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RESUMO: Existe um atual movimento social para o retorno do Direito Penal Máximo e este se dá em razão do
desejo da população em criação de novas leis para tornar mais severas penas de crimes já tipificados no sistema
Penal, como também novas leis para tipificar novas condutas que não deveriam ser criminalizadas caso existisse
uma maior educação ética e moral, além de melhor convívio social, posturas meramente antiéticas ou
desproporcionais que seriam já resolvidas no âmbito civil, tornem-se também crimes. O estudo sobre as formas
de políticas criminais apresentadas por vários autores como o punitivismo, o minimalismo e o abolicionismo,
entendendo o posicionamento de cada um destes modelos, além da observação do aumento dos tipos penais e
clamor social para maior criminalização de condutas outrora ignoradas pelo Direito Penal, notou-se um claro
retorno do punitivismo, dando àquele Direito a função extraordinária de também educar a sociedade, dar-lhe
maior segurança. O Estado desestruturado, as pessoas tornando-se mais distantes umas das outras surge a
aparência da necessidade de maior punição, apenas para satisfazer a sensação de segurança e punibilidade, a
tipificação de qualquer conduta desvirtuada, não atingindo bens jurídicos relevantes para serem abarcados pelo
Direito Penal. Este deve manter-se no mínimo, tratando apenas de assuntos relevantes e assegurando os direitos
fundamentais da pessoa humana. Estando aliado à educação e civilidade da sociedade, produzirá melhores
resultados do que apenas punir.
1. INTRODUÇÃO
A sociedade como um todo passou por várias fases do Direito Penal, tendo já passado
outrora pelo punitivismo ou Direito Penal Máximo, onde o menor ato, por menos ofensivo
que fosse, era punido penalmente e muitas vezes de forma exacerbada, o que é contraditado
2
por Zaffaroni em sua teoria da tipicidade conglobante asseverar que apenas o ato relevante em
todo o ordenamento jurídico é o qual deve ser penalmente tutelado, bem como por Beccaria
ao afirmar ser a certeza da punição mais importante e eficaz do que a promessa de um grande
castigo.
Com passar dos anos e mudanças de pensamentos, como preceitua Beccaria, a certeza
de punição é mais importante que o tamanho da punição e dando maior valor à educação das
pessoas, sendo a educação inversamente proporcional à criminalidade.
Tem-se ainda o movimento abolicionista do Direito Penal, onde Nils Christie, como
um dos idealizadores deste movimento, nos mostra que a relação íntima entre os membros da
comunidade exclui o crime. Contudo, na época moderna, onde as pessoas estão se
distanciando umas das outras em decorrência do avanço tecnológico, tem-se o problema dá
falta de intimidade e relações diretas e reais com o meio social em que o indivíduo está
inserido.
Como política criminal, entendemos ser uma forma de controle da criminalidade, com
um conjunto de medidas adequadas para tanto, voltada para a erradicação do crime, embora
não tenha no Direito Penal seu único amparo.
1
Molina, pg 30.
3
Apenas os bens jurídicos mais relevantes para a sociedade são tutelados pelo Direito
Penal. Desta forma, tem-se por base a teoria da tipicidade conglobante de Zaffaroni, onde se
procura harmonizar os diversos ramos do Direito, partindo-se da premissa de unidade do
ordenamento jurídico, pois seria no mínimo incoerente se o Direito Penal estabelecesse
proibição de comportamento determinado ou incentivado por outro ramo do Direito. Bem
como a proteção por parte dos demais ramos do direito acerca dos bens jurídicos não tutelados
no Direito Penal.
Há uma relatividade da proteção dos bens jurídicos que é rígida, determinada para
todo e qualquer ordenamento jurídico, em conformidade com o grau de importância de tais
bens mediante a cultura da sociedade a qual se aplica.
Para Alessandro Baratta 2, para que uma pena seja aplicada, faz-se necessário que
esteja comprovado que não existem modos diversos aptos para corresponderem a situações
nas quais os direitos humanos encontram-se ameaçados. Não seria suficiente a comprovação
de que a pena é idônea, é necessário que seja demonstrado a impossibilidade de substituição
da sanção penal por outro meio de menor custo social.
Zaffaroni 3 se baseia no princípio da insignificância, alçando sua teoria da tipicidade
conglobante, onde se constata que a tipicidade penal é formada pela junção aglutinada da
tipicidade legal e da tipicidade conglobante (antinormativa) e em faltando uma, o fato será
considerado atípico e consequentemente irrelevante para o Direito Penal.
Daniel Achutti 4 nos lembra da justiça restaurativa, onde se pode reduzir drasticamente
a interferência do Direito Penal na vida do cidadão, bem como reestabelecer o equilíbrio no
meio social, fazendo ainda, com que as pessoas possam se conhecer, e neste ponto podemos
lembrar da “Casa da turbulência” de Nils Christie e a Escola de Chicago.
2
BARATTA, Alejandro. Princípios do Direito Penal Mínimo. Para uma teoria dos direitos humanos como
objeto e limite da lei penal. Doctrina Penal. Teoria e prática em lãs ciências penais. Ano 10, n. 87. Disponível
em: < http://www.docstoc.com/docs/25011452/ALESSANDRO-BARATTA-Principios-de-direito-penal-
minimo> apud
LIMA, Bruno Bessa de. Direito Penal mínimo na sociedade brasileira. Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n.
3319, 2 ago. 2012. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/22338>. Acesso em: 26 maio 2014.
3
ZAFFARONI, Eugenio Rúl; PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito penal brasileiro:parte geral. 4.
ed. rev e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. apud GOMES, Luiz Flávio. O Direito penal mínimo e o
princípio da insignificância. Disponível em:
<http://ww3.lfg.com.br/artigos/Blog/ODireitopenalminimoeoprincipiodainsignificancia_FernandoFaria.pdf> 10
de julho de 2016.
4
Achutti, Daniel Silva. Justiça restaurativa e abolicionismo penal. São Paulo: Saraiva, 2014.
4
3. PUNITIVISMO E ABOLICIONISMO.
3.1 Punitivismo
Para Jakobs, o inimigo seria aqueles indivíduos que não possuem cognição mínima
para manterem-se em sociedade e quebram o pacto social, devendo dela ser separados, por
mostrarem-se nocivos e não serem considerados como pessoa (cidadão dotado de direitos e
garantias), pois pessoas são aquelas que gozam de cognição suficiente para comprometer-se
com seus deveres e obrigações, mantendo a harmonia do meio social. Assim, existe um
tratamento diferenciado entre as pessoas e os considerados inimigos. Estes não têm direito
5
FERRAJOLI, Luigi. Direito e Razão. Teoria do Garantismo Penal. São Paulo: RT, 2002. p 320. apud
LIMA, Bruno Bessa de. Direito Penal mínimo na sociedade brasileira. Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n.
3319, 2 ago. 2012. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/22338>. Acesso em: 11 julho 2016.
5
algum ou qualquer garantia processual, são tratados com regras de guerra, ao contrário dos
cidadãos. Notadamente é um direito inconstitucional e enquadrado no punitivismo pela forma
com a qual trata os possíveis delinquentes.
Para o Punitivismo ou Direito Penal Máximo, o sistema penal é a melhor solução para
quase todo tipo de conflito social, sendo o Direito Penal utilizado como a prima ratio,
deixando de lado o garantismo e a razoabilidade.
Uma razão preponderante para a extinção das penas, especialmente sobre a pena
privativa de liberdade, é o fato de que ela pune em maior número e mais severamente as
camadas mais pobres da sociedade, sendo obviamente injusta e ineficaz, além do fato de não
cumprir a função ressocializadora, mas sim fazendo com que o preso saia com maior animus
de delinquir. Desta forma, a pena é um sofrimento sem causa de ser, não trás qualquer
benefício a quem a sofre, causando maior dano à sociedade quando essa pessoa que esteve
presa voltar ao convívio social e como acentua Christie, “punir – inflição do consciente de dor
– significa gerar guerra civil em sistemas frágeis”(CHRISTIE, 2011, P.118), assim, se faria
necessária a extinção dos sistemas penais a aplicação de medidas distintas para a solução dos
conflitos.
6
FERRAJOLI, Luigi. Derecho y razón: teoría do garantismo penal. Trad. Perfecto Andrés Ibanéz et al. Madrid:
Trotta, 1995. Apud GOMES, Luiz Flávio. BIANCHINI, Alice. Abolicionismo Penal. Disponível em:
http://professoraalice.jusbrasil.com.br/artigos/121814373/abolicionismo-penal, Acesso em 18 de julho de 2016.
6
A princípio, o abolicionismo pode ser visto como uma teoria utópica, uma vez que
prega a extinção de todo o sistema penal, deixando a solução dos conflitos para os próprios
indivíduos, como meio de justiça restaurativa, fazendo uso de conciliações e partindo do
pressuposto que todos os indivíduos da sociedade se respeitam, buscam a harmonia social e
tem alto grau de civilidade, fato este que é sabidamente utópico.
Nils Christie 7 nos dá mostra que o crime é uma criação social, mais aplicável aos
comportamentos adultos, pois, muitas vezes crianças cometem atos considerados como
delitos, a exemplo de lesões corporais, mas não são punidas criminalmente por se entender a
característica infantil do ato e o conhecimento que se tem sobre quem são as crianças.
Christie ainda nos mostra com o caso do homem no parque os exemplos da “Casa da
perfeição” e “Casa da Turbulência”. Nesse caso, vemos claramente a importância da
integração social, valores e civilidade para a incriminação de alguém.
7
CHRISTIE, Nils. Uma razoável quantidade de crime; Tradução, apresentação e notas André Nascimento. Rio
de Janeiro: Revan, 2011.
8
Idem. Pág 157.
7
Esses estrangeiros nos slums enfrentavam a barreira linguística e cultural para que se
pudesse haver integração entre aquelas pessoas, além da ausência de controle social informal
decorrente também da falta de infraestrutura do local, desorganização, mobilidade social
8
prejudicada, a deterioração urbana e a ausência do Estado. Era exatamente nesses slums onde
a criminalidade era alta.
Existem várias formas e sistemas de controle social, mas tratemos apenas de um deles,
justamente o sistema que deveria ser usado em última análise, mas vem sendo usado e
expandido ao primeiro plano, o sistema penal. É dinâmico devido à natural mudança da
sociedade, onde algumas condutas tidas como desviadas em tempos passados deixam de
interessar ao direito penal, enquanto outras condutas passam a ser tuteladas por ele.
De toda sorte, a ordem social (controle social informal) 9, tendo por titular a sociedade,
10
não é autossuficiente, valendo-se da ordem jurídica (controle social formal) , que tem o
Estado como seu titular, para solucionar todos os conflitos advindos do convívio social.
O controle social formal é dividido em instâncias, sendo o Direito Penal uma delas.
Estas procuram estabilizar e manter o “status quo”, por meio da subordinação do indivíduo às
regras e modelos do grupo social. Para alguns, manter-se subordinado às normas sociais é
estar em estado de conformismo, o que para uns é uma das funções do Direito Penal: manter
as pessoas neste estado.
9
GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antônio García–Pablos de, Direito Penal: Fundamentos e Limites do Direito
Penal. 3 ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista do Tribunais, 2012. p 197
10
GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antônio García–Pablos de, Direito Penal: Fundamentos e Limites do
Direito Penal. 3 ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista do Tribunais, 2012. p 197
9
O crime não é meramente uma ofensa à norma, mas também uma ofensa real, latente à
um bem jurídico de grande importância, tutelado normativamente. Além da criação de
deveres jurídicos, o Direito Penal tutela ainda valores que se não ofendidos, não há crime.
Como diz Molina, “o Direito Penal não pretende realizar valores absolutos de justiça sobre a
terra nem exercitar os cidadãos para a virtude da obediência, senão garantir a inviolabilidade
dos valores supremos da ordem social tornando possível a vida e comunidade.” 11
O Direito Penal deve ainda cumprir o dever de evitar a violência estatal, a vingança
privada, uma vez que o Estado detém o “ius puniendi” e também de garantias à toda a
comunidade, afim de tornar viável a vida em comunidade por representa um mínimo ético,
onde se nota a função ético-social do Direito Penal, denominada por alguns de função
criadora ou configuradora de costumes. O delito fere além da ordem jurídica, a ordem ético-
social externa. Contudo, tal função é questionável.
Para parte da doutrina que entende que a função do Direito Penal não consistiria em
proteger bens jurídicos senão os valores elementares da Ética social. Seria, assim, uma função
pedagógica, positiva, pois incide na consciência do cidadão, ao contrário da função preventiva
de proteção aos bens jurídicos.
Segundo Welzel, o Direito Penal reside na proteção dos bens jurídicos de forma só
mediata e secundariamente. Sua tese é fundamentada, ontologicamente, na conexão entre o
Direito Penal e os valores elementares e básicos da Ética social; sistematicamente,
fundamenta-se na distinção entre desvalor da ação e desvalor do resultado, com latente
primazia ao primeiro; também tem fundamento político-criminal, na maior eficácia da função
ético-social do Direito Penal no tocante à função clássica de proteção de bens jurídicos, na
defesa da sociedade assim como no combate contra o delito.
11
GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antônio García–Pablos de, Direito Penal: Fundamentos e Limites do
Direito Penal. 3 ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista do Tribunais, 2012. p 198.
12
GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antônio García–Pablos de, Direito Penal: Fundamentos e Limites do
Direito Penal. 3 ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista do Tribunais, 2012.p 201.
10
Ainda para este autor, o valor do ato é relativamente independente do valor material e
fático e assim, só pode garantir eficazmente a segurança de todos, quando, por exemplo, com
independência do valor atual da vida individual, se assegure o respeito à vida.
Desta forma, não se pode atribuir ao Direito Penal, a função pedagógica, educar em
valores a sociedade, esta função cabe à família, à própria comunidade e às escolas, todavia, ao
passo que este tipo de educação não é dada às crianças e adolescentes, estes se tornam mais
aptos ao cometimento de crimes. Com o aumento da criminalidade decorrente da falta de
educação, o Direito Penal, sob a função preventiva, aumenta a severidade das penas e a
ostensividade nas ruas. Tal qual afirma Pitágoras, “Educai as crianças e não será preciso punir
os homens”.
13
GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antônio García–Pablos de, Direito Penal: Fundamentos e Limites do
Direito Penal. 3 ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista do Tribunais, 2012.
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Para alguns, esta mudança decorre de uma nova política de Estado (consequência da
desintegração do Estado de bem-estar social) para governar a população pobre ou
inassimilável no contexto da globalização. Nesta configuração, a prisão ocuparia um lugar
privilegiado no confinamento e consequente controle desta população agora desnecessária
para o sistema produtivo. Outros discutem essa ruptura no tratamento do crime e da violência;
14
A pesquisa entrevistou 1068 pessoas com idade igual ou maior de 16 anos em 130 municípios localizados em
27 Estados brasileiros, nos meses de março e abril de 2007. As entrevistas foram realizadas por telefone.
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A opinião dos entrevistados se divide da seguinte forma: 36% acham que a maioridade penal deve diminuir
para 16 anos, 29%, para 14 anos, 21% defendem a diminuição para 12 anos e 14% acreditam que a maioridade
penal não deveria existir, sendo a punição aplicada da mesma forma para pessoas de todas as idades.
12
parecem reconhecer que esta mudança reflete um sentimento presente, de forma mais ou
menos difusa, em todo tecido social.
5. O RETORNO DO PUNITIVISMO
A atual sociedade vem exigindo elaboração de leis para pequenas coisas, para atos que
o Direito Penal não deveria abarcar, tal como a hombridade de um indivíduo, como exemplo,
requerer que seja elaborada uma lei a fim de assegurar que concursos de beleza sejam
realizados de forma proba e tenham como resultado apenas por mérito das pessoas candidatas
ao título. 17
16
BECCARIA, Cesare Bonesana, Marchesi di, Dos delitos e das penas; Tradução J. Cretella Jr. E Agnes
Cretella. 6 ed. rev. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013.
17
Conexão Repórter, exibido em 10 de julho de 2016, documentário “coroa à venda”.
13
À medida que esta expansão do Direito penal avançava, ficou notável que leis penais
mais abrangentes ou mais severas não eram capazes de solucionar o problema da crescente
criminalidade, portanto, a ideia de abarcar todos os menores problemas que foi dada ao
Direito penal é falsa, pois o torna inútil.
Para todo ato considerado novo, requer que seja elaborada uma nova lei para tanto.
19
Vemos assim o surgimento dos tais “crimes de plástico” , que são crimes já existentes, atos
já tutelados pelo Direito Penal, mas com modus operandi distinto, ou com um novo meio
utilizado para seu cometimento advindo da evolução social e tecnológica, a exemplo dos
crimes tipificados nos artigos 154-A e 266, 298, parágrafo único (falsificação de cartão),
incluídos pela Lei 12.737 de 2012, que foi elaborada em decorrência de atos cometidos contra
a atriz Carolina Dieckman.
Com tantas novas leis, é inegável que o minimalismo do Direito Penal, está em
decadência, cedendo espaço para o punitivismo, pois até atitudes que apenas a educação
institucional e valorativa coibiria, o Estado está intervendo, a exemplo da “Lei do chapéu” 21 e
22
a “Lei do Boné” no Rio de Janeiro, ambas para tentar aumentar a segurança da população e
coibir delitos pela impossibilidade de disfarce por parte dos possíveis criminosos.
Contudo, não é função do Direito Penal educar, mas é esta a postura que se vê dentro
do ordenamento pátrio. Caminhando na contramão do lecionado por Beccaria, vem-se
aumentando os tipos penais no Brasil e agravando as penas, a sociedade vem perdendo
educação de valores e instrutiva, onde as penalidades estão servindo ainda mais como medida
de controle social. Quanto mais educada, em todos os aspectos, for a sociedade, mais
intimidade e cooperação entre seus membro existir, menos se faz necessária a atuação do
Direito Penal, agindo este apenas em casos realmente graves e não educando.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
21
Lei 10.228 de 23 de dezembro de 2013 do Estado da Paraíba de autoria do deputado Assis Quintans, proíbe o
uso de chapéu e óculos escuros em estabelecimentos bancários, a fim de aumentar a segurança nos
estabelecimentos bancários. Disponível em:< http://static.paraiba.pb.gov.br/2013/12/Di%C3%A1rio-Oficial-
24.12.2013.pdf> Acesso em: 16 de julho de 2016.
22
Lei 6.717/2014 de autoria da deputada Lucinha do estado do Rio de Janeiro.
15
REFERÊNCIAS
Achutti, Daniel Silva. Justiça restaurativa e abolicionismo penal. São Paulo: Saraiva, 2014.
BECCARIA, Cesare Bonesana, Marchesi di, Dos delitos e das penas; Tradução J. Cretella Jr.
E Agnes Cretella. 6 ed. rev. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013.
CHRISTIE, Nils. Uma razoável quantidade de crime; Tradução, apresentação e notas André
Nascimento. Rio de Janeiro: Revan, 2011.
GOMES, Luiz Flávio. Norma e bem jurídico no Direito Penal. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2000.
GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antônio García–Pablos de, Direito Penal: Fundamentos e
Limites do Direito Penal. 3 ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista do Tribunais, 2012.
LUISI, Luiz. Princípios Constitucionais Penais. Porto Alegre: SAFE, 1991. p. 27. apud.
VOLPE FILHO, Clovis Alberto. Quanto mais comportamentos tipificados penalmente, menor
o índice de criminalidade? - Página 1/2. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n.
694, 30 maio 2005. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/6792>. Acesso em: 20 julho de
2016.