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harmônica entre o poder de iniciativa instrutório do juiz, previsto no art. 370 do CPC, e os critérios
de repartição do ônus da prova, previstos no art. 373 do mesmo diploma, considerando:
a) o caráter publicista do processo contemporâneo, com matiz constitucional que garanta uma
efetiva e célere prestação da tutela jurisdicional;
b) a busca da verdade substancial em superação à verdade meramente formal, como forma de
atingir uma tutela justa;
c) a amplitude da iniciativa do juiz na produção da prova para formação de seu livre convencimento
frente ao critério de distribuição do ônus da prova.
02 - Em que consiste a teoria da carga dinâmica da prova? A teoria referida tem previsão no sistema
legal vigente?
03 - Em que consiste a prova diabólica? Quando houver prova bilateralmente diabólica, como deve
o juiz proceder? A quem cabe o ônus da prova? Justifique.
04 - Atendendo à determinação do Juiz para que especificassem as provas, o autor limitou-se a
apontar a prova documental já constante dos autos e o réu requereu a produção de prova
testemunhal e o depoimento pessoal da outra parte. A cinco dias da audiência de instrução e
julgamento, o réu apresentou o rol de testemunhas.
No decorrer da audiência de instrução e julgamento, enquanto era colhido o depoimento pessoal
do autor, o réu o aparteou e noticiou diretamente ao Juiz que havia trazido uma testemunha,
independentemente de intimação e que não havia ainda sido arrolada, com a finalidade específica
de desmontar a versão factual apresentada naquela assentada. O Juiz, valendo-se de seus poderes
instrutórios e da unidade da audiência, determinou imediatamente a colheita do depoimento pessoal
do réu e também da testemunha indicada naquela oportunidade, como “provas do Juízo”.
Examine a validade dos atos processuais praticados e indique os procedimentos que devem ser
adotados para a produção do depoimento pessoal e da prova testemunhal.
Os poderes instrutórios do juiz suplantam nulidades procedimentais?
(A resposta deve ser objetivamente fundamentada).
06 - Atente ao seguinte excerto: “Não há mais provas de valor previamente hierarquizado no direito
processual moderno, a não ser naqueles atos solenes em que a forma é de sua própria substância.”
(Humberto Theodoro Júnior, Curso de Direito Processual Civil) O trecho em destaque remete ao
princípio processual civilista denominado
a) princípio da instrumentalidade das formas.
b) princípio da ampla defesa.
c) princípio da verdade real.
d) princípio do contraditório.
07 - Em sede de ação indenizatória movida em face do Estado do Rio de Janeiro, no âmbito de suas
fases de saneamento e de instrução, é correto afirmar que:
a) a revelia do ente público não induz à presunção de veracidade das alegações formuladas
pelo autor e, assim, incumbirá naturalmente ao autor o ônus da prova de todas as questões
fáticas que se tornarem controvertidas no processo;
b) a resposta apresentada pelo Estado do Rio de Janeiro, tornando controvertida a
fundamentação da pretensão deduzida pelo autor, afasta a possibilidade de julgamento
antecipado parcial do mérito;
c) havendo a necessidade de solução de questões técnicas que demandam perícia, e tendo o
Juízo de origem invertido o ônus da prova em desfavor do Estado do Rio de Janeiro, a
decisão somente poderá ser impugnada na apelação, notadamente porque não haveria
interesse na imediata apreciação da matéria pelo Tribunal, pois a Fazenda Pública é isenta
do ônus de adiantar as despesas com a perícia;
d) se a questão controvertida envolver a falsidade de assinatura lançada em documento
apresentado pelo autor, conforme alegação veiculada pela Fazenda Pública em sua defesa,
o ônus da prova da autenticidade recairá sobre o autor;
e) tornando-se controvertida a questão da falsidade de assinatura no documento apresentado
pelo autor, não mais será possível a sua retirada dos autos, inclusive por força de eventual
repercussão na esfera criminal.