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CURSO DE DIREITO
ENSAIO CRÍTICO
São Luís
2019
ANTONIO JERONIMO DE ALMEIDA NETO
ENSAIO CRÍTICO
Orientadores:
Isabel Cristina Costa Freire
Jethânia Glasses Cutrim Furtado
Ferreira
José Hailton Costa Coelho
Karla Cristiane Pereira Vale
Leandro Augusto dos Remédios
Costa
Vilma de Fátima Diniz de Souza
São Luís
2019
TEMA: BACHAREL EM DIREITO QUE AGREDIU MÃE IDOSA, PROFESSORA
UNIVERSITÁRIA E PORTADORA DE ALZHEIMER FOI CONDENADO A 10 ANOS
DE DETENÇÃO.
RESUMO
O presente ensaio se propõe a discutir o caso do bacharel em Direito Roberto Elísio
Coutinho de Freitas, condenado a dez anos de reclusão pela prática de crimes
contra a própria mãe, a senhora Joseth Coutinho Martins de Freitas, professora
universitária, aposentada, na época com 84 anos idade e doente de Alzheimer. Ao
agressor também foi imputado o pagamento de multa de dois milhões de reais como
efeito da condenação pelos danos causados à vítima. O foco de interesse da
pesquisa, através da pesquisa bibliográfica e documental em artigos especializados
sobre o assunto, à luz das leis Maria da Penha, Estatuto do Idoso, Código Penal e
da Lei de Execução Penal, é impulsionar o reconhecimento social de que, mesmo
nos tempos atuais, a mulher idosa ainda sofre constante violação dos direitos
humanos. Os resultados indicam a presença de violência com agressões verbais e
físicas, ocorrendo também violência psicológica. As motivações de violência estão
relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas, proximidade física e dependência
financeira do agressor em relação ao idoso. Desta forma, ressalta-se a importância
das políticas públicas como modo de prevenção à violência contra as mulheres e
idosos e a necessidade de atenção estatal visando a reeducação social de homens
e mulheres para que convivam com igualdade, de forma que a punibilidade não seja
a única alternativa evitar estes tipos de violência.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
o
Art. 1 : [...] esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência
doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do artigo 226 da
Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados
internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre
a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e
estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de
violência doméstica e familiar [...]. (LEI MARIA DA PENHA, 2006, p. 11).
O estatuto, [...] assegurou-lhes, com tutela legal, ou por outros meios, todas
as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e
mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em
liberdade e dignidade.
O termo violência é um vocábulo que deriva do latim violentia, que por sua
vez deriva do prefixo vis e quer dizer força, vigor, potência ou impulso. Portanto,
segundo Saffioti (2015), trata-se de qualquer comportamento que vise à ruptura de
qualquer forma de integridade da vítima, seja física, psíquica, sexual ou moral,
através do uso da força, caracteriza-se como violência. Pode-se dizer, portanto, que
qualquer tipo de violência é uma violação dos direitos essenciais do ser humano.
A violência, segundo a análise de Cavalcanti (2007, p.29):
Essas autoras consideram ser um tema difícil de ser investigado devido aos
tabus que o cercam, pois traz à tona questões de família que as pessoas temem ou
envergonham-se para falar, principalmente quando estão em um espaço jurídico.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
LOURENÇO, L. M., Mota, D.C.B., Carvalho, R. G., Gebara, C.F.P., & Ronzani, T. M.
(2012). Crenças dos profissionais da Atenção Primária à Saúde de Juiz de Fora
em relação à violência doméstica contra idosos. Estudos de Psicologia
(Campinas), 29(3), 427-436.