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g1.globo.com

Aquecimento do planeta já é o
maior evento climático em 2 mil
anos, indica pesquisa
6-7 minutes

O aquecimento global registrado atualmente supera em


velocidade e extensão qualquer evento climático registrado
nos últimos 2 mil anos.

Em artigo publicado na revista "Nature", cinco


pesquisadores afirmam que nem mesmo episódios
históricos como a "Pequena Era do Gelo" – resfriamento
acentuado registrado entre os anos 1300-1850 – se
comparam com o que está acontecendo no momento no
mundo.

A pesquisa indica que o atual aquecimento global é mais


alto que qualquer outro observado anteriormente. No texto,
os cientistas dizem que seus achados mostram que
argumentos usados pelos céticos em relação às mudanças
climáticas não são válidos.

Ao examinarem a história climática do mundo nos últimos


séculos, pesquisadores identificaram vários episódios
importantes que se destacaram. Eles variaram desde o
"Período Quente Romano", que registou, entre 250 d.C. e

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400 d.C., um clima excepcionalmente quente em toda a


Europa, até a famosa Pequena Era do Gelo, quando as
temperaturas baixaram durante séculos seguidos a partir
de 1300.

Esses acontecimentos são vistos por alguns, em especial


os céticos em relação às mudanças climáticas, como
evidência de que o mundo aqueceu e esfriou muitas vezes
ao longo dos séculos e, por isso, o aquecimento observado
a partir da Revolução Industrial é parte desse ciclo padrão -
portanto, não haveria nada para se alarmar.

Mas três novos trabalhos de pesquisa, entre eles o


publicado na revista Nature por esses cinco pesquisadores,
mostram que os fundamentos desse argumento não são
tão sólidos.

De acordo com o artigo da Nature, os cientistas


reconstruíram as condições climáticas que existiam nos
últimos 2 mil anos, usando 700 registros "proxy" de
mudanças de temperatura - indicadores que permitam tirar
conclusões a partir de dados climáticos indiretos como
anéis de árvores, corais e sedimentos de lagos.

Os pesquisadores afirmam que nenhum desses eventos


climáticos avaliados ocorreu em escala global num mesmo
período.

Eles dizem que a Pequena Era do Gelo, por exemplo, foi


mais forte no Oceano Pacífico no século 15 e na Europa no
século 17.

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Ondas de calor na Europa, segundo cientistas, estão cada


vez mais propensas a serem relaciononadas com
mudanças climáticas — Foto: Virginia Mayo/AP

Ondas de calor na Europa, segundo cientistas, estão cada


vez mais propensas a serem relaciononadas com
mudanças climáticas — Foto: Virginia Mayo/AP

De um modo geral, qualquer pico ou baixa de temperatura,


a longo prazo, pode ser detectado em até metade do globo
em momento específicos.

O "Período Quente Medieval" (950-1250 d.C.), por


exemplo, registou aumentos significativos de temperatura
em apenas 40% da superfície da Terra. Segundo os
pesquisadores, o aquecimento de hoje afeta praticamente
todo o mundo.

"Descobrimos que o período mais quente dos últimos dois


milênios ocorreu durante o século 20 em mais de 98% do
globo. Isso fornece fortes evidências de que o aquecimento
global antropogênico não é apenas incomparável em
termos de temperaturas absolutas, mas também sem
precedentes na consistência espacial dentro do contexto
dos últimos 2 mil anos", escreveram no artigo.

Os pesquisadores observaram que, antes da era industrial


moderna, a influência mais significativa no clima eram os

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vulcões. Eles não encontraram nenhuma indicação de que


variações na radiação do Sol tenham impactado as
temperaturas globais médias.

O período atual, dizem os autores da pesquisa, excede


significativamente a variabilidade natural.

"Vimos a partir dos dados instrumentais e também de


nossa reconstrução que, no passado recente, a taxa de
aquecimento claramente excede as taxas de aquecimento
natural - esse é outro ponto para observar a natureza
extraordinária do aquecimento atual", contou Raphael
Neukom, da Universidade de Berna, na Suíça, um dos
autores do estudo.

"Nós não testamos explicitamente isso; só podemos


mostrar que as causas naturais não são suficientes em
nossos dados para realmente causar o padrão espacial e a
taxa de aquecimento que estamos observando agora",
explicou Neukom.

Outros cientistas ficaram impressionados com a qualidade


dos novos estudos conduzidos pela equipe de Raphael
Neukom.

"Eles fizeram o estudo em todo o mundo com mais de 700


registros dos últimos 2 mil anos. Têm corais e lagos e
também dados instrumentais", disse a professora Daniela
Schmidt, da Universidade de Bristol, Reino Unido, que não
esteve envolvida nos estudos.

"E eles foram muito cuidadosos ao avaliar os dados e o


viés inerente que qualquer dado tem. Então, o grande

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avanço é a qualidade e a cobertura desses dados. É


incrível", afirmou a professora.

Muitos especialistas argumentam que os achados são


capazes de desbancar muitas das afirmações feitas por
céticos do clima nas últimas décadas.

"Este artigo deve finalmente fazer com que os que negam


as mudanças climáticas parem de alegar que o
aquecimento global observado recentemente é parte de um
ciclo climático natural", disse o professor Mark Maslin, da
Universidade College London, no Reino Unido, que
também não participou dos estudos.

"Este artigo mostra a diferença verdadeiramente nítida


entre as mudanças regionais e localizadas no clima do
passado e o efeito verdadeiramente global das emissões
de gases de efeito estufa antrópicas", completa Maslin.

Além da revista "Nature", o estudo também foi publicado


em dois artigos na publicação acadêmica "Nature
Geoscience".

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