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DIREITO CONSTITUTICONAL

O preambulo da CF apresenta o texto da constituição, é fonte de interpretação, mas é desprovido de normatividade e


com isso não serve como parâmetro do controle de constitucionalidade das leis. Ele sóapresenta a CF.

Não há hierarquia entre as normas do corpo fixo e do ADCT e todas servem como parâmetro do controle de
constitucionalidade das leis, ou seja, todas as normas infraconstitucionais precisam estar em harmonias com as
normas do corpo fixo e da ADCT, senão tornam-se invalidas.

Normas constitucionais derivadas nasceram no dia 05/10/88 e as normas que foram introduzidas na CF pelo poder
reformador, são chamadas de normas constitucionais derivadas.

As normas constitucionais derivadas NCD e as normas infraconstitucionais NIC e todas as outras (CC, CP, CPC, ECA..),
são presumidas relativamente constitucionais. Relativa porque elas nascem com seus efeitos jurídicos, mas podem ser
declaradas inconstitucionais. Gozam de uma presunção positiva, podendo vir a ser negativa.

As normas constitucionais originarias NCO são normas que gozam de presunção absoluta de constitucionalidade. Ou
seja, essas normas não podem ser declaradas inconstitucionais. O STF não pode declarar a inconstitucionalidade
destas normas.

PODER REFORMADOR art.60 CF

É o poder responsável pelas alterações formais que a CF sofrerá ao longo de seus dias. Só se pode mudar a
Constituição por meio da Emenda Constitucional.

Hoje o poder reformador só se realiza por meio das emendas constitucionais, produzidas de acordo com o art. 60 da
CF.

Limitações:

1 – Temporais: no artigo 60, conforme entendimento majoritário não há limitação temporal ao poder de
reforma da CF, ou seja a CF pode ser alterada no dia seguinte a sua promulgação. Na constituição do Império
de 1824 no art. 174, previa que durante 4 anos ela não poderia sofrer reforma.

2 – Circunstanciais: Art. 60§1 – durante a intervenção federal (Art. 134 a 136) e durante o Estado de Defesa e de Sitio
(Art. 136 á 141), não se permite a alteração da CF.

3 – Formais: Associadas a processo legislativo. Quem são os legitimados para proporem a PEC (proposta de emenda a
CF). Art. 60 I,II,III, §2,§3 e §5 CF. ROL TAXATIVO

I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados (171 deputados) ou do Senado
Federal (27 senadores);
II – do Presidente da Republica;

III – de mais da metade das Assembleias legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada
uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Não há iniciativa popular para apresentar a PEC, ou seja, não pode ser proposta pelo povo.

De acordo com o Art. 64 da CF podemos concluir que a casa iniciadora do processo legislativo é via de regra a câmara
dos deputados e o congresso nacional é a casa revisora, salvo se o projeto de lei for apresentado no Congresso
nacional, nesta hipótese inverterá a ordem de votação, passando a câmara dos deputados a ser a casa revisora.

§2 – A proposta será discutida e votada, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

§3 – A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, com o respectivo numero de ordem.

Importante*** De acordo com o Art. 60 § 3, podemos concluir que não há sansão ou veto do presidente da republica
no processo de elaboração das emendas constitucionais.

§5 – A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser
objeto de nova proposta na mesa de sessão legislativa.

Seção legislativa é o período anual de trabalho dos legisladores, Art. 57 CF.


Legislatura é o mandato de 4 anos, Art. 44 pú.

A PEC NÃO PODE SER REJEITADA E REAPRESENTADA NA MESMA SESSÃO LEGISLATIVA, MAS A PROPOSTA PODE SER
REJEITA E APRESENTADA NA MESMA LEGISLATURA, DESDE QUE EM SESSÕES LEGISLATIVAS DISTINTAS.

4 – Materiais: (Limitações de conteúdo, assunto, tema) – Temos então limitações materiais EXPRESSAS (clausulas
pétreas, art. 60 § 4 CF) e as Limitações Materiais IMPLICITAS (limitações estas que são A FORMA DE GOVERNO
REPUBLICANA, SISTEMA DE GOVERNO PRESIDENCIALISTA, O PROPRIO ART 60.) QUE NÃO PODE FACILITAR O
PROCESSO DE REFORMA DA CF.

§4 – Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I- A forma federativa de Estado;


II- O voto direto, secreto, universal e periódico;
III- A separação de poderes
IV- Os direitos e garantias individuais.

MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL -É o processo informal de mudança da CF que permite a releitura do texto constitucional
a luz de novos fatos sociais, econômicos, políticos e culturais, permitindo que a Constituição esteja sempre afinada,
atualizada com a atualidade do pais.

A emenda é a única forma de alteração da Constituição, podendo ser também alterada de forma informal conforme a
Mutação Constitucional.. O exemplo do art. 226§3: em que determina como união estável o homem e a mulher,
porem o supremo entendeu como união estável também o casal homoafetivo. O Supremo deu então uma mudança de
interpretação do texto constitucional.

EFICACIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

È uma divisão tripartida, porem contida 2 grupos, o 1º contem as normas de eficácia plena e contida e o 2º é o das
normas de eficácia limitada.Segundo Jose Afonso da Silva.
NORMAS DE EFICACIA PLENA – são auto aplicáveis e de incidência direta, imediata e integral, pois não podem sofrer
restrições por parte do Poder Publico. Ex. art. 1, 5, III, art. 2 CF. Desde a sua entrada em vigor produzem todos seus
efeitos.

NORMAS DE EFICACIA CONTIDA– são normas auto aplicáveis e geram incidência direta, imediata, mas não integral,
pois podem sofrer restrições ou condicionamentos por parte do poder publico. Art5 XIII. Ela produz seus efeitos
jurídicos, porem há condicionamentos a alguns requisitos. Ex.: O Bacharel em direito precisa fazer a OAB para poder
advogar.

“Art. 5 XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer.”

NORMAS DE EFICACIA LIMITADA – Não são auto aplicáveis e produzem incidência indireta, mediata e não integral, pois
dependem de atuação futura seja ela administrativa ou legislativa, por parte do poder publico.

Ex.: A saúde é um direito fundamental, mas essa norma não significa que a saúde seja um exemplo no País,
necessitando então da atuação futura do Poder Publico para atingir seu objetivo.

a) Normas Programáticas – estabelecem programas, diretrizes, metas, que devem ser cumpridas pelo poder
publico, para que possam se tornar realidade. Ex: art. 196 (direito a saúde), 205 (direito a educação) e 225
(meio ambiente econimico) CF.
b) Normas de Conteúdo Institutivas/ organizatórias – Criam órgãos, funções, institutos, que dependem de
regulamentação para que possam se tornar realidade. Ex. art. 112, 93 caput, 134§1 CF.

TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


1 – Existem diferenças entre Direitos e Garantias Fundamentais?
R= sim, pois os direitos declaram, formando normas de conteúdo materiais/declaratórias e as garantias
protegem/tutelam os direitos. Ex. Art. 5, XV – liberdade de locomoção, se houver uma restrição a esse direito, teremos
então no art. 5 LXVIII o HC que é o direito que garante o direito locomoção.

2 – Titularidade dos direitos fundamentais.


Segundo a CF os titulares dos direitos fundamentais são os brasileiros, sendo natos ou os naturalizados e os
estrangeiros residentes no País. Segundo o STF todas as pessoas naturais ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras devem
ter os seus direitos fundamentais respeitados.

3 – Positivação
Os direitos fundamentais estão previstos em toda a CF e não apenas nela como tambem nas normas infra
constitucionais, como ECA, Estatuto do Idoso, CDC..

NACIONALIDADE

É um direito fundamental de primeira geração e que esta associada a própria identidade do individuo, e adquirida ou
em razão do nascimento ou por um processo de naturalização. Art. 12 e 13 CF.

Nem todo nacional (brasileiro ou naturalizado) é cidadão (eleitor), Ex.: Crianças, maluquinhos, etc. Via de regra todo
cidadão é antes nacional. Exceção: português equiparado Art. 12§1 CF (este se equipara a um brasileiro porem não é).

Art. 12 CF – São brasileiros:


§1 – Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na CF.
1 - Conceitos relacionados:

a) Apátrida ou Heimatios – sem nacionalidade.


b) Polipátridas – Com mais de uma nacionalidade. (filho de alemão, porem nasceu no Brasil).
Dupla nacionalidade é diferente de dupla cidadania, ou seja o individuo pode ter mais de uma nacionalidade e apenas
uma cidadania, ou pode ter mais de uma nacionalidade e exercer o poder politico em ambos.

2 - Espécies de Nacionalidade :

a) Originaria/primaria: é a nacionalidade esta associada ao nascimento, também chamados como brasileiros


natos. Involuntária (o estado quem escolhe os critérios para atribuição da nacionalidade).
b) Secundaria/ derivada, ou adquirida: é aquela que não é adquirida em razão do nascimento, e sim em razão da
nacionalização, ou seja, a pessoa naturalizada, sendo estes chamados de brasileiros naturalizados. Voluntaria
(próprio individuo que vai se manifestar).

3 - Critérios de Atribuição de Nacionalidade Originaria:

a) Ius Sanguinis: espécie de nacionalidade Originaria – Critério sanguíneo – Será nacional todo desdente de
nacional independentemente do seu local de nascimento. Nacionalidade transferida pelos descendentes.
b) Ius Soli: Critérios será o nacional todo nascido no território do estado, independentemente da nacionalidade
de sua ascendência.Adotado nos Pais.
c) Critério Misto: Nosso critério é misto, havendo uma predominância do Ius Soli.

4 - Tratamento Diferenciado entre os Brasileiros: Art 12 §2

A) Em relação aos Cargos, estes privativos dos Brasileiros Natos Art. 12§3:
“I – de presidente e Vice presidente da Republica;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do senado Federal
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – Membro de Carreira Diplomática;
VI – de oficial das forças armadas;
VII – de Ministro de Estado da Defesa.”
Nem todos os membros do Conselho da Republica precisam ser brasileiros natos. A participação direta do povo no
conselho essa sim deve ser apenas por brasileiros natos.
B) Em relação há Extradição– Art. 5 LI –. O brasileiro nato não pode ser extraditado, nem se este tiver mais de
uma nacionalidade.

Art. 5 LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum praticado antes da
naturalização, ou de comprovado envolvimento em trafico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

Art. 5 LII - Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime politico ou de opinião. Neste caso não será
extraditado nem o estrangeiro, nem o brasileiro nato e nem o naturalizado.

C) Em relação à função no conselho da Republica -Art. 89 CF –A função no conselho da republica NÃO é privativa
dos brasileiros natos. A função Popular é privativa de nacional Originaria.
D) Em relação à propriedade. Art. 222 –

Art. 222 - A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de nos e imagens é privativa de brasileiros
natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham
sede no país.

5 – Brasileiros Natos Art. 12, I, a,b,cc.

As hipóteses de aquisição de nacionalidade originarias se esgotam na CF! Não havendo hipóteses de aquisição de
nacionalidade originaria fora da constituição. Não podendo ser ampliada por normas infraconstitucionais.

I – Natos;
a) Os nacidos na Republica Federativa do Brasil ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a
serviço de seu país;IUS SOLI ( ORIGEM TERRITORIAL) Não será nato o nascido no Brasil, filho de pai e mãe
estrangeiro, mas se um deles estiver a serviço oficial de seus pais no Brasil.. Todo filho de brasileiro nascido no
brasil, brasileiro nato será.
b) Os nascidos no estrangeiro, de pai Brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço
da Republica Federativa do Brasil;Critério sanguíneo, ou seja IUS SANGUINIS. Será também brasileiro nato o
filho de pai ou mãe brasileira, desde que 1 deles esteja a serviço oficial da Republica Federativa do Brasil no
exterior. Serviço oficial é aquele que estar representando a ADM publica das esferas federal , municipal,
estadual ou distrital.
c) Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na Republica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade pela nacionalidade brasileira;Critério IUS SANGUINIS + registro no Consulado,
este será brasileiro nato se quando atingir a maioridade, este venha a optar pela nacionalidade brasileira e
venha morar no brasil.
Se o filho de brasileiro for menor de idade ele será considerado brasileiro nato provisório, onde ao atingir a maioridade
ele deverá se manifestar perante o Juiz Federal de 1 grau e requerer a nacionalidade brasileira.

ADCT 96 – Aplica-se aos nascidos entre 07/julho de 94 (data de revisão) e 20/09/2007 (emenda Constitucional 54/07).
Estes ou podem ser levados a embaixada ou se estiver no brasil, basta ir ao cartório, para ter o registro de. brasileiro
nato.

6 – Brasileiros Naturalizados:

Não há nacionalização tácita no país. Ou seja, é preciso que a pessoa manifesta perante o órgão da justiça requerendo
ser naturalizado.

a) Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigida aos originários de países de língua
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade brasileira; Naturalização Ordinária. Ato
Discricionário, pois mesmo preenchido os requisitos necessários é possível que seja negado o pedido de
naturalização, mesmo que os documentos estejam todos corretos. Sendo esta hipótese aplicada aos
estrangeiros. Os estrangeiros originários de Países de língua portuguesa poderão comprovar um ano
ininterrupto no Brasil..
Aos estrangeiros de outras nacionalidades agente aplica a lei 6815/80 (estatuto do estrangeiro)
b) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes no Republica Federativa do Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.Refere-se a
naturalização extraordinária ou quinzenária e segundo a orientação doutrinaria e jurisprudencial dominante
estamos diante de atos vinculados. Ou seja, Satisfeitos os requisitos para a naturalização o estado brasileiro
não poderia mais negar a nacionalidade ao estrangeiro. As saídas esporádicas são permitidas.

7 – Perda da nacionalidade Art. 12 inc I e II -as hipóteses de perda da nacionalidade se esgotam na CF, não
havendo hipóteses além da prevista na CF.

§4 – será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse
nacional.Por meio de uma ação de cancelamento de naturalização proposta pelo MP Federal. Sendo uma perda
sansão ou punição, fruto de uma decisão judicial transitada em julgado.Este inciso só se aplica ao brasileiro
naturalizado. São atos que abalam todo o País, Ex.: genocídio, tortura..

II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: Aplica-se tanto aos brasileiros natos como para os brasileiros
naturalizados.O BRASILEIRO NATO PODE PERDER A NACIONALIDADE BRASILEIRA.

Em caso de aquisição voluntaria de outra nacionalidade haverá a perda da nacionalidade brasileira, e esta perda
será chamada de PERDA MUDANÇA, que será fruto de uma decisão administrativa, salvo nos casos de dupla
nacionalidade.
Não haverá casos de perda de nacionalidade nos casos de:

a) Reconhecimento nacional em outro país;


b) Nacionalidade originaria por outro país;
c) Em casos de imposição da legislação estrangeira para o exercício de trabalho/casamento, como vinculo de
permanência. Ex.; Jogadores de Futebol..
O Brasileiro adquirirá uma dupla nacionalidade, não deixando de ser nato:
d) De reconhecimento de nacionalidade originaria pela lei estrangeira;
e) De imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

DIREITOS POLITICOS ART 14 À 16 CF

São manifestados pelos cidadãos na formação da vontade nacional. A aquisição de direitos políticos se faz mediante
alistamento eleitoral conf. Art. 14§1, que diz:

§1 – O alistamento eleitoral e o voto são:

I – Obrigatórios para os maiores de 18 anos

II – Facultativo para:

a) Os analfabetos;
b) Os maiores de setenta anos;
c) Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

§2 – não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros (salvo os portugueses equiparados) e, durante o período
do serviço militar obrigatório, os conscritos (cumprindo o serviço militar obrigatório).

1 - SUFRÁGIO

É o direito publico subjetivo político que vai permitir que o cidadão participe da formação da vontade política do país.
Sendo o voto um dos instrumentos do sufrágio.

Conforme o Art. 14 da CF o sufrágio é universal não havendo descriminação, tendo todos direitos ao voto, exceto os
acima previstos.

Manifestações do sufrágio são manifestações de direitos políticos positivos.

2 - DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS (ativos e passivos)

a) Ação popular – art 5º LXXIII – a ação popular só poderá ser proposta pelo cidadão. (cidadão é o brasileiro
nato ou naturalizado tendo que ser eleitor) sendo obrigatório juntar o titulo de eleitor.

A ação popular visa fiscalizar a atuação da nossa administração, visa proteger o patrimônio publico moralidade
administrativa, enfim é o cidadão fiscalizando.

b) Iniciativa popular federal – Art. 61§2 CF – o povo é quem pode oferecer projetos de leis ordinárias e leis
complementares, desde que preenchidos 3 requisitos:
1 – o povo tem que assinar o projeto com pelo menos com 1% do eleitorado nacional.
5 – sendo estes 1 % divididos em 5 estados brasileiros
0– não podendo em cada estado o numero de eleitores ser 0,3 do eleitorado local.
3/

Não há iniciativa popular para apresentação de PEC

O projeto de lei popular deve ser apresentado á câmara dos deputados


Art. 27§4 – A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. Podendo ser proposta pelo povo
também.

Art. 29, XIII – É possível iniciativa popular no plano municipal por meio de manifestação de pelo menos 5% do
eleitorado local.

c) Plebiscitos e Referendos- Art. 49, XV – São consultas populares que se diferenciam com relação ao momento
da consulta. o plebiscito antecede a formação da vontade. E o referendo será posterior, com a finalidade de
reforçar, ratificar, a eficácia de uma decisão já tomada.

A convocação de plebiscitos e referendos art. 49, XV é de competência do congresso nacional. Só podendo ser
realizados por cidadãos.

d) Voto – art.60,§4, II – não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir. O voto pode se
tornar facultativo por meio de uma emenda constitucional desde que não viole tal artigo citado acima.

Nem todos que possuem capacidade eleitoral ativa possuem capacidade eleitoral passiva. Ou seja, nem todos que
podem votar podem ser votados. Mas todos que possuem capacidade eleitoral passiva, possuem capacidade
ativa.

CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA (Possibilidade do indivíduo se candidatar a cargos eletivos). Art. 14§3, temos os
requisitos de elegibilidade: CUMULATIVOS

1- Nacionalidade brasileira.
2- O pleno exercício dos direitos políticos.
3- Alistamento eleitoral
4- O domicilio eleitoral na circunscrição perante a qual vai se candidatar.
5- Comprovar a filiação partidária. NÃO HÁ NO BRASIL CANDIDATURA AVULSA.
6- A idade mínima de: 3530-2118
a) Trinta e cinco anos para Presidente e Vice Presidente da Republica e Senador
b) Trinta anos para Governador e Vice Governador de estado e do DF.
c) Vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado estadual ou Distrital, Prefeito, Vice Prefeito e Juiz de
Paz
d) Dezoito anos para Vereador.

DIREITOS POLITICOS NEGATIVOS

Circunstâncias que vão impedir os cidadãos a concorrer a certos cargos, de votar, de participar da vida política do país.

Se dividem em:

A) Inelegibilidade – é aquele que não pode se candidatar, ou seja, perda dos seus diretos passivos. Estas se
dividem em:
I- Absoluta - os que são inelegíveis absolutamente não podem participar de qualquer pleito eleitoral.
Estão taxativamente previstas na CF e não podem ser ampliadas por legislação infraconstitucional. Art. 14§4, diz que
são inelegíveis os: INALISTAVEIS E OS ANALFABETOS (este não pode se candidatar para cargo eletivo, podendo
apenas votar.)
II- Relativas – podem ser ampliadas por legislação infraconstitucional. Os casos de inelegibilidade
relativa estão previstas no art. 14 §5,§6,§7.

O Art. 14§5 da CF – Reeleição – Presidente/ Governador/ Prefeito, só poderão se reeleger UMA única vez.!!
Tal regra não se aplica ao legislativo (vereador, senador, Deputados) onde não há o numero maxixo de
mandatos.

O STF não permite a figura do Prefeito Itinerante, ou prefeito profissional, ou seja, o Prefeito reeleito por um
município, não poderá se candidatar ao terceiro mandado no mesmo município tampouco se candidatar para prefeito
em outro município.
O art14§6 da CF – Desincompatibilização – Para concorrer a outro cargo o Chefe do Executivo precisa
renunciar até 6 meses antes do pleito eleitoral

Para se reeleger não há desincompatibilização, tendo em vista que a reeleição é para o mesmo cargo.

O art. 14§7 – Traz a idéia de inelegibilidade reflexa – pois que torna inelegível não é o titular do Cargo do
executivo (Prefeito, Presidente e Governador) e sim sua família em razão do cargo por ele ocupado.

Art. 14 §7 – são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge, o ompanheiro e os parentes


consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da Republica, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

A inelegibilidade reflexa parte do titular do Cargo do Executivo.

A renuncia então afasta a inelegibilidade da seguinte maneira:

 Se oferecida no primeiro mandato do renunciante, afasta por completo a inelegibilidade reflexa e a família
poderá concorrer a qualquer cargo eletivo, inclusive ao antes por ele ocupado.
 Se a renuncia for oferecida já no segundo mandato consecutivo do renunciante, a família poderá concorrer a
diversos cargos eletivos, menos ao antes ocupado pelo renunciante.

Segundo a jurisprudência do TSE são vedados 3 mandatos consecutivos com a mesma família no poder!!

B) Perda e suspensão dos direitos políticos – Perda dos direitos ativos e passivos.
Art.15:É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento de naturalização por sentença transitada e julgada. Hipótese de Perda.
II – incapacidade Civil Absoluta – Conforme art. 3 CC
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5 VIII. –
Hipótese de Perda e não suspensão.. Polemico.
V –improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §4.
Art37§4:
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a
perda da função publica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

O art. 12 § 1 CF – trata-se do português equiparado. Sendo ele português (estrangeiro) residente no país e que decidiu
pleitear a autoridade brasileira a equiparação a brasileiro naturalizado.

Se o português satisfizer os requisitos do decreto 3927/0, poderá se tornar cidadão. Nesse caso, será a única hipótese
de cidadão não brasileiro no País. Tornou-se então português equiparado e não brasileiro. Porem com direitos e
deveres de brasileiros.

REMEDIOS CONSTITUCIONAIS

MANDADO DE INJUNÇÃO
Busca defender os direitos fundamentais previstos nas normas de eficácia limitada, que ainda não foram
regulamentadas. Servindo este como para curar a omissão legislativa na defesa dos direitos fundamentais. Ex.: a greve
prevista no art. 37, VII, CF (a greve porem não tem uma lei especifica).

1 - Síndrome de inafetividade das normas constitucionais;


2 – Base legal;
Finalidade:
Dar plena efetividade a direitos fundamentais previstos na CF e ainda pendentes de regulamentação.

Art. 5, LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma


regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e á cidadania.

Dos remédios constitucionais o MI é o único que não possui norma infraconstitucionais implementando suas
disposições. Se aplicando assim, por analogia a Lei 12.016/2009(lei do mandado de segurança).
O MI pode ser impetrado individualmente e também pode na via coletiva. Quem pode impetrar mandado na via
coletiva é exatamente quem também pode ajuizar o mandado se segurança coletivo.

Modalidades do Mandado de Injunção:


A) MI individual
B) MI coletivo

O mandado de injunção individual pode ser impetrado por qualquer pessoa natural ou jurídica, nacional ou
estrangeira, cujo direito fundamental dependa de regulamentação;
O mandado de injunção coletivo aplica as regas pertinentes ao mandado de Segurança coletivo. Art. 5 LXX, assim como
a Lei 12.016/09.
Art. 5, LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
A) Partido político com representação no Congresso Nacional. (em pelo menos
uma das casas)
B) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e
em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados.
Requisitos para impetrar o MI:
Quando houver a Impossibilidade de exercício do direito fundamental + inexistência da Lei.

Todas essas organizações coletivas poderão defender em juízo interesses de toda a categoria, ou de parte de seus
membros. Todas elas podem apresentar / impetrar o MI coletivo sem autorização expressa dos membros ou
associados.

Cautelar?
Não. A Cautelar não é admitida em sede de mandado de injunção, ou seja, não tem tutela de urgência em MI.

Decisão Final no MI
Até 2007 a posição principal a respeito da Decisão Final, sempre foi à decisão não concretista, que se limitava a
declarar a mora do poder omisso.

Desde 2007 houve uma virada jurisprudencial e o STF vem adotando posições chamadas de concretista, pois não se
limitam a declarar a mora do poder omisso.

HABEAS DATA

Art.5 LXXII – conceder-se-á Habeas Data:


a) Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, constante de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter publico.
b) Para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo.
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas data e habeas corpus, e, na forma da lei,
necessário ao exercício da cidadania.

Finalidade:

Serve HD para conhecer dados pessoais, desconhecidos; ou para retificar dados conhecidos, porem incorretos.
Art. 7 inc. III da lei 9.507/97 – serve também para complementar dados que já são conhecidos, porem incompletos .

Dados pessoais

São os dados relacionados ao próprio nome da pessoa, a sua escolaridade, seu trabalho, seu estado civil, sua saudade.
Dados sobre a própria pessoa. Ex.: quando os agentes do hospital não quer te informar a sua situação.

Não cabe HD para acessar dados públicos/administrativos, certidões denegadas, porque o remédio nesta hipótese é
o MS.
Diante de uma negativa de certidão gera a propositura do MS e não do HD.

Cada HD tem que ter um pedido especifico. Ex.: um pedindo para conhecer dados pessoais e um outro HD para
retificar.

Remédio personalíssimo
O HD é o remédio que vai permitir que a própria pessoa possa acessar informações a seu respeito, ratificar
informações incorretas ou complementar informações incompletas. O autor da ação será o titular do dado, seja este
uma pessoa natural, jurídica, nacional ou estrangeira.
Não cabe em regra HD para acessar informações de outrem.
Exceção:
Os herdeiros do “de cujus” poderão impetrar o HD para saber dados pessoais, para ratificar dados pessoais ou
completar dados do “de cujus”.

Pólos Passivos
Em face de Bancos de dados públicos seja da administração publica direta ou indireta ou ainda em face de
representantes de banco de dados privados que possuem caráter publico. Exemplo: SPC e SERASA.

Condicionamento Administrativo
A sumula 2, STJ, diz que não cabe HD se não houver recusa da informação por parte da autoridade administrativa (Por
ser uma ação gratuita, não faz sentido que alguém entre com o HD atoa.). Não havendo a necessidade de esgotamento
de instancia.

O HD necessita então de um critério administrativo, critério esse é a recusa, ou em razão do decurso do prazo sem o
aceso ao dado, sem que haja a retificação.

AÇÃO POPULAR Art. 5 LXXIII e Lei 4.717/65


Art. 5 LXXIII – qualquer cidadão é parte legitima para propor ação popular que vise
anular ato lesivo ao patrimônio publico ou de entidade que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência.

Finalidade
Anular atos ou contratos administrativos que ameacem ou provoquem lesão ao meio ambiente, a moralidade
administrativa, ao patrimônio publico, histórico e cultural. Proteger os direitos difusos.
Espécies
1 - Repressiva – quando a lesão já estiver ocorrido. Deve ser apresentada no prazo de 5 anos contados do
conhecimento do ato praticado pelo poder Público.
2 – Preventiva – é proposta quando houver uma ameaça de lesão ao patrimônio comum de um direito difuso.

Gratuidade
Se proposta de boa fé ela será gratuita, porém se for proposta de má-fé ela será onerosa.

Legitimidade ativa da AP
Só poderá ser proposta por quem é cidadão, sendo este o brasileiro nato ou naturalizado em gozo dos seus direitos
políticos (eleitor). E ao português equiparado, desde que esteja devidamente alistado.

A ação NÃO PODE SER AJUIZADA por pessoa jurídica, os conscritos, os estrangeiros. e pelo ministério publico.
Também não podem propor a AP os INALISTADOS, OS INAVISTÁVEIS conforme art. 14 inc. II CF, por quem sofreu perda
ou suspensão dos direitos políticos na forma do art. 15 da CF,

Papel do MP
O MP conforme art. 7 da Lei 4.717/65 atua como fiscal da lei em todas as ações Populares.
Art. 9 – Em caso de desistência da ação por parte do cidadão, o MP poderá ser o substituto processual e dar
seguimento a ação antes proposta.
Art. 16 – Se o cidadão não promover a execução da condenação da sentença condenatória no prazo previsto em lei, o
MP deverá promover essa execução da sentença.

HABEAS CORPUS Art. 5 LXVIII e art. 647 e SS, CPP

Art. 5 LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso do poder. (Defender direito de Pessoas Naturais)

O particular pode figurar no pólo passivo da ação de habeas corpus. É o caso, por exemplo, de funcionários de
hospitais que privam ilegalmente um paciente do seu direito de locomoção.

Finalidade HC
Defender a liberdade de locomoção que esteja sendo ameaçada, ou que já tenha sofrido lesão. Ou seja, para evitar a
consumação da lesão a liberdade de locomoção, hipótese na qual é concedido o “salvo-Conduto”.

Modalidades do HC;
Preventivo – é quando há uma ameaça na liberdade de ir e vir. Ou seja, para evitar a consumação da lesão a liberdade
de locomoção, hipótese na qual é concedido o “salvo-Conduto”.
Repressivo. Quando a lesão já ocorreu, Ou seja, utilizado com o propósito de liberar o paciente quando já consumada
a coação ilegal ou abusiva ou a violência à sua liberdade de locomoção. O pedido é o alvará de soltura.

Principio da Universalidade – legitimidade ativa


Qualquer pessoa natural ou jurídica, nacional ou estrangeira, pode ajuizar a ação de HC. Sendo qualquer pessoa,
tendo capacidade civil ou não.

LXXVII – são gratuitas as ações de habeas data e habeas corpus, e, na forma da lei,
necessário ao exercício da cidadania.

O HC dispensa a presença do Advogado. Única ação.


Art. 5 LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em Lei.
Então o civil poderá ser preso mediante flagrante delito ou por ordem judicial competente.

O militar esta sujeito a prisão em flagrante, também esta sujeito a prisão por ordem judicial e ainda esta submetido a
prisão administrativa, que se refere aquele decretada pelo superior hierárquico do militar em relação a conduta.

Art. 142 §2 – não caberá HC em relação a punições disciplinares militares.


Não cabe HC para discutir o mérito da prisão disciplinar (razões que determinaram a punição disciplinar). Tendo em
vista o art. 5 XXXV da CF, se a prisão militar for ilegal caberá HC.

Sumula 693 – não cabe HC contra decisão condenatória a pena de multa, ou


relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a
única cominada.

Sumula 694 – não cabe HC contra a imposição de pena de exclusão de militar ou de


perda de patente ou de função publica.

Sumula 695 – não cabe HC quando já extinta a pena privativa de liberdade.

MANDADO DE SEGURANÇA
O MS não disputa com nenhum dos outros remédios.
Art. 5, LXIX – conceder-se-á o mandado de segurança para proteger direito liquido
e certo, não amparado por HC, HD, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso
de poder for autoridade publica ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do poder publico.
Art. 5, LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
A) Partido político com representação no Congresso Nacional. (em pelo menos
uma das casas)
B) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados.

Finalidade
Defender direitos que não podem ser tutelados por outro remédio constitucional. Se couber HC, HD, MI, AP não
caberá MS. Haja vista a natureza residual do instituto.
Ex. você passou em 2º no concurso publico e o 4º colocado foi chamado primeiro.

Cabe MS:
Para defender a liberdade de associação
Para defender a liberdade de reunião
Para defender o direito a nomeação
Para defender o direito de certidão.
...

Espécies de MS:
Preventivo – há uma ameaça ao direito.
Repressivo – a lesão já ocorreu. Para a propositura, o prazo será de 120 dias do reconhecimento da lesão.

Modalidades
MS individual – o autor é qualquer pessoa natural, jurídica, nacional ou estrangeira, que seja titular de um direito.
Segundo a jurisprudência do STF, órgãos públicos (não tem personalidade jurídica própria, porém podem propor o
MS), universalidade de bens (espólio, condomínio, massa falida).

MS coletivo – pode ser impetrado pelos legitimados ativos conforme o MS individual. Partido político para que seja
autor do MSI ele precisa ter representação no congresso nacional (em pelo menos uma das casas). Organização
sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano.

Sindicatos, entidades de classe e associações precisam comprovar a pertinência temática (relação entre o objeto da
ação e o grupo da classe), para que suas ações sejam recebidas.

Sumula 629 STF - A impetração de MS coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe de
autorização destes.

O PARTIDO POLÍTICO é considerado legitimado universal, pois não precisa comprovar a pertinência temática. O
partido pode defender em juízo interesses de varias coletividades distintas e não apenas de seus membros ou
associados.

O MS não admite dilação probatória, ou seja, a ação deve ser instruída por meio de prova pré constituída (prova
pronta (prova documental)).

Sumula 266 TSF – não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
Sumula 267 TSF – não cabe MS contra ato judicial passível de recurso ou correição.
Sumula 267 STF – não cabe MS contra decisão judicial com Transito em julgado.

TEORIA DOS PODERES


PODER EXECUTIVO
1 - O executivo realiza Funções típicas e atípicas.

Funções típicas no que diz respeito a questão administrativa


Atípica – exerce função de legislativo e judiciário.

Executar é administrar. A matéria correspondente ao Poder Executivo é disciplinada no texto constitucional, nos arts.
76 a 91.

2 - Visão geral do executivo federal


Art. 76 - Será exercido pelo Presidente da Republica com o auxilio dos Ministros de
Estado. Cargos estes só poderão ser ocupados por brasileiros natos, e tendo como
idade mínima 35 anos.
Não há rol de sucessores do presidente da republica, havendo uma hipótese caso haja vacância do titular que é a
hipótese do vice – presidente.

Art. 80 – Em caso de impedimento do Presidente e do Vice presidente, ou vacância


dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência
o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo
Tribunal Federal. (substitutos do presidente)
O mandato do presidente da republica é de 4 anos e na forma do art. 14 §5 – só é possível uma única reeleição. §6 –
descompatibilização, ou seja, para concorrer a outros cargos o titular do cargo executivo deve renunciar 6 meses antes
do pleito eleitoral. §7 a família do presidente da republica não pode concorrer a cargo eletivo algum no país.

Mandato – Sistema eleição


 Federal – Presidente da República + Vice – 4 anos – majoritário absoluto – (brasileiro nato) em
1 ou 2 turnos.
 Estadual – Governador + Vice – 4 anos – majoritário absoluto – em 1 ou 2 turnos.
 Distrital – Governador + Vice – 4 anos – majoritário absoluto – em 1 ou 2 turnos.
 Municipal – Prefeito + Vice – 4 anos
Municipio c/+ de 200.000 – Eleitores majoritário absoluto
Municipio c até 200.00 – Eleitor majoritário simples relativo.

3 - Requisitos de elegibilidade:
a) São cargos eletivos privativos de brasileiro nato, somente o Presidente da Republica e seu Vice – Art. 12, §3,
CF.
b) Gozo dos direitos políticos
c) Mais de 35 anos;
d) Domicilio na circunscrição

Mandato de 4 anos, sendo possível uma reeleição para o período subseqüente.


 Reeleição não e clausula pétrea, pode haver reeleição ad eternum, ou pode terminar a reeleição.

Majoritário absoluto – ganha a eleição o candidato que conseguir a maioria absoluta dos votos validos. Total menos
branco e nulo.
 1º turno – 1º domingo de outubro
 2º turno – ultimo domingo de outubro e concorre os dois mais votados.
Posse: 1º de janeiro com uma tolerância de 10 dias.

Majoritário simples ou relativo – só tem um turno. E se resolve no 1º domingo de outubro. Ganha o mais votado,
pode ser diferença de 1 voto.
4 - Vacância
No caso de Vacância de Presidente e Vice Presidente,
Art. 81 CF – Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Republica, far-se
eleição noventa dias depois de aberta a ultima vaga.
§1 – Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição
para ambos os cargos será feita trinta dias depois da ultima vaga, pelo Congresso
Nacional, na forma da Lei.
§2 – Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus
antecessores.

2 PRIMEIROS ANOS 2 ÚLTIMOS ANOS = 4 ANOS


Eleição direta em até 90 dias da ultima vaga. Eleição indireta feita pelo CN em até 30 dias da
ultima Vaga.
Será eleito: Será eleito:
Novo presidente e novo vice para Novo Presidente e novo vice apenas para
completar o mandato. completar o mandato.
OBS: O art. 81, da CF é uma norma constitucional de eficácia limitada, ainda não regulamentada –
Inconstitucionalidade por omissão.

Hipóteses de perda do cargo.


Art. 83 – o Presidente e o vice presidente da Republica não poderão, sem licença do
Congresso Nacional se ausentar-se do Pais por período superior a quinze dias, sob
pena de perda do cargo.

Precisa de 3 requisitos: ausência (do pais), deve ser superior a 15 dias e sem licença do Congresso Nacional.
Art. 78 pú – Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o
Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago.

PODER LEGISLATIVO
Exerce funções típicas (a de legislar e de fiscalizar as contas publicas do país) e atípicas (art. 52 pú- onde cabe o
senado federal julgar o presidente da republica por crime de responsabilidade. Função Administrativa (elaboração de
concursos públicos, licitações).

1 Visão geral do Legislativo Federal Art. 44 a 46.


 Distrital – Câmara Legislativa
 Municipal – Câmara Municipal
Bicameralismo: só existe na esfera federal do Poder Legislativo Brasileiro.
Obs. Casa iniciadora, casa revisora e o Principio da Primazia Legislativa só existem na esfera federal.
 Casa iniciadora e onde tem inicio o projeto de lei, da inicio ao processo legislativo.
 Casa revisora e aquela que da continuidade ao processo legislativo, podendo inclusive encerrá-lo. Principio
da Primazia Legislativa – a casa iniciadora pode derrubar as alterações da Casa revisora.

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos,
pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo
Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições,
para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais
de setenta Deputados.
§ 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito
Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
§ 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de
oito anos.
§ 2º - A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro
em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º - Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa
e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria
absoluta de seus membros.

Mandato de: Prazo Sistema de Eleição


Senado Federal Senador 8 anos Majoritário simples ou
Elege-se relativo.
Câmara dos Deputados Deputados Federais 4 anos Proporcional
Elege-se
Assembléia Legislativa Deputados Estaduais 4 anos Proporcional
Elege-se
Câmara legislativa Deputados Distritais 4 anos Proporcional
Elege-se
Câmara Municipal Vereadores 4 anos Proporcional
Elege-se
Legislatura = Mandato /// Sessão Legislativa = Período anual de trabalho legislativo. Art. 57 CF
No plano do Legislativo não há o numero maximo de reeleições.

IMUNIDADES E RESPONSABILIDADES DO PRESIDENTE DA REPUBLICA ART. 85 E 86

Tais imunidades, as prerrogativas são relacionadas ao cargo de presidente e não a pessoa. Sendo estas irrenunciáveis.
Não podendo também estas ser extintas por Emenda Constitucional, tendo em vista a clausula pétrea que preserva a
separação de poderes.

1 – IMUNIDADES FORMAIS DO PRESIDENTE:


A) PRISAO
Art. 86§3 – Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns,
o Presidente da Republica não estará sujeito a prisão.
Em regra geral não há prisão do Presidente, porem, é possível a prisão do Presidente nos casos de Prisão definitiva,
fruto de sentença condenatória Criminal Transitada em Julgado.

B) PROCESSO Art. 86 Caput -


Art. 86 – Admitida a acusação contra o Presidente da Republica, por dois terços da
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal nos
crimes de responsabilidade.

2 – PRERROGATIVA DE FORO
Crime Comum quem julga o Presidente da Republica é o STF.
Crime de Responsabilidade quem julga o Presidente da Republica é o Senado Federal.

Crimes comuns - são os previstos no CP, os crimes eleitorais e as leis extravagantes..

Crimes de responsabilidade - são as infrações político administrativas que se cometidas pelo Presidente, ocorrendo
IMPITMAN.
Sumula 722 – São de competência legislativa da união a definição dos crimes de
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e
julgamento.

Segundo o STF, ampla defesa e contraditório devem ser respeitados durante a fase procedimental (que ocorre na
Câmara dos deputados) e processual (que ocorre no STF e no Senado).

3 – JULGAMENTO PERANTE O SENADO FEDERAL


Art. 52 pú – Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionara como Presidente do
Senado o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente
será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função publica, sem prejuízo das
demais sanções judiciais cabíveis.
Então, quando o senado federal recebe as acusações contra o Presidente da Republica por crime de responsabilidade,
neste instante o Presidentes do STF assume a Presidência do Julgamento.

O quorum para condenação no Senado Federal é o de 2/3 dos votos (54 senadores).

As sanções da condenação são cumulativas, sendo elas, a perda do cargo + inabilitação ao exercício de qualquer cargo,
emprego ou função publica por 8 anos.

A decisão de mérito do Senado Federal é irrecorrível.

4 – SUSPENSÃO DAS FUNÇÕES


Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos
crimes de responsabilidade.
§ 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo
Supremo Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado
Federal.
§ 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver
concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo.
§ 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. (CLAUSULA DE
IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA).

De acordo com essa clausula o STF não possui competência para julgar o Presidente da Republica por crime ocorrido
ANTES da diplomação, tampouco por crime ocorrido APÓS a diplomação, sem relação com o mandato presidencial.

O STF só tem competência para julgar durante o mandato o Presidente da Republica por crime relacionado ao
exercício das suas funções. Ex.: crimes contra a Administração Publica.
IMUNIDADES DE GOVERNADORES E PREFEITOS
1 – IMUNIDADES FORMAIS:

PRISAO – Não se aplica a governadores e Prefeitos. Podendo estes ser presos como qualquer pessoa comum.

PROCESSO – Pode ser feito pela Casa Legislativa da Casa ou do Município, se houver previsão na Constituição do
Estado.

2- PRERROGATIVA DE FORO

Crime Comum – Governadores - Art. 105, I, a – são julgados por crimes comuns perante o STJ, inclusive os crimes
dolosos contra a vida.
Prefeitos – Art. 29, X – são julgados perante o TJ, inclusive pela pratica dos crimes dolosos contra a vida.

Sumula 702 STF – A competência do Tribunal de justiça para julgar prefeito, restringe-se aos crimes de competência da
justiça comum estadual, nos demais casos cabe ao Tribunal responsável pelo respectivo ato.

Crime de Responsabilidade – Somente se houver previsão na Constituição do Estado.

3 – CLAUSULA IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA Art. 86§4

Não se aplica a governadores e prefeitos, só se estendendo a Cargo de Presidente da Republica.

ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS (legislativo)


É o conjunto das imunidades, inviolabilidades e prerrogativas que cercam a função do parlamentar, garantindo-lhe
maior liberdade e independência funcional.

Tais imunidades são irrenunciáveis, porque estão relacionadas à função e não a pessoa. Não podendo esta ser extinta
por meio de uma Emenda Constitucional. Tendo em vista a clausula pétrea que preserva a separação de poderes.

1 – BASE LEGAL Art. 53 a 56

2 – IMUNIDADES MATERIAIS / inviolabilidade parlamentar


Art. 53 – os deputados e Senadores são invioláveis civil e penalmente, por qualquer
de suas opiniões, palavras e votos.

A imunidade Material também chamada de inviolabilidade parlamentar constitui a subtração da responsabilidade


penal e civil do parlamentar por suas palavras, votos e opiniões,

Tal imunidade existe no momento em que o parlamentar estiver no exercício de suas funções, em caso contrario, este
não gozara de tal imunidade.

3 – Prerrogativa de foro funcional art. 53§1


Tal prerrogativa é em relação a CRIME!!
Art. 53 §1 Os deputados e Senadores, desde a expedição de diploma, serão
submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

Diplomação x Posse
Diplomação é o ato que confirma eleição foi realizada de forma valida.
Posse é a própria investidura do Cargo.

Os membros do legislativo tomam posse do mandato no dia 1º de fevereiro do ano seguinte ao da eleição, conforme
art. 57.

A prerrogativa de foro funcional então é adquirida a partir da diplomação; e não a posse!


a) Crime comum cometido ANTES da diplomação – será neste caso de competência da Justiça comum. Quando
é diplomado o processo vai para o STF. Ao fim do mandato o processo volta para a justiça comum. A REGRA
PREVALECE SOBRE A PRERROGATIVA DE FORO PFUNCIONAL É A DA ATUALIDADE DO MANDATO.
b) Crime comum cometido APÓS a diplomação - de competência do STF. Porem se no final do mandato e não
tiver uma decisão final, este será remetido a justiça comum.

O STF é o órgão competente para julgar parlamentares federais por crimes dolosos contra a vida.

4- IMUNIDADES FORMAIS

a) Prisão – Art. 53 §2 -
Art. 53 §2 – Desde a expedição do diploma os membros do Congresso Nacional não
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos
serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo
voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

Regra Geral não haverá prisão do Parlamentar, porém poderá ocorrer em casos de flagrante de crime inafiançável.
Sendo os autos da prisão remetidos em 24 h a Casa Respectiva, para que a maioria dos membros resolva sobre a
prisão.

Segundo entendimento doutrinário além da prisão em flagrante por crime inafiançável, o parlamentar poderá ser
preso em razão de sentença condenatória criminal transitada em julgado.

b) Processo - Art. 53 §3 á §5 –
Art. 53 §3 – Recebida a denuncia contra o Senador ou Deputado, por crime
ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência a Casa
respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da
maioria de seus membros poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação
§4 – O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo
improrrogável de quarenta e cinco dias de seu recebimento pela Meda Diretora.
§5 – A sustentação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.

Na forma do art. 53 §3, podemos concluir que a imunidade formal quanto ao processo só se aplica ao parlamentar que
cometeu o crime APÓS a diplomação.

IMUNIDADES: DEPUTADOS ESTADUAUS, DISTRITAIS E VEREADORES.


Art. 27 § 1 – será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-
se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade,
imunidade, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e
incorporação de forças armadas.
Ou seja, aos Deputados Estaduais aplicam-se os mesmos tratamentos jurídicos reservados aos parlamentares federais.
Gozando então da Imunidade Material, Imunidade Formal, porém estes são julgados pelo TJ pelos crimes, inclusive os
dolosos contra a vida.

Deputados Distritais
Art. 32 §3 – Aos Deputados distritais e a Câmara Legislativa aplica-se o disposto no
Art. 27.
Então o mesmo tratamento jurídico destinado aos parlamentares estaduais, será os concedidos aos parlamentares
distritais.
Porem quem irá julgar o parlamentar por crime será o TJDFT.
Deputado Distrital por crime doloso contra a vida é julgado pelo tribunal de justiça do DF e territórios.

Vereador

Art. 29, VIII – inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato e na circunscrição do Município .
A imunidade material relativa ao vereador esta limitada ao próprio município. O vereador de Pancas que utilizar a
liberdade de expressão em Colatina, este não terá a imunidade Material.
Não há imunidade formal com relação a prisão e ao processo. Conforme decisão do SUPREMO.

É possível que vereadores tenham prerrogativa de foro funcional, estabelecida na Constituição do estado, mas é
preciso respeitar a sumula 721 do STF.

Sumula 721 STF – A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre


o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição
Estadual.
Os vereadores então são julgados pelo Júri nos crimes dolosos contra a Vida.

CPI (comissão Parlamentar de Inquérito)


1 – Base Legal
Art. 58 §3 – § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo
Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um
terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo,
sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
A CPI funciona como inquérito, onde busca coletar provas e encaminhar ao MP, o qual será responsável por ajuizar a
ação, baseado nos fatos.

2 - Requisitos cumulativos:

a) 1/3 da Câmara dos deputados (171 assinaturas) e/ou dos Senados Federais (27 assinaturas).Se tiver uma
CPMI (quando for criada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal) = 198 assinaturas.
b) Fato determinado (não sendo possível abrir uma CPI para apurar um ato a ser praticado).
c) Prazo certo – não podendo ser aberta por prazo indeterminado.

3 – CPI nos Estados e Municípios

Conforme Principio da Simetria é possível a Criação de CPI nos Estados e Municípios, desde que os requisitos previstos
no art. 58 §3 sejam respeitados e que as CPI Estaduais e Municipais sejam criadas para apurar infrações do próprio
Estado e Município.

Em respeito ao Pacto Federativo, a CPI Estadual não pode apurar questões locais ou Federais.

4- CPI não poderá fazer:


A CPI não pode ofender o principio da Reserva de Jurisdição; Não pode ela determinar a violação de direitos que
são destinados apenas a juízes.
a) Não pode determinar interceptação telefônica – Art.5º XII;
b) Não pode determinar a violação da CASA – Art. 5 XI;
c) Não pode determinar suspensão ou dissolução das atividades da associação – Art. XIX;
d) Não pode expedir mandado de Prisão – Art. 5 LXI;
e) Não pode determinar a Constrição de Bens dos investigados – bloqueio de bens, penhora..
f) Não pode impedir que o investigado deixe o país ou impedir que ele saia de uma localidade.
g) Não pode impedir a presença de ADV acompanhando os investigados e suas testemunhas;

5 – CPI pode:

a) Determinar a quebra de sigilo de dados bancários, fiscais e telefônicos dos investigados;


b) Ouvir investigados, testemunhas, inclusive sob condução coercitiva;;
c) Convocar Magistrados para participar das “audiências”, lembrando que devem ser convocados, apenas na
qualidade de testemunhas;
d) Determinar ao Tribunal de Contas a realização de pericias e auditorias, nas contas dos investigados;

Não há numero maximo de CPIs, e todas devem ser criadas com base nos requisitos previstos na CF.
O direito ao silencio, deve ser garantido quanto aos investigados quanto as testemunhas,
As ilegalidades são apreciadas Pelo STF.

PROCESSO LEGISLATIVO
Elaboração das (LC/ LO)

Existe diferença hierárquica entre a Lei complementar e Lei Ordinária?


R. Não há hierarquia entre as leis Ordinárias e Complementares, pois ambas buscam fundamento jurídico de validade
na própria Constituição.
1 - Diferenças principais:
Natureza Material – As normas não tratam da mesma matéria. Toda vez que a CF quiser que no plano inconstitucional
o tema seja regido por uma Lei Complementar, estará expressa na CF. EX.:
Art. 93 – Lei complementar de Iniciativa do Supremo Tribunal Federal disporá sobre
o Estatuto da magistratura.
Art. 7, I – despedida arbitraria se dará na forma de lei complementar.
Quando a constituição se referir a Lei sem estar seguida da palavra complementar, é porque no âmbito constitucional a
matéria pode ser tratada por uma lei ordinária. Ex.:
Art. 5, XXXII – O estado promoverá na forma da lei a defesa do consumidor.

Natureza Formal –
Lei complementar é aprovada por coro por maioria absoluta, na forma do art. 69.
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
Lei ordinária é aprovada por maioria simples ou relativa, na forma do art. 47
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa
e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria
absoluta de seus membros.

ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO


1 – Iniciativa
a) Extraparlamentar – é quando o projeto é oferecido por quem não faz parte do parlamento.
b) Parlamentar – é o projeto que é oferecido por deputados e senadores.
c) Privativa ou reservada - Ex.:
Art. 61 §1 - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
A sanção do Chefe do Executivo não convalida o vicio de iniciativa na apresentação do projeto de lei. Para que o
processo administrativo seja valido é preciso que todos os atos que componham este processo sejam compatíveis.
O art. 61§1 CF – a luz do principio da simetria deve ser reproduzido no âmbito estadual e Municipal, ou seja, no
âmbito de cada estado, município, será o chefe do estado o responsável a apresentar o projeto de lei. Sob pena da lei
ser inconstitucional.
d) Concorrente – oferecida por varias pessoas, dentre elas o povo brasileiro. Conforme art. 61.
Art. 61 – a iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro
ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso
nacional, ao Presidente da Republica, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
superiores, ao Procurador-geral da Republica e aos cidadãos, na forma e nos casos
previstos nesta constituição.
e) Popular - O povo pode oferecer projeto de lei ordinária ou complementar, desde que satisfeito os requisitos
do art. 61§2.
Art. 61 § 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três
décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
Na forma do art. 64 da CF, a casa iniciadora do processo legislativo é via de regra a Câmara dos Deputados. O Senado
Federal fica com o papel de Casa Revisora, salvo se apresentar o projeto de lei, pois nessa hipótese haverá inversão
na ordem de votação entre as Casas e o Senado Federal ficará com o papel de casa Iniciadora.

2 – Discussão e emenda (alterações) dos projetos de Lei:


a) CCJ – Comissão de constituição e Justiça – tal comissão Realiza controle preventivo político de
constitucionalidade. Preventivo, pois recai sobre o projeto de Leis (normas que não existem ainda). Feito por
membros do congresso nacional.
Com relação às emendas que o projeto de lei pode eventualmente receber.
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o
disposto no art. 166, § 3º e § 4º; (Leis orçamentarias)
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.
Os projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da Republica podem sofrer alterações, desde que em regra não
acarretem aumento de despesas.
Sendo também possível que o congresso faça alterações a nível de serviços administrativos da Câmara dos
Deputados.
3 – Votação
Art. 69 - As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
Para a aprovação da Lei Complementar o coro de maioria absoluta sempre se apóia na totalidade dos membros. Na
Casa dos Deputados (513 pessoas) e no Senado Federal (81). Se não estiverem todos os deputados, deverão ter as 257
assinaturas, se não tiver esse total de deputados presentes, então marca uma nova votação.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa
e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria
absoluta de seus membros.
Na votação de aprovação de Lei Ordinária deverá ter a assinatura da metade +1, dos membros presentes. Tendo que
ter como mínimo de membros 217 e no Senado Federal 41.

4 – Sansão e Veto
Estes são atos exclusivos do executivo.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao
Presidente da República (no plano federal), que, aquiescendo, o sancionará.
No plano Estadual será enviado ao Governador do estado e no Plano Municipal ao
Prefeito.
Recebido o projeto de lei o Presidente, Governador do Estado ou o Prefeito terá o prazo de 15 dias para sancionar ou
vetar.
A concordância pode ser tácita ou expressa. A lei aprovada e remetida ao Presidente e este permanecer inerte pelo
prazo de 15 dias, presumi-se a sua aprovação.
O veto é sempre expresso e deverá ser justificado.
1 – Característica do Veto:
a) Expresso - não havendo voto tácito.
b) Irretratável – oferecidas as razoes de veto o presidente não pode voltar atrás.
c) Superável pela Derrubada do Congresso Nacional –
d) Total ou parcial – quando o veto recai sobre todo o projeto de lei se diz TOTAL e sobre parte ele é PARCIAL.
O veto parcial não pode ser de palavra ou de expressão, deve recair sobre todo o texto ou artigo, da alínea, do
parágrafo ou do inciso.
e) Material ou político – recai sobre o projeto de lei contrario ao interesse publico.
f) Formal ou Jurídico – quando o presidente vota o projeto que é inconstitucional a Constituição; Ele então
realiza controle preventivo (porque recai sobre o projeto) político (porque o presidente é um agente político)
de constitucionalidade das leis.
5 – promulgação e Publicação - são atos finais do processo legislativo e recai sobre a Lei e não mais sobre o projeto.
A promulgação e Publicação não só atos privativos.

Simulação do Processo Legislativo para elabora das Leis Ordinárias e as Leis Complementares.

CAMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL PRESIDENTE DA REPUBLICA


Casa iniciadora Casa revisora Sanciona e veta

Quando a casa iniciadora recebe o projeto de lei ela terá 3 decisões a tomar: a) rejeitar o projeto (art. 67); b) aprovar
sem alterações; c) aprovar com alterações.
Se a casa Iniciadora aprovar o projeto com ou sem alterações, o projeto ira para o Senado Federal (casa revisora), para
que essa possa revisar. Se a casa Iniciadora rejeitar o projeto (art. 67), ele só poderá ser reapresentado numa sessão
legislativa distinta da que sofreu a rejeição, salvo se houver manifestação da maioria absoluta de qualquer das casas,
naquela mesma sessão administrativa.
O projeto que for aprovado ele ira para a casa revisora, que poderá aprová-lo sem alterações ou com alterações, ou
poderá ser rejeitado.
Com a aprovação do projeto pela casa revisora sem alterações, o projeto será remetido para o chefe do executivo, que
terá o prazo de 15 dias para votar, se veta ou sanciona.
Se o projeto for aprovado com alterações e tais alterações forem redacionais (forma) o projeto segue para o chefe do
executivo, porem se as alterações forem substanciais (conteúdo, matéria) essas alterações deverão voltar para a casa
iniciadora, que ira aceitá-la ou recusá-la.
Se aceitar ele ira para o chefe do executivo, o qual vetará ou sancionará no prazo de 15 dias. Que então será
promulgada ou publicada. O presidente terá que apresentar as razoes do voto em 48 horas ao presidente do senado
Federal.
LEI DELEGADAS
As Leis delegadas são criadas de acordo com o que determina o Art. 68 CF.
Art. 68 – As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da Republica, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
Natureza Jurídica
É uma norma primaria porque retira fundamento jurídicos de validade diretamente da Constituição.
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a
matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso
Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a
fará em votação única, vedada qualquer emenda.
Modalidades de delegação Legislativa
Delegação atípica ou impropria – Art. 69§3 – com retorno. Quando o congresso diz que o presidente pode elaborar
um projeto de lei delegada a qual será votada e aprovada pelo Congresso.
Delegação típica ou Própria – contrario do Art. 68§3- é aquela sem retorno. É quando o congresso libera para o
Presidente elaborar a Lei delegada.

MEDIDA PROVISÓRIA
É uma norma primaria, pois ela retira fundamentos jurídicos de validade diretamente da CF. No mesmo tempo que é
primaria ela também será precária, pois ela não irá produzir efeitos jurídicos por muito tempo.
Ela não será lei, porem terá força de Lei. Ou seja, Força de lei Ordinária. Não podendo então dispor sobre matéria de
Lei Complementar.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional.
1 – MP nos Estados e Municípios
É possível a medida provisória nos estados e municípios, desde que haja previsão nas respectivas normas de auto-
organização. Constituição Estadual e Lei orgânica Municipal.
Art. 25 § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os
serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida
provisória para a sua regulamentação

2 – Limitações Materiais –
a) Expressas – Art. 62 §1, 25 §2, 246, 73 (ADCT) – Não podendo versar todos os assuntos, sendo vedadas.
b) Implícitas – Art. 49, 51 e 52 CF – são matérias que a constituição disponibilizou ao Congresso, a Câmara e ao
Senado.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º

3 – Procedimento
a) Casa iniciadora: A câmara na forma do art. 62 §8 é sempre a casa iniciadora do processo de convenção da
Medida Provisória em Lei Ordinária. Sendo o Senado a casa Revisora
b) Prazo:
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia,
desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias,
prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso
Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória,
suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória
que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional
O prazo maximo de efeitos jurídicos da MP não é 120 dias !! pois conforme o §4 o prazo fica suspenso durante o
recesso parlamentar.
c) Vedação a Reedição:
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÕES


Decretos Legislativos via de regras exteriorizam as matérias do Congresso Nacional, matérias estas previstas no Art. 49
CF. Tais decretos são bicamerais, pois há a participação tanto da câmara dos deputados como do senado federal. As
casas se unem para deliberar sobre as matérias do art. 49.
Art. 49 - A lei disporá sobre o instituto da enfiteuse em imóveis urbanos, sendo facultada
aos foreiros, no caso de sua extinção, a remição dos aforamentos mediante aquisição do
domínio direto, na conformidade do que dispuserem os respectivos contratos.
Quando as casas atuam separadamente para atuar em matérias dos Art. 51 (matérias da câmara) e 52 (matérias do
senado) se diz que elas normalmente cuidam dessas matérias de forma unicamerais (individuais), pois manifestam
matérias separadas, elaborando resoluções.
Em regra tais resoluções do Senado Federal ou da Câmara Federal são Unicamerais, salvo o que dispõe o art. 68 §2 CF.
Neste caso temos resoluções bicamerais.

Art. 68 § 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do


Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
Resoluções e decretos legislativos não passam pela sanção ou veto do Presidente da Republica. Matéria esta destinada
ao Congresso (Câmara dos Deputados ou Senado Federal) separadamente.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)


Criado pela Emenda Constitucional 45/04 no qual inseriu o Art. 103 B.
O CNJ é o único órgão nacional do poder judiciário desprovido de atividade jurisdicional. Sendo criado para reforçar a
fiscalização administrativa e financeira dos demais órgãos do poder judiciário, a exceção do Supremo Tribunal Federal
(Art. 102, I, r CF).

2- Composição do Conselho Nacional de Justiça


Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com
mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal
III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo
tribunal;
IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal
Federal;
V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de
Justiça;
VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do
Trabalho;
IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da
República;
XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da
República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição
estadual
XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil;
XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
Dos 15 membros, 9 fazem parte do poder judiciário e 6 não fazem parte.

SUMULA VINCULANTE
1 – Órgão Competente
Supremo Tribunal Federal

2 – Base Legal
Art. 103 A CF e Lei 11.417/06
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação,
mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre
matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa
oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal,
bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
3 – Extensão da Sumula Vinculante
Atinge os Órgãos O Poder Judiciário e também a Administração Publica direta e indireta, das Esferas Municipal,
estadual, distrital e federal.
O Poder legislativo em nome da Separação de Poderes não é atingido pela Súmula Vinculante no que tange a sua
tarefa legislativa.
O poder executivo pode editar uma medida provisória contraria a Sumula Vinculante.

4 – Requisitos para edição da SV.


Matéria constitucional sedimentada + comprovação de controvérsias judiciais atuais ou administrativas com relação
ao tema relacionado.
O coro para aprovação de Sumula Vinculante é de 2/3 dos ministros do STF. Total de 8 julgadores.

5 – Provocar o STF para editar, revisar ou cancelar uma SV


Não se admite legitimidade popular.
a) O STF de oficio - sem provocação externa.
b) Art. 103, I à IX
c) Art. 3 da Lei 11.417/06 – O Defensor Publico Geral da União e todos os Tribunais Brasileiros.
Sumula vinculante não pode ser objeto das ações do controle concentrado de constitucionalidade.
Se houver interesse/ necessidade, os legitimados ativos podem oferecer diretamente ao STF pedido de cancelamento
ou de revisão.
6 – PGR (procurador Geral da Republica)
Art2 §2 da Lei 11.417/06 - se o PGR não for autor da proposta de Adição da sumula vinculante, deverá atuar como
fiscal da lei.
7 – diferença entre sumula vinculante e sumula não vinculante
Quando a sumula não vinculante é descumprida não existe mecanismos para obrigar o Judiciário o administração o
seu cumprimento.
A sumula vinculante quando descumprida gera a propositura da reclamação (fofoca) constitucional ao STF.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
É a analise das normas do País na verificação se as leis foram elaboradas em conformidade com a Constituição. Visa
respeitar a supremacia da constituição, defender a unidade do ordenamento jurídico (para que não exista uma
desarmonia entre as leis do País e a CF), visa preservar os direitos e garantias fundamentais.
O controle de constitucionalidade verifica a compatibilidade material e formal das normas elaboradas no País de
acordo com a Constituição.
Todas as normas constitucionais derivadas (emendas constitucionais) e as infra constitucionais (LC, LO, MP) são
presumidas relativamente Constitucionais, ou seja, nascem produzindo seus efeitos jurídicos, mas podem ser
comparadas inconstitucionais.
As normas constitucionais originarias (5/10/88 CF), gozam de presunção absoluta de constitucionalidade, pois não
podem ser declaradas inconstitucional.

1 – Parâmetro do controle de Constitucionalidade:


Como preâmbulo é desprovido de normatividade, não serve como parâmetro do controle de constitucionalidade.
Portanto nenhuma norma pode se tornar inconstitucional por violar o preambulo.
As normas do Corpo Fixo (250 Art.) e as do ADCT servem como parâmetro.

2 – Tipos de Inconstitucionalidade
a) Material – quando há vicio no conteúdo da norma. Ex.: lei que institui tortura, pena de morte, no País.
b) Formal – é o vicio que ocorre no processo legislativo de elaboração da Lei ou o Vicio de Competência. A
doutrina entende que ela é dividida em:

b.1) Subjetiva – é aquela em que encontramos vicio de competência (atribuições dos entes da federação (M –
E – DF – U), previstos nos artigos 21 a 25 e 30 da CF) Ex.: se uma Lei referente ao Café com leite para os
trabalhadores que chegam 15 min antes for encaminhada para o STF tal lei é de competência da Justiça do
trabalho então deverá ser julgada na justiça do trabalho e não no STF. Ou vicio de iniciativa na apresentação
do projeto de Lei Art. 60 CF. Ex: Projeto de Lei apresentada pelo governador Federal, que não era competente
para tal ato. Pois o rol para apresentação de PEC é taxativo.

Se a proposta de emenda é apresentada pelo Governador de Estado, e ela vem a se tornar uma emenda, ela se tornará
inconstitucional formal com vicio subjetivo, pois ele não tem competência para apresentar projeto de emenda.
Ex. quando o Presidente para comprovar uma lei complementar ao dar inicio na câmara dos deputados ela é remetida
direta ao Senado Federal. Neste caso a norma é inconstitucional, pois houve vicio na formulação da Lei.
b.2) Objetiva – quando encontramos vicio nos demais atos do processo legislativo. Votação Discussão...

c) Total ou Parcial – a norma pode ser considerada inconstitucional total ou parcialmente. Sendo possível que
apenas um artigo ou uma palavra seja declarada inconstitucional.
d) Por Ação – Ocorre quando o poder público pratica uma conduta comissiva (um agir) incompatível com a
Constituição. Quando existe uma norma e esta foi feita por uma conduta comissiva (violando a CF). ADI
e) Por Omissão – Ocorre quando o poder público tem o dever de agir, mas se omite. Quando o legislador deixa
de fazer uma lei anunciada na CF para que a norma constitucional produza seus efeitos, este legislador esta
diante de uma conduta omissiva. ADO.
Ex.: Art. 37 VII – a greve do servidor publico deverá ser tratada por uma lei especifica. Porem não existe tal Lei.
A inconstitucionalidade então pode vim da criação da uma lei que fere a CF e a partir de uma Omissão da Lei.

3 – Modalidades de Controle de Constitucionalidade


3.1) quanto ao momento:
a) Preventivo – quanto recair sobre Proposta de Lei ou Proposta de Emenda Constitucional
b) Repressivo – quanto recair sobre Lei e Emenda Constitucional

3.2 Quanto ao Órgão:


a) Político - quem propôs O projeto de Lei ou de Emenda. Sendo o Legislativo ou o Executivo.
b) judicial – feito pelo Judiciário (Juiz)
Podemos concluir que o controle Preventivo de Constitucionalidade é via de regra, Político (realizado pelo Executivo
e Pelo Legislativo). Ex.: parecer da CCJ’s e o veto jurídico ou formal do Presidente da Republica.
Exceção Ex.: é a hipótese de um parlamentar que impetra um Mandado de Segurança, no curso do processo legislativo
que viola a Constituição (inconstitucional). Nesta Hipótese estamos diante de um controle Preventivo Judicial.
Preventivo porque durante o processo legislativo a norma esta sobre a forma de norma de proposta. E Judicial pelo
fato de quem da à sentença nesse mandado de Segurança é o STF.
Também podemos concluir que o controle repressivo de constitucionalidade é normalmente judicial. Se dividindo em
Difuso e Concentrado.
Ex. de controle Repressivo Político: Se o presidente pede ao Congresso para legislar, e o Congresso Autoriza. O
presidente então se empolga e elabora varias leis. Neste caso cabe ao Congresso Nacional fiscalizar/sustar os atos
praticados pelo Presidente, conforme art. 49,V.
Art. 49, è de competência do Congresso nacional:
V – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.

4 – Controle difuso e concentrado.

Controle Difuso ou Aberto


É aquele que pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal. Ele tem esse nome pelo fato de não existir uma reserva
no que diz respeito a que órgão pode exercer esse controle: esse tipo de controle é aberto para qualquer órgão do
Judiciário, dentro de sua competência.
É conhecido como Sistema norte-americano de controle, porque surgiu nos EUA, sendo que sua origem é atribuída ao
paradigmático caso Marbury x Madison, em 1803. Nesse momento se estabeleceram as bases teóricas do controle
difuso e pela primeira vez a Suprema Corte Norte-americana declara a inconstitucionalidade de uma lei. Contudo, é
importante salientar que há dois precedentes de declaração de inconstitucionalidade de lei menos famosos, mas que
apontam para igual sentido. O primeiro deles é o Hayburn´s Case (1792) no qual houve uma decisão das “cortes do
circuito” declarando uma lei de pensão para inválidos como inconstitucional. O segundo precedente é o Case Hylton
VS. United States (1796) que foi julgado pela Suprema Corte Norte-americana que considerou constitucional um ato do
Congresso Americano.
No Brasil, o controle difuso surgiu com a Constituição de 1891 (Primeira Constituição Republicana).
O controle difuso é o dia a dia do exercício da atividade jurisdicional.
A respeito de uma inconstitucionalidade de uma lei, O MP, o autor, o Réu, o Juiz de oficio, são as pessoas que poderão
pedir a inconstitucionalidade de uma lei.
A forma de questionamento da Inconstitucionalidade da lei será mediante a via incidental, de defesa, exceção. Sendo
uma questão prejudicial ao mérito, ou seja, é julgada antes do julgamento do pedido.
Os efeitos da decisão serão efeitos Inter Partes (entre as partes participantes da relação processual).
Quando o STF no controle difuso (analisando os casos concretos, submetidos a sua fiscalização) de constitucionalidade
declarar a inconstitucionalidade da Lei deverá comunicar ao Senado Federal que poderá editar uma resolução na
forma do Art. 52, X, suspendendo a Lei para toda a sociedade (erga Omnis).

Controle Concentrado ou fechado, ou ainda Reservado


É aquele cuja competência é reservada a determinado órgão do Poder Judiciário. No Brasil, quando o parâmetro é a
Constituição Federal, a competência para exercer esse controle é reservada ao STF ( as ações são a ADI, ADC, ADO e
ADPF). Quando o parâmetro é a Constituição Estadual, a competência para exercer esse controle é reservada ao TJ.
Esse controle também é conhecido como Sistema Austríaco ou Europeu, vez que surgiu na Áustria com a Constituição
de 1920 e depois passou a ser adotado por vários países europeus.
Seu criador foi Hans Kelsen e, no Brasil, ele foi introduzido pela emenda constitucional nº 16 de 1965, emenda essa
realizada na Constituição de 1946.
No controle concentrado os legitimados ativo para a propositura de uma ação se esgotam no art. 103, I á IX.
A forma do questionamento da inconstitucionalidade de lei será mediante a via principal, direta, ou de ação. (ADI,
ADO, ADC E ADPF) inclusive os remédios.. Com o objetivo de defender a supremacia constitucional.
Os efeitos dessas ações do controle concentrado geram efeitos “Erga Omnis” (todos).
O papel do Senado Federal do Art. 52, X, só se aplica no controle difuso, tendo em vista que todas as decisões do STF
no controle concentrado, produzem efeitos Erga Omnis.

5 - Principio da Reserva de Plenário Art. 97 CF/ Art. 480 a 482 CPC.


Art. 97 – Somente pelo vota da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder publico.
O principio da Reserva de Plenário é necessidade que nos tribunais as decisões pela inconstitucionalidade da lei em
nome da presunção da constitucionalidade da lei, seja apreciada por um coro qualificado, com maioria absoluta. Tanto
no controle difuso como no controle concentrado.
Em nome da Presunção de constitucionalidade das Leis, somente pelo voto da maioria absoluta (maioria da totalidade)
dos membros do Tribunal ou do seu órgão especial, a Lei pode ser declarada Inconstitucional.
Quando a CF se refere a Tribunal ela esta se referindo ao Pleno (composição completa).
Art. 93 XI – nos tribunais com numero superior a vinte e cinco julgadores poderá
ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o maximo de vinte e cinco
membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas
da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade
e outra metade por eleição do Tribunal Pleno.
Os tribunais também possuem órgãos Fracionários, sendo eles:
a) Câmaras
b) Seções
c) Turmas
De acordo com o Art. 97 CF, podemos concluir que em regra geral os órgãos fracionários não podem declarar a
inconstitucionalidade das Leis(deverão enviar ao Pleno), salvo se houver precedentes (decisão anterior) do
próprio tribunal ou do STF pela inconstitucionalidade da lei, na forma do art. 481 CPC, PÚ.
Art. 481, pú – Os órgãos fracionário dos tribunais não submeterão ao plenário, ou a
órgão especial, argüição de inconstitucionalidade, quando já houver
pronunciamento destes ou do plenário do STF sobre a questão.
O órgão fracionário pode, em algumas situações, declarar a inconstitucionalidade da Lei.
O Juiz democrático pode deixar de aplicar as Leis inconstitucionais sem apreciação.de outrem.
ADI (Ação direta de Inconstitucionalidade)
1-Histórico
Sendo a mais importante ação do controle concentrado.
Foi criada com a EC 12/65, sendo esta chamada de representação de inconstitucionalidade. Quando A ADI foi criada
ela só poderia ser ajuizada pelo Procurador Geral da Republica.
Em 1988 a RI se tornou a ADI.
2 – Base Legal
Art. 102, I, A e Lei 9868/99

3 – Finalidade
Declarar a Inconstitucionalidade da Lei. Preservando a supremacia constitucional.

4 – Legitimados Ativos
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória
de constitucionalidade.
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
O STF dividiu os legitimados previstos no Art. 103 em:
 Legitimados Especiais: IV,V, IX – estes devem comprovar pertinência temática para que possam estar em
juízo. Ex.: a Mesa da assembléia legislativa de Goiás não pode ajuizar uma Adi , em face de uma lei de Minas,
que em nada prejudicou o direito dos Goianos. Tendo estes que comprovar que a lei objeto da ação
prejudicou o povo de um estado.

 Legitimados Universais: I, II, III,VI,VII,VIII – estes não devem comprovar a pertinência temática.
Partido Político VIII é legitimado Universal, porém a constituição diz que ele deve ter representação no congresso
nacional. Ou seja, ter representante em pelo menos uma das casas do Congresso.
A perda superveniente da representação política do partido no curso da ação não gera a extinção da ação sem decisão
de mérito, pois o momento de analise sobre a existência ou não da representação é quando da propositura da ação.
Ou seja, que o partido tem que ter representação no ajuizamento da ação, se ele perder a representação não extingue
a cão pelo fato de no inicio da ação ele tinha representação.
Não há iniciativa popular para apresentação das ações do Controle Concentrado. Ou seja, o povo não pode ajuizar ADI,
ADO, ADC, ADPF.
5- Objeto da Ação
Art. 102 compete ao STF:
I - processar e julgar:
A – ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal.
Ou seja, pode ser objeto de ADI: Leis ordinárias, Emendas Constitucionais, Leis complementares, medidas provisórias,
e as demais previstas no Art. 59.
Não podem ser objeto de ADI: Lei ou ato normativo distrital de natureza municipal, tampouco leis municipais, normas
constitucionais originarias (não podem, pois estas normas são presumidas absolutamente constitucionais), Normas pré
constitucionais (Leis de 1950/1960/1970, não podem ser declaradas inconstitucionais, pois não existiam a CF no
momento de sua criação).
As normas anteriores compatíveis materialmente coma nova constituição serão recepcionadas e continuarão
a produzir os seus efeitos jurídicos. Já as incompatíveis materialmente serão afastadas pela não recepção que
gera a revogação da Lei e não inconstitucionalidade da Lei.
6 – PGR
Art. 103 §1 – O Procurador Geral da Republica devera ser previamente ouvido nas
ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do
Supremo Tribunal Federal. Atua como um fiscal da Lei.
O PGR vai ser fiscal da lei nas ações que serão por ele proposta.
7 – AGU
Art. 103 §3 - Quando o supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade,
em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado Geral
da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
O advogado Geral da União é o “defensor legis”. Defensor da presunção de constitucionalidade das Leis.
Se o STF já declarou a inconstitucionalidade da Lei e inúmeras vezes no controle difuso, esta dispensado de fazer a
defesa do texto impugnado.
Conforme STF o AGU não precisa sempre defender a constitucionalidade da Lei.
8 – “Amicus Curiae”
Organizações coletivas como ONGS, partidos, associações, podem pedir ao STF para participar das ações do controle.
Se aceita a sua participação o amucus curiae poderá oferecer, pericias, memórias, e até mesmo realizar uma
sustentação oral.
Se aceita a sua participação o Amicus Curiae poderá participar de todas as ações do controle concentrado de
constitucionalidade. ADI, ADO, ADPF e ADC.

9 – Cautelar ? Art. 10 a 12 da Lei 9868/99.


É possível a concessão da Cautelar em sede de ADI que vai suspender a Norma impugnada. Esta decisão produz efeitos
“erga Omnes”.
Via de regra os efeitos temporais da Decisão eles são concedidos do momento da Cautelar para frente. “Ex nunc”.
O Art. 11 da Lei 9868/99 ela prevê que em certos casos a Cautelar venha a suspender a norma impugnada desde o seu
nascimento. Ex Tunc.

10 – Decisão Final
Se o Supremo declarar a inconstitucionalidade da Lei os efeitos são “erga Omnes” (toda a sociedade).
Art. 102 §2 As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal
Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
A decisão vincula todos os órgãos, obrigando os órgãos da Administração e do Judiciário a respeitar tal decisão do STF.
Os efeitos vinculantes não atingem o Poder Legislativo na sua função legiferante (de legislar). Podendo o legislativo
regular uma lei de idêntico teor da que foi declarada inconstitucional pelo Supremo.
Quando o supremo declara a inconstitucionalidade da Lei em regra gera os efeitos são Ex Tunc.
Art. 27 da Lei 9868/99 Modulação temporal – os efeitos da ação de inconstitucionalidade podem ser Ex tunc ou ex
nunc pro futuro ou prospectivos. Sendo o coro de 2/3 dos ministros total de 8 julgadores.
No caso de uma lei tributaria vim a ser declarada inconstitucional em razão da modulação temporal é possível que tal
lei tenha efeito Ex nunc. (não retroage), ou seja, produzirá os efeitos da data de sua inconstitucionalidade em diante.

11 - Natureza ambivalente/ dúplice ou fungível da ADI e ADC


Art. 24 9868/99 – Proclamada a constitucionalidade, julgar-se improcedente a ação
direta ou procedente eventual ação declaratória, e, proclamada a
inconstitucionalidade a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.
È possível declarar a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de uma lei em sede de ADI ou ADC. Ou seja, ao se
ajuizar uma ADI se pretende que o supremo declare a inconstitucionalidade da lei, porém o supremo poderá negar o
pedido. Se negar, a lei será constitucional. Ao negar provimento a uma ADI o supremo estará comprovando que uma
lei é valida.

ADC (ação declaratória de Constitucionalidade)


1 – Histórico
A ADC surgiu com a EC 3/93. A ADC seria uma ADI ao contrario porem com o objeto mais restrito.

2 – Base Legal
Art. 102, I , A e na Lei 9.868/99

3 – Finalidade e o requisito essencial para sua propositura


Na forma do art. 14, III, a ação visa confirmar a constitucionalidade da Lei, tendo em vista controvérsias judiciais
relevantes sobre a aplicação da Lei federal.
Ex.: A lei Maria da Penha era controversa, sendo aplicada por uns e não por outros, pois esses acreditavam que tal lei
feria o principio da igualdade. Porém com o passar dos anos o Presidente da Republica declarou a Constitucionalidade
da Lei. ADC 19.
4 – Legitimidade Ativa
Os mesmos da Propositura da ADI, os previstos no Art. 103 CF.
A EC 45/2004 que equiparou os legitimados ativos da ADC aos da ADI.
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória
de constitucionalidade.
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Havendo também as hipóteses de Legitimados Especiais e Universais.
5 - Objeto da ADC
Art. 102 compete ao STF:
I - processar e julgar:
A – ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal.
Ex.: Lei ordinária Federal, EC federal, compatíveis com a CF.
6 – PGR (Procurador Geral da Republica)
Art. 103 §1 – O Procurador Geral da Republica devera ser previamente ouvido nas
ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do
Supremo Tribunal Federal. Atua como um fiscal da Lei.
O PGR vai ser fiscal da lei nas ações que serão por ele proposta.

7 - AGU (Advogado Geral da União)


O AGU participa da ADI, porem não participa da ADC.
8 – “Amicus Curiae”
Organizações coletivas como ONGS, partidos, associações, podem pedir ao STF para participar das ações do controle.
Se aceita a sua participação o amucus curiae poderá oferecer, pericias, memórias, e até mesmo realizar uma
sustentação oral.
Se aceita a sua participação o Amicus Curiae poderá participar de todas as ações do controle concentrado de
constitucionalidade. ADI, ADO, ADPF e ADC.

9 – Cautelar ?
Sim.
Art. 21 da Lei 9868/99, Pú – Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal
Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte
dispositiva da decisão: no prazo de 10 dias, devendo o Tribunal proceder ao
julgamento da ação no prazo de 180 dias, sob pena de sua eficácia.
Se concedida à cautelar em ADC o STF determinará a suspensão dos processos em curso que dependam da aplicação
da lei objeto da ação. Se em 180 dias não houver o julgamento final, a liminar cai e os juízes e tribunais poderão aplicar
ou deixar de aplicar a lei até a sua decisão final.
Essa decisão produzirá efeitos Erga Omnes e também efeitos vinculantes para os órgãos do poder Judiciario.
10 – Efeitos da Decisão final em ADC
Se o STF declarar a constitucionalidade da norma, os efeitos dessa decisão serão Erga Omnes e também vinculantes,
para todos os órgãos do poder judiciário e a Administração Pública.
Em regra geral os efeitos dessa declaração de constitucionalidade será Ex tunc, o supremo vai confirmar o que já
existia em relação à norma desde o seu surgimento.
ADO (Ação Direta de Omissão)

ADO MI

 1988, com o objetivo de defender a  1988, com o objetivo de defender a


objetividade da CF. objetividade da CF.
 Surgiu do Direito Português.  Surgiu do Direito Americano.
 ADO é a ação do controle  MI é remédio constitucional.
concentrado de constitucionalidade.
 MI há caso concreto (conflito) a ser
 ADO não há discução de caso resolvido.
concreto.
 No MI temos o MI individual
 Na ADO a legitimidade ativa é os (qualquer pessoa) e temos o MI
previstos no Art. 103, I à IX. Coletivo (Art. 5 Inc, LXX).
 A ADo visa defender normas  MI visa defender direitos
constitucionais que dependam de fundamentais dependentes de
regulamentação. regulamentação.
A ADO pode analisar a omissão total ou
parcial da Lei.
Total – Ex.: Art. 18 §4, 40§4 - são aquelas normas previstas na CF porem não há lei especifica em que o regulamenta.
Parcial –Ex.: Art. 7 IV – A lei existe porem ela não consegue atender a todo o propósito a ela reservada pela CF.
1 - Cautelar ?
É cabível a concessão da limitar em sede de ADO.
Art. 12 F Lei 9868/99 – Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o
Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto
no Art. 22 , poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou
autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se
no prazo de 5 dias.
2 – PGR
Art. 12 E §3 – o Procurador Geral da Republica, nas ações em que não for autor,
terá vista do processo, por 15 dias, após o decurso do prazo para informações.
Ou seja, só atuara como fiscal da lei nas ações em que não tenham sido por ele propostas.
3 – AGU
Art. 12 E §2 – o relator poderá solicitar a manifestação do Advogado Geral da
União, que deverá ser encaminhada no prazo de 15 dias.
Se o AGU for convocado pelo relator da ação, deverá participar, vai dar sua manifestação.

ADPF (Argüição de descumprimento de preceito fundamental)


A ADPF surgiu em 1988 na forma do art. 102 §1 CF. Só sendo regulamentada em 1999.

1 – Base Legal
Art. 102 §1 e a Lei 9882/99
Art. 102 §1 – a Argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente
desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da Lei.
2 – “Preceitos Fundamentais”
Rol exemplificativo – são preceitos fundamentais os que se encontram nos Art. 1 a 4 CF (princípios fundamentais). Do
Art. 5 a 17 (direitos e garantias fundamentais); Art. 34, VII (princípios sensíveis); Art. 37 Caput (LIMPE) e o 60 §4
(clausulas pétreas).

3 – Legitimados Ativos.
Os taxativos no Art. 103 I à IX CF.

4 – Caráter residual da ADPF


Para o STF se couber ADI, ADC ou ADO não caberá ADPF.
Art. 4 §1 – não será admitida argüição de descumprimento de preceito
fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
Se uma lei federal violar preceito fundamental será objeto de ADI, não Cabendo ADPF.
Se uma Lei estadual violar preceito fundamental será objeto de ADI, não cabendo ADPF.

5- Hipóteses de cabimento da ADPF.


a) Lei Municipal que viola diretamente a CF;
b) Lei distrital de natureza municipal que viola diretamente a CF;
c) Normas Pré Constitucionais; (lei de 1950, 1960..)
No controle de constitucionalidade só é possível analisar a norma pré constitucional por meio do sistema difuso, ou no
controle concentrado Pela ADPF.

CONTROLE CONCENTRADO ESTADUAL


1 – Parâmetro
Tem como parâmetro a CE. Constituição do Estado. Esta é uma Mini Constituição Federal.
Toda a Constituição Estadual conforme entendimento do STF serve como parâmetro do controle concentrado Estadual,
inclusive as normas de observância obrigatória.
2 – Órgão responsável pela realização do CCE
Art. 125 §2 – Cabe aos Estados a instituição de representação de
inconstitucionalidade (ou ADI estadual) de leis ou atos normativos estaduais ou
municípios em face da constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação
para agir a um único órgão.
O órgão responsável então será o TJ.
As demais Ações (ADC, ADO, ADPF) podem ser instituídas no plano estadual se houver previsão na CE.

3 – Legitimidade Ativa
Art. 103, I à IX CF.
Conforme o STF não há necessidade que os estados reproduzam os mesmos legitimados ativos do modelo federal,
sendo vedada a legitimidade de agir a um único órgão. Ou seja, não precisa ser os mesmos legitimados do Art. 103 I à
IX CF.
A CERJ dispõe que o Defensor Publico do Estado e o Procurador Geral do Estado podem ajuizar as ações.

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
1 – Formas de Estado
Verificar se há ou não divisão geográfica de poder Político naquele País.
a) Estado Unitário ou simples – é um estado cujo poder político está concentrado no poder central,não havendo
divisão geográfica de poder político. Ex. França.
b) Estado Composto ou Federativo – é um estado onde encontramos divisão geográfica de poder político entre
os entes da federação. Não havendo concentração de poder no ente central. Sendo dividido entre os demais
membros. Ex. Brasil.
O federalismo dos EUA é um federalismo dual/ bipartido, pois existe apenas 2 tipos de entes federativos, a
união e os estados membros.
No Brasil temos um federalismo diferenciado (tripartido), se dividindo em: Poder nacional, Regional e Local.

2 – Características principais do Federalismo Brasileiro.


 Autonomia dos entes.
 Repartição de Competências;
 Clausula Pétrea Art. 60 §4, I;
 Intervenção federal como medida de Exceção e defesa da Federação;
 Órgão do Poder Judiciário para dirimir (resolver) os conflitos federativos. Sendo o STF.
 Bicameralismo (Temos a Câmara dos Deputados (povo) e o Senado Federal (órgão legislativo, federalismo por
excelência.)

3 – Vedações que visam proteger o equilíbrio federativo.


Art. 19 – É vedada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
publico. (Principio da Laicidade, Laico.)
II – recusar fé aos documentos públicos. (principio da presunção de veracidade dos
documentos públicos.)
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. (principio da
Igualdade)
As leis devem ser destinadas a todos os estados da Federação. Não deve existir nenhum tipo de discriminação.

4 – Entes da Federação
U – E – DF – M (autônomos) = Republica Federativa do Brasil, esta goza de soberania.
A autonomia dos Entes é caracterizada pela tríplice: auto-organizarão, auto-governo, auto-administrarão.
Na federação não se admite o direito de secessão. Ou seja, o direito de retirada, direito de desfazimento do vinculo.
Art. 1 Caput – A republica federativa do Brasil, formada pela União, indissolúvel dos
Estados, Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito.
Os territórios são descentralizações político administrativas da União Federal. NÃO SÃO ENTES FEDERATIVOS (não
gozam de soberanias).

5 – Divisão geográfica dos Estados Membros


Art. 18 §3 – Os estados podem incorporar-se entre si, dividir-se ou desmembrar-se
para se anexarem a outros ou formarem novos Estados ou Territórios Federais,
mediante aprovação da população diretamente, através de plebiscito e do
Congresso nacional por meio de Lei Complementar.
6 – Divisão Geográfica dos Municípios
Art. 18 § 4 - A criação a incorporação, a fusão e o desmembramento de Município
far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar
federal, e dependerão de consulta previa, mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estados de Viabilidade Municipal,
apresentados e Publicados na forma da Lei,
Todos os municípios criados a partir de 01/01/2007 Conforme ADCT 97 estão em situação irregular, pois até hoje não
existe a lei Complementar Federal para que os municípios sejam criados.

7 – intervenção Federal
Mecanismo de defesa da Federação. Em relação à Intervenção Federal, adota-se o principio da não intervenção.
Art. 34. A união não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:...
Ou seja, haverá a intervenção da União nos Estados e no Distrito Federal e nos Municípios e territórios.
Não há intervenção federal em município de estado membro. Só cabendo a intervenção do Estado nos Municípios de
estado.
O decreto de Intervenção Federal é privativo do Presidente da Republica. Na forma do art. 84, X, sendo indelegável.
O art. 36 §1 - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as
condições de execução e que, se couber, nomeara o interventor, será submetido à
apreciação do congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo
de vinte e quatro horas.
8 - Repartição de Competências
a) Art. 21 a 25 e 30 CF.
b) O Principio que norteia a repartição de competências é o da Predominância de interesses.
c) Classificação das Competências:
c.a) Materiais (administrativas ou políticas) -
c.b) Legislativas -
c.c) Tributárias –
Competências Materiais ou políticas
O Art. 21 traz as competências materiais exclusivas (indelegável).
Desde a EC 69/2012 que alterou o Art. 21 XIII da CF, compete ao Distrito Federal organizar e manter a sua própria
Defensoria.
O art. 23 da CF prevê as competências comuns cumulativas e paralelas entre os entes federativos. Pois tais matérias
são de interesses comuns, cabendo a todos os entes.
Art. 23 – è competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
Pú – leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem estar em âmbito nacional

Competências Legislativas
Competências legislativas privativas (delegável, passível de delegação) da União estão previstas no Art. 22 CF.
Art. 22 – Compete privativamente a união Legislar:
Parágrafo Único – Lei complementar federal poderá autorizar os Estados a legislar
sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

A EC 69/12 alterou o Art. 22 XVII, que diz agora: a competência para legislar sobre a organização judiciária da
Defensoria Publica do distrito federal. Esta na Mao do próprio DF.
O Art. 24 prevê a competência legislativa concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal.
Art. 24 § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-
se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.

Leituras Complementares
Art. 25 §1 à §3
Art. 30 CF

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