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Curso Preparatório para Auditores Fiscais, Técnicos, Analistas e Carreiras Afins – 2007.

MATERIAL 01 ECONOMIA
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Economia – Módulo 01

I - Macroeconomia e Contabilidade Social

1. Introdução: A Economia como a Ciência da Escassez


Um dos princípios fundamentais da Economia é a chamada “lei da escassez”,
segundo a qual as necessidades humanas são ilimitadas, enquanto que os recursos
necessários à produção dos bens capazes de satisfazer a essas necessidades são
escassos, ou seja, existem em quantidades limitadas.

As necessidades humanas variam desde as mais elementares, tais como alimentação,


segurança, moradia, etc, até as mais sofisticadas, tais como a cultura e o lazer. As
necessidades humanas são consideradas ilimitadas, basicamente, por dois motivos:

a) Porque se renovam dia a dia, exigindo contínuo suprimento de bens para


atendê-las (por exemplo, alimentação, vestuário, transporte, etc);

b) Porque tendem a seguir uma escala de sofisticação: a cada dia surgem


novos desejos e novas necessidades, motivadas pelas perspectivas de aumento do
padrão de vida da sociedade (por exemplo, cultura, lazer, moda, etc).

Para atender à imensa gama de desejos humanos, é preciso que sejam produzidos
certos bens. Entende-se o conceito de bem como sendo tudo aquilo capaz de
atender a uma necessidade humana. Os bens podem ser materiais (quando é
possível atribuir-lhes características físicas, tais como tamanho, forma e cor) e
imateriais (os chamados bens intangíveis como, por exemplo, os diversos tipos de
serviços).

A produção dos bens, por sua vez, exige o uso de certo conjunto de recursos,
também chamados fatores de produção, que podem ser classificados em três
grandes grupos:

a) O fator de produção “Terra”, incluindo o solo e os diversos recursos naturais:


minérios, florestas, recursos hídricos, etc);

b) O fator de produção “Trabalho”, representado pela força de trabalho


humano, seja ele físico ou intelectual;

c) O fator de produção “Capital”, que corresponde às máquinas, equipamentos,


ferramentas, instrumentos, infra-estrutura, enfim, bens que foram produzidos

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anteriormente e que continuam a serem utilizados durante algum tempo para a


produção de outros bens.

Ocorre que toda sociedade, num dado momento, possui um estoque limitado
desses recursos ou fatores de produção. Isto significa que não é possível produzir
uma quantidade infinita de bens, porque os recursos são limitados.

Assim, surge o problema econômico da escassez:

a) De um lado, as necessidades humanas são ilimitadas;

b) Do outro, os recursos ou fatores de produção que devem ser utilizados para


produzir os bens (que irão atender a essas necessidades) são limitados.

Ou seja, não é possível produzir todos os bens de que a sociedade necessita, mas é
possível utilizar os recursos da melhor maneira possível, para produzir o máximo de
bens e desse modo atender à maior gama possível de necessidades. Isso nos leva a
uma das idéias-chave na Economia, que é a idéia da eficiência: maximizar a
produção de bens e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada
de fatores de produção.

Assim, a sociedade como um todo se organiza de modo a tentar produzir os bens e


serviços de forma eficiente, ou seja, empregando de forma racional os recursos
disponíveis, visando otimizar seus resultados, maximizando o nível de bem-estar da
população. Nesse contexto, a Economia se apresenta como a ciência social que se
ocupa da administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins
competitivos.

Para fins didáticos, costuma-se “dividir” a Ciência Econômica em áreas específicas,


dentre as quais destaca-se a Microeconomia – o estudo do comportamento das
unidades produtivas, dos indivíduos, dos mercados, etc – e a Macroeconomia – o
estudo do comportamento dos grandes agregados econômicos: produto interno
bruto, inflação, desemprego, etc.

A Macroeconomia trata do estudo dos agregados econômicos, de seus


comportamentos e das relações que guardam entre si. Tenta-se avaliar o
desempenho da economia no sentido de satisfazer as necessidades da sociedade.

Assim, uma das questões fundamentais da Macroeconomia – nosso objeto de estudo


daqui por diante – é justamente avaliar esse desempenho econômico. Em outras
palavras, como “medir” a quantidade total de bens e serviços que estão sendo
disponibilizados à sociedade, e verificar as relações econômicas que estão na base
desse processo produtivo.

A Macroeconomia nos fornece um conjunto de variáveis que permitem saber se a


economia de um país, num certo momento, está “crescendo” ou está em “recessão”,
se existe “desemprego de fatores” ou “pleno emprego”, como está o “nível geral de
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preços”, etc... Assim, o ponto de partida é medir o desempenho da economia através


de algum indicador. Normalmente se utilizam os agregados macroeconômicos
Produto, Renda e Despesa para se mensurar o nível de atividade econômica de
um país, de uma região ou cidade. Nas próximas seções vamos discutir como se
chegar a essas medidas da atividade econômica.

2. O Fluxo Circular da Renda


A Macroeconomia parte do princípio de que existem dois grandes mercados:

a) O Mercado de Bens e Serviços, correspondente à compra e venda dos


diversos bens produzidos (carros, alimentos, vestuário, aviões, etc) e dos
diversos serviços (comunicações, transportes, distribuição de energia elétrica,
etc). Nesse mercado, as firmas (ou unidades produtivas, ou também
chamadas “empresas”) ofertam bens e serviços aos indivíduos;

b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda


dos diversos fatores de produção: terra e recursos naturais, trabalho e capital.
Nesse mercado, os indivíduos ofertam os fatores de produção às firmas.

A figura a seguir ilustra esse relacionamento os dois mercados e os dois “setores”


da economia – as firmas e os indivíduos.

Os indivíduos são os proprietários da força de trabalho, da terra, dos recursos


naturais, das máquinas, equipamentos, entre outros, que precisam ser utilizados
pelas firmas no seu processo de produção (em alguns textos de Economia, há
autores que usam o termo “famílias” ao invés de “indivíduos”, mas na essência
ambos representam a mesma coisa: os proprietários dos fatores de produção).

Portanto, as firmas compram o uso do fatores de produção dos indivíduos, no


mercado de fatores. Na figura acima, essas transações são representadas pelas

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linhas da parte inferior do quadro. As linhas cheias representam movimentos de


fatores de produção e as linhas tracejadas, a contrapartida monetária do movimento
dos fatores.

Por outro lado, na parte superior da figura, vemos o que acontece no mercado de
bens e serviços: as linhas cheias representam as transações com bens e serviços,
produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos indivíduos, que em troca
pagam por esses bens e serviços, gerando a contrapartida monetária da produção,
representada pelas linhas tracejadas.

Esse esquema representa o Fluxo Circular da Renda, elemento fundamental para


se compreender o funcionamento macro de um determinado sistema econômico.

O modelo aqui apresentado é uma simplificação, pois ainda não incorpora outros
setores importantes, tais como o Governo e o Setor Externo. De fato, estamos
fazendo algumas “abstrações”, ou seja, “simplificações”, partindo de um modelo
básico para chegar a um modelo mais sofisticado e mais próximo da realidade.

Por enquanto, vamos admitir que só existem esses dois “setores” na economia: as
firmas e os indivíduos. Esse modelo corresponde ao que se chama normalmente de
“Economia Fechada e Sem Governo” (“fechada” porque não existem, no modelo
considerado, transações com o exterior, como importações e exportações; “sem
Governo” porque não existem, no modelo considerado, gastos públicos ou impostos).
Gradativamente iremos adicionando essas variáveis, até chegarmos à “Economia
Aberta e Com Governo”.

3. Economia Fechada, sem Governo e sem Formação de Capital


Nessa economia simplificada, existem apenas o setor “firmas” e o setor “indivíduos”.
Vamos imaginar que os preços dos diversos bens e serviços são constantes (ou seja,
não existe inflação) e que a economia é estacionária, ou seja, sua capacidade
produtiva total (relativa ao máximo de bens e serviços que é possível produzir) não
se expande. Isso quer dizer que não existe, por enquanto, formação de capital, isto
é, poupança e investimento.

Se somarmos todos os bens e serviços finais produzidos pelas firmas durante um


certo período de tempo (normalmente durante um ano) teremos o valor do
Produto:

Produto = Σpi.qi

Onde pi representa o preço do bem ou serviço “i” e qi representa as quantidades do


bem ou serviço “i”. Isso significa que no cálculo do Produto temos que somar o valor
monetário da produção dos diversos bens e serviços:

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Produto = pfeijão.qfeijão + paçúcar.qaçúcar + plivro.qlivros + pcomputador.qcomputadores


+pgeladeira.qgeladeiras + .....

Observe que estamos falando de “Produto” como um agregado, um somatório de


todos os bens e serviços gerados pelo sistema econômico num certo período de
tempo.

Essa noção é fundamental, pois em Macroeconomia estaremos todo o tempo falando


dos Agregados Macroeconômicos, ou seja, medidas que correspondem a totais
globais, somatórios de toda a economia. O Produto é um dos principais agregados
macroeconômicos, ao lado da Renda e da Despesa (ou Dispêndio), os quais
discutiremos adiante.

Observe que só entram no cálculo do Produto os bens finais, isto é, os bens que
não serão mais transformados em outros bens. Isso para evitar o problema da
dupla contagem.

Explicando melhor: no cálculo do Produto levamos em consideração todas as vendas


de bens e serviços realizadas pelas empresas durante um certo período de tempo.
No entanto, muitas dessas vendas acontecem entre as próprias empresas, pois
alguns bens e serviços se constituem em insumos para outros bens e serviços. Tais
insumos são chamados bens intermediários e não podem ser computados no
cálculo do Produto, pois senão causarão o problema da dupla contagem.

Assim, no cálculo do Produto, vamos considerar, por exemplo, o valor da produção


de pão, mas não podemos somar novamente o valor da produção do trigo, do
fermento, do sal, da farinha de trigo, etc... senão estaríamos somando várias vezes
os mesmos valores.

O valor da produção de pão (bem final) já contém, embutido no próprio bem, o valor
dos insumos intermediários e matérias-primas utilizados em fases anteriores do
processo produtivo.

Para gerar o Produto durante um certo ano, as firmas necessitam adquirir fatores de
produção, e para usar esses fatores, como vimos, as firmas necessitam remunerar os
proprietários dos mesmos, que são os indivíduos. O total de pagamentos que as
firmas fazem aos indivíduos, pelo uso dos fatores de produção, é o que chamamos
de Renda:

Renda = w + j + a + l

Onde:

w = Salários (remuneração do fator de produção "Trabalho”)

j = juros (remuneração do fator de produção “Capital” na forma monetária)

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a = aluguéis (remuneração do fator de produção “Terra”)

l = lucros (remuneração do fator de produção “Capital”, este na forma de


máquinas e equipamentos utilizados no processo produtivo).

Observe que neste modelo os lucros representam uma espécie de “custo” para as
empresa, na medida em que correspondem a valores que as mesmas devem pagar
aos acionistas (indivíduos).

Teremos então uma identidade macroeconômica fundamental:

Produto = Renda

Ou seja, o valor do Produto (total de bens e serviços finais produzidos durante um


certo período de tempo) é igual ao valor da Renda (total de pagamentos feitos pelas
firmas aos proprietários dos fatores de produção).

Os indivíduos, por sua vez, utilizam suas rendas de que maneira? Gastando na
compra de bens e serviços. Em outras palavras, os indivíduos realizam o Consumo,
que nesse modelo representa a Despesa (também chamada Dispêndio, e que
corresponde ao total de gastos realizados pelos indivíduos na compra de bens e
serviços). Assim, temos:

Despesa = Consumo (C)

E mais, temos a identidade macroeconômica fundamental:

Produto = Renda = Despesa

Portanto, se quisermos medir o desempenho de uma economia durante certo


período de tempo, temos três óticas diferentes, gerando o mesmo resultado:

§ Sob a ótica da Produção, usando o total de bens e serviços finais gerados


durante o período;

§ Sob a ótica da Renda, usando o total de recebimentos dos indivíduos, por


terem cedido os fatores de produção (Terra, Trabalho e Capital) às empresas
e;

§ Sob a ótica da Despesa, usando o total de pagamentos que os indivíduos


fizeram durante o ano na aquisição de bens e serviços diversos.

4. Economia Fechada, sem Governo e com Formação de Capital

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O modelo anterior é de uma economia estacionária, ou seja, o nível anual de


produção não cresce: todo ano é gerado um Produto no mesmo valor. Para haver
crescimento econômico (crescimento do Produto em relação ao ano anterior) é
necessário ampliar a capacidade produtiva da economia, através do Investimento.

Agora o Produto é composto de dois tipos de bens:

§ Bens de Consumo, destinados a satisfazer as necessidades da população,


como alimentação, vestuário, etc.

§ Bens de Investimento, destinados a aumentar a capacidade de produção


das firmas (máquinas, equipamentos, instalações), levando no conjunto a um
aumento da capacidade produtiva total da economia.

Assim, podemos definir Investimento de duas maneiras:

§ Investimento como gasto (despesa) com bens para aumentar a capacidade


produtiva da economia;

§ Investimento como gasto com bens que foram produzidos mas que não
foram consumidos no período (serão usados em consumo futuro), ou seja:

I = Produto – C

Os bens que foram produzidos, mas não foram consumidos no presente são os
seguintes:

§ Máquinas, equipamentos, instalações, infra-estrutura, imóveis, etc –


Correspondem à Formação Bruta de Capital Fixo (Ibk) ou investimento
planejado.

§ Variação de Estoques (∆E) ou investimento não-planejado, quantidades


produzidas e não vendidas.

Por que a variação de Estoques é considerada também como investimento?

Observe que se o setor produtivo da economia (as empresas) gerou uma produção
total igual a $1.000, isto significa que foi gerada também uma renda para os
indivíduos no total de $1.000, correspondente ao total de salários, aluguéis, lucros e
juros.

Suponha que os indivíduos resolveram comprar mercadorias somente num total de


$800. Isto significa que $200 correspondem a mercadorias que foram produzidas
mas não foram consumidas. Do ponto de vista das empresas, esse aumento nos
estoques é como se elas tivessem “comprado” essa produção, pois afinal de contas
as empresas tiveram que adquirir os fatores de produção correspondentes, junto aos
indivíduos.
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Portanto, na prática, as empresas tiveram que fazer um gasto total no valor de $200
para possuirem tais mercadorias em estoque.

Mas, como as empresas podem financiar estes estoques? Elas gastaram $1000 na
produção, e só receberam $800, pois os indivíduos só realizaram compras neste
valor... De onde virão os $200 restantes?

A resposta é simples: virão da Poupança gerada pelos indivíduos, no valor de $200,


equivalente à renda obtida pelos mesmos ($1000) menos o valor gasto em consumo
($800). Os indivíduos poupam um valor de $200, por exemplo, fazendo aplicações no
mercado financeiro. Tais recursos ficarão disponíveis na forma de empréstimos que o
próprio setor das empresas poderá tomar para financiar seus estoques.

Portanto, temos a seguinte relação para identificar o valor do investimento:

I = Ibk + ∆E

Algumas observações importantes:

1. A variação de estoques (∆E) representa a diferença entre o Estoque no fim do


ano atual e o Estoque no fim do ano passado;

2. Investimento no sentido econômico representa gasto, despesa; no sentido


cotidiano utiliza-se a palavra investimento como sinônimo de aplicação
financeira, compra de ações, etc... Na linguagem econômica, isso não é
investimento, é poupança.

3. O total do investimento num certo ano corresponde a compra de bens,


equipamentos, máquinas, etc, novos, fabricados naquele ano. Isso significa
que a compra de ativos usados, de segunda mão, não representa
investimento, pois não está aumentando a capacidade produtiva da
economia.

Um conceito relacionado é o de Depreciação, que corresponde ao desgaste


gradativo do capital físico (máquinas, equipamentos, veículos, etc).

Todos os anos as empresas necessitam fazer uma reposição de parte dos seus bens
de capital desgastados. Dessa forma, uma parte do Investimento feito na economia
se destina a repor as perdas correspondentes à depreciação, o que nos leva à
diferenciação entre Investimento Bruto e Investimento Líquido:

IL = IB – d

IL = Investimento Líquido (aumento efetivo da capacidade produtiva da economia)

IB = Investimento Bruto (Formação Bruta de Capital + Variação de Estoques)

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d = Depreciação no período.

Assim, a expressão completa para definir o Investimento Líquido na economia é:

IL = Ibk + ∆E – d

A depreciação nos leva também a alterar o conceito de Produto, criando a distinção


entre Produto Líquido e Produto Bruto:

PL = PB – d

Vamos agora completar nosso modelo, considerando também o conceito de


Poupança: a parcela da renda que os indivíduos não consomem.

Assim, o ato de poupar representa abrir mão do consumo atual para desfrutar de um
consumo maior no futuro. Podemos representar essa idéia da seguinte maneira:

S = Renda – C

Em que: S = Poupança (do inglês “Saving”)

R = Renda

C = Consumo

Nosso modelo agora se apresenta do seguinte modo:

§ Ótica da Produção: Produto = Σpi.qi

§ Ótica da Renda: Renda = C + S

§ Ótica da Despesa: Despesa = C + I

Como Produto = Renda = Despesa, temos que C + S = C + I, Logo: S = I

5. Economia Fechada, com Governo e com Formação de Capital


O Setor Público corresponde à presença do Governo nas três esferas: a União, os
Estados e o Distrito Federal, e os Municípios, bem como os três Poderes (Executivo,
Legislativo e Judiciário).

O Governo interfere na economia através da Tributação (T) e dos Gastos


Públicos (G).

A Tributação (T) compreende:

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§ Impostos Indiretos, aqueles que incidem sobre as transações econômicas


com bens e serviços, a exemplo do ICMS, do IPI e do ISS;

§ Impostos Diretos, os quais incidem sobre o patrimônio e a renda das


pessoas, físicas e jurídicas, como o Imposto de Renda, o IPTU, o IPVA;

§ Contribuições à Previdência Social, os encargos trabalhistas, etc.

§ Outras receitas de governo como taxas e multas, etc.

Os Gastos Públicos (G), por sua vez, compreendem:

§ Os gastos dos ministérios, secretarias e autarquias, referentes a despesas


correntes ou custeio (salários do funcionalismo, compras de materiais) e
despesas de capital (construção de estradas, hospitais, escolas, etc).

§ Os gastos com Transferências (bolsas de estudos, benefícios previdenciários,


seguro-desemprego) e subsídios (para baixar o preço de certos produtos
agrícolas, por exemplo).

Observe que os gastos realizados pelas empresas públicas e sociedades de economia


mista são computados no setor “firmas”, pois estas entidades desempenham
atividades ligadas ao mercado, à produção de bens e serviços.

Outra observação: não estamos considerando aqui gastos com pagamento de juros
ou correção monetária; apenas gastos “não-financeiros”, ou seja, gastos com a
compra de bens e serviços.

No encontro de contas, podemos verificar que o Governo poderá apresentar, durante


um determinado período de tempo, as seguintes situações:

• Se os gastos públicos forem superiores à Tributação ( G > T ) teremos o


déficit fiscal;

• Se os gastos públicos forem no mesmo montante da Tributação ( G > T )


teremos o equilíbrio no orçamento público;

• Se os gastos públicos forem inferiores à Tributação ( G < T ) teremos o


superávit fiscal.

Quando introduzimos o Governo no nosso modelo macroeconômico, veremos que o


valor do Produto será alterado.

Sem a presença do Governo, o valor do Produto é igual à Renda, ou seja:

Produto = Renda

Renda = w + j + a + l
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Produto = w + j + a + l

É o que chamamos Produto “a Custo de Fatores”. Podemos entendê-lo como


sendo o Produto mensurado “a preços de fábrica”.

Pcf = w + j + a + l

Acontece que antes de chegar ao consumidor final, muitos bens e serviços terão seu
preço alterado; alguns bens serão tributados pelo ICMS, outros pelo IPI, etc. Isso
quer dizer que alguns bens vão chegar ao consumidor por um preço mais elevado.

Por outro lado, algumas firmas receberão subsídios do Governo para venderem
seus bens a um preço mais baixo. Também nesse caso o preço do bem ao
consumidor final vai se alterar, ficando mais em conta.

Portanto, o Produto “a preços de mercado”, ou o Produto medido através do


preço final praticado para o consumidor será diferente do Produto “a custo de
fatores”, conforme a seguir:

Ppm = Pcf + tributos indiretos - subsídios

Os tributos diretos não interferem no valor do Produto Nacional, pois não são
incidem sobre o valor das transações econômicas, mas sim sobre o patrimônio e a
renda dos indivíduos e das próprias empresas. Assim nada têm a ver com a diferença
entre o custo dos fatores e os preços praticados no mercado.

A presença do Governo também faz surgir os seguintes conceitos:

§ Carga Tributária Bruta: Total da arrecadação fiscal do Governo.

§ Carga Tributária Líquida: Diferença entre a arrecadação fiscal do Governo e as


transferências e subsídios ao setor privado.

Utiliza-se como parâmetro de avaliação da carga tributária o Produto Interno Bruto a


preços de mercado (vamos falar sobre ele na próxima seção). Comparando-se a
carga tributária com o PIB podemos ter dois índices:

Índice de Tributos Indiretos + Tributos Diretos


Carga
= x 100
Tributária PIBpm
Bruta (%)

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Tributos Indiretos + Tributos Diretos –


Índice de Transferências - Subsídios
Carga
= x 100
Tributária
líquida (%) PIBpm

6. Economia Aberta, com Governo e com Formação de Capital


Para completar nosso modelo, vamos considerar as transações feitas com empresas
e pessoas não-residentes, ou seja, residentes em outros países. Normalmente se
chama o conjunto dos “outros países” como “resto do mundo” ou “setor externo”. As
variáveis a serem incorporados ao nosso modelo são as seguintes:

§ Exportações (X): representam as compras de nossos bens e serviços pelos


estrangeiros, ou seja, são gastos do setor externo com as nossas firmas.

§ Importações (M): representam nossas compras relativas a bens e serviços


produzidos por firmas de outros países, ou seja, do setor externo.

Observe-se que Exportações e Importações se referem à compra e venda de bens e


“serviços não-fatores”, ou seja, serviços que não representam “remuneração”.
Estamos falando de fretes, seguros, turismo, etc..., que são pagamentos (ou
recebimentos) feitos a firmas pela compra (ou venda) de serviços não-fatores.

Outros pagamentos de serviços, tais como assistência técnica, consultorias,


honorários, lucros, são feitos das firmas aos indivíduos, a titulo de remuneração, e
nesse caso são chamados de “serviços de fatores”, sendo considerados nas
seguintes variáveis:

§ Renda Enviada ao Exterior (REE): representa uma parcela da renda


gerada internamente, nos limites territoriais do nosso país, mas que não
pertence aos nacionais. Como exemplos temos a remessa de lucros de uma
empresa estrangeira para sua matriz no exterior, o pagamento de uma
consultoria internacional, o pagamento de assistência técnica, etc.

§ Renda Recebida do Exterior (RRE): representa exatamente o fluxo


contrário, ou seja, trata-se de uma parcela da renda gerada em outro país,
que se agrega à renda nas mãos dos nacionais. Por exemplo, recebimento de
lucros obtidos por filiais de uma empresa nacional situada em outro país.

§ Renda Líquida de Fatores Externos (RLFE): constitui-se na diferença


entre a Renda Recebida do Exterior e a Renda Enviada ao Exterior:

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RLFE = RRE - REE

Quando um país recebe mais renda do exterior do que envia, a Renda Líquida de
Fatores Externos é positiva; em caso contrário, é negativa.

Nessa segunda hipótese, é muito comum se usar a expressão “Renda Líquida


Enviada ao Exterior”:

RLEE = REE – RRE

Se a Renda Líquida Enviada ao Exterior é positiva, isso significa que REE > RRE, quer
dizer, o país envia mais renda para o exterior do que recebe. Quando a RLEE é
negativa, acontece exatamente o oposto.

Essas remessas e recebimentos de renda vão provocar um ajuste no conceito de


Produto. Vamos ter que diferenciar o Produto Nacional do Produto Interno.

O Produto Interno corresponde de fato ao total de bens e serviços finais


produzidos por um determinado país, num certo período de tempo, dentro de suas
fronteiras territoriais.

Um dos conceitos mais utilizados na Macroeconomia é exatamente o do PIB, ou


Produto Interno Bruto, que corresponde à Renda Interna Bruta, originada na
produção de bens e serviços que se deu dentro dos limites territoriais de um
país.

Porém, parte desse PIB (dessa Renda Interna Bruta) vai remunerar indivíduos que
estão fora do país: remessa de lucros, pagamentos de assistência técnica, royalties,
etc. Isto significa que nem toda a renda gerada internamente vai de fato pertencer
aos residentes no país. Portanto, devemos abater do PIB a Renda Enviada ao
Exterior.

Além disso, os residentes no país recebem remuneração por serviços prestados em


outros países. Assim, devemos somar ao PIB a Renda Recebida do Exterior.

Assim, teremos a seguinte relação:

PIB – REE + RRE = PNB

O Produto Nacional Bruto corresponde à renda que pertence efetivamente aos


nacionais, incluindo a renda recebida por nossas empresas no exterior e excluindo a
renda enviada por nossas empresas para o exterior.

Outra maneira de escrever essa relação entre PNB e PIB:

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PIB – (REE – RRE) = PNB

PIB – RLEE = PNB

Agora estamos como nosso modelo completo, e podemos reescrever uma das
principais equações vistas anteriormente: a Despesa Interna Bruta:

DIB = C + I + G + X – M = PIB

Onde:

C = Despesas de Consumo dos indivíduos, ao comprar os bens e serviços finais;

I = Despesas de Investimento das empresas, ao comprar máquinas, equipamentos, etc.

G = Despesas do Governo, ao gastar com a aquisição de bens de consumo ou bens de investimento;

X = Despesas do setor externo com os nossos produtos, mandados ao exterior através das
exportações;

As importações (M) entram com o sinal negativo porque representam deduções da


despesa nacional. Quando realizamos importações, estamos gastando menos com
nossos próprios produtos (menos despesa nacional) e gastando mais com o produto
gerado no exterior (portanto contribuindo com a despesa nacional do outro país).

O quadro a seguir resume as diferenças entre os vários conceitos de Produto:

Critério de
Variável Exemplos
Diferenciação

PNL = PNB – d
Bruto X Líquido Depreciação
IL = IB - d

Custo de Fatores X Preços Tributos Indiretos - PNBpm = PNBcf + Imp Ind – Sub
de Mercado Subsídios PIBpm = PIBcf + Imp Ind - Sub

Renda Líquida Enviada PIB – RLEE = PNB


Interno X Nacional ao Exterior (REE –
RRE) PIL – RLEE = PNL

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7. O Sistema de Contas Nacionais

Os sistemas de Contabilidade Nacional (ou Contabilidade Social) têm como objetivo


não somente revelar o total dos agregados macroeconômicos, mas também proceder
ao registro sistemático das diversas relações entre os setores que compõe a
economia de um país. Na Brasil o órgão responsável pelas Contas Nacionais é o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Para uma melhor compreensão dos diversos agregados macroeconômicos, vamos
analisar duas metodologias usadas pelo IBGE.

7.1. Metodologia das Contas Nacionais usadas pelo IBGE de


1986 a 1995

Compõe-se das seguintes contas:


Conta 1 – Produto Interno Bruto
Débito Crédito

1.1. Produto Interno Bruto, a custo de fatores (2.4) 1.4. Consumo final das famílias (2.1)
1.1.1. Remuneração dos Empregados (2.4.1) 1.5. Consumo final das administrações públicas (2.2)
1.1.2. Excedente Operacional Bruto (2.4.2) 1.6. Formação Bruta de Capital Fixo (3.1)
1.2. Tributos Indiretos (2.6) 1.7. Variação de Estoques (3.2)
1.3. ( - ) Subsídios (2.7) 1.8. Exportação de bens e serviços (4.1)
1.9. ( - ) Importação de bens e serviços (4.5)

= Produto Interno Bruto (pm) = Despesa Interna Bruta (pm)

Do lado do débito temos os pagamentos que as empresas fazem, relativos à


remuneração dos fatores de produção e aos tributos indiretos, descontando-se os
recebimentos a título de subsídios do Governo. Do lado do crédito temos os
recebimentos, devido aos gastos efetuados pelas famílias, pelas próprias empresas,
pelo Governo e pelo Setor Externo.

Conta 2 – Renda Nacional Disponível Bruta


Débito Crédito
2.1. Consumo final das famílias (1.4) 2.4. Produto Interno Bruto, a custo de fatores (1.1)
2.2. Consumo final das administrações públicas (1.5) 2.4.1. Remuneração do empregados (1.1.1)
2.3. Poupança bruta (3.3) 2.4.2. Excedente Operacional Bruto (1.1.2)
2.5. ( - ) Renda Líquida Enviada ao Exterior (4.4 – 4.2)

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2.6. Tributos indiretos (1.2)


2.7. ( - ) Subsídios (1.3)

= Utilização da Renda Nacional Disponível Bruta = Apropriação da Renda Nacional Disponível Bruta

Nesta Conta 2 podemos observar, do lado do débito, o modo como são aplicadas as
rendas obtidas pelos indivíduos e pelo Governo. Estas rendas são apropriadas
conforme as origens descritas no lado do crédito.

Conta 3 – Conta de Capital


Débito Crédito

3.1. Formação bruta de capital fixo (1.6) 3.3. Poupança Bruta (2.3)
3.2. Variação de estoques (1.7) 3.4. ( -) Saldo em transações correntes com resto do
mundo (4.5)

= Acumulação Interna Bruta = Financiamento da Acumulação Interna Bruta

A Conta 3 nos mostra que o Investimento total bruto da economia (formação bruta
de capital fixo mais variação de estoques) é financiado pela Poupança Bruta, menos
o saldo das transações correntes com o resto do mundo.
Observe que, se as exportações superam as importações, temos um superávit no
balanço de transações correntes. Isto representa uma poupança externa negativa,
em termos reais (saíram mais bens e serviços do país do que entraram).
Superávit em transações correntes significa dizer que o resto do mundo fez mais
compras do nosso produto do que nós fizemos com o produto dos demais países.
Isto quer dizer que em termos relativos nosso país foi poupador em relação ao
resto do mundo, e este, por sua vez, pôde financiar suas compras usando esta
poupança que nós fizemos.
Assim, curiosamente, um superávit em transações correntes reduz a poupança bruta,
enquanto que um déficit em transações correntes aumenta a poupança bruta.
Um déficit em transações correntes corresponde à situação em resto do mundo fez
menos compras do nosso produto do que nós fizemos com o produto dos demais
países. Isto quer dizer que em termos relativos nosso país efetuou gastos com
produtos externos num montante maior do que os recebimentos, tendo portanto que
recorrer a poupanças externas que financiassem tais gastos.
Assim, a Conta de Capital nos mostra como é financiado o investimento total bruto:
Investimento Bruto = Poupança Privada (Bruta) + Poupança do Governo +
Poupança Externa
I = Spb + Sg + Se
Observe que:
Spb = Poupança Privada (Bruta)
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Sg = Poupança do Governo (superávit em conta-corrente = T- G)


Se = Poupança Externa (déficit em transações com o exterior = M – X + RLEE)
Voltaremos a analisar essa relação mais adiante, quando abordarmos o Balanço de
Pagamentos.

Conta 4 – Transações Correntes com o Resto do Mundo


Débito Crédito
4.1. Exportação de bens e serviços (1.8) 4.3. Importação de bens e serviços (1.9)
4.2. Rendas recebidas do resto do mundo (4.4 – 2.5) 4.4. Rendas enviadas ao resto do mundo (2.5 +4.2)
4.5. Saldo das transações correntes com o resto do mundo
(3.4)

= Recebimentos Correntes = Utilização dos Recebimentos Correntes

O saldo de transações correntes (TC) pode ser representado da seguinte forma:


X + RRE = M + REE + TC
TC = X + RRE – M - REE
TC= (X – M) + (RRE – REE)
TC= (X – M) – (REE – RRE)
TC= (X – M) – RLEE
Onde
X = Exportações (4.1)
RRE = Renda recebida do exterior (4.2)
TC = Saldo de Transações Correntes (4.5)
M = Importações (4.3)
REE = Renda enviada ao exterior (4.4)
• Se TC<0, teremos déficit em transações correntes, logo a poupança externa
Se será positiva;
• Se TC>0, teremos superávit em transações correntes, logo a poupança
externa Se será negativa;
Então, vale a relação:
Se = - TC
Ou ainda:
Se = - [ (X – M) – RLEE ]

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Se = - ( X – M – RLEE )
Se = - X + M + RLEE
Se = M - X + RLEE
Esta última equação é extremamente importante e muito cobrada em concurso! A
poupança externa é uma das fontes de financiamento do investimento, conforme
vimos anteriormente, quando apresentamos a conta de capital.

Finalizando, a conta do Governo é apresentada em separado, como complemento


das quatro anteriores. Segue no quadro abaixo o detalhamento da mesma:

Conta 5 – Conta Corrente das Administrações Públicas


Débito Crédito
Consumo final das Administrações Públicas Tributos Indiretos
Salários e Encargos Tributos Diretos
Outras Compras de bens e serviços Outras Receitas Correntes Líquidas
Subsídios
Transferências de Assistência e Previdência
Juros da Dívida Pública
Poupança em Conta Corrente

= Total da Utilização da Receita Corrente = Total da Receita Corrente

7.2. Metodologia atualmente usada pelo IBGE, desde 1996

Essa nova forma de apresentação das contas nacionais substituiu as tradicionais


colunas de débito e crédito das contas pelas colunas de usos (aplicações) e recursos
(origens).

Sendo assim, as novas Contas Econômicas Integradas são formadas por três grupos
de contas, reproduzidas a seguir. A título de exemplo, constam alguns dados do ano
de 2001 da economia brasileira:

Tabela 1 – Economia Nacional – Conta de bens e serviços - 2001


Recursos (R$ milhões) Operações e Saldos Usos (R$ milhões)
2.222.129 Produção
170.403 Importação de Bens e Serviços

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134.967 Impostos sobre produtos


9.024 Imposto de Importação
125.943 Demais impostos sobre produtos
Consumo intermediário 1.157.036
Despesa de consumo final 957.836
Formação bruta de capital fixo 233.376
Variação de estoque 20.750
Exportação de bens e serviços 158.501

2.527.500 Total 2.527.500

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Tabela 2 – Economia Nacional – Contas de produção, renda e capital - 2001


Usos (R$ milhões) Operações e Saldos Recursos (R$ milhões)
Conta 1 – Conta de Produção
Produção 2.222.129
1.157.036 Consumo intermediário
Impostos sobre produtos 134.967
Imposto de Importação 9.024
Demais impostos sobre produtos 125.944
1.200.060 Produto Interno Bruto
Conta 2 – Conta da Renda
Conta 2.1 – Conta de distribuição primária da renda
Conta 2.1.1 – Conta de geração da Renda
Produto Interno Bruto 1.200.060
444.002 Remuneração dos empregados
444.589 Residentes
413 Não-residentes
208.578 Impostos sobre a produção e de importação
( - ) 4.704 Subsídios à produção ( - )
552.185 Excedente Operacional Bruto inclusive Rendimento de Autônomos
60.469 Rendimentos de Autônomos (rendimento misto)
491.716 Excedente Operacional Bruto
Conta 2.1.2 – Conta de alocação da Renda
Excedente Operacional Bruto inclusive rendimento de autõnomos 552.185
Rendimentos de Autônomos (rendimento misto) 60.469
Excedente Operacional Bruto 491.716
Remuneração dos empregados 444.221
Residentes 443.589
Não-residentes 632
Impostos sobre a produção e de importação 208.578
Subsídios à produção ( - ) ( - ) 4.704
53.689 Rendas de propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo 7.002
1.153.592 Renda Nacional Bruta
Conta 2.2 – Conta de distribuição secundária da renda
Renda Nacional Bruta 1.153.592
1.004 Outras transferências correntes enviadas e recebidas do resto do 4.934
mundo
1.157.522 Renda Disponível Bruta
Conta 2.3 – Conta de uso da renda
Renda disponível bruta 1.157.522
957.836 Despesa de consumo final
149.686 Poupança Bruta
Conta 3 – Conta de acumulação
Conta 2.1 – Conta de capital
Poupança bruta 199.686
233.376 Formação bruta de capital fixo
20.750 Variação de estoque

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65 Transferências de capital enviadas e recebidas do resto do mundo 2


( - ) 54.503 Capacidade ( + ) ou Necessidade ( - ) líquida de financiamento

Tabela 3 – Economia Nacional – Conta das transações do resto do mundo com a


economia nacional - 2001
Usos (R$ milhões) Operações e Saldos Recursos (R$ milhões)
Conta 1 – Conta de bens e serviços do resto do mundo com a economia nacional
158.501 Exportação de bens e serviços
138.554 Exportação de bens
19.947 Exportação de serviços
Importação de bens e serviços 170.403
Importação de bens 131.576
Importação de serviços 38.827
11.902 Saldo externo de bens e serviços
Conta 2 – Conta de distribuição primária da renda e transferências correntes do resto do mundo com a economia
nacional
Saldo externo de bens e serviços 11.902
632 Remuneração dos empregados 413
7.002 Rendas de propriedade 53.689
6.377 Juros 41.512
625 Dividendos 12.177
4.934 Outras transferências correntes enviadas e recebidas do resto do 1.004
mundo
7 Prêmios líquidos de seguros não-vida 371
371 Indenizações de seguros não vida 6
4.556 Transferências correntes diversas 628
54.440 Saldo externo corrente
Conta 3 – Conta de acumulação do resto de mundo com a economia nacional
Saldo externo corrente 54.440
2 Transferências de capital enviadas e recebidas do resto do mundo 65
Variações do patrimônio líquido resultantes de poupança e de 54.503
transferências de capital
54.503 Capacidade ( + ) ou Necessidade ( - ) líquida de financiamento

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8. Valores Reais e Valores Nominais

Vimos que o investimento aumenta a capacidade produtiva da economia, pois amplia


o estoque de capital físico existente. Ao longo dos anos, deverá haver aumento do
valor do Produto em termos físicos (quantidades produzidas).
Até o momento estávamos trabalhando com a hipótese de que os preços dos bens e
serviços não se alteravam com o passar dos anos, isto é, não havia inflação.
Portanto, se o PIB de um determinado país no ano de 2005 foi igual a US$ 600
bilhões, e no ano de 2006 foi igual a US$ 630 bilhões, podemos afirmar que houve
um crescimento percentual de 5%, calculado da seguinte forma:

PIB2006 – PIB2005 630 - 600 30


Variação Nominal % = = = = 0,05
PIB2005 600 600

Assim, o crescimento nominal do PIB entre os anos de 2005 e 2006 foi igual a
5%. O crescimento nominal compara os valores nominais do PIB nos dois anos, sem
se preocupar com a variação de preços que ocorreu durante este período.
Observe que se a inflação foi igual a zero, então o crescimento real também
seria igual a 5%. O crescimento real compara os valores reais do PIB nos dois
exercícios, ou seja, os valores descontados da inflação do período. Em outras
palavras, os valores deflacionados.
Suponhamos que a inflação entre o ano de 2005 e o de 2006 tenha sido igual a 8%.
Isso significa que o produto real de 2006 (ou seja, o produto nominal de 2006
deflacionado, ou ainda, o produto de 2006 a preços de 2005) seria igual a:

630
Produto Real de 2006 (a preços de 2005) = x 100 = 583,33
108

Então a variação real do produto entre os dois períodos seria igual a:


PIB (deflacionado) 2006 – PIB2005 583,33 - 600 -16,67
Variação Real % = = = = -0,0277
PIB2005 600 600

Assim, houve uma queda real de 2,77%, aproximadamente, na produção física de


bens e serviços. Isto ocorreu porque o crescimento nominal do produto é de 5% e a
inflação do período é de 8%, ou seja, de fato a produção física se reduziu no período
considerado.
Observe também que usamos um deflator, que nada mais é do que um fator
empregado para descontar o efeito da inflação e transformar um valor nominal em
um valor real.

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O deflator pode ser qualquer índice de preços. No Brasil temos diversos índices de
preços, tais como o IGP-M, IGP-DI, INPC (calculados pela FGV), o IPCA
(calculado pelo IBGE), etc, cada um deles com sua metodologia própria de cálculo.

Todo índice de preço busca captar a variação dos preços de uma determinada cesta
de mercadorias ao longo de certo período de tempo. De acordo com a forma de
cálculo podemos ter índices do tipo Laspeyres ou índices do tipo Paasche.

Vejamos a aplicação destes conceitos na tabela a seguir. Suponhamos uma


economia hipotética que só produza três tipos de bens: arroz, feijão e milho.
Vejamos na tabela o desempenho desta economia nos anos de 2005 e 2006:

A pergunta é: qual foi a variação do produto nominal neste período? Vamos fazer o
somatório:

Então, temos:

PIB2006 – PIB2005 73,50 – 65 8,5


Variação Nominal % = = = = 0,1307
PIB2005 65 65

Ou seja, um crescimento nominal de 13% do PIB entre 2005 e 2006.


Mas, observe que houve inflação no período; os preços de todos os bens
aumentaram. Analisando cada bem de modo isolado, percebemos que a produção de
arroz e de feijão foi menor em 2006. Houve crescimento real da produção de milho
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apenas. E agora? Como calcular o crescimento (ou queda) real da economia como
um todo?
Para isso teremos que deflacionar o PIB de 2006, usando um índice de preços.
Vamos, em primeiro lugar calcular um índice de preços do tipo Laspeyres,
empregando a fórmula:
Σp1q0
L= x 100
Σp0q0
Em que:
§ p1 é o preço do bem no período mais recente (no caso, 2006);
§ p0 é o preço do bem no período mais antigo (no caso, 2005);
§ q0 é a quantidade produzida do bem no período mais antigo (no caso,
2005);
§ L é o índice de preços entre os períodos 2005 e 2006.
Assim, teremos:

(3,00 x 10) + (2,50 x 16) + (1,20 x 8) 30 + 40 + 9,60 x 100 = 79,6 x 100 = 122,46
L= x 100 =
(2,50 x 10) + (2,00 x 16) + (1,00 X 8) 25 + 32 + 8 65

O índice de preços de Laspeyres resultou em 122,46. Logo podemos afirmar que a


inflação do período foi igual a 122,46 – 100 = 22,46% ao ano.

Agora vamos deflacionar o PIB de 2006:

73,50
Produto Real de 2006 (a preços de 2005) = x 100 = 60,0
122,46

E agora podemos calcular a variação real do PIB entre 2005 e 2006:


PIB (deflacionado) 2006 – PIB2005 60,0 – 65 -5
Variação Real % = = = = -0,0769
PIB2005 65 65

Portanto houve uma queda real de 7,69% no PIB total do país, considerando o
índice de preços de Laspeyeres.
Assim como escolhemos as quantidades do período mais antigo para efeito de
cálculo do índice de preços, poderíamos utilizar as quantidade do período mais
recente. Nesse caso, usaríamos o Índice de Preços de Paasche:

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P = Σp1q1 x 100
Σp0q1
Em que:
§ p1 é o preço do bem no período mais recente (no caso, 2006);
§ p0 é o preço do bem no período mais antigo (no caso, 2005);
§ q1 é a quantidade produzida do bem no período mais recente (no caso,
2006);
§ P é o índice de preços entre os períodos 2005 e 2006.

Portanto o Índice de Paasche utiliza as quantidades do período mais recente,


enquanto que o índice de Laspeyres usa as quantidades do período mais
antigo.
Pequenas diferenças que podem ser observadas entre as duas avaliações das
variações de preços advém do fato de que, na verdade, é impossível obter uma
separação perfeita entre variações de preços e quantidades, uma vez que essas
variações não são independentes entre si.

Além dos índices de Laspeyres e Paasche, existem ainda algumas dezenas de


possibilidades de estimativas de variações de preços. Entretanto, a maior parte
dessas alternativas são variações pequenas em torno desses dois índices básicos. O
índice de Fischer, por exemplo, consiste numa média geométrica entre os dois
anteriores, sendo calculado através da raiz quadrada do produto dos índices de
Laspeyres e Paasche.

Questões de Concursos

01. (ESAF/AFRF 2003) – Considere as seguintes informações para uma economia


hipotética aberta e sem governo, em unidades monetárias:
§ Exportações de bens e serviços não-fatores = 100;
§ Renda líquida enviada ao exterior = 50;
§ Formação bruta de capital fixo mais variação de estoques = 150;
§ Poupança líquida do setor privado = 50;
§ Depreciação = 5
§ Saldo do governo em conta corrente = 35.
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Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas de um


sistema de contas nacionais, é correto afirmar que as importações de bens e serviços não-
fatores é igual a:
a) 110
b) 30
c) 80
d) 20
e) 200

02. (EASF/AFRF 2002) – Considere um sistema de contas nacionais para uma economia
aberta sem governo. Suponha os seguintes dados:
Importações de bens e serviços não fatores = 100;
Renda líquida enviada ao exterior = 50;
Renda nacional líquida = 1.000;
Depreciação = 5;
Exportações de bens e serviços não fatores = 200;
Consumo pessoal = 500;
Variação de estoques = 80.
Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a:
a) 375
b) 275
c) 430
d) 330
e) 150

03. (ESAF/AFRF 2002) – No ano de 2000, a conta de produção do sistema de contas


nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados (em R$ 1.000.000):
Produção: 1.979.057;
Consumo Intermediário: 1.011.751;
Impostos sobre produto: 119.394;
Imposto sobre importação: 8.430;
Produto Interno Bruto: 1.086.700.
Com base nestas informações, o item da conta "demais impostos sobre produto" foi de:
a) 839.482
b) 74.949
c) 110.964
d) 128.364
e) 66.519

04. (ESAF/AFRF 2002) – No ano de 1999, a conta de capital do sistema de contas


nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados (em R$ 1.000.000):
Poupança bruta: 149.491;
Formação bruta de capital fixo: 184.087;
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Variação de estoques: 11.314;


Transferências de capital enviada ao resto do mundo: 29;
Transferências de capital recebida do resto do mundo: 91.
Com base nessas informações, é correto afirmar que a necessidade de financiamento foi
igual a:
a) 34.566
b) 45.848
c) 80.414
d) 11.282
e) 195.401

05. (ESAF/AFRF 2002) - Considere as seguintes informações:


Importações de bens e serviços não fatores = 30;
Renda líquida enviada ao exterior = 100;
Variação de estoques = 10;
Formação bruta de capital fixo = 200;
Poupança líquida do setor privado = 80;
Depreciação = 5;
Saldo do governo em conta corrente = 60.
Com base nas identidades macroeconômicas básicas, que decorrem de um sistema de
contas nacionais, é correto afirmar que as exportações de bens e serviços não fatores é
igual a
a) 75
b) 65
c) 55
d) 50
e) 45

06. (INSS 2002) – Considere os seguintes dados:


Produto Interno Bruto a custo de fatores = 1.000;
Renda enviada ao exterior = 100;
Renda recebida do exterior = 50;
Impostos indiretos = 150;
Subsídios = 50;
Depreciação = 30.
Com base nessas informações, o Produto Nacional Bruto a custo de fatores e a Renda
Nacional Líquida a preços de mercado são, respectivamente:
a) 1.250 e 1.050
b) 1.120 e 1.050
c) 950 e 1.250
d) 950 e 1.020

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e) 1.250 e 1.120

07. (INSS 2002) – Considere os seguintes dados:


Poupança líquida =100;
Depreciação = 5;
Variação de estoques = 50.
Com base nessas informações e considerando uma economia fechada e sem governo, a
formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total são, respectivamente:
a) 100 e 105
b) 55 e 105
c) 50 e 100
d) 50 e 105
e) 50 e 50

08. (AFC 2000) – Com relação aos conceitos de produto agregado, podemos afirmar que:
a) O produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido, o produto
nacional pode ser maior ou menor do que o produto interno e o produto a custo de
fatores pode ser maior ou menor do que o produto a preços de mercado.
b) O produto nacional é necessariamente maior do que o produto interno, o produto
bruto é necessariamente maior do que o produto líquido e o produto a preços de
mercado é necessariamente maior do que o produto a custo de fatores.
c) O produto a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto a custo
de fatores, o produto interno é necessariamente maior do que o produto nacional e o
produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido.
d) O produto bruto é necessariamente maior do que o produto líquido, o produto interno
é necessariamente maior do que o produto nacional e o produto a preços de
mercado pode ser maior ou menor do que o produto a custo de fatores.
e) O produto interno é necessariamente maior do que o produto nacional, o produto
líquido pode ser maior ou menor do que o produto bruto e o produto a custo de
fatores pode ser maior ou menor do que o produto a preços de mercado.

09. (AFRF 2005) – Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em
unidades monetárias):
Exportações de bens e serviços não fatores: 200
Importações de bens e serviços não fatores: 300
Renda Líquida enviada ao exterior: 100
Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas
decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que essa economia
hipotética apresentou:
a) déficit no balanço de pagamentos em transações correntes de 100
b) saldo nulo no balanço de pagamentos em transações correntes
c) déficit no balanço de pagamentos em transações correntes de 200

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d) superávit no balanço de pagamentos de 200


e) superávit no balanço de pagamentos de 100

10. (AFRF 2005) – Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em
unidades monetárias):
Variação de estoques: 50
Poupança líquida do setor privado: 270
Depreciação: 30
Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 100
Saldo do governo em conta corrente: 300
Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas
decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que a formação bruta de
capital fixo dessa economia foi de:
a) 600
b) 620
c) 550
d) 520
e) 650

11. (AFRF 2005) – Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em
unidades monetárias):
Investimento bruto total: 700
Depreciação: 30
Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 100
Saldo do governo em conta corrente: 400

Com base nessas informações e considerando as identidades básicas decorrentes de um


sistema de contas nacionais, é correto afirmar que a poupança líquida do setor privado foi
igual a:
a) 170
b) 200
c) 140
d) 210
e) 120

12. (AFRF 2005) – Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em
unidades monetárias):
Investimento privado: 500
Investimento público: 100
Poupança privada: 300
Poupança do governo: 200

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Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas


decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que essa economia
hipotética apresentou:
a) superávit no balanço de pagamentos em transações correntes de 100
b) déficit do balanço de pagamentos em transações correntes de 100
c) déficit do balanço de pagamentos em transações correntes de 200
d) superávit no balanço de pagamentos em transações correntes de 200
e) poupança externa de 150.

13. (AFRF 2005) – Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas


nacionais - conta de bens e serviços – que segue a metodologia adotada atualmente no
Brasil (em unidades monetárias):
Produção total: 1.323
Importação de bens e serviços: 69
Impostos sobre produtos: 84
Consumo final: 630
Formação bruta de capital fixo: 150
Variação de estoques: 12
Exportações de bens e serviços: 56
Com base nessas informações, o consumo intermediário dessa economia foi:
a) 700
b) 600
c) 550
d) 650
e) 628

14. (AFRF 2005) – Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas


nacionais – conta de produção – que segue a metodologia adotada atualmente no Brasil:
Produção total: 1.323
Consumo Intermediário: 628
Impostos de importação: 4
Demais impostos sobre produtos: 79
Com base nessas informações, o Produto Interno Bruto dessa economia foi de:
a) 778
b) 695
c) 774
d) 691
e) 782

15. (ESAF/AFRF 2002) – Suponha uma economia que só produza dois bens finais (A e B).
Considere os dados a seguir:

bem A bem B

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quantidade preço quantidade preço

período 1 10 5 12 6

período 2 10 7 10 9

Com base nestes dados, é incorreto afirmar que:


a) o produto nominal do período 2 foi maior do que o produto nominal do período 1
b) o crescimento do produto nominal entre os períodos 1 e 2 foi de, aproximadamente,
31%.
c) não houve crescimento do produto real entre os períodos 1 e 2, considerando o
índice de Laspeyres de preço.
d) a inflação desta economia medida pelo índice de Laspeyres de preço foi de 30%.
e) não houve crescimento do produto real, entre os períodos 1 e 2, considerando o
índice de Fischer.

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Gabarito

01 – A
02 – A
03 – C
04 – B
05 – B
06 – D
07 – B
08 – A
09 – C
10 – E
11 – A
12 – B
13 – E
14 – A
15 – D

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