Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
da CM
L
Combater
o desmantelamento
Novembro/Dezembro 2010
da CML!
●
Nº 142
Págs. centrais
●
ANO XXXII
Fazer crescer
a contestação
e a luta organizada
é imprescindível!
cinismo, a hipocrisia, a demagogia e os falsos ar-
Director: Delfino Serras ■ Corpo Redactorial: Luís Dias, Vítor Reis, Mário Rosa, Mário Souto, Francisco Raposo,
o trabalhador
da C M L
Frederico Bernardino ■ Propriedade: Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa ■ Administração e
Redacção: Rua de São Lázaro, 66 - 1º Dtº 1150-333 Lisboa - Telfs. 218 885 430 / 5 / 8 - Fax 218 885 429 -
Email: stml@stml.pt ■ Internet: www.stml.pt ■ Produção e Apoio Redactorial: António Amaral ■ Impressão: MX3
Artes Gráficas, Lda ■ Periodicidade: Bimestral ■ NIF: 500850194 ■ Distribuição: Gratuita aos sócios do STML ■
http://www.stml.pt Tiragem: 4.500 exs. ■ Depósito Legal: 17274/87 ■
2 O TRABALHADOR DA CML
Assembleia
Geral
da CGTP-IN
40º aniversário da CGTP-IN
O TRABALHADOR DA CML 3
Grande presença nos plenários
gerais da CML
Cinema São Jorge foi demasiado pequeno para governo PS não olha a meios para, mais uma vez, preju-
N de luta nacional
descentralizada
Nacional
convocada pela CGTP-IN,
Lisboa e Porto receberam,
no passado dia 29 de Se-
tembro, milhares de traba-
lhadores, do sector público
e privado. Integrada na ac-
ção de protesto europeu da
de 29 de Setembro
CES (Confederação Euro-
peia de Sindicatos), esta
jornada de luta teve como
contra a austeridade
principal revindicação a de-
núncia e repúdio aos pla-
nos de austeridade que
con substanciam as deci -
sões políticas dos vários
governos, socialistas ou so-
ciais-democratas que, um
pouco por toda a Europa,
têm no mundo do trabalho o
seu principal alvo.
O mesmo se verifica em
Portugal, com o PS sempre
em conluio com o PSD e
CDS, a apresentar suces-
sivos planos de austerida-
de cujo único objectivo
pas sa pela redução da
massa salarial dos traba-
lhadores, pelos contínuos
aumentos de im postos,
pela diminuição dos bene-
fícios e deduções fiscais,
pelo ataque às funções so-
ciais do Estado, pela des-
truição do sector empresarial do Estado e do aparelho públicos municipais.
produtivo nacional. Em defesa dos direitos, dos salários e postos de tra-
Face à hipocrisia reinante dos membros do governo e balho, dos serviços públicos, da cidade e da população
da demagógica oposição que PSD e CDS falsamente de Lisboa, a luta continua! ■
produzem, já que os três partidos defendem no essencial
as mesmas políticas, medidas e, consequentemente, os
sacrifícios que nos querem impor, os trabalhadores por- ATENÇÃO!
tugueses só tem uma solução, o caminho da luta organi-
zada, determinada, inflexível e confiante! Actualização do RIP
Na Câmara Municipal de Lisboa, e face ao desmante-
lamento que o PS e António Costa defendem implicita- No final do mês de Setembro foi efectuado o paga-
mente no processo de reestruturação dos serviços muni- mento relativo a primeira tranche da actualização do
cipais, os trabalhadores de inúmeros serviços desta au- Subsídio de Penosidade, Insalubridade e Risco.
tarquia, que marcaram presença nesta jornada de luta, Recordamos novamente, que esta tranche apenas
demonstraram claramente o seu repúdio à redução e ex- diz respeito aos anos de 2003, 2004 e 2005.
tinção de um número bastante considerável de serviços A segunda tranche deverá ser processada no final do
públicos municipais e dos respectivos postos de trabalho. mês de Janeiro, respeitante aos anos de 2006, 2007,
Em evidência estiveram os trabalhadores da limpeza 2008, 2009 e parte de 2010.
urbana, do departamento de saneamento/brigada de co- Neste sentido, os valores actuais do Subsídio de
lectores, das oficinas de manutenção e reparação da fro- Penosidade, Insalubridade e Risco são:
ta, do departamento de desporto, das unidades de edu-
1.º Escalão - e 4,09 (quatro euros e nove cêntimos)
cação, do edifício do Campo Grande entre muitos outros.
2.º Escalão - e 3,91 (três euros e noventa e um cên-
O STML e os trabalhadores da Câmara Municipal de
Lisboa, inevitavelmente aprofundarão a luta caso o exe- timos)
cutivo da autarquia de Lisboa, não recue nas suas inten- 3.º Escalão - e 3,36 (três euros e trinta e seis cênti-
ções de desmantelamento e destruição dos serviços mos). ■
O TRABALHADOR DA CML 7
Reorganização e
reestruturação da CML ou:
Externalização = Entrega
à gestão privada
de importantes serviços
municipais?
A REESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS
E stá em curso na CML a discussão da proposta
do actual executivo sobre a reorganização e
reestruturação de Serviços, que entre outras
alterações à actual estrutura define como objectivos a
externalização e entrega de importantes serviços da
DO MUNICÍPIO
Por obrigação legal a reestruturação em análise de-
corre da aplicação do Decreto de Lei n.º 305/2009 de
CML. Do que até agora se conhece, nomeadamente 23 de Outubro, que estabelece o regime jurídico da or-
pelas duas reuniões efectuadas com o presidente da ganização dos serviços das autarquias locais, no en-
CML tendo como referência o conteúdo do documento tanto, ao anuncia-la o presidente da CML, refere com
entregue ao STML "Bases para um novo modelo de particular destaque a sua articulação com a reforma
Governação da Cidade de Lisboa, reorganização da administrativa da cidade e a sua relação com uma amor-
Câmara Municipal de Lisboa" elaborado pela Unidade tização antecipada da dívida do município, pelo seu con-
de Missão nomeada para o efeito e que custou à Câ- teúdo percebemos porquê, atente-se ao seguinte:
mara cerca de 300.000,00 (trezentos mil euros), a possi- A importância atribuída pelo presidente da CML a esta
bilidade da abertura de um caminho que em nosso en- matéria que, para o efeito até nomeou uma equipa de
tender pode conduzir à privatização de serviços é sem missão, faria pressupor que do seu trabalho resultasse
dúvida o traço mais marcante deste processo. Esta ideia uma proposta de reestruturação dos Serviços da CML no
ficou bem assente aquando da entrega da proposta de- mínimo devidamente fundamentada. Contudo e contra-
finitiva ao STML a 28 de Outubro. riamente ao que seria de esperar, o que se apresenta é
8 O TRABALHADO
uma generalização de um vasto conjunto de
princípios orientadores que no essencial tradu-
zem os princípios vertidos no diploma legal – o
D.L. 305/20209 – sem objectivação num modelo
prático procedimental, ao menos nas suas linhas
definitivas gerais.
O que se constata no documento em análise é
que se fomentam soluções completamente des-
viadas de uma perspectiva racionalizadora. Em
algumas situações, promove-se a fragmentação
de serviços com complexidades técnica e gestio-
nária consideráveis, distribuindo os pedaços
pelas unidades orgânicas territoriais perdendo
toda a racionalização de meios e economias de escala Quanto às áreas de remoção, reparação e manutenção
que uma gestão centralizada permite. da frota o caminho apontado pelo presidente da CML
Além do mais, o documento de trabalho e a proposta a será o da sua municipalização como primeiro passo de
que deu origem, desconhece completamente a realidade uma evolução para a intermunicipalização.
dos trabalhadores, da estrutura de carreiras e categorias Sobre o Saneamento a sua decisão é mesmo o da sua
existentes que qualquer modelo de organização de ser- concessão à EPAL, sendo neste caso assumido que os
viços que pretenda eficácia, eficiência, empenho e bons principais motivos se prendem com o encaixe imediato de
resultados não pode ignorar. recursos financeiros.
Em áreas tão importantes para a cidade e para a po-
pulação como por exemplo o Desporto, acentua-se e
EXTERNALIZAÇÃO DE SERVIÇOS MUNICIPAIS aprofunda-se a desresponsabilização da CML. O do-
cumento em análise propõe nomeadamente: a trans-
Em lado algum do referido Decreto de Lei se impõe ferência da gestão e manutenção dos equipamentos des-
a externalização de Serviços. No entanto aparece portivos municipais para organismos de natureza privada
como uma das tónicas dominantes do documento entre- e sem fins lucrativos.
gue ao STML. Trata-se pois, de uma opção política deste Tal decisão é, em nosso entender, o reflexo de uma
executivo, alicerçada em soluções de cunho neo-liberal total ausência de um projecto político desportivo na CML,
cujos resultados estão à vista de todos. problema que, como em outras áreas, nenhuma reorga-
Ao apontar para a "Gestão Empresarial, mantendo a nização ou reestruturação pode resolver.
natureza de Serviço Público", procura se com um jogo de Trata-se efectivamente de um grande "Pacote de In-
palavras "tapar o sol com a peneira", na realidade, os ser- tenções" agora formalizado numa proposta final que será
viços que se pretendem externalizar para "Concessões sujeita a votação, primeiro em sessão de câmara e de-
e/ou Empresas (Inter) Municipais" como são a Higiene e pois na Assembleia Municipal.
Limpeza Urbana, o Saneamento, a Iluminação Pú- O STML manifesta desde já a sua total discordância
blica ou o Desporto entre outros, não poderão deixar de com as soluções apontadas para a reorganização e
ser públicos, são direitos dos cidadãos e são da res- reestruturação da Câmara Municipal de Lisboa e com
ponsabilidade exclusiva da autarquia, na medida em que as propostas de externalização de gestão de Servi-
são atribuições inalienáveis definidas na lei. Portanto, ços Municipais.
terá sempre que ser a autarquia a assumir os seus custos Pelo conjunto de razões expostas, o STML reafirma
e, teoricamente, controlar a sua execução. que não negoceia sobre questões de princípio! A defesa
O que tem acontecido nas experiências de externa- dos postos de trabalho, dos serviços públicos e, inclusive,
lização conhecidas, é que os custos crescem e a quali- dos direitos da população da cidade de Lisboa, norteiam
dade diminui e a possibilidade de controlo de execução a nossa posição.
esgota-se com o esvaziamento do conhecimento técnico
por parte da autarquia. Face à proposta de reestruturação do actual pre-
Sendo os objectivos nas empresas o lucro, interessa sidente da CML, o STML diz NÃO! ■
comprimir os custos de funcionamento para os
puder maximizar. Daí, as soluções de precariza-
ção laboral, recurso a mão-de-obra barata e sem
direitos, apoios sociais reduzidos, despedimen-
tos, etc.
Esta intenção foi confirmada por António Costa
na 1.ª reunião com o STML.
Entretanto, na 2.ª reunião e última até ao mo-
mento sobre esta matéria, foi-nos comunicado
que afinal, a Iluminação Pública mantinha-se na
estrutura da CML. Contudo e reafirmado pelo
presidente da CML, a intenção de externalização
de todas as outras áreas já referidas, avançando
em termos mais concretos com a descentraliza-
ção, dando às Juntas de Freguesia os serviços
afectos à limpeza urbana.
HADOR DA CML
PEC – parte III
A Vilanagem continua!
Repugnante e sem escrúpulos!
resposta do PS e de José Sócrates não se fez es-
Manifestação Nacional
da Administração Pública
erca de um milhar de trabalhadores da Câmara Pela reposição dos direitos retirados na aposentação;
dimentos;
Por um sistema de avaliação justo e exequível, contra o
injusto e irracional sistema de quotas do SIADAP;
O TRABALHADOR DA CML
Espaço dos Aposentados
V No vembro, em Portugal, a
Cimeira da NATO. Uma vez
mais, tal como na Cimeira das Lajes
em Março de 2003, o nosso país vai
servir de anfitrião aos senhores da
guerra, numa clara afronta à aspira-
ção do povo português de uma rela-
ção de cooperação, amizade e de
paz com todos os povos do mundo.
Aspiração demonstrada e conquis-
tada em 25 de Abril de 1974 e con-
sagrada na Constituição da Repú-
blica Portuguesa.
O STML integra a organização
pro motora da Campanha "PAZ
Sim! NATO não!" em conjunto com
mais de 100 organizações do mo-
vimento da paz e da solidariedade, Organização do Tratado do Atlân- armas nucleares e de destruição
sindical, associativo, das mulheres e tico Norte (NATO): maciça.
● A retirada das forças por tu - ● Ao governo e autoridades por-
juvenil, o que representa uma larga
e diversificada adesão aos objec- guesas envolvidas em missões tuguesas o cumprimento das de-
tivos e actividades da Campanha militares da NATO. terminações da Carta das Nações
● O fim das bases militares es- Unidas e da Constituição da Re-
em defesa da paz e contra a Cimeira
da NATO em Portugal. trangeiras e das instalações da pública Portuguesa, em respeito
A Campanha «Paz sim! NATO NATO em território nacional. pelo direito internacional, e pela
● A dissolução da NATO. soberania e igualdade dos povos.
não!» denuncia que no momento
em que se impõem novos e acresci- ● O desarmamento e o fim das PAZ Sim! NATO Não! ■
dos sacrifícios aos trabalhadores,
gastam-se milhões e milhões de
euros com a adaptação das forças
armadas portuguesas às exigências
Estuda que para ti é, porque
da NATO e com o envio de militares
por tugueses ao serviço das suas estás aqui, estás ali…
agressões a outros povos, como se
verifica no Afeganistão – isto é, para Muitos de nós já reparámos nas sucessivas su gestões de
a guerra não falta dinheiro. "Oportunidade de Mudar" que os Recursos Humanos da Câmara
Enquanto milhares de seres hu- Municipal de Lisboa oferecem aos funcionários da autarquia.
manos morrem de fome e de doen- Alicerçado nas palavras de John Kennedy: "Todos nós temos talen-
ças evitáveis e a pretexto da crise e tos diferentes, mas todos nós gostaríamos de ter iguais oportunidades
do combate ao défice se atacam as para desenvolver os nossos talentos", os Recursos Humanos da Câ-
condições de vida e os direitos dos mara Municipal de Lisboa mostram a todos nós uma face que depois
trabalhadores, as despesas milita- não aplicam.
res não cessam de aumentar. Vejamos, são inúmeros os casos de trabalhadores que têm vindo a
A soma dos orçamentos militares reforçar os seus conhecimentos com aquisição de estudos que lhes
dos países membros da NATO re-
per mite ambicionar progressões e reclassificações. São também
presenta mais de 2/3 das despesas
vários os casos, em que os trabalhadores são confrontados com a
militares no mundo. Os grandes res-
ponsáveis pela agudização da situa- "obrigatoriedade" de mudarem para serviços impostos pelo DGRH que
ção económica e social ao nível na- nada correspondem à vontade dos trabalhadores que, querem mudar
cional e internacional são, afinal, os com condições que lhes permita a melhoria das condições laborais e,
mesmos que promovem e partici- subsequentemente, da sua produtividade no universo de trabalho da
pam na corrida aos armamentos, na Câmara Municipal de Lisboa.
militarização das relações interna- O STML tem conhecimento que o incentivo na aquisição de mais
cionais e na guerra. formação por parte dos traba lha dores, não tem o efectivo re co -
Dia 20 de Novembro, às 15h00 nhecimento por parte da Câmara Municipal de Lisboa. Temos também
es taremos todos no Marquês de conhecimento e combatemos a compulsividade nas mudanças de local
Pombal e exigiremos bem alto aos de trabalho que não vão ao encontro das expectativas dos trabalha-
chefes de Estado e de Governo da dores. ■
O TRABALHADOR DA CML 15
FESTA DE NATAL 2010
O STML vai novamente proporcionar a
todos os associados, acompanhantes
e filhos até aos 14 anos de idade a já
habitual festa de natal, que se
realizará, à semelhança de anos
anteriores, no circo Victor Hugo
Cardinali, com localização no Parque
das Nações junto ao rio Trancão.
Haverá sessões no dia 27 e 28 de
Novembro às 18h30, e no dia 30 de
Novembro às 21h00.
Os dirigentes do STML encarregues
da distribuição dos bilhetes, pautarão
a sua acção por mais rigor na sua
atribuição, neste sentido, chama-se a
atenção a todos os sócios para o
cumprimento obrigatório das
seguintes normas, nomeadamente:
> Cada associado tem direito a 2
bilhetes.
> Cada filho com idade entre os 4 e
os 14 anos tem direito a 1 bilhete
(deve fazer prova com
apresentação de cédula ou bilhete
de identidade).
> O preenchimento obrigatório do
destacavel impresso na carta,
mesmo quando for o próprio a
levantar os bilhetes.
A distribuição dos bilhetes terá lugar
na sede do STML nos dias 22, 23 e 25
de Novembro, das 9h30 às 17h30 (no
dia 24 e devido à Greve Geral, não
haverá distribuição), ficando o dia 26
de Novembro, reservado para a
distribuição dos bilhetes que
sobrarem, caso existam, das 9h30 às
12h00. ■
Protocolos do STML
O STML celebrou um novo protocolo, agora com o - Instituto Superior de Humanidade e Tecnologias de
Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) e do Lisboa
qual destacamos as seguintes vantagens para os - Instituto Superior Politécnico do Oeste
nossos associados, cônjuges e descendentes em 1.º - Instituto Superior D. Dinis
grau: - Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes
● 10% de desconto nas propinas. - Escola Superior de Educação Almeida Garrett
● 12% de desconto na propina da licenciatura em ● Lancaster College
● Universidade Lusíada
Gestão autárquica.
● Universidade Autónoma
Outros protocolos: ● Mundial Travel
● Teatro da Cornucópia
● ISLA – Instituto Superior de Línguas e Administração
● ISG – Instituto Superior de Gestão ● Viaggiatore – Companhia de Lazer e Turismo
● IPES – Instituto Português de Estudos Superiores ● Campiférias – Centro de Férias e Turismo
● IESC – Instituto de Estudos Superiores de ● Millenium BCP
Contabilidade ● ENAL – Escola Nacional de Automobilismo
● Escola Superior de Educação João de Deus ● Mind – Project – Psicologia, Psicoterapia e Medicina
● ISTEC – Instituto Superior de Tecnologias Avançadas ● Sagres – Companhia de Seguros
● COFAC – Universidade Lusófona Lisboa/Porto ● Aldeamento Turístico de Palmela ■
16 ■ O TRABALHADOR DA CML