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• De 1 a 3 anos
É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda
desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites
do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os
traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são
linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando
circulares e, por fim, se fecham em formas independentes,
que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível
que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como
cabeças com olhos.
• De 3 a 4 anosJá conquistou a forma e seus desenhos têm
a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor
os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de
desenhar um ser humano reconhecível, com pernas,
braços, pescoço e tronco.
• De 4 a 5 anos
É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como
paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e
animais, varia no uso das cores, buscando um certo
realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos
detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos
desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo
céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à
antropomorfização, ou seja, a emprestar características
humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com
olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8
anos.
• De 5 a 6 anos
Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo,
meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a
criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os
temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida
dela são um indício de desprendimento e capacidade de
contar histórias sobre o mundo.
• De 7 a 8 anos
O realismo é a marca desta fase, em que surge também a
noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já
dão uma impressão de profundidade e distância.
Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, se
acham que seus trabalhos não ficam bonitos.
Como podemos perceber o linha de evolução é similar
mudando com maior ênfase o enfoque em alguns aspectos.
O importante é respeitar os ritmos de cada criança e
permitir que ela possa desenhar livremente, sem
intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes
e situações.
Para tentarmos entender melhor o universo infantil muitas
vezes buscamos interpretar os seus desenhos, devemos
porem lembrar que a interpretação de um desenho isolada
do contexto em que foi elaborado não faz sentido.
É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o
contato com diferentes tipos de desenhos e obras de artes,
que elas façam a leitura de suas produções e escutem a de
outros e também que sugira a criança desenhar a partir de
observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para que
possamos ajudá-la a nutrisse de informações e enriquecer
o seu grafismo. Assim elas poderão reformular suas idéias
e construir novos conhecimentos.
Enfim, o desenho infantil é um universo cheio de mundos a
serem explorados.