. Com construção de uma sociedade mais
mos o tempo com a luta de quem tra- os ensinamentos do passado com justa e fraterna, sem exploração do
balha", evocou-se os 40 anos de his- esperança e confiança, com acção Homem pelo Homem. (...)" (*)
tória da CGTP-IN, nunca esquecen- determinada dos seus activistas, a Nesta participada e viva assem-
do o facto de a CGTP-IN ter nascido CGTP-IN será capaz de encarar, bleia nacional ficou assumido a Gre-
no seio de um regime fascista. com êxito, os desafios do futuro. Se- ve Geral a 24 de Novembro.
"A Intersindical Nacional nasceu, a guindo os seus princípios e objecti- O nosso futuro está nas nossas
1 de Outubro de 1970, da interven- vos programáticos, mantendo e revi- mãos, dos trabalhadores e do povo
ção e da luta abnegada das traba- talizando as práticas que lhe deram português. A contestação e a luta or-
lhadoras e trabalhadores portugue- dimensão e prestigio, este enorme ga nizada têm que se agi gantar e
ses pelos seus interesses e direitos colectivo de trabalhadoras e traba-
aprofundar-se. Viva a greve geral!
e da acção organizada de sindicalis- lhadores que a constitui, alcançará
tas esclarecidos e determinados na esse êxito. (...) Ao comemorar-se os (*) Excertos da moção "CGTP-IN – 40
Anos. Marcando o tempo com a luta de
afirmação de um sindicalismo trans- 40 anos da vida da CGTP-IN, os tra- quem trabalha. Construindo o futuro",
formador, no combate ao fascismo e balhadores, dirigentes, delegados e aprovada por unanimidade e aclamação ‘na
na construção da democracia. (...) activistas sindicais devem sentir-se Assembleia Geral da CGTP-IN. ■

Greve Geral 24 de Novembro


Parar o desastre social!
orrespondendo ao apelo do Conselho Nacional da organizações sindicais que demonstrem preocupação
C CGTP, o Plenário Geral de Trabalhadores da Câ-
mara Municipal de Lisboa, do passado dia 13, aprovou
com os problemas que os trabalhadores e o país se de-
param e manifestem disponibilidade para lhes dar com-
por unanimidade uma moção de adesão à Greve Geral bate em acções sectoriais, bem como nesta greve geral,
de 24 de Novembro. Os trabalhadores da CML têm mais afirmando-se caminhos alternativos e caminhos justos
que motivos suficientes para estar em pleno nesta luta para a sociedade portuguesa." (*)
global dos trabalhadores e, na verdade, da sociedade Na Câmara Municipal de Lisboa, a juntar às razões ge-
contra as políticas económicas e sociais do Governo PS rais de roubo nos salários, imposição de impostos injus-
que, com a bênção mais ou menos regateada, do PSD e tos, empobrecimento acelerado de quem trabalha e dos
do PP e do Presidente da República, asseguram a manu- reformados, junta-se a ameaça de uma reestruturação
tenção de lucros chorudos à banca e às grandes empre- destruidora de postos de trabalho e de desmantelamen-
sas em troca do aumento brutal da degradação das con- to de serviços públicos municipais.
dições de trabalho e vida da esmagadora maioria da po- A amplitude dos ataques aos trabalhadores justifica a
pulação. mais ampla unidade e é nesse sentido que se entende a
Esta Greve Geral foi ratificada em muitas centenas de adesão da UGT e de sindicatos independentes à Greve
plenários nos locais de trabalho, quer do sector público, Geral.
quer do sector privado, nas organizações sindicais dos Todos estão convocados a participar, mobilizando e es-
trabalhadores, em comissões de trabalhadores, dando clarecendo, animando e ajudando a vencer a pressão
corpo ao desafio da CGTP: "Propor aos trabalhadores e que o governo e os interesses que representa estão a
trabalhadoras do nosso país, a realização, a 24 de Novem- fazer sobre a inevitabilidade dos PECs e do Orçamento
bro, de uma Greve Geral, procedendo-se de imediato à que legaliza o roubo a quem trabalha ou é pobre, para
realização de reuniões, plenários e outras formas de con- manter a riqueza nas mãos de uns quantos.
sulta aos activistas sindicais e aos trabalhadores nos locais É tempo de parar e inverter as políticas desastrosas e
de trabalho, para auscultação, confirmação e responsa- ruinosas. A Greve Geral, mobilizando os trabalhadores,
bilização inerentes à concretização desta luta com êxito." os jovens, os reformados, os pobres será uma poderosa
Esta Greve Geral está a ser construída amplamente e alavanca para esse objectivo.
a CGTP "propôs "uma forte unidade de acção a todas as (*) Resolução do Conselho Nacional da CGTP de 1 de Outubro de 2010 ■

O TRABALHADOR DA CML 3
Grande presença nos plenários
gerais da CML
Cinema São Jorge foi demasiado pequeno para governo PS não olha a meios para, mais uma vez, preju-

O tantos trabalhadores que quiseram marcar pre-


sença no plenário Geral convocado pelo STML.
Foram mais de 900 trabalhadores!
dicar os trabalhadores e os pensionistas.
Por isso mesmo e como ficou bem patente, a hora é de
luta, não restando outra alternativa aos trabalhadores
As últimas medidas de austeridade, da responsabi- senão mobilizar e participar activamente nas próximas
lidade do governo PS (D), assim como a reestruturação acções de luta, sendo a primeira já no dia 6 de Novem-
da CML, da responsabilidade do PS / António Costa, bro na manifestação nacional da administração pú-
foram os principais pontos na ordem de trabalho do ple- blica como mais um passo para a grande greve geral
nário. a realizar-se no dia 24 de Novembro.
Sem muito para desvendar em relação a reestruturação Realizou-se, ainda, no refeitório do Complexo dos Olivais
da CML, por esta altura apenas tinha sido entregue à II, o plenário nocturno tendo-se constatado a excelente
direcção do STML pelo Sr. presidente António Costa um participação de cerca de 500 trabalhadores. Reafirmou-
documento de trabalho fruto do estudo da equipe de se a posição dos trabalhadores e do seu sindicato, o
missão, apesar de já ficar bem patente, quer por parte do STML, em relação aos assuntos tratados e já referidos.
STML, quer por parte dos trabalhadores, a forte oposição Recordar que em ambos os plenários foram aprovados
em relação à eventual saída de qualquer serviço público por unanimidade uma moção de apoio, mobilização e
municipal para o exterior. participação nas grandes jornadas de luta que se avi-
No plano de luta mais geral, as últimas medidas de zinham. ■
austeridade, mais conhecidas como PEC 3, foram o tema
de debate! Cortes nos vencimentos, aumentos de des-
contos para a CGA, aumento do IVA, reduções de be- Plenário da Frente
nefícios fiscais e corte de complementos sociais como o
caso do abono de família, facilmente verificamos que o Comum dos Sindicatos da
Administração Pública /
CGTP-IN
ealizou-se, no dia 14 de Outubro, o plenário nacio-
R nal da Frente Comum dos Sindicatos da Admi -
nistração Pública. O STML participou activamente no
mesmo e, na sua intervenção, além de reafirmar a
adesão à Greve Geral e envolvimento e participação na
manifestação nacional da administração pública de 6 de
Novembro, abordou os problemas actuais na CML, no-
meadamente, a reestruturação dos serviços municipais
e a proposta nefasta do presidente da autarquia. Ficou
bem patente a necessidade de luta que se terá de de-
senvolver em torno desta questão tão fulcral para o fu-
turo, quer dos trabalhadores, quer dos serviços públicos
municipais.
No final do plenário todos os dirigentes, delegados e
activistas sindicais presentes deslocaram-se à Assem-
bleia da República com o intuito de entregar a resolução
aprovada por unanimidade e aclamação. Aqui chega-
dos, foi com surpresa que nos informaram de que havia
ordens específicas para membros da segurança acom-
panharem a delegação da Frente Comum, facto inédito
até esse dia! A livre circulação na Assembleia da Repú-
blica por organizações representativas dos trabalhado-
res e, neste caso, da esmagadora maioria dos trabalha-
dores da administração pública, ficou comprometida
com esta decisão arbitrária e discriminatória da respon-
sabilidade do governo e do presidente da Assembleia da
República.
Esta situação só mostra a falta de respeito do governo
PS pelos trabalhadores do sector do Estado, confundin-
do-nos a todos, sindicatos e trabalhadores, com um ban-
do de malfeitores. ■
4
Mudança de instalações no Departamento de Desporto

Para quando e para onde?


á um ano a esta parte, os trabalhadores do Depar-

H tamento de Desporto, do edifício municipal do Cais


do Gás e do armazém deste serviço situado na Av.
da Índia, vivem uma situação de indefinição em relação
ao futuro do seu local de trabalho.
De facto, as únicas informações de que tem conheci-
mento, dizem respeito a rumores e "conversas de corre-
dor" face ao local para onde serão transferidos! (Local que
é diferente semana a semana!)
O STML, no plenário efectuado neste local de trabalho
a 17 de Setembro, comprometeu-se com os trabalhado-
res a solicitar uma reunião ao vereador do Pelouro do
Desporto, com o único propósito de apurar os contornos
deste "mistério".
A 22 de Outubro efectuou-se a referida reunião entre o
STML e o vereador Manuel Brito, acompanhado o último
pelas chefias do Departamento de Desporto.
O STML colocou ao Sr. vereador as preocupações dos
trabalhadores do Departamento de Desporto centradas,
nomeadamente, em torno de três questões:
1. Salvaguarda das questões no campo da saúde, higi-
ene e segurança no trabalho na definição das futuras ins- oportuna e atempadamente.
talações; Referir, por último, que os trabalhadores do Departa-
2. Matérias envolvendo a acessibilidade ao local, con- mento de Desporto entregaram ao sindicato um abaixo-
cretamente, a nível de transportes públicos; assinado dirigido ao Sr. vereador Manuel Brito, com duas
3. A questão envolvendo um local específico para as re- sintéticas e importantes reivindicações, nomeadamente:
feições, concretamente, através de um refeitório ou uma 1. O envolvimento no processo de discussão em torno
alternativa séria e credível. da transferência de instalações.
Ficou assumido pelo responsável máximo do Pe- 2. A sua auscultação e a possibilidade de serem consi-
louro do Desporto, considerar as preocupações ex- deradas as suas opiniões e propostas.
postas e trabalhar para que as expectativas dos tra- O STML entregou em mão este abaixo-assinado ao Sr.
balhadores não saiam defraudadas. vereador na reunião referida.
Contudo, e não existindo neste momento uma de- O STML continuará a pautar a sua acção na defesa in-
finição concreta em torno da futura localização, ficou transigente dos interesses, aspirações e direitos dos tra-
igualmente assumido por parte do Sr. vereador, o balhadores do município de Lisboa.
acordo em informar os serviços e os trabalhadores Mantêm-te informado! ■

Representantes dos Trabalhadores para


a Saúde, Higiene e Segurança no trabalho
ais de um (1) ano após o início aquisição de Equipamentos de Pro- tamento de Reparação e Manuten-
M do mandato, a CML continua a
não disponibilizar instalações e
tecção Individual (EPIs), neste caso
específico, de luvas, com testes fei-
ção Mecânica (DRMM).
Continuaremos a aprofundar o
apoio técnico aos Representantes tos pelos próprios trabalhadores na nosso trabalho, sabendo que, quem
dos Trabalhadores Saúde, Higiene Divisão de Limpeza Urbana (DLU) e nos devia facilitar e criar melhores
e Segurança no trabalho, relem - no Departamento de Ambiente e Es- condições para o seu desenvolvi-
bramos, eleitos em Outubro de 2009. paços Verdes (DAEV); análise dos mento, na maior parte das vezes,
Apesar das dificuldades objecti- riscos inerentes ao trabalho desen-
cria-nos obstáculos aparentemente
vas, os Representantes dos Tra- volvido no Departamento de Cons-
balhadores eleitos, da lista apoia- trução e Conservação de Instala - intransponíveis, falamos, claro está,
da pelo STML, continuam a acom- ções Eléctricas e Mecânicas (DCCI- do executivo camarário.
panhar os vários e graves problemas EM); além da exigência, a quem de Independentemente desta consta-
que se constatam na autarquia de direito, da aplicação de medidas que tação, dar resposta aos anseios dos
Lisboa. protejam a saúde e a integridade fí- trabalhadores que nos elegeram de
Neste sentido, importa destacar o sica dos trabalhadores que operam forma livre e democrática, é a nossa
acompanhamento dos processos de nas oficinas dos Olivais II do Depar- prioridade. ■
O TRABALHADOR DA CML 5
SIADAP: Lutar pela revogação, já!
pesar do discurso da crise e das inevitabilidades Ex-Recibos Verdes querem justiça
A dos planos de austeridade que toda a propaganda
oficial põe em marcha, o SIADAP continua a ser
uma das matérias mais sensíveis e pertinentes para os
Quando há pouco mais de um ano, os trabalhadores e
o seu sindicato, o STML, conseguiram que o executivo li-
trabalhadores da Administração Pública, central, regional derado por António Costa aplicasse a opção gestionária
e local. Com mais um ano a chegar ao fim, e mesmo com para suprimir a falta de avaliação, os antigos vínculos pre-
a promessa do governo de congelar sem prazo definido cários ficaram de fora por decisão unilateral da administra-
todas as progressões, o STML pretende, em conjunto ção. Porque estes trabalhadores foram reconhecidos co-
com os trabalhadores, intensificar a denúncia deste siste- mo sendo vítimas do uso e abuso de precariedade pelo la-
ma de avaliação completamente falacioso e inoperante. do da CML, seria de plena justiça que não bastasse ter-se
Deste modo, e devido a toda a conjuntura, adiámos o procedido à integração.
prazo de entrega das petições para a revogação do Há que fazer justiça e considerar os anos que estes tra-
SIADAP que têm vindo a ser assinadas pelos trabalha- balhadores deram ao Município enquanto vínculos precá-
dores da CML. Pretendemos assim, reforçar o número de rios. O STML reafirma que vai continuar a lutar para que o
subscritores desta reivindicação de modo a que, na altura executivo camarário reconheça a legitimidade destes tra-
da entrega ao Presidente da Assembleia da República, te- balhadores em ser integrados na opção gestionária e ve-
nhamos uma ainda maior legitimidade formal para que o rem reposta alguma justiça e equidade. ■
tema regresse à agenda parlamentar.
Apelamos, portanto, a todos os trabalhadores do Mu- Imposição de objectivos
nicípio de Lisboa que ainda não tenham assinado a peti-
ção pela revogação imediata do SIADAP, que o façam. A nas oficinas do DRMM
petição está disponível na sede do STML, ou pode ser
Após o abaixo-assinado de Junho, no qual os trabalha-
assinada junto de qualquer dirigente ou delegado sindical
dores do DRMM/DMO reagiram contra a tentativa de im-
nos postos de trabalho. Não podemos desarmar nesta
posição de objectivos sem qualquer contratualização ou
luta que, independentemente de tudo o resto, define
negociação individual com os trabalhadores, a DMRH li-
muito das nossas vidas a breve trecho.
mitou-se a remeter para uma reunião conjunta anterior-
mente havida com as chefias e a considerar que os objec-
Incumprimento só pode resultar tivos foram estipulados, mesmo para os trabalhadores que
em aplicação da opção gestionária afirmaram a sua discordância com os objectivos impostos.
Como os trabalhadores referiam no abaixo-assinado,
Como é hábito desde que entrou em vigor, os procedi- não se trata de pretender substituir quem tem competên-
mentos e os prazos de desenvolvimento processual da cias e responsabilidades na definição dos objectivos, o
avaliação dos trabalhadores continuam a não ser cum- que se repudia é o completo incumprimento, quer dos
pridos. Sem resposta do presidente António Costa ao prazos, quer da reunião obrigatória com cada um dos tra-
repto que lhe fizemos na anterior edição do nosso jornal, balhadores, para negociação dos objectivos e demais
cremos que o actual executivo quer continuar a perpetuar parâmetros e para avaliação, como impõem os artigos
a falácia da aplicação do SIADAP na CML. 65º e seguintes da Lei 66-B/2007.
Assim, exigimos que seja reconhecido que o sistema de O que se repudia, é o sistema SIADAP e o completo
avaliação de desempenho não é correctamente aplicado desrespeito pelos direitos dos trabalhadores no processo
na CML, pelo que, de modo a colmatar os prejuízos para de avaliação que, sistematicamente, não se cumpre
todos os trabalhadores, seja assumido que o incumpri- quanto às formalidades e diligências legais que impõem
mento na aplicação das normas resulte na adopção do a participação e intervenção dos trabalhadores, mas em
instrumento de opção gestionária, previsto na lei. É o mí- tudo o mais prossegue, sem que a Área de Gestão dos
nimo dos mínimos que estamos a exigir, em nome de al- Recursos Humanos imponha e reponha a obrigatorieda-
guma verdade e justiça em todo este processo. de das formalidades legais. ■
6 O TRABALHADOR DA CML
Grande Jornada de Luta
o âmbito da jornada

N de luta nacional
descentralizada

Nacional
convocada pela CGTP-IN,
Lisboa e Porto receberam,
no passado dia 29 de Se-
tembro, milhares de traba-
lhadores, do sector público
e privado. Integrada na ac-
ção de protesto europeu da
de 29 de Setembro
CES (Confederação Euro-
peia de Sindicatos), esta
jornada de luta teve como
contra a austeridade
principal revindicação a de-
núncia e repúdio aos pla-
nos de austeridade que
con substanciam as deci -
sões políticas dos vários
governos, socialistas ou so-
ciais-democratas que, um
pouco por toda a Europa,
têm no mundo do trabalho o
seu principal alvo.
O mesmo se verifica em
Portugal, com o PS sempre
em conluio com o PSD e
CDS, a apresentar suces-
sivos planos de austerida-
de cujo único objectivo
pas sa pela redução da
massa salarial dos traba-
lhadores, pelos contínuos
aumentos de im postos,
pela diminuição dos bene-
fícios e deduções fiscais,
pelo ataque às funções so-
ciais do Estado, pela des-
truição do sector empresarial do Estado e do aparelho públicos municipais.
produtivo nacional. Em defesa dos direitos, dos salários e postos de tra-
Face à hipocrisia reinante dos membros do governo e balho, dos serviços públicos, da cidade e da população
da demagógica oposição que PSD e CDS falsamente de Lisboa, a luta continua! ■
produzem, já que os três partidos defendem no essencial
as mesmas políticas, medidas e, consequentemente, os
sacrifícios que nos querem impor, os trabalhadores por- ATENÇÃO!
tugueses só tem uma solução, o caminho da luta organi-
zada, determinada, inflexível e confiante! Actualização do RIP
Na Câmara Municipal de Lisboa, e face ao desmante-
lamento que o PS e António Costa defendem implicita- No final do mês de Setembro foi efectuado o paga-
mente no processo de reestruturação dos serviços muni- mento relativo a primeira tranche da actualização do
cipais, os trabalhadores de inúmeros serviços desta au- Subsídio de Penosidade, Insalubridade e Risco.
tarquia, que marcaram presença nesta jornada de luta, Recordamos novamente, que esta tranche apenas
demonstraram claramente o seu repúdio à redução e ex- diz respeito aos anos de 2003, 2004 e 2005.
tinção de um número bastante considerável de serviços A segunda tranche deverá ser processada no final do
públicos municipais e dos respectivos postos de trabalho. mês de Janeiro, respeitante aos anos de 2006, 2007,
Em evidência estiveram os trabalhadores da limpeza 2008, 2009 e parte de 2010.
urbana, do departamento de saneamento/brigada de co- Neste sentido, os valores actuais do Subsídio de
lectores, das oficinas de manutenção e reparação da fro- Penosidade, Insalubridade e Risco são:
ta, do departamento de desporto, das unidades de edu-
1.º Escalão - e 4,09 (quatro euros e nove cêntimos)
cação, do edifício do Campo Grande entre muitos outros.
2.º Escalão - e 3,91 (três euros e noventa e um cên-
O STML e os trabalhadores da Câmara Municipal de
Lisboa, inevitavelmente aprofundarão a luta caso o exe- timos)
cutivo da autarquia de Lisboa, não recue nas suas inten- 3.º Escalão - e 3,36 (três euros e trinta e seis cênti-
ções de desmantelamento e destruição dos serviços mos). ■
O TRABALHADOR DA CML 7
Reorganização e
reestruturação da CML ou:
Externalização = Entrega
à gestão privada
de importantes serviços
municipais?
A REESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS
E stá em curso na CML a discussão da proposta
do actual executivo sobre a reorganização e
reestruturação de Serviços, que entre outras
alterações à actual estrutura define como objectivos a
externalização e entrega de importantes serviços da
DO MUNICÍPIO
Por obrigação legal a reestruturação em análise de-
corre da aplicação do Decreto de Lei n.º 305/2009 de
CML. Do que até agora se conhece, nomeadamente 23 de Outubro, que estabelece o regime jurídico da or-
pelas duas reuniões efectuadas com o presidente da ganização dos serviços das autarquias locais, no en-
CML tendo como referência o conteúdo do documento tanto, ao anuncia-la o presidente da CML, refere com
entregue ao STML "Bases para um novo modelo de particular destaque a sua articulação com a reforma
Governação da Cidade de Lisboa, reorganização da administrativa da cidade e a sua relação com uma amor-
Câmara Municipal de Lisboa" elaborado pela Unidade tização antecipada da dívida do município, pelo seu con-
de Missão nomeada para o efeito e que custou à Câ- teúdo percebemos porquê, atente-se ao seguinte:
mara cerca de 300.000,00 (trezentos mil euros), a possi- A importância atribuída pelo presidente da CML a esta
bilidade da abertura de um caminho que em nosso en- matéria que, para o efeito até nomeou uma equipa de
tender pode conduzir à privatização de serviços é sem missão, faria pressupor que do seu trabalho resultasse
dúvida o traço mais marcante deste processo. Esta ideia uma proposta de reestruturação dos Serviços da CML no
ficou bem assente aquando da entrega da proposta de- mínimo devidamente fundamentada. Contudo e contra-
finitiva ao STML a 28 de Outubro. riamente ao que seria de esperar, o que se apresenta é
8 O TRABALHADO
uma generalização de um vasto conjunto de
princípios orientadores que no essencial tradu-
zem os princípios vertidos no diploma legal – o
D.L. 305/20209 – sem objectivação num modelo
prático procedimental, ao menos nas suas linhas
definitivas gerais.
O que se constata no documento em análise é
que se fomentam soluções completamente des-
viadas de uma perspectiva racionalizadora. Em
algumas situações, promove-se a fragmentação
de serviços com complexidades técnica e gestio-
nária consideráveis, distribuindo os pedaços
pelas unidades orgânicas territoriais perdendo
toda a racionalização de meios e economias de escala Quanto às áreas de remoção, reparação e manutenção
que uma gestão centralizada permite. da frota o caminho apontado pelo presidente da CML
Além do mais, o documento de trabalho e a proposta a será o da sua municipalização como primeiro passo de
que deu origem, desconhece completamente a realidade uma evolução para a intermunicipalização.
dos trabalhadores, da estrutura de carreiras e categorias Sobre o Saneamento a sua decisão é mesmo o da sua
existentes que qualquer modelo de organização de ser- concessão à EPAL, sendo neste caso assumido que os
viços que pretenda eficácia, eficiência, empenho e bons principais motivos se prendem com o encaixe imediato de
resultados não pode ignorar. recursos financeiros.
Em áreas tão importantes para a cidade e para a po-
pulação como por exemplo o Desporto, acentua-se e
EXTERNALIZAÇÃO DE SERVIÇOS MUNICIPAIS aprofunda-se a desresponsabilização da CML. O do-
cumento em análise propõe nomeadamente: a trans-
Em lado algum do referido Decreto de Lei se impõe ferência da gestão e manutenção dos equipamentos des-
a externalização de Serviços. No entanto aparece portivos municipais para organismos de natureza privada
como uma das tónicas dominantes do documento entre- e sem fins lucrativos.
gue ao STML. Trata-se pois, de uma opção política deste Tal decisão é, em nosso entender, o reflexo de uma
executivo, alicerçada em soluções de cunho neo-liberal total ausência de um projecto político desportivo na CML,
cujos resultados estão à vista de todos. problema que, como em outras áreas, nenhuma reorga-
Ao apontar para a "Gestão Empresarial, mantendo a nização ou reestruturação pode resolver.
natureza de Serviço Público", procura se com um jogo de Trata-se efectivamente de um grande "Pacote de In-
palavras "tapar o sol com a peneira", na realidade, os ser- tenções" agora formalizado numa proposta final que será
viços que se pretendem externalizar para "Concessões sujeita a votação, primeiro em sessão de câmara e de-
e/ou Empresas (Inter) Municipais" como são a Higiene e pois na Assembleia Municipal.
Limpeza Urbana, o Saneamento, a Iluminação Pú- O STML manifesta desde já a sua total discordância
blica ou o Desporto entre outros, não poderão deixar de com as soluções apontadas para a reorganização e
ser públicos, são direitos dos cidadãos e são da res- reestruturação da Câmara Municipal de Lisboa e com
ponsabilidade exclusiva da autarquia, na medida em que as propostas de externalização de gestão de Servi-
são atribuições inalienáveis definidas na lei. Portanto, ços Municipais.
terá sempre que ser a autarquia a assumir os seus custos Pelo conjunto de razões expostas, o STML reafirma
e, teoricamente, controlar a sua execução. que não negoceia sobre questões de princípio! A defesa
O que tem acontecido nas experiências de externa- dos postos de trabalho, dos serviços públicos e, inclusive,
lização conhecidas, é que os custos crescem e a quali- dos direitos da população da cidade de Lisboa, norteiam
dade diminui e a possibilidade de controlo de execução a nossa posição.
esgota-se com o esvaziamento do conhecimento técnico
por parte da autarquia. Face à proposta de reestruturação do actual pre-
Sendo os objectivos nas empresas o lucro, interessa sidente da CML, o STML diz NÃO! ■
comprimir os custos de funcionamento para os
puder maximizar. Daí, as soluções de precariza-
ção laboral, recurso a mão-de-obra barata e sem
direitos, apoios sociais reduzidos, despedimen-
tos, etc.
Esta intenção foi confirmada por António Costa
na 1.ª reunião com o STML.
Entretanto, na 2.ª reunião e última até ao mo-
mento sobre esta matéria, foi-nos comunicado
que afinal, a Iluminação Pública mantinha-se na
estrutura da CML. Contudo e reafirmado pelo
presidente da CML, a intenção de externalização
de todas as outras áreas já referidas, avançando
em termos mais concretos com a descentraliza-
ção, dando às Juntas de Freguesia os serviços
afectos à limpeza urbana.
HADOR DA CML
PEC – parte III
A Vilanagem continua!
Repugnante e sem escrúpulos!
resposta do PS e de José Sócrates não se fez es-

A perar face às pressões dos "seus donos". Duas (!)


semanas apenas, após as declarações de António
de Sousa, presidente da Associação Portuguesa de
Bancos, em que o mesmo "aconselhava" o governo a im- dentemente do rendimento de cada um.
plementar novas medidas de combate à crise, como um Neste quadro, podemos com muita certeza concluir,
novo aumento de impostos e a redução em 10%, dos sa- que todos os trabalhadores, quer do sector público, quer
lários da administração pública, aí estão essas mesmas do sector privado, irão perder em média, 10% do seu
medidas, o PEC 3, apresentadas pelo governo com pom-
poder de compra. Uma brutalidade que acontece no es-
pa e circunstância e, claro está, com muito cinismo.
paço de poucos meses!
Mais uma vez, o ónus da crise recai sobre os mesmos
de sempre. Mais uma vez, o PS sempre com o PSD e o Para quem acredita, que não existem medidas alter-
CDS a afirmar a inevitabilidade destas medidas, apoian- nativas no plano da redução da despesa pública e/ou no
do-as de facto, decide(m) que serão os trabalhadores da aumento da receita do Estado, como o Sr. Teixeira dos
administração pública, os reformados e aposentados e os Santos, ministro das finanças ou outros como ele, é pre-
desempregados a suportar, através de mais sacrifícios, o ciso relembrar o seguinte:
encargo da crise e do défice público, relembramos, cria- 1. O sector financeiro continua a pagar 12% de IRC,
dos pelos que hoje nos querem impor mais austeridade. o mesmo que um simples comerciante. É importante aqui
As medidas apresentadas pelo 1.º ministro e pelo mi- referir a autêntica vilanagem em curso pelo sector finan-
nistro das finanças, irão provocar um agravamento das ceiro. Ora vejamos, o sector financeiro português finan-
condições de vida dos trabalhadores e pensionistas por- cia-se junto do BCE (Banco Central Europeu) a uma taxa
tugueses, mas terá igualmente um forte impacto a nível de 1%! O Estado Português paga, pelos empréstimos à
económico, provocando a retracção da economia nacio- banca nacional, uma taxa que varia entre os 4,5% (nos
nal, ao contrário do que afirma o governo, economistas, empréstimos a 4 anos) e os 6,4% (nos empréstimos a 10
jornalistas e comentadores encartados. Consequências anos)! Referir ainda, que os empréstimos da banca às fa-
imediatas, deste (mais um) plano de austeridade, é o au- mílias portuguesas e às micro, pequenas e médias em-
mento do desemprego, da pobreza, da miséria e o encer- presas é efectuado a uma taxa de juro (como todos infe-
ramento de centenas de micro, pequenas e médias em- lizmente conhecemos), claramente superior a 1%.
presas. 2. A economia clandestina, responsável por movimen-
Que medidas em concreto, entre outras, defende o tar verbas equivalentes a 25% / 30% da riqueza bruta cria-
governo? da em Portugal (PIB), continua sem ter medidas regula-
A redução da massa salarial na administração pú- doras e consequentes. Por este motivo, milhões de milha-
blica em 5%, correspondente a 1.432 milhões de euros! res de euros não entram nos cofres do Estado. Só em
O governo PS pretende reduzir entre 3% a 10% os sa- 2009 foram 35 mil milhões de euros que ficaram sem pa-
lários dos trabalhadores da administração pública que au- gar impostos! 25% do PIB!
ferem vencimentos ilíquidos superiores a 1.500,00 euros 3. Os paraísos fiscais continuam a receber benefícios
/mês. e isenções fiscais escandalosos, como o offshore da Ma-
A esta redução, que se traduz num autêntico roubo, é deira, só no Orçamento de Estado de 2010 foram em be-
necessário acrescentar a intenção do governo em impor nesses, 1.600 milhões de euros!
aos trabalhadores do Estado mais 1% de desconto para 4. A fraude e evasão fiscal continuam a ser um dos
a CGA (Caixa Geral de Aposentações), passando de 10%
"cancros" da nossa sociedade com efeitos nefastos nos
para 11%. A este aumento de quotização, não podemos
cofres do Estado e obviamente, nas contas públicas. O
esquecer o desconto actual de 1,5% para a ADSE.
governo não tem e não quer apresentar medidas, que er-
Concluímos com facilidade, que o trabalhador do sector
público, em 2011, irá descontar todos os meses, para a radique definitivamente este grave problema.
CGA e para ADSE, 12,5% do seu vencimento, perdendo Pelo exposto, percebemos que o ataque aos trabalha-
em média e237,00/ano! Este cenário envolve, actualmen- dores, do sector público e privado, aos reformados e apo-
te, 603.840 trabalhadores! sentados, aos jovens e desempregados e em geral, às fa-
Por último e no universo dos trabalhadores da adminis- mílias portuguesas, é uma clara opção política, sustenta-
tração pública, é necessário acrescentar o congelamento da nas vontades e interesses defendidos pelo PS no go-
das progressões e do tempo de serviço para efeitos de verno e pelo PSD e CDS na pseudo oposição. Interesses,
progressão e dos concursos de promoção, que não te- como todos facilmente verificamos, se limitam ao sector
nham, até à data da entrada em vigor destas medidas, a económico / financeiro e desprezam o mundo do trabalho
lista final homologada. e a imensa maioria da população.
Além destas medidas, o governo quer ainda aumentar Exigir um novo rumo, uma politica que defenda os nos-
o IVA para 23%, no plano do aumento das receitas extra- sos interesses, os nossos direitos e salários, os nossos
ordinárias. Mais uma vez, vemos a falta de justiça e de postos de trabalho e a nossa dignidade, é um imperativo
equidade nas decisões do governo. O IVA, relembramos, nacional. A Greve Geral de 24 de Novembro é sinó-
é o "imposto cego" porque atinge tudo e todos, indepen- nimo inequívoco desta exigência, justa e exequível! ■
10 O TRABALHADOR DA CML
ORÇAMENTO DO ESTADO 2011

Contra os Trabalhadores e o País


Orçamento do Estado para 2011 é, sem margem estende-se a todos os trabalhadores, com a carga fiscal

O para dúvidas, o maior ataque perpetrado contra


os trabalhadores e o povo português desde os
tempos da ditadura fascista. A ser aprovado (e, apesar
a absorver cada vez mais rendimento disponível das fa-
mílias portuguesas.
Retrocesso social e recessão económica são desde já
dos arrufos do PSD com o PS, ninguém duvida que o as únicas garantias deste ofensivo documento. O Estado
seja), o pacote de medidas contido não só torna todos os Social (que Sócrates diz, com todo o descaramento, de-
trabalhadores mais pobres, como arrasta o País para uma fender) está em risco com o desinvestimento brutal no
situação que pode mesmo tornar-se insustentável a mé- combate à pobreza, nos programas de inclusão, na saúde
dio e longo prazo. e na educação. O próprio sector produtivo nacional está
O ataque generalizado aos trabalhadores da Adminis- em risco com o agravamento da taxa de IVA que retira
tração Pública (com a redução directa dos salários acima qualquer hipótese de competitividade às micro, pequenas
de 1.500 euros, incluindo todas "as prestações pecuniá- e médias empresas, o que significará um ainda maior
rias que são objecto de desconto para a CGA ou Segu- agravamento dos números do desemprego.
rança Social" – ou seja, trabalho suplementar e extraordi- Com os dois anteriores PECs, o OE para o próximo ano
nário, abonos, senhas de presença, etc. – e o aumento da é mais um elemento na escalada, engendrada pelos
taxa de desconto para a CGA) é, uma vez mais, a evi- grandes grupos económico-financeiros, pela União Eu-
dência de que a política seguida pelos governos PS/PSD ropeia, pelo Fundo Monetário Internacional e pelos am-
(com o CDS em alturas pontuais) tem como objectivo úl- bíguos "mercados", de ataque aos trabalhadores e ao
timo destruir os serviços públicos através da desvaloriza- País, visando aumentar a exploração e destruir as con-
ção constante do seu capital humano. Porém, a ofensiva dições de vida e de trabalho. ■

Entrega de petição contra a precariedade


ais de 100 jovens, dirigentes, delegados e acti- seus direitos, liberdades e garantias, incluindo a liberdade

M vistas sindicais da Interjovem /CGTP-IN, partici-


param, no passado dia 12 de Outubro, no cordão
humano que teve como objectivo a entrega na Assem-
sindical ou o direito à greve!
O STML, a sua área de trabalho dos jovens em articula-
ção com a Interjovem/CGTP-IN, não baixará os braços!
bleia da República da petição contra a precariedade, Continuaremos a lutar contra a precariedade e todos os
que reuniu mais de 20 mil assinaturas, exigindo a este ór- malefícios que lhe estão implícitos, com consequências ne-
gão institucional que legisle em conformidade com a rei- gativas, única e exclusivamente junto dos trabalhadores!
vindicação "Para um posto de trabalho permanente, A luta nos locais de trabalho ganha, pelas razões já
um vínculo de trabalho efectivo!". expostas, a máxima importância.
Se a reivindicação dos jovens trabalhadores e da sua Lutamos por um vínculo efectivo para cada posto de
organização, a InterJovem / CGTP-IN, for atendida, o trabalho permanente! ■
objecto de resolução, acabará com um dos maiores flage-
los sociais e laborais, nomeadamente, a precariedade
que afecta cerca de 1 milhão e 200 mil jovens e menos jo-
vens, porque infelizmente este problema já se alastra a
outras camadas etárias.
Importa ainda referir, que no contexto actual, os traba-
lhadores da administração pública, com a mudança de
vínculo e a introdução dos mapas de pessoal, coerciva-
mente e de forma generalizada, foram convertidos em
trabalhadores precários.
Esta realidade é agora constatada pelos trabalhadores
da CML! Fruto do vínculo de trabalho em funções públicas
conjugado com o processo de reestruturação do municí-
pio em curso, defendido pelo PS / António Costa, neste
momento, os trabalhadores da maior autarquia do país vi-
vem uma grande incerteza em relação ao seu futuro. A
mobilização de todos os trabalhadores, jovens e menos
jovens, na luta pelos seus postos de trabalho e contra a
precariedade é, por estes motivos, imprescindível.
De facto, um trabalhador com contracto precário, ga-
nha em média menos 40% do que um trabalhador
efectivo e é evidente que existe um nìvel de exploração
maior sobre estes trabalhadores, incluindo a limitação aos
O TRABALHADOR DA CML
Bombeiros sapadores e municipais
de todo o país juntos contra proposta
do governo de regulamentação da carreira
oi entregue pelo Governo às

F estruturaras sindicais, no dia


14 de Setembro, o projecto de
diploma que regula as Carreiras Es-
peciais de Bombeiros Profissionais
em corpos de Bombeiros detidos e
mantidos na dependência de muni-
cípios, ignorando por completo a pro-
posta apresentada em Janeiro pelo
STML e STAL. Projecto que não res-
ponde minimamente às propostas
que temos apresentado e, natural-
mente, às expectativas dos profissio-
nais do sector. Constitui uma visão
retrógrada das relações de trabalho,
aprofundando a notória falta de res-
peito que o actual Governo desde
sempre tem manifestado pelos bom-
beiros profissionais, falta de respeito Será pertinente perguntar, que tipo mais do que actos tipicamente milita-
essa que se traduz agora num pro- de motivação para o desempenho de res impostos a pessoal civil.
jecto de diploma que reflecte um total uma função, que pelas suas caracte-
alheamento da realidade do sector e rísticas acarreta sempre um grau de IDADE DE APOSENTAÇÃO
dos anseios destes profissionais. elevado de stress, terá um trabalha- Não se prevendo qualquer regra de
Pontos-chave desta proposta, que dor nestas condições. Não podemos aposentação específica para estes
demonstra como este Governo pre- esquecer que, da rápida e qualificada trabalhadores, que tenha em conta o
tende desvalorizar estes profissio- intervenção destes homens e mulhe- elevado grau de desgaste a que es-
nais, talvez por uma razão apenas res depende, muitas vezes, uma ou tão sujeitos e as condições físicas
economicista, não olhando pela se- mais vidas, pelo que a manutenção que se exigem para a maioria das
gurança das pessoas e bens: de elevados níveis de motivação pa- funções que desempenham, a apli-
ra desempenhar estas funções assu- cação do regime geral da Adminis-
VÍNCULO PÚBLICO me um papel crucial. tração Pública poderá levar, em últi-
Perda do vínculo público destes Como se tal não bastasse, acres- ma análise, a termos trabalhadores
trabalhadores, que passam a estar centa ainda outras regras que fazem integrados na carreira especial de
abrangidos pelo Regime de Contrato dos bombeiros profissionais em cor- bombeiro que aos 65 anos se encon-
de Trabalho em Funções Públicas. pos de bombeiros detidos e mantidos trem na linha da frente de um comba-
Tratando-se de uma carreira especial na dependência de municípios, des- te a incêndio. É por si só reveladora
nada impediria que fosse criado um valorizando e desprestigiando os tra- do total desconhecimento das condi-
regime diferente do regime geral pre- balhadores, com salários que não po- ções operacionais das funções de-
visto neste diploma. Não restam dú- dem deixar de envergonhar qualquer sempenhadas e o total desprezo pela
vidas que estamos perante impor- cidadão, como se as funções por eles dignidade do ser humano, particular-
tantes e fulcrais corpos de segurança desempenhadas fossem de some- mente daquela que um bombeiro de-
de pessoas e bens no País. Pelo que, nos importância e não exigissem es- veria merecer no final de uma vida de
por analogia, também os bombeiros peciais conhecimentos técnicos. dedicação à causa pública.
deveriam integrar o grupo que é com- Por todos estes motivos, e muitos
posto pelas forças de segurança que DISPONIBILIDADE PERMANEN- mais, no dia 20 de Outubro teve lu-
são abrangidas pelo regime de em- TE para assegurar o Serviço de ca- gar na Praça do Comércio um grande
prego com vínculo público. rácter permanente e obrigatório. O plenário com mais de 500 bombeiros
que na prática significa que os bom- profissionais. Neste plenário foi apro-
TABELA SALARIAL beiros estarão obrigados a prestar vada uma resolução que foi entregue
A proposta de carreiras especiais serviço naquilo que constitui 99% da na secretaria de Estado da Adminis-
ora apresentada, vem proceder a um sua actividade diária, onde se inclui o tração Local, que conduziu à marca-
nivelamento por baixo, ignorando transporte de doentes, independen- ção da primeira reunião de negocia-
completamente a função essencial temente de se tratar ou não uma si- ção, entre o STML, STAL e o governo.
desempenhada por estes trabalha- tuação de emergência. Mas não sa- Foi reafirmado, por todos os bom-
dores e as qualificações técnicas exi- tisfeitos com a norma, ainda há quem beiros presentes neste grandioso
gidas para o desempenho da mes- queira ir mais longe e proponha a ní- plenário, a forte disponibilidade para
ma. Esta proposta apresenta uma vel autárquico o alargamento do âm- a Greve Geral do dia 24 de Novem-
desvalorização de mais de 400 e bito da norma para que esta passe a bro. Com confiança afirmamos: a
face ao anterior regime. abranger as formaturas, que não são luta continua! ■
12 O TRABALHADOR DA CML
6 de Novembro

Manifestação Nacional
da Administração Pública
erca de um milhar de trabalhadores da Câmara Pela reposição dos direitos retirados na aposentação;

C Municipal de Lisboa concentraram-se no Marquês


de Pombal, no dia 6 de Novembro, onde se junta-
ram à grande manifestação convocada e organizada pela
Pela contagem de todo o tempo de serviço;
Contra a destruição das carreiras profissionais, a poli-
valência e a mobilidade especial;
Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública da Contra a externalização e a privatização de serviços
CGTP–IN. públicos.
Foi uma das maiores manifestações dos trabalhadores Os trabalhadores da CML, manifestaram-se também,
da Administração Pública realizadas no nosso país, reu- contra os objectivos pouco claros envolvidos na chamada
nindo muitas dezenas de milhares de homens e mulheres reestruturação e reorganização de serviços, que apontam
que, de norte a sul do país, rumaram a Lisboa, para de- para a entrega ao exterior de serviços e respectivas taxas
monstrarem a sua revolta contra as injustiças impostas que constituem um grande negócio para quem ficar com
pelo governo do PS com a cumplicidade do PSD e CDS, estes, saneamento para a EPAL (50 milhões de euros x 50
sobre os trabalhadores em geral e sobre os funcionários anos), recolha de resíduos sólidos para Serviços Muni-
públicos em particular. cipalizados hoje, amanhã uma Empresa Inter-Municipal
Todas as lutas desenvolvidas pelos trabalhadores da (Valorsul ?), varredura e lavagem para as Juntas de Fre-
administração pública, central, local e regional, profes- guesia. A política do PS na CML, convergente com a linha
sores, enfermeiros, segurança social, polícias, estabele- do PS no governo, põe em causa 4.000 postos de trabalho
cimentos fabris das forças armadas, entre outros – em e o serviço público municipal de qualidade e para todos.
defesa dos seus direitos, convergiram numa enorme mul- Só o aprofundamento da luta dos trabalhadores per-
tidão que ocupou a Av. da Liberdade, do Marquês aos mitirá travar o agravamento brutal das condições de vida
Restauradores. dos trabalhadores e das camadas desfavorecidas da
Contra o 3º PEC e este Orçamento de Estado para 2011, população e perspectivar a sua inversão!
onde entre outras medidas o governo pretende: baixar os Por isso é com a confiança reforçada após esta gran-
salários nominais (medida inconstitucional nunca aplicada diosa manifestação que apontamos a Greve Geral de 24
após o 25 de Abril) até 10%; congelar as pensões, au- de Novembro, como o próximo patamar da luta dos tra-
mentar os descontos (mais 1% para a CGA) e o IRS pago balhadores portugueses.
pelos trabalhadores e aposentados; congelar mudanças A luta vai continuar ■
de posição remuneratória; suspender concursos de ad-
missão e promoção para as carreiras não revistas.
Em nome do controlo do défice, as medidas já aplicadas
agravaram os problemas económicos e sociais do país. A
insistência do governo em continuar a diminuir a despesa
com a degradação das condições de vida e de trabalho –
com o PSD e o CDS acompanhando o PS – irá atingir
drasticamente o acesso dos trabalhadores e das camadas
mais desfavorecidas a bens de primeira necessidade e
agravará o desemprego.

Os trabalhadores da Administração Pública


não aceitam este caminho de desastre nacional!
Os trabalhadores lutam por melhores salários
e lutam pelo desenvolvimento do país!

Tem sido a luta consciente dos trabalhadores e dos seus


sindicatos de classe, por melhores condições de vida e de
trabalho, que tem impedido um ainda maior retrocesso
social e civilizacional do que aquele que hoje se vive.
Por isso, exigimos a negociação da Proposta Reivin-
dicativa Comum para 2011, que a Frente Comum apre-
sentou ao governo e, em primeiro lugar, a negociação dos
salários;
Pela estabilidade laboral, contra a destruição do vínculo
de nomeação e a introdução da possibilidade de despe-
Foto de Arquivo

dimentos;
Por um sistema de avaliação justo e exequível, contra o
injusto e irracional sistema de quotas do SIADAP;
O TRABALHADOR DA CML
Espaço dos Aposentados

Ele aí está – o PIA


PEC 1 e o PEC 2, iam resol- cem-se (?) de dizer que os funcioná- os trabalhadores e as classes mais

O ver a crise! O próprio nome,


aparentemente o indicava:
PEC – Plano de Estabilidade e
rios públicos descontam também
1,5% para a ADSE (desconto obri-
gatório). Ou seja, para a sua "Segu-
desfavorecidas da população – um
pensionista com a pensão social de
e187,00 (cento e oitenta e sete eu-
Crescimento, mas, como os mais rança Social" os trabalhadores da ros) mensais ao adquirir um deter-
avisados a tempo denunciaram, ele administração pública descontarão minado produto pagará exactamen-
revelou-se um Plano de Instabilida- 12,5%, mais 1,5% que os trabalha- te o mesmo valor de imposto que
de e Afundamento – o PIA. dores do sector privado! pagará aquele que aufere 10 vezes
E chega agora o PEC 3 que, como mais – e18.700,00 (dezoito mil e se-
não podia deixar de ser, aponta uma O PSD, NA SUA PROPOSTA DE tecentos euros). Vergonhoso, é o
vez mais baterias, principalmente REVISÃO CONSTITUCIONAL, que nos resta afirmar!
aos trabalhadores da administração PRETENDIA ACABAR COM Com este aumento do IVA e a taxa
pública. Já não basta o congela - O SNS. NÃO É NECESSÁRIA sobre os bancos (que ao contrário
mento salarial e da progressão nas A REVISÃO: SÓCRATES das outras medidas, o governo ain-
carreiras, que tem sido uma cons- da não especificou), prevê o (des)
ENCARREGA-SE DISSO!
tante nos últimos anos, agora é a re- governo arrecadar 1.040 milhões de
dução do salário entre 3,5% e 10% euros.
para os ordenados ilíquidos acima A redução da despesa pública far-
se-á também à custa do congela- Se, de acordo com o comunicado
de e1.500,00 (mil e quinhentos eu- do Ministério das Finanças, o IVA
ros). Mas como aumenta a quotiza- mento das pensões, retirando o RSI
a 100.000 portugueses, eliminando o "render" 972 milhões de euros, si-
ção para a CGA em 1%, a redução
abono de família a milhares de famí- gnifica que a taxa sobre a banca da-
do ordenado líquido será para to-
lias e reduzindo as comparticipações rá apenas 68 milhões de euros. Fa-
dos!
nos medicamentos, nas análises e cilmente se percebe, que a maior
No afã de pôr os trabalhadores do fatia caberá aos que menos têm.
sector privado contra os "privile - exames auxiliares de diagnóstico, o
que irá afectar particularmente os Com a redução dos benefícios e
giados" da administração pública (e
reformados. Fazer este anúncio é o isenções fiscais sucede exactamen-
assim criar aliados), quando anun-
ciam o aumento da quotização para mesmo que limitar o seu acesso ao te o mesmo – a previsão em relação
a CGA para 11%, apressam-se to- SNS – Sistema Nacional de Saúde! às despesas de educação e saúde
dos, incluindo os comentadores, a A nível de impostos, ao aumentar das famílias e às empresas é de um
acrescentar: "igualando o desconto a taxa normal do IVA de 21% para aumento de 694 milhões de euros
dos outros trabalhadores". Esque- 23%, Sócrates atinge uma vez mais na receita fiscal, 294 milhões de eu-
ros das empresas e 400 milhões de
euros das famílias, ou seja, 79% pro-
vêm fundamentalmente dos traba-
lhadores, pensionistas e portugue-
ses a viverem no limiar da pobreza e
apenas 21% das empresas!
O PEC 3 não traz qualquer medi-
da para sair da crise, antes pelo con-
trário, os sacrifícios impostos (sem-
pre aos mesmos) aprofundarão ain-
da mais a crise e os problemas eco-
nómicos e sociais. A diminuição do
poder de compra da imensa maioria
dos portugueses, mais falências, au-
mento do desemprego e muitos
mais portugueses a viver na miséria,
levará inevitavelmente à recessão
económica, ficando Portugal cada
vez mais refém dos mercados finan-
ceiros externos.
Por todos estes motivos, no dia
6 de Novembro, vamos todos à
Manifestação Nacional da Admi-
nistração Pública mostrar o nos-
so repúdio e contestação face às
políticas de direita e aos seus vá-
rios PECs! Contamos contigo! ■
O TRABALHADOR DA CML
Manifestação promovida e organizada
pela Campanha «Paz Sim! NATO Não!»
20 de Novembro, pelas 15h00, do Marquês de Pombal aos Restauradores
ai realizar-se, a 19 e 20 de

V No vembro, em Portugal, a
Cimeira da NATO. Uma vez
mais, tal como na Cimeira das Lajes
em Março de 2003, o nosso país vai
servir de anfitrião aos senhores da
guerra, numa clara afronta à aspira-
ção do povo português de uma rela-
ção de cooperação, amizade e de
paz com todos os povos do mundo.
Aspiração demonstrada e conquis-
tada em 25 de Abril de 1974 e con-
sagrada na Constituição da Repú-
blica Portuguesa.
O STML integra a organização
pro motora da Campanha "PAZ
Sim! NATO não!" em conjunto com
mais de 100 organizações do mo-
vimento da paz e da solidariedade, Organização do Tratado do Atlân- armas nucleares e de destruição
sindical, associativo, das mulheres e tico Norte (NATO): maciça.
● A retirada das forças por tu - ● Ao governo e autoridades por-
juvenil, o que representa uma larga
e diversificada adesão aos objec- guesas envolvidas em missões tuguesas o cumprimento das de-
tivos e actividades da Campanha militares da NATO. terminações da Carta das Nações
● O fim das bases militares es- Unidas e da Constituição da Re-
em defesa da paz e contra a Cimeira
da NATO em Portugal. trangeiras e das instalações da pública Portuguesa, em respeito
A Campanha «Paz sim! NATO NATO em território nacional. pelo direito internacional, e pela
● A dissolução da NATO. soberania e igualdade dos povos.
não!» denuncia que no momento
em que se impõem novos e acresci- ● O desarmamento e o fim das PAZ Sim! NATO Não! ■
dos sacrifícios aos trabalhadores,
gastam-se milhões e milhões de
euros com a adaptação das forças
armadas portuguesas às exigências
Estuda que para ti é, porque
da NATO e com o envio de militares
por tugueses ao serviço das suas estás aqui, estás ali…
agressões a outros povos, como se
verifica no Afeganistão – isto é, para Muitos de nós já reparámos nas sucessivas su gestões de
a guerra não falta dinheiro. "Oportunidade de Mudar" que os Recursos Humanos da Câmara
Enquanto milhares de seres hu- Municipal de Lisboa oferecem aos funcionários da autarquia.
manos morrem de fome e de doen- Alicerçado nas palavras de John Kennedy: "Todos nós temos talen-
ças evitáveis e a pretexto da crise e tos diferentes, mas todos nós gostaríamos de ter iguais oportunidades
do combate ao défice se atacam as para desenvolver os nossos talentos", os Recursos Humanos da Câ-
condições de vida e os direitos dos mara Municipal de Lisboa mostram a todos nós uma face que depois
trabalhadores, as despesas milita- não aplicam.
res não cessam de aumentar. Vejamos, são inúmeros os casos de trabalhadores que têm vindo a
A soma dos orçamentos militares reforçar os seus conhecimentos com aquisição de estudos que lhes
dos países membros da NATO re-
per mite ambicionar progressões e reclassificações. São também
presenta mais de 2/3 das despesas
vários os casos, em que os trabalhadores são confrontados com a
militares no mundo. Os grandes res-
ponsáveis pela agudização da situa- "obrigatoriedade" de mudarem para serviços impostos pelo DGRH que
ção económica e social ao nível na- nada correspondem à vontade dos trabalhadores que, querem mudar
cional e internacional são, afinal, os com condições que lhes permita a melhoria das condições laborais e,
mesmos que promovem e partici- subsequentemente, da sua produtividade no universo de trabalho da
pam na corrida aos armamentos, na Câmara Municipal de Lisboa.
militarização das relações interna- O STML tem conhecimento que o incentivo na aquisição de mais
cionais e na guerra. formação por parte dos traba lha dores, não tem o efectivo re co -
Dia 20 de Novembro, às 15h00 nhecimento por parte da Câmara Municipal de Lisboa. Temos também
es taremos todos no Marquês de conhecimento e combatemos a compulsividade nas mudanças de local
Pombal e exigiremos bem alto aos de trabalho que não vão ao encontro das expectativas dos trabalha-
chefes de Estado e de Governo da dores. ■
O TRABALHADOR DA CML 15
FESTA DE NATAL 2010
O STML vai novamente proporcionar a
todos os associados, acompanhantes
e filhos até aos 14 anos de idade a já
habitual festa de natal, que se
realizará, à semelhança de anos
anteriores, no circo Victor Hugo
Cardinali, com localização no Parque
das Nações junto ao rio Trancão.
Haverá sessões no dia 27 e 28 de
Novembro às 18h30, e no dia 30 de
Novembro às 21h00.
Os dirigentes do STML encarregues
da distribuição dos bilhetes, pautarão
a sua acção por mais rigor na sua
atribuição, neste sentido, chama-se a
atenção a todos os sócios para o
cumprimento obrigatório das
seguintes normas, nomeadamente:
> Cada associado tem direito a 2
bilhetes.
> Cada filho com idade entre os 4 e
os 14 anos tem direito a 1 bilhete
(deve fazer prova com
apresentação de cédula ou bilhete
de identidade).
> O preenchimento obrigatório do
destacavel impresso na carta,
mesmo quando for o próprio a
levantar os bilhetes.
A distribuição dos bilhetes terá lugar
na sede do STML nos dias 22, 23 e 25
de Novembro, das 9h30 às 17h30 (no
dia 24 e devido à Greve Geral, não
haverá distribuição), ficando o dia 26
de Novembro, reservado para a
distribuição dos bilhetes que
sobrarem, caso existam, das 9h30 às
12h00. ■

Protocolos do STML
O STML celebrou um novo protocolo, agora com o - Instituto Superior de Humanidade e Tecnologias de
Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) e do Lisboa
qual destacamos as seguintes vantagens para os - Instituto Superior Politécnico do Oeste
nossos associados, cônjuges e descendentes em 1.º - Instituto Superior D. Dinis
grau: - Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes
● 10% de desconto nas propinas. - Escola Superior de Educação Almeida Garrett
● 12% de desconto na propina da licenciatura em ● Lancaster College
● Universidade Lusíada
Gestão autárquica.
● Universidade Autónoma
Outros protocolos: ● Mundial Travel
● Teatro da Cornucópia
● ISLA – Instituto Superior de Línguas e Administração
● ISG – Instituto Superior de Gestão ● Viaggiatore – Companhia de Lazer e Turismo
● IPES – Instituto Português de Estudos Superiores ● Campiférias – Centro de Férias e Turismo
● IESC – Instituto de Estudos Superiores de ● Millenium BCP
Contabilidade ● ENAL – Escola Nacional de Automobilismo
● Escola Superior de Educação João de Deus ● Mind – Project – Psicologia, Psicoterapia e Medicina
● ISTEC – Instituto Superior de Tecnologias Avançadas ● Sagres – Companhia de Seguros
● COFAC – Universidade Lusófona Lisboa/Porto ● Aldeamento Turístico de Palmela ■

16 ■ O TRABALHADOR DA CML

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