Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
BRASILEIRA
AULA 2
Saiba mais
1. a questão de Palmas/Missões;
2. a questão do Amapá.
Saiba mais
3
1891, foi rejeitado pela Câmara dos Deputados (Vidigal; Doratioto, 2014, p. 38).
Essa questão era muito importante para o Brasil, pois, segundo Góes Filho
(2015, p. 312), caso a Argentina ficasse com a metade do território em litígio, o
Rio Grande do Sul ficaria unido às demais partes do território do brasileiro por
uma estreita faixa de território. Assim, esse cenário poderia favorecer ideias de
separatismo na região (Idem). Com isso, de 1893 a 1895, a questão foi levada à
arbitragem internacional. O Barão do Rio Branco chefiou a delegação que
apresentou a questão em nome do Brasil. Em 1895, o árbitro da questão, o
Presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland, decidiu o pleito
favoravelmente ao Brasil, de forma que a parte do território que havia sido
atribuída à Argentina pelo Tratado de 1890 foi repassada ao Brasil.
No que se refere à questão entre Brasil e França, por sua vez, a França
reivindicava parte da área que se localizava ao sul do Oiapoque. Assim, em
1899, a questão foi levada à arbitragem internacional. Em 1900, o árbitro da
questão, o presidente da Suíça, deu ganho de causa ao Brasil, que teve seu
território ampliado em 260 mil Km2.
Outra importante questão de fronteiras que contou com a atuação do
Barão do Rio Branco foi a questão do Acre. Havia um tratado entre o Brasil e a
Bolívia de 1867 (Góes Filho, 2015, p. 285), e a interpretação inicial desse tratado
era a de que a região do atual Acre pertencia à Bolívia. Contudo, essa região, na
qual estava em curso uma expressiva produção de borracha, era ocupada,
principalmente, por seringueiros brasileiros. Em 1899, teve início um conflito na
região, pois a Bolívia tentou impor sua soberania sobre o local. Nesse contexto,
os seringueiros proclamaram a independência do território e pediram que ele
fosse anexado ao Brasil. Em 1901, dado que a Bolívia não conseguiu impor sua
autoridade no local, ela arrendou a região a uma empresa denominada Bolivian
Syndicate. Essa empresa era composta por ingleses, americanos e alemães e
recebeu permissão para explorar as riquezas do local. Em 1902, o Barão do Rio
Branco assumiu o Ministério das Relações Exteriores e suas negociações
permitiram que, em 1903, fosse assinado o Tratado de Petrópolis. Segundo esse
tratado:
2. a Bolívia recebeu uma faixa de terras que lhe permitiu acessar o Oceano
Atlântico, por meio do Rio Madeira e de seus afluentes (Doratioto, 2012,
p. 152);
4
3. para viabilizar esse acesso, o Brasil responsabilizou-se pela construção
da ferrovia Madeira-Mamoré e;
1. Equador (1904);
2. Venezuela (1906);
Saiba mais
De acordo com o Atlas da FGV (2018), durante a gestão de Rio Branco,
ainda não havia uma clara definição quanto a limites entre os territórios do Peru,
Bolívia e Bolívia. Assim, em 1904, o Barão de Rio Branco firmou com o Equador
um tratado que definiu como fronteira a linha “Abapóris-Tabatinga”, que seria
aplicável assim que Equador e Peru resolvessem seus conflitos (idem). Assim,
essa fronteira demarcou a posse pacífica dos territórios que o Brasil pretendia,
mesmo que a área ainda estivesse em disputa.
5
TEMA 3 – RIO BRANCO: EUA, ARGENTINA E MULTILATERALISMO
6
apresentou um plano ao governo argentino em que exigiria do Brasil a cessão
de um dos encouraçados, sob pena de invadir o Brasil (idem). Esse plano foi
criticado na Argentina; com isso, Zeballos teve que deixar o cargo. Contudo,
após sua saída do Ministério, continuou como um crítico da política externa
brasileira e protagonizou o episódio do Telegrama número 9. Nesse episódio,
Zeballos divulgou um telegrama que, supostamente, teria sido escrito pelo
Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores do Brasil) ao Chile e que
evidenciaria a hostilidade do Brasil com relação à Argentina (idem, p. 48).
Contudo, Rio Branco revelou o conteúdo do telegrama original e desmentiu
Zeballos.
Com a queda de Zeballos, houve uma melhoria das relações entre Brasil
e Argentina. Em 1909, o Barão do Rio Branco, após sugestão do Chile, propôs
o texto de um “Tratado de Cordial Inteligência” entre Argentina, Brasil e o Chile
(Vidigal; Doratioto, 2014, p. 48), também conhecido como Pacto ABC. Contudo,
a proposta do pacto de 1909 não foi aceita pela Argentina (idem). Uma nova
tentativa de Pacto entre Argentina, Brasil e Chile foi retomada em 1915; porém,
a proposta não foi aprovada na Câmara dos Deputados da Argentina (idem, p.
49).
Ainda na gestão de Rio Branco, houve um aumento da participação do
Brasil em conferências internacionais. Em 1907, o Brasil participou da
Conferência de Haia, na qual a delegação brasileira foi chefiada por Rui Barbosa.
Durante a conferência, os países discutiram a criação de uma Corte de Justiça
Arbitral. Porém, os países discordaram sobre quais critérios seriam utilizados
para selecionar os juízes da Corte. Nesse contexto, Rui Barbosa ganhou
destaque internacional, pois defendeu a “igualdade soberana entre as nações”.
Com base nesse princípio, a escolha dos juízes deveria considerar, de forma
igual, todos os países, pois a Corte teria importância universal (Lafer, s.d.). Em
1912, Rio Branco faleceu e, em seu lugar, assumiu o comando do Ministério das
Relações Exteriores Lauro Müller.
3. de observadores do Exército;
Saiba mais
8
3. a participação do Brasil na Liga das Nações (Vidigal; Doratioto, 2014, p.
51).
9
Em 1926, a Alemanha formalizou seu pedido de entrada na Liga das
Nações. Naquele contexto, outros países também estavam solicitando o assento
permanente, o que inviabilizou o atendimento do pedido do Brasil (idem). Com
isso, em 1926, o Brasil opôs-se à entrada da Alemanha na Liga e retirou-se da
organização.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
10
fez que esse governo transformasse a busca do assento permanente na Liga em
tema prioritário da política externa brasileira.
11
REFERÊNCIAS
12