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BRASILEIRA
AULA 3
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da Guerra da Coreia, que teve início em 1950. De acordo com Vidigal e Doratioto
(2014, p. 70), a ONU aprovou uma intervenção nesse conflito, e o Brasil apoiou
os EUA no contexto da Assembleia Geral. Contudo, em 1951, quando os EUA
solicitaram que o Brasil enviasse tropas para a guerra, Vargas não pôde atender
ao pedido americano. De fato, o Brasil enfrentava uma complexa situação tanto
em termos econômicos quanto em razão da grande oposição política ao governo
de Vargas (idem). Assim, embora Vargas tenha buscado seguir a estratégia de
seu primeiro governo, de buscar barganhar o desenvolvimento industrial do país,
o complexo contexto internacional da Guerra Fria tornou-se um obstáculo aos
desígnios de Vargas (idem).
Um exemplo dessas dificuldades foi a criação da Comissão Mista Brasil-
EUA, em 1950, com o objetivo de formular projetos nacionais que seriam
apreciados pelo Banco Interamericano de Reconstrução e de Desenvolvimento
(BIRD) e pelo Eximbank. Como resultados dessa Comissão, foram aprovados
quarenta e um projetos visando ao desenvolvimento nacional, sobretudo no setor
de transportes e de energia. Ainda assim, em 1953, a Comissão Mista foi
desativada de forma unilateral pelos EUA, após a eleição do presidente
americano Dwight Eisenhower.
Embora o Brasil tenha buscado, continuamente, o apoio dos EUA, os
esforços de Vargas foram objetos de inúmeras críticas internas (Vidigal;
Doratioto, 2014, p. 70). Esse foi o caso do Acordo Militar entre Brasil e EUA,
segundo o qual os EUA receberiam recursos estratégicos do Brasil, como areias
monazíticas, urânio e manganês, e, em troca, ofereceriam ao Brasil assistência
militar dos EUA e vantagens na compra de armamentos usados (idem).
No que se refere ao contexto regional da América Latina, o governo
Vargas expressou, também, alinhamento aos EUA. Um dos exemplos desse
alinhamento foi a intervenção dos EUA na Guatemala, em 1954. Naquele
período, a Guatemala era governada por Jacob Arbenz, cujas políticas
nacionalistas e de orientação comunista levaram a expropriações de terras da
empresa dos EUA United Fruit Company, que estava presente na Guatemala
(Doratioto e Vidigal, 2014, p. 73). Naquele contexto, o Brasil apoiou a proposta
americana de intervenção na Guatemala (idem).
No âmbito das relações entre o Brasil e a Argentina, Vidigal e Doratioto
(2014, p. 73) afirmam que havia:
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1. uma preocupação de ambos os países com a possibilidade de perda de
espaço em âmbito regional;
2. uma descrença, naquele momento, com relação à integração regional.
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associacionistas, por sua vez, defendiam que o modelo de desenvolvimento
nacional deveria utilizar capitais estrangeiros.
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o Progresso, que, segundo Doratioto e Vidigal (2014, p. 78), buscava auxiliar o
desenvolvimento dos países latinos por uma via de caráter assistencialista, como
forma de afastar o comunismo da região.
Ainda segundo Mansur (2014, p. 184), o Brasil deveria pautar sua atuação
externa na defesa da autodeterminação dos povos, da não intervenção e no
apoio à descolonização. De acordo com Vidigal e Doratioto (2014, p. 83), a PEI
trouxe inovações para a política externa brasileira, ao sugerir:
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NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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