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18 Fé para Hoje

O CÉU TOMADO POR ESFORÇO


Thomas Watson

“Desde os dias de João Batista até agora,


se faz violência ao reino dos céus,
e pela força se apoderam dele.”
(Mateus 11.12 - ARC)

João Batista, estando no cárce- Ele mesmo era o Messias, citando os


re, ao ouvir a fama de Jesus, en- milagres que eram provas genuínas e
viou-Lhe dois de seus discípulos com visíveis de sua divindade. Logo que
a seguinte pergunta: “És tu aquele os discípulos de João partiram, o Se-
que estava para vir ou havemos de nhor Jesus começou a proferir um
esperar outro?” (Mt 11.3) Ao con- sublime elogio e recomendação a res-
trário do que Tertuliano imaginava, peito de João Batista: “Que saístes a
João Batista conhecia Jesus como o ver no deserto? Um caniço agitado
verdadeiro Messias, pois isto lhe ha- pelo vento?” (Mt 11.7) Era como se
via sido confirmado tanto pela descida Cristo estivesse dizendo que João
do Espírito de Deus quanto pelo si- Batista não era um homem incons-
nal vindo do céu (Jo 1.33). Mas nesta tante, cuja mente flutuava e oscilava
ocasião João Batista se esforçou para (como um caniço agitado pelo ven-
corrigir a ignorância de seus própri- to) de uma opinião para outra. Não
os discípulos que tinham mais res- era um Rúben, inconstante como a
peito por ele do que por Jesus. água; era uma pessoa resoluta e de-
Cristo respondeu esta pergunta, terminada nas coisas espirituais.
com as seguintes palavras: “Ide e Mesmo a prisão não produziu qual-
anunciai a João o que estais ouvindo quer mudança nele.
e vendo: os cegos vêem, os coxos “Sim, que saístes a ver? Um ho-
andam, os leprosos são purificados…” mem vestido de roupas finas?” (Mt
(Mt 11.4-5). Jesus demonstrou que 11.8) João Batista não satisfez seus

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sentimentos naturais. Ele não vestia trina do arrependimento — “Arrepen-


roupas finas, e sim peles de camelos. dei-vos, porque está próximo o reino
Tampouco desejou viver no palácio, dos céus” (Mt 3.2). Ele apareceu lan-
e sim em um deserto (Mt 3.3,4). çando o machado à raiz, denunciando
Cristo também elogiou João Ba- os pecados dos homens, e, em segui-
tista como seu precursor, que prepa- da, proclamou-lhes Cristo. Primei-
rou o caminho dian- ramente, ele passou
te dEle (Mt 11.10). g o vinagre da lei e,
Ele era a estrela da Desfrutar de um em seguida, o vinho
manhã que precedeu do evangelho. Esta
o Sol da Justiça. ministério que foi a pregação que
Cristo honrou com perscruta a alma fez os homens pro-
suficiência a João curarem com dili-
Batista, não somen-
é a maior das gência os céus. João
te ao equipará-lo, misericórdias. não pregava para
mas especialmente g agradar, e sim para
ao colocá-lo acima abençoar. Ao invés
dos principais profetas — “Para que de mostrar sua própria eloqüência,
saístes? Para ver um profeta? Sim, ele preferiu revelar os pecados dos
eu vos digo, e muito mais que profe- homens. O melhor espelho não é
ta” (Mt 11.9); “Entre os nascidos de aquele que está mais iluminado, e sim
mulher, ninguém apareceu maior do aquele que mostra a verdadeira face
que João Batista” (Mt 11.11). Ele era da pessoa. A pregação que tem de ser
eminente tanto em dignidade de ofí- preferida é aquela que manifesta com
cio quanto em perspicácia na doutrina. mais genuinidade os pecados dos ho-
E, logo em seguida, foram proferi- mens e lhes revela seus próprios cora-
das as palavras de nosso texto inicial: ções. João Batista era uma lâmpada
“Desde os dias de João Batista até que ardia e iluminava; ele ardia em
agora, se faz violência ao reino dos sua doutrina e iluminava em sua vida.
céus, e pela força se apoderam dele” Por essa razão, os homens sentiam-
(Mt 11.12 - ARC). se compelidos a procurar o reino dos
Nestas palavras, consta um pre- céus. O apóstolo Pedro, que teve um
fácio ou introdução: “Desde os dias abundante espírito de zelo, levou seus
de João Batista até agora”. João Ba- ouvintes a humilharem seus corações,
tista era um pregador zeloso, um por causa de seus pecados, e abriu-
Boanerges, filho do trovão. E, após lhes uma fonte de salvação no sangue
sua pregação, as pessoas começaram de Cristo. Eles foram compungidos
a ser despertadas de seus pecados. em seus corações (At 2.37). Desfru-
Este fato nos ensina que tipo de tar de um ministério que perscruta a
ministério é aquele que promoverá o alma é a maior das misericórdias. Se
maior bem — o ministério que atin- uma pessoa estivesse com uma enfer-
ge as consciências dos homens. João midade crônica, desejaria que ela fos-
Batista levantou sua voz como uma se examinada completamente. Que
trombeta; pregou com poder a dou- pessoas não ficariam contentes em ter

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suas almas perscrutadas, a ponto de não produzem qualquer benefício aos


serem salvas? homens, então, Moisés tem de inter-
Nestas palavras, consta também vir utilizando seu cajado. Os ímpios
o assunto do texto bíblico: “Se faz são os indivíduos maus e dissolutos
violência ao reino dos céus, e pela da sociedade que, por meio do cui-
força se apoderam dele”. dado da magistratura, precisam ser
O que significa a expressão “o erradicados. Deus instituiu as autori-
reino dos céus”? Tal como Erasmo, dades para “castigo dos malfeitores”
alguns a interpretam como a doutri- (1 Pe 2.14). Elas não devem com-
na do evangelho que revela Cristo e portar-se como o peixe-espada, que
o céu. No entanto, eu a entendo no tem uma espada em sua cabeça, po-
sentido de “glória”, assim como a in- rém não tem sensibilidade. Os ma-
terpretavam o erudito Beza e outros. gistrados não devem ter uma espada
Ao reino dos céus “se faz violên- em sua mão, se não têm nenhuma
cia”. A expressão é uma metáfora de sensibilidade para sacá-la com o pro-
uma cidade ou um castelo envolvi- pósito de extirpar a impiedade.
dos em uma guerra e que não podem A conivência do magistrado fo-
ser conquistados de modo algum, menta o pecado e, por não punir os
exceto se forem tomados de assalto. malfeitores, o magistrado adota o erro
De modo semelhante, o reino dos de outros homens, tornando-os seus.
céus não será tomado sem violência A magistratura sem zelo é como o
— “pela força se apoderam dele”. corpo sem o espírito. Excessiva in-
A terra será herdada pelos man- dulgência estimula o pecado e afaga
sos (Mt 5.5); o céu, pelos que bata- o rosto daquele que merece punição.
lham. A vida cristã é semelhante à 1.2. Em defender o inocente. O
vida militar. Cristo é nosso Capitão; magistrado é o abrigo e o altar de
o evangelho, nossa bandeira; as gra- refúgio onde o oprimido pode refu-
ças do Espírito, nossa artilharia es- giar-se. Charles, o Duque da Calá-
piritual. E o céu somente pode ser bria, amava tanto o fazer a justiça,
conquistado por meio da força. que pendurou um sino no portão de
Essa afirmativa tem dois aspec- seu palácio; e, sempre que alguém o
tos: 1. O combate – “se faz violên- balançasse, era imediatamente admi-
cia”; 2. A conquista – “pela força se tido à presença do duque ou algum
apoderam dele”. A maneira correta de seus magistrados era enviado para
de apoderar-se do céu é tomá-lo de ouvir a causa daquela pessoa. Aris-
assalto; ou seja, ninguém vai ao céu, tides era famoso por sua justiça; os
exceto os que batalham por ele. historiadores dizem que ele jamais fa-
voreceria a causa de alguém, porque
A violência tem duplo aspecto. era seu amigo, ou faria injustiça a al-
1. Refere-se aos homens em po- guma pessoa por ser seu inimigo. A
sição de autoridade; eles têm de ser balança do magistrado é o escudo do
violentos: homem oprimido.
1.1. Para punir a culpado.
Quando o Urim e o Tumim de Arão 2. A violência também se refere

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aos crentes. Embora o céu nos seja alguém, a lâmpada do conhecimento


dado gratuitamente, temos de lutar tem de estar acesa.
por ele. “Tudo quanto te vier à mão b) Exclui a violência física, que
para fazer, faze-o conforme as tuas se manifesta em duas atitudes: pri-
forças” (Ec 9.10). Nossa tarefa é meiramente, quando uma pessoa che-
imensa; nosso tempo, curto; nosso ga ao ponto de impor severa aflição
Senhor, urgente. Por conseguinte, física sobre si mesma. O corpo é a
temos de reunir todas as forças de habitação terrena em que Deus colo-
nossa alma e lutar, como se estivés- cou nossa alma. Não podemos des-
semos em uma questão de vida ou truir esta habitação; temos de perma-
morte, para que alcancemos o reino necer nela até que Deus, através da
celestial. Devemos manifestar não morte, nos faça deixá-la. O sentinela
apenas diligência mas também vio- não deve abandonar seu posto sem a
lência. A fim de ilustrar e esclarecer ordem de seu capitão; tampouco,
esta proposição, mostrarei: devemos ter a ousadia de partir deste
mundo sem a permissão de Deus.
2.1. O que não significa “vio- Nossos corpos são o templo do Espí-
lência” nesta passagem bíblica. A rito Santo (1 Co 6.19). Quando cau-
violência nesta passagem exclui: samos aflição física ao nosso corpo,
destruímos o templo de Deus. A lâm-
a) Uma violência sem entendi- pada da vida deve queimar enquanto
mento, ser violento por aquilo que houver qualquer vigor natural, como
não entendemos. “Passando e obser- o óleo, para alimentá-la.
vando os objetos de vosso culto, en- Em segundo, quando alguém tira
contrei também um altar no qual está a vida de outrem. Existe muito deste
inscrito: Ao Deus Desconhecido” (At tipo de violência em nossos dias.
17.23) — estes atenienses eram vio- Nenhum outro pecado fala tão alto
lentos em suas devoções; no entanto, quanto este. “A voz do sangue de teu
poderia ser dito a respeito deles aquilo irmão clama da terra a mim” (Gn
que Cristo declarou à mulher sa- 4.10). Se existe maldição para aque-
maritana: “Vós adorais o que não le que fere “o seu próximo em
conheceis” (Jo 4.22). Os católicos oculto” (Dt 27.24), deve ser dupla-
também são violentos em sua religião; mente amaldiçoado aquele que o
isso é testemunhado por suas peni- mata. Se um homem matasse invo-
tências, seus jejuns e sua atitude de luntariamente outro ser humano,
dilacerarem a si mesmos, a ponto de poderia entrar no santuário e refugi-
derramarem sangue. No entanto, este ar-se no altar. No entanto, se ele o
é um zelo sem entendimento. O es- fizesse voluntariamente, a santidade
forço deles é maior do que sua per- do lugar não deveria lhe servir de
cepção espiritual. Quando Arão tinha proteção. “Se alguém vier malicio-
de queimar incenso sobre o altar, de- samente contra o próximo, matan-
veria antes acender as lâmpadas do do-o à traição, tirá-lo-ás até mesmo
tabernáculo (Êx 25.7). Quando um do meu altar, para que morra” (Êx
zelo semelhante ao incenso arde em 21.14). O rei Salomão mandou pro-

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curar Joabe (que era homem de san- Ancião de Dias. A verdade é iner-
gue), para que o matassem, ainda que rante; é a estrela que nos guia a Cristo.
ele estava segurando as pontas do al- A verdade é pura (Sl 119.140). É
tar no templo (2 Rs 8.29). An- comparada ao ouro refinado sete ve-
tigamente, na Boêmia, o assassino zes (Sl 12.6). Não existe qualquer
tinha de ser decapitado e colocado no mácula na verdade; ela exala somen-
mesmo caixão em que estava o cadá- te a santidade. A verdade é triun-
ver da pessoa que ele havia matado. fante, como um grande conquistador;
Assim, vemos que tipo de violência quando todos os seus inimigos jazem
o texto bíblico exclui. mortos, ela permanece no campo de
batalha e ergue seu troféu de vitória.
2.2. O que significa “violência” A verdade pode sofrer oposição, mas
nestas palavras de Jesus. Há um du- nunca será deposta. No tempo de
plo significado. Deocleciano, as coisas pareciam de-
sesperadas, e a verdade estava em bai-
a) Temos de ser violentos em fa- xa. Logo em seguida vieram os anos
vor da verdade. Citamos aqui a per- dourados de Constantino; nessa oca-
gunta de Pilatos: “O que é a verda- sião, a verdade ergueu novamente
de?” A verdade é a sua cabeça. Quando
bendita Palavra de g as águas do rio
Deus, chamada a Se retirarmos a Tâmisa estão em
Palavra da Verda- seu nível mais bai-
de, ou seja, as dou- verdade, a nossa fé xo, uma maré alta
trinas que deduzi- é simplesmente está prestes a surgir.
mos da Palavra e Deus está ao lado da
com ela concordam,
fantasia. verdade, e, mesmo
assim como a foto- g que não haja temor,
cópia corresponde ela prevalecerá. “Os
exatamente ao original. Algumas des- céus, incendiados, serão desfeitos” (2
tas doutrinas são a da Trindade, a da Pe 3.12), mas isso não acontecerá à
criação, a da graça gratuita, a da jus- verdade que vem dos céus (1 Pe
tificação pelo sangue de Cristo, a da 1.25).
regeneração, a da ressurreição dos A verdade tem efeitos nobres. É
mortos e a da vida na glória. Em fa- a semente do novo nascimento. Deus
vor destas verdades, temos de ser não nos regenera através de milagres
violentos, o que significa sermos ad- e de revelações, e sim por meio da
vogados ou mártires delas. verdade (Tg 1.18). Assim como a
A verdade é algo glorioso. A verdade produz a graça divina no
menor pepita deste ouro é precio- coração, assim também ela nutre esta
síssima. Em favor do que devemos graça (1 Tm 4.6). A verdade santifi-
nos mostrar violentos, senão em fa- ca — “Santifica-os na verdade; a tua
vor da verdade? A verdade é antiga; palavra é a verdade” (Jo 17.17). A
seus cabelos brancos a tornam vene- verdade é o selo que imprime em nós
rável. Ela procede dAquele que é o a marca de sua própria santidade. Ela

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é o espelho e o lavatório: um espe- mos a Deus; e Ele não tem jóia mais
lho que nos mostra as culpas e um preciosa do que suas verdades, para
lavatório onde podemos removê-las. confiar a nós. A verdade é a insígnia
A verdade nos liberta (Jo 18.32). Ela de honra; ela nos distingue da falsa
destroça as algemas do pecado e nos igreja, assim como a pureza distin-
coloca na posição de filhos de Deus gue uma mulher virtuosa de uma
(Rm 8.11) e de reis (Ap 1.6). A ver- prostituta. Em resumo, a verdade é
dade produz conforto, é um vinho o baluarte da Igreja, que é, a fortale-
que revigora. Quando a harpa e a lira za de uma nação (2 Cr 11.17). As
de Davi não lhe pu- Escrituras afirmam
deram trazer con- g que os levitas (que
solo, a verdade o eram os porta-ban-
trouxe — “O que me A verdade é triunfan- deiras da verdade)
consola na minha te, como um grande fortaleceram o rei-
angústia é isto: que no. A verdade pode
a tua palavra me vi- conquistador; ser comparada ao
vifica” (Sl 109.50). quando todos os seus Capitólio de Roma,
A verdade é um an- inimigos jazem que era o lugar de
tídoto contra o erro. maior força, ou à
O erro é o adultério mortos, ela permane- Torre de Davi, em
da mente; envenena ce no campo de que “mil escudos”
a alma, assim como
o álcool polui o san-
batalha e ergue seu pendiam dela (Ct
4.4). Nossas forta-
gue. O erro condena troféu de vitória. lezas e navios não
tanto quanto o faz g nos fortalecem tan-
qualquer outro pe- to quanto a verda-
cado. Uma pessoa tanto pode morrer de. A verdade é o melhor arsenal
por meio de assassinato, como por bélico de um reino. Se abandonamos
meio de envenenamento, mas que a verdade e desposamos o papismo,
outra coisa pode aniquilar o erro, se- esvai-se toda a nossa fortaleza. Se não
não a verdade? O motivo por que formos violentos em favor da verda-
muitos têm sido iludidos pelo erro é de, em favor do que deveremos ser?
este: ou não conhecem, ou não amam Somos ordenados a batalhar, como
a verdade. Não posso dizer o sufici- se estivéssemos em agonia, “pela fé
ente para honrar a verdade. A ver- que uma vez por todas foi entregue
dade é o fundamento fiel, o alicerce aos santos”(Jd 1.3). Se a verdade for
de nossa fé. A verdade é um modelo retirada de um povo evangélico, po-
correto do verdadeiro cristianismo, demos escrever em seu epitáfio:
mostrando-nos em que devemos crer. “Foi-se a tua glória”.
Se retirarmos a verdade, a nossa fé é b) Esta violência santa também
simplesmente fantasia. A verdade é se manifesta quando nos mostramos
o melhor diamante na coroa da igre- violentos em favor de nossa salvação
ja. Não temos uma jóia mais preciosa — “Procurai, com diligência cada
do que nossas almas, para a confiar- vez maior, confirmar a vossa voca-

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ção e eleição” (2 Pe 1.10). A pala- outras vezes, aquele; ele não será
vra grega significa “cuidado zeloso”, violento em favor de coisa alguma.
ou seja, nutrir sérios pensamentos a (ii) Vigor de afeições. A vonta-
respeito dos assuntos da eternidade; de estende-se sobre o raciocínio. Se
um cuidado que nos leva a colocar a razão estiver inteirada sobre a ex-
nossa mente e coração em atividade. celência do estado de glória e a von-
Nesta vereda do cristianismo, todo tade estiver resoluta em seguir na jor-
crente zeloso deve andar. nada para aquele lugar santo, as afei-
ções as acompanharão e arderão em
O que está implícito nesta vio- intensos anelos pelo céu. As afeições
lência santa? Três coisas: 1. Resolução são coisas violentas — “A minha alma
da vontade; 2. Vigor de afeições; 3. tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl
Intensidade de esforço. 42.2). Os rabinos afirmam que, nes-
(i) Resolução da vontade. “Jurei ta passagem, Davi não disse “minha
e confirmei o juramento de guardar alma tem fome” e sim “tem sede”,
os teus retos juízos” (Sl 119.106). porque naturalmente somos mais im-
Qualquer coisa que esteja no cami- pacientes quando estamos com sede
nho que conduz ao céu (ainda que seja do que ao sentirmos fome. Devemos
um leão), eu a enfrentarei à seme- perceber quão rápida e violentamen-
lhança de um comandante resoluto te as afeições de Davi moveram-se
que encarrega de uma missão todo o em direção a Deus. As afeições são
seu grupamento militar. Não impor- como as asas de um pássaro que fa-
ta o que venha a acontecer, o crente zem a alma voar em busca da glória.
está decidido a possuir o céu. Onde Onde as afeições da alma forem esti-
houver este tipo de determinação, os muladas, haverá um impulso violento
perigos serão desprezados, as dificul- em direção ao céu.
dades, sobrepujadas, e os temores, (iii) Esta violência também im-
menosprezados. Esta é a primeira ati- plica em intensidade de esforço,
tude crucial na violência santa: re- quando nos esforçamos pela salvação,
solução da vontade. Eu terei o céu, como se esta fosse uma questão de
não importando o que possa me cus- vida ou morte. É fácil falar sobre o
tar. Esta resolução tem de existir no céu, mas não é fácil alcançá-lo. Te-
poder de Cristo. mos de, com todo cuidado, exercer
A resolução é como o impulso todas as nossas forças e suplicar a aju-
de uma bola de boliche que a leva da de Deus para esta obra.
velozmente para frente. A pessoa que Uma última questão a ser respon-
manifestar pouca resolução, pouca dida trata-se das quatro maneiras co-
vontade de ser salva e um pouco de mo o crente tem de demonstrar esta
determinação em continuar seguindo violência, ou seja:
o pecado, é impossível que ela seja em relação a si mesmo;
violenta em favor de obter o céu. Se em relação ao mundo;
um viajante não for resoluto, algu- em relação a Satanás
mas vezes ele seguirá este caminho, e em relação aos céus.
* * * * * * *

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