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Não há hierarquia entre as normas do corpo fixo e do ADCT e todas servem como parâmetro do controle de
constitucionalidade das leis, ou seja, todas as normas infraconstitucionais precisam estar em harmonias com as
normas do corpo fixo e da ADCT, senão tornam-se invalidas.
Normas constitucionais derivadas nasceram no dia 05/10/88 e as normas que foram introduzidas na CF pelo poder
reformador, são chamadas de normas constitucionais derivadas.
As normas constitucionais derivadas NCD e as normas infraconstitucionais NIC e todas as outras (CC, CP, CPC, ECA..),
são presumidas relativamente constitucionais. Relativa porque elas nascem com seus efeitos jurídicos, mas podem ser
declaradas inconstitucionais. Gozam de uma presunção positiva, podendo vir a ser negativa.
As normas constitucionais originarias NCO são normas que gozam de presunção absoluta de constitucionalidade. Ou
seja, essas normas não podem ser declaradas inconstitucionais. O STF não pode declarar a inconstitucionalidade
destas normas.
É o poder responsável pelas alterações formais que a CF sofrerá ao longo de seus dias. Só se pode mudar a
Constituição por meio da Emenda Constitucional.
Hoje o poder reformador só se realiza por meio das emendas constitucionais, produzidas de acordo com o art. 60 da
CF.
Limitações:
1 – Temporais: no artigo 60, conforme entendimento majoritário não há limitação temporal ao poder de
reforma da CF, ou seja a CF pode ser alterada no dia seguinte a sua promulgação. Na constituição do Império
de 1824 no art. 174, previa que durante 4 anos ela não poderia sofrer reforma.
2 – Circunstanciais: Art. 60§1 – durante a intervenção federal (Art. 134 a 136) e durante o Estado de Defesa e de Sitio
(Art. 136 á 141), não se permite a alteração da CF.
3 – Formais: Associadas a processo legislativo. Quem são os legitimados para proporem a PEC (proposta de emenda a
CF). Art. 60 I,II,III, §2,§3 e §5 CF. ROL TAXATIVO
I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados (171 deputados) ou do Senado
Federal (27 senadores);
II – do Presidente da Republica;
III – de mais da metade das Assembleias legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada
uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Não há iniciativa popular para apresentar a PEC, ou seja, não pode ser proposta pelo povo.
De acordo com o Art. 64 da CF podemos concluir que a casa iniciadora do processo legislativo é via de regra a câmara
dos deputados e o congresso nacional é a casa revisora, salvo se o projeto de lei for apresentado no Congresso
nacional, nesta hipótese inverterá a ordem de votação, passando a câmara dos deputados a ser a casa revisora.
§2 – A proposta será discutida e votada, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§3 – A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, com o respectivo numero de ordem.
Importante*** De acordo com o Art. 60 § 3, podemos concluir que não há sansão ou veto do presidente da republica
no processo de elaboração das emendas constitucionais.
§5 – A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser
objeto de nova proposta na mesa de sessão legislativa.
A PEC NÃO PODE SER REJEITADA E REAPRESENTADA NA MESMA SESSÃO LEGISLATIVA, MAS A PROPOSTA PODE SER
REJEITA E APRESENTADA NA MESMA LEGISLATURA, DESDE QUE EM SESSÕES LEGISLATIVAS DISTINTAS.
4 – Materiais: (Limitações de conteúdo, assunto, tema) – Temos então limitações materiais EXPRESSAS (clausulas
pétreas, art. 60 § 4 CF) e as Limitações Materiais IMPLICITAS (limitações estas que são A FORMA DE GOVERNO
REPUBLICANA, SISTEMA DE GOVERNO PRESIDENCIALISTA, O PROPRIO ART 60.) QUE NÃO PODE FACILITAR O
PROCESSO DE REFORMA DA CF.
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL -É o processo informal de mudança da CF que permite a releitura do texto constitucional
a luz de novos fatos sociais, econômicos, políticos e culturais, permitindo que a Constituição esteja sempre afinada,
atualizada com a atualidade do pais.
A emenda é a única forma de alteração da Constituição, podendo ser também alterada de forma informal conforme a
Mutação Constitucional.. O exemplo do art. 226§3: em que determina como união estável o homem e a mulher,
porem o supremo entendeu como união estável também o casal homoafetivo. O Supremo deu então uma mudança de
interpretação do texto constitucional.
È uma divisão tripartida, porem contida 2 grupos, o 1º contem as normas de eficácia plena e contida e o 2º é o das
normas de eficácia limitada.Segundo Jose Afonso da Silva.
NORMAS DE EFICACIA PLENA – são auto aplicáveis e de incidência direta, imediata e integral, pois não podem sofrer
restrições por parte do Poder Publico. Ex. art. 1, 5, III, art. 2 CF. Desde a sua entrada em vigor produzem todos seus
efeitos.
NORMAS DE EFICACIA CONTIDA– são normas auto aplicáveis e geram incidência direta, imediata, mas não integral,
pois podem sofrer restrições ou condicionamentos por parte do poder publico. Art5 XIII. Ela produz seus efeitos
jurídicos, porem há condicionamentos a alguns requisitos. Ex.: O Bacharel em direito precisa fazer a OAB para poder
advogar.
“Art. 5 XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer.”
NORMAS DE EFICACIA LIMITADA – Não são auto aplicáveis e produzem incidência indireta, mediata e não integral, pois
dependem de atuação futura seja ela administrativa ou legislativa, por parte do poder publico.
Ex.: A saúde é um direito fundamental, mas essa norma não significa que a saúde seja um exemplo no País,
necessitando então da atuação futura do Poder Publico para atingir seu objetivo.
a) Normas Programáticas – estabelecem programas, diretrizes, metas, que devem ser cumpridas pelo poder
publico, para que possam se tornar realidade. Ex: art. 196 (direito a saúde), 205 (direito a educação) e 225
(meio ambiente econimico) CF.
b) Normas de Conteúdo Institutivas/ organizatórias – Criam órgãos, funções, institutos, que dependem de
regulamentação para que possam se tornar realidade. Ex. art. 112, 93 caput, 134§1 CF.
3 – Positivação
Os direitos fundamentais estão previstos em toda a CF e não apenas nela como tambem nas normas infra
constitucionais, como ECA, Estatuto do Idoso, CDC..
NACIONALIDADE
É um direito fundamental de primeira geração e que esta associada a própria identidade do individuo, e adquirida ou
em razão do nascimento ou por um processo de naturalização. Art. 12 e 13 CF.
Nem todo nacional (brasileiro ou naturalizado) é cidadão (eleitor), Ex.: Crianças, maluquinhos, etc. Via de regra todo
cidadão é antes nacional. Exceção: português equiparado Art. 12§1 CF (este se equipara a um brasileiro porem não é).
2 - Espécies de Nacionalidade :
a) Ius Sanguinis: espécie de nacionalidade Originaria – Critério sanguíneo – Será nacional todo desdente de
nacional independentemente do seu local de nascimento. Nacionalidade transferida pelos descendentes.
b) Ius Soli: Critérios será o nacional todo nascido no território do estado, independentemente da nacionalidade
de sua ascendência.Adotado nos Pais.
c) Critério Misto: Nosso critério é misto, havendo uma predominância do Ius Soli.
A) Em relação aos Cargos, estes privativos dos Brasileiros Natos Art. 12§3:
“I – de presidente e Vice presidente da Republica;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do senado Federal
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – Membro de Carreira Diplomática;
VI – de oficial das forças armadas;
VII – de Ministro de Estado da Defesa.”
Nem todos os membros do Conselho da Republica precisam ser brasileiros natos. A participação direta do povo no
conselho essa sim deve ser apenas por brasileiros natos.
B) Em relação há Extradição– Art. 5 LI –. O brasileiro nato não pode ser extraditado, nem se este tiver mais de
uma nacionalidade.
Art. 5 LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum praticado antes da
naturalização, ou de comprovado envolvimento em trafico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
Art. 5 LII - Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime politico ou de opinião. Neste caso não será
extraditado nem o estrangeiro, nem o brasileiro nato e nem o naturalizado.
C) Em relação à função no conselho da Republica -Art. 89 CF –A função no conselho da republica NÃO é privativa
dos brasileiros natos. A função Popular é privativa de nacional Originaria.
D) Em relação à propriedade. Art. 222 –
Art. 222 - A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de nos e imagens é privativa de brasileiros
natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham
sede no país.
As hipóteses de aquisição de nacionalidade originarias se esgotam na CF! Não havendo hipóteses de aquisição de
nacionalidade originaria fora da constituição. Não podendo ser ampliada por normas infraconstitucionais.
I – Natos;
a) Os nacidos na Republica Federativa do Brasil ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a
serviço de seu país;IUS SOLI ( ORIGEM TERRITORIAL) Não será nato o nascido no Brasil, filho de pai e mãe
estrangeiro, mas se um deles estiver a serviço oficial de seus pais no Brasil.. Todo filho de brasileiro nascido no
brasil, brasileiro nato será.
b) Os nascidos no estrangeiro, de pai Brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço
da Republica Federativa do Brasil;Critério sanguíneo, ou seja IUS SANGUINIS. Será também brasileiro nato o
filho de pai ou mãe brasileira, desde que 1 deles esteja a serviço oficial da Republica Federativa do Brasil no
exterior. Serviço oficial é aquele que estar representando a ADM publica das esferas federal , municipal,
estadual ou distrital.
c) Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na Republica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade pela nacionalidade brasileira;Critério IUS SANGUINIS + registro no Consulado,
este será brasileiro nato se quando atingir a maioridade, este venha a optar pela nacionalidade brasileira e
venha morar no brasil.
Se o filho de brasileiro for menor de idade ele será considerado brasileiro nato provisório, onde ao atingir a maioridade
ele deverá se manifestar perante o Juiz Federal de 1 grau e requerer a nacionalidade brasileira.
ADCT 96 – Aplica-se aos nascidos entre 07/julho de 94 (data de revisão) e 20/09/2007 (emenda Constitucional 54/07).
Estes ou podem ser levados a embaixada ou se estiver no brasil, basta ir ao cartório, para ter o registro de. brasileiro
nato.
6 – Brasileiros Naturalizados:
Não há nacionalização tácita no país. Ou seja, é preciso que a pessoa manifesta perante o órgão da justiça requerendo
ser naturalizado.
a) Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigida aos originários de países de língua
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade brasileira; Naturalização Ordinária. Ato
Discricionário, pois mesmo preenchido os requisitos necessários é possível que seja negado o pedido de
naturalização, mesmo que os documentos estejam todos corretos. Sendo esta hipótese aplicada aos
estrangeiros. Os estrangeiros originários de Países de língua portuguesa poderão comprovar um ano
ininterrupto no Brasil..
Aos estrangeiros de outras nacionalidades agente aplica a lei 6815/80 (estatuto do estrangeiro)
b) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes no Republica Federativa do Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.Refere-se a
naturalização extraordinária ou quinzenária e segundo a orientação doutrinaria e jurisprudencial dominante
estamos diante de atos vinculados. Ou seja, Satisfeitos os requisitos para a naturalização o estado brasileiro
não poderia mais negar a nacionalidade ao estrangeiro. As saídas esporádicas são permitidas.
7 – Perda da nacionalidade Art. 12 inc I e II -as hipóteses de perda da nacionalidade se esgotam na CF, não
havendo hipóteses além da prevista na CF.
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse
nacional.Por meio de uma ação de cancelamento de naturalização proposta pelo MP Federal. Sendo uma perda
sansão ou punição, fruto de uma decisão judicial transitada em julgado.Este inciso só se aplica ao brasileiro
naturalizado. São atos que abalam todo o País, Ex.: genocídio, tortura..
II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: Aplica-se tanto aos brasileiros natos como para os brasileiros
naturalizados.O BRASILEIRO NATO PODE PERDER A NACIONALIDADE BRASILEIRA.
Em caso de aquisição voluntaria de outra nacionalidade haverá a perda da nacionalidade brasileira, e esta perda
será chamada de PERDA MUDANÇA, que será fruto de uma decisão administrativa, salvo nos casos de dupla
nacionalidade.
Não haverá casos de perda de nacionalidade nos casos de:
São manifestados pelos cidadãos na formação da vontade nacional. A aquisição de direitos políticos se faz mediante
alistamento eleitoral conf. Art. 14§1, que diz:
II – Facultativo para:
a) Os analfabetos;
b) Os maiores de setenta anos;
c) Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
§2 – não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros (salvo os portugueses equiparados) e, durante o período
do serviço militar obrigatório, os conscritos (cumprindo o serviço militar obrigatório).
1 - SUFRÁGIO
É o direito publico subjetivo político que vai permitir que o cidadão participe da formação da vontade política do país.
Sendo o voto um dos instrumentos do sufrágio.
Conforme o Art. 14 da CF o sufrágio é universal não havendo descriminação, tendo todos direitos ao voto, exceto os
acima previstos.
a) Ação popular – art 5º LXXIII – a ação popular só poderá ser proposta pelo cidadão. (cidadão é o brasileiro
nato ou naturalizado tendo que ser eleitor) sendo obrigatório juntar o titulo de eleitor.
A ação popular visa fiscalizar a atuação da nossa administração, visa proteger o patrimônio publico moralidade
administrativa, enfim é o cidadão fiscalizando.
b) Iniciativa popular federal – Art. 61§2 CF – o povo é quem pode oferecer projetos de leis ordinárias e leis
complementares, desde que preenchidos 3 requisitos:
1 – o povo tem que assinar o projeto com pelo menos com 1% do eleitorado nacional.
5 – sendo estes 1 % divididos em 5 estados brasileiros
0– não podendo em cada estado o numero de eleitores ser 0,3 do eleitorado local.
3/
Art. 29, XIII – É possível iniciativa popular no plano municipal por meio de manifestação de pelo menos 5% do
eleitorado local.
c) Plebiscitos e Referendos- Art. 49, XV – São consultas populares que se diferenciam com relação ao momento
da consulta. o plebiscito antecede a formação da vontade. E o referendo será posterior, com a finalidade de
reforçar, ratificar, a eficácia de uma decisão já tomada.
A convocação de plebiscitos e referendos art. 49, XV é de competência do congresso nacional. Só podendo ser
realizados por cidadãos.
d) Voto – art.60,§4, II – não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir. O voto pode se
tornar facultativo por meio de uma emenda constitucional desde que não viole tal artigo citado acima.
Nem todos que possuem capacidade eleitoral ativa possuem capacidade eleitoral passiva. Ou seja, nem todos que
podem votar podem ser votados. Mas todos que possuem capacidade eleitoral passiva, possuem capacidade
ativa.
CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA (Possibilidade do indivíduo se candidatar a cargos eletivos). Art. 14§3, temos os
requisitos de elegibilidade: CUMULATIVOS
1- Nacionalidade brasileira.
2- O pleno exercício dos direitos políticos.
3- Alistamento eleitoral
4- O domicilio eleitoral na circunscrição perante a qual vai se candidatar.
5- Comprovar a filiação partidária. NÃO HÁ NO BRASIL CANDIDATURA AVULSA.
6- A idade mínima de: 3530-2118
a) Trinta e cinco anos para Presidente e Vice Presidente da Republica e Senador
b) Trinta anos para Governador e Vice Governador de estado e do DF.
c) Vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado estadual ou Distrital, Prefeito, Vice Prefeito e Juiz de
Paz
d) Dezoito anos para Vereador.
Circunstâncias que vão impedir os cidadãos a concorrer a certos cargos, de votar, de participar da vida política do país.
Se dividem em:
A) Inelegibilidade – é aquele que não pode se candidatar, ou seja, perda dos seus diretos passivos. Estas se
dividem em:
I- Absoluta - os que são inelegíveis absolutamente não podem participar de qualquer pleito eleitoral.
Estão taxativamente previstas na CF e não podem ser ampliadas por legislação infraconstitucional. Art. 14§4, diz que
são inelegíveis os: INALISTAVEIS E OS ANALFABETOS (este não pode se candidatar para cargo eletivo, podendo
apenas votar.)
II- Relativas – podem ser ampliadas por legislação infraconstitucional. Os casos de inelegibilidade
relativa estão previstas no art. 14 §5,§6,§7.
O Art. 14§5 da CF – Reeleição – Presidente/ Governador/ Prefeito, só poderão se reeleger UMA única vez.!!
Tal regra não se aplica ao legislativo (vereador, senador, Deputados) onde não há o numero maxixo de
mandatos.
O STF não permite a figura do Prefeito Itinerante, ou prefeito profissional, ou seja, o Prefeito reeleito por um
município, não poderá se candidatar ao terceiro mandado no mesmo município tampouco se candidatar para prefeito
em outro município.
O art14§6 da CF – Desincompatibilização – Para concorrer a outro cargo o Chefe do Executivo precisa
renunciar até 6 meses antes do pleito eleitoral
Para se reeleger não há desincompatibilização, tendo em vista que a reeleição é para o mesmo cargo.
O art. 14§7 – Traz a idéia de inelegibilidade reflexa – pois que torna inelegível não é o titular do Cargo do
executivo (Prefeito, Presidente e Governador) e sim sua família em razão do cargo por ele ocupado.
Se oferecida no primeiro mandato do renunciante, afasta por completo a inelegibilidade reflexa e a família
poderá concorrer a qualquer cargo eletivo, inclusive ao antes por ele ocupado.
Se a renuncia for oferecida já no segundo mandato consecutivo do renunciante, a família poderá concorrer a
diversos cargos eletivos, menos ao antes ocupado pelo renunciante.
Segundo a jurisprudência do TSE são vedados 3 mandatos consecutivos com a mesma família no poder!!
B) Perda e suspensão dos direitos políticos – Perda dos direitos ativos e passivos.
Art.15:É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I – cancelamento de naturalização por sentença transitada e julgada. Hipótese de Perda.
II – incapacidade Civil Absoluta – Conforme art. 3 CC
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5 VIII. –
Hipótese de Perda e não suspensão.. Polemico.
V –improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §4.
Art37§4:
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a
perda da função publica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
O art. 12 § 1 CF – trata-se do português equiparado. Sendo ele português (estrangeiro) residente no país e que decidiu
pleitear a autoridade brasileira a equiparação a brasileiro naturalizado.
Se o português satisfizer os requisitos do decreto 3927/0, poderá se tornar cidadão. Nesse caso, será a única hipótese
de cidadão não brasileiro no País. Tornou-se então português equiparado e não brasileiro. Porem com direitos e
deveres de brasileiros.
REMEDIOS CONSTITUCIONAIS
MANDADO DE INJUNÇÃO
Busca defender os direitos fundamentais previstos nas normas de eficácia limitada, que ainda não foram
regulamentadas. Servindo este como para curar a omissão legislativa na defesa dos direitos fundamentais. Ex.: a greve
prevista no art. 37, VII, CF (a greve porem não tem uma lei especifica).
Dos remédios constitucionais o MI é o único que não possui norma infraconstitucionais implementando suas
disposições. Se aplicando assim, por analogia a Lei 12.016/2009(lei do mandado de segurança).
O MI pode ser impetrado individualmente e também pode na via coletiva. Quem pode impetrar mandado na via
coletiva é exatamente quem também pode ajuizar o mandado se segurança coletivo.
O mandado de injunção individual pode ser impetrado por qualquer pessoa natural ou jurídica, nacional ou
estrangeira, cujo direito fundamental dependa de regulamentação;
O mandado de injunção coletivo aplica as regas pertinentes ao mandado de Segurança coletivo. Art. 5 LXX, assim como
a Lei 12.016/09.
Art. 5, LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
A) Partido político com representação no Congresso Nacional. (em pelo menos
uma das casas)
B) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e
em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados.
Requisitos para impetrar o MI:
Quando houver a Impossibilidade de exercício do direito fundamental + inexistência da Lei.
Todas essas organizações coletivas poderão defender em juízo interesses de toda a categoria, ou de parte de seus
membros. Todas elas podem apresentar / impetrar o MI coletivo sem autorização expressa dos membros ou
associados.
Cautelar?
Não. A Cautelar não é admitida em sede de mandado de injunção, ou seja, não tem tutela de urgência em MI.
Decisão Final no MI
Até 2007 a posição principal a respeito da Decisão Final, sempre foi à decisão não concretista, que se limitava a
declarar a mora do poder omisso.
Desde 2007 houve uma virada jurisprudencial e o STF vem adotando posições chamadas de concretista, pois não se
limitam a declarar a mora do poder omisso.
HABEAS DATA
Finalidade:
Serve HD para conhecer dados pessoais, desconhecidos; ou para retificar dados conhecidos, porem incorretos.
Art. 7 inc. III da lei 9.507/97 – serve também para complementar dados que já são conhecidos, porem incompletos .
Dados pessoais
São os dados relacionados ao próprio nome da pessoa, a sua escolaridade, seu trabalho, seu estado civil, sua saudade.
Dados sobre a própria pessoa. Ex.: quando os agentes do hospital não quer te informar a sua situação.
Não cabe HD para acessar dados públicos/administrativos, certidões denegadas, porque o remédio nesta hipótese é
o MS.
Diante de uma negativa de certidão gera a propositura do MS e não do HD.
Cada HD tem que ter um pedido especifico. Ex.: um pedindo para conhecer dados pessoais e um outro HD para
retificar.
Remédio personalíssimo
O HD é o remédio que vai permitir que a própria pessoa possa acessar informações a seu respeito, ratificar
informações incorretas ou complementar informações incompletas. O autor da ação será o titular do dado, seja este
uma pessoa natural, jurídica, nacional ou estrangeira.
Não cabe em regra HD para acessar informações de outrem.
Exceção:
Os herdeiros do “de cujus” poderão impetrar o HD para saber dados pessoais, para ratificar dados pessoais ou
completar dados do “de cujus”.
Pólos Passivos
Em face de Bancos de dados públicos seja da administração publica direta ou indireta ou ainda em face de
representantes de banco de dados privados que possuem caráter publico. Exemplo: SPC e SERASA.
Condicionamento Administrativo
A sumula 2, STJ, diz que não cabe HD se não houver recusa da informação por parte da autoridade administrativa (Por
ser uma ação gratuita, não faz sentido que alguém entre com o HD atoa.). Não havendo a necessidade de esgotamento
de instancia.
O HD necessita então de um critério administrativo, critério esse é a recusa, ou em razão do decurso do prazo sem o
aceso ao dado, sem que haja a retificação.
Finalidade
Anular atos ou contratos administrativos que ameacem ou provoquem lesão ao meio ambiente, a moralidade
administrativa, ao patrimônio publico, histórico e cultural. Proteger os direitos difusos.
Espécies
1 - Repressiva – quando a lesão já estiver ocorrido. Deve ser apresentada no prazo de 5 anos contados do
conhecimento do ato praticado pelo poder Público.
2 – Preventiva – é proposta quando houver uma ameaça de lesão ao patrimônio comum de um direito difuso.
Gratuidade
Se proposta de boa fé ela será gratuita, porém se for proposta de má-fé ela será onerosa.
Legitimidade ativa da AP
Só poderá ser proposta por quem é cidadão, sendo este o brasileiro nato ou naturalizado em gozo dos seus direitos
políticos (eleitor). E ao português equiparado, desde que esteja devidamente alistado.
A ação NÃO PODE SER AJUIZADA por pessoa jurídica, os conscritos, os estrangeiros. e pelo ministério publico.
Também não podem propor a AP os INALISTADOS, OS INAVISTÁVEIS conforme art. 14 inc. II CF, por quem sofreu perda
ou suspensão dos direitos políticos na forma do art. 15 da CF,
Papel do MP
O MP conforme art. 7 da Lei 4.717/65 atua como fiscal da lei em todas as ações Populares.
Art. 9 – Em caso de desistência da ação por parte do cidadão, o MP poderá ser o substituto processual e dar
seguimento a ação antes proposta.
Art. 16 – Se o cidadão não promover a execução da condenação da sentença condenatória no prazo previsto em lei, o
MP deverá promover essa execução da sentença.
Art. 5 LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso do poder. (Defender direito de Pessoas Naturais)
O particular pode figurar no pólo passivo da ação de habeas corpus. É o caso, por exemplo, de funcionários de
hospitais que privam ilegalmente um paciente do seu direito de locomoção.
Finalidade HC
Defender a liberdade de locomoção que esteja sendo ameaçada, ou que já tenha sofrido lesão. Ou seja, para evitar a
consumação da lesão a liberdade de locomoção, hipótese na qual é concedido o “salvo-Conduto”.
Modalidades do HC;
Preventivo – é quando há uma ameaça na liberdade de ir e vir. Ou seja, para evitar a consumação da lesão a liberdade
de locomoção, hipótese na qual é concedido o “salvo-Conduto”.
Repressivo. Quando a lesão já ocorreu, Ou seja, utilizado com o propósito de liberar o paciente quando já consumada
a coação ilegal ou abusiva ou a violência à sua liberdade de locomoção. O pedido é o alvará de soltura.
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas data e habeas corpus, e, na forma da lei,
necessário ao exercício da cidadania.
O militar esta sujeito a prisão em flagrante, também esta sujeito a prisão por ordem judicial e ainda esta submetido a
prisão administrativa, que se refere aquele decretada pelo superior hierárquico do militar em relação a conduta.
MANDADO DE SEGURANÇA
O MS não disputa com nenhum dos outros remédios.
Art. 5, LXIX – conceder-se-á o mandado de segurança para proteger direito liquido
e certo, não amparado por HC, HD, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso
de poder for autoridade publica ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do poder publico.
Art. 5, LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
A) Partido político com representação no Congresso Nacional. (em pelo menos
uma das casas)
B) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados.
Finalidade
Defender direitos que não podem ser tutelados por outro remédio constitucional. Se couber HC, HD, MI, AP não
caberá MS. Haja vista a natureza residual do instituto.
Ex. você passou em 2º no concurso publico e o 4º colocado foi chamado primeiro.
Cabe MS:
Para defender a liberdade de associação
Para defender a liberdade de reunião
Para defender o direito a nomeação
Para defender o direito de certidão.
...
Espécies de MS:
Preventivo – há uma ameaça ao direito.
Repressivo – a lesão já ocorreu. Para a propositura, o prazo será de 120 dias do reconhecimento da lesão.
Modalidades
MS individual – o autor é qualquer pessoa natural, jurídica, nacional ou estrangeira, que seja titular de um direito.
Segundo a jurisprudência do STF, órgãos públicos (não tem personalidade jurídica própria, porém podem propor o
MS), universalidade de bens (espólio, condomínio, massa falida).
MS coletivo – pode ser impetrado pelos legitimados ativos conforme o MS individual. Partido político para que seja
autor do MSI ele precisa ter representação no congresso nacional (em pelo menos uma das casas). Organização
sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano.
Sindicatos, entidades de classe e associações precisam comprovar a pertinência temática (relação entre o objeto da
ação e o grupo da classe), para que suas ações sejam recebidas.
Sumula 629 STF - A impetração de MS coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe de
autorização destes.
O PARTIDO POLÍTICO é considerado legitimado universal, pois não precisa comprovar a pertinência temática. O
partido pode defender em juízo interesses de varias coletividades distintas e não apenas de seus membros ou
associados.
O MS não admite dilação probatória, ou seja, a ação deve ser instruída por meio de prova pré constituída (prova
pronta (prova documental)).
Sumula 266 TSF – não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
Sumula 267 TSF – não cabe MS contra ato judicial passível de recurso ou correição.
Sumula 267 STF – não cabe MS contra decisão judicial com Transito em julgado.
Executar é administrar. A matéria correspondente ao Poder Executivo é disciplinada no texto constitucional, nos arts.
76 a 91.
3 - Requisitos de elegibilidade:
a) São cargos eletivos privativos de brasileiro nato, somente o Presidente da Republica e seu Vice – Art. 12, §3,
CF.
b) Gozo dos direitos políticos
c) Mais de 35 anos;
d) Domicilio na circunscrição
Majoritário absoluto – ganha a eleição o candidato que conseguir a maioria absoluta dos votos validos. Total menos
branco e nulo.
1º turno – 1º domingo de outubro
2º turno – ultimo domingo de outubro e concorre os dois mais votados.
Posse: 1º de janeiro com uma tolerância de 10 dias.
Majoritário simples ou relativo – só tem um turno. E se resolve no 1º domingo de outubro. Ganha o mais votado,
pode ser diferença de 1 voto.
4 - Vacância
No caso de Vacância de Presidente e Vice Presidente,
Art. 81 CF – Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Republica, far-se
eleição noventa dias depois de aberta a ultima vaga.
§1 – Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição
para ambos os cargos será feita trinta dias depois da ultima vaga, pelo Congresso
Nacional, na forma da Lei.
§2 – Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus
antecessores.
Precisa de 3 requisitos: ausência (do pais), deve ser superior a 15 dias e sem licença do Congresso Nacional.
Art. 78 pú – Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o
Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago.
PODER LEGISLATIVO
Exerce funções típicas (a de legislar e de fiscalizar as contas publicas do país) e atípicas (art. 52 pú- onde cabe o
senado federal julgar o presidente da republica por crime de responsabilidade. Função Administrativa (elaboração de
concursos públicos, licitações).
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos,
pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo
Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições,
para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais
de setenta Deputados.
§ 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito
Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
§ 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de
oito anos.
§ 2º - A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro
em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º - Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa
e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria
absoluta de seus membros.
Tais imunidades, as prerrogativas são relacionadas ao cargo de presidente e não a pessoa. Sendo estas irrenunciáveis.
Não podendo também estas ser extintas por Emenda Constitucional, tendo em vista a clausula pétrea que preserva a
separação de poderes.
2 – PRERROGATIVA DE FORO
Crime Comum quem julga o Presidente da Republica é o STF.
Crime de Responsabilidade quem julga o Presidente da Republica é o Senado Federal.
Crimes de responsabilidade - são as infrações político administrativas que se cometidas pelo Presidente, ocorrendo
IMPITMAN.
Sumula 722 – São de competência legislativa da união a definição dos crimes de
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e
julgamento.
Segundo o STF, ampla defesa e contraditório devem ser respeitados durante a fase procedimental (que ocorre na
Câmara dos deputados) e processual (que ocorre no STF e no Senado).
O quorum para condenação no Senado Federal é o de 2/3 dos votos (54 senadores).
As sanções da condenação são cumulativas, sendo elas, a perda do cargo + inabilitação ao exercício de qualquer cargo,
emprego ou função publica por 8 anos.
De acordo com essa clausula o STF não possui competência para julgar o Presidente da Republica por crime ocorrido
ANTES da diplomação, tampouco por crime ocorrido APÓS a diplomação, sem relação com o mandato presidencial.
O STF só tem competência para julgar durante o mandato o Presidente da Republica por crime relacionado ao
exercício das suas funções. Ex.: crimes contra a Administração Publica.
IMUNIDADES DE GOVERNADORES E PREFEITOS
1 – IMUNIDADES FORMAIS:
PRISAO – Não se aplica a governadores e Prefeitos. Podendo estes ser presos como qualquer pessoa comum.
PROCESSO – Pode ser feito pela Casa Legislativa da Casa ou do Município, se houver previsão na Constituição do
Estado.
2- PRERROGATIVA DE FORO
Crime Comum – Governadores - Art. 105, I, a – são julgados por crimes comuns perante o STJ, inclusive os crimes
dolosos contra a vida.
Prefeitos – Art. 29, X – são julgados perante o TJ, inclusive pela pratica dos crimes dolosos contra a vida.
Sumula 702 STF – A competência do Tribunal de justiça para julgar prefeito, restringe-se aos crimes de competência da
justiça comum estadual, nos demais casos cabe ao Tribunal responsável pelo respectivo ato.
Tais imunidades são irrenunciáveis, porque estão relacionadas à função e não a pessoa. Não podendo esta ser extinta
por meio de uma Emenda Constitucional. Tendo em vista a clausula pétrea que preserva a separação de poderes.
Tal imunidade existe no momento em que o parlamentar estiver no exercício de suas funções, em caso contrario, este
não gozara de tal imunidade.
Diplomação x Posse
Diplomação é o ato que confirma eleição foi realizada de forma valida.
Posse é a própria investidura do Cargo.
Os membros do legislativo tomam posse do mandato no dia 1º de fevereiro do ano seguinte ao da eleição, conforme
art. 57.
O STF é o órgão competente para julgar parlamentares federais por crimes dolosos contra a vida.
4- IMUNIDADES FORMAIS
a) Prisão – Art. 53 §2 -
Art. 53 §2 – Desde a expedição do diploma os membros do Congresso Nacional não
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos
serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo
voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
Regra Geral não haverá prisão do Parlamentar, porém poderá ocorrer em casos de flagrante de crime inafiançável.
Sendo os autos da prisão remetidos em 24 h a Casa Respectiva, para que a maioria dos membros resolva sobre a
prisão.
Segundo entendimento doutrinário além da prisão em flagrante por crime inafiançável, o parlamentar poderá ser
preso em razão de sentença condenatória criminal transitada em julgado.
b) Processo - Art. 53 §3 á §5 –
Art. 53 §3 – Recebida a denuncia contra o Senador ou Deputado, por crime
ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência a Casa
respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da
maioria de seus membros poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação
§4 – O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo
improrrogável de quarenta e cinco dias de seu recebimento pela Meda Diretora.
§5 – A sustentação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
Na forma do art. 53 §3, podemos concluir que a imunidade formal quanto ao processo só se aplica ao parlamentar que
cometeu o crime APÓS a diplomação.
Deputados Distritais
Art. 32 §3 – Aos Deputados distritais e a Câmara Legislativa aplica-se o disposto no
Art. 27.
Então o mesmo tratamento jurídico destinado aos parlamentares estaduais, será os concedidos aos parlamentares
distritais.
Porem quem irá julgar o parlamentar por crime será o TJDFT.
Deputado Distrital por crime doloso contra a vida é julgado pelo tribunal de justiça do DF e territórios.
Vereador
Art. 29, VIII – inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato e na circunscrição do Município .
A imunidade material relativa ao vereador esta limitada ao próprio município. O vereador de Pancas que utilizar a
liberdade de expressão em Colatina, este não terá a imunidade Material.
Não há imunidade formal com relação a prisão e ao processo. Conforme decisão do SUPREMO.
É possível que vereadores tenham prerrogativa de foro funcional, estabelecida na Constituição do estado, mas é
preciso respeitar a sumula 721 do STF.
2 - Requisitos cumulativos:
a) 1/3 da Câmara dos deputados (171 assinaturas) e/ou dos Senados Federais (27 assinaturas).Se tiver uma
CPMI (quando for criada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal) = 198 assinaturas.
b) Fato determinado (não sendo possível abrir uma CPI para apurar um ato a ser praticado).
c) Prazo certo – não podendo ser aberta por prazo indeterminado.
Conforme Principio da Simetria é possível a Criação de CPI nos Estados e Municípios, desde que os requisitos previstos
no art. 58 §3 sejam respeitados e que as CPI Estaduais e Municipais sejam criadas para apurar infrações do próprio
Estado e Município.
Em respeito ao Pacto Federativo, a CPI Estadual não pode apurar questões locais ou Federais.
5 – CPI pode:
Não há numero maximo de CPIs, e todas devem ser criadas com base nos requisitos previstos na CF.
O direito ao silencio, deve ser garantido quanto aos investigados quanto as testemunhas,
As ilegalidades são apreciadas Pelo STF.
PROCESSO LEGISLATIVO
Elaboração das (LC/ LO)
Natureza Formal –
Lei complementar é aprovada por coro por maioria absoluta, na forma do art. 69.
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
Lei ordinária é aprovada por maioria simples ou relativa, na forma do art. 47
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa
e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria
absoluta de seus membros.
4 – Sansão e Veto
Estes são atos exclusivos do executivo.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao
Presidente da República (no plano federal), que, aquiescendo, o sancionará.
No plano Estadual será enviado ao Governador do estado e no Plano Municipal ao
Prefeito.
Recebido o projeto de lei o Presidente, Governador do Estado ou o Prefeito terá o prazo de 15 dias para sancionar ou
vetar.
A concordância pode ser tácita ou expressa. A lei aprovada e remetida ao Presidente e este permanecer inerte pelo
prazo de 15 dias, presumi-se a sua aprovação.
O veto é sempre expresso e deverá ser justificado.
1 – Característica do Veto:
a) Expresso - não havendo voto tácito.
b) Irretratável – oferecidas as razoes de veto o presidente não pode voltar atrás.
c) Superável pela Derrubada do Congresso Nacional –
d) Total ou parcial – quando o veto recai sobre todo o projeto de lei se diz TOTAL e sobre parte ele é PARCIAL.
O veto parcial não pode ser de palavra ou de expressão, deve recair sobre todo o texto ou artigo, da alínea, do
parágrafo ou do inciso.
e) Material ou político – recai sobre o projeto de lei contrario ao interesse publico.
f) Formal ou Jurídico – quando o presidente vota o projeto que é inconstitucional a Constituição; Ele então
realiza controle preventivo (porque recai sobre o projeto) político (porque o presidente é um agente político)
de constitucionalidade das leis.
5 – promulgação e Publicação - são atos finais do processo legislativo e recai sobre a Lei e não mais sobre o projeto.
A promulgação e Publicação não só atos privativos.
Simulação do Processo Legislativo para elabora das Leis Ordinárias e as Leis Complementares.
Quando a casa iniciadora recebe o projeto de lei ela terá 3 decisões a tomar: a) rejeitar o projeto (art. 67); b) aprovar
sem alterações; c) aprovar com alterações.
Se a casa Iniciadora aprovar o projeto com ou sem alterações, o projeto ira para o Senado Federal (casa revisora), para
que essa possa revisar. Se a casa Iniciadora rejeitar o projeto (art. 67), ele só poderá ser reapresentado numa sessão
legislativa distinta da que sofreu a rejeição, salvo se houver manifestação da maioria absoluta de qualquer das casas,
naquela mesma sessão administrativa.
O projeto que for aprovado ele ira para a casa revisora, que poderá aprová-lo sem alterações ou com alterações, ou
poderá ser rejeitado.
Com a aprovação do projeto pela casa revisora sem alterações, o projeto será remetido para o chefe do executivo, que
terá o prazo de 15 dias para votar, se veta ou sanciona.
Se o projeto for aprovado com alterações e tais alterações forem redacionais (forma) o projeto segue para o chefe do
executivo, porem se as alterações forem substanciais (conteúdo, matéria) essas alterações deverão voltar para a casa
iniciadora, que ira aceitá-la ou recusá-la.
Se aceitar ele ira para o chefe do executivo, o qual vetará ou sancionará no prazo de 15 dias. Que então será
promulgada ou publicada. O presidente terá que apresentar as razoes do voto em 48 horas ao presidente do senado
Federal.
LEI DELEGADAS
As Leis delegadas são criadas de acordo com o que determina o Art. 68 CF.
Art. 68 – As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da Republica, que deverá
solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
Natureza Jurídica
É uma norma primaria porque retira fundamento jurídicos de validade diretamente da Constituição.
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a
matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso
Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a
fará em votação única, vedada qualquer emenda.
Modalidades de delegação Legislativa
Delegação atípica ou impropria – Art. 69§3 – com retorno. Quando o congresso diz que o presidente pode elaborar
um projeto de lei delegada a qual será votada e aprovada pelo Congresso.
Delegação típica ou Própria – contrario do Art. 68§3- é aquela sem retorno. É quando o congresso libera para o
Presidente elaborar a Lei delegada.
MEDIDA PROVISÓRIA
É uma norma primaria, pois ela retira fundamentos jurídicos de validade diretamente da CF. No mesmo tempo que é
primaria ela também será precária, pois ela não irá produzir efeitos jurídicos por muito tempo.
Ela não será lei, porem terá força de Lei. Ou seja, Força de lei Ordinária. Não podendo então dispor sobre matéria de
Lei Complementar.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional.
1 – MP nos Estados e Municípios
É possível a medida provisória nos estados e municípios, desde que haja previsão nas respectivas normas de auto-
organização. Constituição Estadual e Lei orgânica Municipal.
Art. 25 § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os
serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida
provisória para a sua regulamentação
2 – Limitações Materiais –
a) Expressas – Art. 62 §1, 25 §2, 246, 73 (ADCT) – Não podendo versar todos os assuntos, sendo vedadas.
b) Implícitas – Art. 49, 51 e 52 CF – são matérias que a constituição disponibilizou ao Congresso, a Câmara e ao
Senado.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º
3 – Procedimento
a) Casa iniciadora: A câmara na forma do art. 62 §8 é sempre a casa iniciadora do processo de convenção da
Medida Provisória em Lei Ordinária. Sendo o Senado a casa Revisora
b) Prazo:
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia,
desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias,
prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso
Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória,
suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória
que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional
O prazo maximo de efeitos jurídicos da MP não é 120 dias !! pois conforme o §4 o prazo fica suspenso durante o
recesso parlamentar.
c) Vedação a Reedição:
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
SUMULA VINCULANTE
1 – Órgão Competente
Supremo Tribunal Federal
2 – Base Legal
Art. 103 A CF e Lei 11.417/06
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação,
mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre
matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa
oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal,
bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
3 – Extensão da Sumula Vinculante
Atinge os Órgãos O Poder Judiciário e também a Administração Publica direta e indireta, das Esferas Municipal,
estadual, distrital e federal.
O Poder legislativo em nome da Separação de Poderes não é atingido pela Súmula Vinculante no que tange a sua
tarefa legislativa.
O poder executivo pode editar uma medida provisória contraria a Sumula Vinculante.
2 – Tipos de Inconstitucionalidade
a) Material – quando há vicio no conteúdo da norma. Ex.: lei que institui tortura, pena de morte, no País.
b) Formal – é o vicio que ocorre no processo legislativo de elaboração da Lei ou o Vicio de Competência. A
doutrina entende que ela é dividida em:
b.1) Subjetiva – é aquela em que encontramos vicio de competência (atribuições dos entes da federação (M –
E – DF – U), previstos nos artigos 21 a 25 e 30 da CF) Ex.: se uma Lei referente ao Café com leite para os
trabalhadores que chegam 15 min antes for encaminhada para o STF tal lei é de competência da Justiça do
trabalho então deverá ser julgada na justiça do trabalho e não no STF. Ou vicio de iniciativa na apresentação
do projeto de Lei Art. 60 CF. Ex: Projeto de Lei apresentada pelo governador Federal, que não era competente
para tal ato. Pois o rol para apresentação de PEC é taxativo.
Se a proposta de emenda é apresentada pelo Governador de Estado, e ela vem a se tornar uma emenda, ela se tornará
inconstitucional formal com vicio subjetivo, pois ele não tem competência para apresentar projeto de emenda.
Ex. quando o Presidente para comprovar uma lei complementar ao dar inicio na câmara dos deputados ela é remetida
direta ao Senado Federal. Neste caso a norma é inconstitucional, pois houve vicio na formulação da Lei.
b.2) Objetiva – quando encontramos vicio nos demais atos do processo legislativo. Votação Discussão...
c) Total ou Parcial – a norma pode ser considerada inconstitucional total ou parcialmente. Sendo possível que
apenas um artigo ou uma palavra seja declarada inconstitucional.
d) Por Ação – Ocorre quando o poder público pratica uma conduta comissiva (um agir) incompatível com a
Constituição. Quando existe uma norma e esta foi feita por uma conduta comissiva (violando a CF). ADI
e) Por Omissão – Ocorre quando o poder público tem o dever de agir, mas se omite. Quando o legislador deixa
de fazer uma lei anunciada na CF para que a norma constitucional produza seus efeitos, este legislador esta
diante de uma conduta omissiva. ADO.
Ex.: Art. 37 VII – a greve do servidor publico deverá ser tratada por uma lei especifica. Porem não existe tal Lei.
A inconstitucionalidade então pode vim da criação da uma lei que fere a CF e a partir de uma Omissão da Lei.
3 – Finalidade
Declarar a Inconstitucionalidade da Lei. Preservando a supremacia constitucional.
4 – Legitimados Ativos
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória
de constitucionalidade.
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
O STF dividiu os legitimados previstos no Art. 103 em:
Legitimados Especiais: IV,V, IX – estes devem comprovar pertinência temática para que possam estar em
juízo. Ex.: a Mesa da assembléia legislativa de Goiás não pode ajuizar uma Adi , em face de uma lei de Minas,
que em nada prejudicou o direito dos Goianos. Tendo estes que comprovar que a lei objeto da ação
prejudicou o povo de um estado.
Legitimados Universais: I, II, III,VI,VII,VIII – estes não devem comprovar a pertinência temática.
Partido Político VIII é legitimado Universal, porém a constituição diz que ele deve ter representação no congresso
nacional. Ou seja, ter representante em pelo menos uma das casas do Congresso.
A perda superveniente da representação política do partido no curso da ação não gera a extinção da ação sem decisão
de mérito, pois o momento de analise sobre a existência ou não da representação é quando da propositura da ação.
Ou seja, que o partido tem que ter representação no ajuizamento da ação, se ele perder a representação não extingue
a cão pelo fato de no inicio da ação ele tinha representação.
Não há iniciativa popular para apresentação das ações do Controle Concentrado. Ou seja, o povo não pode ajuizar ADI,
ADO, ADC, ADPF.
5- Objeto da Ação
Art. 102 compete ao STF:
I - processar e julgar:
A – ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal.
Ou seja, pode ser objeto de ADI: Leis ordinárias, Emendas Constitucionais, Leis complementares, medidas provisórias,
e as demais previstas no Art. 59.
Não podem ser objeto de ADI: Lei ou ato normativo distrital de natureza municipal, tampouco leis municipais, normas
constitucionais originarias (não podem, pois estas normas são presumidas absolutamente constitucionais), Normas pré
constitucionais (Leis de 1950/1960/1970, não podem ser declaradas inconstitucionais, pois não existiam a CF no
momento de sua criação).
As normas anteriores compatíveis materialmente coma nova constituição serão recepcionadas e continuarão
a produzir os seus efeitos jurídicos. Já as incompatíveis materialmente serão afastadas pela não recepção que
gera a revogação da Lei e não inconstitucionalidade da Lei.
6 – PGR
Art. 103 §1 – O Procurador Geral da Republica devera ser previamente ouvido nas
ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do
Supremo Tribunal Federal. Atua como um fiscal da Lei.
O PGR vai ser fiscal da lei nas ações que serão por ele proposta.
7 – AGU
Art. 103 §3 - Quando o supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade,
em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado Geral
da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
O advogado Geral da União é o “defensor legis”. Defensor da presunção de constitucionalidade das Leis.
Se o STF já declarou a inconstitucionalidade da Lei e inúmeras vezes no controle difuso, esta dispensado de fazer a
defesa do texto impugnado.
Conforme STF o AGU não precisa sempre defender a constitucionalidade da Lei.
8 – “Amicus Curiae”
Organizações coletivas como ONGS, partidos, associações, podem pedir ao STF para participar das ações do controle.
Se aceita a sua participação o amucus curiae poderá oferecer, pericias, memórias, e até mesmo realizar uma
sustentação oral.
Se aceita a sua participação o Amicus Curiae poderá participar de todas as ações do controle concentrado de
constitucionalidade. ADI, ADO, ADPF e ADC.
10 – Decisão Final
Se o Supremo declarar a inconstitucionalidade da Lei os efeitos são “erga Omnes” (toda a sociedade).
Art. 102 §2 As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal
Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
A decisão vincula todos os órgãos, obrigando os órgãos da Administração e do Judiciário a respeitar tal decisão do STF.
Os efeitos vinculantes não atingem o Poder Legislativo na sua função legiferante (de legislar). Podendo o legislativo
regular uma lei de idêntico teor da que foi declarada inconstitucional pelo Supremo.
Quando o supremo declara a inconstitucionalidade da Lei em regra gera os efeitos são Ex Tunc.
Art. 27 da Lei 9868/99 Modulação temporal – os efeitos da ação de inconstitucionalidade podem ser Ex tunc ou ex
nunc pro futuro ou prospectivos. Sendo o coro de 2/3 dos ministros total de 8 julgadores.
No caso de uma lei tributaria vim a ser declarada inconstitucional em razão da modulação temporal é possível que tal
lei tenha efeito Ex nunc. (não retroage), ou seja, produzirá os efeitos da data de sua inconstitucionalidade em diante.
2 – Base Legal
Art. 102, I , A e na Lei 9.868/99
9 – Cautelar ?
Sim.
Art. 21 da Lei 9868/99, Pú – Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal
Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte
dispositiva da decisão: no prazo de 10 dias, devendo o Tribunal proceder ao
julgamento da ação no prazo de 180 dias, sob pena de sua eficácia.
Se concedida à cautelar em ADC o STF determinará a suspensão dos processos em curso que dependam da aplicação
da lei objeto da ação. Se em 180 dias não houver o julgamento final, a liminar cai e os juízes e tribunais poderão aplicar
ou deixar de aplicar a lei até a sua decisão final.
Essa decisão produzirá efeitos Erga Omnes e também efeitos vinculantes para os órgãos do poder Judiciario.
10 – Efeitos da Decisão final em ADC
Se o STF declarar a constitucionalidade da norma, os efeitos dessa decisão serão Erga Omnes e também vinculantes,
para todos os órgãos do poder judiciário e a Administração Pública.
Em regra geral os efeitos dessa declaração de constitucionalidade será Ex tunc, o supremo vai confirmar o que já
existia em relação à norma desde o seu surgimento.
ADO (Ação Direta de Omissão)
ADO MI
1 – Base Legal
Art. 102 §1 e a Lei 9882/99
Art. 102 §1 – a Argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente
desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da Lei.
2 – “Preceitos Fundamentais”
Rol exemplificativo – são preceitos fundamentais os que se encontram nos Art. 1 a 4 CF (princípios fundamentais). Do
Art. 5 a 17 (direitos e garantias fundamentais); Art. 34, VII (princípios sensíveis); Art. 37 Caput (LIMPE) e o 60 §4
(clausulas pétreas).
3 – Legitimados Ativos.
Os taxativos no Art. 103 I à IX CF.
3 – Legitimidade Ativa
Art. 103, I à IX CF.
Conforme o STF não há necessidade que os estados reproduzam os mesmos legitimados ativos do modelo federal,
sendo vedada a legitimidade de agir a um único órgão. Ou seja, não precisa ser os mesmos legitimados do Art. 103 I à
IX CF.
A CERJ dispõe que o Defensor Publico do Estado e o Procurador Geral do Estado podem ajuizar as ações.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
1 – Formas de Estado
Verificar se há ou não divisão geográfica de poder Político naquele País.
a) Estado Unitário ou simples – é um estado cujo poder político está concentrado no poder central,não havendo
divisão geográfica de poder político. Ex. França.
b) Estado Composto ou Federativo – é um estado onde encontramos divisão geográfica de poder político entre
os entes da federação. Não havendo concentração de poder no ente central. Sendo dividido entre os demais
membros. Ex. Brasil.
O federalismo dos EUA é um federalismo dual/ bipartido, pois existe apenas 2 tipos de entes federativos, a
união e os estados membros.
No Brasil temos um federalismo diferenciado (tripartido), se dividindo em: Poder nacional, Regional e Local.
4 – Entes da Federação
U – E – DF – M (autônomos) = Republica Federativa do Brasil, esta goza de soberania.
A autonomia dos Entes é caracterizada pela tríplice: auto-organizarão, auto-governo, auto-administrarão.
Na federação não se admite o direito de secessão. Ou seja, o direito de retirada, direito de desfazimento do vinculo.
Art. 1 Caput – A republica federativa do Brasil, formada pela União, indissolúvel dos
Estados, Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito.
Os territórios são descentralizações político administrativas da União Federal. NÃO SÃO ENTES FEDERATIVOS (não
gozam de soberanias).
7 – intervenção Federal
Mecanismo de defesa da Federação. Em relação à Intervenção Federal, adota-se o principio da não intervenção.
Art. 34. A união não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:...
Ou seja, haverá a intervenção da União nos Estados e no Distrito Federal e nos Municípios e territórios.
Não há intervenção federal em município de estado membro. Só cabendo a intervenção do Estado nos Municípios de
estado.
O decreto de Intervenção Federal é privativo do Presidente da Republica. Na forma do art. 84, X, sendo indelegável.
O art. 36 §1 - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as
condições de execução e que, se couber, nomeara o interventor, será submetido à
apreciação do congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo
de vinte e quatro horas.
8 - Repartição de Competências
a) Art. 21 a 25 e 30 CF.
b) O Principio que norteia a repartição de competências é o da Predominância de interesses.
c) Classificação das Competências:
c.a) Materiais (administrativas ou políticas) -
c.b) Legislativas -
c.c) Tributárias –
Competências Materiais ou políticas
O Art. 21 traz as competências materiais exclusivas (indelegável).
Desde a EC 69/2012 que alterou o Art. 21 XIII da CF, compete ao Distrito Federal organizar e manter a sua própria
Defensoria.
O art. 23 da CF prevê as competências comuns cumulativas e paralelas entre os entes federativos. Pois tais matérias
são de interesses comuns, cabendo a todos os entes.
Art. 23 – è competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
Pú – leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem estar em âmbito nacional
Competências Legislativas
Competências legislativas privativas (delegável, passível de delegação) da União estão previstas no Art. 22 CF.
Art. 22 – Compete privativamente a união Legislar:
Parágrafo Único – Lei complementar federal poderá autorizar os Estados a legislar
sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
A EC 69/12 alterou o Art. 22 XVII, que diz agora: a competência para legislar sobre a organização judiciária da
Defensoria Publica do distrito federal. Esta na Mao do próprio DF.
O Art. 24 prevê a competência legislativa concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal.
Art. 24 § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-
se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.
Leituras Complementares
Art. 25 §1 à §3
Art. 30 CF