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No início existiam a Escuridão (Trevas), o Caos e
as Águas (skotos, kai bythos, kai hydōr), mas o
Espírito que vive dentro deles e entre eles os
separou. Da miscigenação da Escuridão com o
Espírito nasceu o mētra que novamente foi aceso
com renovado desejo pelo Espírito; ela deu à luz
primeiro quatro, e então outros quatro aeons,
produzindo assim uma direita e uma esquerda,
luz e trevas. Por último nasceu um aischros aiōn,
que teve relações sexuais com o mētra. A prole
desta relação são os deuses, anjos, demônios e
espíritos.
— Epifânio, Panarion, sobre os Nicolaítas[16].
Estas teorias cosmogônicas foram precedidas
por Tiamat da mitologia síria, a mãe-da-vida de
quem Berossus deve tanto, ou no "mundo-ovo" do qual,
quando partido, procederam o céu, a terra e todas as
coisas[18]
Seitas gnósticas[editar | editar código-fonte]
Barbeliotas[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Barbelo
Gnosticos 7 ceus?
Em textos da Era patrística[editar | editar código-fonte]
Ela é descrita obscuramente por Ireneu de Lyon como um
"aeon que nunca envelhece e existe num espírito
virginal"[4], a quem, de acordo com certos "Gnostici", o Pai
inominável desejou se manifestar a ela, e que, quando
quatro sucessivos seres - cujos nomes expressam
pensamento e vida - emergiram Dele, foi preenchida de
alegria pela visão, e por si mesma, deu à luz três (ou
quatro) outros seres similares[4]. Ela aparece ainda em
passagens vizinhas de Epifânio de Salamis, que em parte
deve ter seguido o Compêndio de Hipólito como é
demonstrado pela comparação com Philaster (c. 33), mas
também por seu conhecimento pessoal das
seitas Ofitas especialmente chamadas de "Gnostici" (i.
100 f.). A primeira passagem é num artigo sobre
os nicolaítas (i. 77 f.), aparentemente uma referência
profética aos seus supostos descendentes, os "Gnostici"
(77 A.Philast.). De acordo com a visão deles, Barbēl ō vive
"acima no oitavo céu;" ela foi 'emanada' (προβεβλῆσθαι)
"do Pai;" ela era a mãe de Yaldabaoth (ou de Sabaoth),
que insolentemente tomou posse do sétimo céu e se auto-
proclamou o único Deus; e quando ela ouviu essa palavra,
lamentou. Ela sempre aparecia para os Arcontes numa
forma muito bela, pois encantando-os poderia juntar
novamente seu poder que fora dispersado.
Outros, Epifânio de Salamis parece dizer (78 f.), contam
uma história similar de Sophia, substituindo Caulacau
por Yaldabaoth. Em seu artigo seguinte, no "Gnostici" (83
C D), a idéia de juntar novamente os poderes dispersados
de Barbēlō, "a Mãe acima", roubado dela pelo
"o Arcontes que fez o mundo e os outros deuses e anjos e
demônios que estavam com ele", repete-se como foi
colocada no apócrifo 'O Pensamento de Norea', a lendária
esposa de Noé. Em ambos, Epifânio representa a doutrina
como dando origem ao consumo ritual de fluidos sexuais.
Numa terceira passagem (91 f.), enumerando
que Arcontes tem tronos em qual céu, ele menciona como
habitantes de um oitavo - e superior - céu "ela que é
chamada Barbēlō" e o auto-engendrado Pai e Senhor de
todas as coisas, e o 'nascido da virgem'
(αὐτολόχευτον) Cristo (evidentemente como filho dela, pois
de acordo com Ireneu sua primeira cria, "a Luz", era
chamado de Cristo[4]); e de maneira similar ele conta
como a ascensão das almas através dos diferentes céus
terminariam numa região superior, "onde Barbēro ou
Barbēlō é a Mãe da Vida" (Genesis 3:20)[5].
Teodoreto (H. F. f. 13) simplesmente parafraseia Ireneu,
com algumas poucas palavras de Epifânio de
Salamis. Jerônimo inclui diversas vezes o
nome Barbēlō em listas de nomes prodigiosos (no mau
sentido) que aparecem na heresia espanhola, ou seja,
dentre
os Priscilianistas; Balsamus e Leusibora aparecendo três
vezes associado com ele. (Ep. 75 c. 3, p. 453 c. Vall.;
c. Vigil. p. 393 A; in Esai. lxvi. 4 p. 361 c; in Amos iii. 9
p. 257 E)
Iao
Sabaoth
Astaphanos, ou Astaphaios
Adonaios
Horaios