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Vacuidade

Vacuidade é a natureza de todos os fenômenos. A palavra em sânscrito é shuniata, e não significa apenas que não
"há nada" nas coisas, mas que elas são livres, elas não têm, nelas mesmas, um valor intrínseco, ou uma forma
particular de existirem.

Assim, por exemplo, alguém por quem você tem raiva você pode passar a sentir carinho, naturalmente, ou vice-
versa. O fato é que não existe um inimigo ou um amigo inerente na pessoa, mas a nossa reação surge inseparável de
uma liberdade do ser (ou coisa) se manifestar como for.

Uma situação terrível é terrível porque não reconhecemos liberdade, e só a vemos por um ângulo. Mas existe, em
qualquer âmbito, liberdade para ver sob outro ângulo. Então, se percebemos a vacuidade de uma situação, temos
liberdade - caso contrário, estamos presos a aquela situação "do jeito que é", esse jeito que é, na verdade, é uma
construção, uma forma particular, um aprisionamento.

A vacuidade também é o que permite a compaixão. Se olhamos para um ser e achamos que ele está naquela situação
ruim porque é assim mesmo, ele é aquela situação e não tem jeito, então não tem como haver compaixão. Se vemos
a vacuidade do ser, entendemos que a natureza dele sempre foi livre, e que aquela é uma situação em que ele se
meteu temporariamente. Então é possível verdadeiramente ajudar, percebendo que aquele âmbito de sofrimento é
construído, não é natural. Se não vemos a vacuidade, podemos ter pena, sentir que a situação é profundamente
desesperadora para ele e sentirmos profundamente isto em nós mesmos - mas esse tipo de sensação não adianta
muito, porque não há como nem ele nem você se libertarem disso.

A vacuidade também se aplica a nós mesmos. Vemos que mudamos o tempo todo, e isso quer dizer que não há nada
em nós mesmos que seja efetivamente duradouro. Cada uma das coisas surge por brilho. Na verdade, há dois
aspectos. Em algumas imagens budistas há um casal de Budas fazendo sexo. Isso é uma metáfora para o fato de que
a vacuidade é inseparável da luminosidade, a sabedoria é inseparável da compaixão, e a liberdade é inseparável da
criatividade. Então nossa identidade nasce constantemente desse pai e dessa mãe, e o sofrimento ocorre quando não
reconhecemos estes dois aspectos como uma só coisa.

Então o nosso potencial pleno precisa ser reconhecido, e ele é o potencial da vacuidade. É olhando para nosso corpo
e mente com o olho da vacuidade que vemos um Buda. Se olhamos com o olho cármico, vemos uma pessoa que
nasce, faz isto e aquilo e morre. Quando olhamos com o olho da vacuidade, surge um ser livre e capaz de ajudar os
outros. Então parece uma boa coisa atingir esta visão. Para isto se pratica, para isto se entra em contato com o lama.

O lama é alguém que espelha nossas qualidades. Nós reconhecemos boas coisas nele porque estas coisas estão
presentes em nós, e ele realmente é alguém dedicado a fazer com que atinjamos este potencial. Da mesma forma a
sanga, a comunidade de praticantes, também nos ajuda de forma semelhante.

O ensinamento da vacuidade pode ser explicado de forma bastante detalhada e complexa, mas basicamente é ver que
os eventos são livres, é ver essa liberdade além de objeto e observador. Essa liberdade não é porém algo que
atingimos para nós mesmos, porque a essência dela é a compaixão, é olhar para os outros vendo as mesmas
qualidades neles.

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