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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO

PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Aula 07
7 Da organização dos Poderes. 10 Do Poder Judiciário 

I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAISͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ3


II. DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ41
III. DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ53
IV. DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ)ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ76
V. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAISͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ93
VI. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHOͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ108
VII. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAISͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ122
VIII. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOSͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ128
IX. QUESTÕES DA AULAͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ132
X. GABARITOͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ162
XI. BIBLIOGRAFIA CONSULTADAͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ164


Olá futuros Analistas da Área Jurídica do Poder Judiciário!

Prontos para o SEU salário de R$ 6.611,39?

Na aula de hoje, estudaremos um assunto FUNDAMENTAL para a sua prova,


afinal, o órgão no qual você irá trabalhar pertence a esse poder: o Poder
Judiciário.

Esse é um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que a
maioria das questões de prova cobra a literalidade da CF, sem muitas
interpretações ou jurisprudência. Assim, você verá que os esquemas de hoje
serão um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais
transcrições do texto constitucional. Optei por fazer assim para que você
já vá se acostumando com a letra da CF.

Como sempre, faremos muitos exercícios do CESPE e da FCC para que você
treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 115
questões comentadas!

Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a


matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários,
pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.

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Na aula de hoje, teremos APENAS 56 páginas de conteúdo (teoria). O


restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o
número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e
agradável!

Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente


repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.

Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email


robertoconstitucional@gmail.com.

Vamos então à nossa aula!

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I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Meu caro Analista da Área Jurídica do Poder Judiciário, você deve se lembrar
do princípio da separação dos poderes, previsto no art. 2º da Constituição.
Vamos revisar:

Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos


entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Esse princípio é importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos
de uma só pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos. Além disso,
tais poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si.

Ainda relembrando: o Brasil é um Estado Democrático de direito, ou seja, o


Estado brasileiro é governado pelo povo (democrático) e também tem que
obedecer às leis (de direito). Pois bem, a independência do Poder
Judiciário é a base do Estado de Direito, uma vez que ele efetua o controle
dos atos dos outros poderes e faz com que a Constituição seja efetivamente
cumprida, tanto pelo Estado quanto pelos particulares.

A nossa Constituição trouxe ainda uma série de direitos fundamentais


ligados ao Poder Judiciário, como o Princípio da unicidade de jurisdição (art.
5º XXXV), o princípio do juiz natural (art. 5º XXXVII), a duração razoável do
processo (art. 5º, LXXVIII), o Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII), a presunção
da inocência (art. 5º, LVII), dentre outros.

2. SISTEMAS DE JULGAMENTO DE CONFLITOS

Observe que existem dois sistemas diferentes em relação a quem tem a


competência para realizar o julgamento dos conflitos. O sistema inglês,
adotado pelo Brasil, é o sistema que prevê a unicidade de jurisdição.
Dessa forma, somente o Poder Judiciário tem a capacidade de fazer a
coisa julgada e os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados
definitivamente nesse âmbito.

Observe bem que um particular pode exigir seus direitos em âmbito


administrativo, exercendo, por exemplo, seu direito de petição. No entanto, as
decisões proferidas pelo Estado em âmbito administrativo poderão ser

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reformadas pelo Poder Judiciário. Assim, somente o Judiciário faz coisa


julgada.

O outro sistema de resolução de conflitos é o sistema francês, também


chamado de contencioso administrativo. Nesse modelo, existem duas
jurisdições: a comum, feita pelo Poder Judiciário e a administrativa, feita em
âmbito administrativo. Nesse modelo, as decisões proferidas em âmbito
administrativo possuem força de coisa julgada administrativa.

Lembre-se: o modelo adotado pelo Brasil é o modelo inglês, onde


somente o Judiciário faz coisa julgada.

3. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO

O Poder Judiciário, assim como os outros poderes, possui uma função típica e
também funções atípicas. A função típica do Judiciário é a função
jurisdicional, ou seja, de dizer e aplicar o direito às controvérsias a ele
submetidas.

Por outro lado, o Judiciário exerce, como funções atípicas, a função


administrativa, quando atua enquanto Administração Pública (quando
administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.) e a função
legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias aplicáveis no seu
âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos Internos).

Esquematizando:

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PODER JUDICIÁRIO
Observações Gerais

x O Poder Judiciário independente é a base do Estado de Direito


x Vários direitos fundamentais são - Princípio da unicidade de jurisdição (art. 5º XXXV)
relacionados ao Poder Judiciário - Princípio do Juiz Natural (art. 5º XXXVII)
- Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII)
- Presunção da inocência (art. 5º, LVII)
- Duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII)
- Outros

x Sistema - Inglês - Adotado pelo Brasil


- Unicidade de jurisdição
- Os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados definitivamente
em âmbito administrativo.
- Francês ou contencioso administrativo: Há coisa julgada administrativa

x Funções do - Típica - Função jurisdicional (ou de julgamento)


Judiciário - Dizer e aplicar o Direito às controvérsias a ele submetidas
- Atípica -Administrativa: Quando administra seus bens, serviços e pessoal,
realiza licitações etc.
- Legislativa - Quando produz normas gerais, aplicáveis no seu
âmbito
- Ex: Regimentos Internos dos Tribunais
(equiparam-se às Leis Ordinárias)

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4. ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO

O art. 92 da Constituição Federal estabelece quais são os órgãos do Poder


Judiciário. Observe:

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:


I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Antes de explicar como funciona a estrutura do Judiciário, observe-a


atentamente e depois, na medida em que eu for explicando, retorne ao quadro
a seguir e visualize bem onde está cada órgão.

Tribunais de Tribunais de
Superposição Convergência
SupremoTribunalFederalͲ
STF

Tribunais SuperiorTribunalde TribunalSuperior TribunalSuperiordo SuperiorTribunalMilitarͲ


JustiçaͲ STJ EleitoralͲ TSE TrabalhoͲ TST STM
Superiores

TribunaldeJustiça TribunalRegional TribunalRegional TribunalRegionaldo


2º grau EstadualͲ TJEst FederalͲ TRF EleitoralͲ TRE TrabalhoͲ TRT

JuizEstadual,do JuízeseJuntas
1º grau DFeTerritórios JuizFederal Eleitorais JuizdoTrabalho JuízesMilitares

- Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,
que não possui competências jurisdicionais.

No topo do Poder Judiciário, está o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é o


“Guardião da Constituição” e é ele quem possui a última palavra no que se
refere à interpretação constitucional. (volte agora e localize o STF no
organograma).

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Logo abaixo do STF, estão os quatro Tribunais Superiores: Superior Tribunal


de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). (volte agora e localize os
Tribunais Superiores no organograma).

O Poder Judiciário, para fins didáticos, se divide em duas esferas: federal e


estadual. A esfera federal possui competências expressamente
enumeradas na Constituição, enquanto as competências da esfera estadual
são residuais.

A esfera federal se subdivide ainda em justiça comum, que julga as causas


consideradas ordinárias, e justiça especializada, que julga as causas relativas
à justiça do trabalho, eleitoral e militar.

Na esfera federal, existem os chamados Tribunais de Superposição. Esses


Tribunais são aqueles onde, embora não pertençam a nenhuma justiça,
suas decisões se sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos
inferiores (tanto da justiça comum quanto da especializada). O Brasil possui
dois tribunais de superposição: o STF, que julga questões relativas à
Constituição Federal, e o STJ, que julga questões relativas às leis,
assegurando a uniformização na interpretação da legislação federal.
Importante lembrar que o STJ não realiza o controle abstrato de
constitucionalidade, realizando somente o controle difuso. (volte agora
ao quadro e identifique os Tribunais de Superposição).

Existem, além dos tribunais de superposição, os Tribunais de Convergência.


Eles possuem esse nome porque as causas processadas pelos juízos inferiores
convergem para esses Tribunais. Os tribunais de convergência brasileiros são
os seguintes: Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de
Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). Observe que o STF e
o STJ são, ao mesmo tempo, tribunais de convergência e de
superposição. (volte agora e observe como os juízos inferiores convergem
para os juízos superiores: os juízes e tribunais eleitorais convergem para o
TSE, os juízes e tribunais do trabalho convergem para o TRE, e assim por
diante).

Passando agora para o degrau mais inferior do organograma (e pulando os


Tribunais de 2º grau), estão os juízes de primeiro grau ou primeira
instância. Esses juízes são órgãos singulares (isso mesmo! Um juiz é um

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ÓRGÃO do Poder Judiciário!) e julgam monocraticamente, ou seja, apenas


uma pessoa julga. É nos juízes de primeiro grau onde começa a grande
maioria dos processos do judiciário. Assim, existem os juízes estaduais de
primeiro grau, os juízes federais de primeiro grau e assim por diante. (volte
agora e identifique os juízes de primeiro grau).

Logo acima dos juízes de primeiro grau, estão os Tribunais de segundo grau
ou segunda instância. Esses Tribunais, situados imediatamente acima dos
juízos singulares, funcionam como instância recursal destes. Assim, caso
alguém “não fique satisfeito” com a sentença que o juiz de primeiro grau
proferiu, ele pode recorrer ao tribunal de segunda instância para que sua
sentença seja reapreciada por este.

Além de funcionarem como instância recursal, os tribunais também possuem


competências originárias, ou seja, existem alguns tipos de processo que já
se iniciam no âmbito do tribunal, jamais passando pelo juiz singular. Portanto,
os Tribunais possuem competências originárias e recursais. (Volte agora
e observe os tribunais de segundo grau).

Uma informação que você deve sempre ter em mente é que, diferentemente
dos juízos singulares, onde apenas uma pessoa julga, todos os tribunais são
órgãos colegiados, ou seja, existem várias pessoas julgando de maneira
conjunta.

Os membros dos tribunais possuem nomes diferentes, a depender do tribunal


que atuam. Os julgadores dos Tribunais de Justiça Estaduais, por exemplo, são
chamados de desembargadores. Os desembargadores são “juízes que foram
promovidos” a membros dos Tribunais de Justiça. Já os membros dos Tribunais
Superiores e do STF são, em regra, chamados de Ministros. Por exemplo, um
membro do STJ se chama Ministro do STJ, enquanto um membro do STF se
chama Ministro do STF.

Voltando à estrutura do Poder Judiciário, existe ainda o Conselho Nacional de


Justiça (CNJ). Esse órgão não está integrando o organograma acima porque
ele não possui função jurisdicional, ou seja, o CNJ não pode julgar causas
no Judiciário (não pode dizer o direito), sendo um órgão eminentemente
administrativo.

“Mas então para que serve o CNJ?” Esse órgão tem a incumbência de realizar o
controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do

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cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Dessa forma, o CNJ é um


órgão de controle INTERNO do Poder Judiciário (e não de controle
externo!).

Lembre-se que o órgão máximo do judiciário brasileiro é o Supremo Tribunal


Federal e que o CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF ou seus
ministros. Além disso, o CNJ teve sua constitucionalidade questionada e o
STF entendeu que sua criação não viola a Constituição (ADI 3.367/DF).

Uma derradeira informação importante sobre o CNJ: ele é um órgão do Poder


Judiciário como um todo e os Estados não podem criar órgãos estaduais
de controle interno ou externo do Poder Judiciário (ADI 3.367). Observe
a súmula 649 do STF:

“É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de


controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem
representantes de outros Poderes ou entidades.”

Por fim, o STF e os Tribunais Superiores possuem jurisdição em todo o


território nacional (lembre-se que o CNJ não possui jurisdição) e estes e o CNJ
(STF+Tribunais Superiores+CNJ) têm sede na Capital Federal.

Saindo da esfera federal e indo para a outra esfera: a esfera estadual. Esta
possui competências não enumeradas expressamente pela Constituição.
Assim, o que não está previsto na CF como federal será de competência
estadual, sendo, por isso, chamada de residual. Além disso, os Tribunais de
Justiça Estaduais (TJEst) podem realizar tanto o controle difuso de
constitucionalidade (frente à CF e à Constituição Estadual) quanto o controle
concentrado de constitucionalidade (somente frente à Constituição Estadual).

Deve-se lembrar o fato de que não existe judiciário municipal e que não
existem mais Tribunais de Alçada, sendo que seus membros passaram a
integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas
a antiguidade e a classe de origem.

Explicando melhor: os Tribunais de Alçada ERAM tribunais de 2ª instância, que


julgavam processos em grau de recurso e que tinham por finalidade auxiliar o
Tribunal de Justiça de determinado Estado da Federação no julgamento dos
processos. Além disso, cada Tribunal de Alçada tinha sua competência própria

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e delimitada, ou seja, havia um rol de ações que somente aquele Tribunal de


Alçada poderia julgar.

No entanto, como dito, esses tribunais foram extintos e seus membros


passaram a fazer parte dos Tribunais de Justiça Estaduais, respeitadas a
antiguidade e a classe de origem.

Esquematizando:

Estrutura do Poder Judiciário

- Supremo Tribunal Federal (STF)


- Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
Judiciário (art. 92)
Órgãos do Poder

- Superior Tribunal de Justiça (STJ)


- Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais;
- Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs)
- Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs)
- Tribunais e Juízes Militares
- Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst)

Tribunais de Tribunais de
Superposição Convergência
SupremoTribunalFederalͲ
STF

Tribunais SuperiorTribunalde TribunalSuperior TribunalSuperiordo SuperiorTribunalMilitarͲ


JustiçaͲ STJ EleitoralͲ TSE TrabalhoͲ TST STM
Superiores

TribunaldeJustiça TribunalRegional TribunalRegional TribunalRegionaldo


2º grau EstadualͲ TJEst FederalͲ TRF EleitoralͲ TRE TrabalhoͲ TRT

JuizEstadual,do JuízeseJuntas
1º grau DFeTerritórios JuizFederal Eleitorais JuizdoTrabalho JuízesMilitares

- Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,
que não possui competências jurisdicionais

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Tem jurisdição em todo - STF


o território nacional - Tribunais Superiores - STJ
- TST
- TSE Tem sede na Capital Federal
- STM

- CNJ: Não possui jurisdição

- Competências enumeradas expressamente na CF


• Comum
• Especializada - Justiça do Trabalho
- Justiça Eleitoral
- Justiça Militar
• Tribunais de - Embora não pertençam a nenhuma justiça, suas decisões se
Superposição sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores (tanto
Federal da justiça comum quanto da especializada)
- STF: questões relativas à CF
- STJ - Questões relativas às leis
- Assegurar a uniformização na interpretação da
legislação federal
- Não realiza o controle abstrato de constitucionalidade
Esferas do Judiciário

- Somente realiza o DIFUSO


• Tribunais de - As causas processadas pelos juízos inferiores convergem
Convergência para esses Tribunais
- STF
- STJ
- TST
- TSE
- STM

- Competências residuais
- Os TJ estaduais podem realizar o controle - Difuso (frente à CF e a CEst)
Estadual - Concentrado (só frente a CEst)
- Não existe judiciário municipal
- Não existem mais Tribunais de Alçada: seus membros passaram a integrar os
Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas a
antiguidade e a classe de origem

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5. O QUINTO CONSTITUCIONAL E OS ÓRGÃOS ESPECIAIS

Futuros Analistas da Área Jurídica do Poder Judiciário, ainda quanto à


organização e estrutura do Poder Judiciário, a Constituição Federal contém
duas importantes previsões: o quinto constitucional e os órgãos
especiais.

a) O QUINTO CONSTITUCIONAL é uma regra que assegura que os


advogados e os membros do Ministério Público participem da composição
dos tribunais. Assim, alguns tribunais não são compostos apenas de
“juízes promovidos” (ou desembargadores, lembra-se?), sendo que um
quinto dos membros desses órgãos serão advogados ou membros do
Ministério Público.

Requisitos: para poderem fazer parte da composição dos tribunais pelo


quinto constitucional, os membros do Ministério Público precisam ter
mais de 10 anos de carreira e os advogados precisam de notório
saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade.

Tribunais onde se aplica o quinto constitucional: o quinto


constitucional não se aplica a todos os tribunais, aplicando-se aos
Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais,
Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho.

Procedimento: o procedimento para que um advogado ou membro do


Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é bem
simples:

1- Os órgãos representativos das respectivas classes (do MP ou


da OAB) enviam ao tribunal uma lista sêxtupla.

2- O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando


uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo.

3- O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias.

b) A outra importante previsão constitucional acerca da estrutura e


organização do Poder Judiciário é a possibilidade dos tribunais criarem
um ÓRGÃO ESPECIAL.

Acompanhe o raciocínio:

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1- Um tribunal é a reunião dos seus membros. Por exemplo, o STF é


a reunião de todos os seus 11 Ministros, o STJ é a reunião de todos os
seus 33 Ministros, e assim por diante.

2- Quando todos os membros de um tribunal se reúnem ao mesmo


tempo, eles estarão reunidos em Plenário, também chamado de
Tribunal Pleno, ou simplesmente Pleno. (Ex: o Pleno do STF é a
reunião dos seus 11 Ministros, o Pleno do STJ é a reunião dos seus 33
Ministros etc.).

3- Para facilitar os trabalhos e acelerar a prestação jurisdicional, o


tribunal pode se subdividir em órgãos fracionários (Câmaras e
Turmas). Por exemplo, o STF se divide em duas turmas, cada uma
com cinco Ministros.

Esses órgãos fracionários é que julgam a maioria dos processos,


ficando a cargo do Pleno apenas as atribuições mais
importantes.

4- Em tribunais pequenos, como o STF, o Pleno funciona com agilidade.


Agora imagine o Tribunal de Justiça de São Paulo, que possui mais de
trezentos desembargadores! Nesse caso, o Plenário é um órgão muito
grande e pouco ágil.

Dessa forma, para acelerar ainda mais a atividade jurisdicional e


administrativa dos tribunais que possuam mais de 25 julgadores,
PODE (facultativo) ser criado um órgão intermediário, entre o Pleno e
os órgãos fracionários, chamado de ÓRGÃO ESPECIAL. Esse órgão
especial deverá possuir entre 11 e 25 membros e terá atribuições
jurisdicionais e também administrativas.

Por fim, metade das vagas nos órgãos especiais serão providas por
eleição do Tribunal Pleno e a outra metade por antiguidade.

5- Você observou o termo “possibilidade”? Pois bem, a criação dos


órgãos especiais é facultativa.

6- Observe o organograma abaixo:

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Plenário

Órgão
Especial

1ªCâmara 2ªCâmara 1ªTurma 2ªTurma 3ªTurma

Esquematizando:

- Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público


participem da composição dos Tribunais
- 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros
do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório
saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade
x Quinto constitucional - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das
respectivas classes
- O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice
- O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias
- Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST).
Valendo somente para - TST
- TRT
- TRF
- TJEst
x Órgão Especial - Facultativo
- Em tribunais com mais de 25 julgadores
- Número de membros do órgão especial - Mín 11
- Máx 25
- Provimento - ½ por antiguidade
- ½ por eleição do tribunal pleno
- Atribuições - Administrativas
- Jurisdicionais
- Delegadas do Tribunal Pleno

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6. GARANTIAS INSTITUCIONAIS DO PODER JUDICIÁRIO

A Constituição prevê algumas garantias ao Poder Judiciário para preservar sua


independência funcional. Essas garantias não são privilégios ou benefícios
exagerados, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência
para o exercício de suas funções.

Primeiro, são crimes de responsabilidade do Presidente da República os


atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II).
Dessa forma, não pode o Presidente da República limitar ou ferir a
independência do Judiciário, sob pena de cometer crime de responsabilidade.

Segundo, a Constituição Federal proíbe que as garantias do Judiciário


sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art.
62, § 1º, I, "c" + 68, § 1º, I). Esse mecanismo evita que o Presidente da
República cometa abusos ao regular as garantias do Poder Judiciário.

Por fim, a CF prevê a autonomia administrativa e financeira do Poder


Judiciário (art. 99). Por AUTONOMIA FINANCEIRA, entende-se o fato do
Judiciário elaborar as sua própria proposta orçamentária, obviamente,
respeitada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Assim, é o próprio
Judiciário quem decide como e quando gastar os seus recursos, evitando-se a
interferência dos demais poderes.

O encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito:

• Na União: pelos Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a


aprovação dos respectivos tribunais.

• Nos Estados e DFT: pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a


aprovação dos respectivos tribunais.

Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias


dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados conjuntamente com os
demais poderes na LDO.

Além disso, se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo


com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos ajustes para fins
de consolidação da proposta orçamentária anual.

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Já a AUTONOMIA ADMINISTRATIVA é garantida pelo poder que o


Judiciário tem de se auto-organizar. Dessa forma, os demais poderes não
podem interferir na organização e estrutura do Poder Judiciário. Assim, a
Constituição garante que os tribunais podem:

a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos


internos, com observância das normas de processo e das garantias
processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento
dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos


que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional
respectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de


carreira da respectiva jurisdição;

d) propor a criação de novas varas judiciárias;

e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargos


necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos


juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

Ainda como pilar da autonomia administrativa, o Judiciário pode propor que o


Legislativo elabore leis sobre sua organização. Assim, compete ao STF, aos
Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo
(art. 96):

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus


serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a
fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos
tribunais inferiores, onde houver;

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;

d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

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- Não são privilégios, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência para o exercício de suas funções
i. São crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II)
Garantias Institucionais do Poder Judiciário

ii. Proibição que as garantias do Judiciário sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art. 62, § 1º , I, "c" + 68, § 1º ,I)

Financeira - Tribunais elaboram suas próprias propostas orçamentárias


- Respeitando a LDO
- Encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito:
• União: Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais
• Estados e DFT: Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais
iii. Autonomia (CF, art. 99)

- Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo
considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajustados de acordo
com os limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO
- Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos
ajustes para fins de consolidação da proposta orçamentária anual

I - Os Tribunais podem:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das
partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
Administrativa

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional
respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargos necessários à administração da Just., exceto os de confiança;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;
II - O STF aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do
subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

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7. ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA DO PODER JUDICIÁRIO

Além da autonomia administrativa e financeira e das demais garantias


institucionais, o Poder Judiciário possui também uma forma peculiar de
organizar a carreira dos membros dos tribunais e dos juízes.

Primeiramente, a Constituição estabelece que o Estatuto da Magistratura


seja uma Lei Complementar de iniciativa do STF e organize a carreira do
Judiciário. Além disso, a referida lei deverá observar alguns princípios:

x Cargo inicial: O cargo inicial de ingresso na carreira do Poder Judiciário


será o de juiz substituto e deve ser provido mediante concurso
público de provas e títulos. Além disso, a Ordem dos Advogados do
Brasil deve participar em todas as fases do concurso e os candidatos
devem comprovar, para tomarem posse, três anos de atividade
jurídica. Por fim, ao nomear os aprovados para os cargos de juiz
substituto, o tribunal deve obedecer rigorosamente à ordem de
classificação no concurso.

x Promoção: Uma vez tomado posse e exercendo a profissão, os juízes


podem ser promovidos. Assim, a promoção dos juízes será de entrância
para entrância e alternadamente, por antiguidade e merecimento,
atendidas algumas normas.

Meu caro Analista da Área Jurídica do Poder Judiciário, antes de


estudarmos as normas para promoção dos juízes, vamos a algumas
explicações:

Os juízos de primeira instância são divididos em comarcas, que são os


limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de
primeira instância. As comarcas são escalonadas em entrâncias, assim,
o juiz de direito toma posse nas entrâncias iniciais e vai progredindo de
entrância em entrância até chegar à entrância final, que é o último
degrau da primeira instância (não confundir instância com
entrância!). Foi isso então que a Constituição quis dizer: o juiz será
promovido de entrância para entrância: das iniciais até as finais.

Como exemplo, observe esse trecho, retirado do site


www.wikipedia.org.br, explicando como está organizado o Poder
Judiciário do Estado do Rio grande do Norte:

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O Hpoder judiciárioH é uma unidade cuja principal função é avaliar, controlar, executar e
planejar todos os trabalhos de administração integrantes do sistema.H[85]H Atualmente o
diretor geral é Cláudio José Marinho da Lima. A sede está localizada na Praça 7 de setembro,
em Natal.H[85]H Representações deste poder estão espalhadas por todo o estado por meio de
HComarcasH, termo jurídico que designa uma divisão territorial específica, que indica os
limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. No
Rio Grande do Norte, existem três tipos de comarca: as de primeira, segunda e terceira
entrância. Dos sessenta e cinco municípios do estado com comarcas, trinta são de primeira
entrância (são eles: HAfonso BezerraH, HAlmino AfonsoH, HArezH, HBaraúnaH,
HCampo GrandeH, HCruzetaH, HExtremozH, HFlorâniaH, HGovernador Dix-Sept
RosadoH, HIpanguaçuH, .......), vinte e cinco de segunda (instaladas nos municípios de
HAcariH, HAlexandriaH, HAngicosH, HApodiH, HAreia BrancaH, HCanguaretamaH,
HC úb H HG i i h H HJ di d S idóH HJ H HL j H HL í G H

Ademais, como critérios de promoção, devem ser observados a


antiguidade e o merecimento.

o Normas para a promoção:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes


consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício


na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta
parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais
requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos


critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da
jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais
ou reconhecidos de aperfeiçoamento;

d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar


o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus
membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver


autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-
los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

x Acesso aos tribunais de segundo grau: Os juízes serão promovidos


até os tribunais de segunda instância (e se tornarão desembargadores)

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por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou


única entrância;

x Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de


magistrados: são etapa obrigatória do processo de vitaliciamento
(falaremos sobre o vitaliciamento um pouco mais tarde).

x Aposentadoria e pensão: a aposentadoria e pensão dos membros do


judiciário seguem a regra dos servidores públicos.

x Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca,


salvo autorização do tribunal. Isso garante uma melhor prestação do
Judiciário, uma vez que evita que os juízes titulares morem em uma
comarca e trabalhem em outra (morem em uma cidade e trabalhem em
outra cidade, por exemplo).

x Remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por


interesse público: deverá ser fundado em decisão por voto da maioria
absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ, assegurada ampla defesa.

x Publicidade e motivação das decisões dos tribunais: via de regra,


todas as decisões do Judiciário, tanto as administrativas quanto as
jurisdicionais, são fundamentadas e públicas. Assim, todos os
julgamentos são públicos, podendo ser acompanhados por qualquer
pessoa. Excepcionalmente, a lei poderá limitar a publicidade para
preservar o direito à intimidade.

Além disso, as decisões administrativas dos tribunais serão sempre


motivadas e em sessão pública, sendo que as decisões disciplinares
são tomadas pela maioria absoluta de seus membros.

x Atividade jurisdicional ininterrupta: o Poder Judiciário deve exercer


sua atividade jurisdicional (de dizer o direito) de forma contínua e sem
interrupções. Assim, são vedadas férias coletivas nos juízos e
tribunais de segundo grau e, nos dias em que não houver expediente
forense normal, deve haver juízes em plantão permanente. Observe que
essa regra não se aplica aos Tribunais Superiores! Se aplicando
somente aos de segundo grau.

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x Número de juízes: deve ser proporcional à efetiva demanda judicial e à


respectiva população. Essa previsão serve para garantir a qualidade e a
rapidez da prestação jurisdicional.

x Delegação aos servidores: os servidores (analistas e técnicos dos


tribunais) receberão delegação para a prática de atos de administração e
atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, para agilizar os
trabalhos, o juiz pode delegar a algumas pessoas (um Diretor de
Secretaria, por exemplo) alguns atos sem caráter decisório.

x Distribuição de processos: também para garantir a agilidade da


prestação jurisdicional, a distribuição de processos será imediata, em
todos os graus de jurisdição. Isso significa que os processos chegarão
nas mãos dos julgadores assim que derem entrada no tribunal.

x Subsídio: o valor máximo do subsídio de qualquer magistrado deve


sempre respeitar o valor do subsídio dos Ministros do STF (o teto da
Administração Pública). Além disso, existem algumas “regrinhas”:

o O subsídio dos magistrados é sempre fixado ou alterado por lei


específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada
caso;

o É garantida a revisão geral anual dos valores, sempre na mesma


data e sem distinção de índices;

o É garantida a irredutibilidade dos subsídios, para que o


Judiciário não sofra pressões dos outros poderes. Deve-se ressaltar
que essa irredutibilidade é nominal e não real, ou seja, a
irredutibilidade protege somente contra a redução do valor em si,
não protegendo o “salário do juiz” da inflação, por exemplo.

o Teto do subsídio Ministros dos Tribunais Superiores: 95%


do subsídio dos Ministros do STF.

o Subsídio dos demais magistrados: deve ser fixado em lei e


será, no máximo, 95% do subsídio dos Ministros dos
Tribunais Superiores.

Além disso, os valores dos subsídios serão escalonados, em nível


federal e estadual, conforme as respectivas categorias da
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estrutura judiciária nacional, sendo que a diferença entre a


federal e a estadual será de, no mínimo 5% e no máximo 10%.

Esquematizando:

Organização da carreira do Poder Judiciário

x Estatuto da Magistratura: LC de iniciativa do STF


x Ingresso na carreira - Cargo inicial: juiz substituto
- Mediante concurso público de provas e títulos
- Participação da OAB em todas as fases
- 3 anos de atividade jurídica
- Obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação
x Promoção - De entrância para entrância,
- Alternadamente, por antiguidade e merecimento
- Atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5
alternadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância
e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não
houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do - desempenho
merecimento - critérios objetivos - produtividade
- presteza no exercício da jurisdição
- pela frequência
- aproveitamento em cursos oficiais ou
reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo
pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além
do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou
decisão;

x Acesso aos tribunais de segundo grau: por antiguidade e merecimento, alternadamente,


apurados na última ou única entrância;
x Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados: são etapa
obrigatória do processo de vitaliciamento
x Aposentadoria e pensão: segue a regra dos servidores públicos
x Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do
tribunal
x Ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: decisão
por voto da MA - do respectivo tribunal ou
- do CNJ
o Assegurada ampla defesa

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x Publicidade e motivação - Regra - Todas as decisões são fundamentadas


das decisões - Todos os julgamentos são públicos
- Exceção: A lei poderá limitar a publicidade para preservar o
direito à intimidade
- Decisões administrativas - Motivadas
dos tribunais - Sessão pública
- As disciplinares são tomadas pela
MA de seus membros
x Atividade jurisdicional - Vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau
ininterrupta - Não se aplica aos Tribunais Superiores!
- Somente aos de segundo grau
- Dias em que não houver expediente forense normal: juízes em
plantão permanente
x Número de juízes: proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população
x Delegação aos servidores: os servidores receberão delegação para a prática de atos de
administração e atos de mero expediente sem caráter decisório
x Distribuição de processos: será imediata, em todos os graus de jurisdição

x Subsídio - Sempre observado o teto dos Ministros do STF


- Fixado ou alterado por lei específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais
em cada caso
- Revisão geral anual - Sempre na mesma data
- Sem distinção de índices
- Irredutibilidade dos subsídios (Nominal e não real)
- Ministros dos Tribunais Superiores: 95% dos Ministros do STF
- Demais magistrados - Fixado em lei
- No máximo 95% dos Ministros dos Tribunais
Superiores
- Escalonados, em nível federal e estadual, conforme as
respectivas categorias da estrutura judiciária nacional
- Diferença entre a federal e a estadual - Mín 5%
- Máx 10%

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8. GARANTIAS DOS MAGISTRADOS

A Constituição prevê ainda três garantias aos membros do poder judiciário:


vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.

A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2


anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o seu cargo em
virtude de sentença judicial transitada em julgado. Assim, nem mesmo
o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de
magistrado que adquiriu a vitaliciedade.

Vale lembrar que os magistrados não possuem vitaliciedade durante o estágio


probatório e, durante esse período, a perda do cargo dependerá de deliberação
do tribunal a que o juiz está vinculado.

Outra observação importante é que os Ministros do STF, dos Tribunais


Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais
pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da
posse, não precisando cumprir o estágio probatório.

Existe uma exceção à vitaliciedade, onde o magistrado pode perder seu


cargo por uma decisão de um órgão estranho ao judiciário: os Ministros do STF
e os Conselheiros do CNJ poderão perder seus cargos caso sejam condenados
pelo Senado Federal nos crime de responsabilidade.

Já a Inamovibilidade assegura que os magistrados somente poderão ser


removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer
autoridade). Assim, a regra é que os magistrados somente podem ser
removidos a pedido e nunca de ofício.

No entanto, excepcionalmente, existem duas hipóteses de remoção contra a


vontade do magistrado:

1- Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria


absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa
(art. 95, II).

2- Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada


a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III).

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Por fim, a irredutibilidade de subsídio garante que os magistrados não


poderão ter seus “salários” reduzidos e objetiva evitar que a atuação do
magistrado seja objeto de pressões, advindas da redução remuneratória,
garantindo a independência para o exercício das funções. Vale lembrar que a
irredutibilidade é nominal e não real.

Esquematizando:

- Adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos


- Durante o estágio - Não há vitaliciedade
probatório - A perda do cargo dependerá de deliberação do
tribunal a que o juiz está vinculado
a) Vitaliciedade - Uma vez adquirida, magistrado só perderá o seu cargo em virtude de
sentença judicial transitada em julgado
- Nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do
cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade
- Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que
ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto
constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da POSSE
- Exceção à vitaliciedade: os Ministros do STF e Conselheiros do
Garantias dos magistrados

CNJ serão julgados pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade,


podendo perder seus cargos.

- Assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por


iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer
autoridade)
• Salvo a) Por interesse público
b) Inamovibilidade - Por decisão - Respectivo tribunal ou
da MA do - CNJ
- Assegurada ampla defesa

b) determinação do CNJ, a título de sanção


administrativa, assegurada a ampla defesa

- CF, art. 103-B, § 4º, III + art. 95, II

c) Irredutibilidade de subsídio: Objetiva evitar que a atuação do magistrado seja objeto de


pressões, advindas da redução remuneratória, garantindo a independência para o
exercício das funções.
- A irredutibilidade é nominal; não é irredutibilidade real

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9. VEDAÇÕES AOS MEMBROS DO JUDICIÁRIO

A Constituição Federal, além de estabelecer a estrutura do Poder Judiciário,


suas garantias e organização da carreira de seus membros, prevê também
algumas vedações aos membros do Poder Judiciário. Essas vedações têm a
finalidade de assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura.

As vedações são as seguintes:

i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo


uma de magistério. Apesar do texto constitucional dizer “uma de
magistério”, o Supremo decidiu que o magistrados pode exercer mais
de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade.

ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em


processo.

iii. Dedicar-se à atividade político-partidária. O magistrado não pode


sequer filiar-se a partido político, devendo, afastar-se definitivamente da
magistratura, mediante aposentadoria ou exoneração, caso decida pela
atividade político-partidária. (TSE, Resolução Nº 19.978 (25.9.97).
Consulta N° 353 – DF, Relator: Ministro Costa Leite).

iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições,


ressalvadas exceções previstas em lei.

v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,


antes de decorrido três anos do afastamento do cargo. Essa vedação,
chamada de “quarentena”, evita o tráfico de influência dentro do mesmo
juízo, impedindo que um magistrado que se aposente atue como
advogado no juízo ou tribunal do qual se afastou (pelo período de 3 anos
contado de sua aposentadoria).

Esquematizando:

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Vedações aos membros do judiciário

- Tem por intuito assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura


i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de
magistério
- Pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja
compatibilidade
ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo
iii. Dedicar-se à atividade político-partidária
- Para se filiar a partido político, tem que se aposentar ou pedir exoneração.
iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições, ressalvadas
exceções previstas em lei
v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido
três anos do afastamento do cargo
- Evita o tráfico de influência

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EXERCÍCIOS

1. (CESPE/DPE-ES/2009) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo


vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, devendo ainda haver juízes em
plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal.

Errado. O artigo 93, XII (vedação das férias coletivas) somente se


aplica aos juízos e tribunais de segundo grau, não se aplicando aos
tribunais superiores. Assim, não são todos os juízos e tribunais,
estando a questão errada.

2. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Os servidores do Poder Judiciário não poderão


receber delegação para a prática de atos de administração e atos de mero
expediente sem caráter decisório, já que a função jurisdicional é indelegável.

Errado. Os servidores (ex: analistas dos tribunais) receberão


delegação para a prática de atos de administração e atos de mero
expediente sem caráter decisório. Assim, para agilizar os trabalhos, o
juiz pode delegar a algumas pessoas (um Diretor de Secretaria, por
exemplo) alguns atos sem caráter decisório.

3. (CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) A Emenda Constitucional n.º 45, que implantou
a reforma do Poder Judiciário, confirmou o entendimento do CNJ de
estabelecer férias coletivas para os juízes e membros dos tribunais de segundo
grau.

Errado. A Constituição estabelece que a prestação jurisdicional será


ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de
segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente
forense normal, juízes em plantão permanente. Importante ressaltar
que essa regra não se aplica aos Tribunais Superiores.

4. (CESPE/Tecnico/TRE/ES/2011) Constitui função típica do Poder Judiciário a


função jurisdicional.

Certo. O Poder Judiciário, assim como os outros poderes, possui uma


função típica, bem como funções atípicas. A função típica do Judiciário
é a função jurisdicional, ou seja, de dizer e aplicar o direito às
controvérsias a ele submetidas.

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Por outro lado, o Poder Judiciário também possui funções atípicas: a


função administrativa, quando atua enquanto Administração Pública
(quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações
etc.) e a função legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias
aplicáveis no seu âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos
Internos).

5. (CESPE/TRT-17ª/2009) Compete ao presidente do TRT encaminhar projeto de


lei ordinária ao Congresso Nacional cujo objeto seja a instituição de novo plano
de cargos e salários dos servidores daquele tribunal.

Errado. Os TRTs devem enviar expediente ao TST e este deverá


encaminhar o Projeto de Lei ao Congresso Nacional, na forma do art.
99, §2º, I: “§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas
orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os
demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. § 2º - O
encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais
interessados, compete: I - no âmbito da União, aos Presidentes do
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação
dos respectivos tribunais;”

6. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com a CF, lei estadual pode criar


a justiça militar estadual, mediante iniciativa parlamentar.

Errado. A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de


Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos
juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo
próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos
Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.

7. (CESPE/STF/Analista Judiciário/Contabilidade/2008) Um tribunal, ao elaborar


seu regimento interno, exerce uma função atípica legislativa.

Certo. O Judiciário exerce, como funções atípicas, a função


administrativa, quando atua enquanto Administração Pública (quando
administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.) e a
função legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias
aplicáveis no seu âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos
Internos).

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8. (CESPE/ Contador /STF/2008) O STF tem jurisdição em todo o território


nacional.

Certo. Tanto o STF quanto os Tribunais Superiores possuem jurisdição


em todo o território nacional. Isso significa que eles podem “dizer o
direito” em todo o território nacional. Existe outra previsão parecida
na Constituição e que inclui o CNJ: o STF, os Tribunais Superiores e o
CNJ têm sede na Capital Federal. Mas lembre-se: o CNJ não possui
jurisdição!


Temjurisdiçãoemtodoo ͲSTF
territórionacional ͲTribunaisSuperiores ͲSTJ
ͲTST
ͲTSE TemsedenaCapitalFederal
ͲSTM

ͲCNJ:Nãopossuijurisdição

9. (CESPE/Técnico de Atividade Judiciária/TJ/RJ/2008) O CNJ é órgão do Poder


Judiciário.

Certo. O artigo 92 da Constituição nos diz quais são os órgãos do Poder


Judiciário e o CNJ é um deles. No entanto, lembre-se que o CNJ não
possui função jurisdicional. Vamos revisar os órgãos do Judiciário:


ͲSupremoTribunalFederal(STF)
Judiciário(art.92)

ͲConselhoNacionaldeJustiça(CNJ)
ÓrgãosdoPoder

ͲSuperiorTribunaldeJustiça(STJ)
ͲTribunaisRegionaisFederais(TRFs)eJuízesFederais;
ͲTribunaiseJuízesdoTrabalho(TRTs)
ͲTribunaiseJuízesEleitorais(TREs)
ͲTribunaiseJuízesMilitares
ͲTribunaiseJuízesdosEstadosedoDistritoFederaleTerritórios.(TJEst)


10. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A promoção dos juízes, que ocorre de


entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, é
obrigatória para juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas
em lista de merecimento, desde que o juiz tenha dois anos de exercício na
respectiva entrância e integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade
desta, salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago. Por
outro lado, não deve ser promovido o juiz que, mesmo preenchendo tais

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requisitos, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal,


não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

Certo. É o que prevê a Constituição em seu art. 93, II. Vamos revisar
as regras para promoção dos juízes:

x Promoção - De entrância para entrância,


- Alternadamente, por antiguidade e merecimento
- Atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5
alternadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância
e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não
houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do - desempenho
merecimento - critérios objetivos - produtividade
- presteza no exercício da jurisdição
- pela frequência
- aproveitamento em cursos oficiais ou
reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo
pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além
do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou
decisão;

11. (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário) Sobre o Poder Judiciário é correto
afirmar:

a) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre


o Estatuto da Magistratura.

b) Um sexto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais será composto de


membros do Ministério Público e de advogados, indicados em lista quíntupla
pelos órgãos de representação das respectivas classes.

c) Os juízes gozam de vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida


após cinco anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de
deliberação do Supremo Tribunal Federal.

d) Somente pelo voto de um terço de seus membros ou dos membros do


respectivo órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo do Poder Público.

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e) A União, o Distrito Federal, os Territórios e os Estados criarão a justiça de


paz, remunerada, composta de cidadãos indicados pelo Congresso Nacional,
com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar
casamentos.

Gabarito: A.

Item A – CERTO. O Estatuto da Magistratura, lei complementar que


organiza a carreira dos membros do Judiciário, é de iniciativa do
Supremo Tribunal Federal, conforme o art. 93 da Constituição.

Item B – ERRADO. A questão tentou nos confundir trocando os


números! Essa proporção de advogados e membros do MP será de um
quinto (é o famoso quinto constitucional, disposto no art. 94),
indicados em listas sêxtuplas. Lembre-se de que o quinto
constitucional se aplica aos seguintes tribunais: Tribunais Regionais
Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunal Superior do Trabalho
e Tribunais Regionais do Trabalho.

Item C – ERRADO. Dois erros aqui: Os juízes adquirem vitaliciedade


após dois anos de exercício e podem perder o cargo, durante o estágio
probatório, por deliberação do tribunal a que estiverem vinculados (e
não do STF, como afirma a questão).

Item D – ERRADO. O item aborda a conhecida “reserva de plenário”.


Para se declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato do Poder Público
em tribunais, é necessário o voto da maioria absoluta do plenário ou
do órgão especial.

Não confunda órgão especial com órgão fracionário! Órgãos especiais


podem (é facultativo) ser criados por tribunais com mais de 25
membros, tendo atribuições jurisdicionais e também administrativas
delegadas do Pleno. O órgão fracionário é uma subdivisão do Tribunal
no intuito de acelerar a prestação da justiça, e não tem competência
para declarar inconstitucionalidade de lei ou ato do Poder Público.

Item E – ERRADO. Os juízes de paz são eleitos pelo povo, conforme o


art. 98, II.

12. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) Aos Juízes é vedado o exercício da
advocacia no

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a) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento


do cargo por exoneração.

b) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do


cargo por exoneração.

c) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dez anos do afastamento


do cargo por exoneração.

d) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do


cargo por aposentadoria.

e) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quatro anos do


afastamento do cargo por aposentadoria.

Gabarito: A. Nessa questão, só precisávamos saber por quanto tempo


os juízes afastados do cargo ou aposentados ficam impedidos de
advogar em seu tribunal ou juízo de origem. Conforme o art. 95,
parágrafo único, V, o tempo é de três anos. Isso é uma espécie de
“quarentena” estabelecida pela CF88.

13. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) Ao Poder Judiciário é assegurada


autonomia administrativa e financeira. Os tribunais elaborarão suas propostas
orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais
Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. O encaminhamento da proposta,
ouvidos os outros tribunais interessados, compete, no âmbito da União,

a) ao Presidente da República, com aprovação do Supremo Tribunal Federal.

b) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal com aprovação do Superior


Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral.

c) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,


com a aprovação dos respectivos tribunais.

d) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,


com a aprovação do Presidente da República.

e) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, com aprovação da Ordem dos


Advogados do Brasil.

Gabarito: C. A resposta está no art. 99, que trata das questões


administrativas e financeiras do Poder Judiciário. No âmbito da União,

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o STF e os Tribunais Superiores (STJ, TSE, STM e TST), com a


aprovação dos respectivos tribunais, encaminharão a proposta do
orçamento ao Presidente da República (responsável por apresentar o
projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional).

14. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Ao assegurar a autonomia administrativa e


financeira do Poder Judiciário, a Constituição da República prevê que

a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites


estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias.

b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos


Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos
respectivos tribunais.

c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União,


ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais
interessados.

d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em


desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo
procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual.

e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a


realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. A Constituição afirma que os limites serão


estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO (art. 99, §
1º).

Item B – CERTO. De acordo com o art. 99, §2º, II.

Item C – ERRADO. o encaminhamento da proposta orçamentária


compete, no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos
tribunais (art. 99, §2º, I).

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Item D – ERRADO. Quem faz esse ajuste é o Poder Executivo, visto que
é ele quem consolida a proposta que será enviada para aprovação do
Legislativo. A situação em questão é trazida pelo §4º do artigo 99.

Item E – ERRADO. Pequena (ou grande) maldade da banca, que


suprimiu uma exceção que o §5º do art. 99 traz. Segue a íntegra do
dispositivo: “Durante a execução orçamentária do exercício, não
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações
que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a
abertura de créditos suplementares ou especiais”

15. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) Em matéria de garantias aos juízes,
considere:

I. A que consiste na permanência na comarca em que é titular, salvo por


motivo de interesse público.

II. A que implica na sua permanência no cargo, salvo entre outras situações,
por sentença judicial transitada em julgado, exoneração a pedido ou
aposentadoria.

As hipóteses dizem respeito, respectivamente,

a) à indisponibilidade e ao juízo natural.

b) à vitaliciedade e a inamovibilidade.

c) ao juízo natural e a inamovibilidade.

d) à inamovibilidade e a vitaliciedade.

e) à vitaliciedade e a segurança jurídica.

Gabarito: D. A Constituição prevê três garantias aos membros do poder


judiciário: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de
subsídios.

A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório


de 2 anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o seu cargo
em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

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Já a inamovibilidade assegura que os magistrados somente poderão


ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de
qualquer autoridade). Cuidado, existem duas exceções!

3- Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria


absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa
(art. 95, II).

4- Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada


a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III).

16. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) A Constituição da República


estabelece igualmente para membros do Poder Judiciário e do Ministério
Público que

a) os integrantes das carreiras deverão residir na comarca da respectiva


lotação, salvo autorização do Tribunal.

b) a vitaliciedade será adquirida após dois anos de exercício da função,


dependendo a perda do cargo, inclusive nesse período, de sentença judicial
transitada em julgado.

c) o exercício da advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastaram é vedado


antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração.

d) o exercício de atividade político-partidária é proibido, salvo exceções


previstas em lei.

e) o ato de remoção por interesse público será fundado em decisão do órgão


colegiado competente, pelo voto de dois terços de seus membros, assegurada
ampla defesa.

Gabarito: C.

Item A – ERRADO. Está correto para os membros do Judiciário, mas


para os membros do Ministério Público, quem autoriza é o chefe da
Instituição, conforme §2º do art. 129.

Item B – ERRADO. Tanto para os membros do Judiciário quanto do


Ministério Público, a vitaliciedade somente é adquirida após dois anos
de exercício, não podendo perder o cargo (após a vitaliciedade) senão

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por sentença judicial transitada em julgado. Nos dois primeiros anos


de exercício (antes da vitaliciedade), poderá o juiz perder o cargo por
deliberação do tribunal ao qual está vinculado, conforme o art. 95, I.

Item C – CERTO. A Constituição veda expressamente que o


juiz/membro do MP exerçam a advocacia no juízo ou tribunal do qual
se afastaram, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo
por aposentadoria ou exoneração. As garantias e vedações
relacionadas aos juízes e membros do MP são constantemente
cobradas pela FCC!

Item D – ERRADO. Essa vedação é absoluta (não admite exceção),


conforme art. 95, parágrafo único da CF88.

Item E – ERRADO. O equívoco está no quórum. No art. 93, VIII, lemos:


“o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta
do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada
ampla defesa”.

17. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) A Fazenda Pública


Federal, em virtude de sentenças judiciais transitadas em julgado, deve para
Carlos, Plínio, Marcos, Flávio e Pompeu, cujos créditos são respectivamente
decorrentes de salário, de pensão, de restituição de imposto, de indenização
por morte e de indenização por invalidez. Segundo a Constituição Federal
brasileira, no caso, os pagamentos desses débitos serão realizados
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e, em
tese, NÃO terá preferência, sobre os demais, o crédito de

a) Pompeu.

b) Carlos.

c) Marcos.

d) Plínio.

e) Flávio.

Gabarito: C. No §1º do art. 100, temos as situações em que alguns


débitos judiciais da Fazenda Pública (precatórios) serão pagos com

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preferência sobre os demais. Entre eles, não se encontra o caso da


restituição de imposto.

18. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) Os pagamentos


devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na
ordem cronológica de apresentação dos precatórios,

a) sem qualquer exceção, e não gozam de qualquer preferência os portadores


de doença grave e idosos, que apenas têm direito à prioridade de tramitação
do processo nas fases de conhecimento e de execução.

b) mas os débitos de natureza alimentícia e aqueles de que são credores


pessoas com 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data da expedição do
precatório, ou portadores de doenças graves, definidos na forma da lei, gozam
de preferências autorizadas pela Constituição Federal.

c) excluindo-se dessa regra os pagamentos de obrigações definidas em lei,


como de pequeno valor, o qual será idêntico para todas as pessoas jurídicas
públicas.

d) excluindo-se dessa regra apenas os titulares que forem completando 60


(sessenta) anos de idade, os quais, imediatamente, de ofício ou a seu
requerimento, passarão a gozar de preferência prevista na Constituição
Federal.

e) excluindo-se dessa regra somente os débitos de natureza alimentícia


considerados de pequeno valor, o qual poderá ser variável para as diversas
pessoas jurídicas públicas.

Gabarito: B. A alternativa B é a única que traz corretamente as


hipóteses de exceções à regra da ordem cronológica da apresentação
dos precatórios conforme o artigo 100, §§ 1º e 2º.

19. (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário) Conforme prevê a
Constituição Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a execução
orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a
assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, EXCETO se

a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou


especiais.

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b) independentemente de prévia autorização, forem para receber chefe de


delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal Federal.

c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o chefe do


Poder Executivo em visita ao Supremo Tribunal Federal.

d) independentemente de prévia autorização, forem para homenagear o


Presidente do Supremo Tribunal Federal por recebimento de prêmio no
exterior.

e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar solenidade


de despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício no
término do seu mandato no caso de aposentadoria por tempo de serviço.

Gabarito: A. Essa questão virou um clássico da FCC. Não há, na


Constituição Federal, nenhuma previsão de procedimentos em relação
a gastos de recepção e homenagens a chefes de missão estrangeira e
chefes de Poderes. A alternativa A é a única de acordo com a CF88.
Veja o art. 99, §5º: “Durante a execução orçamentária do exercício,
não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a
abertura de créditos suplementares ou especiais.”

20. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) No que
concerne ao Poder Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade
de ser observado o princípio da alternância quanto aos critérios de antiguidade
e merecimento na promoção de entrância para entrância, atendida, dentre
outras, a seguinte norma:

a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu


poder além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido
despacho ou decisão.

b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na


respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de
antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar
vago.

c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos


de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo

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dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de


aperfeiçoamento.

d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais


antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme
procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até
fixar-se a indicação.

e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou


cinco alternadas em lista de merecimento.

Gabarito: E.

Item A – ERRADO. A primeira parte está certa, o juiz que retiver autos
em seu poder além do prazo estipulado não será promovido. Mas ele
não pode devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

Item B – ERRADO. O corretor seria “a primeira quinta parte” da lista


de antiguidade.

Item C – ERRADO. A Constituição cita “FREQUÊNCIA E


APROVEITAMENTO em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento” como critério para aferição do merecimento.

Item D – ERRADO. O juiz mais antigo só será preterido pelo voto


fundamentado de dois terços dos membros do tribunal, assegurada a
ampla defesa.

Item E – CERTO. É o que nos traz o art. 93, II, “a”. Se um juiz aparecer
três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento,
terá direito líquido e certo à promoção.

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II. DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi criado pela Emenda Constitucional nº


45/2004 e possui sede na capital federal. O CNJ é um órgão administrativo, ou
seja, não possui função jurisdicional e compete a ele realizar o controle
da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

O CNJ é um órgão de CONTROLE INTERNO do Judiciário, ainda que possua,


em sua composição, membros de fora do Poder Judiciário. É isso mesmo que
você entendeu! Existem membros de fora do Judiciário no CNJ!

Ainda, o CNJ não é órgão da União e sim do Poder Judiciário nacional. Dessa
forma, as Constituições Estaduais NÃO podem criar órgão de controle
administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros
poderes ou entidades (Súmula 649 do STF).

2. COMPOSIÇÃO DO CNJ

O Conselho Nacional de Justiça é composto por 15 membros, para um


mandato de dois anos, permitida uma recondução. Os membros do CNJ
são nomeados pelo Presidente da República após aprovação da maioria
absoluta do Senado Federal e não há limite de idade para que alguém seja
membro deste Conselho. A composição do CNJ segue o quadro a seguir:

CNJ
Órgão responsável pela
Componente
indicação
Presidente do STF
1desembargador de TJ STF
1 juiz estadual
1 Ministro do STJ
1 juiz de TRF STJ
1 juiz federal
1 Ministro do TST
1 juiz de TRT TST
1 juiz do trabalho
1 membro do MPU
PGR
1 membro do MPE
2 advogados Conselho Federal da OAB
2 cidadãos, de notável saber Um pela Câmara e outro pelo
jurídico e reputação ilibada Senado

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Atenção! Observe que o Conselho Nacional do Ministério Público é composto


de 14 membros e o CNJ de 15! Esse é um ótimo “peguinha” de prova.

O Presidente do CNJ é o presidente do Supremo Tribunal Federal, que


será substituído em suas ausências e impedimentos pelo Vice-Presidente do
mesmo Tribunal. Uma observação importante é que o presidente e o vice-
presidente do STF não precisam ser aprovados pela maioria absoluta do
Senado Federal, somente os demais membros.

O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de


Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no
Tribunal (STJ), competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas
pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:

I receber as reclamações e denúncias relativas aos magistrados e aos


serviços judiciários;

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição


geral;

III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e


requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados e
Distrito Federal e Territórios.

O Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da OAB


devem oficiar junto ao CNJ. Dessa forma, observe que os dois não podem ser
membros do Conselho Nacional de Justiça, pois devem oficiar junto a ele.

3. FORO DE JULGAMENTO DOS MEMBROS DO CNJ

O foro de julgamento dos membros do CNJ é o Senado Federal no caso de


crimes de responsabilidade, e, por crimes comuns, não há foro
privilegiado.

4. AÇÕES CONTRA O CNJ

Compete ao STF julgar as ações contra o CNJ e o CNMP. No entanto, a Corte


Constitucional somente julga as ações contra as manifestações do colegiado e
não de seus membros individualmente.

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Ademais, existe uma observação importante acerca desse dispositivo. Olhando


o art. 102, I, r da CF, temos a impressão que o STF é competente para julgar
Ação Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o STF já decidiu que,
nesse caso, o sujeito passivo é a UNIÃO e não o CNJ, pois este é um
ÓRGÃO do Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO).

Ainda segundo o STF: “Por óbvio, essa não é a interpretação quando se cuide
de mandado de segurança, mandado de injunção e habeas data contra atos do
CNJ. Nessas hipóteses, o pólo passivo é ocupado diretamente por aquele
Conselho ou pelo seu presidente, como autoridade impetrada, ainda que a
União figure como parte. Isso diante da chamada personalidade judiciária que
é conferida aos órgãos das pessoas político-administrativas para defesa de
seus atos e prerrogativas nessas ações constitucionais mandamentais.”

5. ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

A Constituição atribui expressamente ao CNJ a competência para exercer o


controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Assim, o Conselho Nacional
de Justiça não tem ingerência na atividade jurisdicional dos juízes e
Tribunais, somente nas atividades administrativas e financeiras.

Quanto ao controle do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, o


Supremo decidiu que a competência é subsidiária e o CNJ só atua quando
constatada a ineficácia dos mecanismos ordinários de administração e
repressão do Poder Judiciário local.

Uma observação importantíssima para a sua prova é que o CNJ não tem
nenhuma competência sobre o STF e seus ministros (ADI 3.367/DF).

Observe a lista de atribuições do CNJ trazidas pela Constituição, ressaltando-se


o fato de que o estatuto da Magistratura pode criar novas atribuições, sendo
essa lista exemplificativa:

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do


Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no
âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

Devido a este dispositivo, o CNJ possui competência para expedir


atos normativos primários, ou seja, edita atos com força de LEI
(dentro da sua competência).
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II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante


provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros
ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou
fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do
Tribunal de Contas da União;

III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou


órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares,
serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que
atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da
competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar
processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções
administrativas, assegurada ampla defesa;

IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a


administração pública ou de abuso de autoridade;

V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de


juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano;

VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e


sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do
Poder Judiciário;

VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar


necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades
do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do STF a ser
remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão
legislativa.

Esquematizando:

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PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

- Criado pela EC 45/04


- Sede: Capital Federal
- É órgão ADMINISTRATIVO: não possui jurisdição
- É órgão de CONTROLE INTERNO do Judiciário, mesmo tendo membros de fora do
Poder Judiciário
- Existem membros de fora do Judiciário no CNJ!
- CNJ não é órgão da União e sim do Poder Judiciário nacional
- As CEs NÃO podem criar órgão de controle administrativo do Poder Judiciário
do qual participem representantes de outros poderes ou entidades (Súm. 649 do
DoConselhoNacionaldeJustiça(CNJ)

STF).
- Composição - 15 membros (Atenção! O CNMP são 14 membros!)
- Mandato: 2 anos
- Recondução: admitida uma recondução
- Nomeação: Presidente da República, após aprovação da MA do SF
- Limite de idade: Não há
- Se o órgão responsável não indicar no prazo: o STF escolhe

CNJ
Componente Órgão que indica
Presidente do STF
1desembargador de TJ STF
1 juiz estadual
1 Ministro do STJ
1 juiz de TRF STJ
1 juiz federal
1 Ministro do TST
1 juiz de TRT TST
1 juiz do trabalho
1 membro do MPU
PGR
1 membro do MPE
2 advogados Conselho Federal da OAB
2 cidadãos, de notável saber Um pela Câmara e outro pelo
jurídico e reputação ilibada Senado
- Presidente - Presidente do STF
- Ausências e impedimentos: Vice-Presidente do STF
- PSTF e VPSTF NÃO precisam ser aprovados pela MA do SF
- Ministro do STJ - Será o Ministro-Corregedor
- Não recebe processos
- Atribuições
I receber as reclamações e denúncias relativas aos magistrados e aos
serviços judiciários;
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição
geral;
III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar
servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados e DFT
- Além de outras estabelecidas pelo Estatuto da Magistratura

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- PGR e presidente da OAB - oficiarão perante o CNJ


- não podem ser membros do CNJ
- Foro de julgamento - Crimes de responsabilidade: Senado Federal
- Crimes comuns: não possuem foro privilegiado
- Ações contra o CNJ - Julgadas pelo STF
- Somente as manifestações do colegiado e não de seus membros
individualmente
- Atribuições - Lista exemplificativa: Estatuto da Magistratura pode incluir outras
- Controle - da atuação administrativa e financeira do Judiciário
- do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes
- Jamais faz o controle jurisdicional: O CNJ não tem ingerência na
atividade jurisdicional dos juízes e Tribunais, somente nas atividades
administrativas e financeiras.
DoConselhoNacionaldeJustiça(CNJ)

- Competência é subsidiária: CNJ só atua quando constatada a ineficácia


dos mecanismos ordinários
- CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF e seus ministros
(ADI 3.367/DF)

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da


Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou
recomendar providências;
O CNJ possui competência para expedir atos normativos primários, ou seja,
edita atos com força de LEI
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a
legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário,
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de
Contas da União;
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,
inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços
notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem
prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos
disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria
com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções
administrativas, assegurada ampla defesa;
IV representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de
abuso de autoridade;
V rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros
de tribunais julgados há menos de um ano;
VI elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por
unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
VII elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a
situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar
mensagem do Presidente do STF a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da
abertura da sessão legislativa.

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EXERCÍCIOS

21. (CESPE/Exame de Ordem 135/OAB/SP/2008) O Conselho Nacional de Justiça


a) não integra o Poder Judiciário.
b) tem seus atos sujeitos a controle apenas no STF.
c) ainda não teve a constitucionalidade da sua instituição apreciada pelo STF.
d) exerce função jurisdicional em todo o território nacional.

Gabarito: B. A letra “a” está errada, pois o CNJ integra sim o Poder
Judiciário. Ele apenas não possui jurisdição, ou seja, não pode “dizer o
direito”.

A letra “b” é a alternativa correta, conforme art. 102, I, “r”.

A letra “c” está errada, uma vez que o CNJ teve sua
constitucionalidade questionada e o STF entendeu que sua criação não
viola a Constituição (ADI 3.367/DF).

A letra “d” está errada, uma vez que o CNJ não exerce função
jurisdicional.

22. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS/2008) O


Conselho Nacional de Justiça tem natureza meramente administrativa e
configura órgão de controle externo do Poder Judiciário.

Errado. O CNJ é um órgão administrativo de CONTROLE INTERNO do


Poder Judiciário, ainda que possua, em sua composição, membros de
fora do Judiciário.

23. (Cespe/TRF5/Juiz Federal/2007) Dado que o Conselho Nacional de Justiça tem


estatura constitucional e se destina ao controle administrativo, financeiro e
disciplinar do Poder Judiciário, todos os seus membros e órgãos, incluindo-se o
STF, a ele estão subordinados.

Errado. Lembre-se que o CNJ não tem nenhuma competência sobre o


STF e seus ministros (ADI 3.367/DF).

24. (Cespe/Instituto Rio Branco/Diplomacia/2011) O Supremo Tribunal Federal


(STF) é o órgão de cúpula jurisdicional e nacional do Poder Judiciário, mas não,
o órgão de cúpula administrativa, financeira e de cumprimento dos deveres
funcionais dos juízes, papel que compete, conforme dispõe a CF, ao Conselho
Nacional de Justiça.
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Errado. Realmente, a Constituição prevê que o CNJ fará o controle da


atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. No entanto, suas
decisões podem ser revistas pelo STF, que está “acima” do CNJ.

25. (Cespe/TRE-MT/Analista Judiciário – Área Judiciária/2010) O Conselho Nacional


de Justiça é um órgão do Poder Judiciário e tem jurisdição em todo território
nacional.

Errado. O Conselho Nacional de Justiça é um órgão do Poder Judiciário,


mas ele não possui jurisdição, ou seja, não pode dizer o direito.

26. (Cespe/TRE-BA/Técnico/2010) Compete ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ)


apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos
administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, fixando
prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento
da lei. É negada ao CNJ competência para desconstituir ou rever atos
praticados pelos presidentes dos tribunais de justiça.

Errado. O erro da questão está na parte final. A própria CF estabelece


que compete ao CNJ:

II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante


provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por
membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los,
revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência
do Tribunal de Contas da União.

27. (CESPE - 2009 - SEAD-SE (FPH) – Procurador) O Conselho Nacional de Justiça


(CNJ) julgou ilegal portaria editada por tribunal de justiça que estabelecera
horário de atendimento a advogados. Não concordando com o teor da decisão
do conselho e considerando-a uma afronta à autonomia administrativa dos
tribunais de justiça, o presidente do tribunal recomendou aos demais membros
da corte pela impetração de mandado de segurança no Supremo Tribunal
Federal (STF). Nessa situação, a recomendação de impetrar mandado de
segurança está correta, uma vez que compete ao STF processar e julgar
originariamente as ações contra o CNJ.

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Certo. Compete ao STF julgar as ações contra o CNJ e o CNMP. Lembre-


se de que a Corte Constitucional somente julga as ações contra as
manifestações do colegiado e não de seus membros individualmente.

28. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça


(CNJ) compõe-se de quinze membros com mandato de dois anos, admitida
uma recondução, sendo que, entre eles, haverá necessariamente um
desembargador de tribunal de justiça, indicado pelo STF, e dois advogados,
indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

Certo. O Conselho Nacional de Justiça é composto por 15 membros,


para um mandato de dois anos, permitida uma recondução. Os
membros do CNJ são nomeados pelo Presidente da República após
aprovação da maioria absoluta do Senado Federal e não há limite de
idade para que alguém seja membro deste Conselho. Vamos recordar a
composição do CNJ:

CNJ
Órgão responsável pela
Componente
indicação
Presidente do STF
1desembargador de TJ STF
1 juiz estadual
1 Ministro do STJ
1 juiz de TRF STJ
1 juiz federal
1 Ministro do TST
1 juiz de TRT TST
1 juiz do trabalho
1 membro do MPU
PGR
1 membro do MPE
2 advogados Conselho Federal da OAB
2 cidadãos, de notável saber Um pela Câmara e outro pelo
jurídico e reputação ilibada Senado

29. (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/2008) O Conselho


Nacional de Justiça é órgão integrante da estrutura do Poder Judiciário, com
jurisdição em todo o território nacional.

Errado. O Conselho Nacional de Justiça é um órgão do Poder Judiciário,


mas ele não possui jurisdição, ou seja, não pode dizer o direito.

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30. (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário) De acordo com a Constituição


Federal brasileira, elaborar semestralmente relatório estatístico sobre
processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes
órgãos do Poder Judiciário, é competência

a) dos Tribunais de Justiça locais.

b) do Supremo Tribunal Federal.

c) do Superior Tribunal de Justiça.

d) do Conselho Nacional de Justiça.

e) do Presidente da República através do Procurador Geral.

Gabarito: D. O CNJ é um órgão administrativo, ou seja, não possui


função jurisdicional e compete a ele realizar o controle da atuação
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos
deveres funcionais dos juízes. Suas competências estão no art. 103-B,
§4º, e outras podem ser dispostas no Estatuto da Magistratura. Entre
as competências Constitucionais, temos no inciso VI do §4º a
competência de elaborar semestralmente relatório estatístico sobre
processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos
diferentes órgãos do Poder Judiciário.

31. (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário) Com exceção do
Presidente e do Vice-Presidente, os demais membros do Conselho Nacional de
Justiça serão nomeados pelo

a) Presidente da República, após a escolha ser aprovada pela maioria absoluta


do Senado Federal.

b) Ministro da Justiça, mediante prévia aprovação da escolha pela maioria


simples do Congresso Nacional.

c) Presidente do Supremo Tribunal Federal, após a escolha ser aprovada pela


maioria absoluta da Câmara dos Deputados.

d) Presidente da República, mediante prévia aprovação da escolha pela maioria


absoluta do Congresso Nacional.

e) Presidente do Supremo Tribunal Federal, após ter a escolha sido aprovada


pela maioria simples do Senado Federal.

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Gabarito: A. O Presidente do STF será também o Presidente do


Conselho Nacional de Justiça e será substituído, em suas ausências e
impedimentos, pelo Vice-Presidente do STF. Como esses dois membros
já foram aprovados pelo Senado Federal para integrarem o STF, e a
previsão vem diretamente da Constituição, o Senado Federal não
precisa aprovar novamente o nome do Presidente do STF para integrar
o CNJ. Por outro lado, os demais membros daquele Conselho serão
nomeados pelo Presidente da República após aprovação da maioria
absoluta do Senado Federal. Lembre-se:

- CNJ: Composição - 15 membros (Atenção! O CNMP são 14 membros!)


- Mandato: 2 anos
- Recondução: admitida uma recondução
- Nomeação: Presidente da República, após aprovação da MA do SF
- Limite de idade: Não há
- Se o órgão responsável não indicar no prazo: o STF escolhe
- CNJ: Presidente - Presidente do STF
- Ausências e impedimentos: Vice-Presidente do STF
- PSTF e VPSTF NÃO precisam ser aprovados pela MA do SF

32. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça é


um órgão

a) do Poder Legislativo.

b) do Poder Judiciário.

c) do Poder Executivo.

d) independente de qualquer órgão.

e) vinculado ao Poder Legislativo e subordinado ao Executivo.

Gabarito: B. O Conselho Nacional de Justiça é um órgão do Poder


Judiciário, responsável pelo controle da atuação administrativa e
financeira do referido Poder e do cumprimento dos deveres funcionais
dos juízes, além de outras atribuições conferidas pelo Estatuto da
Magistratura.

33. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) O Conselho Nacional de


Justiça compõe-se de 15 membros com mandato de 2 anos, admitida 1
recondução e será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. Nas
suas ausências e impedimentos, o referido Conselho será presidido pelo

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a) membro do Ministério Público da União.

b) Presidente do Superior Tribunal de Justiça.

c) Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.

d) Procurador-Geral da República.

e) membro do Ministério Público Estadual.

Gabarito: C. A questão cobrou o disposto no §1º do art. 103-B. Nos


impedimentos e ausências do Presidente do STF, o CNJ será presidido
pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.

34. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário) Compete ao Conselho Nacional de


Justiça

a) processar e julgar originariamente o litígio entre Estado estrangeiro ou


organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território.

b) processar e julgar originariamente a extradição solicitada por estrangeiro.

c) rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes


e membros de tribunais julgados há menos de um ano.

d) processar e julgar originariamente, nas infrações penais comuns, o


Presidente da República e o Vice-Presidente.

e) processar e julgar originariamente, nas infrações penais comuns, os


membros do Congresso Nacional.

Gabarito: C. Importante sabermos que o CNJ não tem competência


jurisdicional, ou seja, ele não processará ou julgará autoridades,
litígios ou ações. Entretanto, ele tem competência, entre outras do art.
103-B, de rever os processos disciplinares de juízes e membros de
tribunais julgados há menos de um ano. Lembre-se de que ele possui
poderes de fiscalização do cumprimento dos deveres funcionais dos
juízes.

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III. DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Meus futuros Analistas da Área Jurídica do Poder Judiciário, vocês devem saber
que o Supremo Tribunal Federal é o maior tribunal do Poder Judiciário
brasileiro. É ele o guardião da Constituição, ou seja, o STF possui a última
palavra no que se refere à interpretação constitucional.

O Tribunal Maior, como também é chamado, é composto por 11 membros,


chamados de Ministros. Os Ministros do STF são nomeados pelo Presidente
da República após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal e
tomam posse por ato do Presidente do Supremo Tribunal Federal. Como visto,
os Ministros do STF adquirem a vitaliciedade no momento da posse, não se
submetendo ao estágio probatório.

Uma observação importante é que o Presidente da República é livre para


escolher os Ministros do STF, desde que observados os seguintes requisitos
previstos na Constituição:

i. Idade entre 35 e 65 anos


ii. Ser brasileiro nato (não pode ser naturalizado)
iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos
iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada
v. Os Ministros (são indicados pelo Presidente da República) devem
ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal.

Observe que a Constituição não prevê que os Ministros do STF sejam membros
da carreira judiciária ou do MP. Aliás, não se precisa nem ser bacharel em
Direito.

Resumindo: Para que alguém se torne Ministro do STF, o seguinte


procedimento deve ser seguido:

1) O Presidente da República indica seu nome, obedecidos os


requisitos constitucionais;
2) O nome indicado pelo Presidente da República deve ser aprovado
pela maioria absoluta do Senado Federal.

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3) Nomeação pelo Presidente da República


4) Posse por ato do Presidente do STF.

O Supremo Tribunal Federal atua de duas formas: através do Plenário e de


suas duas Turmas. O Plenário, como já estudado, é a reunião de todos os
seus 11 Ministros e as Turmas possuem 5 Ministros cada uma. O Presidente do
Supremo Tribunal Federal não atua nas Turmas, somente no Pleno.

O quórum de instalação da sessão no Supremo é de oito Ministros.


Assim, para que um julgamento se inicie, é necessária a presença de pelo
menos oito Ministros.

Quanto ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, este é eleito diretamente


pelos seus pares para um mandato de dois anos, vedada a reeleição.

Esquematizando:

Do Supremo Tribunal Federal (STF)

- Guardião da Constituição
- Composição - 11 membros
- Nomeados pelo Presidente - O Presidente é livre para escolher,
da República observados os requisitos constitucionais
- O PR nomeia, mas quem dá a posse é o PSTF
- Adquire a vitaliciedade no momento da POSSE
- Requisitos i. Idade entre 35 e 65 anos
ii. Ser brasileiro nato
iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos
STF

iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada


- Não precisa ser membro da carreira judiciária ou MP
- Não precisa nem ser bacharel em Direito
v. Aprovação da MA do Senado Federal

- Atuação - Plenário
- 2 Turmas - Cada uma com 5 Ministros
- O PSTF não integra nenhuma das turmas, atuando somente nas
sessões plenárias
- Quórum de instalação de sessão: 8 membros
- Presidente do STF - Eleito diretamente pelos Ministros do STF
- Mandato de 2 anos
- Vedado reeleição
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2. COMPETÊNCIAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

As competências do STF estão elencadas nos artigos 102 e 103 da Constituição


Federal e podem ser originárias ou recursais.

As competências originárias são aquelas onde o processo (a ação) nasce no


Supremo. Assim, a ação é processada e julgada somente pela Corte
Constitucional, em uma única instância.

O rol das competências originárias do STF é exaustivo (numerus clausus), ou


seja, não pode ser ampliado, a não ser por Emenda Constitucional.

Antes de estudarmos as competências do STF, saiba que o Procurador-Geral


da República, o “chefe do Ministério Público da União”, atua em todos os
processos de competência do Supremo Tribunal Federal.

Estudaremos as competências originárias um pouco mais a frente. Por


enquanto, quero dar a você uma visão mais geral, antes de entrar na parte
específica, combinado?

Já as competências recursais são aquelas onde o processo tem origem em


outro órgão do Poder Judiciário e chega ao Supremo por meio de um recurso.
Os dois tipos de recursos recebidos pelo STF são o recurso ordinário e o
recurso extraordinário.

O recurso ordinário, ou comum, está previsto no art. 102, II da Constituição


e somente é cabível nas seguintes hipóteses:

1) O crime político

2) O "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o


mandado de injunção decididos em única instância pelos
Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.

Observe que essa última hipótese possui três requisitos:

a) As ações devem ter sido decididas em única instância;

b) As ações devem ter sido decididas pelos Tribunais Superiores


em sua competência originária. Assim, se a ação tiver sido

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decidida pelos Tribunais Superiores em sua competência


recursal, não caberá o Recurso Ordinário ao Supremo.

c) A decisão deve ter sido denegatória (deve ter negado o


pedido), com ou sem julgamento do mérito.

O recurso extraordinário (RE), por sua vez está previsto no art. 102, III da
Constituição Federal. Observe bem essa nomenclatura: não é recurso especial,
nem comum, nem ordinário – é recurso extraordinário!

x Recurso Especial – STJ


x Recurso Extraordinário: STF

É cabível esse recurso nas causas decididas em única ou última instância,


quando a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo da Constituição: sempre que alguma


decisão contrariar a CF, caberá o RE para que o STF reforme a
decisão recorrida e a Constituição seja cumprida.

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal:


sempre que uma sentença declarar a inconstitucionalidade de tratado
ou lei federal, caberá também o RE para que o STF proteja o
ordenamento jurídico, analisando se o ato normativo declarado
inconstitucional realmente feria a Constituição. Assim, o STF possui
sempre a última palavra no que se refere à declaração de
inconstitucionalidade.

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face


da Constituição: por local, entenda Estadual ou municipal, ok?
Dessa forma, caberá Recurso Extraordinário sempre que uma decisão
de um tribunal declarar que a lei ou ato do governo local são
VÁLIDOS frente a CF. É cabível o recurso, pois se pode estar
deixando de cumprir a Constituição corretamente.

Por outro lado, caso a decisão fosse pela inconstitucionalidade da lei


ou ato local, não seria motivo de RE porque teríamos a certeza que a
CF estaria sendo cumprida.

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d) julgar válida LEI local contestada em face de lei federal:


nesse caso, o Supremo estará protegendo a federação. Antigamente,
essa competência era do STJ.

Observe que se a decisão “Julgar válido ATO de governo local


contestado em face de lei federal” é caso de Recurso Especial no STJ
e não de Recurso Extraordinário.


Fique atento!

- Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF.

- LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF.

- ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.

O recurso extraordinário possui ainda alguns requisitos:

a) Prequestionamento da matéria: A controvérsia constitucional


deve ter sido debatida e decidida por órgão do Judiciário;

b) Ofensa DIRETA à CF: assim, não cabe o RE se a ofensa for


reflexa; e

c) Repercussão geral das questões constitucionais: O STF somente


pode negar o RE por ausência de repercussão geral pelo voto
de 2/3 dos membros

Por fim, é preciso saber que é cabível recurso extraordinário contra decisão
proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por Turma
Recursal de Juizado Especial cível ou criminal (Súmula 640 STF) e também
para apreciar a validade de direito pré-constitucional, tanto em confronto
com a CF88 quanto com constituições passadas.

Esquematizando:

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- As competências do STF estão enumeradas nos arts. 102 e 103 da CF


- O PGR atua em todos os processos de competência do STF
CompetênciasdoSTF

a) Originária - Quando o STF processa e julga, originariamente, a matéria, em única instância


- O processo "nasce" no STF
- Rol exaustivo (numerus clausus)
- Pode ser ampliado por Emenda Constitucional
- CF, art. 102, I e 103

- Quando o STF aprecia a matéria a ele chegada mediante recurso ordinário ou


extraordinário
i. Recurso Ordinário 1) O crime político
CF, art. 102, II 2) O HC, o MS, o HD e o MI decididos em instância
única pelos TS, se denegatória a decisão
b) Recursal - Decisão dos TS
- Em competência ORIGINÁRIA dos TS
- Se for recursal, não é do STF
- Se a decisão for denegatória (com ou sem
julgamento do mérito)

ii. Recurso - As causas decididas em única ou última instância,


Extraordinário quando a decisão recorrida:
(RE) 1) Contrariar dispositivo da Constituição Federal
CF, art. 102, III 2) Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal
3) Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em
face da Constituição Federal
4) Julgar válida LEI local contestada em face de lei federal
OBS: Julgar válido ATO de governo local contestado em face de
lei federal é caso de Recurso Especial no STJ
- Requisitos - Prequestionamento da matéria
do RE - A controvérsia constitucional deve ter sido
debatida e decidida por órgão do Judiciário
- Ofensa Direta à CF (Não cabe RE se a ofensa
for reflexa)
- Repercussão geral das questões constitucionais
- O STF somente pode negar o RE por
ausência de repercussão geral pelo voto
de 2/3 dos membros
- Cabe - Contra decisão proferida por juiz de primeiro grau
RE nas causas de alçada, ou por Turma Recursal de
Juizado Especial cível ou criminal (Súmula 640
STF)
- Para apreciar a validade de direito pré-
constitucional, tanto em confronto com a CF88 quanto
CFs passadas

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3. COMPETÊNCIAS ORIGINÁRIAS DO STF

Agora que você já tem uma visão geral das competências do STF e já sabe
quais são as competências recursais, estudaremos as competências
originárias da Corte Constitucional. As competências do STF (tanto as
originárias quanto as recursais) são as competências de tribunais mais
cobradas em provas e, geralmente, quando são cobradas, é exigido o texto
literal da Constituição. Mesmo assim, comentarei as competências uma a uma
para garantirmos a nossa nota máxima na prova de Direito Constitucional! Isso
será trabalhoso, mas vai valer a pena! Pense agora no seu cargo de
Analista da Área Jurídica do Poder Judiciário e no seu salário de
R$ 6.611,39 e vamos lá!

x Papel de guardião da Constituição

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da


Constituição, cabendo-lhe:

Observe que a Constituição confere expressamente a guarda da Constituição


ao Supremo Tribunal Federal.

I - processar e julgar, originariamente:

a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual


e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;

§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta


Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.

Nesses três dispositivos, a Constituição confere ao STF a competência para


realizar o controle abstrato de constitucionalidade por meio das três ações
elencadas: a ação direta de inconstitucionalidade (ADIN ou ADI), a ação
declaratória de constitucionalidade (ADECON ou ADC) e a arguição de
descumprimento de preceito fundamental (ADPF).

Além disso, observe que a ADI pode ter como objeto leis ou atos normativos
federais ou estaduais. Já a ADC pode ter como objeto apenas leis ou atos
normativos federais e, por último, a ADPF pode ter como objeto leis ou atos
normativos federais, estaduais ou municipais.

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x Julgamento de remédios constitucionais

O Supremo Tribunal Federal também é competente para julgar alguns


remédios constitucionais, a depender da autoridade coatora ou do paciente.
Observe:

d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas


anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da
República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de
Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal
Federal;

i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o


paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à
jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma
jurisdição em uma única instância;

q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for


atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do
Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo
Tribunal Federal;

x Julgamento de autoridades

Antes de começarmos a estudar essas competências, você deve saber que as


autoridades podem cometer dois tipos de crime:

Crimes comuns: são crimes que podem ser cometidos por qualquer
outra pessoa, como o homicídio, roubo etc. Saiba que somente o
Judiciário julga crimes comuns.

Crimes de responsabilidade: são os crimes cometidos em razão do


cargo que ocupam (ex. atentar contra o livre exercício do Poder
Judiciário é crime de responsabilidade do Presidente). Podem julgar
esse tipo de crime (em âmbito federal) o Judiciário e também o
Senado Federal, quando se tratar de autoridades da alta cúpula do
Governo.

Vamos ao texto da CF. Ao ler as duas próximas alíneas, observe que a


Constituição trata de três níveis de autoridades:

1) Autoridades de alta cúpula (Presidente da República, PGR,


Ministros do STF...);
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2) Autoridades imediatamente abaixo da alta cúpula (ministros


de Estado, Membros do TCU e dos Tribunais Superiores...) e

3) Autoridades do terceiro escalão (membros dos Tribunais de


Contas estaduais e do MPU que oficiem perante os tribunais...).

Assim, perceba que, GERALMENTE (existem exceções), as autoridades da alta


cúpula são julgadas nos crimes de responsabilidade perante o Senado
Federal e nos crimes comuns perante o STF. Já as autoridades
imediatamente abaixo da alta cúpula são julgadas nos crimes comuns e de
responsabilidade pelo STF. As autoridades do terceiro escalão, por sua
vez, são julgadas nos crimes comuns e de responsabilidade pelo STJ.

Agora sim, vamos ao texto da CF:

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os


membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da
República;

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de


Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o
disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de
Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;

Uma observação importante é que o STF somente julga o Presidente da


República nos crimes comuns enquanto ele permanecer no cargo. Dessa
forma, findo o mandato, os autos serão remetidos para o juízo de
primeiro grau.

Os crimes de responsabilidade do Presidente da República, por sua vez, são


julgados pelo Senado Federal. Ademais, o Supremo Tribunal Federal não
poderá modificar a decisão do Senado Federal em processo de apuração
de crime de responsabilidade do presidente da República, sendo a decisão do
órgão parlamentar definitiva.

O STF pode anular o julgamento por ilegalidade ou intervir para que os


acusados tenham o direito a ampla defesa e contraditório, por exemplo, mas
não podem mudar o resultado do julgamento de “culpado” para “inocente”.

Por fim, da leitura dos dispositivos anteriores, combinada com o art. 105, com
o art. 52 e outros dispositivos da Constituição, chegamos ao seguinte quadro:

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Competências para julgamento de autoridades

Crime de
Autoridade Crime comum
responsabilidade
Presidente da República STF Senado Federal
Vice-Presidente da República STF Senado Federal
Parlamentares Federais STF Respectiva Casa Legislativa
Ministros do STF STF Senado Federal
Procurador-Geral da República STF Senado Federal
Membros do CNJ e CNMP Depende da origem do cargo Senado Federal
Ministros de Estado e Comandantes das Não conexos com PR e VP: STF
STF
Forças Armadas Conexos com PR e VP: Senado
AGU STF Senado Federal
Não conexos com PR e VP: STF
Presidente do Bacen STF
Conexos com PR e VP: Senado
Tribunais Superiores (STJ, STM, TSE ,TST) STF STF
Chefe de missão diplomática de caráter
STF STF
permanente
TCU STF STF
TRT, TRE, TCE e TCM STJ STJ
Juiz de TRF (desembargadores federais) STJ STJ
Juízes federais TRF TRF
Governador de Estado STJ Na forma da Lei 1.079/50
Vice-Governador de Estado Depende da CEst (em regra, TJEst) Depende de Lei federal
Deputados estaduais Depende da CEst (em regra, TJEst) Assembleia Legislativa
PGJ TJEst Assembleia Legislativa
Membros do MPE TJEst TJEst
Tribunal de Justiça Militar e juízes de direito TJEst TJEst
Desembargadores STJ STJ
De Competência da Justiça
Próprios: Câmara dos Vereadores
Prefeitos estadual: TJ
Impróprios: TJEst
Nos demais casos: TRF ou TRE
Fonte: Direito Constitucional Descomplicado 7ª edição.

x Julgamento de ações contra o CNJ e CNMP

r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do


Ministério Público;

Compete ao STF julgar as ações contra o CNJ ou o CNMP. No entanto, existe


uma observação importante acerca desse inciso. Olhando o art. 102, I, r da
CF, tem-se a impressão que o STF é competente para julgar Ação Civil
Pública contra atos do CNJ. No entanto, o STF já decidiu que, nesse caso, o
sujeito passivo é a UNIÃO e não o CNJ, pois este é um ÓRGÃO do Poder
Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO).

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O STF ainda diz que: “Por óbvio, essa não é a interpretação quando se cuide
de mandado de segurança, mandado de injunção e habeas data contra atos do
CNJ. Nessas hipóteses, o pólo passivo é ocupado diretamente por aquele
Conselho ou pelo seu presidente, como autoridade impetrada, ainda que a
União figure como parte. Isso diante da chamada personalidade judiciária que
é conferida aos órgãos das pessoas político-administrativas para defesa de
seus atos e prerrogativas nessas ações constitucionais mandamentais.”

x Julgamento de conflitos para proteção da federação

A Constituição prevê que o STF é competente para julgar os conflitos que


colocam a federação em risco. Observe que a CF não se preocupa com os
municípios, mas somente com a União, os Estados, o DF e os Territórios:

e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado,


o Distrito Federal ou o Território;

f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou


entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;

o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer


tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

Conflitos Quem julga?


União, Estado, DF ou
STF
Estado estrangeiro ou Território
organismo internacional contra Municípios ou pessoas Juízes federais, cabendo
residentes no país recurso para o STJ
Se colocar em risco o pacto
União contra
federativo: STF
Estados/DF Se não colocar em risco o
Estados/DF contra pacto federativo: Justiça
Federal
Conflito de competências de
Qualquer Tribunal STF
Tribunais Superiores contra

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x Demais competências

g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;

Quando um Estado estrangeiro solicita que o Brasil extradite uma pessoa


estrangeira, o órgão competente será o STF. Recentemente essa competência
ficou bastante evidente, no julgamento do caso Cesare Battisti.

j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;

A revisão criminal é a ação própria para desconstituir a coisa julgada no


âmbito penal e a ação rescisória é a ação que desconstitui a coisa julgada no
âmbito civil. A regra é que as ações rescisórias e as revisões criminais contra
decisões de um tribunal são julgadas pelo próprio tribunal e o Supremo segue
essa regra.

l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de


suas decisões;

Sempre que o STF profere alguma decisão e esta não é cumprida, cabe uma
ação chamada reclamação, que serve para que a decisão seja efetivamente
cumprida e seja assegurada a autoridade do STF.

n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente


interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem
estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;

m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a


delegação de atribuições para a prática de atos processuais;

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EXERCÍCIOS

35. (CESPE/TJAA-STF/2008) A competência originária do STF submete-se a regime


de direito estrito, não comportando a possibilidade de ser estendida a
situações que extravasem os limites fixados no rol taxativo da norma
constitucional que a fixa.

Certo. O rol das competências originárias do STF é exaustivo (numerus


clausus), ou seja, não pode ser ampliado, a não ser por Emenda
Constitucional.

36. (CESPE/TECNICO/TRE/ES/2011) Os onze ministros que compõem o Supremo


Tribunal Federal devem ser bacharéis em ciências jurídicas.

Errado. A Constituição não faz essa previsão em relação aos Ministros


do STF. Os requisitos são os seguintes:

i. Idade entre 35 e 65 anos


ii. Ser brasileiro nato (não pode ser naturalizado)
iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos
iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada
v. Os Ministros (são indicados pelo Presidente da República) devem
ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal.

37. (CESPE/Delegado De Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Os ministros do STF


serão nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha
pela maioria simples dos senadores.

Errado. Os Ministros do STF são indicados pelo Presidente da República


e aprovados pela MAIORIA ABSOLUTA do Senado Federal. Após isso,
são nomeados pelo Presidente da República e tomam posse por ato do
Presidente do Supremo Tribunal Federal.

38. (CESPE/ANAC/2009) O STF compõe-se de doze ministros, escolhidos entre


cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de
idade, de notável saber jurídico e de reputação ilibada.

Errado. O STF é composto por 11 Ministros e não 12.

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39. (CESPE/Analista Administrativo/STF/2008) Os ministros do STF são nomeados


pelo presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta
do Senado Federal.

Certo. Para que alguém se torne Ministro do STF, o seguinte


procedimento deve ser seguido:

1) O Presidente da República indica seu nome, obedecidos os


requisitos constitucionais;
2) O nome indicado pelo Presidente da República deve ser aprovado
pela maioria absoluta do Senado Federal;
3) Nomeação pelo Presidente da República;
4) Posse por ato do Presidente do STF.

40. (CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) Por qualificar-se como um complexo de


atribuições jurisdicionais de índole essencialmente constitucional, a
competência originária do STF não se restringe às situações fixadas na CF,
tendo sentido meramente exemplificativo o rol de atribuições do STF
explicitadas no texto constitucional.

Errado. O rol das competências originárias do STF é exaustivo


(numerus clausus), ou seja, não pode ser ampliado, a não ser por
Emenda Constitucional.

41. (CESPE/TJ-RJ/2008) Compete ao STF julgar mandado de segurança contra ato


ilegal e abusivo praticado pelo CNJ.

Certo. As ações contra o CNJ e o CNMP serão julgadas pelo Supremo


Tribunal Federal, conforme artigo 102, I, “r” da Constituição. Lembre-
se que o STF somente julga as ações contra atos do colegiado do CNJ,
não incluindo os seus membros individualmente.

42. (CESPE/Delegado de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Segundo a CF,


compete ao STF julgar, em recurso ordinário, o denominado crime político.

Certo. A competência originária para julgar os crimes políticos é dos


juízes federais, conforme art. 109, IV. Além disso, caso haja recurso,
este deve ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, em recurso
ordinário, conforme art. 102, II, “b”.

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43. (CESPE/OAB-SP/2008) As ações contra o CNJ e contra o Conselho Nacional do


Ministério Público serão julgadas na justiça federal do domicílio do autor.

Errado. As ações contra o CNJ e o CNMP serão julgadas pelo Supremo


Tribunal Federal, conforme artigo 102, I, “r” da Constituição e não no
domicílio do autor.

44. (CESPE/OAB-SP exame n° 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar


originalmente a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta
ou indiretamente interessados.

Errado. Essa competência é do STF, conforme art. 102, I, n.

45. (CESPE/CONTADOR/MPE/RR/2008) O procurador-geral da República deve ser


previamente ouvido em todos os processos da competência do Supremo
Tribunal Federal.

Certo. A Constituição prevê que “O Procurador-Geral da República


deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e
em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal”
(art. 103, §1º).

46. (Cespe/STF/Técnico/2008) Compete ao STF processar e julgar ação ordinária,


de natureza civil, instaurada contra o presidente da República.

Errado. O foro especial se restringe às ações de natureza penal. Assim,


as ações civis não são levadas ao foro especial, sendo julgadas pelo
rito ordinário.

47. (CESPE/OAB NACIONAL/2009.1) Compete ao STF processar e julgar


originariamente o presidente da República nas infrações penais comuns e nas
ações populares.

Errado. Realmente, o Presidente da República é julgado nas infrações


penais comuns pelo STF. No entanto, o foro de prerrogativa de função
não alcança as ações civis. Assim, a ação popular deve ser julgada pelo
órgão judiciário de primeiro grau conforme a origem do ato
impugnado.

Atenção: o STJ não cumpre as cartas rogatórias, ele dá a ordem para


que elas sejam cumpridas! Após o exequatur, a rogatória será

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remetida do juiz federal do Estado em que deva ser cumprida (CF art.
109, X). Após executada, o juiz federal devolve a rogatória ao STJ e
este a encaminha de volta ao país de origem. O mesmo ocorre com as
sentenças proferidas no estrangeiro: o STJ homologa essas sentenças,
mas quem as executa são os juízes federais (art. 109, X).

48. (CESPE/Defensor Público/DPU/2007) A EC n.º 45/2004 acrescentou ao texto


constitucional a competência do STF para julgar, mediante recurso
extraordinário, a validade de ato de governo local contestado em face de lei
federal.

Errado. Essa competência é do STJ em recurso ESPECIAL. Observe que


o STF tem uma competência muito parecida: a de julgar, em recurso
extraordinário, quando a decisão recorrida julgar válida LEI local
contestada em face de lei federal.

Observe os dois dispositivos:

Art. 102, III, “d”: Compete ao STF, julgar, mediante recurso


extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida: d) julgar válida LEI local contestada em
face de LEI FEDERAL.

Art. 105, III, “b”: Compete ao STJ, julgar, em recurso especial, as


causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal
e Territórios, quando a decisão recorrida: b) julgar válido ATO de
governo local contestado em face de LEI FEDERAL.

 Fique atento!

 - Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF.

 - LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF.

- ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.




49. (Cespe/TRT21/Técnico/2010) Admitida a acusação contra o presidente da


República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a
julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado
Federal, nos crimes de responsabilidade.

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Certo. Para que o Presidente da República seja processado por


qualquer infração penal, seja por crime comum ou de
responsabilidade, é necessária autorização da Câmara dos Deputados
por 2/3 dos votos. Assim, o Presidente será julgado pelo STF, nas
infrações penais comuns e pelo Senado Federal nos crimes de
responsabilidade.

50. (Cespe/STF/Analista Administrativo/2008) Compete ao STF processar e julgar


originariamente, nas infrações penais comuns, os ministros do próprio STF.

Certo. Os Ministros do STF são julgados nas infrações penais comuns


pelo próprio STF e pelo Senado Federal nos crimes de
responsabilidade.

51. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Tales, Ministro de Estado, e Igor,
chefe de missão diplomática de caráter permanente, cometeram,
respectivamente, infração penal comum e crime de responsabilidade. Nesses
casos serão processados e julgados

a) originariamente pelo Supremo Tribunal Federal.

b) originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça.

c) por meio de recurso extraordinário pelo Supremo Tribunal Federal.

d) por meio de recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

e) por meio de recurso ordinário pelo Supremo Tribunal Federal.

Gabarito: A. As Competências do STF são assunto muito comum nas


provas da FCC. No art. 102 da Constituição, podemos encontrar as
competências originárias (o STF é o primeiro órgão a conhecer do
assunto) e recursais (via recurso ordinário e extraordinário) do
Supremo. Esse artigo é muito importante para a sua prova! Segundo
ele, o STF julga os Ministros de Estado por crime comum, assim como
os chefes de missão diplomática de caráter permanente (seja por
crime comum ou de responsabilidade). Segue uma tabela para você
fixar as competências para julgamentos de autoridades:

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Competências para julgamento de autoridades

Crime de
Autoridade Crime comum
responsabilidade
Presidente da República STF Senado Federal
Vice-Presidente da República STF Senado Federal
Parlamentares Federais STF Respectiva Casa Legislativa
Ministros do STF STF Senado Federal
Procurador-Geral da República STF Senado Federal
Membros do CNJ e CNMP Depende da origem do cargo Senado Federal
Ministros de Estado e Comandantes das Não conexos com PR e VP: STF
STF
Forças Armadas Conexos com PR e VP: Senado
AGU STF Senado Federal
Não conexos com PR e VP: STF
Presidente do Bacen STF
Conexos com PR e VP: Senado
Tribunais Superiores (STJ, STM, TSE ,TST) STF STF
Chefe de missão diplomática de caráter
STF STF
permanente
TCU STF STF
TRT, TRE, TCE e TCM STJ STJ
Juiz de TRF (desembargadores federais) STJ STJ
Juízes federais TRF TRF
Governador de Estado STJ Na forma da Lei 1.079/50
Vice-Governador de Estado Depende da CEst (em regra, TJEst) Depende de Lei federal
Deputados estaduais Depende da CEst (em regra, TJEst) Assembleia Legislativa
PGJ TJEst Assembleia Legislativa
Membros do MPE TJEst TJEst
Tribunal de Justiça Militar e juízes de direito TJEst TJEst
Desembargadores STJ STJ
De Competência da Justiça
Próprios: Câmara dos Vereadores
Prefeitos estadual: TJ
Impróprios: TJEst
Nos demais casos: TRF ou TRE

52. (FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo) Compete ao Supremo


Tribunal Federal processar e julgar, originariamente,

a) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às


cartas rogatórias.

b) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da


União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de
outro, ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União.

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c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo


internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País.

d) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente,


os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-
Geral da República.

e) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, sendo


vedada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais.

Gabarito: D.

Item A – ERRADO. Essa competência realmente era do Supremo


Tribunal Federal, mas a Emenda Constitucional 45/2004 transferiu-a
para o STJ!

Item B – ERRADO. Os conflitos de atribuições entre autoridades


administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias
de um Estado e administrativas de outro, ou do Distrito Federal, ou
entre as deste e da União são competência do STJ (art. 105, I, "g").

Item C – ERRADO. As causas entre Estado estrangeiro ou organismo


internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País
são da competência dos juízes federais, conforme art. 109, II, “c”.

Item D – CERTO. Conforme o art. 102, I, “b”.

Item E – ERRADO. A execução da sentença nas causas de sua


competência originária é privativa do STF, mas ele pode delegar
atribuições para a prática de atos processuais, conforme o art. 102, I,
“m”.

53. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) As ações contra o


Conselho Nacional de Justiça e as ações contra o Conselho Nacional do
Ministério Público serão julgadas originariamente pelo

a) Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal Regional Federal competente,


respectivamente.

b) Superior Tribunal de Justiça.

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c) Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça,


respectivamente.

d) Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal,


respectivamente.

e) Supremo Tribunal Federal.

Gabarito: E. Compete ao STF julgar as ações contra o CNJ ou o CNMP.


No entanto, existe uma observação importante. Na leitura do art. 102,
I, “r” da CF, tem-se a impressão de que o STF é competente para
julgar Ação Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o próprio STF
já decidiu que, nesse caso, o sujeito passivo é a União e não o CNJ,
pois este é um órgão do Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986
AgR/TO).

54. (FCC - 2012 - TRE-PR - Técnico Judiciário) Em 15 de dezembro de 2011, foi


publicado no Diário Oficial da União Decreto por meio do qual a Presidente da
República “resolve nomear Rosa Maria Weber Candiota da Rosa para exercer o
cargo de Ministra do Supremo Tribunal Federal, na vaga decorrente da
aposentadoria da Ministra Ellen Gracie Northfleet”. A esse respeito, diante do
procedimento estabelecido na Constituição, relativamente à composição do
Supremo Tribunal Federal, considere as seguintes afirmações:

I. A nomeação da Ministra para o Supremo Tribunal Federal pressupõe o


preenchimento de requisitos estabelecidos pela Constituição, relativos à sua
idade, saber jurídico e reputação.

II. O ato da Presidente da República acima referido dá início a um


procedimento complexo, previsto para a nomeação de membros do Supremo
Tribunal Federal.

III. A nomeação da Ministra para exercer cargo no Supremo Tribunal Federal


deve ter sido precedida de aprovação pela maioria absoluta do Senado
Federal.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) I e III, apenas.
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d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

Gabarito: C.

Item I – CERTO. Idade, saber jurídico e reputação são realmente


alguns dos requisitos para se ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal
Federal. Vamos revisá-los:

i. Idade entre 35 e 65 anos


ii. Ser brasileiro nato (não pode ser naturalizado)
iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos
iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada
v. Os Ministros (são indicados pelo Presidente da República) devem
ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal.

Item II – ERRADO. A nomeação não dá início ao procedimento previsto


para a escolha de um membro do STF. Na verdade, a nomeação é um
dos últimos passos na sequência de eventos. Vejamos as etapas deste
procedimento:

1) O Presidente da República indica seu nome, obedecidos os


requisitos constitucionais;
2) O nome indicado pelo Presidente da República deve ser aprovado
pela maioria absoluta do Senado Federal.
3) Nomeação pelo Presidente da República
4) Posse por ato do Presidente do STF.

Item III – CERTO. O Senado Federal deverá aprovar a indicação do


Presidente da República pela maioria absoluta de seus membros. É a
conhecida “sabatina” do Senado.

55. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) Ricardo, Ministro de
Estado, residente e domiciliado no Distrito Federal, foi denunciado por crime de
estelionato, pela emissão de cheque sem fundos numa imobiliária na Cidade de
Manaus, Estado do Amazonas, para a compra de um imóvel para o seu uso
particular à beira do Rio Amazonas. Ricardo, nos termos da Constituição
Federal, será processado e julgado

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a) originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça.

b) originariamente pelo Supremo Tribunal Federal.

c) em âmbito administrativo pela Presidência da República, cujo processo será


decidido pelo Presidente da República.

d) pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, competente em razão do local da


prática do crime.

e) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal competente em razão do


domicilio do Ministro.

Gabarito: B. Nos crimes comuns, como o estelionato, os Ministros de


Estado serão julgados pelo STF. Isso também vale para os crimes de
responsabilidade, desde que não sejam conexos com crimes de
responsabilidade do Presidente e Vice-Presidente da República. Se
tivermos esta última situação, o Ministro será levado a julgamento no
Senado Federal.

56. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) Compete ao Supremo Tribunal


Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e
julgar, originariamente,

a) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

b) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,


nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de
Justiça dos Estados e do Distrito Federal.

c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de


Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

d) os habeas corpus quando o coator for Ministro de Estado ou Comandante da


Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral.

e) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da


União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de
outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União.

Gabarito: A.

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Item A – CERTO. Como guardião da Constituição, o STF é o órgão


competente para julgar tanto a ação direta de inconstitucionalidade
quanto seus pedidos de medida cautelar.

Item B – ERRADO. Governadores, nos crimes comuns, tem foro no STJ.


O mesmo tribunal processará e julgará os desembargadores de
tribunais estaduais nos crimes comuns e de responsabilidade.

Item C e D – ERRADOS. Quando essas autoridades forem coatoras, o


habeas corpus, habeas data e mandado de segurança serão julgados
pelo STJ, conforme art. 105, I.

Item E – ERRADO. Os conflitos de atribuições entre autoridades


administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias
de um Estado e administrativas de outro, ou do Distrito Federal, ou
entre as deste e da União são competência do STJ (art. 105, I, "g").

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IV. DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ)

1. OBSERVAÇÕES GERAIS

Meu caro Analista da Área Jurídica do Poder Judiciário, o próximo tribunal


estudado por nós será o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Este tribunal é o
guardião do ordenamento jurídico federal, enquanto o STF é o guardião
da Constituição Federal.

O STJ é composto de no mínimo 33 Ministros, nomeados pelo Presidente da


República, após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal.

Ademais, a composição do STJ deve seguir à seguinte regra:

x 1/3 dos membros devem ser escolhidos entre juízes dos Tribunais
Regionais Federais. Os juízes dos TRFs são os membros dos TRFs,
tribunais de segundo grau. Assim, apesar do nome “juiz”, eles são
os “desembargadores federais”.

x 1/3 dos membros devem ser escolhidos entre os desembargadores


dos Tribunais de Justiça dos Estados e DF.

Nos dois primeiros casos, o próprio STJ elabora a lista tríplice


livremente e a envia ao Presidente da República, que escolherá
um dos nomes da lista tríplice.

x 1/3 dos membros são divididos da seguinte forma:


o 1/6 de advogados
o 1/6 de membros do Ministério Público Federal, Estadual, do
Distrito Federal e Territórios

Para a escolha desse último terço, cada instituição representativa


das respectivas classes prepara lista sêxtupla e a envia ao STJ,
que elabora lista tríplice e envia ao Presidente da República,
que escolherá dentre os nomes da lista tríplice.

Em todos os casos anteriores, o Senado Federal deve aprovar o nome do


escolhido pela maioria absoluta dos votos e, após a sabatina do Senado, o
Ministro será nomeado pelo Presidente da República.

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Observe que, ao contrário do STF, os Ministros do STJ devem ser bacharéis em


Direito, uma vez que serão ou magistrados, ou advogados ou membros do MP.

Os requisitos para ser nomeado Ministro do Superior Tribunal de Justiça são:

i. Ter idade entre 35 e 65 anos


ii. Ser brasileiro nato ou naturalizado (enquanto o STF é somente
NATO)
iii. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada
iv. Ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal

Além disso, funcionarão junto ao STJ:

i. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de


Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções,
regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na
carreira;

ii. O Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma


da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da
Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão
central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões
terão caráter vinculante.

Esquematizando:

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Do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

- É o guardião do ordenamento jurídico federal (o STF é o guardião da CF)


- No mín 33 Ministros
- Nomeados pelo Presidente da República
- Após aprovação da MA do Senado Federal
- Deve seguir i. 1/3 de juízes dos TRFs
ii. 1/3 de desembargadores dos TJEst
- Composição - Nos 2 primeiros casos, o próprio STJ elabora a lista
Superior Tribunal de Justiça (STJ)

tríplice livremente e a envia ao Presidente da República,


que escolherá um.
iii. 1/3 divididos - 1/6 de advogados
entre - 1/6 de membros do MP Federal, estaduais e
do DF
- Nesse caso, cada instituição prepara lista sêxtupla e a
envia ao STJ, que elabora lista tríplice e envia ao PR
- Ao contrário do STF, os ministros do STJ devem ser bacharéis em Direito,
uma vez que serão ou magistrados, ou advogados ou membros do MP

- Requisitos - Brasileiro nato ou naturalizado (enquanto o STF é somente NATO)


- Entre 35 e 65 anos
- Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada
- Ser aprovado pela MA do Senado Federal

- Após aprovação do Senado Federal, o Ministro será nomeado pelo Presidente da República

- Funcionarão - A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados,


junto ao STJ cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para
o ingresso e promoção na carreira;
- o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a
supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e
segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes
correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.


 

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2. COMPETÊNCIAS DO STJ

As competências do Superior Tribunal de Justiça estão elencadas no artigo 105


da Constituição e, assim como as do Supremo Tribunal Federal, podem ser
originárias, quando o processo “nasce” no STJ, ou recursais, quando o
processo se origina em outros juízos e chega ao STJ por via de recurso.

Para concursos, as competências mais importantes são as do Supremo


Tribunal Federal, sendo que as do STJ caem bem menos em prova e, quando
são cobradas, as bancas normalmente exigem o texto literal da Constituição.
Assim, comentarei apenas algumas das competências e transcreverei as
restantes, para que você ganhe familiaridade com o texto constitucional.

(atenção: você deve ler todas para a prova e não apenas as que eu
comentar! Pense no seu cargo maravilhoso de Analista da Área
Jurídica do Poder Judiciário e no seu salário maravilhoso de 6.611,39 e
manda brasa!).

Competências originárias do STJ

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, ORIGINARIAMENTE:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes


e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e
do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito
Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do
Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do
Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

Observe que o Superior Tribunal de Justiça julga nos crimes


comuns e de responsabilidade as autoridades do terceiro escalão.

b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado,


dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;

c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas


mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição,
Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

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Lembre-se: quanto aos Ministros de Estado e Comandantes das


forças armadas: se forem coatores: competência do STJ. Se
forem pacientes: competência do STF.

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no


art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes
vinculados a tribunais diversos;

e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

Lembre-se que a regra é que o próprio Tribunal julgue as revisões


criminais e as ações rescisórias de seus julgados.

f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de


suas decisões;

Da mesma forma que cabe reclamação ao Supremo para garantir


que sua autoridade seja obedecida, cabe também reclamação ao
STJ, para garantir que a autoridade do STJ seja obedecida.

g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da


União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do
Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for


atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou
indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos
órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça
Federal;

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às


cartas rogatórias;

Um breve comentário quanto à última atribuição: até a Emenda


Constitucional nº 45/2004, conhecida como a Reforma do
Judiciário essa atribuição era do STF. No entanto, com a referida
Emenda, ela foi transferida para o Superior Tribunal de Justiça.

Explicando melhor: A carta rogatória é um instrumento jurídico


de cooperação entre dois países. Ela é similar à carta precatória,
mas se diferencia deste por ter caráter internacional. A carta
rogatória tem por objetivo a realização de atos e diligências
processuais no exterior, como, por exemplo, audição de
testemunhas.
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Assim, se um juiz do exterior quer ouvir uma testemunha que


está no Brasil, por exemplo, ele manda uma carta rogatória ao
Brasil para que este faça a oitiva dessa testemunha.

O exequatur significa “execute-se” ou “cumpra-se” e é dado pelo


STJ. Assim, se algum país envia uma carta rogatória ao Brasil,
quem dá a ordem de cumprimento é o STJ.

Atenção: o STJ não cumpre as cartas rogatórias, ele DÁ A


ORDEM para que elas sejam cumpridas! Após o exequatur, a
rogatória será remetida do juiz federal do Estado em que deva ser
cumprida (CF art. 109, X). Após executada, o juiz federal devolve
a rogatória ao STJ e este a encaminha de volta ao país de origem.

O mesmo ocorre com as sentenças proferidas no estrangeiro: o


STJ homologa essas sentenças, mas quem as executa são os
juízes federais (art. 109, X).

Competências recursais do STJ

O STF aprecia dois tipos de recursos: o recurso ordinário, ou comum e o


recurso especial (muito cuidado para não confundir com o recurso
extraordinário do STF!).

x Recurso Especial – STJ


x Recurso Extraordinário: STF

O recurso ordinário do STJ está previsto no artigo 105, II da Constituição


Federal:

II - julgar, em RECURSO ORDINÁRIO:

a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais


Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais


Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando denegatória a decisão;

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c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de


um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

Já o recurso especial está previsto no artigo 105, III da Constituição Federal:

III - julgar, em RECURSO ESPECIAL, as causas decididas, em única ou última


instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do
Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

Observe que “Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal” é caso de


Recurso Extraordinário no STF

x Contrariar ou negar vigência: STJ


x Declarar a inconstitucionalidade: STF

b) Julgar válido ATO de governo local contestado em face de lei federal;

Observe que “julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF”
é caso de Recurso Extraordinário no STF.

Além disso: “julgar válida LEI local contestada em face de lei federal” é também
caso de Recurso Extraordinário no STF.

Fique atento!

- Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF.

- LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF.

- ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.

c) Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Esquematizando:

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- Estão enumeradas no art. 105 da CF


- Quando o STJ é acionado diretamente, nas ações em que cabe a ele o primeiro julgamento
a) Originárias

- CF, art. 105, I


- Processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do DF, e, nestes e nos de responsabilidade, os
desembargadores dos TJEst, os membros dos TC dos Estados e do DF, os dos TRFs, dos TREs e TRTs, os
membros dos Conselhos ou TC dos Municípios e os do MPU que oficiem perante tribunais;
b) os MS e os HD contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica ou do próprio STJ;
c) os HC, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o
coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
Competências do STJ

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvada a competência do STF, bem como entre
tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades
judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade
ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do STF e dos
órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;

- Quando o STJ aprecia recursos ordinários ou especiais


i. Recurso 1) Os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos TRFs
Ordinário ou pelos TJs, quando a decisão é denegatória
2) Os mandados de segurança decididos em única instância pelos TRFs e
b) Recursais

pelos TJs, quando denegatória a decisão


3) As causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo
internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País
- CF, art. 105, II
ii. Recurso - Quando a decisão recorrida, em única ou última instância:
Especial 1) Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência
(RESP) - Se for “Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal”
será Recurso Extraordinário no STF
2) Julgar válido ATO de governo local contestado em face de lei federal
- Se for “julgar válida LEI local contestada em face de lei federal”
será Recurso Extraordinário no STF
3) Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído
outro tribunal
- Somente cabe RESP em face de decisões proferidas por Tribunal de
SEGUNDO GRAU: TRF ou TJ
- Não cabe RESP contra decisão proferida pelas Turmas Recursais, (órgãos
de segundo grau dos juizados especiais) (Súmula 203 do STJ)

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EXERCÍCIOS

57. (CESPE/Agente de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) A Escola Nacional de


Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados que tem, entre outras funções, a
de regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira,
funciona junto ao STF.

Errado. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de


Magistrados realmente tem, entre outras funções, a de regulamentar
os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira. No entanto,
ela funciona junto ao STJ e não junto ao STF.

58. (CESPE/OAB-SP exame n° 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar


originalmente os mandados de segurança contra ato dos comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio tribunal.

Certo. Essa competência é do STJ, conforme art. 105, I, “b”. Lembre-se


que se os Ministros de Estado e comandantes das forças armadas
forem COATORES, a competência será do STJ. No entanto, se eles
forem PACIENTES, a competência será do STF.

59. (CESPE/ TCE-AC/2009) Descobriram que um membro de um TCE fazia parte


de uma organização criminosa especializada em praticar crimes contra a
administração pública. Diante do farto acervo probatório reunido, esse membro
do TCE foi denunciado pelo MP por crime comum. Na situação hipotética
acima, o órgão do Poder Judiciário competente para julgar a autoridade
denunciada pelo MP será o tribunal de justiça.

Errado. O órgão competente para julgar os membros dos Tribunais de


Contas Estaduais tanto nos crimes comuns quanto nos de
responsabilidade é o STJ.

60. (CESPE/DETRAN-DF/2009) O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é competente


para processar e julgar, originariamente, um comandante da marinha que
tenha praticado crime de homicídio.

Errado. O homicídio é um crime comum e o responsável por julgar os


comandantes das forças armadas nos crimes comuns e de
responsabilidade é o STF. Lembrando que os crimes de
responsabilidade conexos com o Presidente e o Vice-Presidente da
República são julgados pelo Senado Federal e não pelo STF.
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61. (Cespe/PC-RN/Agente/2009) Compete ao STJ processar e julgar,


originariamente, nos crimes comuns, os prefeitos municipais.

Errado. A competência para julgar o prefeito será do Tribunal de


Justiça Estadual, se o crime for da competência estadual ou do TRF ou
TRE, se o crime for da competência federal ou eleitoral,
respectivamente.

62. (CESPE/TCU/ACE/Auditoria Governamental/2008) Cabe ao STJ processar e


julgar, originariamente, nos crimes comuns — aí compreendidos os crimes de
responsabilidade —, os membros do TCU.

Errado. Os membros do TCU serão julgados tanto nos crimes comuns


quanto nos de responsabilidade pelo Supremo Tribunal Federal e não
pelo STJ, conforme art. 102, I, “c”.

63. (CESPE/DPU/Defensor Público Federal/2010) A sentença proferida por tribunal


estrangeiro tem eficácia no Brasil depois de homologada pelo STF.

Errado. Compete ao STJ a homologação de sentença estrangeira e não


ao STF (art. 105, I, “i”). Lembre-se que a execução dessas sentenças
serão feitas pelos juízes federais.

64. (Cespe/PGE-CE/Procurador/2008) Compete ao STF a homologação de


sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

Errado. Essa competência é do STJ (art. 109, X). Estão vendo como
essa questão é recorrente em provas de diferentes bancas?

65. (Cespe/PGE-AL/Procurador/2009) Compete ao STJ julgar, em recurso especial,


as causas decididas, em única ou última instância, pelos tribunais regionais
federais ou pelos tribunais dos estados, do DF e territórios, quando a decisão
recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Errado. Essa competência será do STF, em recurso extraordinário,


conforme art. 102, III, “d”. Muita atenção! O STJ tem uma
competência parecidíssima em recurso especial: julgar válido ATO de
governo local contestado em face de lei federal (art. 105, III, “b”).

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66. (Cespe/STJ/Técnico/2008) Julgado um habeas corpus em última instância pelo


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e havendo sido denegada a ordem,
caberá recurso ordinário ao STJ.

Certo. Essa competência realmente é do STJ, conforme, art. 105,


II, “a”.

67. (CESPE/Exame de Ordem 135/OAB/SP/2008) Compete ao Superior Tribunal de


Justiça (STJ) julgar, originariamente,
a) o mandado de segurança contra ato de ministro de Estado.
b) a extradição solicitada por Estado estrangeiro
c) a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da
Constituição.
d) a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo estadual.

Gabarito: A. Mandado de segurança contra ato de Ministro de Estado


quem julga é o STJ, conforme art. 105, I, “b”. As letras “b” e “c” são
da competência do STF e a letra “d” é de competência dos Tribunais de
Justiça Estaduais.

Lembre-se: quanto aos Ministros de Estado e Comandantes das


forças armadas: se forem coatores: competência do STJ. Se
forem pacientes: competência do STF.

68. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário) O processo e o julgamento


das infrações penais comuns atribuídas aos membros dos Tribunais Regionais
Eleitorais competem

a) ao Tribunal Superior Eleitoral.

b) ao Supremo Tribunal Federal.

c) aos Tribunais Regionais Federais.

d) ao Superior Tribunal de Justiça.

e) aos Juízes Federais da respectiva área de jurisdição.

Gabarito: D. Diversas autoridades possuem foro de julgamento no STJ,


entre elas, os membros de TREs, conforme art. 105, I, “a”. Vamos ver
uma tabela completa de julgamento de autoridades?

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Competências para julgamento de autoridades

Crime de
Autoridade Crime comum
responsabilidade
Presidente da República STF Senado Federal
Vice-Presidente da República STF Senado Federal
Parlamentares Federais STF Respectiva Casa Legislativa
Ministros do STF STF Senado Federal
Procurador-Geral da República STF Senado Federal
Membros do CNJ e CNMP Depende da origem do cargo Senado Federal
Ministros de Estado e Comandantes das Não conexos com PR e VP: STF
STF
Forças Armadas Conexos com PR e VP: Senado
AGU STF Senado Federal
Não conexos com PR e VP: STF
Presidente do Bacen STF
Conexos com PR e VP: Senado
Tribunais Superiores (STJ, STM, TSE ,TST) STF STF
Chefe de missão diplomática de caráter
STF STF
permanente
TCU STF STF
TRT, TRE, TCE e TCM STJ STJ
Juiz de TRF (desembargadores federais) STJ STJ
Juízes federais TRF TRF
Governador de Estado STJ Na forma da Lei 1.079/50
Vice-Governador de Estado Depende da CEst (em regra, TJEst) Depende de Lei federal
Deputados estaduais Depende da CEst (em regra, TJEst) Assembleia Legislativa
PGJ TJEst Assembleia Legislativa
Membros do MPE TJEst TJEst
Tribunal de Justiça Militar e juízes de direito TJEst TJEst
Desembargadores STJ STJ
De Competência da Justiça
Próprios: Câmara dos Vereadores
Prefeitos estadual: TJ
Impróprios: TJEst
Nos demais casos: TRF ou TRE

69. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário) Nos termos da Constituição da


República, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar,
originariamente,

a) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou


indiretamente interessados.

b) os desembargadores dos Tribunais Regionais Eleitorais, nos crimes comuns


e de responsabilidade.

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c) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito


Federal, ou entre uns e outros.

d) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo


internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País.

e) os conflitos de competência entre Tribunais Superiores, ou entre estes e


outro tribunal.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. Isso é competência do STF, conforme art. 102, I,


“n”.

Item B – CERTO. Os desembargadores dos TREs serão processados e


julgados no STJ em ambos os crimes, de acordo com o art. 105, I, “a”.

Item C – ERRADO. A Constituição prevê que o STF é competente para


julgar os conflitos que colocam a federação em risco (veja art. 102, I,
“f”). Observe que a CF não se preocupa com os municípios, mas
somente com a União, os Estados, o DF e os Territórios.

Item D – ERRADO. Essa competência é originária dos Juízes Federais


(art. 109, II), cabendo recurso ao STJ.

Item E – ERRADO. Os conflitos entre Tribunais Superiores ou destes


com outros tribunais serão competência do STF. Entre demais tribunais
(inferiores), a competência é realmente do STJ.

70. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Analise a seguinte


situação hipotética: Xisto, membro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de
Janeiro, é acusado de cometer crime, em tese, de responsabilidade e,
portanto, será processado e julgado originariamente

a) pelo Supremo Tribunal Federal.

b) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

c) pelo Superior Tribunal de Justiça.

d) pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

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e) pela Câmara dos Deputados.

Gabarito: C. Membros dos Tribunais de Contas dos Estados serão


processados e julgados pelo STJ nos crimes comuns e de
responsabilidade, conforme art. 105, I, “a”.

71. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) A causa decidida, em última


instância, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, quando a decisão
recorrida contrariar lei federal, será julgada pelo

a) Supremo Tribunal Federal em recurso extraordinário.

b) Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário.

c) Superior Tribunal de Justiça em recurso especial.

d) Supremo Tribunal Federal em recurso ordinário.

e) Tribunal Regional Federal competente.

Gabarito: C. Bela questão! Além de nos cobrar quem realiza a guarda


do ordenamento jurídico federal, o item exige conhecimento sobre
competências em recursos ordinários e especiais.

Assim como o STF é o chamado “o guardião da Constituição”, julgando


a constitucionalidade, o STJ pode ser conhecido como “o guardião das
Leis Federais”, julgando a legalidade. É ele quem tem a última palavra
a respeito da aplicação das Leis Federais no país. Quando outros
tribunais proferirem decisões que contrariem Lei Federal, caberá
recurso ao STJ, guardião dessas leis. E esse recurso, será ordinário ou
especial?

O recurso ordinário do STJ está previsto no artigo 105, II da


Constituição Federal:

II - julgar, em RECURSO ORDINÁRIO:

a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais


Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais


Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando denegatória a decisão;

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c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de


um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

Já o recurso especial está previsto no artigo 105, III da Constituição


Federal:

III - julgar, em RECURSO ESPECIAL, as causas decididas, em única ou última


instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do
Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

Observe que “Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal” é caso de


Recurso Extraordinário no STF

x Contrariar ou negar vigência: STJ


x Declarar a inconstitucionalidade: STF

b) Julgar válido ATO de governo local contestado em face de lei federal;

Observe que “julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF”
é caso de Recurso Extraordinário no STF.

Além disso: “julgar válida LEI local contestada em face de lei federal” é também
caso de Recurso Extraordinário no STF.

Fique atento!

- Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF.

- LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF.

- ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.

c) Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

72. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) Segundo a Constituição


Federal, a competência para homologar sentenças estrangeiras é do

a) Chefe do Poder Executivo.

b) Superior Tribunal de Justiça.

c) Conselho Nacional de Justiça.

d) Supremo Tribunal Federal.

e) Congresso Nacional.

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Gabarito: B. De acordo com o art. 105, I, ”i”, essa competência é do


Superior Tribunal de Justiça. Quando um Tribunal estrangeiro profere
uma sentença, ela não é válida no Brasil. Para que isso ocorra, ela
deve ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.

73. (FCC - 2012 - TJ-PE - Técnico Judiciário) A Escola Nacional de Formação e


Aperfeiçoamento de Magistrados funciona junto ao

a) Ministério da Educação.

b) Conselho Nacional de Justiça.

c) Conselho da Justiça Federal.

d) Ministério da Justiça.

e) Superior Tribunal de Justiça.

Gabarito: E. Conforme o art. 105, par. único, funcionará junto ao STJ a


Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados,
cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais
para o ingresso e promoção na carreira.

74. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) Ticio, jurista de
notável saber jurídico, Desembargador do Poder Judiciário de um determinado
Estado da Federação será nomeado pelo Presidente da República para compor
o Superior Tribunal de Justiça se a sua escolha for aprovada pela maioria
absoluta

a) do Senado Federal e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo


Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

b) do Congresso Nacional e sua indicação recair em lista sêxtupla elaborada


pelo Supremo Tribunal Federal e entregue ao Presidente da República.

c) da Câmara dos Deputados e sua indicação recair em lista tríplice elaborada


pelo Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

d) do Senado Federal e sua indicação recair em lista sêxtupla elaborada pelo


Supremo Tribunal Federal e entregue ao Presidente da República.

e) do Congresso Nacional e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo


Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

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Gabarito: A. Lembre-se do esquema:

- No mín 33 Ministros
- Nomeados pelo Presidente da República
- Após aprovação da MA do Senado Federal
- Deve seguir i. 1/3 de juízes dos TRFs
ii. 1/3 de desembargadores dos TJEst
- STJ: Composição - Nos 2 primeiros casos, o próprio STJ elabora a lista
tríplice livremente e a envia ao Presidente da República,
que escolherá um.
iii. 1/3 divididos - 1/6 de advogados
entre - 1/6 de membros do MP Federal, estaduais e
do DF
- Nesse caso, cada instituição prepara lista sêxtupla e a
envia ao STJ, que elabora lista tríplice e envia ao PR
- Ao contrário do STF, os ministros do STJ devem ser bacharéis em Direito,
uma vez que serão ou magistrados, ou advogados ou membros do MP

75. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) Maximiliano, Governador de Estado,


foi acusado da prática de crime comum e preso, desejando ingressar
com habeas corpus para ser libertado, cujo remédio constitucional será
processado e julgado originariamente pelo

a) Tribunal Regional Eleitoral competente do seu Estado de origem.

b) Supremo Tribunal Federal.

c) Superior Tribunal de Justiça.

d) Tribunal de Justiça competente do seu Estado de origem.

e) Tribunal Superior Eleitoral.

Gabarito: C. Quando o paciente do Habeas Corpus for governador de


Estado, o Tribunal responsável pelo julgamento será o STJ (art. 105, I,
“c”).

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V. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E


JUÍZES FEDERAIS

1. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS

A Constituição estabelece que são órgãos da Justiça Federal: os Tribunais


Regionais Federais (TRFs) e os Juízes Federais (lembre-se que o juiz é um
órgão!).

Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes,


recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo
Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de
sessenta e cinco anos, sendo:

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva


atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com
mais de dez anos de carreira;

II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de


cinco anos de exercício, por antiguidade e merecimento,
alternadamente.

As competências dos Tribunais Regionais Federais, assim como as dos outros


tribunais, podem ser divididas em originárias (quando o processo nasce no
tribunal) e recursais (quando o processo nasce em outro órgão do Judiciário e
chegam ao tribunal por meio de recurso).

Compete ao TRF processar e julgar, originariamente:

a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da


Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de
responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou


dos juízes federais da região;

Lembre-se de a regra é que o próprio tribunal julga as revisões


criminais e ações rescisórias dos seus julgados.

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c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do


próprio Tribunal ou de juiz federal;

d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;

e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao


Tribunal;

f) nos crimes da competência da Justiça Federal, as autoridades


estaduais e municipais com foro especial por prerrogativa de função,
ou seja, deputados estaduais, prefeitos e secretários de estado – nos
crimes de competência da justiça federal (HC 80.612/PR e Súmula
702 STF).

Compete ainda, ao TRF processar e julgar, em grau de recurso, as causas


decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da
competência federal da área de sua jurisdição. Assim, via de regra, os recursos
das causas decididas pelos juízes federais são julgados pelo TRF, no entanto,
existem duas exceções:

1) No caso das causas em que forem partes Estado estrangeiro ou


organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa
residente ou domiciliada no País, o recurso será para o STJ e não para o
TRF (art. 105, II, “c”).

2) Os crimes políticos são julgados pelos juízes federais. No entanto, caso


haja recurso, ele não será julgado pelo TRF e sim pelo STF (art. 102, II,
“b”)

Sobre os TRFs, a Constituição Federal ainda nos traz três previsões:

1. A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais


Regionais Federais e determinará sua jurisdição e sede.

2. Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a


realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos
limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos
públicos e comunitários.

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3. Os TRFs poderão funcionar descentralizadamente, constituindo


Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do
jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Esquematizando:

o Composição - no mín 7 juízes - Recrutados, quando possível, na respectiva região


- Nomeados pelo Presidente da República
- Requisitos - Ser brasileiro
- Ter mais de 30 e menos de 65 anos
I – 1/5 dentre - Advogados com mais de 10 anos
de efetiva atividade profissional
- Membros do MPF com mais de
10 anos de carreira;
II - os demais, mediante promoção de juízes
federais com mais de 5 anos de exercício, por
antiguidade e merecimento, alternadamente.
o Competências a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Just.
Originárias Militar e da Just. do Trabalho, nos crimes comuns e de resp.,
(processar e e os membros do MPU, ressalvada a competência da Just. Eleitoral;
julgar) b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou
Tribunais Regionais

dos juízes federais da região;


Federais (TRFs)

c) os MS e os HD contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;


d) os HC, quando a autoridade coatora for juiz federal;
e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao
Tribunal;
f) Nos crimes da competência da Justiça Federal, as autoridades
estaduais e municipais com foro especial por prerrogativa de função
(deputados estaduais, prefeitos e secretários de estado – nos crimes
de competência da justiça federal) (HC 80.612/PR + Súmula 702
STF)
o Competências Recursais: as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes
estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição
o Informações gerais - Instalarão a justiça itinerante
- Poderão funcionar descentralizadamente, constituindo
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do
jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
o Jurisdição e sede: disciplinadas por lei
o Remoção ou permuta de juízes dos TRFs: disciplinadas por lei
o Justiça itinerante: com a realização de audiências e demais funções da atividade
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de
equipamentos públicos e comunitários.
o Funcionamento descentralizado: os TRFs poderão funcionar descentralizadamente,
constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso à justiça

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2. DOS JUÍZES FEDERAIS

As competências dos juízes federais estão elencadas no artigo 109 da


Constituição e são as seguintes:

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa


pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Observe que as Sociedades de Economia Mista não foram


elencadas pela CF, não sendo, portanto, de competência da justiça
federal.

II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e


Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;

Lembre-se que o recurso ordinário vai para o STJ e não para o TRF.

III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado


estrangeiro ou organismo internacional;

IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de


bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou
empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a
competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

No caso dos crimes políticos, o recurso ordinário vai para o STF e


não para o TRF.

V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando,


iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no
estrangeiro, ou reciprocamente;

V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º do art.


109 da CF;

Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, caso o Procurador-


Geral da República solicite ao STJ, pode ocorrer o deslocamento de um

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processo para a justiça federal. Caso ocorra esse deslocamento, quem


julgará o processo será um juiz federal. Falaremos desse deslocamento
um pouco a frente.

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos


determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem
econômico-financeira;

Observe que os crimes contra a organização do trabalho são


julgados pela justiça federal e não pela justiça do trabalho!

VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou


quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam
diretamente sujeitos a outra jurisdição;

VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de


autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais
federais;

IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a


competência da Justiça Militar;

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a


execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença
estrangeira, após a homologação, as causas referentes à
nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

Lembre-se de que quem concede o exequatur ou homologa as


sentenças estrangeiras é o STJ! Por outro lado, quem executa a
sentença estrangeira ou a carta rogatória são os juízes federais.

XI - a disputa sobre direitos indígenas.

Os juízes federais somente julgam as disputas indígenas nos casos em


que a controvérsia envolver direitos ou interesses indígenas típicos e
específicos. No caso de crimes ocorridos em reservas indígenas,
praticados por ou contra índios, sem vínculo com a etnicidade, a
competência será da justiça comum.*

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3. DO FORO DAS AÇÕES DE INTERESSE DA UNIÃO

As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde
tiver domicílio a outra parte. Já as causas intentadas contra a União
poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor,
naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou
onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

Além disso, as causas em que forem parte instituição de previdência


social e segurado serão processadas e julgadas na justiça estadual, no
foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, sempre que a comarca
não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei
poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela
justiça estadual.

Nesse caso, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional


Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau. Ademais este
benefício concedido pela Constituição aos segurados e beneficiários não
impede que os mesmos entrem com a ação nas varas federais da capital do
estado-membro.

Por fim, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o


Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o
cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos
humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior
Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente
de deslocamento de competência para a Justiça Federal. O
deslocamento dos crimes da justiça estadual para a federal é chamado de
federalização dos crimes contra os direitos humanos.

4. DAS VARAS E SEÇÕES JUDICIÁRIAS

Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que
terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido
em lei.

No caso dos Territórios Federais, caso sejam criados, a jurisdição e as


atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na
forma da lei.

Esquematizando:

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- Causas em que a União for autora: serão aforadas na seção judiciária onde
tiver domicílio a outra parte.
- Causas intentadas contra a União - Domicílio do autor
- Onde houver ocorrido o ato ou fato
que deu origem à demanda
- Onde esteja situada a coisa
- No Distrito Federal.
o Foro - Causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado:
Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos
segurados ou beneficiários, sempre que a comarca não seja sede de vara do
juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
- O recurso será sempre para o TRF
- O segurado pode optar por ajuizar a ação nas varas federais da
capital do estado-membro
- Se houver grave violação dos direitos humanos: o PGR, com a finalidade de
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de
direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior
Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para a Justiça Federal

o Seção judiciária - Cada Estado + o DF constituirá uma seção judiciária que terá por
sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo a lei.
- Nos Territórios, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes
federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

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EXERCÍCIOS

76. (CESPE - 2008 - SERPRO - Analista – Advocacia) Paulo, membro do Ministério


Público do Distrito Federal e Territórios, propôs procedimento investigatório
contra Francisco, visando apurar eventual prática de crime contra a ordem
tributária. Eventual crime de abuso de autoridade praticado por Paulo será
processado e julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região.

Certo. Conforme artigo 108 da CF, compete aos Tribunais Regionais


Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais
da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do
Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral. Lembre-se de que o MPDFT é um ramo do MPU.

77. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Área Administrativa) As causas


em que a Caixa Econômica Federal atue como autora ou ré, em processos
cíveis, deverão ser julgadas na justiça federal.

Certo. A Caixa Econômica Federal é uma empresa pública federal e tem


suas causas julgadas pela justiça federal. Observe que a justiça federal
não julga as causas das Sociedades de Economia Mista, somente das
empresas públicas (art. 109, I).

78. (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário – Economia) Juiz do trabalho em


exercício na comarca de Goiânia que cometer crime comum deverá ser julgado
pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região.

Certo. Conforme artigo 108: “Compete aos Tribunais Regionais


Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais
da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do
Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral”.

79. (CESPE - 2010 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência - Área de Direito) As


demandas de falência em que a União, entidade autárquica ou empresa pública
federal sejam interessadas devem ser processadas e julgadas pelos juízes
federais.

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Errado. Conforme artigo 109: “Aos juízes federais compete processar e


julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho”.

80. (CESPE - 2010 - MPU - Analista – Processual) Os tribunais regionais federais


podem funcionar de forma descentralizada, constituindo Câmaras regionais,
como forma de assegurar a plenitude do acesso à justiça.

Certo. Conforme artigo 107, § 3º. Esta é uma importante previsão que
tem o intuito de ampliar o acesso à justiça.

81. (CESPE - 2008 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de


Mandados) Compete à justiça federal julgar as causas em que for parte o
Banco do Brasil S.A., tendo em vista que essa é uma instituição financeira
federal.

Errado. Não compete à justiça federal julgar causas em que sociedades


de economia mista, como o Banco do Brasil, forem parte: apenas
União, autarquias e empresas públicas (art. 109, I).

82. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Os Tribunais Regionais


Federais compõem-se de, no mínimo,

a) sete juízes.

b) vinte juízes.

c) quinze juízes.

d) doze juízes.

e) dez juízes.

Gabarito: A. De acordo com o art. 107 da Constituição, os Tribunais


Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo
Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos
de sessenta e cinco anos.

83. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Os juízes federais

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a) julgam as causas em que a União é interessada na condição de autora, ré,


assistente ou oponente, inclusive as de falência e de acidentes de trabalho.

b) gozam das garantias da estabilidade, inamovibilidade e irredutibilidade de


subsídio, após um ano de efetivo exercício.

c) podem exercer advocacia no juízo do qual tenham se afastado em virtude


de aposentadoria, desde que decorridos três anos do afastamento.

d) julgam os mandados de segurança contra ato de Ministro de Estado e dos


Tribunais de Contas da União.

e) podem exercer atividade político-partidária, nas hipóteses previstas em lei.

Gabarito: C.

Item A – ERRADO. Falência e acidentes de trabalho são exceções


previstas no art. 109, I, que define as competências dos Juízes
Federais.

Item B – ERRADO. A assertiva contém dois erros: Os juízes gozam das


garantias da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de
subsídio. Além disso, a vitaliciedade é adquirida após dois anos de
efetivo exercício.

Item C – CERTO. Esta é a condição para o Juiz aposentado ou


exonerado: Só poderá advogar junto ao seu tribunal de origem após o
decurso de três anos do seu afastamento. Esse prazo é denominado
“quarentena”.

Item D – ERRADO. Os mandados de segurança contra ato de Ministros


de Estado serão julgados pelo STJ, conforme art. 105, I, “b”. Em
relação a ato do TCU, quem julga o MS é o STF (art. 102, I, “d”).

Item E – ERRADO. Não há exceções para essa proibição! A Constituição


proíbe a atividade político-partidária para os juízes.

84. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Tecnologia da


Informação) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no máximo, sete
juízes nomeados pelo Presidente do Congresso Nacional dentre brasileiros
natos com mais de trinta e menos de sessenta anos de idade.

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Errado. Conforme o artigo 107, Os Tribunais Regionais Federais


compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível,
na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre
brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos. Além
disso, não é necessário que o brasileiro seja nato.

85. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário) Um quinto dos lugares dos
Tribunais Regionais Federais será composto por membros do Ministério Público
com mais de

a) dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de


reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista elaborada pelos órgãos de representação das respectivas
classes, contendo dois nomes de seus integrantes.

b) cinco anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de


reputação ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas
classes.

c) cinco anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de


reputação ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profi sional,
indicados em lista tríplice pelos órgãos de representação das respectivas
classes.

d) sete anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de


reputação ilibada, com mais de sete anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas
classes.

e) dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de


reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas
classes.

Gabarito: E. Essa é a famosa regra do quinto Constitucional, que se


aplica aos TRFs, Tribunais Estaduais, TST e TRTs. A alternativa E é a
única que traz corretamente o disposto no art. 94 da Constituição, que
estipula esta regra. Vamos revisar:

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x Quintoconstitucional Ͳ Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público
participemdacomposiçãodosTribunais
Ͳ1/5dosmembrosdoTRFs,dosTJEst,TSTeTRTsserãomembrosdoMP
commaisde10anosdecarreiraouadvogadoscomnotóriosaberjurídico,
reputaçãoilibadaemaisde10anosdeatividade
ͲIndicadosemlistasêxtuplapelosórgãosrepresentativosdasrespectivas
classes
ͲOTribunalrecebealistasêxtuplaeelaboraalistatríplice
ͲOExecutivoescolheum(dalistatríplice)em20dias
ͲNãovaleparaosmembrosdosTribunaissuperiores(excetoTST).Valendo
somentepara ͲTST
ͲTRT
ͲTRF
ͲTJEst

86. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Dentre outras, NÃO é
competência dos juízes federais, processar e julgar

a) contravenções penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou


interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas.

b) causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou


pessoa domiciliada ou residente no País.

c) mandado de segurança e habeas data contra ato de autoridade federal,


excetuados casos de competência dos tribunais federais.

d) disputa sobre direitos indígenas.

e) causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à


naturalização.

Gabarito: A. Olha a pegadinha! O próprio inciso IV do art. 109 exclui as


contravenções da competência dos Juízes Federais. Neste caso, eles
processam e julgam somente as infrações. Todas as outras
alternativas estão de acordo com este mesmo artigo da Constituição
Federal.

87. (FCC - 2009 - TJ-AP - Analista Judiciário) Aos juízes federais compete julgar,
dentre outras,

a) as causas de falência em que a União, entidade autárquica ou empresa


pública federal sejam interessadas.

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b) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo


internacional, de um lado, e, de outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País.

c) as causas relativas à grave violação de direitos humanos, com o objetivo de


assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais
de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte.

d) todas as causas em que forem partes, de um lado, autarquia federal de


previdência e, de outro, o segurado ou beneficiário.

e) os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, desde que o


início da execução e o resultado tenham ocorrido no Brasil.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. Falência é uma das exceções previstas no art. 109,


I, que define as competências dos Juízes Federais.

Item B – CERTO. Causas em que forem partes Estado estrangeiro ou


organismo internacional, de um lado, e, de outro, Município ou pessoa
residente ou domiciliada no País serão de competência dos Juízes
Federais. Lembre-se de que o recurso vai ao STJ!

Item C – ERRADO. Somente em caso de deslocamento da ação para a


esfera federal será a violação de direitos humanos julgada por Juiz
Federal. Esse deslocamento deverá ser provocado pelo Procurador-
Geral da República junto ao STJ.

Item D – ERRADO. O art. 109, § 3º nos diz que: “Serão processadas e


julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou
beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência
social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do
juízo federal”. Dessa forma, os juízes federais não julgam todas as
causas em que forem partes, de um lado, autarquia federal de
previdência e, de outro, o segurado ou beneficiário.

Item E – Vamos ver a redação correta da Constituição sobre esse


assunto? O art. 109 afirma que compete aos juízes federais julgar: “V -
os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando,
iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido
no estrangeiro, ou reciprocamente”.

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88. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário) Os Tribunais Regionais


Federais compõem-se de, no

a) máximo, sete juízes nomeados pelo Presidente do Congresso Nacional


dentre brasileiros natos com mais de trinta e menos de sessenta anos de
idade.

b) mínimo, nove juízes nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal


dentre brasileiros natos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
cinco anos de idade.

c) mínimo, cinco juízes nomeados pelo Presidente do Superior Tribunal de


Justiça dentre brasileiros natos ou naturalizados, com mais de trinta e cinco e
menos de sessenta anos de idade.

d) mínimo, sete juízes nomeados pelo Presidente da República dentre


brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.

e) máximo, nove juízes nomeados pelo Presidente do Conselho Nacional de


Justiça dentre brasileiros natos com mais de trinta e cinco e menos de setenta
anos de idade.

Gabarito: D. De acordo com o art. 107 da Constituição, os Tribunais


Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes nomeados
pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e
menos de sessenta e cinco anos de idade.

89. (FCC - 2006 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Conforme alteração


trazida pela Emenda Constitucional no 45, nas hipóteses de grave violação de
direitos humanos, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil
seja parte, o

a) Presidente do Supremo Tribunal Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal


de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para o Superior Tribunal de Justiça.

b) Procurador-Geral da República, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal


de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para a Justiça Federal.

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c) Presidente do Superior Tribunal de Justiça, poderá suscitar, perante o


Tribunal Regional Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para o Supremo Tribunal Federal.

d) Advogado-Geral da União, poderá suscitar, perante o Supremo Tribunal


Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento
de competência para o Tribunal Regional Federal.

e) Presidente do Tribunal Regional Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal


de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para o próprio Tribunal Regional Federal.

Gabarito: B. Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o


Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o
cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de
direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar,
perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito
ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça
Federal. O deslocamento dos crimes da justiça estadual para a federal
é chamado de federalização dos crimes contra os direitos humanos.

90. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Compete aos Tribunais
Regionais Federais processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns, os

a) membros dos Tribunais de Contas do Estado e do Distrito Federal.

b) Juízes do Trabalho da área de sua jurisdição.

c) Governadores dos Estados.

d) Desembargadores dos Tribunais de Justiça.

e) membros dos Tribunais de Contas do Município.

Gabarito: B. Segundo o art. 108, I, “a”, “compete aos Tribunais


Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes
federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da
Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os
membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral.” As demais competências são do STJ.

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VI. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO

Meus caros alunos e futuros Analistas da Área Jurídica do Poder Judiciário, a


justiça do trabalho possui três tipos de órgãos, segundo a CF:

1. Tribunal Superior de Trabalho (TST)


2. Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs)
3. Juízes do Trabalho

1. DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST)

Segundo a Constituição Federal, o TST é composto de vinte e sete Ministros,


escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos,
nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria
absoluta do Senado Federal, sendo:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva


atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com
mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
(o famoso quinto constitucional).

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho,


oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal
Superior (TST).

A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. Além


disso, funcionarão junto ao TST:

a) Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados


do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os
cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira

b) Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na


forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e
patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como
órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

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2. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO (TRTs)

A Constituição Federal diz que os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se


de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva
região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com
mais de 30 e menos de 65 anos.

Idade mínima do TST: 35 anos


Idade mínima dos TRTs: 30 anos
Idade máxima para os dois: 65 anos

Além disso, a composição dos TRTs observará o seguinte:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva


atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com
mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
(o famoso quinto constitucional).

II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por


antiguidade e merecimento, alternadamente.

Os TRTs instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e


demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

Além disso, eles poderão funcionar descentralizadamente, constituindo


Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à
justiça em todas as fases do processo.

Por fim, nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.

Esquematizando:

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Dos Tribunais e juízes do Trabalho

x Órgãos da Justiça do Trabalho - TST


- TRTs
- Juízes do Trabalho

- 27 Ministros
- Brasileiros (natos ou naturalizados)
- Idade: Mín 35 e Máx 65 anos
- Nomeação: PR
- Aprovação: MA do SF
TST

- Composição - 1/5: dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade


profissional e membros do MP do Trabalho com mais de 10 anos de
efetivo exercício
- 4/5: dentre juízes dos TRTs, oriundos da magistratura da carreira,
indicados pelo próprio TST
- Competência: a lei disporá
- Funcionarão junto ao TST - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras
funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e
promoção na carreira

- Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe


exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa,
orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do
Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central
do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante

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- No mín 7 juízes
- Recrutados, quando possível, na respectiva região
- Brasileiros (nato ou naturalizado)
- Idade: Min 30 e Max 65 anos (TST é min 35!)
- Nomeação: PR
- Composição - 1/5: dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade
profissional e membros do MP do Trabalho com mais de 10 anos de
TRTs

efetivo exercício
- 4/5: dentre juízes do trabalho, alternadamente, por antiguidade e
merecimento.
- Justiça itinerante - Os TRTs instalarão a justiça itinerante
- Realização de audiências e demais funções de atividade
jurisdicional
- Nos limites territoriais da respectiva jurisdição (fora dos limites
não)
- Servindo-se de equipamentos públicos e comunitários
- Funcionamento descentralizado: os TRTs poderão funcionar descentralizadamente,
constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à
justiça em todas as fases do processo
- Varas do Trabalho: a jurisdição será exercida por um juiz singular

x O quinto constitucional se aplica ao TST e ao TRT!

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3. COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO E DEMAIS


OBSERVAÇÕES

Para esse último tema, vamos de esquema!

Competências da Justiça do Trabalho:


Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
x Não alcança os servidores públicos (justiça federal, se forem da U...)
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores;
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à sua jurisdição;
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art.
102, I, o;
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho;
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

- A justiça do trabalho NÃO JULGA AÇÕES PENAIS! (ADI 3.684/DF)


- Crimes contra a organização do trabalho: justiça FEDERAL!

Demais observações:
- Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
- Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas,
de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho
decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as
convencionadas anteriormente.
- Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho
decidir o conflito.

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EXERCÍCIOS

91. (FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário) No que se refere aos
Tribunais e Juízes do Trabalho, é correto afirmar:

a) Cabe ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho regulamentar os cursos


oficiais para o ingresso e promoção na carreira, bem como exercer, na forma
da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da
Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do
sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

b) Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é


facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as
convencionadas anteriormente.

c) Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove


juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo
Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de
sessenta e cinco anos.

d) São órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho, os


Tribunais Regionais do Trabalho, as Juntas de Conciliação e Julgamento e os
Juízes do Trabalho.

e) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros,


escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
maioria absoluta do Congresso Nacional.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. A questão estaria perfeita se não tivesse incluído a


competência de “regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e
promoção na carreira”, que é da Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, de acordo com o art.
111-A, §2º, I.

Item B – CERTO. É a literalidade do §2º do art. 114.

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Item C – ERRADO. O único erro está no número de membros dos TRTs,


que é de, no mínimo, sete, de acordo com o art. 115 da Constituição.

Item D – ERRADO. A Emenda Constitucional nº 45 de 2004 retirou as


Juntas de Conciliação e Julgamento da Constituição Federal. Restaram
os seguintes órgãos da Justiça do Trabalho (art. 111):

I - o Tribunal Superior do Trabalho;


II - os Tribunais Regionais do Trabalho;
III - Juizes do Trabalho.

Item E – ERRADO. Olha a maldade da banca! Os Ministros do TST,


assim como diversas outras autoridades, devem ser previamente
aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal. Vamos ficar
atentos, hein!

92. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário) Sobre os Tribunais
Regionais do Trabalho,

a) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados, quando possível, na


respectiva região, e nomeados pelo Senado Federal dentre brasileiros com
mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta anos.

b) instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais


funções de atividade jurisdicional, além dos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

c) funcionarão apenas centralizadamente, sendo vedada a constituição de


Câmaras regionais, com o fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à
justiça em todas as fases do processo de forma igualitária para, assim, não
haver disparidades entre casos de regiões distintas.

d) compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na


respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

e) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados, quando possível, na


respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do
Trabalho dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de
sessenta anos.

Gabarito: D.

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Itens A e E – ERRADOS. Estão repletos de erros. É mais fácil


transcrevermos corretamente o art. 115 da Constituição: “Os Tribunais
Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo
Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos
de sessenta e cinco anos”. Note que não há aprovação do Senado
Federal para membros dos TRTs (para o TST existe).

Item B – ERRADO. Os tribunais regionais do trabalho instalarão a


justiça itinerante dentro dos limites territoriais da respectiva
jurisdição, conforme o art. 115, §1º.

Item C – ERRADO. Exatamente ao contrário. A Constituição prevê o


funcionamento descentralizado da justiça do trabalho, com a
constituição de câmaras regionais, conforme o art. 115, § 2º.

Item D – CERTO. Perfeitamente de acordo com o art. 115.

93. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) O Tribunal
Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos,
nomeados pelo Presidente da República após aprovação

a) do Ministério Público Federal.

b) por dois terços da Câmara dos Deputados.

c) por dois terços de ambas as Casas do Congresso Nacional.

d) pela maioria absoluta do Senado Federal.

e) do Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

Gabarito: D. Questão de graça, pessoal! Quem aprova a indicação dos


Ministros do TST, além de diversas outras autoridades? O Senado
Federal, sempre por maioria absoluta.

94. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) Segundo a
Constituição Federal, quanto aos Tribunais Regionais do Trabalho, é correto
afirmar:

a) Não poderão funcionar centralizadamente.

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b) Poderão funcionar descentralizadamente.

c) O funcionamento descentralizado está autorizado por Lei complementar.

d) O funcionamento centralizado está autorizado por Lei complementar.

e) Os funcionamentos centralizado e descentralizado estão autorizados por


meio de lei ordinária.

Gabarito: B. A própria Constituição prevê o funcionamento


descentralizado da justiça do trabalho, com a constituição de câmaras
regionais, conforme o art. 115, § 2º.

95. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) Sobre os Tribunais
Regionais do Trabalho,

a) são compostos por dois quintos dentre advogados com mais de quinze anos
de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho
com mais de quinze anos de efetivo exercício.

b) compõem-se de no mínimo sete juízes recrutados obrigatoriamente na


mesma jurisdição do respectivo Tribunal, e nomeados pelo Presidente do
Tribunal Superior do Trabalho, dentre brasileiros com mais de trinta e menos
de sessenta anos.

c) compõem-se de no mínimo sete juízes recrutados, quando possível, na


respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

d) são compostos por um quinto de Juízes do Trabalho nomeados pelo


Presidente da República e quatro quintos de Juízes do Trabalho por antiguidade
e merecimento, alternadamente.

e) instalarão a justiça itinerante, com a realização apenas de audiências, sendo


que as demais funções serão exercidas obrigatoriamente na sede do Tribunal,
sob pena de ferir a segurança jurídica e nulidade dos atos processuais
praticados.

Gabarito: C.

Item A – ERRADO. Olha o nosso querido quinto constitucional


aparecendo! Lembram-se dele? Vamos ver um esquema para
relembrar:

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- Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público


participem da composição dos Tribunais
- 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros
do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório
saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade
x Quinto constitucional - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das
respectivas classes
- O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice
- O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias
- Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST).
Valendo somente para - TST
- TRT
- TRF
- TJEst

Item B – ERRADO. Dois erros no item: não há obrigatoriedade, e sim


preferência em relação ao recrutamento de juízes na respectiva região.
Além disso, a nomeação é feita pelo Presidente da República.

Item C – CERTO. Lembre-se da diferença na idade mínima entre os


juízes de TRT (30 anos) e os Ministros do TST (35 anos). Não há
diferença para a idade máxima para nomeação, que é de 65 anos.

Item D – ERRADO. Um quinto dos membros dos TRTs será composto


por membros do MP e advogados, conforme regra do quinto
constitucional explicada acima. Os demais membros serão nomeados
mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e
merecimento, alternadamente.

Item E – ERRADO. Segundo o §1º do art. 115, os TRTs instalarão a


justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de
atividade jurisdicional.

96. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) Nos termos da
Constituição Federal, em caso de greve em atividade essencial, com
possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho
poderá ajuizar

a) ação anulatória de contrato de trabalho.

b) ação declaratória de relação jurídica entre empregado e empregador.

c) dissídio individual.
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d) dissídio coletivo.

e) reclamação trabalhista de rescisão indireta do contrato de trabalho.

Gabarito: D. De acordo com o art. 114, § 3º: “Em caso de greve em


atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo,
competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.”

97. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) Conforme determina
a Constituição Federal, ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho, compete
exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira
e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como

a) entidade separada e independente, cujas decisões serão revisadas na


Justiça do Trabalho.

b) órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

c) ente da administração pública direta, cujas decisões não serão revisadas


pelo Supremo Tribunal Federal.

d) ente subordinado diretamente ao Supremo Tribunal Federal, que presta


contas ao Senado Federal.

e) ente subordinado diretamente ao Supremo Tribunal Federal, que presta


contas ao Tribunal de Contas da União.

Gabarito: B. Conforme o art. 111-A, § 2º, II: “o Conselho Superior da


Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão
administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do
Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema,
cujas decisões terão efeito vinculante.”

98. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) No tocante ao
Tribunal Superior do Trabalho,

a) vinte e sete Ministros serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais
do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio
Tribunal Superior do Trabalho.

b) compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com


mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo

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Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta da Câmara dos


Deputados Federais.

c) dois sextos dos Ministros serão escolhidos entre advogados com mais de
quinze anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público
do Trabalho com mais de quinze anos de efetivo exercício.

d) a lei disporá sobre a sua competência, sendo que funcionará junto ao


Tribunal Superior do Trabalho a Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras
funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na
carreira.

e) vinte e sete Ministros serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais
do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo Supremo
Tribunal Federal.

Gabarito: D. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de


Magistrados do Trabalho, de fato, funciona junto ao TST e cabe-lhe,
dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso
e promoção na carreira.

Além disso, O TST compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos


dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo
Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do
Senado Federal, sendo

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva


atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho
com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no
art. 94;

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho,


oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal
Superior.

99. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário) O Tribunal Superior
do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos,
nomeados pelo Presidente da República após aprovação

a) da Comissão Nacional de Justiça.

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b) do Procurador Geral da República.

c) pela maioria absoluta do Senado Federal.

d) do Presidente do Supremo Tribunal Federal.

e) do Advogado Geral da União.

Gabarito: C. Questão de graça, pessoal! Quem aprova a indicação dos


Ministros do TST, além de diversas outras autoridades? O Senado
Federal, sempre por maioria absoluta.

100. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário) No que se refere aos
Tribunais e Juízes do Trabalho, é certo que

a) os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente


e constituir Câmaras regionais.

b) o Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de trinta e três Ministros e não


tem o quinto constitucional.

c) funcionarão junto aos Tribunais Regionais do Trabalho as Escolas Nacionais


de Magistrados do Trabalho.

d) a ação de indenização por danos morais, ainda que decorrente do trabalho,


é competência dos juízes federais.

e) nas Vara do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juízo coletivo.

Gabarito: A

Item A – CERTO. Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão


funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim
de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as
fases do processo.

Item B – ERRADO. O TST é composto por 27 ministros e possui, sim, o


quinto constitucional.

Item C – ERRADO. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento


de Magistrados do Trabalho (é uma só escola!) funcionará junto ao
TST.

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Item D – ERRADO. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as


ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da
relação de trabalho.

Item E – ERRADO. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida


por um juiz singular.

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VII. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS

A Constituição Federal traz as disposições relativas à justiça eleitoral do artigo


118 ao 121. Segundo a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), os Juízes Eleitorais e
as Juntas Eleitorais.

1. DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

O Tribunal Superior Eleitoral é o órgão máximo da justiça eleitoral no Brasil.


Ele é composto de, no mínimo, sete membros, escolhidos da seguinte
maneira:

- Eleitos por voto secreto - 3 juízes dentre os Ministros do STF


- 2 juízes dentre os Ministros do STJ
- Nomeados pelo 2 juízes, dentre 6 advogados - indicados pelo STF
Presidente da - idoneidade moral
República - notável saber jurídico

A Constituição ainda estabelece que o TSE elegerá seu Presidente e o Vice-


Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor
Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Por fim, a Carta Magna estabelece que as decisões do TSE são irrecorríveis,
salvo se contrariarem a Constituição e as denegatórias de habeas-corpus ou
mandado de segurança.

Esquematizando:
x São órgãos da Justiça eleitoral - Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
- Tribunais Regionais Eleitorais (TREs)
- Juízes eleitorais
- Juntas eleitorais
o Composição - No mín. 7 membros
- Eleitos por voto secreto - 3 juízes dentre os Ministros do STF
Tribunal Superior

- 2 juízes dentre os Ministros do STJ


Eleitoral (TSE)

- Nomeados 2 juízes, dentre 6 advogados - indicados pelo STF


pelo PR - idoneidade moral
- notável saber jurídico
o Autoridades - Presidente e Vice-Presidente do TSE: entre os Ministros do STF
- Corregedor Eleitoral: entre os Ministros do STJ
o Decisões do TSE - São irrecorríveis
- Salvo - as que contrariarem a CF
- as denegatórias de HC ou MS
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2. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS

Na organização do Judiciário, abaixo do TSE estão os Tribunais Regionais


Eleitorais (TREs). A Constituição estabelece que haverá um TRE na Capital de
cada Estado e no DF.

Os Tribunais Regionais Eleitorais são compostos da seguinte forma:

o - Eleitos por voto secreto - 2 juízes dentre os desembargadores do TJ


- 2 juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo TJ
o 1 juiz do TRF com sede na Capital do Estado ou no DF, ou, não havendo, de juiz federal,
escolhido, em qualquer caso, pelo TRF respectivo.
o Nomeados pelo Presidente da República: 2 juízes dentre 6 advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ.

A Constituição ainda estabelece que os TREs elegerão seu Presidente e o Vice-


Presidente dentre os desembargadores que o compõem.

Finalmente, somente caberá recurso das decisões dos Tribunais Regionais


Eleitorais quando:

I - forem proferidas contra disposição expressa da CF ou de lei;

II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;

III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou


estaduais; (municipais não!)

Observe que não estão elencadas as eleições municipais.

IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;


(municipais não!)

Observe que não estão elencadas as eleições municipais.

V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção

Esquematizando:

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o Haverá um TRE na Capital de cada Estado e no DF


o Composição - Eleitos por voto secreto - 2 juízes dentre os desembargadores do TJ
- 2 juízes, dentre juízes de direito,
escolhidos pelo TJ
Tribunal Regional
Eleitoral (TRE)

- 1 juiz do TRF com sede na Capital do Estado ou no DF, ou, não


havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo TRF
respectivo
- Nomeados pelo PR: 2 juízes dentre 6 advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ
o Autoridades: Presidente e o Vice-Presidente do TRE eleitos dentre os
desembargadores
o Decisões do TREs: somente caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa da CF ou de lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais
eleitorais;
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições
federais ou estaduais; (municipais não)
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou
estaduais; (municipais não)
V - denegarem HC, MS, HD ou MI

3. DOS TRIBUNAIS, JUÍZES DE DIREITO E JUNTAS ELEITORAIS

Quanto aos tribunais, juízes de direito e juntas eleitorais, a Constituição versa


que serão organizados por Lei Complementar e seus membros, no exercício
de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e
serão inamovíveis.

Já os juízes dos tribunais eleitorais servirão por, no mínimo dois anos e no


máximo dois biênios consecutivos, salvo motivo justificado e seus
substitutos são escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em
número igual para cada categoria.

Esquematizando:
o LC disporá sobre a sua organização
Tribunais, juízes de

o No exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias
direito e juntas

e serão inamovíveis
eleitorais

o Juízes dos tribunais eleitorais - Servirão por - no mín 2 anos


- no max 2 biênios consecutivos
- salvo motivo justificado
- Os substitutos são escolhidos na mesma ocasião e
pelo mesmo processo, em número igual para cada
categoria
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EXERCÍCIOS

101.(CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça) Com relação à composição e


às atribuições do TSE, o corregedor-geral eleitoral deve ser um ministro
oriundo do MPF.

Errado. A Constituição estabelece que o corregedor eleitoral deve ser


um ministro do STJ, conforme parágrafo único do art. 119.

102.(CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça) Com relação à composição e


às atribuições do TSE, o procurador-geral deve ser um ministro indicado pelo
STJ.

Errado. A Constituição estabelece que o CORREGEDOR eleitoral deve


ser um ministro do STJ e não o procurador-geral.

103.(CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça) Com relação à composição e


às atribuições do TSE, o vice-presidente do TSE deve sempre ser ministro do
STF.

Certo. Conforme o parágrafo único do artigo 119: “O Tribunal Superior


Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os
Ministros do Supremo Tribunal Federal”.

104.(CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça) Com relação à composição e


às atribuições do TSE, o MPF deve indicar dois ministros do TSE.

Errado. O MPF não indica nenhum ministro do TSE. Aliás, não há na


composição deste tribunal nenhum membro do Ministério Público.
Confira a composição do TSE:

o Composição - No mín. 7 membros


- Eleitos por voto secreto - 3 juízes dentre os Ministros do STF
- 2 juízes dentre os Ministros do STJ
- Nomeados 2 juízes, dentre 6 advogados - indicados pelo STF
pelo PR - idoneidade moral
- notável saber jurídico

105.(CESPE - 2007 - TRE-AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Os


presidentes do TSE e dos TREs são escolhidos entre os seus membros, na
forma do respectivo regimento interno, por eleição, com voto secreto, para um

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mandato de dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios


consecutivos.

Errado. A questão tentou confundir o candidato com os juízes dos


tribunais eleitorais, que, salvo motivo justificado, servirão por dois
anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. O
presidente do TSE será eleito entre os ministros do STF que o
compõem e os presidentes dos TREs serão eleitos dentre os
desembargadores que o compõem.

106.(CESPE - 2007 - TRE-AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Na


composição dos TREs, uma das vagas é destinada à justiça federal e poderá
ser ocupada por um juiz federal substituto.

Certo. A Constituição estabelece que, dentre os juízes dos TREs,


haverá um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do
Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de JUIZ FEDERAL,
escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal
respectivo. O juiz federal substituto é o primeiro nível da carreira de
juiz federal.

107.(CESPE - 2007 - TRE-AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) A


organização e funcionamento das juntas eleitorais não é matéria reservada à
lei complementar.

Errado. A Constituição estabelece expressamente em seu artigo 121


que “Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.”

108.(CESPE - 2007 - TRE-AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) No


que se refere à matéria eleitoral, compete ao TSE conhecer e julgar os
conflitos de competência entre um TRE e o tribunal de justiça estadual.

Errado. O artigo 105 da CF estabelece que “Compete ao Superior


Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o


disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não
vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos.”
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109.(CESPE - 2009 - TRE-PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas) A justiça


eleitoral é formada pelo TSE, por um TRE em cada estado e no DF, pelas
juntas eleitorais e pelos juízes eleitorais.

Certo. É a cópia do artigo 118 da CF, combinado com o artigo 120:


“São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral;


II - os Tribunais Regionais Eleitorais;
III - os Juízes Eleitorais;
IV - as Juntas Eleitorais.

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada


Estado e no Distrito Federal.”

110.(CESPE - 2009 - TRE-MA - Analista Judiciário - Área Administrativa) As juntas


eleitorais, embora prestem importante assessoria ao trabalho dos juízes
eleitorais, não são consideradas órgãos da justiça eleitoral strictu sensu, por
serem formadas ordinariamente apenas por ocasião da realização de alguma
eleição, sendo desfeitas logo a seguir.

Errado. A Constituição estabelece expressamente no artigo 118 que as


juntas eleitorais são órgãos da justiça eleitoral.

111.(CESPE - 2009 - TRE-MA - Analista Judiciário - Área Administrativa) O TSE é


composto por apenas sete ministros, dos quais, três são ministros do STF e
dois, ministros do STJ, escolhidos mediante declaração de voto pelos seus
pares que têm assento no órgão especial das respectivas cortes, portanto, os
ministros mais antigos.

Errado. A Constituição estabelece que o TSE é composto por no mínimo


sete membros. Além disso, três dos seus juízes serão eleitos por voto
secreto dentre os Ministros do STF e dois entre os Ministros do STJ.

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VIII. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS

Meus caros Analistas da Área Jurídica do Poder Judiciário, em concursos


públicos, as questões mais cobradas de poder judiciário são relativas às
disposições gerais e ao STF. Em menor número, são cobradas questões
relativas ao STJ e, em menor número ainda, as relativas aos Tribunais de
Justiça Estaduais. Mas, para gabaritarmos a prova de Direito Constitucional e
vermos todos os pontos do seu edital, vamos nessa!

A competência do judiciário estadual é residual, cabendo a ele todas as


competências que não estão expressamente destinadas a outros órgãos do
Judiciário.

Dessa forma, a competência dos tribunais será definida na Constituição


do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do
Tribunal de Justiça. Lembre-se que a iniciativa privativa não impede os
parlamentares estaduais de emendarem o Projeto de Lei.

Observe também que o quinto constitucional se aplica aos Tribunais de


Justiça Estaduais. Assim, um quinto da composição desses tribunais deve ser
de advogados e membros do Ministério Público.

Observações sobre os Tribunais de Justiça Estaduais:

x A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça,


a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes
de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio
Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que
o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.

Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos


Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra
atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a
vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do
posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar,


singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações
judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de

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Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais


crimes militares.

x O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente,


constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do
jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

x O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de


audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites
territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos
públicos e comunitários.

x Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a


criação de varas especializadas, com competência exclusiva para
questões agrárias.

x Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-


se-á presente no local do litígio.

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EXERCÍCIOS

112.(FCC/Procurador do Município de São Paulo/2008) O Prefeito de Município será


processado e julgado pela prática de crimes comuns perante o Tribunal de
Justiça do Estado.

Certo. Conforme art. 29, X da Constituição.

113.(FCC/Prefeitura Recife/Procurador Judicial/2008) De acordo com a Constituição


Federal, compete originariamente ao Tribunal de Justiça julgar o Prefeito pela
prática de crimes comuns, ainda que possam se enquadrar na competência da
Justiça Federal.

Errado. Quem julga o prefeito pelos crimes comuns da competência


estadual é o Tribunal de Justiça Estadual. No entanto, se o crime se
enquadrar como federal ou eleitoral, quem julga é o TRF ou o TRE.

114.(Cespe/STJ/Técnico/2008) Se um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado


do Paraná cometer um crime de responsabilidade, não poderá ser processado
e julgado pelo tribunal de justiça daquele estado.

Certo. Quem julga os membros dos Tribunais de Constas Municipais,


tanto nos crimes comuns quanto nos de responsabilidade é o STJ
conforme artigo 105, I, “a”.

115.(ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Só é possível a criação


de Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo da polícia militar
seja superior a vinte mil integrantes.

Errado. Nessa questão a Esaf mostrou o seu veneno!! A criação da


Justiça Militar Estadual somente é possível nos Estados em que o
efetivo militar (não da polícia militar) seja superior a vinte mil
integrantes.

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Meus caros Analistas da Área Jurídica do Poder Judiciário, chegamos ao final de


nossa aula de hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples,
procurando entender o espírito das normas e não apenas decorando
informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA
SOFISTICAÇÃO (Leonardo da Vinci).

Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é
bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

Abraços a todos e até a próxima aula.

Roberto Troncoso

Se você acha que pode ou se você acha que não


pode, de qualquer maneira, você tem razão.
(Henry Ford)

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IX. QUESTÕES DA AULA

Do Poder Judiciário – Disposições gerais

1. (CESPE/DPE-ES/2009) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo


vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, devendo ainda haver juízes em
plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal.

2. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Os servidores do Poder Judiciário não poderão


receber delegação para a prática de atos de administração e atos de mero
expediente sem caráter decisório, já que a função jurisdicional é indelegável.

3. (CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) A Emenda Constitucional n.º 45, que implantou
a reforma do Poder Judiciário, confirmou o entendimento do CNJ de
estabelecer férias coletivas para os juízes e membros dos tribunais de segundo
grau.

4. (CESPE/Tecnico/TRE/ES/2011) Constitui função típica do Poder Judiciário a


função jurisdicional.

5. (CESPE/TRT-17ª/2009) Compete ao presidente do TRT encaminhar projeto de


lei ordinária ao Congresso Nacional cujo objeto seja a instituição de novo plano
de cargos e salários dos servidores daquele tribunal.

6. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com a CF, lei estadual pode criar


a justiça militar estadual, mediante iniciativa parlamentar.

7. (CESPE/STF/Analista Judiciário/Contabilidade/2008) Um tribunal, ao elaborar


seu regimento interno, exerce uma função atípica legislativa.

8. (CESPE/ Contador /STF/2008) O STF tem jurisdição em todo o território


nacional.

9. (CESPE/Técnico de Atividade Judiciária/TJ/RJ/2008) O CNJ é órgão do Poder


Judiciário.

10. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A promoção dos juízes, que ocorre de


entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, é
obrigatória para juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas
em lista de merecimento, desde que o juiz tenha dois anos de exercício na
respectiva entrância e integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade
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desta, salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago. Por
outro lado, não deve ser promovido o juiz que, mesmo preenchendo tais
requisitos, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal,
não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

11. (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário) Sobre o Poder Judiciário é correto
afirmar:

a) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre


o Estatuto da Magistratura.

b) Um sexto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais será composto de


membros do Ministério Público e de advogados, indicados em lista quíntupla
pelos órgãos de representação das respectivas classes.

c) Os juízes gozam de vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida


após cinco anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de
deliberação do Supremo Tribunal Federal.

d) Somente pelo voto de um terço de seus membros ou dos membros do


respectivo órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo do Poder Público.

e) A União, o Distrito Federal, os Territórios e os Estados criarão a justiça de


paz, remunerada, composta de cidadãos indicados pelo Congresso Nacional,
com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar
casamentos.

12. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) Aos Juízes é vedado o exercício da
advocacia no

a) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento


do cargo por exoneração.

b) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do


cargo por exoneração.

c) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dez anos do afastamento


do cargo por exoneração.

d) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do


cargo por aposentadoria.

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e) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quatro anos do


afastamento do cargo por aposentadoria.

13. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) Ao Poder Judiciário é assegurada


autonomia administrativa e financeira. Os tribunais elaborarão suas propostas
orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais
Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. O encaminhamento da proposta,
ouvidos os outros tribunais interessados, compete, no âmbito da União,

a) ao Presidente da República, com aprovação do Supremo Tribunal Federal.

b) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal com aprovação do Superior


Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral.

c) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,


com a aprovação dos respectivos tribunais.

d) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,


com a aprovação do Presidente da República.

e) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, com aprovação da Ordem dos


Advogados do Brasil.

14. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Ao assegurar a autonomia administrativa e


financeira do Poder Judiciário, a Constituição da República prevê que

a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites


estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias.

b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos


Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos
respectivos tribunais.

c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União,


ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais
interessados.

d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em


desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo
procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual.

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e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a


realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

15. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) Em matéria de garantias aos juízes,
considere:

I. A que consiste na permanência na comarca em que é titular, salvo por


motivo de interesse público.

II. A que implica na sua permanência no cargo, salvo entre outras situações,
por sentença judicial transitada em julgado, exoneração a pedido ou
aposentadoria.

As hipóteses dizem respeito, respectivamente,

a) à indisponibilidade e ao juízo natural.

b) à vitaliciedade e a inamovibilidade.

c) ao juízo natural e a inamovibilidade.

d) à inamovibilidade e a vitaliciedade.

e) à vitaliciedade e a segurança jurídica.

16. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) A Constituição da República


estabelece igualmente para membros do Poder Judiciário e do Ministério
Público que

a) os integrantes das carreiras deverão residir na comarca da respectiva


lotação, salvo autorização do Tribunal.

b) a vitaliciedade será adquirida após dois anos de exercício da função,


dependendo a perda do cargo, inclusive nesse período, de sentença judicial
transitada em julgado.

c) o exercício da advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastaram é vedado


antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração.

d) o exercício de atividade político-partidária é proibido, salvo exceções


previstas em lei.

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e) o ato de remoção por interesse público será fundado em decisão do órgão


colegiado competente, pelo voto de dois terços de seus membros, assegurada
ampla defesa.

17. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) A Fazenda Pública


Federal, em virtude de sentenças judiciais transitadas em julgado, deve para
Carlos, Plínio, Marcos, Flávio e Pompeu, cujos créditos são respectivamente
decorrentes de salário, de pensão, de restituição de imposto, de indenização
por morte e de indenização por invalidez. Segundo a Constituição Federal
brasileira, no caso, os pagamentos desses débitos serão realizados
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e, em
tese, NÃO terá preferência, sobre os demais, o crédito de

a) Pompeu.

b) Carlos.

c) Marcos.

d) Plínio.

e) Flávio.

18. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) Os pagamentos


devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na
ordem cronológica de apresentação dos precatórios,

a) sem qualquer exceção, e não gozam de qualquer preferência os portadores


de doença grave e idosos, que apenas têm direito à prioridade de tramitação
do processo nas fases de conhecimento e de execução.

b) mas os débitos de natureza alimentícia e aqueles de que são credores


pessoas com 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data da expedição do
precatório, ou portadores de doenças graves, definidos na forma da lei, gozam
de preferências autorizadas pela Constituição Federal.

c) excluindo-se dessa regra os pagamentos de obrigações definidas em lei,


como de pequeno valor, o qual será idêntico para todas as pessoas jurídicas
públicas.

d) excluindo-se dessa regra apenas os titulares que forem completando 60


(sessenta) anos de idade, os quais, imediatamente, de ofício ou a seu

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requerimento, passarão a gozar de preferência prevista na Constituição


Federal.

e) excluindo-se dessa regra somente os débitos de natureza alimentícia


considerados de pequeno valor, o qual poderá ser variável para as diversas
pessoas jurídicas públicas.

19. (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário) Conforme prevê a
Constituição Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a execução
orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a
assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, EXCETO se

a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou


especiais.

b) independentemente de prévia autorização, forem para receber chefe de


delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal Federal.

c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o chefe do


Poder Executivo em visita ao Supremo Tribunal Federal.

d) independentemente de prévia autorização, forem para homenagear o


Presidente do Supremo Tribunal Federal por recebimento de prêmio no
exterior.

e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar solenidade


de despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício no
término do seu mandato no caso de aposentadoria por tempo de serviço.

20. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) No que
concerne ao Poder Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade
de ser observado o princípio da alternância quanto aos critérios de antiguidade
e merecimento na promoção de entrância para entrância, atendida, dentre
outras, a seguinte norma:

a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu


poder além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido
despacho ou decisão.

b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na


respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de

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antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar
vago.

c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos


de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo
dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento.

d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais


antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme
procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até
fixar-se a indicação.

e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou


cinco alternadas em lista de merecimento.

Do Conselho Nacional de Justiça

21. (CESPE/Exame de Ordem 135/OAB/SP/2008) O Conselho Nacional de Justiça

a) não integra o Poder Judiciário.


b) tem seus atos sujeitos a controle apenas no STF.
c) ainda não teve a constitucionalidade da sua instituição apreciada pelo STF.
d) exerce função jurisdicional em todo o território nacional.

22. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS/2008) O


Conselho Nacional de Justiça tem natureza meramente administrativa e
configura órgão de controle externo do Poder Judiciário.

23. (Cespe/TRF5/Juiz Federal/2007) Dado que o Conselho Nacional de Justiça tem


estatura constitucional e se destina ao controle administrativo, financeiro e
disciplinar do Poder Judiciário, todos os seus membros e órgãos, incluindo-se o
STF, a ele estão subordinados.

24. (Cespe/Instituto Rio Branco/Diplomacia/2011) O Supremo Tribunal Federal


(STF) é o órgão de cúpula jurisdicional e nacional do Poder Judiciário, mas não,
o órgão de cúpula administrativa, financeira e de cumprimento dos deveres
funcionais dos juízes, papel que compete, conforme dispõe a CF, ao Conselho
Nacional de Justiça.

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25. (Cespe/TRE-MT/Analista Judiciário – Área Judiciária/2010) O Conselho Nacional


de Justiça é um órgão do Poder Judiciário e tem jurisdição em todo território
nacional.

26. (Cespe/TRE-BA/Técnico/2010) Compete ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ)


apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos
administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, fixando
prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento
da lei. É negada ao CNJ competência para desconstituir ou rever atos
praticados pelos presidentes dos tribunais de justiça.

27. (CESPE - 2009 - SEAD-SE (FPH) – Procurador) O Conselho Nacional de Justiça


(CNJ) julgou ilegal portaria editada por tribunal de justiça que estabelecera
horário de atendimento a advogados. Não concordando com o teor da decisão
do conselho e considerando-a uma afronta à autonomia administrativa dos
tribunais de justiça, o presidente do tribunal recomendou aos demais membros
da corte pela impetração de mandado de segurança no Supremo Tribunal
Federal (STF). Nessa situação, a recomendação de impetrar mandado de
segurança está correta, uma vez que compete ao STF processar e julgar
originariamente as ações contra o CNJ.

28. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça


(CNJ) compõe-se de quinze membros com mandato de dois anos, admitida
uma recondução, sendo que, entre eles, haverá necessariamente um
desembargador de tribunal de justiça, indicado pelo STF, e dois advogados,
indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

29. (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/2008) O Conselho


Nacional de Justiça é órgão integrante da estrutura do Poder Judiciário, com
jurisdição em todo o território nacional.

30. (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário) De acordo com a Constituição


Federal brasileira, elaborar semestralmente relatório estatístico sobre
processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes
órgãos do Poder Judiciário, é competência

a) dos Tribunais de Justiça locais.

b) do Supremo Tribunal Federal.

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c) do Superior Tribunal de Justiça.

d) do Conselho Nacional de Justiça.

e) do Presidente da República através do Procurador Geral.

31. (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário) Com exceção do
Presidente e do Vice-Presidente, os demais membros do Conselho Nacional de
Justiça serão nomeados pelo

a) Presidente da República, após a escolha ser aprovada pela maioria absoluta


do Senado Federal.

b) Ministro da Justiça, mediante prévia aprovação da escolha pela maioria


simples do Congresso Nacional.

c) Presidente do Supremo Tribunal Federal, após a escolha ser aprovada pela


maioria absoluta da Câmara dos Deputados.

d) Presidente da República, mediante prévia aprovação da escolha pela maioria


absoluta do Congresso Nacional.

e) Presidente do Supremo Tribunal Federal, após ter a escolha sido aprovada


pela maioria simples do Senado Federal.

32. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça é


um órgão

a) do Poder Legislativo.

b) do Poder Judiciário.

c) do Poder Executivo.

d) independente de qualquer órgão.

e) vinculado ao Poder Legislativo e subordinado ao Executivo.

33. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) O Conselho Nacional de


Justiça compõe-se de 15 membros com mandato de 2 anos, admitida 1
recondução e será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. Nas
suas ausências e impedimentos, o referido Conselho será presidido pelo

a) membro do Ministério Público da União.

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b) Presidente do Superior Tribunal de Justiça.

c) Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.

d) Procurador-Geral da República.

e) membro do Ministério Público Estadual.

34. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário) Compete ao Conselho Nacional de


Justiça

a) processar e julgar originariamente o litígio entre Estado estrangeiro ou


organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território.

b) processar e julgar originariamente a extradição solicitada por estrangeiro.

c) rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes


e membros de tribunais julgados há menos de um ano.

d) processar e julgar originariamente, nas infrações penais comuns, o


Presidente da República e o Vice-Presidente.

e) processar e julgar originariamente, nas infrações penais comuns, os


membros do Congresso Nacional.

Do Supremo Tribunal Federal

35. (CESPE/TJAA-STF/2008) A competência originária do STF submete-se a regime


de direito estrito, não comportando a possibilidade de ser estendida a
situações que extravasem os limites fixados no rol taxativo da norma
constitucional que a fixa.

36. (CESPE/TECNICO/TRE/ES/2011) Os onze ministros que compõem o Supremo


Tribunal Federal devem ser bacharéis em ciências jurídicas.

37. (CESPE/Delegado De Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Os ministros do STF


serão nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha
pela maioria simples dos senadores.

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38. (CESPE/ANAC/2009) O STF compõe-se de doze ministros, escolhidos entre


cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de
idade, de notável saber jurídico e de reputação ilibada.

39. (CESPE/Analista Administrativo/STF/2008) Os ministros do STF são nomeados


pelo presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta
do Senado Federal.

40. (CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) Por qualificar-se como um complexo de


atribuições jurisdicionais de índole essencialmente constitucional, a
competência originária do STF não se restringe às situações fixadas na CF,
tendo sentido meramente exemplificativo o rol de atribuições do STF
explicitadas no texto constitucional.

41. (CESPE/TJ-RJ/2008) Compete ao STF julgar mandado de segurança contra ato


ilegal e abusivo praticado pelo CNJ.

42. (CESPE/Delegado de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Segundo a CF,


compete ao STF julgar, em recurso ordinário, o denominado crime político.

43. (CESPE/OAB-SP/2008) As ações contra o CNJ e contra o Conselho Nacional do


Ministério Público serão julgadas na justiça federal do domicílio do autor.

44. (CESPE/OAB-SP exame n° 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar


originalmente a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta
ou indiretamente interessados.

45. (CESPE/CONTADOR/MPE/RR/2008) O procurador-geral da República deve ser


previamente ouvido em todos os processos da competência do Supremo
Tribunal Federal.

46. (Cespe/STF/Técnico/2008) Compete ao STF processar e julgar ação ordinária,


de natureza civil, instaurada contra o presidente da República.

47. (CESPE/OAB NACIONAL/2009.1) Compete ao STF processar e julgar


originariamente o presidente da República nas infrações penais comuns e nas
ações populares.

48. (CESPE/Defensor Público/DPU/2007) A EC n.º 45/2004 acrescentou ao texto


constitucional a competência do STF para julgar, mediante recurso
extraordinário, a validade de ato de governo local contestado em face de lei
federal.

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49. (Cespe/TRT21/Técnico/2010) Admitida a acusação contra o presidente da


República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a
julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado
Federal, nos crimes de responsabilidade.

50. (Cespe/STF/Analista Administrativo/2008) Compete ao STF processar e julgar


originariamente, nas infrações penais comuns, os ministros do próprio STF.

51. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Tales, Ministro de Estado, e Igor,
chefe de missão diplomática de caráter permanente, cometeram,
respectivamente, infração penal comum e crime de responsabilidade. Nesses
casos serão processados e julgados

a) originariamente pelo Supremo Tribunal Federal.

b) originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça.

c) por meio de recurso extraordinário pelo Supremo Tribunal Federal.

d) por meio de recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

e) por meio de recurso ordinário pelo Supremo Tribunal Federal.

52. (FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo) Compete ao Supremo


Tribunal Federal processar e julgar, originariamente,

a) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às


cartas rogatórias.

b) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da


União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de
outro, ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União.

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo


internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País.

d) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente,


os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-
Geral da República.

e) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, sendo


vedada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais.

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53. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) As ações contra o


Conselho Nacional de Justiça e as ações contra o Conselho Nacional do
Ministério Público serão julgadas originariamente pelo

a) Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal Regional Federal competente,


respectivamente.

b) Superior Tribunal de Justiça.

c) Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça,


respectivamente.

d) Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal,


respectivamente.

e) Supremo Tribunal Federal.

54. (FCC - 2012 - TRE-PR - Técnico Judiciário) Em 15 de dezembro de 2011, foi


publicado no Diário Oficial da União Decreto por meio do qual a Presidente da
República “resolve nomear Rosa Maria Weber Candiota da Rosa para exercer o
cargo de Ministra do Supremo Tribunal Federal, na vaga decorrente da
aposentadoria da Ministra Ellen Gracie Northfleet”. A esse respeito, diante do
procedimento estabelecido na Constituição, relativamente à composição do
Supremo Tribunal Federal, considere as seguintes afirmações:

I. A nomeação da Ministra para o Supremo Tribunal Federal pressupõe o


preenchimento de requisitos estabelecidos pela Constituição, relativos à sua
idade, saber jurídico e reputação.

II. O ato da Presidente da República acima referido dá início a um


procedimento complexo, previsto para a nomeação de membros do Supremo
Tribunal Federal.

III. A nomeação da Ministra para exercer cargo no Supremo Tribunal Federal


deve ter sido precedida de aprovação pela maioria absoluta do Senado
Federal.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

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c) I e III, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

55. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) Ricardo, Ministro de
Estado, residente e domiciliado no Distrito Federal, foi denunciado por crime de
estelionato, pela emissão de cheque sem fundos numa imobiliária na Cidade de
Manaus, Estado do Amazonas, para a compra de um imóvel para o seu uso
particular à beira do Rio Amazonas. Ricardo, nos termos da Constituição
Federal, será processado e julgado

a) originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça.

b) originariamente pelo Supremo Tribunal Federal.

c) em âmbito administrativo pela Presidência da República, cujo processo será


decidido pelo Presidente da República.

d) pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, competente em razão do local da


prática do crime.

e) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal competente em razão do


domicilio do Ministro.

56. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) Compete ao Supremo Tribunal


Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e
julgar, originariamente,

a) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

b) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,


nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de
Justiça dos Estados e do Distrito Federal.

c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de


Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

d) os habeas corpus quando o coator for Ministro de Estado ou Comandante da


Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral.

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e) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da


União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de
outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União.

Do Superior Tribunal de Justiça

57. (CESPE/Agente de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) A Escola Nacional de


Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados que tem, entre outras funções, a
de regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira,
funciona junto ao STF.

58. (CESPE/OAB-SP exame n° 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar


originalmente os mandados de segurança contra ato dos comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio tribunal.

59. (CESPE/ TCE-AC/2009) Descobriram que um membro de um TCE fazia parte


de uma organização criminosa especializada em praticar crimes contra a
administração pública. Diante do farto acervo probatório reunido, esse membro
do TCE foi denunciado pelo MP por crime comum. Na situação hipotética
acima, o órgão do Poder Judiciário competente para julgar a autoridade
denunciada pelo MP será o tribunal de justiça.

60. (CESPE/DETRAN-DF/2009) O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é competente


para processar e julgar, originariamente, um comandante da marinha que
tenha praticado crime de homicídio.

61. (Cespe/PC-RN/Agente/2009) Compete ao STJ processar e julgar,


originariamente, nos crimes comuns, os prefeitos municipais.

62. (CESPE/TCU/ACE/Auditoria Governamental/2008) Cabe ao STJ processar e


julgar, originariamente, nos crimes comuns — aí compreendidos os crimes de
responsabilidade —, os membros do TCU.

63. (CESPE/DPU/Defensor Público Federal/2010) A sentença proferida por tribunal


estrangeiro tem eficácia no Brasil depois de homologada pelo STF.

64. (Cespe/PGE-CE/Procurador/2008) Compete ao STF a homologação de


sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

65. (Cespe/PGE-AL/Procurador/2009) Compete ao STJ julgar, em recurso especial,


as causas decididas, em única ou última instância, pelos tribunais regionais
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federais ou pelos tribunais dos estados, do DF e territórios, quando a decisão


recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

66. (Cespe/STJ/Técnico/2008) Julgado um habeas corpus em última instância pelo


Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e havendo sido denegada a ordem,
caberá recurso ordinário ao STJ.

67. (CESPE/Exame de Ordem 135/OAB/SP/2008) Compete ao Superior Tribunal de


Justiça (STJ) julgar, originariamente,

a) o mandado de segurança contra ato de ministro de Estado.


b) a extradição solicitada por Estado estrangeiro
c) a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da
Constituição.
d) a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo estadual.

68. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário) O processo e o julgamento


das infrações penais comuns atribuídas aos membros dos Tribunais Regionais
Eleitorais competem

a) ao Tribunal Superior Eleitoral.

b) ao Supremo Tribunal Federal.

c) aos Tribunais Regionais Federais.

d) ao Superior Tribunal de Justiça.

e) aos Juízes Federais da respectiva área de jurisdição.

69. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário) Nos termos da Constituição da


República, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar,
originariamente,

a) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou


indiretamente interessados.

b) os desembargadores dos Tribunais Regionais Eleitorais, nos crimes comuns


e de responsabilidade.

c) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito


Federal, ou entre uns e outros.

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d) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo


internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País.

e) os conflitos de competência entre Tribunais Superiores, ou entre estes e


outro tribunal.

70. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Analise a seguinte


situação hipotética: Xisto, membro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de
Janeiro, é acusado de cometer crime, em tese, de responsabilidade e,
portanto, será processado e julgado originariamente

a) pelo Supremo Tribunal Federal.

b) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

c) pelo Superior Tribunal de Justiça.

d) pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

e) pela Câmara dos Deputados.

71. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) A causa decidida, em última


instância, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, quando a decisão
recorrida contrariar lei federal, será julgada pelo

a) Supremo Tribunal Federal em recurso extraordinário.

b) Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário.

c) Superior Tribunal de Justiça em recurso especial.

d) Supremo Tribunal Federal em recurso ordinário.

e) Tribunal Regional Federal competente.

72. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) Segundo a Constituição


Federal, a competência para homologar sentenças estrangeiras é do

a) Chefe do Poder Executivo.

b) Superior Tribunal de Justiça.

c) Conselho Nacional de Justiça.

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d) Supremo Tribunal Federal.

e) Congresso Nacional.

73. (FCC - 2012 - TJ-PE - Técnico Judiciário) A Escola Nacional de Formação e


Aperfeiçoamento de Magistrados funciona junto ao

a) Ministério da Educação.

b) Conselho Nacional de Justiça.

c) Conselho da Justiça Federal.

d) Ministério da Justiça.

e) Superior Tribunal de Justiça.

74. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) Ticio, jurista de
notável saber jurídico, Desembargador do Poder Judiciário de um determinado
Estado da Federação será nomeado pelo Presidente da República para compor
o Superior Tribunal de Justiça se a sua escolha for aprovada pela maioria
absoluta

a) do Senado Federal e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo


Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

b) do Congresso Nacional e sua indicação recair em lista sêxtupla elaborada


pelo Supremo Tribunal Federal e entregue ao Presidente da República.

c) da Câmara dos Deputados e sua indicação recair em lista tríplice elaborada


pelo Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

d) do Senado Federal e sua indicação recair em lista sêxtupla elaborada pelo


Supremo Tribunal Federal e entregue ao Presidente da República.

e) do Congresso Nacional e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo


Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

75. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) Maximiliano, Governador de Estado,


foi acusado da prática de crime comum e preso, desejando ingressar
com habeas corpus para ser libertado, cujo remédio constitucional será
processado e julgado originariamente pelo

a) Tribunal Regional Eleitoral competente do seu Estado de origem.

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b) Supremo Tribunal Federal.

c) Superior Tribunal de Justiça.

d) Tribunal de Justiça competente do seu Estado de origem.

e) Tribunal Superior Eleitoral.

Dos Tribunais Regionais Federais e juízes federais

76. (CESPE - 2008 - SERPRO - Analista – Advocacia) Paulo, membro do Ministério


Público do Distrito Federal e Territórios, propôs procedimento investigatório
contra Francisco, visando apurar eventual prática de crime contra a ordem
tributária. Eventual crime de abuso de autoridade praticado por Paulo será
processado e julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região.

77. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Área Administrativa) As causas


em que a Caixa Econômica Federal atue como autora ou ré, em processos
cíveis, deverão ser julgadas na justiça federal.

78. (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário – Economia) Juiz do trabalho em


exercício na comarca de Goiânia que cometer crime comum deverá ser julgado
pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região.

79. (CESPE - 2010 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência - Área de Direito) As


demandas de falência em que a União, entidade autárquica ou empresa pública
federal sejam interessadas devem ser processadas e julgadas pelos juízes
federais.

80. (CESPE - 2010 - MPU - Analista – Processual) Os tribunais regionais federais


podem funcionar de forma descentralizada, constituindo Câmaras regionais,
como forma de assegurar a plenitude do acesso à justiça.

81. (CESPE - 2008 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de


Mandados) Compete à justiça federal julgar as causas em que for parte o
Banco do Brasil S.A., tendo em vista que essa é uma instituição financeira
federal.

82. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Os Tribunais Regionais


Federais compõem-se de, no mínimo,

a) sete juízes.

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b) vinte juízes.

c) quinze juízes.

d) doze juízes.

e) dez juízes.

83. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Os juízes federais

a) julgam as causas em que a União é interessada na condição de autora, ré,


assistente ou oponente, inclusive as de falência e de acidentes de trabalho.

b) gozam das garantias da estabilidade, inamovibilidade e irredutibilidade de


subsídio, após um ano de efetivo exercício.

c) podem exercer advocacia no juízo do qual tenham se afastado em virtude


de aposentadoria, desde que decorridos três anos do afastamento.

d) julgam os mandados de segurança contra ato de Ministro de Estado e dos


Tribunais de Contas da União.

e) podem exercer atividade político-partidária, nas hipóteses previstas em lei.

84. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Tecnologia da


Informação) Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no máximo, sete
juízes nomeados pelo Presidente do Congresso Nacional dentre brasileiros
natos com mais de trinta e menos de sessenta anos de idade.

85. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário) Um quinto dos lugares dos
Tribunais Regionais Federais será composto por membros do Ministério Público
com mais de

a) dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de


reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista elaborada pelos órgãos de representação das respectivas
classes, contendo dois nomes de seus integrantes.

b) cinco anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de


reputação ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas
classes.

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c) cinco anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de


reputação ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profi sional,
indicados em lista tríplice pelos órgãos de representação das respectivas
classes.

d) sete anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de


reputação ilibada, com mais de sete anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas
classes.

e) dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de


reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas
classes.

86. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Dentre outras, NÃO é
competência dos juízes federais, processar e julgar

a) contravenções penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou


interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas.

b) causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou


pessoa domiciliada ou residente no País.

c) mandado de segurança e habeas data contra ato de autoridade federal,


excetuados casos de competência dos tribunais federais.

d) disputa sobre direitos indígenas.

e) causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à


naturalização.

87. (FCC - 2009 - TJ-AP - Analista Judiciário) Aos juízes federais compete julgar,
dentre outras,

a) as causas de falência em que a União, entidade autárquica ou empresa


pública federal sejam interessadas.

b) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo


internacional, de um lado, e, de outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País.

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c) as causas relativas à grave violação de direitos humanos, com o objetivo de


assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais
de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte.

d) todas as causas em que forem partes, de um lado, autarquia federal de


previdência e, de outro, o segurado ou beneficiário.

e) os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, desde que o


início da execução e o resultado tenham ocorrido no Brasil.

88. (FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário) Os Tribunais Regionais


Federais compõem-se de, no

a) máximo, sete juízes nomeados pelo Presidente do Congresso Nacional


dentre brasileiros natos com mais de trinta e menos de sessenta anos de
idade.

b) mínimo, nove juízes nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal


dentre brasileiros natos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
cinco anos de idade.

c) mínimo, cinco juízes nomeados pelo Presidente do Superior Tribunal de


Justiça dentre brasileiros natos ou naturalizados, com mais de trinta e cinco e
menos de sessenta anos de idade.

d) mínimo, sete juízes nomeados pelo Presidente da República dentre


brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.

e) máximo, nove juízes nomeados pelo Presidente do Conselho Nacional de


Justiça dentre brasileiros natos com mais de trinta e cinco e menos de setenta
anos de idade.

89. (FCC - 2006 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Conforme alteração


trazida pela Emenda Constitucional no 45, nas hipóteses de grave violação de
direitos humanos, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil
seja parte, o

a) Presidente do Supremo Tribunal Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal


de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para o Superior Tribunal de Justiça.

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b) Procurador-Geral da República, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal


de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para a Justiça Federal.

c) Presidente do Superior Tribunal de Justiça, poderá suscitar, perante o


Tribunal Regional Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para o Supremo Tribunal Federal.

d) Advogado-Geral da União, poderá suscitar, perante o Supremo Tribunal


Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento
de competência para o Tribunal Regional Federal.

e) Presidente do Tribunal Regional Federal, poderá suscitar, perante o Tribunal


de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para o próprio Tribunal Regional Federal.

90. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Compete aos Tribunais
Regionais Federais processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns, os

a) membros dos Tribunais de Contas do Estado e do Distrito Federal.

b) Juízes do Trabalho da área de sua jurisdição.

c) Governadores dos Estados.

d) Desembargadores dos Tribunais de Justiça.

e) membros dos Tribunais de Contas do Município.

Dos Tribunais e juízes do trabalho

91. (FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário) No que se refere aos
Tribunais e Juízes do Trabalho, é correto afirmar:

a) Cabe ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho regulamentar os cursos


oficiais para o ingresso e promoção na carreira, bem como exercer, na forma
da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da
Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do
sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

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b) Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é


facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as
convencionadas anteriormente.

c) Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove


juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo
Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de
sessenta e cinco anos.

d) São órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho, os


Tribunais Regionais do Trabalho, as Juntas de Conciliação e Julgamento e os
Juízes do Trabalho.

e) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros,


escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
maioria absoluta do Congresso Nacional.

92. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário) Sobre os Tribunais
Regionais do Trabalho,

a) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados, quando possível, na


respectiva região, e nomeados pelo Senado Federal dentre brasileiros com
mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta anos.

b) instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais


funções de atividade jurisdicional, além dos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

c) funcionarão apenas centralizadamente, sendo vedada a constituição de


Câmaras regionais, com o fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à
justiça em todas as fases do processo de forma igualitária para, assim, não
haver disparidades entre casos de regiões distintas.

d) compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na


respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

e) compõem-se de, no máximo, seis juízes, recrutados, quando possível, na


respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do

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Trabalho dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de


sessenta anos.

93. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) O Tribunal
Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos,
nomeados pelo Presidente da República após aprovação

a) do Ministério Público Federal.

b) por dois terços da Câmara dos Deputados.

c) por dois terços de ambas as Casas do Congresso Nacional.

d) pela maioria absoluta do Senado Federal.

e) do Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

94. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) Segundo a
Constituição Federal, quanto aos Tribunais Regionais do Trabalho, é correto
afirmar:

a) Não poderão funcionar centralizadamente.

b) Poderão funcionar descentralizadamente.

c) O funcionamento descentralizado está autorizado por Lei complementar.

d) O funcionamento centralizado está autorizado por Lei complementar.

e) Os funcionamentos centralizado e descentralizado estão autorizados por


meio de lei ordinária.

95. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) Sobre os Tribunais
Regionais do Trabalho,

a) são compostos por dois quintos dentre advogados com mais de quinze anos
de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho
com mais de quinze anos de efetivo exercício.

b) compõem-se de no mínimo sete juízes recrutados obrigatoriamente na


mesma jurisdição do respectivo Tribunal, e nomeados pelo Presidente do
Tribunal Superior do Trabalho, dentre brasileiros com mais de trinta e menos
de sessenta anos.

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c) compõem-se de no mínimo sete juízes recrutados, quando possível, na


respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

d) são compostos por um quinto de Juízes do Trabalho nomeados pelo


Presidente da República e quatro quintos de Juízes do Trabalho por antiguidade
e merecimento, alternadamente.

e) instalarão a justiça itinerante, com a realização apenas de audiências, sendo


que as demais funções serão exercidas obrigatoriamente na sede do Tribunal,
sob pena de ferir a segurança jurídica e nulidade dos atos processuais
praticados.

96. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) Nos termos da
Constituição Federal, em caso de greve em atividade essencial, com
possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho
poderá ajuizar

a) ação anulatória de contrato de trabalho.

b) ação declaratória de relação jurídica entre empregado e empregador.

c) dissídio individual.

d) dissídio coletivo.

e) reclamação trabalhista de rescisão indireta do contrato de trabalho.

97. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) Conforme determina
a Constituição Federal, ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho, compete
exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira
e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como

a) entidade separada e independente, cujas decisões serão revisadas na


Justiça do Trabalho.

b) órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

c) ente da administração pública direta, cujas decisões não serão revisadas


pelo Supremo Tribunal Federal.

d) ente subordinado diretamente ao Supremo Tribunal Federal, que presta


contas ao Senado Federal.

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e) ente subordinado diretamente ao Supremo Tribunal Federal, que presta


contas ao Tribunal de Contas da União.

98. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário) No tocante ao
Tribunal Superior do Trabalho,

a) vinte e sete Ministros serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais
do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio
Tribunal Superior do Trabalho.

b) compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com


mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo
Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta da Câmara dos
Deputados Federais.

c) dois sextos dos Ministros serão escolhidos entre advogados com mais de
quinze anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público
do Trabalho com mais de quinze anos de efetivo exercício.

d) a lei disporá sobre a sua competência, sendo que funcionará junto ao


Tribunal Superior do Trabalho a Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras
funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na
carreira.

e) vinte e sete Ministros serão escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais
do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo Supremo
Tribunal Federal.

99. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário) O Tribunal Superior
do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos,
nomeados pelo Presidente da República após aprovação

a) da Comissão Nacional de Justiça.

b) do Procurador Geral da República.

c) pela maioria absoluta do Senado Federal.

d) do Presidente do Supremo Tribunal Federal.

e) do Advogado Geral da União.

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100. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário) No que se refere aos
Tribunais e Juízes do Trabalho, é certo que

a) os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente


e constituir Câmaras regionais.

b) o Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de trinta e três Ministros e não


tem o quinto constitucional.

c) funcionarão junto aos Tribunais Regionais do Trabalho as Escolas Nacionais


de Magistrados do Trabalho.

d) a ação de indenização por danos morais, ainda que decorrente do trabalho,


é competência dos juízes federais.

e) nas Vara do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juízo coletivo.

Dos Tribunais e juízes eleitorais

101. (CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça) Com relação à composição e


às atribuições do TSE, o corregedor-geral eleitoral deve ser um ministro
oriundo do MPF.

102. (CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça) Com relação à composição e


às atribuições do TSE, o procurador-geral deve ser um ministro indicado pelo
STJ.

103. (CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça) Com relação à composição e


às atribuições do TSE, o vice-presidente do TSE deve sempre ser ministro do
STF.

104. (CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de Justiça) Com relação à composição e


às atribuições do TSE, o MPF deve indicar dois ministros do TSE.

105. (CESPE - 2007 - TRE-AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Os


presidentes do TSE e dos TREs são escolhidos entre os seus membros, na
forma do respectivo regimento interno, por eleição, com voto secreto, para um
mandato de dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos.

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106. (CESPE - 2007 - TRE-AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Na


composição dos TREs, uma das vagas é destinada à justiça federal e poderá
ser ocupada por um juiz federal substituto.

107. (CESPE - 2007 - TRE-AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) A


organização e funcionamento das juntas eleitorais não é matéria reservada à
lei complementar.

108. (CESPE - 2007 - TRE-AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) No


que se refere à matéria eleitoral, compete ao TSE conhecer e julgar os
conflitos de competência entre um TRE e o tribunal de justiça estadual.

109. (CESPE - 2009 - TRE-PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas) A justiça


eleitoral é formada pelo TSE, por um TRE em cada estado e no DF, pelas
juntas eleitorais e pelos juízes eleitorais.

110. (CESPE - 2009 - TRE-MA - Analista Judiciário - Área Administrativa) As juntas


eleitorais, embora prestem importante assessoria ao trabalho dos juízes
eleitorais, não são consideradas órgãos da justiça eleitoral strictu sensu, por
serem formadas ordinariamente apenas por ocasião da realização de alguma
eleição, sendo desfeitas logo a seguir.

111. (CESPE - 2009 - TRE-MA - Analista Judiciário - Área Administrativa) O TSE é


composto por apenas sete ministros, dos quais, três são ministros do STF e
dois, ministros do STJ, escolhidos mediante declaração de voto pelos seus
pares que têm assento no órgão especial das respectivas cortes, portanto, os
ministros mais antigos.

Dos Tribunais e juízes dos estados

112. (FCC/Procurador do Município de São Paulo/2008) O Prefeito de Município será


processado e julgado pela prática de crimes comuns perante o Tribunal de
Justiça do Estado.

113. (FCC/Prefeitura Recife/Procurador Judicial/2008) De acordo com a Constituição


Federal, compete originariamente ao Tribunal de Justiça julgar o Prefeito pela
prática de crimes comuns, ainda que possam se enquadrar na competência da
Justiça Federal.

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114. (Cespe/STJ/Técnico/2008) Se um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado


do Paraná cometer um crime de responsabilidade, não poderá ser processado
e julgado pelo tribunal de justiça daquele estado.

115. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Só é possível a criação


de Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo da polícia militar
seja superior a vinte mil integrantes.

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X. GABARITO

Do Poder Judiciário – Disposições Gerais

1. E 2. E 3. E 4. C 5. E 6. E 7. C 8. C 9. C 10.C

11.A 12.A 13.C 14.B 15.D 16.C 17.C 18.B 19.A 20.E

Do Conselho Nacional de Justiça

21.B 22.E 23.E 24.E 25.E 26.E 27.C 28.C 29.E 30.D

     
31.A 32.B 33.C 34.C

Do Supremo Tribunal Federal

35.C 36.E 37.E 38.E 39.C 40.E 41.C 42.C 43.E 44.E

45.C 46.E 47.E 48.E 49.C 50.C 51.A 52.D 53.E 54.C

       
55.B 56.A

Do Superior Tribunal de Justiça

57.E 58.C 59.E 60.E 61.E 62.E 63.E 64.E 65.E 66.C


67.A 68.D 69.B 70.C 71.C 72.B 73.E 74.A 75.C

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Dos tribunais e juízes federais

76.C 77.C 78.C 79.E 80.C 81.E 82.A 83.C 84.E 85.E

    
86.A 87.B 88.D 89.B 90.B

Dos tribunais e juízes do trabalho

91.B 92.D 93.D 94.B 95.C 96.D 97.B 98.D 99.C 100. A

Dos tribunais e juízes eleitorais

101. E 102. E 103. C 104. E 105. E 106. C 107. E 108. E 109. C 110. E

        
111. E

Dos tribunais e juízes dos estados

     
112. C 113. E 114. C 115. E

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XI. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas

PAULO, Vicente e ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional


Descomplicado. Ed. Impetus

MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito


Constitucional. São Paulo: Saraiva

CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do


Ponto (ebook)

www.cespe.unb.br

http://www.esaf.fazenda.gov.br/

http://www.fcc.org.br/institucional/

www.consulplan.net

http://www.fujb.ufrj.br

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