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de Balanços
EDITORA ATLAS S.A.
Rua Conselheiro Nébias, 1384 (Campos Elisios)
01203-904 São Paulo (SP)
Tel.: (0 11) 221-9144 (PABX)
www.atlasnet.com.br
Dante Carmine Matarazzo
Análise Financeira
de Balanços
Abordagem Básica e Gerencial
• Como Avaliar Empresas
• Análise da Gestão de Caixa
• Análise da Gestão de Lucro
• Desempenho da Diretoria
5ª Edição
SÃO PAULO
EDITORA ATLAS S.A. — 1998
© 1992 by EDITORA ATLAS S.A.
1. ed. 1985; 2. ed. 1987; 3. ed. 1994; 4. ed. 1997; 5. ed. 1998; 8ª tiragem
ISBN 85-224-1973-6
93-2466 CDD-658.15076
Prefácio, 13
Parte I - ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS, 15
1 INTRODUÇÃO, 17
1 Objetivos da análise de balanços, 17
1.1 A análise de balanços começa onde termina a contabilidade, 19
1.2 Linguagem descomplicada, 19
1.3 O que incluir no relatório, 20
1.4 Metodologia de análise, 21
2 Panorama das técnicas de analise de balanços, 22
Técnicas de análise, 25
2.1 Análise através de índices, 25
2.2 Análise vertical e horizontal, 26
2.3 Análise do capital de giro, 26
2.4 Modelos de análise de rentabilidade, 27
2.4.1 Análise do ROI (Retorno Operacional dos Investimentos), 27
2.4.2 Análise da "Alavancagem Financeira", 27
2.5 Análise da demonstração das origens e aplicações de recursos e do fluxo
de caixa, 27
2.6 Análise prospectiva, 28
Apêndice - Usos e usuários da análise de balanços, 29
1 Fornecedores, 31
2 Clientes (compradores), 33
3 Bancos comerciais (ou carteira comercial do banco múltiplo), 34
4 Bancos de investimentos (ou carteira de Investimentos no banco múltiplo), 35
5 Sociedades de crédito imobiliário (ou carteira de crédito imobiliário do banco
múltiplo), 35
6 Sociedades financeiras (ou carteira de financiamento ao consumidor do banco
múltiplo), 36
7 Corretoras de valores e público investidor, 36
8 Concorrentes, 36
9 Dirigentes, 37
10 Governo, 38
11 Acompanhamento de clientes e fornecedores, 39
2 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, 41
1 Estrutura das demonstrações financeiras, 41
1.1 O que mostram as demonstrações financeiras, 43
8 SUMÁRIO
O Autor
Elementos Fundamentais
para Análise das
PARTE Demonstrações
I Financeiras
Esta parte do livro é preparatória para as partes que seguem, nas
quais serão ministradas as técnicas de análise.
Eventualmente, o leitor que tiver bom domínio sobre o conteúdo e
sobre correção integral de demonstrações financeiras poderá deter-se
apenas no Capítulo 5, onde são apresentadas em dólares as demonstra-
ções financeiras de uma empresa cujos números servirão de exemplo até
o fim do livro.
Entretanto, mesmo para alguns profissionais, a descrição das princi-
pais contas de balanço e demonstração de resultados, apresentada como
apêndice ao Capítulo 2, será de grande utilidade para a adequada
classificação e interpretação dos inumeráveis tipos de contas encontradas
nas demonstrações financeiras publicadas.
A grande maioria das pessoas a quem o livro se destina tem dificul-
dades em interpretar a correção monetária oficial de balanços e sua
relação com os números obtidos nas demonstrações financeiras com
correção integral.
A eles destinam-se os Capítulos 3 e 4.
Como apêndice ao Capítulo 4 é apresentado método de dolarização
de demonstrações financeiras a partir de dados publicados em moeda
nacional.
1 Introdução
Informações
Fatos ou eventos Demonstrações
Processo Técnicas de financeiras para
econômico- financeiras -
Análise de a tomada de
financeiros dados
Contábil Balanços decisões
"O índice de endividamento é de 220%; isto significa que para cada $100 de capital
próprio existem $ 220 de terceiros. Esse índice mostra um crescimento de 10% em
20 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
relação ao ano anterior que, por sua vez, já crescera 18%. Os recursos de terceiros são
predominantemente de curto prazo (85%). Já os índices de liquidez encontrados foram
respectivamente: liquidez geral - 1,25; liquidez corrente - 1,40; e liquidez seca - 1,01,
o que mostra que a empresa tem mais cruzeiros realizáveis do que dívidas de curto
prazo."
• Situação financeira.
• Situação econômica.
• Desempenho.
• Eficiência na utilização dos recursos.
• Pontos fortes e fracos.
• Tendências e perspectivas.
• Quadro evolutivo.
• Adequação das fontes às aplicações de recursos.
• Causas das alterações na situação financeira.
• Causas das alterações na rentabilidade.
• Evidência de erros da administração.
• Providências que deveriam ser tomadas e não foram.
• Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras.
INTRODUÇÃO 21
Etapas: 1 2 3 4
ANÁLISE
TÉCNICAS DE ANÁLISE
1 FORNECEDORES
BALANÇOS
Empresa 1 Empresa 2
ATIVO
Disponível 500.000 500.000
Duplicatas a Receber 2.500.000 3.500.000
Estoques 2.000.000 1.500.000
PASSIVO
Circulante 2.000.000 5.000.000
Exigível a Longo Prazo 1.000.000 3.800.000
Patrimônio Líquido 6.000.000 3.000.000
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
Empresa 1 Empresa 2
Vendas 7.000.000 20.000.000
(-) CVM 4.400.000 15.400.000
Lucro Bruto 2.600.000 4.600.000
(-) Despesas Operacionais 2.000.000 3.000.000
Lucro Operacional 600.000 1.600.000
Pode ser que com esse índice a empresa consiga pagar suas dívidas em
dia, mas é uma situação muito menos cômoda do que a da empresa 1.
2 CLIENTES (COMPRADORES)
8 CONCORRENTES
9 DIRIGENTES
10 GOVERNO
a empresa tivesse atentado para isso, teria provavelmente evitado sua insolvên-
cia.
O segundo caso é o de uma empresa que se lançou em espetaculares
aventuras empresariais, com vultosíssimos investimentos, e recebeu todo apoio
dos bancos com que trabalhava, inclusive para cobrir prejuízos. Decorrido certo
prazo, a empresa pediu concordata.
Também nesse caso, não houve por parte dos bancos a preocupação de
saber se a empresa suportaria ou não o crédito que lhe estavam concedendo.
O terceiro caso é o de uma financiadora que resolveu tornar-se o apoio
financeiro de um grande magazine. Este, por seu lado, forneceu crédito para
qualquer cliente que se apresentava e concedeu avais dos créditos dados pela
financeira. Os clientes não pagaram, a financeira sofreu pesadas baixas e a loja
não teve condições de cobrir os avais que concedeu.
Isso teria sido evitado se a financeira tivesse feito uma análise detalhada do
magazine, que foi à concordata, depois se extinguiu e quase arrastou consigo a
financiadora.
Estrutura das Demonstrações
2 Financeiras
• Relatório da Diretoria:
Através desse relatório, a Diretoria presta informação aos acionistas sobre diversos aspectos
do desempenho e de perspectivas da sociedade relativas a estratégias de vendas, compras,
produtos, expansão, efeitos conjunturais, legislação, política financeira, de recursos humanos,
resultados alcançados, planos, previsões etc.
É uma forma de manter os acionistas e terceiros a par do que se realiza na empresa. 0 Relatório
da Diretoria é uma peça em que se relata livremente aquilo que julga importante e, invariavelmente,
"doura a pílula".
• Demonstrações Financeiras:
• Balanço Patrimonial.
• Notas Explicativas:
São dados e informações que ora complementam as demonstrações financeiras - como, por
exemplo, taxas de juros, vencimentos e garantias de obrigações de longo prazo -, ora fornecem
critérios contábeis, como os de avaliação de estoques, depreciação e demais provisões, ou ainda
acrescentam informações, como garantias prestadas a terceiros, espécies de ações do capital social,
eventos subseqüentes à data do balanço que tenham efeitos relevantes sobre a situação financeira
da companhia etc.
Enfim, as Notas Explicativas contêm um conjunto de elementos que auxiliam a fazer avaliação
mais ampla da empresa.
É obrigatório apenas para as companhias abertas, ou seja, aquelas que têm papéis negociáveis
- ações ou debêntures - colocados junto ao público.
Os auditores independentes são contadores que, sem manter vínculo empregatício, são contra-
tados para emitir opiniões sobre a correção e veracidade das demonstrações financeiras. Verificam
os controles internos da empresa, conferem lançamentos e conciliações contábeis e checam os
saldos com os bancos, clientes e fornecedores, tudo por amostragem. Em função disso, a opinião
dos auditores tem satisfatória probabilidade de estar correta e pequena probabilidade de falhar.
As verificações por amostragem não necessariamente detectam todos os erros e fraudes. Por
isso, fala-se em Parecer dos Auditores e não em Certificado dos Auditores.
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 43
A Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404) determina a estrutura básica
das quatro demonstrações financeiras referidas anteriormente.
A legislação fiscal tornou essas determinações obrigatórias também para
os demais tipos de sociedades. Por essa razão, todas as empresas, no Brasil,
divulgam suas demonstrações financeiras sob a forma prevista na Lei das S.A.
Essa lei trouxe consideráveis aperfeiçoamentos contábeis em relação às
práticas anteriormente vigentes e tornou-se um marco na história da Contabili-
dade no Brasil, apesar de ainda não incorporar todos os aperfeiçoamentos que
seriam possíveis.
Basicamente, suas disposições referem-se a:
Por outro lado, o Passivo Exigível tem valor líquido e certo no que se refere
àquelas dívidas assumidas junto a terceiros, como bancos, fornecedores, em-
pregados. No que se refere, porém, a débitos fiscais e previdenciários em atraso,
praticamente nenhuma empresa os atualiza corretamente.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
• Disponibilidades.
• Direitos realizáveis no curso do exercício social seguinte.
• Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
• Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte.
• Direitos derivados de adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas,
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios
usuais na exploração do objeto da companhia.
ATIVO PERMANENTE
Investimentos
• Participações permanentes em outras sociedades e direitos de qualquer natureza, não classi-
ficáveis no Ativo Circulante, ou Realizável a Longo Prazo que não se destinem à manutenção
da atividade da companhia ou empresa.
Imobilizado
• Direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia
ou empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade comercial ou
industrial.
Diferido
• Aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais
um exercício social, inclusive juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que
anteceder o início das operações sociais.
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
• Obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do Ativo
Permanente quando vencerem no exercício seguinte.
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
• Obrigações vencíveis em prazo maior do que o exercício seguinte.
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
• Receitas de exercícios futuros diminuídas dos custos e despesas correspondentes.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
• Montante do capital subscrito e, por dedução, parcela não realizada.
Reservas de Capital
• Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e partes beneficiárias.
• Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.
• Prêmios recebidos na emissão de debêntures, doações e subvenções para investimentos.
• Correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizada.
Reservas de Reavaliações
• Contrapartida do aumento de elementos do Ativo em virtude de novas avaliações, documenta-
das por laudo técnico.
Reservas de Lucros
• Contas constituídas a partir de lucros gerados pela companhia.
Lucros ou Prejuízos Acumulados
• Lucros gerados pela companhia, que ainda não receberam destinação específica.
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 47
Dividendos
Saldos em 31-12-X1
49
50 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
• Balanço Patrimonial.
• Demonstração do Resultado do Exercício.
ATIVO PASSIVO
AC + RLP + AP PC + ELP + PL
Ativo Circulante Patrimônio Líquido
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Ativo Permanente Passivo Circulante
AC - PC = PL+ELP-AP-RLP
CCL - PL+ELP-AP-RLP
ORIGENS DE RECURSOS:
• DAS OPERAÇÕES:
• DOS ACIONISTAS:
- Integralização de Capital
• DE TERCEIROS:
APLICAÇÕES DE RECURSOS:
• Dividendos Propostos
1 ATIVO CIRCULANTE
2 DISPONIBILIDADES
3 CLIENTES
Compreende os valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela
empresa. Eventualmente, no caso das empresas prestadoras de serviços, po-
dem ser inclusos os serviços já prestados e ainda não faturados.
5 ESTOQUES
6 APLICAÇÕES FINANCEIRAS
• Aplicações Financeiras.
• Títulos da Dívida Pública.
• Debêntures.
• Cauções.
• Depósitos Compulsórios.
• Importação em Andamento (para comercialização).
• Impostos a Recuperar.
• Construções em Andamento.
• Obras em Andamento.
• Outros Créditos.
9 ATIVO PERMANENTE
10 INVESTIMENTOS
11 IMOBILIZADO
• Terrenos.
• Construções.
• Instalações.
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 61
• Máquinas e Equipamentos.
• Móveis e Utensílios.
• Veículos.
• Marcas e Patentes.
• Benfeitorias em Imóveis de Terceiros.
• Obras em Andamento.
• Adiantamentos para Imobilização.
• Móveis e Utensílios: esta conta registra todos os bens representados por mesas e
cadeiras, máquinas de escrever e calcular, arquivos, armários etc.
• Veículos: registra-se aqui o custo de aquisição de veículos de transporte externos
à empresa, tanto utilizados pela administração, como por vendas e pela produção.
Empilhadeiras, vagões, carrinhos etc. utilizados internamente fazem parte de "Equi-
pamentos".
• Marcas e Patentes: são os custos da empresa na aquisição de marcas e/ou de
patentes de terceiros, bem como aqueles decorrentes de desenvolvimento interno
através de pesquisas e que tenham sido efetivamente registrados nos órgãos
competentes, a fim de que fiquem devidamente incorporados ao ativo da empresa.
• Benfeitorias em Imóveis de Terceiros: as melhorias, reformas, pinturas, constru-
ções e adaptações efetuadas em imóveis de terceiros constituirão os custos que
farão parte deste item.
• Obras em Andamento: são compreendidos por este item os custos incorridos pela
empresa na construção de unidades fabris, comerciais e administrativas, incluindo
custo de construção, importação em andamento, adiantamentos a fornecedores e
prestadores de serviços, bem como almoxarifado de materiais a serem utilizados.
12 DIFERIDO
deverão ser lançadas no Ativo Diferido. Normalmente, esse tipo de despesa (que
a rigor não é despesa, mas gasto, pois será despesa somente quando apropriada
a Resultado) ocorre na fase pré-operacional ou da empresa como um todo ou de
determinadas filiais ou ainda de projetos. Caracterizam-se ainda como Ativo
Diferido os gastos em pesquisas e desenvolvimento de produtos ou de proces-
sos.
A definição do que e quanto deve ser ativado como Diferido, bem como sua
amortização, é inteiramente arbitrária. Os principais componentes do Ativo
Diferido são:
13 PASSIVO CIRCULANTE
16 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Capital a Realizar: refere-se à parcela de capital social subscrita pelos sócios, mas
não paga à empresa. Por isso, deve ser deduzido do Capital Social.
• Ações em Tesouraria/Quotas Liberadas: são aquelas adquiridas pela própria
empresa, tendo em vista:
- operações de resgate, reembolso ou amortização de ações/quotas.
- diminuição do capital.
Isso não é exatamente o que prevê a Lei das S.A. que não faz nenhuma
distinção entre as citadas categorias de impostos, bem como não se refere a
encargos proporcionais às vendas.
CPV= EI + C P P - E F
CPP= MC + MOD + CIF
onde:
El - Estoques Iniciais
CPP - Custo de Produção do Período
EF - Estoques Finais
MC = Materiais Consumidos
MOD- Mão-de-obra Direta
CIF = Custos Indiretos de Fabricação
MC=EIM + C L - E F M
onde:
EIM = Estoque Inicial do Material existente na empresa no início do período.
CL = Compras Líquidas: compras brutas de matérias-primas realizadas no perío-
do deduzidas das devoluções de compras, abatimentos, impostos faturados
(IPI, ICMS), e adicionadas das despesas com transportes de compras,
seguros de compras etc.
EFM - Estoque Final de Material existente na empresa no final do período, ou seja,
o material adquirido e não consumido.
• Custos dos Serviços Prestados: o Custo dos Serviços Prestados, no caso das
empresas prestadoras de serviços, corresponde aos custos incorridos para a pres-
tação dos serviços. Os itens componentes do Custo dos Serviços Prestados variam
de empresa para empresa, em função do seu próprio ramo de atividade. Há, porém,
casos de empresas prestadoras de serviços que não evidenciam na demonstração
do resultado o custo dos serviços prestados, contabilizando-o com as despesas
operacionais, o que é um erro bastante prejudicial para a Análise de Balanços.
• Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (empresas comerciais): as empresas
comerciais caracterizadas pela atividade de compra de mercadorias para serem
revendidas no mercado apresentam os seguintes componentes do custo das mer-
cadorias vendidas:
CMV=EI + C L - E F
onde:
E= Estoque das mercadorias destinadas à venda no início do período.
CL= Compras Líquidas: as compras brutas de mercadorias realizadas no período,
deduzidas das devoluções de compras, abatimentos, impostos (IPI, ICMS)
e adicionadas das despesas com transportes de compras, seguros de
compras etc.
EF= Estoque das mercadorias destinadas à venda existentes no final do exercí-
cio.
A Lei das S.A. determinou a apresentação somente do montante de "custo das
mercadorias e serviços vendidos", razão por que apenas esse total é publicado pelas
Sociedades Anônimas (ver p. 55).
Para a Análise de Balanços, porém, isso é insuficiente, pois há um valor essencial
que deixa de ser fornecido: trata-se do montante de compras.
Através desse valor será possível ao analista calcular o prazo médio de pagamento
de compras cuja fórmula é:
360 x Fornecedores + Compras.
No caso de empresas comerciais, é possível encontrar o valor das compras da
seguinte forma:
CL = EF + CMV - El
No caso das empresas industriais, porém, não há forma de se encontrar o valor das
compras. A solução é solicitar esclarecimentos à empresa ou tentar estimar o valor
das compras partindo do pressuposto de que o custo de produção do período
costuma situar-se na maioria dos ramos industriais entre 20% e 30% do Custo de
Produtos Vendidos. Assim:
CL = EF + CPV - CPP - El
Logo:
CL = EF + (CPV + 20% ou 30% CPV) - EF
É preciso, porém, cuidado nesta estimativa, pois pode acontecer que, pela estrutura
de produção, a empresa tenha diferentes percentuais de custo de produção em
relação ao custo de produtos vendidos.
3 DESPESAS OPERACIONAIS
jogada como despesa do exercício seguinte. Caso contrário, deve ser lançada como
"Ajustes de Exercícios Anteriores", na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acu-
mulados.
Após o recolhimento das parcelas do imposto de renda, uma parte, já especifi-
cada na declaração de renda da empresa, será destinada a incentivos fiscais,
retornando, portanto, à empresa esse título. A empresa pode então contabilizar os
incentivos fiscais no Ativo Circulante e dar entrada do montante diretamente no
Patrimônio Líquido, como se tivesse recebido uma subvenção governamental.
Posteriormente, ao receber um documento chamado C l . - Certificado de Investi-
mentos -, a empresa transferirá os mencionados incentivos fiscais para o grupo
"Investimentos", no Ativo Permanente. Pela mecânica do sistema de incentivos
fiscais em que a empresa só faz jus aos mesmos após o pagamento do imposto, a
provisão para imposto de renda deve ser feita pelo montante global, como se não
existissem incentivos fiscais.
A legislação do Imposto de Renda define "lucro inflacionário" como sendo o saldo
credor da conta correção monetária menos as variações monetárias passivas mais
as variações monetárias ativas. Uma parte do lucro inflacionário é considerada
realizada de acordo com o percentual de baixas ou depreciação do Ativo Permanente
no exercício. O restante do lucro inflacionário só terá imposto de renda a pagar à
medida que a empresa for realizando-o. O imposto de renda calculado sobre o lucro
inflacionário é chamado Imposto de Renda Diferido, pois só será pago em exercícios
futuros. Entretanto, a provisão para o imposto de renda deve ser constituída pelo
total, ou seja, pelo imposto de renda a ser pago no exercício seguinte mais o imposto
de renda diferido. Este último figurará no Exigível a Longo Prazo e estará sujeito à
correção monetária. À medida que a empresa realiza o lucro inflacionário transfere
o Imposto de Renda Diferido do Longo Prazo para o Imposto de Renda a Pagar a
Curto Prazo. Dessa forma, o montante a pagar do imposto de renda não coincidirá
necessariamente com a provisão para imposto de renda constituída no exercício e
apresentada na Demonstração do Resultado.
• Gratificações e Participações Estatutárias: representam para a empresa despe-
sas proporcionais ao lucro, em virtude de participações de empregados, diretores,
debenturistas, portadores de partes beneficiárias, bem como contribuições para
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados. Essas partici-
pações e contribuições, sempre que previstas estatutariamente, são contabilizadas
na própria data do balanço mediante débito na Demonstração de Resultado e crédito
de provisões no Passivo Circulante. Os principais componentes deste item são:
- As participações no lucro de empregados ou administradores: que representam
uma espécie de parcela complementar de salários cujo valor, contudo, é apurado
com base no lucro, mas não deixa de ser uma despesa adicional da prestação
de serviço recebida.
- As participações dos debenturistas: que representam uma espécie de despesa
financeira adicional, pois é a parte variável da remuneração devida aos adqui-
rentes das debêntures emitidas.
- As contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados: que representam as contribuições apuradas em função do lucro
do exercício.
Correção Monetária na
3 Lei das S.A.
Quando existe inflação, os primeiros perdem valor, uma vez que, tanto a
moeda quanto os títulos têm um valor estipulado, chamado valor de face (a
inflação faz com que esses direitos percam poder aquisitivo).
Na Figura 3.1 é representado da seguinte forma o que ocorre com o ativo
monetário:
VALOR
NOMINAL
PERDA
ATIVO VALOR
MONETÁRIO REAL
Tempo
Já os bens, ativo não monetário, não sofrem perda de seu valor em relação
aos demais bens e serviços oferecidos na economia, mantendo, portanto, seu
valor real. Como todos os preços sobem, o valor nominal dos ativos não
monetários também subirá. Esse fato é representado na Figura 3.2.
VALOR
NOMINAL
Correção a ser
ATIVO NÃO efetuada
MONETÁRIO
VALOR
REAL
Tempo
• Ativo monetário: sofre perda que deve ser reconhecida pela empresa;
• Ativo não monetário: não sofre perda nem oferece ganho; entretanto, seu valor
nominal deve ser alterado, ou seja, corrigido.
VALOR
NOMINAL
GANHO
PASSIVO
MONETÁRIO VALOR
REAL
Tempo
• Patrimônio líquido: é a diferença entre o ativo total e passivo monetário; sofre, por
isso, as perdas e ganhos decorrentes da inflação sobre os itens monetários e reflete
a correção do valor nominal do ativo monetário.
Pode-se agora chegar a alguma definição de como proceder contabilmente,
no que se refere à correção monetária do balanço:
• as perdas dos ativos monetários representam uma despesa1 e devem ser retiradas
da receita;
1. Uma boa compreensão de despesa é obtida considerando-a como aquilo que deve ser retirado
da receita para repor (ou ressarcir o ativo de) consumo de valores. Dentro dessa idéia, a
desvalorização dos itens monetários representa o consumo de parte do seu valor real
decorrente da elevação geral de preços de bens e serviços na economia (inflação) que será
retirada da receita para recompor-se o seu valor real. É fácil entender isso no caso de uma
aplicação em Caderneta de Poupança. Suponhamos que uma pessoa tenha aplicado $ 1.000
por um ano, ao cabo do qual recebe $ 460 de juros + correção monetária, considerados como
receita, sendo $ 400 de correção monetária. É óbvio que dos $ 460 tiram-se estes $ 400 de
correção monetária para se chegar ao lucro. Isto é, os $ 400 representam uma despesa
decorrente do consumo de poder de compra do investimento inicial, retirada da receita para
repor o valor do referido investimento.
CORREÇÃO MONETÁRIA NA LEI DAS S.A. 81
2. Receita é o aumento do Patrimônio Líquido gerado, ou por aumento do Ativo, ou por redução
do Passivo. Ora, a inflação reduz o Passivo Exigível, em termos reais, aumentando, pois, o
Patrimônio Líquido (que é a diferença entre Ativo e Passivo Exigível).
3. Isto esclarece de uma vez por todas a interpretação errônea de que a empresa aufere ganhos
com a valorização do ativo imobilizado em virtude da correção monetária. Ora, esta correção
visa apenas expressar, em moeda da data de fechamento do balanço, o valor equivalente ao
custo de aquisição e não ganhos havidos. A escrituração das contas sujeitas à correção
monetária em ORTN exigidas pela legislação fiscal é mais um fato que reforça esse entendi-
mento.
82 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Ativo
Monetário
Passivo
(inclusive Monetário
Estoques)
Valor a ser
corrigido Patrimônio
Ativo não Líquido
Monetário (Bens)
Ativo
Circulante
140.000
120.000
100.00
40%
A Lei nº 6.404 traz um único artigo sobre a correção monetária cujo texto é
o seguinte:
• ativo monetário;4
• ativo não monetário.
A Lei das S.A., no que se refere à correção monetária, distingue dois tipos
de ativo:
Ativo Passivo
Circulante Circulante
+ +
Realizável a Exigível a
Longo Prazo Longo Prazo
Valor a ser
corrigido Patrimônio
Ativo Líquido
Permanente
5. A Lei das S.A. não usou a terminologia de Ativo Monetário, Ativo não Monetário e Passivo
Monetário, e tampouco faz referência a isso. O artigo 185, que trata da correção, é conciso e
seco. Nós é que estamos dando essa classificação, usando as idéias expostas no item 2
(Fundamentos da Correção Monetária), a fim de explicar em que se baseia o método de
correção da lei.
86 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
(1) Saldo da Correção Monetária - (AC + RLP) X TIp - (PC + ELP) X TIp
OU
onde:
AC = Ativo Circulante
RLP = Realizável a Longo Prazo
TIp = Taxa de Inflação do Período
PC = Passivo Circulante
ELP = Exigível a Longo Prazo
PL = Patrimônio Líquido
AP = Ativo Permanente
"As contrapartidas dos ajustes de correção monetária serão registradas numa conta
cujo saldo será computado no resultado do exercício."
Mais adiante, no artigo 187, esse saldo aparece com a denominação "saldo
da conta de correção monetária".
Esse "saldo da Conta de Correção Monetária" corresponde ao que vínha-
mos denominando "saldo de perdas/ganhos". A única diferença é que ele é
apurado através de conta, dentro do sistema contábil (em vez de ser através de
uma fórmula), que nada mais é do que um método de adição e subtração.
CORREÇÃO MONETÁRIA NA LEI DAS S.A. 87
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Permanente Patrimônio Liquido
Investimentos Capital
Imobilizado Reservas de Capital
Diferido Reservas de Reavaliação
Reservas de Lucro
Lucros Acumulados
X Y
Computado Computado
como Receita como Despesa
na Demonstração Se saldo credor (Y>X) Se saldo devedor (X>Y) na Demonstração
do Resultado do Resultado
6. O cálculo de perdas ou ganhos devidos à inflação calculado sobre a diferença entre os valores
iniciais do Patrimônio Líquido e do Ativo Permanente seria mais simples ainda, mas conduziria
a imprecisões por deixar de levar em conta as variações de Patrimônio Líquido e Ativo
Permanente durante o exercício.
88 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONCLUSÃO
Como o método da Lei das S.A. não permite visualizar a origem do saldo
da correção monetária, recomenda-se calcular os ganhos e perdas sobre os
ativos e passivos monetários.
A falta de correção do saldo de lucros ou de ativo monetário líquido gerado
durante o ano não afeta o lucro líquido, entretanto, para fins gerenciais, recomen-
da-se a correção de todos os itens da Demonstração do Resultado para moeda
do final do exercício.
Outras conclusões relativas aos efeitos inflacionários e sua análise acham-
se no capítulo seguinte, principalmente no que diz respeito aos aspectos opera-
cionais e não operacionais da inflação.
90 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
EXEMPLO 1
Suponha-se uma empresa que possua $ 100 e que com esse investimento
obtenha uma receita de $ 36, num ano em que a inflação foi de 30%.
Nenhuma outra transação se verificou. Vejamos a correção monetária e o
resultado do exercício contabilmente.
(1) Calculada da seguinte forma: Ativo Circulante X taxa de inflação = 100 X 30% = 30.
CORREÇÃO MONETÁRIA NA LEI DAS S.A. 91
BALANÇO FINAL
Ativo Circulante 136 Patrimônio Líquido
Capital 100
Correção Monetária 30
Lucros Acumulados 6
136
BALANÇO FINAL
Ativo Circulante 136 Patrimônio Líquido
Capital
Res. Capital
Correção Monetária
Lucros Acumulados
CONCLUSÕES:
a) A perda devida à inflação ocorre em virtude de os itens monetários desvalorizarem-
se com a inflação. É uma despesa, pois, como qualquer outra despesa, representa
uma redução (em termos reais) do Ativo Circulante.
b) O método de correção da Lei das S.A. conduz a resultados corretos.
Inicial em
Moeda
do Final
do Exercício Final Variação
Ativo Circulante 130 136 6
(-) Passivo Circulante 0 0 0
Capital Circulante Líquido 130 136 6
EXEMPLO 2
perdas ganhos
=100X30%-50X30%=15
BALANÇO FINAL
Ativo Circulante 155 Passivo Circulante 65
Ativo Permanente Imobilizado 65 (2) Patrimônio Líquido
Capital
Correção Monetária
Lucros Acumulados
155
220 220
(2) O valor dos ativos não monetários é corrigido aplicando-se a taxa de inflação sobre o custo
histórico inicial:
50 X 1,30 = 65
DEMONSTRAÇÃO DO
BALANÇO INICIAL
RESULTADO
Ativo Circulante 100 Passivo Receita 56
Ativo Circulante 50 Despesas Operacionais (16)
Permanente Patr. Líquido
Imobilizado 50 Capital 100 Lucro Operacional 40
150 150 Saldo da Conta
Correção Monetária (15)
Lucro Líquido 25
CONTA CORREÇÃO
MONETÁRIA
Capital 30 Imobilizado 15
Saldo 15
BALANÇO FINAL
Ativo Circulante 155 Passivo Circulante 65
Ativo Permanente Patrimônio Líquido
Imobilizado Capital 100
Res. de Capital
Cor. Monetária Capital
Lucros Acumulados
CONCLUSÕES
a) Desde que o Ativo Circulante seja maior que o Passivo Exigível, haverá um saldo de
perdas devido à inflação (perdas maiores que ganhos) que constitui despesa por
representar diminuição do Ativo Circulante, em termos reais. Essa perda é calculada
pela fórmula: Ativo Circulante X taxa de inflação - Passivo Exigível X taxa de inflação.
b) O cálculo dessas perdas pelo método da Lei das S.A. leva ao mesmo resultado,
conforme as explicações anteriores. Essas perdas devidas à inflação representam
despesas operacionais, pois, tanto quanto qualquer despesa, reduzem o Ativo
Circulante (que é investimento tipicamente operacional), em decorrência da ativida-
de empresarial. A Lei das S.A., entretanto, tratou-as como não operacionais.
Balanço Inicial
em Moeda
do Final Balanço Final Variação
Ativo Circulante
(-) Passivo Circulante
Capital Circulante Líquido
EXEMPLO 3
DEMONSTRAÇÃO DO
BALANÇO INICIAL
RESULTADO
Ativo Circulante Passivo Receita
Ativo Circulante Despesas
Permanente Patr. Líquido
Imobilizado Capital Lucro antes da Cor. Mon.
Ganhos devido a
inflação (1)
Lucro Líquido
CORREÇÃO MONETÁRIA NA LEI DAS S.A. 97
perdas ganhos
100X30% 150X30% 15
30 45
• 50% das despesas foram pagas; o restante permaneceu como contas a pagar.
• A empresa tomou $ 21 de empréstimos adicionais.
• Não houve aplicações no Ativo Permanente nem pagamento de dividendos.
BALANÇO FINAL
(2)150X1,30-195
A=100 + 96-24 + 21
B=150+ 24+ 21
DEMONSTRAÇÃO DO
BALANÇO INICIAL
RESULTADO
Ativo Circulante 100 Passivo Receita 96
Ativo Circulante 150 Despesas Operacionais
Permanente Patr. Líquido Lucro Operacional 48
Imobilizado 150 Capital 100 Saldo da conta
250 250 Correção Monetária 15
Lucro Líquido 63
CONTA CORREÇÃO
MONETÁRIA
Capital 30 Imobilizado 45
Saldo 15
BALANÇO FINAL
CONCLUSÕES:
Inicial em
Moeda do
Final do
BALANÇO Exercício Final Variação
ATIVO
Circulante 130 193 63
Permanente 195 195 0
PASSIVO
Circulante 195 195 0
Patrimônio Líquido 130 193 63
É fácil verificar: (1º) que o Patrimônio Líquido cresceu $ 63, em termos reais
(em moeda do fim do ano) e que, portanto, há um lucro de $ 63; e (22) que esse
lucro se acha no Ativo Circulante, o qual também cresceu $ 63.
Nesse ponto, a própria Lei das S.A. acabou sendo excessivamente prudente
ao dispor, no artigo 197, que o saldo credor da conta de correção monetária é
lucro a realizar.
Na realidade, trata-se de lucro efetivamente realizado como nos prova o
exemplo.
O Capital Circulante Líquido igualmente cresceu $ 63, como se pode
verificar:
Inicial em
Moeda do
Final do
Exercício Final Variação
Ativo Circulante 130 193 63
(-) Passivo Circulante 195 195 0
Capital Circulante Líquido (65) ( 2) 63
Primeira hipótese
A empresa tomou empréstimos de $ 21 no exercício. Seu Passivo Circulante
é de 195, formado da seguinte maneira:
195 = 150 + 24 + 21
Saldo
Inicial Acréscimo
de despesas Empréstimos
a pagar tomados no
exercício
193 = 100 + 96 - 24 + 21
Saldo
Inicial Receitas do
exercício Despesas
pagas Empréstimos
obtidos
Segunda hipótese
A empresa tomou empréstimos adicionais de $ 41 no exercício. O seu
Passivo Circulante é de $215, e o Ativo Circulante é de $ 213.
Terceira hipótese
A empresa tomou empréstimos adicionais de $ 158 no exercício. O seu
Passivo Circulante é de $ 332, e o Ativo Circulante é de $ 330.
Os balanços finais segundo essas três hipóteses ficam assim:
8. É claro que não se está recomendando que se proceda à distribuição de todo o resultado
financeiro gerado, como política de administração financeira. Essa possibilidade prova que o
resultado financeiro existe concretamente.
102 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Assim, nada mais natural que, se houve inflação, a empresa tome emprés-
timos adicionais.
Balanço Inicial
Balanço Inicial (em moeda do Balanço Final
final)
Capitais de Terceiros - CT 150 195 195
Patrimônio Líquido- PL 100 130 193
Part. Cap. Terc. = CT/PL 150% 150% 101%
INICIAL FINAL
Em Moeda Em Moeda
1ª Hipótese 2ª Hipótese 3ª Hipótese
Original do Final
Ativo Circulante 100 130 130 150 267
Ativo Permanente 150 195 195 195 195
Total
Passivo Circulante 150 195 195 215 332
Patrimônio Liquido 100 130 130 130 130
Total
Liquidez Corrente 0,66 0,66 0,66 0,69 0,80
Nota 1
Foram efetuados os cálculos de ganhos e perdas com a inflação pelo Ativo
Circulante e Passivo Exigível, sendo este último, no caso dos exemplos vistos, repre-
sentado pelo Passivo Circulante. O Passivo Exigível é efetivamente monetário, mas nem
todo o Ativo Circulante é monetário. Conforme foi explicado na parte teórica deste
capítulo, por questão de praticidade considerou-se todo o Ativo Circulante como mone-
tário.
Nota 2
Suponha-se o caso de uma empresa que tivesse Passivo Monetário maior que o
Ativo Monetário e que, portanto, apresentasse ganhos com a inflação. Pelo método da
Lei das S.A. haveria um saldo credor na conta de correção monetária.
Pode-se então levantar-se a seguinte dúvida: se houvesse correção monetária ou
variação cambial nos empréstimos tomados, persistiriam os ganhos devido à inflação?
A resposta é a seguinte: se a taxa de correção monetária ou de variação cambial for igual
à taxa de inflação, não haverá ganhos.
Apesar disso, porém, apura-se o saldo credor na conta Correção Monetária, pela
Lei das S.A., o que parece, a princípio, incorreto. Contudo, mais uma vez a resposta é
que o saldo credor da conta Correção Monetária corresponde à receita efetiva.
Ocorre que a correção monetária de dívidas ou variação cambial até o nível da taxa
de inflação não constitui despesas, no conceito contábil rigoroso de despesa. À despesa
corresponde uma redução de ativo ou aumento de passivo exigível, e a correção
monetária de dívidas não é aumento de dívidas, mas apenas manutenção, em termos
reais. Nesse caso, o saldo credor da conta Correção Monetária representa uma com-
pensação de um valor (variação cambial ou correção monetária de dívidas) lançado como
104 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
despesa e que não constitui efetivamente despesa, recompõe-se, assim, o lucro ao seu
nível real, que é, igualmente ao exemplo visto, passível de distribuição.
Nota 3
O ativo monetário gerado pelas operações ao longo do exercício deve, a rigor, ser
também corrigido, ou em base mensal (taxa efetiva), ou pela metade da taxa anual de
inflação (uma vez que a sua constituição, verificada de maneira mais ou menos uniforme
ao longo do ano, é equivalente à constituição total no meio do ano). Ocorre que num
processo de correção monetária completa por índices gerais de preço (segundo a
chamada Price Level School), as vendas, compras e despesas desembolsáveis tam-
bém devem ser corrigidas, segundo a mesma taxa (assim, teríamos a demonstração de
resultados expressa em moeda do fim do exercício social). A correção destes itens de
resultados aumenta o resultado do exercício, enquanto a correção do ativo monetário
gerado o reduz na mesma importância, retornando o resultado ao valor contábil original,
de maneira que, para efeito de resultado contábil líquido corrigido da inflação, podem-se
ignorar as citadas correções. Isso, entretanto, não deixa de representar uma perda
considerável do poder informativo da contabilidade, pois a Demonstração de Resultados
a valores históricos padece de sérias distorções. Simplesmente não tem sentido a soma
das vendas e despesas de um mês com as do mês seguinte porque se acham expressas
em moeda de diferente poder aquisitivo. O problema é semelhante ao de um indivíduo
que vendeu 100.000 metros de tecidos durante um ano e cujo metro teria sido reduzido,
em média, 3% a cada mês. Quantos metros afinal o Fulano vendeu? Metro de qual mês,
já que a cada mês o metro teve um valor diferente?
9. MARTINS, Eliseu. Análise da correção monetária das demonstrações financeiras. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 1984. p. 35.
CORREÇÃO MONETÁRIA NA LEI DAS S.A. 105
EXEMPLO 4
"O prejuízo não representa efetivamente nada que existe na empresa; pelo contrário,
mostra o que deixou de existir, consumido por operações deficitárias. Se, por um lado,
se justifica a sua atualização de valor não pode isto fornecer algum tipo de recurso como
se poderia dizer em relação aos itens do Ativo Permanente."
106 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
BALANÇO DE 31-12-X1
Ativo Circulante 200 Passivo Circulante 700
Ativo Permanente 300 Capital 150
Prej. Acumulado (350) (200)
500 500
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Receita
Despesas
Resultado Operacional
Saldo da Conta Cor. Monetária
Lucro Líquido
BALANÇO DE 31-12-x2
Ativo Circulante 200 Passivo Circulante 700
Ativo Permanente (a) 360 Patrimônio Líquido
Capital 150
Prej. Acumulado
560
Ganho
(-) Perda:
Ganho Líquido
BALANÇOS
31-12-X1
(em moeda de 31-12-X2 Variação
31-12-X2)
Ativo Circulante 240 200 (40)
Ativo Permanente 360 360 0
600 560 (40)
Passivo Circulante 840 700 (140)
Patrimônio Líquido (240) (140) 100
600 560 (40)
DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZOS
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
ACUMULADOS
Receita 0 Saldo Inicial (350)
Despesas (140) Correção Monetária (70)
Prejuízo Operacional (140) Saldo da Correção (420)
Saldo da Conta de Prejuízo Líquido
Correção Monetária 100 no Exercício (40)
Prejuízo Líquido (40) Absorção de Reserva
de Capital 30
Saldo Final (430)
BALANÇO DE 31-12-x1
Ativo Circulante 200 Passivo Circulante 840
Ativo Permanente 360 Patrimônio Líquido
560 Capital 150
Prejuízos Acumulados (430) (280)
560
BALANÇOS
31-12-x1
(em moeda de 31-12-X2 Variação
31-12-X2)
Ativo Circulante 240 200 (40)
Ativo Permanente 360 360 0
600 560 (40)
Passivo Circulante 840 840 (0)
Patrimônio Líquido (240) (280) (40)
600 560 (40)
1. Existem tantos fatores subjetivos na determinação do lucro líquido que não se pode falar em
correto e incorreto.
2. Quando não são feitos ajustes nos balanços pela correção integral, o lucro líquido é o mesmo
que o da Lei das S.A. As modificações de ATIVO e PASSIVO na correção integral serão
refletidas no lucro líquido. Os principais ajustes no ATIVO e PASSIVO referem-se às atuali-
zações monetárias dos estoques para a data de encerramento do balanço e a colocação de
contas a receber e a pagar a valores presentes. Nesses casos o lucro líquido pela correção
integral será diferente daquele apresentado pela Lei das S.A. Esses mesmos ajustes efetua-
dos em controladas e coligadas avaliadas pelo método de equivalência patrimonial levarão a
novas diferenças no lucro líquido.
CORREÇÃO MONETÁRIA INTEGRAL 113
'Trocou-se a simplicidade do seu cálculo pela melhor explanação dos itens compo-
nentes do resultado, isto é, ao invés de uma correção mais detalhada dos ganhos e
perdas dos itens monetários, das receitas e despesas do período, dos estoques etc.;
preferiu-se um ajuste único, num único saldo. A adoção dessa simplicidade está sendo
praticada à custa da não explicação do seu verdadeiro significado, o que tem provocado
polêmicas infindáveis sobre sua utilidade e até sua validade. Com isso, não está o grande
público investidor tendo condições de assimilar seu conteúdo e sua significação; pior que
isso, não estão, pelo menos em grande parte, os próprios executivos sendo capazes de
assimilar sua natureza."
3. MARTI NS, Eliseu. Análise da correção monetária das demonstrações financeiras. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 1984. p. 57
114 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2.1 NO BALANÇO
4. A CVM manda utilizar a taxa de juros divulgada pela ANBID - Associação Nacional dos Bancos
de Investimentos.
CORREÇÃO MONETÁRIA INTEGRAL 117
Por essa razão é que em certos casos o lucro líquido pela Lei das S.A.
coincide com o lucro líquido pela correção integral: a atualização que falta em
receitas e despesas é compensada pelo não reconhecimento da correção do
lucro ou prejuízo durante o exercício no saldo da correção monetária na Lei das
S.A. Entretanto, o saldo da correção monetária da Lei das S.A. diferentemente
do saldo de ganhos e perdas nos ¡tens monetários da contabilidade paralela não
pode ser "explodido" nos vários componentes de perdas e ganhos identificados
com itens específicos de receitas e despesas.
A empresa teria:
c) Vendas de 19x1 corrigida pelo IGP para moeda de 19x2 = 5.000.000 + 300% x
5.000.000 - 20.000.000
d) Vendas de 19x1 corrigida pela variação de preços de produtos da empresa para
moeda de 19x2
5.000.000 + 200% x 5.000.000 = 15.000.000
e) Evolução real de vendas da empresa:
(b)-(d) 18.000.000 -15.000.000
x100 = 20%
(d) 15.000.000
f) Evolução de vendas apuradas com deflacionamento pelo IGP:
(b) - (c) 18.000.000-20.000.000 = - 1 0 %
(b) 20.000.000
Ou seja, a empresa vendeu 20% a mais, porém pelo IGP chegar-se-ia a
conclusão de que teve vendido 10% menos.
MARGEM DE LUCRO BRUTO A divisão de lucro bruto por vendas em Tenta-se recompor quais seriam as
verdadeiras vendas e custos de produtos
realidade. Quanto maior a inflação, maior o vendidos em moeda constante permitindo
inchaço das vendas nominais. Os custos de saber qual a margem bruta de lucro com que
produtos vendidos geralmente ficam menos a empresa opera
inchados do que as vendas, porque
compreendem estoques que são baixados a
custos nominais das datas de aquisição e
portanto mais baixos
LUCRO OPERACIONAL E MARGEM A colocação dos afeitos inflacionários após O reconhecimento dos efeitos inflacionários
OPERACIONAL o lucro operacional não permite a em cada item de receita e despesa permite
apresentação correta deste valor e apurar o valor adequado do lucro operacional
conseqüentemente da margem operacional e da margem operacional
(lucro operacional/vendas).
OPERAÇÕES FINANCEIRAS As receitas e despesas financeiras são Após a apuração das perdas e ganhos com
apresentadas em valores nominais a inflação respectivamente sobre as receitas
e despesas financeiras encontra-se o valor
real das mesmas, permitindo calcular o
rendimento real das aplicações e o custo real
do dinheiro
TAXAS DE RENTABILIDADE A inadequação dos valores de receita, lucro Ao apresentar os valores de receitas, lucro
operacional e despesas financeiras impede operacional e despesas financeiras
o cálculo das taxas de GIRO DO ATIVO, satisfatoriamente expurgados dos efeitos
RETORNO DO ATIVO e CUSTO DA inflacionários, toma possível o cálculo da real
DÍVIDA. Somente a taxa de retomo do capital taxa de retomo do ativo e do custo da dívida,
próprio não era afetada. Freqüentemente, permitindo o cálculo da alavancagem
autores e profissionais menos atualizados financeira (vide Cap. 14), ou seja, a relação
efetuavam cálculos incorretos das taxas de entre o que custou o dinheiro versus o que
retorno do ativo e custo da dívida renderam as aplicações na empresa e
conseqüentemente o efeito disto na taxa de
retorno do capital próprio.
RECURSOS FINANCEIROS GERADOS No regime inflacionário existe uma geração São evidenciados os valores verdadeiros
PELAS OPERAÇÕES (Demonstrações das nominal de recursos que não corresponde a gerados pelas operações, esclarecendo
Origens a Aplicações de Recursos) efetivo acréscimo, mas a uma mistura de eventuais confusões.
reposição com acréscimo ou redução
levando a confusão de interpretação. Não é
raro encontrar empresas em que houve
absorção de recursos e a demonstração
nominal evidencia, ao contrário e
inadequadamente, geração de recursos.
1. DADOS
Reserva de Lucros
Capital
Correção Acumu- Total
Social
Monetária lados
Saldo em 31-12-X2 43.660 17.660 10.939 72.259
Correção monetária — 32.859 5.480 38.339
Lucro líquido do exercício — — 13.128 13.128
Aumento de capital — — — —
Novas Subscrições 9.944 — — 9.944
Dividendos — — (4.778) (4.778)
Saldo em 31-12-X3 53.604 50.519 24.769 128.892
130 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
ORIGENS
Das Operações
Lucro líquido 13.128
Depreciação 8.600
Saldo da correção monetária (17.166)
Resultado da equivalência patrimonial (1.563) 2.999
Variações Monetárias Incorporadas ao
Exigível a Longo Prazo 27.700
Dos Acionistas
Aumento de Capital 9.944
De Terceiros
Novos Empréstimos e Financiamentos
de Longo Prazo 79.416
31-12-X2-51,35 15-07-X3-64,41
15-01-X3-52,34 15-08-X3-66,62
15-02-X3-53,57 15-09-X3-68,80
15-03-X3-55,52 15-10-X3-71,30
15-04-X3-57,71 15-11-X3-73,50
15-05-X3-59,82 15-12-X3-75,86
15-06-X3-62,07 31-12-X3-77,08
Saldo 17.166
(1) Valores obtidos por diferença entre saldo inicial, saldo final e aquisições evidenciadas na DOAR.
(2) Valores obtidos da Demonstração das Mutações de Patrimônio Liquido.
132
PLANILHA A (1) EM CR$ 1.000
I II III IV V VI
MOVIMENTO FINANCEIRO
CONTAS SALDO INICIAL MOVIMENTO ECONÔMICO TRANSFERÊNCIAS CORREÇÃO MONETÁRIA SALDO FINAL
(obtido por diferença)
ATIVO 1.577 3.255
470.683 66.740
CIRCULANTE 22.311 3.117
9.944 426.014
Disponível 1.361 1.927 4.813
Resultado 13.128
Correção Monetária 64 492
SOMA 215.393 215 393 1 322 674 1.322.674 17.906 17.906 111.818 111.818 471.449 1 006 454 1.008.454
CORREÇÃO MONETÁRIA INTEGRAL 133
Fornec. a Ctas. a Pg. Oper. 835 034 7.209.911 6 713.110 1.331.635 985.308 366.527 965.308
Contas a Pagar da Lucro 93.729 139.348 75 643 61.987 219.221 201.336 17.885 201.336
Obrigac. Financ. 1.648.102 1.839.016 351.574 3.838.692 2.901.466 937.226 2.901.466
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital a Reservas 1.194.157 156.673 1.350.830 1.350.830 1.350.830
Lucros Acumulados(4) 213.026 61.967 151.041 321.341 321.341
SOMA 1.633.327 1.633.327
8.135.547 8.135.547 5.865.592 5.865.592
Receita Bruta de Vendas 8.729.906 8.729.906 572.277 8.157.631
Devoluções e Abatimentos 249.086 249.086 249.066
Impoatoa 2.074.850 2.074.850 106.293 1.956 557
Eat Inicial 1.039.435(a) 1.039.435 1.030.435
Custo de Produção 4.614.970 4.614.970 234.577 4.380.393
Depreciação 160.467(b) 160.467 160.467
Est. Final 1.317.514(c) 1.317.514 1.317.514
Daap. Sarais de Vendas 293.287 293.287 14.662 278.625
Desp. Prov. Dev. Duv. 9.265 9.265 11.231 1.966
Desp. Adm. Geral 226.804 226 604 10995 215.809
Depreciação 7.010(d) 7.010 7.010
Daap. Financeiras 1.839.016 1.639.016 937.226 901.790
Rec. Financeira 34.683 34.683 28.748 5.935
Result de Equivalência 20.277(d) 20.277 20.277
Perdas e Ganhos c/a infl. 10.365 17.885 7.500
Provisão p/IR 139.348(e) 139.348 139.348
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CORREÇÃO MONETÁRIA INTEGRAL 135
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- Duplicatas Descontadas
- Provisão p/Dev. Duvidosos
- Fornecedores
a) Calcula-se inicialmente o:
PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS = PMRV, cuja fórmula é:
PMRV =
360x126.627
(554.000-15.807) = 82 DIAS
Obs.: As fórmulas de cálculos acima são aproximadas (vide Capítulo 10). A rigor, no
PMVR, por exemplo, as Duplicatas a Receber deveriam entrar pelo Valor
Presente e as Vendas pelo Valor Final já convertido em moeda constante e
deduzido da diferença entre o valor presente e o contábil. Todavia, como o
cálculo desses prazos visa justamente chegar ao valor presente, este não é
conhecido e não pode ser usado na fórmula.
FORNECEDORES
e) Prazo Médio de Pagamento de Compras:
360 x FORNECEDORES
PMPC =
COMPRAS
360 x 56.492
PMPC = = 92 DIAS
220.636
f) Valor Presente de Fornecedores:
CR$ 1.000 US$
56.492
VPf = 53.092 688.791
(1 + 0,00135)46
Diferença Valor Nominal / Valor Presente:
56.492 - 53.092 = 3.400 44.110
138 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
ATIVO FONTE
CIRCULANTE
Disponível 25.000 Planilha B
Aplic. Financ. 62.000 Planilha B
Duplicatas a Receber 1.554.398 Item (b) do passo 3
(-) Prov. p/Dev. Duv. (25.337) Item (c) do passo 3
(-) Dupl. Descontadas (676.699) Item (d) do passo 3
Estoques 1.317.514 Planilha B
SOMA 2.256.876
PERMANENTE
Investimentos 228.075 Planilha B
Imobilizado 2.750.935 "
(—) Deprec. Acumulada (349.287) "
Diferido 90.037 "
SOMA 2.719.760
TOTAL DO ATIVO 4.976.636
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores 688.791 Item (f) do passo 3
Sal. e Encargos a Pg. 92.047 Balanço em cruzeiros convertido
em dólares pela taxa 1:51,35
Impostos a Recolher 124.364
Outras Ctas. a Pg. 15.996 "
Prov. p/lmp. Renda a Pg. 139.349
Dividendos a Pg. 61.987 "
Emprést. Bancários 158.044 "
SOMA 1.280.578
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Emprést. Bancários 1.494.240 "
Financiamento BNDES 533.991 "
SOMA 2.028.231
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital e Reservas 1.350.830 Planilha B
Lucros Acumulados 316.997 Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido (item "c"
adiante)
SOMA 1.667.827
TOTAL DO PASSIVO 4.976.636
CORREÇÃO MONETÁRIA INTEGRAL 139
Notas: (1) 8.157.631 da planilha B menos 88.402 do item "b" do passo 3; (2) planilha
B; (3) planilha B; (4) Estoque Inicial de 1.039.435 mais Custo de Produção de
4.380.393, mais custo de depreciação de 160.467 menos Estoque Final de
1.317.514 (todos da planilha B) menos 44.110 do item T do passo 3; (5)
Despesas Vendas Gerais de 278.625 menos 1.966 de Prov. p/ Dev. Duvidosos
(todos da planilha B) menos 1.453 do item "d" do passo 3; (6) Despesas
Administrativas Gerais de 215.809 mais despesa de depreciação de 7.010
(ambos da planilha B); (7) despesa financeira de 901.790 da planilha B menos
38.492 do item "c" do passo 3; (8), (9), (10) e (11) todos tirados da planilha B.
c) Conciliação do Lucro pela Correção Integral com o Lucro pela Legislação Societária.
Lucro Líquido pela Legislação US$
Societária ($13.128.000:77,08) 170.316
Transporte a Valores Presentes
De Dupls. a Receber - 88.402
De Prov. p/ Devedores Duvidosos + 1.453
De Fornecedores + 44.110
De Dupls. Descontadas + 38.492
Arredondamentos - 13
165.956
140 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CAPITAL
SOCIAL RESERVA LUCROS ACUMUL. TOTAL
DA CORREÇ. MONET.
ORIGENS
Das operações
Lucro Líquido 165.956
Depreciação 167.477
Resultado da Eq. Patrim. (20.277)
313.156
Dos acionistas
Aumento de Capital 156.673
De terceiros
Novos Empréstimos e Financ. de Longo Prazo
TOTAL DAS ORIGENS 1.327.272
APLICAÇÕES
Dividendos 61.987
Aquisição de Imobilizado 1.051.617
Aquisição de Investimento 51.323
Acréscimo de At. Diferido 49.141
Total das Aplicações 1.214.068
Acúmulo do Capital Circulante Líquido 113.200
1 PADRONIZAÇÃO DAS D E M O N S T R A Ç Õ E S
FINANCEIRAS
2 MODELO DE PADRONIZAÇÃO
PASSIVO
CIRCULANTE
OPERACIONAL
• Fornecedores
• Outras Obrigações
SOMA
FINANCEIRO
• Empréstimos Bancários
• Duplicatas Descontadas
SOMA
Total do Passivo Circulante
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
• Empréstimos
• Financiamentos
Total do Exigível a Longo Prazo
CAPITAIS DE TERCEIROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Capital e Reservas
• Lucros Acumulados
Total do Patrimônio Liquido
TOTAL DO PASSIVO
PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E EMPRESA EXEMPLO 145
RECEITA LÍQUIDA
(-) Custo dos Produtos Vendidos
= Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
(±) Outras Rec./Desp. Operacionais
- LUCRO OPERACIONAL
(antes dos Resultados Financeiros)
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
- LUCRO OPERACIONAL
(±) Resultado não Operacional
LUCRO ANTES I.R. E CONTRIB. SOCIAL
LUCRO LÍQUIDO
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
Exercício
19x1 19x2 19x3
Receita Líquida 4.793.123 4.425.866 5.851.586
Custo dos Produtos Vendidos (3.621.530) (3.273.530) (4.218.671)
Lucro Bruto 1.171.593 1.152.336 1.632.915
Despesas Operacionais (495.993) (427.225) (498.025)
Outras Receitas Operacionais 8.394 17.581 27.777
Lucro Operac. antes Result. Financ. 683.994 742.692 1.162.667
Receitas Financeiras 10.860 7.562 5.935
Despesas Financeiras (284.308) (442.816) (863.298)
Lucro Operacional 410.546 307.438 305.304
Resultado não Operacional 1.058 -.- -.-
Lucro antes I.R. 411.604 307.438 305.304
Lucro Líquido 223.741 167.116 165.956
Reserva Legal +
Capital Social e
Lucros Total
Reservas
Acumulados
Exercício
19x1 19x2 19x3
ORIGENS
DAS OPERAÇÕES
Lucro Liquido 223.741 167.116 165.956
Depreciação 20.200 101.511 167.477
Resultado Equival. Patrimonial (5.508) (10.541) (20.277)
DOS ACIONISTAS
Aumento de Capital 49.478 255.440 156.673
DE TERCEIROS
Novos Emprést. e Financiam. 124.756 906.528 857.443
VARIAÇÃO DO CAPITAL
CIRCULANTE 347.898 243.571 113.204
LÍQUIDO
4 - Dados Adicionais
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Financeiro 122.756 Operacional
Operacional 1.378.133 • Fornecedores 570.520
1.500.889 • Outras Obrigações 269.002 839.522
Financeiro 389.742
1.229.264
Exigfvel a Longo Prazo 189.604
Permanente 739.806 Patrlm. Liquido 821.827
Quantidade de
informações
1 Quantidade de
5 12 15
índices
ESTRUTURA
Situação Financeira
LIQUIDEZ
ESTRUTURA DE CAPITAIS
Estrutura de Capital
1. CT/PL • Participação de Capitais de Terceiros Quanto a empresa tomou de capitais de Quanto menor, melhor.
x 100
Capitais de Terceiros PatrimônioLíquido terceiros para cada $ 100 de capital próprio.
(Endividamento)
2. PC/CT • Composição do Passivo Circulante Qual o percentual de obrigações a curto prazo Quanto menor, melhor.
x 100
Endividamento Capitais de Terceiros em relação às obrigações totais.
3. AP/PL • Imobilização do Ativo Permanente Quantos cruzados a empresa aplicou no Ativo Quanto menor, melhor.
x 100
Patrimônio Patrimônio Líquido Permanente para cada $ 100 de Patrimônio
Líquido Líquido.
4. AP/PL + • Imobilização dos Ativo Permanente Que percentual dos Recursos não Correntes Quanto menor, melhor.
x100
ELP Recursos Patrimônio Liquido + Exigível a Longo Prazo (Patrimônio Líquido e Exigível a Longo Prazo)
não Correntes foi destinado ao Ativo Permanente.
Liquidez
5. LG • Liquidez Geral Ativo Circulante * Realizável a Longo Prazo Quanto a empresa possui de Ativo Circulante + Quanto maior, melhor.
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo Realizável a Longo Prazo para cada $ 1 de
dívida total.
6. LC • Liquidez Corrente Ativo Circulante Quanto a empresa possui de Ativo Circulante Quanto maior, melhor.
Passivo Circulante para cada $ 1 de Passivo Circulante.
7. LS • Liquidez Seca Disponível + Títulos a Receber + Outros Quanto a empresa possui de Ativo Líquido para Quanto maior, melhor.
Ativos de Rápida Conversibilidade cada $ 1 de Passivo Circulante.
Passivo Circulante
Rentabilidade (ou
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Resultados)
8. V/AT • Giro do Ativo Vendas Líquidas Quanto a empresa vendeu para cada $ 1 de Quanto maior, melhor.
Ativo investimento total.
9. LL/V • Margem Líquida Lucro Líquido Quanto a empresa obtém de lucro para cada $ Quanto maior, melhor.
x100
Vendas Líquidas 100 vendidos.
10. LL/AT • Rentabilidade do Ativo Lucro Liquido Quanto a empresa obtém de lucro para cada $ Quanto maior, melhor.
* 100
Ativo 100 de investimento total.
11.LL/PL • Rentabilidade do Lucro Liquido Quanto a empresa obtém de lucro para cada $ Quanto maior, melhor.
x 100
Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido Médio 100 de capital próprio investido, em média, no
exercício
ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES 159
CT
2.1 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS:
PL
Capitais de Terceiros
Fórmula: x100
Patrimônio Líquido
Indica: quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada $ 100 de capital
próprio investido.
Interpretação: quanto menor, melhor.
EXEMPLO:
Consideremos os dados da Cia. BIG apresentados no Capítulo 5.
19x1 19x2
Capitais de Terceiros 1.655.317 2.576.865
Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.185
Índice de Participação de
Capitais de Terceiros 1.655.317 2.576.865
- 154% -183%
1.070.861 1.407.185
Esses dois índices mostram que, em 19x1, para cada $ 100 de capital
próprio (Patrimônio Líquido), a empresa tomou $ 154 de Capitais de Terceiros e
que, em 19x2, para cada $ 100 próprios, tomou $ 183 emprestados.
Graficamente, esses índices podem ser visualizados da seguinte forma:
31-12-19x1 31-12-19x2
154 183
Ativo Ativo
Capitais de Capitais de
Circulante Circulante
Terceiros Terceiros
Ativo Ativo
Permanente 100 Permanente 100
Patrimônio Patrimônio
Líquido Líquido
Nota: nos exemplos que seguem, calculam-se apenas os índices para 19x1 e 19x2 da Cia, BIG.
Recomenda-se ao leitor fazer paralelamente cálculo dos índices para 19x3.
160 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Por aí, pode-se ver qual a proporção entre Capitais de Terceiros e Patrimô-
nio Líquido utilizado pela empresa.
O índice de Participação de Capitais de Terceiros relaciona, portanto, as
duas grandes fontes de recursos da empresa, ou seja, Capitais Próprios e
Capitais de Terceiros. É um indicador de risco ou de dependência a terceiros,
por parte da empresa. Também pode ser chamado índice de Grau de Endivida-
mento.
Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação Capitais
de Terceiros/Patrimônio Líquido menor a liberdade de decisões financeiras da
empresa ou maior a dependência a esses Terceiros.
É desse ângulo que se interpreta o índice de Participação de Capitais de
Terceiros.
Do ponto de vista de obtenção de lucro, pode ser vantajoso para a empresa
trabalhar com capitais de terceiros, se a remuneração paga a esses capitais de
terceiros for menor do que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios.
Portanto, sempre que se aborda o índice de Participação de Capitais de
Terceiros, está-se fazendo análise exclusivamente do ponto de vista financeiro,
ou seja, do risco de insolvência e não em relação ao lucro ou prejuízo.
No caso da Cia. BIG, o índice de Participação de Capitais de Terceiros indica
que o endividamento da empresa piorou de 19x1 para 19x2.
Para uma apreciação sobre o nível de endividamento da Cia. BIG é preciso
comparar os seus índices com padrões, o que será feito nos capítulos seguintes.
A comparação com padrões permite saber se o nível de endividamento da
empresa está dentro ou fora de certos padrões de normalidade obtidos através
da tabulação estatística de balanços de outras empresas do mesmo ramo. Se,
porém, a empresa estiver fora dos padrões, o que acontecerá? Irá falir? Quais
as conseqüências de um excesso de endividamento? Qual o limite tolerável?
Essas questões não têm uma única resposta e nem mesmo uma resposta
decisiva.
Cada empresa é uma espécie animal única. Um gato da raça angorá, no
entanto, se não chega a ser uma cópia de um gato vira-lata, é em quase tudo a
ele semelhante. O remédio que serve para um quase sempre serve para outro.
É assim nas demais espécies animais, inclusive no homem. Já uma empresa
não tem similar; cada uma tem sua forma de organização de produção, de
vendas, de pessoal e financeira própria em função do que dependerá sua
capacidade de adaptação, sua sobrevivência, seu crescimento ou sua própria
expansão.
O que se pode fazer na Análise de Balanços é definir certos parâmetros
genéricos a respeito do endividamento.
ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES 161
PC
2.2 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO:
CT
Passivo Circulante
Fórmula: x100
Capitais de Terceiros
19x1 19x2
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077
Capitais de Terceiros 1.655.317 2.576.865
Índice de Composição
1.340.957 1.406.077
do Endividamento = 81% = 54%
1.655.317 2.576.865
81 54
Curto Curto
Prazo Prazo
Ativo
19 Ativo 46
Circulante
Longo Prazo Circulante
Longo Prazo
AP
2.3 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMONIO LIQUIDO:
PL
Ativo Permanente
Fórmula: x100
Patrimônio Líquido
Indica: quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $ 100 de Patrimônio
Liquido.
Interpretação: quanto menor, melhor.
ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES 163
19X1
Ativo Passivo
Circulante
Circulante
Exigível a
Longo Prazo
Capital
Circulante
Próprio 100
Ativo Patrimônio
71 Líquido
Permanente
CCP=PL-AP
19x2
Passivo
Circulante
Ativo
Circulante
Exigível
a Longo
Prazo
Financimanto de Ativo Permanente
por Capitais de Terceiros
Insuficiência de Patrimônio
Liquido ou CCP negativo.
121 100
Ativo Patrimônio
Permanente Liquido
Ativo Permanente
Fórmula: x100
Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo
Indica: que percentual de Recursos não Correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente.
Interpretação: quanto menor, melhor.
Passivo
Circulante
Ativo
Circulante
A empresa destinou 55% dos Recursos não Correntes para o Ativo Perma-
nente. Logo, 45% dos Recursos não Correntes foram para o Ativo Circulante,
parcela esta que se denomina Capital Circulante Líquido (CCL).
O CCL representa a folga financeira a curto prazo, ou seja, financiamentos
de que a empresa dispõe para o seu giro e que não serão cobrados a curto prazo.
Como se vê no gráfico, o CCL é formado por duas parcelas: o Capital
Circulante Próprio e o Exigível a Longo Prazo. Adiante demonstra-se isso
matematicamente:
CCL - PL + ELP-AP
CCP
onde:
CCL = Capital Circulante Liquido
CCP - Capital Circulante Próprio
PL - Patrimônio Líquido
AP - Ativo Permanente
ELP = Exigível a Longo Prazo
Passivo
Ativo Circulante
Circulante
Capital
Exigível a
Circulante
Longo Prazo
Líquido
Insuficiência de Capital Circulante
Patrimônio Liquido Próprio Negativo
66
Recursos não Correntes
Ativo Patrimônio 100
Permanente Liquido
168 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
CIA. BIG.
19x1 19x2
Capital Circulante Líquido 619.523 863.094
a) A sua existência. A empresa deve imobilizar apenas parte dos Recursos não
Correntes, destinando a outra parte - chamada CCL - ao Ativo Circulante.
b) A sua composição. O CCL pode ser formado de Capital Próprio e de Exigível
a Longo Prazo. A curto prazo essa composição não afeta a capacidade de
pagamento. A longo prazo surgem as diferenças, visto que o capital próprio
não precisa ser pago, mas o exigível sim. Portanto, quanto maior a proporção
de Capital Circulante Próprio melhor.
A diferença entre ter e não ter Capital Circulante Próprio é: quem tem bom
Capital Circulante Próprio goza da tranqüilidade de boa saúde financeira a curto
e longo prazo (a menos que a empresa sofra sérios prejuízos); quem não tem
bom Capital Circulante Próprio precisa, a curto prazo, consertar a situação com
financiamentos e, a longo prazo, não pode ter certeza da manutenção da sua
saúde financeira.
A Cia. BIG foi aprovada no teste de ¡mobilização de Recursos não Correntes,
pois imobilizou apenas 66% desses recursos.
Quanto à indagação natural de se é suficiente ou não o CCL existente,
vamos responder através dos próximos índices a serem apresentados.
LIQUIDEZ
Indica: quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo para cada
$ 1,00 de dívida total.
Interpretação: quanto maior, melhor.
19x1 19x2
Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077
Exigível a Longo Prazo 314.360 1.170.788
1.960.480 2.269.171
Liquidez Geral = 1,18 = 0,88
1.655.317 2.576.865
O índice de Liquidez Geral de 19x1, igual a 1,18, indica que para cada $ 1
de dívida a empresa tem $ 1,18 de investimentos realizáveis a curto prazo, ou
seja, consegue pagar todas as suas dívidas e ainda dispõe de uma folga,
excedente ou margem, de 18% (ou de $ 0,18 para cada $ 1 de dívida). Esses
18% ocorrem graças ao Capital Circulante Próprio, como se pode ver no gráfico
seguinte.
ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES 171
CIA. BIG
19x1
1,18 1,00
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Exigível a
Longo Prazo
Patrimônio
Líquido
CT - PC + ELP (II)
AC - PC + ELP + CCP(I)
AC
LG - (III).
PC + ELP
CCP
LG = 1+
CT
CIA. BIG
19x2
0,88 1,00
Exigivel Total
Passivo ou
Circulante Capitais de
Ativo Terceiros
Circulante
Exigível a
Longo Prazo
Ativo
Permanente Patrimônio
Liquido
O índice de 1,18 de 19x1 significa que a empresa poderia pagar suas dívidas
totais, mesmo aquelas de longo prazo, com os recursos que possui hoje, no Ativo
Circulante, e ainda haveria uma sobra de 18%. Esta sobra representa uma
espécie de "reserva" ou margem de segurança. Conclui-se, nesse caso, que a
situação financeira tende a ser satisfatória, pois existem condições para isso.
Quando se compara o índice da empresa com padrões do ramo pode-se vir a
atribuir um conceito qualitativo (ótimo, bom, regular etc.), mas, em princípio, a
empresa está satisfatoriamente estruturada do ponto de vista financeiro. Já o
índice de 0,88 obtido em 19x2 revela que a empresa não conseguiria pagar,
naquela data, a totalidade de suas dívidas. A primeira conclusão é de que já não
tem a mesma boa situação do ano anterior, pois, agora, em vez de margem de
segurança, existe insuficiência de $ 0,12 para cada $ 1 de dívida. Entretanto,
lembre-se que as dívidas de longo prazo não vencem já e que até o seu
vencimento a empresa poderá gerar recursos. Está aí a diferença entre os dois
índices: em 19x1 a empresa não dependia da geração futura de recursos para
liquidar suas dívidas; em 19x2 criou-se essa dependência.
É isto que significa o índice 0,88: a empresa deverá gerar recursos para
pagar suas dívidas, pois os atuais recursos circulantes são insuficientes. Para
saber se o índice 0,88 é ou não aceitável faça-se a comparação dele com
padrões, como se verá no próximo capítulo. Para conhecer a capacidade da
empresa em gerar recursos faça-se uma análise sofisticada, a partir da Demons-
tração das Origens e Aplicações de Recursos, como é exposta no Capítulo 13.
Ativo Circulante
Fórmula:
Passivo Circulante
CIA. BIG
19-X1 19x2
1,61 1,00
1,46 1,00
Passivo Passivo
Circulante Ativo Circulante
Circulante
Ativo C
Circulante Exigível a C
Exigível a C Longo Prazo L
Longo Prazo C
C
L
c
p Ativo Patrimônio
Ativo Patrimônio Permanente Líquido
Permanente Líquido
19x1
Patrimônio Passivo
Líquido Circulante
Capital
1.070.861 Circulante 1.340.957 Ativo
Próprio Circulante
menos mais
Ativo 305.163 Capital Circulante 1.960.480
Permanente Liquido
mais
765.698 Exigivel a 619.523
Longo Prazo
314.360
19x2
Patrimônio Passivo
Líquido Circulante
Capital
1.407.185 Circulante 1.406.077 Ativo
Próprio Circulante
menos mais
Ativo (307.694) Capital Circulante 2.269.171
Permanente Líquido
mais
1.714.879 Exigivel a 863.094
Longo Prazo
1.170.788
CCL = AC - PC
Dados:
LC =
CCL = AC - PC
tem-se que:
AC == PC + CCL
= PC + CCL
LC
PC
LC =
CCL
LC - 1+
PC
19x1 19x2
= 0,46 = 0,61
19x1 19x2
% %
Passivo Circulante 1.340.957 68 1.406.077 62
Capital Circulante Líquido 619.523 32 863.094 38
Ativo Circulante 1.960.480 100 2.264.171 100
Indica: quanto a empresa possui de Ativo Líquido para cada US$ 1,00 de Passivo Circulante
(dívidas a curto prazo).
19x1 19x2
Disponível + Aplic. Financeiras 163.634 107.224
1.045.640 1.122.512
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077
163.634+1.045.640 107.224 + 1.122.512
Liquidez Seca = 0,90 = 0,87
1.340.957 1.406.077
19x1 19x2
Disponível
Disponível +Apl. Financeira
Passivo Passivo
+ Apl. Financeira + Clientes
+ Clientes Circulante Circulante
Ativo
Circulante
Ativo
Circulante
Em 19x1, a Cia. BIG conseguia pagar 90% de suas dívidas somente com o
Disponível e as Duplicatas a Receber. Independentemente de padrões, pode-se
afirmar que tinha boa performance. Assim, a avaliação da situação financeira que
lhe fosse atribuída através do índice de Liquidez Corrente poderia ser melhorada.
Em 19x2, registra-se quase o mesmo bom desempenho: o índice de
Liquidez Seca está dentro da normalidade, não melhorando nem piorando o
conceito de situação financeira dado pelo índice de Liquidez Corrente.
RENTABILIDADE
V
2.8 GIRO DO ATIVO:
AT
Vendas Líquidas
Fórmula:
Ativo
19x1 19x2
19x1 19x2
Vendas
Vendas
Ativo
Ativo 1,76
1,11
1,00
1,00
Isto significa que a empresa passou a vender muito menos para cada $ 1
investido em 19x2, comparativamente a 19x1, embora em valor absoluto as suas
vendas tenham crescido.
O desempenho comercial da empresa não manteve em 19x2 o mesmo nível
alcançado no ano anterior, o que pode ter diferentes causas:
LL
2.9 MARGEM LÍQUIDA:
V
Lucro Liquido
Fórmula: x100
Vendas Líquidas
19x1 19x2
3,5
Vendas
Vendas
Lucro Lucro
Líquido Liquido
LL
2.10 RENTABILIDADE DO ATIVO:
AT
Lucro Líquido
Fórmula: X100
Ativo
Indica: quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100 de investimento total.
Interpretação: quanto maior, melhor.
ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES 185
Graficamente tem-se:
19x1 19x2
Vendas Vendas
Ativo
Ativo
19x1 19x2
= 1,76 1,11
= 4,66% 3,77%
= 8,20% 4,19%
onde:
= 19X1=1,76x4,66% 8,20%
Indica: quanto a empresa obteve de lucro para cada $ 100 de Capital Próprio investido.
Interpretação: quanto maior, melhor.
à outra cujo lucro líquido foi de $ 200.000.000, pois pode ser que a
primeira tenha patrimônio líquido, por exemplo, de $ 50.000.000 e a
segunda de $ 3.200.000.000. Ou seja:
10.000.000
- 20%
50.000.000
200.000.000
= 6.25%
3.200.000.000
19x1 19x2
Lucro Líquido 223.741 167.116
Patrimônio Líquido Inicial 821.827 1.070.861
Patrimônio Líquido Final 1.070.861 1.407.185
Patrimônio Líquido Médio 946.344 1.239.023
Rentabilidade do
223.741 167.116
Patrimônio Líquido = 23,64% -13,48%
946.344 1.234.023
CIA. BIG
19x1 19x2
Demonstração
Demonstração
do resultado
do resultado
Balanço
Balanço
Lucro Líquido
Patrimônio Liquido Inicial
r
tendências que estão sendo registradas. E fundamental em qualquer avaliação
que os índices que sejam analisados conjuntamente.
Além disso, nunca deve ser esquecida a importância atribuída a cada índice
pelos analistas de grande experiência em análise de empresas. Aliás, as técnicas
matemáticas e estatísticas ainda não superaram, em termos de emprego de
massa, a opinião dos analistas quanto à importância dos índices.
A Cia. BIG aumentou seu endividamento de 154%, em 19x1, para 183%, em 19x2, e passou a
depender muito mais de terceiros. Entretanto, em 19x2, alterou o perfil de sua dívida, pois o percentual
de dívidas de curto prazo, que era de 81% no ano precedente, passou para 54%, dando-lhe mais
prazo para pagamento das mesmas. 0 grau de ¡mobilização do Patrimônio Liquido que era de 71%,
em 19x1, subiu para 121%, absorvendo, em 19x2, todo o Patrimônio Líquido e ainda uma parcela
de capitais de terceiros equivalente a 21% deste último. Com isso, a empresa ficou sem Capital
Circulante Próprio em 19x2. Entretanto, a imobilização de recursos não correntes permaneceu dentro
de níveis equivalentes e permitiu à empresa até mesmo aumentar o Capital Circulante Líquido. Em
virtude de não ter Capital Circulante Próprio em 19x2, a Liquidez Geral caiu para 0,88, quandohavia
sido de 1,18 em 19x1. Isto significa que a relativa tranqüilidade existente em 19x1 deixou de existir
em 19x2, pois a longo prazo a empresa dependerá de geração de recursos para manter boa liquidez.
Contudo, em decorrência do aumento do Capital Circulante Líquido, a empresa conseguiu melhorar
ligeiramente a Liquidez Corrente (donde se conclui que o nível de Capital Circulante Líquido mantido
é satisfatório); isso indica que a curto prazo não haverá problemas de liquidez. Quanto à Liquidez
Seca, houve queda insignificante de 0,90, em 19x1, para 0,87, em 19x2.
A esta altura, só resta um caminho: pedir socorro à Estatística, que diz ser
possível extrair algumas medidas de determinado universo1 de elementos.
Pode-se, então, extrair a média dos 200 índices e passar a trabalhar com a média.
Mas será que a média é suficiente?
Média: é usada, normalmente, para indicar algo que é característico do universo. Por
exemplo: média de gols por partida assinalados num campeonato (indica a eficiência
média dos ataques das equipes).
Moda: objetiva mostrar aquilo que é mais comum em determinado universo; por
exemplo, no seguinte conjunto de dados referentes às notas de estudantes em
determinada prova: 2, 2, 3, 4, 5, 5, 6, 6, 6, 6, 6, 7, 7, 8, 9, 9, 10, a moda será "6",
visto ser o valor verificado com mais freqüência.
Mediana: é o valor tal que, colocados os elementos do universo em ordem crescente,
metade fica abaixo de si e metade acima. O papel da mediana é possibilitar a
comparação de um elemento do universo com os demais, a fim de se conhecer a
sua posição relativa, na ordem de grandeza do universo. Por exemplo, se entre os
operários de determinada fábrica a mediana de salários for de $ 3.800,00, aquele
que recebe remuneração acima disso estará entre a metade de operários mais bem
remunerados.
Quantidade de elementos
Variável
10% dos 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10%
Elementos
0,0 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00 2,20 2,40 2,60 2,80 3,00 3,20 3,40
FIGURA 7.4. Gráfico da distribuição relativa da liquidez corrente de empresas do ramo de plásticos.
ÍNDICES-PADRÃO
Lucro Liquido/
30% Patrimônio Liquido Médio
25%
20%
15%
10%
5%
0%
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
FIGURA 7.5. Gráfico da distribuição relativa do lucro líquido/patrimônio líquido médio de empresas do ramo de plásticos.
197
198 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
d) Demais decis:
Adotando procedimento análogo para os demais decis, encontram-se os seguintes
valores:
2º decil = 1,06 (média entre 1,05 e 1,07)
3º decil = 1,12 (média entre 1,11 e 1,13)
4º decil = 1,19 (média entre 1,18 e 1,20)
5º decil = 1,23 (média entre 1,22 e 1,24)
6º decil = 1,32 (média entre 1,30 e 1,34)
7º decil = 1,45 (média entre 1,43 e 1,47)
8º decil = 1,57 (média entre 1,54 e 1,60)
9º decil = 1,73 (média entre 1,70 e 1,76)
e) A Figura 7.6 mostra as posições das medidas estatísticas em relação aos elementos
desse conjunto:
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Decis
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
Índices- (mediana)
-Padrão
É preciso, pois, comparar cada ramo com o setor, ou seja, com a indústria
como um todo ou com o comércio como um todo.
1º 2º 3º 4º 6º 7º 8º 9º
DECIL DECIL DECIL DECIL MEDIANA DECIL DECIL DECIL DECIL
ESTRUTURA
01-CT/PL 47% 78% 106% 132% 151% 182% 218% 294% 378%
02-PC/CT 48% 62% 70% 77% 83% 97% 99% 99% 100%
03-AP/PL 40% 57% 67% 80% 91% 106% 122% 145% 192%
04-AP/PL + ELP 33% 45% 55% 62% 69% 76% 87% 99% 122%
LIQUIDEZ
05-LG 0,62 0,79 0,86 0,94 1,02 1,11 1,21 1,42 1,56
06-LC 0,83 0,98 1.10 1.21 1,34 1,45 1,63 1,82 2,27
07-LS 0,41 0,58 0,72 0,81 0,93 1,04 1,15 1,29 1,54
RESULTADOS
11-V/AT 1,05 1,22 1,33 1,49 1,63 1,82 2,02 2,21 2,75
12-LL/V 3,0% 0,5% 1,7% 2,9% 4,1% 5,7% 6,9% 9,4% 12,7%
13-LL/AT 3,7% 1,2% 3,4% 5,3% 7,2% 9,5% 12,0% 14,9% 22,1%
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
14-LL/PL -10,4% 4,0% 12,0% 18,0% 23,5% 30,0% 37,1% 47,0% 58,7%
PRAZOS MÉDIOS
08-PMRV(DIAS) 37 50 60 67 75 83 91 105 125
09-PMRE(DIAS) 13 19 26 35 41 50 60 82 103
10-PMPC{DIAS) 33 43 52 62 71 82 95 109 133
ÍNDICES-PADRÃO 203
TABELA 7.2. Comparação entre setor industrial geral e o ramo de plásticos de São
Paulo.
2.1 EXEMPLO
Veja-se, através de exemplo, como pode ser feita essa avaliação. Suponha-
se que uma empresa apresente os dados abaixo:
Nem todos os índices, porém, podem ser avaliados de acordo com o Quadro
7.1. Para o índice de Liquidez Corrente, quanto maior o índice, melhor a situação
financeira da empresa. Entretanto, para outros índices, como o de Participação
de Capitais de Terceiros, quanto maior o índice, pior será a situação da empresa.
Assim, é preciso, em primeiro lugar, observar qual o tipo de movimento do índice,
antes de se atribuir conceito. Para os índices quanto maior, pior/quanto menor,
melhor, a escala deverá ser exatamente inversa à apresentada abaixo.
Categorias
PÉS- DEFI- RAZO-
de FRACO SATISFATÓRIO BOM ÓTIMO
SIMO CIENTE ÁVEL
Avaliação
Índices- 1º 2º 3a 4º Mediant 6s 7s 8º 9a
padrão: Decil Decil Decil Decil Decü Decü Decil Decü
Posição do índice da
empresa do exemplo em
relação ao ramo de atividade
Padrões do
Ramo 1º 2º 3º 4º 6º 7º 8º 9º
Índices Decil Decil Decil Decil Mediana Decil Decil Decil Decil
do Tipo
• Participação de Capitais de
Terceiros NOTA 10 9 B 7 6 5 4 3 2 1 0
• Composição das Exigibilidades
• Imobilização do Patrimônio CONCEITO ÓTIMO BOM SATISFATÓRIO FRACO
Líquido
• ¡mobilização dos Recursos não RAZOÁVEL
Correntes
ÍNDICES-PADRÃO 207
Mediana do Empresa
Empresa Mediana Mediana Empresa
Ramo
52% 39% 7%
65 71 66 111 62 169
66% 68%
26%
8,9 17 7 8,8 6 8,4
3 DESMISTIFICAÇÃO DE PADRÕES
Visando solucionar esse problema, este autor criou um método que permite,
objetivamente, chegar a uma única conclusão sobre os balanços de uma
empresa, independentemente do analista. Esse método traz ainda algumas
outras vantagens.
1º PASSO
2º PASSO
TABELAS DE ÍNDICES-PADRÃO
1º 2º 3º MEDI- 7º 8º 9º
DECIL DECIL DECIL DECIL ANA DECIL DECIL DECIL DECIL
ESTRUTURA
01 - CT/PL 47% 66% 85% 114% 146%* 171% 218% 262% 430%
02-PC/CT 52% 64% 73% 80%* 86% 93% 100% 100% 100%
03-AP/PL 22% 33% 42% 51% 57% 67%* 81% 98% 130%
04-AP/PL + ELP 20% 27% 34% 41% 47% 53%* 61% 68% 83%
LIQUIDEZ
05-LG 0,84 0,97 1,06 1,13 1,23* 1,37 1,55 1,74 2,22
06-LC 1,04 1,19 1,30 1,43* 1,54 1,70 1,93 2,22 2,76
07-LS 0,50 0,66 0,76 0,87* 0,98 1,08 1,22 1,38 1,37
RENTABILIDADE
08-V/AT 0,71 0,92 1,14 1,21 1,30 1,42 1,59 1,71* 2,12
09-LL/V 2,8-% 0,2% 1,3% 2,3% 3,4% 4,5%* 6,7% 8,4% 12,2%
10-LL/AT 5,0-% 0,3% 1,5% 3,2% 5,01 % 6,87% 8,31%* 11,06% 15,97%
11 - LL/PL 8,5% 2,0% 5,13% 9,2% 13,41% 16,63% 23,35%* 32,07% 48,80%
3a PASSO
A seguir, apresenta-se a posição relativa dos índices da Cia. BIG, para 19x1:
214 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
4º PASSO
CIA. BIG-19x1
ÍNDICE NOTA CONCEITO
CT/PL 5 SATISFATÓRIO
PC/CT 6 SATISFATÓRIO
AP/PL 4 RAZOÁVEL
AP/PL + ELP 4 RAZOÁVEL
LG 5 SATISFATÓRIO
LC 4 SATISFATÓRIO
LS 4 SATISFATÓRIO
V/AT 8 ÓTIMO
LL/V 6 BOM
LL/AT 7 BOM
LL/PL 7 ÓTIMO
QUADRO 8.1. Conceitos atribuídos aos índices segundo sua posição relativa.
Piso 1º Decil 2º Decil 3° Decil 4º Deal Mediana 6º Decil 7º Decil 8º Decil 9º Decil Teto
Nota 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Piso 1º Dedl 2º Decil 3º Decil 4º Decil Mediana 6º Decil 7º Decil 8º Decil 9º Decil Teto
Nota 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
V/AT
LL/V
LL/AT
LL/PL
215
216 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
5º PASSO
AVALIAÇÕES GERAIS
AP
NGE = 0,24 + 0,04 + 0,08 + 0,04 + 0,06 LG +
PL + ELP
NE = 0,6
NL =
NR =
NGE = 0,4 NE+ 0,2 NL + 0,4 NR
Observação: Nas fórmulas acima devem ser usadas as notas de cada índice, ou grupo,
e não o valor do índice diretamente.1
NGE = 5,38
Nota 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FIGURA 8.1
Estrutura: Satisfatória
Liquidez: Satisfatória
Rentabilidade: Bom
Global: Satisfatório
Planilha I
Modelo de Avaliação de Índices Financeiros
EXERCÍCIO
ÍNDICE PESO VALOR NOTA PESO X NOTA VALOR NOTA PESO X NOTA VALOR NOTA PESO X NOTA
CT/PL
PC/CT
AP/PL
AP/PL + EPL
Nota da
estrutura de
capitais
LG
LC
LS
Nota da
liquidez
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
V/AT
LL/V
LL/AT
LL/PLM
Nota da
rentabilidade
MODELO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS 219
ESTRUTURA DE
CAPITAIS
LIQUIDEZ
RENTABILIDADE
NOTA GLOBAL
a) PESOS
Dos índices
Das Categorias
b) INDICES
Apresentam-se a seguir os índices calculados com base nas demonstrações
financeiras de 19x1,19x2 e 19x3 da Cia. BIG.
220 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
c) NOTAS
Comparando os índices da Cia. BIG com os padrões das Tabelas 8.2,8.3
e 8.4, no final do capítulo, os padrões para 19x1, 19x2 e 19x3, obtêm-se as
seguintes notas:
NOTAS
ÍNDICES
19x1 19x2 19x3
CT/PL 5 4 2
PC/CT 6 10 10
AP/PL 4 1 0
AP/PL + ELP 4 3 3
LG 5 1 0
LC 4 7 6
LS 4 5 5
V/AT 8 4 3
LL/V 6 5 5
LL/AT 7 5 4
LL/PL 7 5 4
Nota da
AP/PL
estrutura de 4,8 3,9 2,5
capitais
AP/PL + EPL
LG 0,3 1,18 5 1,5 0,88 1 0,3 0,74 0 0,0
0,5 1,46 4 2,0 1,61 7 3,5 1,50 6 3,0
LC 0,2 0,90 4 0,8 0,87 5 1,0 0,83 5 1,0
Nota da
7,1 4,8 3,9
rentabilidade
221
222 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Planilha II
Avaliação das Categorias de Índices Financeiros
EXERCÍCIO
19x1 19x2 19x3
ITEM
CATEGORIAS
Peso Nota Peso x Nota Nota Peso x Nota Nota Peso x Nota
DE ÍNDICES
ESTRUTURA DE
CAPITAIS 0,4 4,8 1,92 3,9 1,56 2,5 1,0
Estrutura de
Categoria Liquidez Rentabilidade Global
Capital
19... X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3
Ótimo
Bom
Satisfatório
Razoável
Fraco
Deficiente
Péssimo
Satisfatório
Deficiente
Deficiente
Deficiente
Razoável
Razoável
Razoável
Péssimo
Péssimo
Péssimo
Ótimo
Ótimo
Ótimo
Fraco
Fraco
Fraco
Bom
Bom
Bom
Item
Estrutura
Jquidez
Rentabil.
Global
224 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
3.4 EVOLUÇÃO
Declinante
MODELO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS 225
3.6 COMENTÁRIOS
A Cia. BIG apresenta elevados níveis de endividamento e imobilização, em 19x3, que pioraram
significativamente em relação à posição dos exercícios anteriores. A sua Liquidez é razoável em
19x3, mas também declinou relativamente aos anos anteriores. Destaca-se negativamente o índice
de Líquidez. Geral em 19x3. Os resultados da empresa foram razoáveis em 19x3; entretanto, haviam
atingido o nível bom em 19x1. De maneira geral, a empresa caiu do nível satisfatório para o nível
razoável de 19x1 para 19x3.
Exercício
19x1 19x2 19x3
Item
Índice Peso Valor Nota Peso x Nota Valor Nota Peso x Nota Valor Nota Peso x Nota
CT/PL 0,3 154% 5 1,5 183% 4 1,2 242% 2 0,6
AP/PL 0,1 81% 4 0,4 121% 1 0,1 157% 0 0,0
LC 0,2 1,46 4 0,8 1,61 7 1,4 1,56 6 1,2
LL/PL 0,4 23,64% 7 2,8 13,48% 5 2,0 10,74% 4 1,6
Nota Global Nota 5,5 4,7 3,4
da Empresa Conceito Satisfatório Razoável
Bom
Bom
Bom
Fraco
Ótimo
Fraco
Fraco
Ótimo
Ótimo
Péssimo
Péssimo
Razoável
Péssimo
Razoável
Deficiente
Razoável
Deficiente
Deficiente
Satisfatório
Satisfatório
Satisfatório
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Imobilização do PL
Liquidez Corrente
Rentabilidade do PL
Global
TABELA 8.2. Índices-padrão de 339 empresas do ramo de produtos elétricos e eletrônicos. Ano de 19x1.
2º 3º 6º 9º
1º 4º MEDI- 7º 8º
DECIL DECIL DECIL DECIL ANA DECIL DECIL DECIL DECIL
ESTRUTURA
01 - CT/PL 47% 66% 85% 114% 146% 171% 218% 262% 430%
02-PC/CT 52% 64% 73% 80% 86% 93% 100% 100% 100%
03-AP/PL 22% 33% 42% 51% 67% 67% 81% 98% 130%
04-AP/PL+ELP 20% 27% 34% 41% 47% 53% 61% 68% 83%
LIQUIDEZ
05 - L G 0,84 0,97 1,06 1,13 1,23 1,37 1,55 1,74 2,22
06-LC 1,04 1,19 1,30 1,43 1,54 1,70 1,93 2,22 2,76
08-V/AT 0,71 0,92 1,14 1,21 1,30 1,42 1,59 1,71 2,12
09-LL/V -2,8% 0,02% 1,3% 2,3% 3,4% 4,5% 6,7% 8,4% 12,2%
10-LL/AT -5,0% 0,3% 1,5% 3,2% 5,01 % 6,87% 8,31 % 11,06% 15,97%
11-LL/PL -8,5% 2,0% 5,13% 9,2% 13,41% 16,63% 23,35% 32,07% 48,80%
227
228
TABELA 8.3. Índices-padrão de 556 empresas do ramo de produtos elétricos e eletrônicos. Ano de 19x2.
2º
1º 3º 4º MEDI- 6º 7º 8º 9º
DECIL DECIL DECIL DECIL ANA DECIL DECIL DECIL DECIL
ESTRUTURA
01 - CT/PL 43% 66% 85% 109% 136% 166% 218% 276% 420%
02-PC/CT 71% 82% 92% 96% 100% 100% 100% 100% 100%
03-AP/PL 25% 34% 43% 55% 62% 73% 86% 101% 135%
04-AP/PL+ELP 21% 28% 37% 43% 54% 61% 70% 83% 114%
LIQUIDEZ
05-LG 0,84 0,98 1,06 1,14 1,24 1,34 1,47 1,76 2,24
06-LC 0,95 1,06 1,16 1,25 1,34 1,45 1,62 1,87 2,35
07-LS 0,47 0,60 0,70 0,79 0,88 0,96 1,05 1,22 1,60
RENTABILIDADE
08-V/AT 0,64 0,86 0,92 1,06 1,26 1,35 1,48 1,69 2,10
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
09-LL/V -5,3% 0,0% 1,1% 2,1% 3,2% 4,5 6,6% 9,5% 14,5%
10-LL/AT -5,6% 0,0% 1,3% 2,7% 4,2% 6,1% 8,5% 11,4% 17,7%
11-LL/PL -17,0% 1,0% 5,0% 9,0% 13,0% 17,8% 24,6% 35,0% 56,2%
TABELA 8.4. Índices-padrão de 305 empresas do ramo de produtos elétricos e eletrônicos. Ano de 19x3.
1º 2º 3º 4º MEDI- 6º 7º 8º 9º
DECIL DECIL DECIL DECIL ANA DECIL DECIL DECIL DECIL
ESTRUTURA
01 - CT/PL 45% 64% 87% 115% 139% 171% 211% 265% 393%
02-PC/CT 65% 77% 85% 92% 96% 99% 100% 100% 100%
03-AP/PL 26% 35% 44% 55% 63% 72% 84% 105% 132%
04-AP/PL + ELP 21% 31% 39% 47% 55% 62% 69% 79% 99%
LIQUIDEZ
05-LG 0,36 0,96 1,07 1,17 1,24 1,32 1,49 1,69 2,14
06-LC 0,97 1,14 1,23 1,30 1,37 1,53 1,71 1,89 2,39
08-V/AT 0,75 0,95 1,00 1,10 1,23 1,34 1,51 1,68 2,00
09-LL/V -3,2% 0,0% 1,3% 2,2% 3,3% 4,8% 6,8% 10,4% 16,2%
10-LL/AT -4,6% 0,0% 1,8% 3,0% 4,5% 6,0% 8,9% 12,4% 18,2%
11-LL/PL -15,4% 1,0% 5,0% 10,0% 16,0% 21,0% 28,0% 35,0% 51,0%
229
230 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
1 O PORQUÊ D O S P E S O S
Péssimo/
Índices Total Franco Razoável Satisfatório Bom/Ótimo
Deficiente
Liquidez Empresas 50 35 6 5 3 1 _
Geral
Percen-
tagem 100% 70% 12% 10% 6% 2%
Liquidez Empresas 50 45 3 2 _ _ _
Corrente
Porcen-
tagem 100% 90% 6% 4%
A Tabela A.1. mostra que nas análises das empresas insolventes houve
90% de acerto no índice de Liquidez Corrente - pois 90% das empresas
insolventes analisadas receberam o conceito Péssimo/Deficiente -, enquanto o
acerto no índice de Liquidez Geral foi de 70%.
Neste exemplo, o índice de Liquidez Corrente é mais confiável que o índice
de Liquidez Geral; portanto, deve receber peso maior.
Variáveis independentes
Variáveis independentes W = ax + by + cz
Parâmetros
MODELO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS 233
1º PASSO
2º PASSO
MEDIANA
VARIÁVEL 2º DECIL 8º DECIL
(5º DECIL)
CT/PL 155% 316% 569%
AP/PL 32% 75% 127%
LG 0,87 1,03 1,17
LC 1,02 1,16 1,61
LS 0,28 0,69 0,93
LL/PL -10,0% 7,0% 25,0%
MEDIANA
VARIÁVEL 2º DECIL 8º DECIL
(5º DECIL)
CT/PL 63% 136% 269%
AP/PL 44% 77% 120%
LG 0,87 1,14 1,59
LC 1,01 1,29 1,83
LS 0,53 0,82 1,21
LL/PL 2,0% 14,0% 35,0%
Quantidade Área de
de indefinição
Empresas
SOLVENTES INSOLVENTES
TESTES ESTATÍSTICOS
2.1 TESTE DE STUDENT
Quantidade de índices
Quantidade de indices
CONCEITO NOTA de Empresas
de Empresas Solventes
Insolventes
CT/PL LC CT/PL LC
ÓTIMO 8 - 1 0
12 11 0 2
BOM 6 - 7,99 8 9 0 4
SATISFATÓRIO 4 - 5,99
9 12 1 7
ACEITÁVEL
RAZOÁVEL FRACO 2 - 3,99 9 8 13 16
DEFICIENTE PÉSSIMO 0 - 1,99 12 10 36 21
SOMA 50 50 50 50
f) Pode-se aplicar para cada tipo de índice a técnica estatística denominada teste do
x2 (lê-se qui quadrado), através da qual se mede a correlação existente entre as
Notas (ou Conceitos) e a Solvência e Insolvência. O índice que obtiver o maior
coeficiente de correlação terá maior poder preditivo e deverá receber maior peso nas
planilhas e fórmulas, que são apresentadas no Capítulo 6. (Sem qualquer teste,
pode-se perceber, olhando apenas as Tabelas 7.8 e 7.9 que há maior correlação
entre nota baixa e insolvência no índice Participação de Capitais de Terceiros do que
no índice de Liquidez Corrente.)
6º 9º
1º 2º 3º 4º MEDI- 7º 8º
DECIL DECIL DECIL DECIL ANA DECIL DECIL DECIL DECIL
ESTRUTURA
01-CT/PL 42% 63% 87% 108% 136% 168% 207% 269% 394%
02-PC/CT 61% 74% 83% 90% 95% 100% 100% 100% 100%
03-AP/PL 29% 44% 56% 67% 77% 88% 101% 120% 154%
04-AP/PL+ELP 26% 38% 48% 58% 66% 75% 84% 95% 114%
LIQUIDEZ
05-LG 0,71 0,87 0,98 1,05 1,14 1,23 1,36 1,59 2,02
06 - L C 0,85 1,01 1,10 1,19 1,29 1,41 1,57 1,83 2,34
07-LS 0,37 0,53 0,64 0,73 0,82 0,91 1,09 1,21 1,68
RESULTADOS
MODELO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
08 -V/AT 0,70 0,87 1,01 1,13 1,26 1,40 1,58 1,81 2,28
09-LL/V -2,5% 0,2% 1,1% 2,0% 3,1% 4,3% 6,0% 8,6% 13,0%
10-LL/AT -3,1% 0,3% 1,4% 2,7% 4,1% 5,8% 7,8% 10,8% 16,2%
11-LL/PLM -8,0% 2,0% 6,0% 10,0% 14,0% 19,0% 25,0% 35,0% 52,0%
243
244 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
1 ANALISE DISCRIMINANTE
4. Desde que representados por variáveis qualitativas, os grupos podem ser mais do que dois.
246 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
KANITZ:
Fl = 0,05x1 +1,65x2 + 3,55x3 -1,06x 4 - 0,33x5
ELIZABETSKY:
Z = 1,93x32 - 0,20x33 + 1,02x35 + 1,33x36 -1,12x37
Segundo esse modelo, o ponto crítico é 0,5. Acima desse valor a empresa
estará solvente; abaixo, insolvente.
MATIAS:
Z = 23,792x1 - 8,26x2 - 9,868x3 - 0,764x4 - 0,535x5 + 9,912x6
PEREIRA:
Z = 0,722 - 5,124E23 + 11.016L19 - 0,342L21 - 0,048L26 + 8,605R13 - 0,004R29
onde: Z = total de pontos obtidos
E23 = Duplicatas Descontadas/Duplicatas a Receber
L19 = Estoques (Final)/Custo das Mercadorias Vendidas
L21 = Fornecedores/Vendas
L26 = Estoque Médio/Custo das Mercadorias Vendidas
R 13 = (Lucro Operacional + Despesas Financeiras)/
(Ativo Total - Investimento Médio)
R 29 = Exigível Total/(Lucro Líquido+ 0,1 Imobilizado Médico +
Saldo Devedor da Correção Monetária).5
2°) Os modelos não substituem a análise através dos índices tradicionais e devem ser
usados apenas complementarmente às conclusões destes últimos.
3º) A multiplicação de parâmetros diretamente pelos índices (em vez de multiplicar por
notas como mostramos no capítulo anterior) pode levar a resultados absurdos, uma
vez que os índices decorrem da divisão entre dois valores absolutos e podem variar
de menos infinito a mais infinito, distorcendo o fator final.
9 Análise Vertical/Horizontal
1 ANÁLISE VERTICAL
ATIVO
CIRCULANTE
FINANCEIRO
• Disponível 34.665 26.309 25.000
• Aplicações Financeiras 128.969 80.915 62.000
SOMA 163.634 107.224 87.000
OPERACIONAL
• Cientes 1.045.640 1.122.512 1.529.061
• Estoques 751.206 1.039.435 1.317.514
SOMA 1.796.846 2.161.947 2.846.575
Total do Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171 2.933.575
PERMANENTE
• Investimentos 72.250 156.475 228.075
• Imobilizado 693.448 1.517.508 2.401.648
• Diferido -.- 40.896 90.037
Total do Ativo Permanente 765.698 1.714.879 2.719.760
TOTAL DO ATIVO 2.726.178 3.984.050 5.653.335
PASSIVO
CIRCULANTE
OPERACIONAL
• Fornecedores 708.536 639.065 688.791
• Outras Obrigações 275.623 289.698 433.743
SOMA 984.159 928.763 1.122.523
FINANCEIRO
• Empréstimos Bancários 66.165 83.429 158.044
• Dupls. Descontados 290.633 393.885 676.699
SOMA 356.798 477.314 834.743
Total do Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077 1.957.277
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
• Empréstimos 314.360 792.716 1.494.240
• Financiamentos -.- 378.072 533.991
Total do Exigivel a Longo Prazo 314.360 1.170.788 2.028.231
CAPITAIS DE TERCEIROS 1.653.317 2.576.865 3.985.508
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Capital e Reservas 657.083 1.194.157 1.350.830
• Lucros Acumulados 413.778 213.028 316.997
Total do Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.185 1.667.827
TOTAL DO PASSIVO 2.726.178 3.984.050 5.653.335
ANÁLISE VERTICAL/HORIZONTAL 251
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
2 ANÁLISE HORIZONTAL
ATIVO
CIRCULANTE
FINANCEIRO
• Disponível 34.665 26.309 25.000
• Aplicações Financeiras 128.969 80.915 62.000
SOMA 163.634 107.224 87.000
OPERACIONAL
• Clientes 1.045.640 1.122.512 1.529.061
• Estoques 751.206 1.039.435 1.317.514
SOMA 1.796.846 2.161.947 2.846.575
Total do Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171 2.933.575
PERMANENTE
• Investimentos 72.250 156.475 228.075
• Imobilizado 693.448 1.517.508 2.401.648
• Diferido -.- 40.896 90.037
Total do Ativo Permanente 765.698 1.714.879 2.719.760
TOTAL DO ATIVO 2.726.178 3.984.050 5.653.335
PASSIVO
CIRCULANTE
OPERACIONAL
• Fornecedores 708.536 639.065 688.791
• Outras Obrigações 275.623 289.698 433.743
SOMA 984.159 928.763 1.122.523
FINANCEIRO
• Empréstimos Bancários 66.165 83.429 158.044
• Desps. Descontadas 290.633 393.885 676.699
SOMA 356.798 477.314 834.743
Total do Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077 1.957.277
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
• Empréstimos 314.360 792.716 1.494.240
• Financiamentos -.- 378.072 533.991
Total do Exigível a Longo Prazo 314.360 1.170.788 2.028.231
CAPITAIS DE TERCEIROS 1.653.317 2.576.865 3.985.608
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Capital e Reservas 657.083 1.194.157 1.350.830
• Lucros Acomodados 413.778 213.028 316.997
Total do Patrimônio Liquido 1.070.861 1.407.185 1.667.827
TOTAL DO PASSIVO 2.726.178 3.984.050 1.653.335
ANALISE VERTICAL/HORIZONTAL 253
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
CIA. BIG-BALANÇOS DE
31.12.X1 31.12.X2 31.12.X3
Valor Valor Valor
AV AH AV AH AV AH
Absoluto Absoluto Absoluto
ATIVO
CIRCULANTE
FINANCEIRO
• Disponível 34.665 26.309 25.000
• Aplicações Financeiras 128.969 80.915 62.000
SOMA 163.634 107.224 87.000
OPERACIONAL
• Clientes 1.045.640 1.122.512 1.529.061
• Estoques 751.206 1.039.435 1.317.514
SOMA 1.796.846 2.161.947 2.846.575
Total do Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171 2.933.575
PERMANENTE
• Investimentos 72.250 156.475 228.075
• Imobilizado 693.448 1.517.508 2.401.648
• Diferido -.- 40.896 90.037
Total do Ativo Permanente 765.698 1.714.879 2.719.760
TOTAL DO ATIVO 2.726.178 3.984.050 5.653.335
PASSIVO
CIRCULANTE
OPERACIONAL
• Fornecedores 708.536 639.065 688.791
• Outras Obrigações 275.623 289.698 433.743
SOMA 984.159 928.763 1.122.523
FINANCEIRO
• Empréstimos Bancários 66.165 83.429 158.044
• Dupls. Descontados 290.633 393.885 676.699
SOMA 356.798 477.314 834.743
Total do Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077 1.957.277
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
• Empréstimos 314.360 792.716 1.494.240
• Financiamentos -.- 378.072 533.991
Total do Exigível a Longo Prazo 314.360 1.170.788 2.028.231
CAPITAIS DE TERCEIROS 1.653.317 2.576.865 3.985.508
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Capital e Reservas 657.083 1.194.157 1.350.830
• Lucros Acumulados 413.778 213.028 316.997
Total do Patrimônio Liquido 1.070.861 1.407.185 1.667.827
TOTAL DO PASSIVO 2.726.178 3.984.050 5.653.335
ANÁLISE VERTICAL/HORIZONTAL 259
CIA.BIG
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
0 ativo total da empresa cresceu 107% de 31-12-x1 a 31-12-X3 em termos reais. Esse
crescimento deveu-se principalmente ao Ativo Permanente que teve expansão de 255 %.Já o Ativo
Circulante apresentou crescimento de apenas 50%. Dessa forma, alterou-se a estrutura de ativo da
empresa. Em 19x1, 72% dos recursos achavam-se investidos no Ativo Circulante, percentual esse
que caiu para 52% em 19x3. Esse crescimento foi financiado basicamente por Capitais de Terceiros
de Longo Prazo que passaram, em 19x1, de 12% do Passivo Total para 35%, em 19x3, constituin-
do-se no principal grupo de financiamento neste último ano. O Patrimônio Líquido, que fornecia 39%
dos recursos em 19x1, caiu para 30% em 19x3, enquanto o Passivo Circulante caiu nesse mesmo
período de 49% para 35%. Tendo o Passivo Circulante crescido menos que o Ativo Circulante, a
empresa financiou parte deste último com Exigível a Longo Prazo (o que, diga-se de passagem, é
correto). Os Capitais de Terceiros tiveram crescimento superior ao do Ativo - ou seja, 141% contra
107% do Ativo - em virtude do terreno cedido pelo Patrimônio Líquido. Outro aspecto que se destaca
é a alteração havida em "Fornecedores'. Essa era a principal fonte de recursos da empresa, em
19x1, representando 26% do Passivo. Nesse ano, "Fornecedores" financiavam quase totalmente os
Estoques. Em 19x3 o percentual de "Fornecedores" sobre o Passivo Total caiu para 12%, cobrindo
apenas metade dos estoques mantidos pela empresa. Essa alteração é desfavorável, pois, normal-
mente, "Fornecedores" representam uma fonte estável de recursos e freqüentemente mais barata.
A empresa substituiu-a em boa parte por financiamentos bancários que representam uma fonte de
risco maior devido a incerteza da renovação.
260 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Em resumo, a empresa investiu maciçamente no Ativo Permanente, fez ainda algum investi-
mento no Ativo Circulante, financiou a maior parte dessa expansão com Capitais de Terceiros e
aumentou o risco global. A situação financeira não ficou sacrificada em virtude de a empresa ter-se
valido de Exigíveis a Longo Prazo, tendo o Passivo Circulante crescido menos que o Ativo Circulante.
Enquanto os investimentos tiveram grande impulso no período analisado, as vendas apresen-
taram pequena expansão. O crescimento real foi de 22% no periodo. A empresa teve bom
desempenho no Custo dos Produtos vendidos, os quais passaram de 76% para 72% de absorção
das vendas. Com isso, o Lucro Bruto que representava 24% das vendas subiu para 28%. Esse
acréscimo de 4 pontos percentuais é extremamente significativo diante do fato de o Lucro Líquido
representar 4,66%1 dasvendas em 19x1. Se tudo o mais se mantivesse constante, a empresa poderia
alcançar a invejável porcentagem de 8,66% de Lucro Líquido sobre Vendas.
Infelizmente para a empresa, porém, suas despesas financeiras explodiram, crescendo 204%
e, portanto, muito mais do que as vendas. Essas despesas que consumiram 6% da Receita em 19x1
passaram a consumir 15% em 19x3, fazendo a empresa perder 9 pontos percentuais. Ao final, o
percentual de Lucro Líquido/Vendas desceu para 2,83%, ou seja, quase metade daquele que havia
alcançado em 19x1. As Despesas Operacionais mantiveram-se em proporções aceitáveis para a
empresa.
Assim, nada mais lógico que estudar os comportamentos dos diversos itens
do balanço e da demonstração de resultados. Existindo regularidade, há grande
chance de a empresa manter o equilíbrio do seu fluxo de caixa. A irregularidade
de comportamento dos itens é um sinal de alerta.
Com efeito, a prática mostra que isso realmente é válido. Grande parte das
empresas que vão à insolvência apresenta irregularidades de comportamento de
diversos de seus itens, como mostra o exemplo adiante.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
PASSIVO TOTAL 4.979 100 10.576 100 212 19.316 100 183 29.105 100 151
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
Receitas dos Serviços/Vendas 19.389 100 - 45.642 100 235 46.957 100 103 37.317 100 79
Res. Extra-Operational 0 0 - 0 0 0 7 0 OO 0 0 -
ANÁLISE VERTICAL/HORIZONTAL
Nos capítulos precedentes foi apresentada uma visão geral de como extrair
informações dos balanços e de como avaliar empresas.
Diversos aspectos relativos às informações extraídas e às avaliações são
polêmicos e suscitam acesas discussões nos meios acadêmicos e profissionais.
São abordados neste capítulo temas palpitantes e expostos alguns concei-
tos básicos como o do Capital Circulante Líquido, das relações existentes entre
os índices de liquidez e o fluxo de caixa da empresa, dos propalados e não
provados inconvenientes de alta liquidez, dos limites de endividamento aceitáveis
para a empresa, dos diversos índices de endividamento, dos índices de relacio-
namento bancário e, por último, dos índices de avaliação de ações de empresas.
O objetivo deste capítulo é, pois, complementar os conhecimentos básicos
que devem fazer parte do repertório do estudante universitário e do profissional.
1 ECONÔMICO X FINANCEIRO
FINANCEIRO
ECONÔMICO
AMPLO RESTRITO
Capital Circulante
ESTATICAMENTE Patrimônio Líquido Saldo de Caixa
Líquido
2 INVESTIMENTO X FINANCIAMENTO
Quando se toma um balanço, seja para analisar, seja apenas para observar,
talvez ocorra a questão: o que leva a empresa a ter determinados valores no
balanço?
As vendas refletem aquilo que a empresa consegue vender, e o lucro é a
diferença entre o que ela vendeu e o que teve de despesas.
E o Ativo? Por que tem aquele valor? Será que é em função das vendas?
Por que o Ativo cresceu 50% quando as vendas cresceram 20%?
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 271
Empréstimos Bancários são financiamentos residuais (ou pelo menos deveriam ser),
isto é, são financiamentos tomados para complementar a necessidade de cobertura
dos investimentos no Ativo Circulante, sempre que as demais fontes não forem
suficientes. Esses financiamentos não contam com renovação garantida e, por isso,
podem provocar dificuldades para a empresa. As Duplicatas Descontadas também
são consideradas empréstimos bancários, pois têm idênticas características finan-
ceiras, diferindo apenas na forma jurídica.
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponível 2.000.000 Fornecedores 10.800.000
Dupls. a Receber 18.000.000 Exigível a Longo Prazo
Estoques 7.200.000 27.200.000
Financiamentos 10.000.000 10.000.000
Ativo Permanente
Imobilizado 13.000.000 13.000.000 Patrimônio Liquido
Capital 15.000.000 15.000.000
40.200.000 40.200.000
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponível 2.000.000 Fornecedores 10.800.000
Dupls. a Receber 18.000.000 Emprést. Banc. 4.400.000 15.200.000
Estoques 7.200.000 27.200.000
Exigível a Longo Prazo
Ativo Permanente Financiamentos 10.000.000 10.000.000
Imobilizado 13.000.000 13.000.000
Patrimônio Líquido
Capital 15.000.000 15.000.000
40.200.000 40.200.000
276 AVAUAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Duplicatas a Receber - DR
DR= Vendas Diárias XPMRV
DR = 200.000 X 90 = 18.000.000
sendo:
Vendas Anuais 72.000.000
Vendas Diárias - = = 200.000,00
360 360
Estoques - E
E = Custo Diário de Mercadorias Vendidas X PMRE
E = 120.000X60=7.200.000
Custo Diário de Mercadorias Vendidas =
Custo Anual de Mercadorias Vendidas 60% x 72.000.000
= = = 120.000
360 360.000
Nota: como a margem Bruta representa 40% das Vendas, o Custo de Mercadoria Vendidas
representa 60%.
Fornecedores - F
F = Compras Diárias X PMPC
F = 120.000X90=10.800.000
Compras Diárias = Custo de Mercadorias Vendidas Diárias
Nota: as Compras serão sempre iguais ao Custo de Mercadorias Vendidas, enquanto os
estoques não aumentarem nem diminuírem. Esta é a hipótese que estamos assumindo
no presente exemplo, visto que considerar aumento ou redução de estoques implicaria
montar o balanço em situação de crescimento ou redução de atividades, o que seria
didaticamente muito complicado, pois tudo se modificará continuamente e seria difícil
evidenciar as normas de formação do balanço.
2.000.000
13.000.000
12.000.000
25.000.000
AP 13.000.000 PL 15.000.000
13.000.000
278 AVAUAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
15.200.000
12.000.000
AC 27.200.000 PC 15.200.000
ELP 10.000.000
AP 13.000.000 25.000.000
PL 15.000.000
13.000.000
Ativo Passivo
Circulante Circulante
27.200.000 15.200.000
Capital Exigível a
Circulante Longo Prazo
Líquido 10.000.000 Recursos
12.000.000 não 25.000.000
Correntes
Patrimônio
Ativo Liquido
Permanente 15.000.000
13.000.000
Capital Circ. Liquido = (Patr. Líq. + Ex. L. Prazo) - (Ativo Perm. + Real. L Prazo)
(CCL) (PL) (ELP) (AP) (RLP)
COMPOSIÇÃO DO CCL
Outro aspecto que merece ser ressaltado é a composição do CCL.
O Patrimônio Líquido cobre todo o Ativo Permanente e tem uma parte
investida no Ativo Circulante.3 Essa parcela é chamada Capital Circulante Próprio
ou Capital de Giro Próprio4 e representa a parcela de capital próprio no Ativo
Circulante.
O CCL é, portanto, formado por dois tipos de recursos:
3. Não se pode, a rigor, dizer que o Patrimônio Líquido esteja investido no Ativo Permanente e
que o Passivo Circulante esteja investido no Ativo Circulante. Entretanto, essa forma de
abordagem é altamente elucidativa e didática.
4. Não confundir com o antigo conceito fiscal de Capital de Giro Próprio, nem com CCL que é
denominado por alguns autores como Capital de Giro Próprio.
5. Quando o Ativo Permanente for maior que o Patrimônio Líquido, não haverá Capital Circulante
Próprio.
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 281
AC PC AC PC
ELP
CCL ELP
CCL
CCP
PL
AP + RLP AP + RLP PL
FIGURA 10.2. Capital Circulante Próprio FIGURA 10.3. Capital Circulante Pró-
maior que zero. prio igual a zero.
AC PC AC
PC
CCL
CCP (nega-
(nega- tivo)
CCP
(negativo)
AP + RLP PL
PL
AP + RLP
AP + RLP>PL => CCP <0; ELP>/CCP/ AP + RLP> PL-> CCP < 0;/CCP/> ELP
CCL = ELP-CCP => CCL> 0 => AC> PC CCL - CCP - ELP CCL < 0 => AC < PC
FIGURA 10.4. Capital Circulante Próprio FIGURA 10.5. Capital Circulante Líqui-
negativo. do negativo.
282 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
480
10 por dia
Estoque 900
Duplicatas 10 por dia
Prazo de a
Renovação dos Receber
Estoques:
120 10 por dia
80 dias Prazo de
Recebimento de
Caixa
Vendas:
90 dias
Fornecedores Prazo Médio de Pagamento das
1.000 Dividas de Curto Prazo: 100 dias
Despesas a Pagar Passivo Circulante
Fluxo de Caixa
Entradas 10
Saídas 10
Variação
284 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
$ %
Vendas Diárias 10 100
Custo das Mercadorias
Vendidas Diárias
Margem
Nas mudanças de prazos, e somente aí, ocorre por alguns dias alteração
do fluxo. Por exemplo, se a empresa passar dos atuais 90 para os 120 dias,
haverá um represamento de duplicatas, cujo nível de $ 900 passará para $ 1.200.
Aí, então, durante 30 dias não haverá saída de Duplicatas a Receber (e, portanto,
não haverá entradas de Caixa), ou seja, por 30 dias será fechada a saída de
Duplicatas a Receber. Mas isso só ocorrerá daqui a 90 dias, porque até então
estarão sendo recebidas as duplicatas existentes antes da alteração do prazo.
Do 91º ao 120º dia da data de ampliação do prazo, não haverá nenhuma duplicata
a receber, visto que passaram a ser emitidas com prazo de 120 dias. A partir do
121º será restabelecido o fluxo anterior de entradas e saídas de $ 10.
286 AVAUAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Lucro Lucro
480 480
Estoque Estoque
10 por dia 10 por dia
1.200 1.200
10 10
Duplicatas Duplicatas
por por
a Receber a Receber
dia dia
120 120
Prazo de
Recebimento de
Caixa
Vendas:
120 dias
1.000 1.300
Passivo Circulante Passivo Circulante
480 + 1.200 + 120
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS
Variação de Caixa 0 * Não computados os empréstimos bancários, pois, como foi dito, quando a empresa paga
um, toma outro de igual montante.
287
288 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Lucro
10 por dia
Estoque 180
10 por dia
300
Prazo de renovação Duplicatas
do estoque: 30 dias a Receber 10 por dia
Prazo de Recebimento
de Vendas:
30 dias Caixa 120
Isto prova que o índice de Liquidez Corrente não é um índice de Caixa e que
uma empresa pode perfeitamente operar com índice de Liquidez Corrente inferior
a 1,00.
Suponha-se, para reforçar, que a empresa passe a vender a vista e a manter
estoques para apenas dez dias, sem alterar o Passivo Circulante.
Os estoques passam para $60 = 1 0 x $ 6 e as Duplicatas a Receber para
zero.7
O índice de Liquidez Corrente passa para 0,18:
60 + 0 + 120
Liquidez Corrente: = 0,18
1.000
Liquidez Corrente tem muito que ver com a situação financeira da empresa. Mas
como isso acontece se foi demonstrado que esse índice nada tem que ver com
o Fluxo de Caixa?
Talvez a resposta fique mais clara com a apresentação de índice de Liquidez
Corrente pelo avesso.
= 0,666 ou 66,6%
• Fornecedores.
• Despesas a Pagar.
• Bancos.
Restam por último os bancos onde a empresa não encontra nem certeza
da manutenção do nível de financiamento em moeda estável, nem dos aumentos
nominais para compensar as desvalorizações devidas à inflação. A falta de
certeza na renovação de empréstimos pode levar a empresa a sérias dificuldades
de pagamento. (Veja a propósito "Risco dos Empréstimos Bancários", item 9,
neste capítulo.)
Por isso, é importante subdividir o percentual de financiamento do Ativo
Circulante, conforme Figura 10.6.
CCP
Valores
%
Absolutos
CCL
Valores
%
Absolutos
ELP
Valores
%
Absolutos
Ativo Circulante
Valores
% Fornecedores
Absolutos
Valores
%
Absolutos
PC Despesas a pagar
Valores Valores
% %
Absolutos Absolutos
Bancos
Valores
%
Absolutos
= 1,66 ou 166%
que mostra que a empresa não tem nenhuma liberdade em relação a créditos de
curto prazo, os quais financiam 1,66% do investimentos no Circulante (possivel-
mente, o Ativo Permanente também depende desses créditos de curto prazo).
O índice de Liquidez Corrente de 0,60 deve ser assim interpretado: a
empresa tem uma insuficiência de investimentos no Ativo Circulante de $ 0,40
para cada $ 1,00 de crédito de curto prazo; esta insuficiência é motivada por
aplicações desses recursos no Ativo Permanente, razão por que a empresa não
tem nenhuma liberdade em relação aos recursos que os credores de curto prazo
suprem.
Assim, a empresa depende excessivamente dos credores de curto prazo.
Pode-se dizer que está na mão desses credores. E se resolverem reduzir o
crédito da empresa, como ficará o seu giro? De duas uma: ou a empresa reduz
o ritmo de seus negócios, o que poderá ser ruinoso, ou, pura e simplesmente,
não paga seus credores, e fatalmente surgirá uma situação de insolvência.
6. FALÁCIAS DE LIQUIDEZ
É muito comum ouvir falar entre executivos financeiros que uma liquidez
alta é tão indesejável como uma baixa, que é sinal de má administração financeira
e que a empresa está perdendo dinheiro com a inflação.
Em primeiro lugar, uma liquidez alta (refere-se normalmente ao índice de
Liquidez Corrente) pode decorrer tanto de excesso de Recursos Não Correntes
no Ativo Circulante (e por excesso entendam-se recursos que estariam melhor
aplicados no Ativo Permanente ou em outra empresa), quanto de pequeno
Passivo Circulante
É obvio que, se houver excesso de Recursos Não Correntes aplicados no
Ativo Circulante, como excesso de Estoques e de Duplicatas a Receber decor-
rentes de uma administração má desses itens, estaremos diante de uma liquidez
indesejável, que certamente contribui para a redução da rentabilidade da empre-
sa.
Entretanto, se o índice de Liquidez Corrente decorre de baixo Passivo
Circulante, poderá ser indício de sábia administração que evita despesas finan-
ceiras de empréstimos bancários - principalmente num país como o Brasil, onde
historicamente tais empréstimos sempre tiveram custo elevado - ou que obtém
significativos descontos de fornecedores com pagamento a vista.
Quanto à perda de dinheiro com a inflação, leve-se em conta que os
estoques em geral não perderam com a inflação e que, se a empresa optasse
por ter mais empréstimos bancários de curto prazo, por exemplo, em vez de
capitais próprio, teria de ressarcir o banqueiro do custo da inflação além de pagar
juros.
Por último, lembre-se que a Liquidez Corrente pode ser alta em função de
Empréstimos de Longo Prazo em vez de créditos de curto prazo.
Em resumo, alta liquidez, além de indicar boa situação financeira, pode até
ser do aumento da rentabilidade, embora não esteja afastada a hipótese de haver
recursos ociosos.
Este último, porém, seria um caso de má administração de Ativos Circulan-
tes (em valores absolutos) que se reflete na liquidez, e não propriamente um caso
em que a alta liquidez é desfavorável.
294 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
7. LIMITE DE ENDIVIDAMENTO
de caixa decorrem das vendas diárias. Assim, se a empresa tem uma venda
diária de $ 10, há uma entrada média de caixa de $ 10. O prazo médio de
recebimento de vendas atua apenas como retardador das entradas de caixa.
Assim, as entradas de caixa de hoje são as vendas de 90 dias atrás, se este for
o prazo, e as vendas de hoje entrarão em caixa daqui a 90 dias. O importante é
que há um fluxo contínuo de entradas em caixa decorrentes de vendas. Se a
entrada diária for de $ 10, a empresa poderia contar, por exemplo, com alguma
coisa em torno de $ 9 para pagar os créditos de funcionamento. O restante a
empresa deveria acumular para recompor investimientos que se vão deprecian-
do, para novos investimentos, para repor o Capital Circulante Próprio consumido
pela inflação e para amortizar Financiamentos de Longo Prazo. Os créditos de
funcionamento não tendem a oscilar consideravelmente, a não ser no item
"Fornecedores". É aí, pois, que a empresa deve tomar cuidado de nunca comprar
além do que está absorvido pela produção e vendido, pois do contrário irá
provocar um fluxo de pagamentos superior ao de entradas de Caixa, ainda que
por um breve período.
Suponha-se que o pagamento médio diário se distribua assim:
90X5,00 = 450,00
45X4,00 = 180,00
630,00
7.3 FINANCIAMENTOS
8. Pagamento diário - 5. Nos casos de fornecedores, deve corresponder à compra média diária
de $ 5 e ao custo médio diário de $ 5.
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 297
Receita 2.000
Despesas 1.600
Depreciação 200
Lucro 200
Máximas
Médias
Mínimas
Mês
1 2 3 4I 5 6 7
Para cada nível de vendas podem-se ter três níveis de despesas, ou seja,
máxima, média e mínima. Juntando essas hipóteses de receitas com despesas,
obtêm-se três níveis de lucro.
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 299
Máximo
Médio
Mínimo
Mês
mês
Créditos de
Funcionamento
Empréstimos
Bancários
Ativo
Circulante Exigível a
Longo Prazo
Patrimônio
Liquido
Ativo
Permanente
1.
2.
3.
4.
8.000 18.000
CT/PL = = 200% = 300%
4.000 6.000
8.000 18.000
CT/A = = 66% = 75%
12.000 24.000
4.000 6.000
PL/CT = = 50% = 33%
8.000 18.000
12.000 24.000
A/CT = = 150% = 133%
8.000 18.000
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 303
• O primeiro tipo, CT/PL, passou de 200% para 300%, chamando a atenção do analista
e do usuário para um aumento de 100 pontos no índice de endividamento. Mostra
grande sensibilidade na evidenciação do aumento de endividamento da empresa.
• O segundo índice mostra no balanço inicial que 66% dos recursos investidos foram
supridos por terceiros. Esse índice se elevou para 75% no balanço final. A alteração
de 66% para 75%, se analisada por um especialista, é relevante, porém não chama
a atenção para uma alteração significativa do grau de endividamento da empresa.
Isto porque no denominador desse índice temos o Ativo ou o Passivo. Ora, sendo
Passivo o resultado da soma de capitais de terceiros e do Patrimônio Líquido, quando
cresce o endividamento da empresa, cresce tanto o numerador quanto o denomina-
dor da fração, embora aquele mais que este. O cômputo dos capitais de terceiros
no denominador acaba deixando este índice quase insensível aos aumentos de
endividamento.
• O terceiro e o quarto índices são igualmente indicadores pouco sensíveis ao aumento
de endividamento.
No item 5, "Liquidez x Fluxo de Caixa", ficou dito que uma empresa pode
perfeitamente operar com Liquidez Corrente abaixo de 1,00. Para isto é neces-
sário que o Passivo Circulante se renove constantemente.
Essa renovação é praticamente automática no que refere-se aos créditos
de funcionamento - fornecedores, salários, encargos sociais, tributos -, pois
essas obrigações decorrem das próprias operações. Ao comprar, produzir,
vender, administrar, a empresa gera automaticamente obrigações a pagar. O
prazo obtido para pagamento destas constitui um financiamento com que a
empresa conta permanentemente.
304 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EMPRESARIAL
Indica: qual o percentual dos investimentos totais financiado pelas Instituições de crédito.
CIA. BIG
19x1 19x2
Duplicatas Descontadas 10.100 20.226
Empréstimos Bancários (Curto Prazo) 2.294 8.061
Empréstimos e Financiamentos (Longo Prazo) 10.920 60.120
Total de Financiamentos das Instituições de Crédito 23.314 88.407
Ativo 94.698 204.581
Financiamento do Ativo por
Instituições de Crédito 24% 43%
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 305
Indica: qual o percentual de participação das instituições de crédito no total de recursos tomados
junto a terceiros.
Exemplo:
19x1 19x2
Exemplo:
19x1 19x2
Duplicatas Descontadas
Fórmula: X100
Duplicatas a Receber
Indica: qual o percentual das Duplicatas a Receber descontadas junto aos bancos.
Exemplo:
19x1 19x2
Índices Índices da
Padrão Cia. BIG
Nota: Nos mais recentes estudos sobre previsão de falência, os índices de relacionamento
bancário surgiram, entre os principais indicadores, em substituição a índices tradicionais.
Vejam-se, a propósito, as Fórmulas de previsão de falências apresentadas por Matias e
Pereira (Capítulo 7).
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 307
9. A obrigatoriedade de pelo menos 25% do Lucro Líquido serem pagos como dividendos só
existe quando o estatuto for omisso e a assembléia geral deliberar introduzir cláusula sobre
dividendos.
TÓPICOS ESPECIAIS DE ANÁLISE DE BALANÇOS 309
É fácil explicar.
Quando o investidor compra ações novas, a sua poupança vai direto para
as empresas que são as geradoras de bens e serviços na economia, evitando
as instituições financeiras que são apenas intermediários.
19x1 19x2
Capital Social Realizado 7.000.000 16.000.000
Ações Ordinárias 350.000 800.000
Ações Preferenciais 350.000 800.000
Total de Ações 700.000 1.600.000
Patrimônio Líquido 11.218.000 23.094.000
Lucro Líquido 1.311.000 2.822.000
Cotação Média das Ações 7,20 5,50
Dividendos Pagos 327.750 705.500
Indica: a relação entre o Patrimônio Líquido e o número de ações do Capital Realizado, e mostra a
representatividade de uma ação perante o Patrimônio Líquido da empresa.
Patrimônio Líquido
Fórmula:
Número de Ações
Exemplo:
LL
Fórmula:
Nº de Ações
Nota: este deve ser obrigatoriamente apresentado pelas Sociedades por Ações após o Lucro
Líquido na Demonstração do Resultado.
Exemplo:
Indica: em quanto tempo o investidor obteria o retorno do capital aplicado na aquisição de ações se fosse
mantido o lucro por ação verificado no último exercício.
Exemplo:
Indica: quantos dólares o investidor terá de ganho anual para cada $ 100 investidores na aquisição de
ações ao preço de mercado.
Exemplo:
Dividendos Pagos
Fórmula:
Número de Ações
Nota: a apresentação deste índice é obrigatória às Sociedades por Ações que deverão incluí-lo
na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Exemplo:
Indica: quanto efetivamente o acionista embolsa para cada $ 100 investidos na aquisição de ações
segundo sua cotação.
Exemplo:
Exemplo:
Basicamente existem três índices de prazos médios que podem ser encon-
trados a partir das Demonstrações Financeiras.
318 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
VENDAS
V
DIAS
1º 2º 3º 30º 31º 32º 33º...
Vendas 10 10 10 10 10 10 10...
Recebimentos 0 0 0 0 10 10 10...
(Entrada em Caixa)
Duplicatas a Receber 10 20 30 300 300 300 300...
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS: A DINÂMICA DA EMPRESA 319
A empresa vende $ 10 por dia, com prazo de 30 dias. No 1º dia ela apenas
vende; nada recebe, em virtude desse prazo, mas acumula a venda em Duplica-
tas a Receber. No 2º, idem, e assim sucessivamente até o 30º dia. Observe-se
que as Duplicatas a Receber crescem diariamente até atingir o nível de $ 300,
ponto em que deixam de crescer. A partir do 31º dia há uma geração de $ 10 de
duplicatas e uma redução de duplicatas de $ 10 diariamente. Se o PMRV fosse
de 60 dias, as Duplicatas a Receber atingiriam o nível de $ 600.
Daí, pode-se tirar a fórmula:
DR = PMRV X Vd
DR - 30 X 10
DR -
onde:
DR = Duplicatas a Receber
Vd = Vendas diárias
ou
PMRV -
PMRV -
PMRV - 30 dias
Vd
PMRV = ou
PMRV = 360
320 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
Vd x PMRV
Vendas Diárias
Recebimento Diário
Dias 30 31 32 33 34 35 62 63 64 77 78 79 80
Vendas 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Recebimentos
(Entrada em Caixa) 0 10 10 10 10 10 10 0 0 0 10 10 10
Duplicatas a Receber 300 300 300 300 300 300 300 310 320 450 450 450 450
Tudo que foi dito com relação ao prazo de recebimento de vendas é análogo
ao prazo de pagamento de compras (PMPC), cuja fórmula é a seguinte:
F
PMPC-360
C
E
PMRE = ou 360
CMV
E
CMV
A interpretação que se pode dar da primeira fórmula, , é a seguinte: o
360
CVM
denominador, , mostra quanto a empresa vende por dia a preço de custo;
360
dividindo-se o estoque por essas vendas diárias encontra-se para quantos dias
é suficiente o estoque.
Duplicatas a Receber
PMRV - Prazo Médio de Recebimento de Vendas - 360
Vendas
Estoques
PMRE = Prazo Médio de Renovação de Estoques - 360
Custo das Mercadorias Vendidas
Fornecedores
PMPC = Prazo Médio de Pagamento de Compras = 360
Compras
Graficamente, tem-se:
Ciclo Operacional
PMRE PMRV
Ciclo Operacional
PMRE PMRV
Ciclo de Caixa
PMPC
326 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
Ciclo Operacional
PMRE PMRV
Ciclo de Caixa
PMPC
PMRE 66 67 70
PMRV 75 79 77
PMPC 69 76 78
COMENTÁRIOS
A Cia. BIG tinha, em 19x1, ciclo de caixa bem inferior ao padrão mediano do ramo: a empresa
necessitava tomar financiamentos para o giro por um prazo 20 dias aquém da média do ramo. Isto
se devia sobretudo ao maior prazo obtido de seus fornecedores em relação à média do ramo, bem
como ao menor ciclo operacional.
No último exercido, a empresa não conseguiu manter o prazo de fornecedores acima da média
do ramo e o seu ciclo operacional cresceu demasiadamente em virtude do excessivo Prazo Médio
de Renovação de Estoques de 74 dias, em 19x1, para 112 dias, em 19x3.
Como o Prazo Médio de Renovação de Estoques depende mais da própria administração do
que do mercado, aparece haver um descontrole da empresa em relação aos seus estoques.
Com isso, o ciclo de caixa em 19x3 passou a 40 dias acima da mediana do ramo e 57 dias
acima daquele de 19x1.
328 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
19x1
Ciclo Operacional =137 dias
E
M
P PMRE=74 dias PMRV=63dias
R
E
S PMPC=85 dias Ciclo de Caixa =52 dias
A
19x2
Ciclo Operacional =181 dias
E
M
P PMRE=114 dias PMRV=67dias
R
E
S PMPC=83dias Ciclo de Caixa=98 dias
A
19x3
Ciclo Operacional =182 dias
E
M
P PMRE-112dias PMRV=70dias
R
E
S PMPC=73dias Ciclo de Caixa =109 dias
A
Um argumento definitivo para o uso dos saldos finais e não dos saldos
médios é que a análise dos prazos deve ser feita, sempre que possível, com o
uso conjunto dos três prazos (recebimentos, renovação de estoques e pagamen-
tos), com o cálculo do ciclo financeiro e da necessidade de capital de giro. Nada
disso poderá ser feito a não ser com os saldos finais do balanço.
360 CMV
Rotação de Estoques: ou
PMRE Estoques
360 V
Rotação de Duplicatas a Receber: ou
PMRV Duplicatas a Receber
360 C
Rotação de Fornecedores: ou
PMPC Fornecedores
• Dezembro: 36.000
• Novembro: 8.000
• Outubro: 2.000
• Setembro: 2.000
• Agosto: 1.500
• Julho: 1.500
Posição em 31-12-T0
Exercício: T0 T1
Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr.
Vendas 2.867 3.480 3.109 3.928 3.814 4.120 — — — —
Compras 2.780 2.460 2.810 2.918 3.790 3.315 — — — —
Custo de Mer-
cadorias Ven- — — — — — — 2.420 1.980 2.630 3.200
didas
334 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
CÁLCULOS
PRAZO
MÊS CMV SALDO DE ESTOQUES MENOS CMV PRAZO
ACUMULADO
- - 7.900 - -
Jan. 2.420 5.480 30 30
Fev. 1.98C 3.500 30 60
Mar. 2.630 870 30 90
Abr. 3.200 -0- 8* 98
870
* 8 = x30
3.200
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS: A DINÂMICA DA EMPRESA 335
PRAZO MÉDIO DE
VENDAS VENDAS RECEBIMENTOS RECEBIMENTOS DUPLICATAS
MÊS RECEBIMENTO
MENSAIS ACUMULADAS MENSAIS ACUMULADOS A RECEBER
DE VENDAS
Dez. - - - - 2.080
Jan. 2.320 2.320 1.890 1.890 2.510
Fev. 2.140 4.460 2.160 4.050 2.490
Mar. 2.460 6.920 1.910 5.960 3.040
Abr. 2.980 9.900 2.030 7.990 3.990 42
Maio 3.100 13.000 2.050 10.040 5.040
Jun. 3.050 16.050 2.380 1Z420 5.710
Jul. 3.020 19.070 3.010 15.430 5.720
Ago. 3.180 22.250 3.060 18.490 5.840 56
Set. 4.080 26.330 2.930 21.420 6.990
Out. 4.300 30.630 3.240 24.660 8.050
Nov. 3.800 34.430 3.960 28.620 7.890
Dez. 5.100 39.530 4.010 32.630 8.980 60
39.000
36.000
33.000
30.000
27.000
24.000
21.000
18.000
15.000
12.000
9.000
6.000
3.000
-2.080 Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
FIGURA A.1. Método gráfico de cálculo do PMRV.
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS: A DINÂMICA DA EMPRESA 337
Compras
Acumuladas CVM
Acumulado
Estoques
GANHOS FINANCEIROS
CICLO CICLO
OPEFIACIONAL FINANCEIRO
20 dias 30 dias
50 dias
340 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
1 FINANCIAMENTO
NCG=ACO-PCO
ACO = PCO
Neste caso a NCG é igual a zero e portanto a empresa não tem necessidade
de financiamento para o giro.
ESTOQUES
FORNECEDORES Financiamento automáti-
Valor total do Ativo Circulante. co do giro com que a empresa
Representa o investimento total em pode contar.
DUPUCATAS A
giro. Para efeito de análise do Capital
de Giro devem ser expurgados even- Este vazio mostra os
RECEBER
tuais Ativos Circulantes não Operacio- financiamentos que a em-
nais (como empréstimos a controla- presa precisa obter para fi-
das e títulos a receber de venda de nanciar a correspondente
Ativo Permanente). área do Ativo Circulante.
OUTROS ATIVOS
É a NCG.
CIRCULANTES
Dupl. Descont.
Empr. Bancários Fontes de
FINANCIAMENTO
Financiamentos DA
Bancários de NECESSIDADE
Longo Prazo DE
CAPITAL DE GIRO
PATRIMÔNIO
ATIVO LÍQUIDO
PERMANENTE
PL
CCP menos
RLP
CCL mais +
AP
EBCP
Simbologia:
NCG = CCxVd + A
Para uma análise simplificada das relações entre os prazos médios, essa
fórmula é satisfatória. Entretanto, para uma análise mais precisa do Capital de
Giro é necessário efetuar acertos nos valores de PMRE e PMPC, pois o montante
de NCG deverá "bater" rigorosamente com aquele decorrente do balanço, como
será mostrado.
Esses acertos são requeridos porque, enquanto o PMRE e o PMPC se
baseiam nos preços de custos de produtos e materiais, o PMRV baseia-se no
preço de venda.
PMRE: 74 PMRV: 63
Dos 137 do ciclo operacional, 85 dias (PM PC) contam com financiamento
parcial de fornecedores e 52 (CC) não contam com nenhum financiamento.
fase 4
fase 3
fase 2
fase 1 Ciclo
Investi- de Caixa
mento
original = 52 dias
Financia-
mento PMPC=85 dias
0 74 85
dias
Fase 1: Prazo médio de estocagem de matérias-primas.
Fase 2: Prazo médio de estocagem de produtos em processo.
Fase 3: Prazo médio de estocagem de produtos acabados.
Ciclo de caixa - ax + by + 52
b = % a ser financiada
CMV E
PMREeq. = % x360
V CMV
PMPCeq. = % x360
NCG = CCeq x Vd + A
NCG = CCeq. X Vd + A
CCeq. = PMRV + PMREeq. - PMPCeq.
19x1
(1) (2)
CCEq. = 63 + 60,76% X 74 - 50,36% X 85
CCeq. = 65,731 dias
(3) (4)
NCG - 65,731 X 16.557 - 275.623
NCG2 - 812.687
NCG2 - 1.233.184
19x3
(9) (10)
CCeq. - 70 + 53,95% X 112 - 43,31% X 73
CCeq. = 99,332
(11) (12)
NCG = 99,332 X 21.723 - 433.743
NCG2 - 172.041
Observação: Os cálculos finais foram efetuados com maior número de casas decimais do que
aparece nas demonstrações acima.
354 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
Memórias de Cálculos:
19x1
(4) A = 275.623
19x2
(8) A = 289.698
19x3
(12) A = 433.743
2. Embora a comparação tivesse sido efetuada sem a equivalência, pode-se dizer que o Ciclo
de Caixa estava num nível satisfatório, pois a diferença entre CC sem equivalência comparado
com o padrão sem equivalência e CC com equivalência comparado com padrão com
equivalência é mínima.
ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO 355
Até agora se efetuou uma série de cálculos para chegar à NCG. Agora,
vamos percorrer o caminho inverso, ou seja, decompor os números a partida
NCG a fim de analisá-los.
Para isso criou-se o modelo representado abaixo:
PMRV
CMV
V
CCeq. PMREeq.
PMRE
C
Vd PMPCeq.
V
PMPC
A V
360
Nesse modelo pode ser aplicada a Análise Horizontal. Fazendo isso para
os três exercícios da Cia. BIG, obtêm-se os seguintes números:
PMRV 356
Ex X1 X2 X3
VL 63 67 70
AH 100 106 111
mas %CMV/V
Ex X1 X2 X3
CCeq PMREeq VL 61 54 54
Ex X1 X2 X3 Ex X1 X2 X3 AH 100 88 88
VL 65 91 99 VL 45 62 60 vezes PMRE
Ex X1 X2 X3
NCG PMPCeq VL 50 46 43
Ex X1 X2 X3 Ex X1 X2 X3 AH 100 92 86
Ex X1 X2 X3
Vd Observações: t. Valores Absolutos em US$ 1.000.
VL 5960 6043 7820
2. Todos os números foram arrendondados.
Ex X1 X2 X3 AH 100 101 131 3. Simbologia:
Ex = Banido
VL 16,6 16,8 21,7
dividido VI = Valor
AH 100 101 131 AH = Análise Horizontal
CMV/V = Custo de Mercadorias sobre Vendas
menos A 360
C/V = Compras sobre Vendas
Ex X1 X2 X3 PMRE = Prazo Médio de Renovação de Estoques
PMPC = Prazo Médio de Pagamento de Compras
VL 276 290 434 =
PMRV Prazo Médio de Recebimento de Vendas
AH 100 105 157 CCeq = Ciclo de Caixa Equivalente
A = Ajustes
A Necessidade de Capitai de Giro da empresa teve, de 19x1 para 19x3, aumento de 112%.
Entretanto, esse desenvolvimento não se deveu exclusivamente ao crescimento de vendas da
empresa, mas principalmente à administração de seus prazos. 0 Ciclo de Caixa Equivalente (que,
a rigor, deveria ter permanecido estável) teve acréscimo de 50%. E é aí que reside o grande problema
da empresa. A principal causa do crescimento do Ciclo de Caixa Equivalente foi o PMRE que bateu
a marca de 51% de aumento. Uma ligeira queda no percentual de custo dos produtos vendidos em
relação a vendas ajudou a diminuir o investimento em estoques e reduziu o crescimento do PMREeq.
para 33%.
Essa ligeira vantagem, entretanto, foi praticamente anulada pela queda do percentual de
compras/vendas que provocou redução do PMPCeq., perdendo ala empresa parte do financiamento
com que contava em 19x1.
Quanto ao PMRV, o crescimento de 11% representou sozinho um acréscimo dessa ordem no
investimento da empresa. Aqui, as demais empresas do ramo experimentaram inexpressivo aumento
de PMRV. A mediana do ramo elevou-se de 75 para 77dias.
A conjugação do aumento simultâneo de vendas e de ciclo de caixa equivalente provocou o
explosivo aumento da NCG de 112%.
PL
Ex X1 X2 X3
CCP VL 1071 1407 1668
NCG
Ex X1 X2 X3
VL 812 1233 1724
mais
AH 100 152 212
AV 100 100 100
VI Valor
AH = Análise Horizontal
AH 100 134 234
AV = Análise Vertical
AV 44 39 48 PL = Patrimônio Líquido
menos AP = Ativo Permanente
ACF
CCP = Capital Circulante Líquido
Ex X1 X2 X3 ELP = Exigível a Longo Prazo
CCL = Capital Circulante Liquido
VL 164 107 87 =
PCF Passivo Circulante Financeiro
AH 100 65 53 ACF = Ativo Circulante Financeiro
A Necessidade de Capital de Giro teve um crescimento de 112% de 19x1 para 19x3. Entre as
fontes de financiamento do giro destacou-se o uso do Passivo Circulante financeiro que cresceu
134% no período e aumentou a sua participação no financiamento da NCG de 44% para 48%. Isso
ocorreu apesar do excepcional crescimento do Exigível a Longo Prazo de 545%. É que os recursos
do Exiglvel a Longo Prazo foram carreados para financiar a elevada expansão das imobilizações que
chegaram a 255%. Repare-se que o Capital Circulante Próprio, que em 19x1 cobria a nada
desprezível parcela de 38% da Necessidade de Capital de Giro, passou para a taxa negativa de 61%
em 19x3.
Assim, o Exiglvel a Longo Prazo foi duplamente requisitado: para cobrir a elevada expansão
do Ativo Permanente e manter a participação do Capital Circulante Liquido no financiamento do Giro.
Conseguiu que o Capital Circulante Líquido não tivesse uma queda muito acentuada (de 76% para
57% no financiamento do giro), porém o grau de endividamento subiu violentamente nesse período.
360 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
1 INGREDIENTES BÁSICOS
VA 1.200
NCG 200
CCP 50
EB 150
PL 230
AP 180
LC 3% s/VA
ANÁUSE DO CAPITAL DE GIRO 361
Índices:
Legenda:
VA = Vendas Anuais
NCG = Necessidade de Capital de Giro
CCP = Capital Circulante Próprio
EB = Empréstimos Bancários
PL = Patrimônio Líquido
AP = Ativo Permanente
LC = Lucro Capitalizado no exercício
Outros Dados:
Dados
Índices
150 114
• Endividamento Bancário = 65% = 42%
230 266
• Imobilização do Patrimônio Líquido
180
= 78%
180 = 68%
230 266
50 86 = 43%
• Financiamento próprio da NCG = 25%
200 200
VA
NCG
EB EB
CCP
Início Fim
ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO 363
Gráfico
COMENTÁRIOS
As vendas crescem 50% reais num exercício. Para atingir o novo patamar
de produção e vendas, a empresa é obrigada a investir no ativo permanente, de
maneira que os recursos próprios para financiar a NCG caem.
Dados
Índices
Gráfico
VA
NCG
EB EB
CCP
COMENTÁRIOS
A empresa deste exemplo não tem condições de crescer 50% num ano. Um
crescimento dessa ordem somente seria para uma empresa que não tivesse
NCG e que quase não necessitasse de investimentos em ativo fixo, o que na
prática é quase impossível.
Com 50% de crescimento de vendas houve uma total desestruturação
financeira. A empresa passou a depender enormemente dos empréstimos ban-
ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO 365
VA 2.700
NCG 450
CCP (40)
EB 490
PL 365
AP 405
LC 81
(1) 0,25
(2) 0,65
366 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
Solução:
Solução:
Demonstração:
VA 1.420
NCG 236,66
CCP 59,60
Eb 177,06
PL 272,6
AP 213,0
LC 42,6
117,06
Endividamento Bancário = 65%
272,60
213,0
Imobilização do Patrimônio Líquido = 78%
272,60
59,60
Financiamento Próprio da NCG = 25%
236,66
Observações:
a) As vendas de 1.422 e 1.420 nas equações (1) e (2) são números coincidentemente
próximos e decorrem dos dados dessa empresa e dos níveis de endividamento
bancário e de financiamento próprio da NCG tomados como satisfatórios.
b) Os níveis considerados satisfatórios de endividamento bancário e de financiamento
próprio da NCG poderão ser diferentes dos níveis iniciais. Nesse caso, as Vendas
automaticamente serão diferentes para mais ou para menos, podendo ser inclusive
menores que as iniciais. Isto aconteceria se a empresa estivesse com vendas
superiores ao que ela pode financiar.
c) A suposição de ativo permanente proporcional a vendas parece-nos perfeitamente
admissível, pois, na prática, o crescimento de produção e vendas sempre requer
novos investimentos. Somente em crescimentos muito pequenos podem-se consi-
derar os investimentos fixos. Em grandes crescimentos os investimentos tendem a
crescer além das vendas.
Elaboração e Análise do
13 Fluxo de Caixa
A Demonstração do Fluxo de Caixa, apesar de ser uma das demonstrações
financeiras mais úteis, não é divulgada pelas empresas.
Como é uma demonstração exclusivamente de uso interno, sua abordagem
é quase sempre esquecida nas obras de Análise de Balanços.
A Demonstração do Fluxo de Caixa é peça imprescindível na mais elementar
atividade empresarial e mesmo para pessoas físicas que se dedicam a algum
negócio.
Quase sempre os problemas de insolvência ou iliquidez ocorrem por falta
de adequada administração do fluxo de caixa; daí a importância de sua análise.
Para a análise do fluxo de caixa, apresenta-se uma demonstração, chamada
Demonstração do Fluxo Líquido de Caixa, de extraordinária utilidade para a
análise do desempenho financeiro da empresa, e o que é muito importante: essa
demonstração pode ser facilmente preparada de fora da empresa.
Através da Demonstração do Fluxo Líquido de Caixa - DFLC, pode-se saber
se a empresa foi auto-suficiente no financiamento de seu giro e qual sua
capacidade de expansão com recursos próprios gerados pelas operações, ou
seja, a independência financeira da empresa é posta em cheque.
Fluxo significa movimento. Assim, fluxo de caixa pode ser definido como
movimento de caixa.
370 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA
CIA. LÍQUIDA
Balanço Patrimonial levantado em:
31.12.x5 31.12.x6
ATIVO
CIRCULANTE
PERMANENTE
Imobilizado
PASSIVO
CIRCULANTE
DESPESAS OPERACIONAIS
Administrativos 2.200
LUCROS
CAPITAL TOTAL
ACUMULADOS
ORIGENS
Das operações
Prejuízo do Exercício (500)
+ Depreciação do Exercício 600 100
Dos Acionistas
Aumento de Capital 150
De Terceiros
Financiamento de Longo Prazo 160
TOTAL DAS ORIGENS 410
APLICAÇÕES
Dividendos (200)
Aquisição de Imobilizado (345)
545
Redução do Capital Circulante Líquido (135)
Este exemplo está mostrando uma empresa que sofreu prejuízo, tendo
mesmo assim declarado dividendos com base nos Lucros Acumulados anteriores
(possivelmente para manter a remuneração dos acionistas). Além disso, a
empresa efetuou investimentos no Ativo Imobilizado e pagou dívidas de curto
prazo. Contudo, seu "Caixa" aumentou! Como foi possível isto?
Vamos mostrar inicialmente a Demonstração das Entradas e Saídas de
Caixa - DESC -, construída com base nas demonstrações financeiras publicadas
apenas a título didático e de ilustração.
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA 375
NOTAS DE CALCULO:
Prejuízo (500)
Prejuízo (500)
CIA. LIQUIDA
Variação de NCG
Dividendos (200)
QUADRO 13.1
A- GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA o caixa gerado pelas atividades (1) financiar as operações de compra,
comerciais produção e vendas; (2) pagar dividas
bancárias de curto prazo; (3) realizar
investimentos; e (4) amortizar as dividas
de longo prazo
B- GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA o caixa gerado pelas operações, (1) pagar dividas bancárias de curto
incluindo variação da NCG prazo; (2) realizar investimentos; e (3)
amortizar dividas de longo prazo
C- GERAÇÃO CORRENTE DE CAIXA o caixa gerado a curto prazo (1) realizar investimentos; e (2) amortizar
dividas de longo prazo
D- SALDO POSITIVO DA GERAÇÃO o caixa gerado após a realização de (1) amortizar dividas de longo prazo
CORRENTE DE CAIXA MENOS investimentos
VARIAÇÃO DOS ITENS
PERMANENTES DE CAIXA MAIS
VARIAÇÃO DOS ITENS NÃO
CORRENTES
E- GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA o caixa final gerado no exercício (1) reforçar sua posição de tesouraria
382
Sim
Não Não
FIGURA 13.1
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA 383
31-12-19x5 31-12-19x6
DETERMINAÇÃO NCG
AC operacional
SOMA
3.200 3.215
PC operacional
- CGP 62 100 56 77
1.300 1.005
+ ELP 500 24 100 660 36 132
A.C. Operacional
Clientes (230)
Estoques 215
(15)
P.C. Operacional
Fornecedores 300
285
VARIAÇÃO DE FINANCIAMENTO DA NCG
3.5 ÍNDICES
CIA. LIQUIDA
+ Depreciação 600
Dividendos (200)
DOAR DFLC
Prejuízo do Exercício (500) (500)
+ Depreciação 600 600
Geração Bruta de Caixa 100 100
+ Variação da NCG -o- 285
- Geração Operacional de Caixa -o- 385
+ Var. de Emp. Banc. de Curto Prazo -o- (30)
= Geração Corrente de Caixa -o- 355
+ Variação Permanente de Caixa
Aumento de Capital 150
Dividendos (200) .
Acréscimo de Imobilizado (345) (395) (395)
Variação do Capital de Giro Próprio (295) -o-
+ Variação nos Itens Correntes
Aumento de Financiamento de Longo Prazo 160 160
Variação do Capital Circulante Líquido (135) -o-
= Geração Líquida de Caixa -o- 120
Determinação da NCG
(III) NCG (NI) 812.687 100 100 1.233.184 100 152 1.724.041 100 212
Financiamento da NCG
Patrimônio Líquido 1.070.861 132 100 1.407.185 114 131 1.667.827 97 156
(-) Ativo Permanente (765.698) 94 100 (1.714.879) 139 204 (2.719.760) 158 355
+ Exigível a Longo Prazo 314.360 39 100 1.170.788 95 373 2.028.231 118 646
(IV) FINANCIAMENTO TOTAL NCG 976.321 120 100 1.340.408 109 137 1.811.041 105 185
* *
19x2 19x3
Valor Valor
Absoluto Absoluto
Índice Valores
19x2 19x3
(162.411) (177.701)
Capacidade de Investimentos
870.943 1.057.395
(162.411)-(870.943) (177.701)-(1.057.395)
Capacidade de Amortização de
314.360 1.170.788
Financiamentos
A Cia. Big apresenta elevado crescimento de sua NCG tanto no exercício de 19x2 como no de 19x3,
registrando respectivamente variação percentual.
A GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA cobriu apenas nova NCG em 19x2 e em 19x3 não passou
de com isso a empresa apresentou DÉFICIT OPERACIONAL DE CAIXA em ambos os
exercícios.
Em conseqüência, passou a depender de empréstimos bancários de curto prazo para financiar esses
défícits operacionais.
Em vista disso, a empresa não só mostrou-se incapaz de pagar empréstimos bancários de curto
prazo como aumentou sua dependência destes. O exercício de 19x2 iniciou com empréstimos
bancários da ordem de US$ 356.798. Déficit Operacional de US$ um ônus
de 45%.
Excepcionalmente, é admissível tomar empréstimos bancários de curto prazo para realizar investi-
mentos permanentes quando há excedente de CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO.
Em resumo, a gestão de caixa pode ser considerada ruim em ambos os exercícios, com muitos pontos
desfavoráveis, salvando-se apenas o relativo equilíbrio entre aplicações permanentes e fontes não
correntes em 19x2.
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA 393
• Imposto de renda.
LUCRO
Taxa de retorno sobre investimento:
INVESTIMENTO
398 ANÁLISE DA GESTÃO DO LUCRO
LUCRO
Qual o valor do lucro a tomar: lucro bruto, lucro operacional, lucro antes do
imposto de renda, lucro antes da correção monetária, lucro antes das despesas
financeiras, lucro líquido?
INVESTIMENTO
Lucro Líquido
Ativo Total Médio
O valor assim obtido encerra certa distorção, pois o lucro líquido que é
apenas uma parte da renda gerada pela empresa visa remunerar o capital de
risco (normalmente o patrimônio líquido) e não o ativo total.
Para tornar mais evidente o que se acabou de dizer, suponham-se os
seguintes dados:
Vendas Líquidas
Ativo
Observe-se que não faz sentido dividir as Vendas pelo Patrimônio Líquido,
como não faz sentido dividi-las pelos capitais de terceiros, pois tanto um como
outro representam apenas parte dos recursos, enquanto as Vendas representam
a receita obtida com o uso da totalidade dos recursos.
É fácil perceber o engano a que poderia levar um índice obtido da relação
entre Vendas e Patrimônio Líquido, por exemplo, como se ilustra a seguir:
Vendas Líquidas
3,5 3,91 4,36 5,2
Patrimônio Líquido
Esse índice mostra que a empresa está vendendo cada vez mais para cada
unidade de Patrimônio Líquido e sugere que ela consegue vender mais com
menos investimentos. Como diriam aqueles que se valem desse índice, a
empresa estaria aumentando o "giro do Patrimônio Líquido".
Essa é apenas uma verdade matemática: a relação aumenta de 3,5 para
5,2, mas nada significa e, pior que isso, induz à falsa conclusão de que a empresa
está sendo mais eficiente em gerar vendas quando o que ocorre é exatamente
o oposto, como mostra o índice seguinte:
Na realidade, a empresa está vendendo cada vez menos para cada cruzeiro
total investido. A queda da participação do Patrimônio Líquido no Financiamento
do Ativo leva à falsa impressão de aumento de vendas.
Em resumo, há uma relação lógica de cada item da Demonstração do
Resultado com determinado investimento.
402 ANÁLISE DA GESTÃO DO LUCRO
RENDA INVESTIMENTO
NOTAS
(a) Ativo: representa aqui o ativo total excluído das aplicações que não estão gerando
lucro, como investimentos pré-operacionais, incentivos fiscais, participações em
outras empresas etc., ou seja, o que se convencionou chamar Ativo Operacional.
(b) Lucro antes das Despesas Financeiras: representa o lucro antes de qualquer
encargo financeiro em termos reais, ou seja, descontados os efeitos inflacionários.
(c) Despesas Financeiras: representa o valor real dos juros incorridos pela empresa,
líquido dos efeitos inflacionários.
ALAVANCAGEM FINANCEIRA E AS DIVERSAS TAXAS DE RETORNO 403
2 ALAVANCAGEM FINANCEIRA
Por exemplo, uma empresa pode obter 30% de retorno sobre o Patrimônio
Líquido (que é considerada uma boa taxa) a partir de uma modesta taxa de
retorno de 8% sobre o Ativo. Basta que pague aos credores a taxa inferior a essa
e que utilize determinada proporção de capitais de terceiros.1
Isso ocorre porque a taxa de retorno do Patrimônio Líquido depende
daquelas duas outras taxas e da proporção entre o Passivo gerador de encargos
e o Patrimônio Líquido.
A curiosa conclusão é que a taxa de retorno do Patrimônio Líquido poderá
ser totalmente diversa da taxa de retorno do Ativo e, em certos casos, até oposta.
Ou seja, a empresa mostra taxa de retorno do Ativo positiva e taxa de retorno do
Patrimônio Líquido negativa e vice-versa, tudo em decorrência do custo da dívida
e de sua proporção em relação ao Patrimônio Líquido. Daí se conclui que, às
vezes mais vale uma boa administração financeira que uma boa atividade
operacional.
A expressão matemática que revela essa relação é a seguinte:
% Passivo
RsPL RsA (RsA-CD) Gerador de
Encargos
RsPL
GAF=
RsA
1. Não se trata aqui de uma hipótese teórica, já que estão sendo considerados juros reais, os
quais, em face das flutuações da política monetária brasileira, podem até chegar a taxas
negativas, e como se verifica em setores que têm juros subsidiados.
RSA + (RsA - C D ) X
GAF -
RsA
INTERPRETAÇÃO
Para cada $ 100 investidos a empresa gera um lucro de $ 30. Paga juros
de $ 20 para cada $ 100 tomados. Logo, em cada $ 100 tomados, ganha $ 10.
Como a empresa tomou $ 400 emprestados, ganhou $ 40 = 4 x 10, além do lucro
que ganharia se não trabalhasse com capitais de terceiros. Para os $ 600 de
Patrimônio Líquido a empresa ganharia $ 180, considerando a taxa de retorno
sobre o Ativo (ou seja, a taxa de 30%) que o negócio rende; com mais os citados
$ 40, alcançou um lucro de $ 220.
Os $ 40 adicionais pelos $ 600 de Patrimônio Líquido representam uma taxa
incremental de 6,66%:
que somada à taxa de 30% dá os 36,66%. Sob outro ângulo, a empresa ganha
adicionalmente a diferença entre as taxas de retorno sobre o Ativo e a taxa de
custo de dívida:
31-12-x1
Empréstimos bancários 600
Patrimônio Líquido 400
o seu retorno sobre o Patrimônio Líquido será ampliado, porque a proporção entre
passivo gerador de encargos e Patrimônio Líquido seria maior, ou seja, de
150% = 600
400
600 = 45%
=>RsPL = 30 + (30-10)
400
45%
=>GAF = = 1,5
30%
Graficamente tem-se:
F
R
d
4. Afirma-se que a empresa não substitui o Passivo Operacional, o que é uma verdade na prática,
por dois motivos básicos: a) no caso de salários, tributos etc. simplesmente porque não têm
custo; b) no caso de fornecedores porque é um crédito automático.
5. Pode também ser chamado Passivo com Encargos.
6. Nesse caso, os estoques teriam que ser custeados pelo valor de aquisição a vista, sendo a
diferença entre valor a vista e valor a prazo, tratado como encargo financeiro de fornecedores.
ALAVANCAGEM FINANCEIRA E AS DIVERSAS TAXAS DE RETORNO 411
Assim, se uma empresa quiser substituir passivo com encargos por patri-
mônio líquido (por exemplo, lançando ações e resgatando financiamentos), deve
antes considerar que a remuneração daquele é dedutível do imposto de renda,
enquanto a deste não o é.
O lucro antes das despesas financeiras deve refletir o lucro que a empresa
auferiria se não operasse com empréstimos e financiamentos e deve, portanto,
ser deduzido do imposto de renda que sobre ele incidiria. Como na realidade o
lucro tributável é menor que esse lucro antes das despesas financeiras, a
empresa paga menos imposto de renda. Essa diferença entre o que pagaria e o
que paga deve ser creditada ou abatida das despesas financeiras como econo-
mia de imposto de renda.
VENDAS LIQUIDAS
(-) CMV/CPV
LUCRO BRUTO
• De vendas
• Administrativas
• Gerais
• Valor Bruto
• Economia com IR
LUCRO LÍQUIDO
ALAVANCAGEM FINANCEIRA E AS DIVERSAS TAXAS DE RETORNO 413
Passivo
Operacional
Passivo
ATIVO
Financeiro
PASSIVO
REMUNERADO
Patrimônio
Líquido
O Lucro antes das Despesas Financeiras será distribuído entre essas duas
fontes de recursos, destinando-se o montante das Despesas Financeiras Líqui-
das para os titulares de Passivos Financeiros - credores - e o Lucro Líquido para
os titulares do Patrimônio Líquido - acionistas.
Dividindo-se o Lucro antes das Despesas Financeiras pelo Passivo Remu-
nerado, encontra-se a taxa de retorno dos recursos tomados (junto a terceiros e
acionistas). Obtém-se então a taxa de retorno sobre o Passivo Remunerado
simbolizado por RsPR.
A taxa de RsPR mostra quanto houve de lucro para cada $ 1 tomado para
financiar os investimentos da empresa, ou qual a remuneração dos recursos
utilizados pela empresa.
414 ANÁLISE DA GESTÃO DO LUCRO
(Os exemplos até agora apresentados neste capítulo, apenas por motivos
didáticos, desconsideraram a existência de Passivo Remunerado. Entretanto, no
próximo exemplo tal fato é considerado.)
QUADRO 14.1.
Lucro
Des-
antes Passivo Patri-
Em- pesas Lucro Passivo Passivo
das Ativo Remu- mônio RsA RsPR CD RsPL
presa Finan- Liquido Operac. Financ.
Desp. ner. Líquido
ceiras
Fin.
A 750 400 350 6.000 3.000 3.000 2.000 1.000 12,5% 25% 20% 35%
B 750 400 350 5.000 2.000 3.000 2.000 1.000 15% 25% 20% 35%
C 750 400 350 4.000 1.000 3.000 2.000 1.000 18,75 25% 20% 35%
D 750 400 350 3.000 0 3.000 2.000 1.000 25% 25% 20% 35%
Isso não quer dizer, entretanto, que o RsA seja falho ou inútil. Trata-se de
um índice útil para a comparação da capacidade de geração de lucro de
empresas do mesmo ramo de atividades, para a avaliação do desempenho
evolutivo da empresa e no planejamento de lucros.
O RsA serve também para a empresa fazer projeções sobre o lucro dos
ativos e, uma vez estimado o passivo operacional, chegar ao RsPR.
QUADRO 14.2.
Lucro
Des-
antes Passivo Passivo Patri-
Em- pesas Lucro Passivo
das Ativo Remu- Finan- mônio RsA RsPR CD RsPL
presa Finan- Líquido Operac.
Desp. nerado ceiro Liquido
ceiras
Fin.
I 750 180 570 6.000 4.100 1.900 900 1.000 12,5% 39,47% 20% 57%
J 750 480 270 6.000 2.600 3.400 2.400 1.000 12,5% 22,06% 20% 27%
416 ANÁLISE DA GESTÃO DO LUCRO
"Os ganhos monetários derivados desses passivos (sem encargos) não devem estar
incorporados com os advindos dos passivos sujeitos a juros, muito menos devem compor
qualquer tipo de cálculo médio de encargos de recursos de terceiros. Para isso, o critério
mais simples e indicado é tratar tais passivos como redução dos ativos circulantes, o que
equivale a duas coisas: primeiro, tratar os ganhos monetários deles derivantes como
uma espécie de recuperação das perdas monetárias sofridas pelos ativos; segundo,
reduzir o total do ativo usado como base para a taxa de retorno. Para ambas as
finalidades o critério é adequado, já que, de fato, os ganhos monetários desses passivos
sem encargos devem estar computados como parte do resultado operacional antes das
despesas financeiras e, além disso, não representa, normalmente, aplicação de recursos
de terceiros captados."7
RsPR + (RsPR-CD)
I GAF =
RsPR
ou
RsAL + (RsAL-CD)
II GAF =
RsAL
7. MARTINS, Eliseu. Análise da correção monetária das demonstrações financeiras. 2.ed. São
Paulo: Atlas, 1984. p. 80.
ALAVANCAGEM FINANCEIRA E AS DIVERSAS TAXAS DE RETORNO 417
Outros dados:
• Aumento de Capital:
m 03-07-X2 = 204
• Os acréscimos de empréstimos ocorreram de maneira aproximadamente uniforme.
• Alíquota de Imposto de Renda - 35%
ALAVANCAGEM FINANCEIRA E AS DIVERSAS TAXAS DE RETORNO 419
SOLUÇÃO
CMV (1.500)
• Economia de IR 9
28 52
Lucro Líquido 143
8. 25% s/300=105.
9. Diferença entre 105 que a empresa pagaria e 77 que a empresa efetivamente irá pagar - 28.
420 ANÁLISE DA GESTÃO DO LUCRO
PLM=602
PEM = PE¡ +
PE M = 400 + [120]
PEM = 460
onde: P L M = 602
PEM = 460
PRM = 602 + 460
PRM = 1.062
ALAVANCAGEM FINANCEIRA E AS DIVERSAS TAXAS DE RETORNO 421
3º PASSO: ÍNDICES
LL 143
RsPL = = = 23,75%
• Retorno s/ Patrimônio Líquido: PLM 602
DF 52
CD = = = 11,30%
• Custo da Dívida: PEM 460
LA 19 5
RsPR = = - 18,36%
• Retorno s/ Passivo Remunerado: PRM 1.062
RsPL 23,75%
GAF = = = 1,29
• Grau de Alavancagem Financeira: PsPR 18,36%
4º PASSO: COMENTÁRIOS
A empresa obtém uma taxa de retorno de 18,36% na remuneração dos recursos utilizados, porém os
Passivos com Encargos custam apenas 11,30%. Com isso, obtém uma alavancagem de 1,29, ou seja,
consegue multiplicar por 1,29 a remuneração do Patrimônio Liquido, cuja taxa de retorno atinge, então,
23,75%.
2. Assim demonstradas:
19x1
Saldo Inicial 389.742 + 189.604 = 579.346
19x2
Saldo Inicial - 356.798 + 314.360- 671.158
19x3
** Por falta de dados externos à empresa, o acréscimo de passivo financeiro foi considerado
como tendo ocorrido uniformemente no exercício.
424 ANÁUSE DA GESTÃO DO LUCRO
3º PASSO: ÍNDICES
4º PASSO: COMENTÁRIOS
Em 19x1, a Cia. Big apresentou alavancagem financeira ligeiramente superiora 1, mais precisamente
1,03, o que significa que a taxa de retomo do patrimônio liquido ficou apenas 3% acima da taxa de
retorno sobre o ativo líquido. * Isto porque para uma taxa de retorno sobre o ativo líquido de 25,63% ao
ano a empresa pagou 24,72% pelo passivo financeiro. Em resumo, as três taxas básicas, retorno sobre
o ativo líquido, custo da dívida e retorno sobre patrimônio líquido ficaram próximas ao patamar de 25%.
Já em 19x2 e 19x3 se verificou uma redução das taxas de retomo sobre o ativo líquido para algo em
tomo de 17%, enquanto o custo da dívida ficou na faixa de 20%. Assim, investindo a 17% e pagando
20 % pelos recursos tomados, a rentabilidade dos acionistas - taxa de retorno sobre o patrimônio líquido
- caiu abaixo de 17% exatamente 13,7% em 19x2 e 11,17% em 19x3. É o que revelam os graus de
alavancagem: cada $ 1.00 de rentabilidade do ativo transforma-se em 19x2 em $ 0,79para os acionistas
e em 19x3 em $0,65.
Vendas
onde: Giro de Ativo, e
Ativo
Lucro
Margem de Lucro
Vendas
GIRO 1 2 3 4
MARGEM 12% 6% 4% 3%
MARGEM
48%
24%
ISOQUANTA dos 12%
12%
6%
4%
3% GIRO
0,25 0,5 1 2 3 4
Margem
(%) 15,5 A
Taxa de Retorno
curva dos 12%
11.6 B
9.9 C
8,9 D
6.5
E
5.0
F
4.3
G
3.3
H
2.8
GIRO MARGEM
EMPRESAS RAMO
(vezes) (%)
que as Vendas. A partir daí procura-se saber qual grupo dentro do Ativo cresceu
mais do que as vendas e depois qual conta teria crescido mais e, dessa maneira,
decompõe-se todo o Ativo. Analogamente, termina-se decompondo a Margem
em Lucro e Vendas e, por sua vez, o Lucro em todos os elementos da Demons-
tração do Resultado.
O esquema seguinte mostra o desdobro da taxa de RsAL.
Ativo
Circulante
Ativo Realiz.
Ativo Total
a Longo Prazo
Vendas
Ativo
Giro
Permanente
Ativo
Líquido
Fornecedores
Passivo Outras
Operacional Obrigações
RsAL
Vendas
Lucro dos
CMV De Vendas
Ativos
Margem
Despesas e Adminis-
Vendas
Custos trativas
Despesas
Gerais
Operacionais
I R sobre Lucro
dos Ativos
Outras Rec. e
Despesas
Dentro de cada quadradinho podem ser incluídos os valores dos últimos três
exercícios, assim como a Análise Horizontal e a Vertical, como mostramos na
página seguinte:
430 ANÁLISE DA GESTÃO DO LUCRO
Estoques
1. Estrutura d o s Q u a d r o s
2. Valores Absolutos em milhares de Dólares.
RsAL + (RsAR-CD)
GAF =
RsÃR
DESDOBRO DAS TAXAS DE RETORNO 433
(RsAL-CD)
RsAL + TAR
GAF = RsAL
RsPL
lembrando que G A F = , tem-se que:
RsAL
RsAL RsAL
X1 X2 X3 X1 X2 X3
25 17 17 Vide Quadro página 431
25 17 17
RsPL 100 68 66 100 66 68
RsAL-CD
X1 X2 X3 X1 X2 X3 Desp. Finan. Brutas
25 13 11 0 (4) (4) X1 X3
100 52 44 X2
TAR — - -
284 443 863
X1 X2 X3 Desp. Finan. Liquidas
100 156 304
GAF 0 (4) (6) X1 X2 X3
X1 X2 X3 - - - 154 241 469
CD
1 0,76 0,65 100 156 305
X1 X2 X3 Economia c/IR
100 76 65 X1 X2 X3
25 21 21
100 84 84 130 202 394
RsAL Passivo Financeiro
100 155 303
X1 X2 X3 X1 X2 X3
25 17 17 625 1160 2255
PF
100 68 66 100 185 380
X1 X2 X3
625 1160 2255
PF+PL
100 1851 360
X1 X2 X3
66% 94% 147%
100 142 223 PL
ANÁLISE DA GESTÃO DO LUCRO
X1 X2 X3
945 1238 1537
100 1310 1626
A taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RsPL) sofreu queda de 66% de 19x1 para 19x3 e isto
se deveu tanto à queda da taxa de Retorno sobre o Ativo Líquido (RsAL), que caiu 32%, como à
perda de 6 pontos percentuais na taxa de ajuste da rentabilidade (TAR). Esta última depende da
diferença entre a taxa de Retorno sobre o Ativo Líquido (RsAL) e a taxa de Custo da Dívida (CD),
multiplicada pelo grau de endividamento financeiro em relação ao Patrimônio Líquido (PF/PL). A
diferença (RsAL - CD) que era zero (0) em 19x1, passou a menos quatro (- 4). Com o aumento de
123% no endividamento financeiro (PF/PL) que passou de 66% para 147% - a TAR passou de zero
para menos 6, ou seja, os acionistas passaram a perder 6 pontos percentuais na taxa de retorno do
patrimônio líquido. Assim, para uma empresa em que cada dólar investido rende 17%, os acionistas
conseguem apenas 11%.
Dessa forma, conclui-se que o endividamento financeiro foi desfavorável para a empresa nesses dois
últimos exercícios.
Convém analisar agora as causas da queda na taxa de RsAL
Aqui são constatados dois fatos importantes ao longo dos exercícios de 19x1,19x2 e 19x3. Enquanto
o giro sofreu a acentuada queda de 53% (ou seja, a empresa vendeu 53% a menos em 19x3
relativamente a 19x1 para cada dólar de investimento), a Margem aumentou 37%, atenuando, mas
não compensando o efeito sobre a taxa de RsAL que, ao final, se reduziu em 32%. 0 aumento da
margem revela um auspicioso desempenho, pois todos os custos e despesas cresceram menos que
as vendas, chegando inclusive a registrar-se queda de 6% nas despesas administrativas mesmo
diante do aumento de 22% nas vendas.
Observe-se que a redução do giro deveu-se a aumento exagerado no volume de investimentos e
não a redução de vendas.
O aumento de 22% nas vendas em 19x3, comparativamente a 19x1, após um declínio de 7% em
19x2 indica não só recuperação das vendas no último exercício, como também um razoável
incremento de vendas.
O que parece incompatível com o desempenho de vendas é o aumento do ativo.
Note-se que o grande aumento do ativo deu-se no permanente, tratando-se, pois, de investimento
do qual ainda se espera a maturação, ou seja, que se reflita em vendas.
Entretanto, há um aumento inquietante de ativo circulante, que cresceu 58% para 22% de cresci-
mento de vendas, agravado por um aumento de apenas 12% no passivo operacional, fonte natural
de recursos da empresa.
Em resumo, a empresa atuou bem no controle de custos, mas pareceu displicente nas decisões de
investimento e financiamento, pois (a) investiu muito no permanente para um período de apenas dois
anos; (b) investiu no circulante mais do que se considera adequado em função do crescimento de
vendas; (c) não conseguia que o passivo operacional acompanhasse o crescimento de vendas e (d)
tomou financiamento a taxas de juros superiores à taxa de retorno do ativo liquido.
Ativo
LEGENDA: Circulante
+
Passivo Outras
Operacional Obrigações
RsAL x
Vendas
RsAL
Lucro dos
RsPL + (RsAL-CD) CMV De Vendas
Ativos -
GAF ÷ TAR x Margem ÷ +
-
Despesas e Adminis-
RsAL Vendas +
Custos trativas
DESDOBRO DAS TAXAS DE RETORNO
+
Desp. Financ. Despesas
Gerais
Brutas Operacionais
+
Desp. Finan. IR sobre Lucro
Líquidas dos Ativos
CD ÷
Suponha-se que uma empresa com uma taxa de retorno sobre o ativo de
12% estimasse em elevá-la para 18%. Diversas possibilidades se apresentam,
como mostra a Figura A.1.
MARGEM
CURVA ALMEJADA: 18%
POSIÇÕES POSSÍVEIS:
Curva dos 18%
D
A, B, c, D, E
C
Posição B
atual da E
Empresa P
GIRO
Se a empresa quer aumentar sua taxa de retorno, deve pular para uma curva
mais para cima e à direita (como, por exemplo, é a curva dos 18% em relação à
curva dos 12%). Então é importante saber, exatamente, em que ponto da curva
mais baixa ela se encontra, a fim de estudar uma alternativa viável.
Na Figura A.1 supõe-se que a empresa se encontra exatamente no centro
da curva dos 12%. Ela teria, em síntese, cinco alternativas para passar a curva
dos 18%:
diminui. Inevitavelmente a taxa de retorno sobre o Ativo cairá. Mesmo que possa
ter havido elevação da Margem, ela não será suficiente para compensar a queda
no Giro (lembre-se que a Margem pode aumentar ainda que o lucro diminua porque
ela resulta da divisão Lucro/Vendas).
A decisão, portanto, de alterar preços tanto pode ser benéfica quanto maléfica
para a empresa.
A conseqüência do aumento de preços sobre o volume de venda é decorrência
do tipo de Curva de Demanda do mercado da empresa. Diferentes impactos podem
ser provocados sobre o Giro e a Margem por aumento de preços. Para compreen-
dê-los é preciso ter em conta não só a Curva de Demanda, mas também a relação
"Custo, Volume, Lucro" e a relação entre o Volume de Capital de Giro x Volume de
Vendas.
Aumentando-se o preço, a quantidade demandada pelos compradores tende
a cair, a não ser que a Curva de Demanda seja inelástica, como certos gêneros de
primeira necessidade. Os anos de crise provaram, no entanto, que não existe Curva
de Demanda absolutamente inelástica. Produtos como pão, leite, energia elétrica,
carne, cigarros, gasolina não sofrem queda de demanda diante de pequenos
aumentos, mas todos experimentaram quedas diante de aumentos maiores.
A esta altura identificam-se algumas variáveis que influem no Giro e na
Margem; portanto, na taxa de retorno do Ativo:
Além dessas variáveis, existem outras de menor influência, mas que nem por
isso deixam de afetar o Giro e a Margem. São elas: Ativo Permanente, Prazo Médio
de Recebimento de Vendas, Prazo Médio de Renovação de Estoques, Taxa de
Juros etc.
Alterar o preço é apenas uma forma de mexer com Giro e Margem. Há, na
realidade, número incontável de possibilidades. A empresa pode aumentar as
vendas, concedendo: 1) maiores prazos ou 2) gastando mais em propaganda.
No primeiro caso, a ampliação do Prazo Médio de Recebimento de Vendas,
além de proporcionar maiores vendas, faz crescer o Ativo. Analisa-se então o que
sobe mais. Crescendo o Ativo, aumentam os financiamentos e as despesas de
juros. É necessário verificar se o aumento de Lucro Bruto compensa o aumento
das despesas de juros.
No segundo caso, com a intensificação da propaganda, poderá haver cresci-
mento de Vendas. O Lucro, entretanto, poderá tanto aumentar como diminuir, pois
as despesas fixas5 adicionais podem ser maiores ou menores que o lucro adicional.
Se o lucro se mantiver, certamente a Margem que é a relação lucro/vendas terá
diminuído.
5. As despesas de propaganda estão sendo consideradas fixas, pois não dependem da quanti-
dade vendida.
DESDOBRO DAS TAXAS DE RETORNO 441
1 EXEMPLO (I)
Simbologia:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
V1 12.000 v2 12.000
5 x 2.400 5x2.400
3 x 2.400 2.80x2.400
2 EXEMPLO (II)
V2 =12.000 V3 = 11.550
i2 = 12% i3 = 12%
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
V2 12.000 V3 11.550
5X2.400 5,50X2.100
2.400X2,8 2.100X2,8
G2 = 12.000/10.000=1,2 G3 = 11.550/9.887=1,17
M2 = 1.320/12.000=11% M3 = 1.724/11.550=14,9%
RsA2 = 1,2X11%=13,2% RsA3 = 1,17X14,9%=17,4%
CONCLUSÕES
Efetivamente, foi esse o acréscimo no lucro antes dos juros, que passou de
$ 1.800 para $ 2.190. Tendo vendido menos, caiu o volume de Duplicatas a
Receber, de Ativo, de Empréstimos Bancários e de Despesas de Juros. Estas
foram reduzidas de $ 480 para $ 466. Com isso, houve mais $ 14 de acréscimo
no Lucro Líquido em relação à situação anterior.
DESDOBRO DAS TAXAS DE RETORNO 445
1 M O D E L O DA AVALIAÇÃO
Planilha I
Modelo de Avaliação dos Índices Financeiros
QUADRO 16.1
EXERCÍCIO
19x1 19x2 19x3
ITEM
ÍNDICE PESO VALOR NOTA PESO X NOTA VALOR NOTA PESO X NOTA VALOR NOTA PESO X NOTA
Notada
estrutura de 4,8 3,9 2,5
capitais
Notada
INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE
Notada
7,1 4,8 3,9
rentabilidade
DIAGNÓSTICOS E SOLUÇÕES EMPRESARIAIS 451
Planilha II
Avaliação das Categorias de Índices Financeiros
QUADRO 16.2
EXERCÍCIO
ITEM
CATEGORIAS DE
Peso Nota Peso x Nota Nota Peso x Nota Nota Peso x Nota
ÍNDICES
ESTRUTURA DE
CAPITAIS 0,4 4,8 1,92 3,9 1,56 2,5 1,0
Estrutura de
Categoria Liquidez Rentabilidade Global
Capital
19... X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3 X1 X2 X3
Ótimo
Bom
Satisfatório
Razoável
Fraco
Deficiente
Péssimo
452 INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE
Satisfatório
Satisfatório
Satisfatório
Deficiente
Deficiente
Deficiente
Razoável
Razoável
Razoável
Péssimo
Péssimo
Péssimo
Ótimo
Ótimo
Ótimo
Fraco
Fraco
Fraco
Bom
Bom
Bom
Item
Estrutura * *
* *
Liquidez
*
Rentabil. * * *
Global
* * *
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
Exercício findo em 31-12X1 31-12-X2 31-12-X3
Valor Valor Valor
AV AH AV AH AV AH
Absoluto Absoluto Absoluto
RECEITA LÍQUIDA 4.793.123 100 100 4.425.866 100 92 5.851.586 100 122
Custo dos Produtos Vendidos 3.621.530 76 100 3.273.530 74 90 4.218.671 72 116
Lucro Bruto 1.171.593 24 100 1.152.336 26 98 1.632.915 28 140
Despesas Operacionais 495.993 10 100 427.225 9 86 498.025 8 100
Outras Rec/Desp. Operacionais 8.394 - - 17.581 - - 27.777 - -
LUCRO OPERACIONAL 683.994 14 100 742.692 17 108 1.162.671 20 158
(antes dos Resultados Financeiros)
Receitas Financeiras 10.860 - - 7.562 - - 5.935 - -
Despesas Financeiras 284.308 6 100 442.816 10 156 863.298 15 304
LUCRO OPERACIONAL 410.546 8 100 307.438 7 75 305.304 5 75
Resultado não Operacional 1.058 - - -.- - - -.- - -
LUCRO ANTES DO IR 411.604 8 100 307.438 7 75 305.304 5 75
LUCRO LÍQUIDO 223.741 4,66 100 167.116 3,77 75 165.956 2,83 75
454 INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE
A Cia BIG. fez tudo ao contrário (vide Figura 15.1). Seus prazos médios de
recebimento de vendas e de renovação de estoques subiram respectivamente
1 1 % e 33%, quando a expectativa era a de que se reduzissem. O prazo de
pagamento de fornecedores caiu 26%, ao contrário do desejado. Em conseqüên-
cia, o ciclo de caixa equivalente cresceu 50%.
mais %CMV/V
Ex X1 X2 X3
CCeq PMPEeq VL 61 54 54
Ex X1 X2 X3 Ex X1 X2 X3 AH 100 88 88
VL 65 91 99 VL 45 62 60 vezes PMRE
Ex X1 X2 X3 Ex X1 X2 X3 AH 100 42 86
Ex X1 X2 X3
Vd Observações: 1. Valores Absolutos em US$ 1.000.
VL 5960 6043 7820
INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE
NCG
Ex X1 X2 X3
VL 812 1233 1724
mais
AH 100 152 212
AV 44 39 48 AV = Analise Vertical
PL = Patrimônio Líquido
menos
AP = Ativo Permanente
Ex X1 X2 X3 CCP = Capital Circulante Líquido
ELP = Engível a Longo Prazo
VL 164 107 87
CCL = Capital Circulante Liquido
AH 100 65 53 PCF = Passivo Circulante Financeiro
ACF= = Ativo Circulante Financeiro
AV (20) (9) (5)
5 ANÁLISE DA RENTABILIDADE
RsAL
RsAL
X2 X3 X1 X2 X3
• X1
25 17 17 Vide Quadro página 461
25 17 17
RsPL 100 68 68 100 68 68
RsAL-CD
X1 X2 X3 X1 X2 X3
mais Desp. Finan. Brutas
25 13 11
0 (4) (4)
44 X1 X2 X3
100 52 - - -
TAR menos 284 443 863
X1 X2 X3 Desp. Finan. Líquidas
100 156 304
GAF 0 (4) (6) X1 X2 X3
X1 X2 X3 — - — 154 241 469 menos
CD
1 0,76 0,65 mais 100 156 305
X1 X2 X3 Economia c/ IR
100 76 65
25 21 21 dividido X1 X2 X3
Outras Receitas/Despesas 20 21 21
Exercício
X1 X2 X3 100 105 105
Valores Absolutos ou Índices
20 25 33
Análise Horizontal
100 125 165
Notas:
Como foi visto, o problema crucial da Cia. BIG foi o alto e crescente
endividamento.
A solução de seus problemas passa necessariamente pela redução do
endividamento.
Em primeiro lugar, é preciso analisar a viabilidade de redução do ativo
imobilizado. Em 19x1, a relação vendas líquidas/imobilizado era de 6,92; em
19x3, caiu para 2,44. Logo, parece possível algum esforço nesse sentido.
Havendo desmobilização, a empresa poderá imediatamente reduzir parte
das dívidas.
Outra medida a ser imediatamente implantada é a redução do ciclo de caixa
aos níveis de 19x1, o que proporcionaria uma redução de $ 737,800 dólares na
NCG e, automaticamente, na redução do passivo circulante financeiro, que
poderia chegar a 88%. 2
737.800
b) x100=88%
834.743
1 INTRODUÇÃO
2 CONTEÚDO
RAMO
Administração e participação
Bebidas e fumo
Comércio
Construção e engenharia
Madeira e ¡mobiliário
Materiais de transporte
Mecânica
Metalúrgico/siderúrgico
Produtos alimentícios
Serviços públicos
Eletroeletrônicos
Papel e celulose
Química
Serviços em geral
Transporte
Consulta a índices-padrão
Telas de entrada
Ao concluir uma tela, o usuário deve voltar ao menu e escolher outra tela,
ou outra função.
Digitando "M", o sistema inicia o processo de edição de valores. (Sempre
que for iniciar digitação ou correção, digite M.) O cursor aparecerá no primeiro
campo da tela, aguardando digitação de dados. Caso o dado seja "zero", basta
seguir em frente e teclar enter.
Caso deseje corrigir dados de uma tela, tecle antes "M".
Os itens previstos nas telas são fixos. Dessa forma, o usuário deverá
adaptar as demonstrações financeiras que deseja analisar ao modelo das telas.
Ou seja, deve "padronizar" as demonstrações financeiras (conforme previsto no
DIAGNÓSTICOS E SOLUÇÕES EMPRESARIAIS 467
Dados adicionais
É importante preencher a linha "Vendas Realizadas" para que os índices
de prazos médios não fiquem prejudicados (relatório F).
A soma das despesas "De vendas", "Administrativas" e "Gerais" deve
coincidir com o total de "Despesas Operacionais" da tela "Demonstrações de
Resultados".
O usuário deverá indicar o valor de Compras, que é essencial para alguns
¡tens dos relatórios. No caso de empresas comerciais, as compras podem ser
estimadas pela conhecida fórmula: CVM = El + C - EF. No caso da indústria, se
não for possível obtê-lo diretamente da empresa, o usuário deverá estimá-lo,
considerando que as compras representam na indústria em média 40% das
vendas e no comércio, cerca de 60%.
No item "Alíquota de Contribuição Social + IR", o usuário deverá em cada
ano colocar a porcentagem (%) que esses dois itens representarem em relação
ao "Lucro antes do IR e Contr. Social". Essa porcentagem (%) não corresponde
exatamente às alíquotas nominais cobradas pelo governo, mas ao cálculo de
quanto custaram para a empresa esses dois itens percentualmente em relação
ao lucro anterior. O usuário deverá digitar o valor inteiro, que o sistema entenderá
como percentual. Por exemplo 32%; basta digitar 32. No caso da empresa não
ter pago esses encargos (por exemplo, quando tem prejuízo) indicar "0" (zero).
Na segunda tela, o usuário deve entrar com os dados sintéticos do Balanço
do final do exercício anterior aos três anos da análise.
Relatórios
O usuário deverá escolher o relatório desejado. Se quiser todos, terá que
selecionar individualmente, um a um.
São os seguintes os relatórios emitidos pelo Sistema:
3 Instalação do SOFTWARE
Ambiente DOS
1. Digite:
Ambiente Windows
2. Digite:
Caso o seu Drive de 3.5" seja [B], substitua (A) por (B).
470 INTEGRAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE
4 Execução do SOFTWARE
CD\DFINANC [enter]
DF [enter]
1.1 Ao executar o programa, será apresentada ao usuário uma tela para
atualização ou confirmação da data atual. Após confirmar a data, será
apresentado ao usuário o Menu Geral, a partir do qual serão selecio-
nadas as telas de Entrada de Dados e os Relatórios de saída.
1.3 Relatórios