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PNEUTRÓNICA
6. CIRCUITOS BÁSICOS 91
6.1. COMANDOS BÁSICOS DIRECTOS 91
6.1.1. COMANDO DIRECTO DE UM CILINDRO DE SIMPLES EFEITO 91
6.1.2. COMANDO DIRECTO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO 91
6.2. COMANDOS BÁSICOS INDIRECTOS 92
6.2.1. COMANDO INDIRECTO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO 92
6.2.2. COMANDO INDIRECTO AUTOMÁTICO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO 92
6.3. CONTROLO DE VELOCIDADE EM CILINDROS DE SIMPLES EFEITO 94
6.3.1. APLICAÇÃO DE VÁLVULAS ESTRANGULADORAS PARA CONTROLO DE VELOCIDADE NO AVANÇO 94
6.4. CONTROLO DE VELOCIDADE NO AVANÇO E NO RECUO DE CILINDROS DE DUPLO EFEITO. 95
6.5. COMANDO DE UM CILINDRO DE SIMPLES EFEITO, COM UMA VÁLVULA ALTERNADORA (ELEMENTO LÓGICO OU).96
6.6. COMANDO DE UM CILINDRO DE SIMPLES EFEITO 96
6.7. COMANDO TEMPORIZADO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO 97
6.8. SISTEMAS CÍCLICOS E DE EMERGÊNCIA 98
6.9. CONTADORES PNEUMÁTICOS 100
6.10. VÁLVULAS SEQUENCIAIS 103
6.11. CIRCUITO PARA CONTROLO DE VELOCIDADES 106
6.12. RESUMO 106
6.13. QUESTÕES / EXERCÍCIOS 107
6.13.1. QUESTÕES 107
7. ELECTROPNEUMÁTICA 109
7.1. INTRODUÇÃO 109
9. BIBLIOGRAFIA 168
Outros
1%
Oxigénio
21%
Nitrogéni
o
78%
Compressibilidade:
- Capacidade de reduzir o volume que uma dada massa de ar ocupa, quando na presença de pressão
externa.
Expansibilidade:
Difusibilidade:
Inodoro:
- Sem odor.
Incolor:
- Transparente.
Insípido:
- Sem sabor.
35 1,1455
30 1,1644
25 1,1839
20 1,2041
15 1,225
10 1,2466
5 1,269
0 1,2922
−5 1,3163
Para melhor compreender as leis e o comportamento do ar, é necessário antes considerar as grandezas físicas e as suas
classificações nos sistemas de medidas. Com o fim de estabelecer relações inequívocas e claramente definidas, os cientistas
e os técnicos da maioria dos países estão empenhados em definir um só sistema de medidas que seja válido universalmente,
é denominado de "SISTEMA INTERNACIONAL DE MEDIDAS", abreviado como "SI".
Comprimento L [m]
Massa m [kg]
Tempo t [s]
1
Volume específico [m3/kg]
m
Massa volúmica [kg/m3]
V
Substância
Densidade
d Adimensional d
relativa Água
V
Caudal volúmico Q ou V [m3/s] Q ou Q v A
t
m
Caudal mássico Qm ou m [kg/s] Qm ou Qm Q
t
F n R T
Pressão p [Pa] p ou p g h ou p
A V
5
Temperatura [K]
[ºF] TK (Tº F 459,67)
9
5
[ºR] TK Tº R
9
1 [kgf/cm2] 98066,5
A Tabela 6 enumera os factores de conversão entre unidades de pressão comuns na indústria. Para obter um valor de
pressão numa unidade listada na coluna à esquerda, deve ser multiplicado o valor na unidade de entrada, listado nas colunas
adiantes e identificado na linha superior, como descrito na Equação 1.
Pressão manométrica é a medição da pressão obtida do manómetro. A pressão obtida do manómetro é uma pressão relativa
à pressão atmosférica. As unidades dos valores das pressões manométricas têm o sufixo “g”. 1 [barg] equivale a
aproximadamente 2 [bar].
A pressão do ar atmosférico varia com a localização geográfica e as condições atmosféricas. É vulgar admitir que a pressão
atmosférica ao nível da água do mar é de 1 [atm].
Valores de pressão inferiores a 1 [atm] são considerados condições de sob pressão, depressão ou vácuo. Acima são
considerados como sobrepressão.
A pressão dominante na superfície da terra é conhecida como a pressão atmosférica pAmb, também referida como pressão de
referência. A diferença de pressão entre esta e a ambiente é conhecida como pressão de excesso p e ou pressão relativa. As
várias pressões são descritas na Ilustração 5.
Em muitos processos industriais é necessária a adoção de condições de referência. Convencionou-se que as condições
normais de temperatura e pressão (PTN) são:
1.3.2. COMPRESSIBILIDADE DO AR
Como todos os gases, o ar comprimido não tem uma forma definida. O ar altera-se à menor resistência ou seja, ele adapta-se
à forma do ambiente. O ar deixa-se comprimir (compressão), mas tende sempre a expandir-se (expansão).
É a lei que descreve o comportamento da pressão de um fluido como o ar comprimido em função da variação do volume de
controlo e está descrita na Equação 3.
A lei descreve o caso particular em que a temperatura se mantém constante entre os estados inicial e final, descrito também
como um processo isotérmico.
Sob temperatura constante, o volume de um gás fechado num recipiente é inversamente proporcional à pressão absoluta,
quer dizer, o produto da pressão absoluta e o volume é constante para uma determinada quantidade de gás.
p1 V1 p2 V2 k
p1 pressão _ estado _ inicial
V volume _ estado _ inicial
1
Considerando p2 pressão _ estado _ final
V volume _ estado _ final
2
k const
O exercício seguinte ilustra os princípios da lei. Ar à pressão atmosférica é comprimido por um compressor de ar até o seu
volume final ocupar 1/7 do volume inicial. Qual é a pressão do ar final se for considerado que a temperatura no processo
permanece constante?
Informações:
V2 1 V 7
- 1
V1 7 V2 1
- p1 p Amb 100kPa
Equações:
V1
- p1 V1 p2 V2 p2 p1
V2
Resolução:
De acordo com a lei de Gay-Lussac o ar com pressão constante, expande 1/273,15 do seu volume por cada 1 [K] de aumento
de temperatura.
𝑉2 = 𝑉1 ⋅ (1 + 𝛼 ⋅ Δ𝑇)
Considera-se:
𝑉2 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑉1 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
1
𝛼 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑥𝑝𝑎𝑛𝑠ã𝑜 =
273,15
Δ𝑇 = 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 = 𝑇2 − 𝑇1
A lei descreve processos em que a pressão se mantém constante entre os estados inicial e final, descrito também como
processo isobárico.
Esta lei diz respeito às transformações isocóricas ou isométricas, isto é, aquelas que se processam a volume constante, cujo
enunciado é o seguinte:
“O volume constante, a pressão de uma determinada massa de gás é diretamente proporcional à sua temperatura absoluta,
ou seja: = constante”[2]
p1 p2
k
T1 T2
p1 pressão _ estado _ inicial
T temperatur a _ estado _ inicial
1
Considerando p2 pressão _ estado _ final
T temperatur a _ estado _ final
2
k const
A equação geral dos gases é válida para o ar comprimido e supondo uma massa de ar constante, descreve a relação entre a
pressão, a temperatura e o volume, como descrito na Equação 6.
p1 V1 p2 V2
k
T1 T2
V1 volume _ estado _ inicial
T temperatur a _ estado _ inicial
1
p1 pressão _ estad _ inicial
ConsiderandoV2 volume _ estado _ final
T temperatur a _ estado _ final
2
p2 pressão _ estad _ final
k const
1.4.1. DEFINIÇÃO
O termo pneumática deriva do grego “pneumatikos” que significa fôlego ou sopro. A pneumática é um ramo da ciência e da
engenharia que faz uso de fluídos gasosos como o ar atmosférico.
1.4.2. CONTEXTO
O ar comprimido tem sido utilizado desde as revoluções industriais, mas o seu estudo sistematizado apenas ocorre a partir de
1950, com a maior necessidade de automatizar processos industriais [3].
A pneumática descreve e controla os processos que usam a transmissão de energia desde a fonte onde o ar é comprimido
até ao elemento atuador onde a expansão do ar pressurizado realiza o trabalho pretendido.
Esta forma de produção, que substitui a alternativa de trabalho muscular, é mais eficaz e por consequência mais utilizado na
indústria. A Ilustração 5 demonstra a comparação de alguns processos.
A utilização da pneumática permitiu a substituição do esforço muscular por outras formas de energia e também permitiu a
automatização de processos industriais, permitindo a incorporação de lógica para conseguir processos de produção
autónomos.
1.4.3. VANTAGENS
Quantidade:
Transporte:
Armazenamento:
Temperatura:
Segurança:
- Não existe perigo de explosão. Pelo contrário esse risco existe quando os atuadores são elétricos, por
causa dos arcos entre contactos. É mais económico o equipamento pneumático do que o elétrico com
proteções contra atmosferas explosivas.
Limpeza:
- O ar comprimido é limpo. Não produz salpicos, resíduos ou sobras que contaminem os processos. Não
requer a periódica manutenção e limpeza que os sistemas hidráulicos requerem.
Velocidade:
- Atuação rápida, tempos reduzidos entre o comando e a atuação. Avanço de cilindros de cerca de 2 [m/s].
Regulação:
- A pressão e o caudal podem ser regulados. Este controlo permite controlar a velocidade de avanço e a força
aplicada.
- Ao contrário dos circuitos elétricos, os circuitos pneumáticos não estão sujeitos a sobrecargas, porque se a
fonte produzir ar comprimido até determinada pressão de trabalho, não existem condições em que os
elementos a jusante da fonte possam estar sujeitos a sobrecargas.
1.4.4. DESVANTAGENS
Preparação:
- O ar comprimido deve ter tratado. As impurezas e as humidades relativas podem diminuir o tempo de vida
útil dos elementos por causa da erosão mecânica e da corrosão química.
Compressibilidade:
- Devido ao ar ser um fluido compressível, não é possível manter constante a velocidade e a força ao longo
da atuação nos cilindros e nos motores.
Forças:
- O ar comprimido é viável até à pressão de trabalho de 700 [kPa]. Quando o processo exige maior pressão é
necessário considerar a motriz elétrica e hidráulica.
Escape de ar:
- Para o escape de ar ser silencioso é necessário aplicar silenciadores. Ao contrário dos circuitos elétricos e
hidráulicos, o escape do fluido de trabalho tem de ser libertado após a execução do trabalho.
São comparadas quantitativamente as características na Tabela 9 nas formas de energia comuns nos processos industriais.
Distância económica < 1000 [m] Praticamente sem limites < 100 [m]
2.1. INSTALAÇÃO
Para a produção do ar comprimido são necessários compressores, que comprimem o ar para a pressão de trabalho
necessária. Nas instalações industriais com equipamento operado com ar comprimido, existe pelo menos uma unidade de
compressão.
Não é necessário calcular e planear a transformação e transmissão da energia para cada consumidor individual. A instalação
de compressão fornece o ar comprimido para os devidos lugares através de uma rede de distribuição.
O projeto de instalação deve considerar e prever que o consumo de ar comprimido aumente. O dimensionamento dos
compressores, da distribuição e das infraestruturas deve permitir aumentos.
Quanto ao processo de compressão a que o ar é sujeito, os compressores podem ser divididos em dinâmicos e volumétricos.
Este tipo de compressão é também designado de compressão com turbo compressor ou de fluxo contínuo.
Descreve o comportamento de um fluido incompressível (maioria dos líquidos) movendo-se ao longo de uma linha de corrente
e traduz para os fluidos o princípio da conservação de massa e da energia.
Viscosidade nula;
Caudal constante;
Fluxo irrotacional.
v2
p g h k
2
v velocidade _ do _ fluido _ na _ seção
massa _ volúmica _ do _ fluido
p pressão _ no _ ponto
Considerando
g aceleração _ da _ gravidade
h distância _ de _ elevação _ à _ referência
k const
Na Equação 7 o primeiro termo refere-se à energia cinética, o segundo à energia interna adquirida pelo aumento de pressão,
designada também por energia de fluxo e o terceiro à energia potencial.
Descreve o comportamento de um fluido compressível (maioria dos gases, como o ar) movendo-se ao longo de uma linha de
corrente e traduz para os fluidos o princípio da conservação de massa e da energia.
v2 p
g h k
2
v velocidade _ do _ fluido _ na _ seção
g aceleração _ da _ gravidade
h distância _ de _ elevação _ à _ referência
Considerando energia _ int erna _ especifica
massa _ volúmica _ do _ fluido
p pressão _ no _ ponto
k const
Na Equação 8 o primeiro termo refere-se à energia cinética, o segundo à energia potencial, o terceiro à energia interna e o
último à energia de fluxo.
O efeito Venturi esquematizado na Ilustração 6, permite conhecer a velocidade ou a pressão do fluido num dos pontos
assinalados. Este efeito deriva do princípio de Bernoulli.
O efeito é usado também para produção de vácuo, necessário para manipulação de chapas com ventosas ou para criar
compartimentos em depressão. O esquema é descrito na Ilustração 7.
Os compressores de ar que operam com base neste princípio, descrevem as equações de Bernoulli para fluídos
compressíveis, no respeito pelos princípios de conservação de massa e energia.
Quanto à conservação de massa, deduz-se que toda a massa de ar que entra, sai e com caudal mássico constante.
Quanto à conservação de energia, a energia de entrada é igual à energia de saída. Deve-se considerar que o ar entra com
determinada energia interna (entalpia específica, energia cinética, potencial e de fluxo) e deverá sair do compressor com a
mesma energia, porventura com velocidades e pressões distintas.
A energia sobre a forma de trabalho, é adicionada dentro do compressor. Portanto energia que ar já possui, mais a energia
que o compressor adiciona formam o ar comprimido, que possui a sua energia, útil para efetuar trabalho nos atuadores.
Essa energia é transferida para o fluido, modificando-lhe a instabilidade. A instabilidade fará a velocidade de admissão
aumentar. Na saída, com seção superior e com base no princípio de Bernoulli, espera-se uma pressão superior. Este principio
é descrito na Ilustração 8 e na Ilustração 9.
velocidade + velocidade -
pressão - pressão +
Este tipo de compressão é também designado de compressão com deslocamento positivo ou de fluxo intermitente.
Neste tipo de compressão, o ar é admitido numa câmara de compressão, ou cilindro, cujo volume vai reduzindo devido à ação
de uma parede móvel (pistão ou diafragma). Uma vez atingida a pressão de saída, o ar abandona a referida câmara através
da válvula de descarga.
A compressão volumétrica, também conhecida por deslocamento positivo ou fluxo intermitente, é a que resulta da diminuição
de um volume, ou seja, a pressão do gás aumenta se o volume, onde está contido, diminuir.
A Ilustração 10 descreve o que se passa num compressor alternativo (embolo ou pistão) de simples efeito (compressão só
numa das faces do êmbolo) e para ar atmosférico.
Na posição da esquerda o ar é admitido (aspirado) por sucção (válvula de admissão aberta), o que equivale a dizer que o ar
não entra à pressão atmosférica, mas sim ligeiramente abaixo desta. Deve-se ter sempre presente este défice (vácuo parcial),
visto ele ser responsável pela diminuição do débito à saída da unidade. Na posição central (válvula de admissão fechada), vê-
se que o volume inicialmente aspirado começa a diminuir, pelo que o aumento de pressão do ar é inevitável.
Na posição à direita, o volume foi reduzido ao mínimo e a pressão ao máximo, com a consequente abertura da válvula de
descarga (válvula de entrega).
O princípio de funcionamento de um compressor alternativo é semelhante ao que se passa numa bomba de bicicleta.
2.3. COMPRESSORES
Tipos de compressores
Dinâmicos Volumétricos
(fluxo contínuo) (fluxo intermitente)
Turbo compressor Deslocamento positivo
Neste tipo, o ar é impelido para as paredes da câmara e posteriormente em direção ao eixo e daí no sentido radial para outra
câmara sucessivamente em direção à saída.
Características principais:
A compressão nesta unidade processa-se paralelamente ao veio motor, daí a designação de axial.
O caudal volúmico é de tal forma elevado que dificilmente se destina à produção de ar comprimido, pelo menos, para
dimensões industriais comuns.
Ilustração 15: Esquema de funcionamento e exemplo de compressor axial de múltiplos estágios [11]
Movimento linear e é hoje o tipo de compressor mais utilizado. É apropriado para pressões baixas.
Dentro do mesmo tipo de compressor, quando é necessário uma pressão de trabalho superior, adotam-se equipamentos com
mais estágios de compressão. O ar aspirado será comprimido pelo primeiro êmbolo (pistão), refrigerado, para logo ser
comprimido pelo segundo êmbolo (pistão).
O volume da segunda câmara de compressão é menor. Devido à transferência de energia para o fluído (ar) provocar
aquecimento, este tem de ser refrigerado.
Características principais:
Compressão pulsada;
Baixo custo.
Uma membrana separa o êmbolo da câmara de trabalho, o ar não tem contacto com as peças móveis lubrificadas e por isso
não fica contaminado com resíduos de óleo.
Estes compressores são utilizados com preferência em pequenas aplicações das indústrias alimentícias, farmacêuticas e
químicas.
Características principais:
Limpo;
Baixas pressões;
Compressão pulsada;
Baixo caudal;
Pequenas aplicações.
No compartimento cilíndrico do compressor, com aberturas de entrada e de saída, gira um rotor alojado excentricamente. O
rotor tem palhetas que em conjunto com as paredes, formam pequenos compartimentos (células). Quando em rotação, as
palhetas serão apertadas contra a parede devido à força centrifuga. Por causa da excentricidade do localização do rotor há
uma diminuição e aumento das células.
As vantagens deste compressor estão na sua construção, bem como no seu funcionamento silencioso, contínuo e equilibrado
e no fornecimento uniforme de ar, livre de qualquer pulsação.
Ilustração 19: Esquema de funcionamento e vista de compressor rotativo multicelular de palhetas em corte
Dois parafusos helicoidais, os quais pelos perfis côncavo e convexo comprimem o ar que é conduzido axialmente.
De facto na actual indústria transformadora, os compressores rotativos de parafuso são os mais utilizados. O seu
funcionamento consiste basicamente em dois rotores (parafusos) que giram dentro de um bloco fixo, entre uma abertura de
admissão (entrada) e uma de descarga (saída).
Estes rotores possuem formas apropriadas: um de lóbulos, ou também denominado macho e o outro em forma de
reentrâncias, chamado de fêmea.
O ar vai ocupar os espaços vazios entre dois lóbulos adjacentes. À medida que os parafusos giram, o gás vai sendo
conduzido para espaços menores, ou seja, está a ser comprimido por redução direta do seu volume.
Características principais:
Compressão contínua;
Caudal elevado;
Manutenção reduzida;
Custo elevado;
A Ilustração 21 descreve a forma como a rotação engrenada vai comprimindo o ar pela redução progressiva do volume no
rotor (espaço entre hélices e a carcaça).
Compressor do tipo rotativo também considerado de engrenagens. A rotação das rodas cria na admissão uma depressão e no
lado da expulsão do ar uma sobrepressão.
Características principais:
Caudal baixo;
Pressões baixas;
Manutenção reduzida;
Durável;
Neste tipo de compressores o rendimento volumétrico é baixo, cerca de 80%, embora o rendimento mecânico seja alto, cerca
de 95%, uma vez que o atrito mais considerável só existe no pinhão e cremalheira.
Devido ao seu funcionamento mecânico, à inexistência de contacto nas câmaras de depressão e sobrepressão o desgaste é
reduzido e o ar comprimido não fica contaminado com lubrificante.
O aquecimento provocado pela compressão do ar e pelo atrito entre os elementos metálicos em movimento, deve ser
dissipado. A escolha da refrigeração mais adequada depende do grau de temperatura desenvolvida no compressor.
Nos compressores considerados pequenos será suficiente a refrigeração por alhetas (Ilustração 24 A). Os compressores de
maior capacidade estão equipados com ventiladores (conveção forçada) ou circuitos de fluido refrigerante (Ilustração 24 B).
Ilustração 24: Refrigeração de carcaça de pistão com alhetas (A) e com conduta de fluido refrigerante (B)
Se a potência do compressor for considerável, poderá ser necessária a construção de infraestruturas para permitir a
circulação do fluido de refrigeração (ar, água, óleo ou fluído refrigerante) entre o equipamento e uma fonte fria (torre de
arrefecimento ou fluxo de água) para permitir a permuta de calor.
O calor libertado pelo processo (funcionamento do compressor e a entalpia do ar comprimido) pode ser recuperado para
melhorar a eficiência energética da instalação.
Para combinar o volume fornecido com o consumo de ar é necessário controlo dos compressores. Os valores limites
estabelecidos de pressão máxima e mínima, influenciam o volume.
Na saída do compressor existe uma válvula limitadora de pressão. Quando no reservatório é alcançada a pressão desejada, a
válvula abre dando passagem e permitindo que o ar escape para a atmosfera. Uma válvula de retenção impede o retorno do
ar do reservatório para o compressor (usado somente em pequenas instalações).
Neste tipo de controlo é fechado o lado da sucção. Com a entrada de ar fechada, o compressor não pode aspirar e continua a
funcionar em vazio. Este controlo é utilizado principalmente em compressores rotativos e também nos de êmbolo.
Este é utilizado em compressores de êmbolo de grande porte. Mediante garras, mantém-se aberta a válvula de sução,
evitando assim que o compressor continue comprimindo.
Sobre um dispositivo, ajusta-se o regulador de rotação do motor a explosão. O controlo da rotação pode ser efetuado manual
ou automaticamente, dependendo da pressão de trabalho.
O controlo faz-se mediante simples estrangulamento no funil de sucção e o compressor pode assim ser regulado para
determinadas cargas parciais. Encontra-se este controlo em compressores de êmbolo rotativo e em turbo compressores.
Com este controlo, o compressor funciona em dois campos (carga máxima e paragem total). Ao alcançar a pressão máxima, o
motor accionador do compressor é desligado e quando a pressão chega ao mínimo, o motor é ligado e o compressor trabalha
novamente.
A frequência de comutação pode ser regulada num pressostato e para que os períodos de comando possam ser limitados a
uma média aceitável, é necessário um grande reservatório de ar comprimido.
3.1. TRATAMENTO
Na prática encontramos exemplos onde se deve dar muita importância à qualidade do ar comprimido. Impurezas em
forma de partículas de sujidade ou ferrugem, restos de óleo e humidade, originam muitas vezes falhas nas instalações e
equipamentos pneumáticos e avarias nos elementos pneumáticos. Enquanto a eliminação primária do condensado é feita no
separador após o refrigerador, a separação final, filtragem e outros tratamentos secundários do ar comprimido são executados
no local de consumo.
É necessária especial atenção para a humidade contida no ar comprimido. A água (humidade) já penetra na rede através
do ar aspirado pelo compressor. A quantidade de humidade depende, em primeiro lugar, da humidade relativa do ar, que por
sua vez, depende da temperatura e condições atmosféricas.
𝐻𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎
𝐻𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑙𝑖𝑣𝑎 = ⋅ 100%
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎çã𝑜
Humidade absoluta do ar =?
No diagrama “curva do ponto de orvalho” da página seguinte para uma temperatura de 323 K (50ºC) resulta 80g/m 3 de
quantidade de água.
60% x 80 g/m3
Humidade absoluta = = 48 g / m3
100%
Gráfico 2 – [3]
Como ficou patente no exemplo anterior, é inevitável produzir água em quantidades apreciáveis aquando da compressão
do ar. É também do nosso domínio que a humidade é altamente prejudicial aos elementos metálicos, pelo que, este fenómeno
terá de ser ultrapassado. E como pode ser ultrapassado?
Pode ser ultrapassado utilizando no compressor ou junto à unidade de compressão um tipo de secagem de entre os
conhecidos.
Figura 2 – [3] – secagem por adsorção Figura 3 – [3] – secagem por arrefecimento
Figura 4 – [4]
Como se pode observar, para entrar no copo 1, o ar comprimido deve passar por uma chapa deflectora 2 com ranhuras
direccionais. Como consequência, o ar é forçado a um movimento de rotação. Com isso, separam-se as impurezas maiores,
bem como as gotículas de água por meio da força centrífuga, depositando-se no fundo do copo colector.
O filtro 4 tem uma porosidade que varia entre 30 a 70 m. Por ele as partículas sólidas maiores são retidas. O elemento
filtrante deve ser limpo ou substituído em intervalos de tempo quando estiver saturado.
O ar limpo passa então pelo regulador de pressão e chega à unidade de lubrificação e daí para os elementos
pneumáticos. O condensado acumulado no fundo do copo deve ser eliminado ao atingir a marca do nível máximo admissível,
através de um parafuso purgador 3. Se a quantidade de água é elevada, convém colocar no lugar do parafuso 3 um dreno
automático. Desta forma, a água acumulada no fundo do copo pode ser eliminada, porque caso contrário, a água será,
novamente arrastada pelo ar comprimido para os elementos pneumáticos.
Figura 5 – [4]
O regulador de pressão com orifício de escape tem por função, manter constante a pressão de trabalho (secundária)
independentemente da pressão da rede (primária) e consumo de ar.
Estes três elementos (regulador de pressão, filtro e o separador de água ou purgador), constituem normalmente aquilo
que é designado por unidade de tratamento de ar ou unidade de conservação.
Figura 6 – [4]
3.1.4. LUBRIFICAÇÃO
O lubrificante garante um desgaste mínimo dos elementos móveis, diminui as forças de atrito e protege os elementos
metálicos da corrosão.
A simbologia normalmente utilizada para estas unidades, pode ser vista na tabela em baixo.
Sempre que possível, sem que isso dificulte a leitura do esquema pneumático, deve optar pelo esquema simplificado.
Figura 7 – [4]
O Diâmetro das tubagens deve ser escolhido por forma, a que se o consumo aumentar, a queda de pressão não deve
ultrapassar 10 Kpa (0,1 bar), caso contrário a rentabilidade do sistema é prejudicada, diminuindo consideravelmente a sua
capacidade.
O diâmetro da tubagem não é determinado a partir de quaisquer fórmulas empíricas ou para aproveitamento de
materiais existentes, mas sim tendo em conta aspectos como:
Circuito aberto;
Circuito fechado;
Rede combinada.
Não devem ser montadas dentro de paredes ou cavidades estreitas, pois dificulta a detecção de fugas;
Em circuito aberto, devem ser montadas com um declive de 1 a 2%, na direcção do fluxo;
As tomadas devem ser instaladas na parte superior da rede, pois funciona como barreira à passagem de
humidade para os elementos de trabalho. Os drenos devem ser colocados na parte inferior da rede;
Sempre que possível as redes devem ser montadas em circuito fechado, porque se consegue uma alimentação
uniforme, visto que o ar flúi em ambas as direcções.
Rede Principal:
Cobre, latão, aço liga, tubo aço preto, aço zincado (galvanizado), material sintético.
Rede Secundária:
Nomograma 1 – [3]
Com o diâmetro obtido anteriormente, traça-se uma vertical a passar pelo valor de 90 registado no eixo das abcissas. De
seguida pelas diagonais traçam-se horizontais a passar pela intersecção com a vertical traçada anteriormente. Finalmente é
só registar a medida acusada e multiplicar pelo nº de elementos.
Com este comprimento total, vamos novamente ao nomograma da página anterior e fazemos o novo traçado alterando
apenas o comprimento e tirando daí o novo valor para o diâmetro, que será necessariamente maior.
Nomograma 2
RESUMO
Independentemente da sua aplicação, o ar quase sempre deve ser tratado antes de utilizado. Devem ser previstos
filtros e ou sistema para remoção de óleo, humidade e partículas sólidas.
Enquanto a eliminação primária do condensado é feita no separador após o refrigerador, a separação final, filtragem e
outros tratamentos secundários do ar comprimido são executados no local de consumo.
Quantidade de humidade depende, em primeiro lugar, da humidade relativa do ar, que por sua vez, depende da
temperatura e condições atmosféricas.
O problema da humidade pode ser ultrapassado utilizando no compressor ou junto à unidade de compressão um tipo de
secagem de entre os conhecidos: secagem por absorção; secagem por adsorção; secagem por arrefecimento.
A função do filtro de ar comprimido é de reter as partículas de impurezas, bem como a água condensada ainda
existente na tubagem.
O regulador de pressão com orifício de escape tem por função, manter constante a pressão de trabalho (secundária)
independentemente da pressão da rede (primária) e consumo de ar.
O lubrificante garante um desgaste mínimo dos elementos móveis, diminui as forças de atrito e protege os elementos
metálicos da corrosão.
Estes três elementos (regulador de pressão, filtro e o separador de água ou purgador), constituem normalmente aquilo que
é designado por unidade de tratamento de ar ou unidade de conservação.
QUESTÕES / EXERCÍCIOS
QUESTÕES
1- A humidade constitui uma das principais e prejudiciais impurezas do ar comprimido. Que meios se podem utilizar para
evitar ou reduzir este fenómeno?
EXERCÍCIOS
1- Baseado nos dados concedidos, calcule o diâmetro da rede de distribuição.
Consumo de ar – 5m3/min; Aumento em 3 anos – 80%; Comprimento da rede – 575m; Pressão 6 bar; Queda de pressão
admissível – 0,5 bar; 12 peças “T”; 1 válvula de passagem; 6 cotovelos normais; 1 válvula angular.
4.1. INTRODUÇÃO
Figura 52 – [4]
Em pneumática, o limite de aplicação de um cilindro está na imaginação do projectista, visto que até 30.000 Newton,
muitas operações poderão ser executadas por uma força de vaivém pneumática, directamente aplicada.
4.1.1. SIMBOLOGIA
Para a simbologia dos elementos de alta pressão adoptou-se a notação CETOP (Comissão Europeia de Transmissões
Óleo-pneumáticas) por ser de uso quase geral. Esta simbologia lógica pode ser também utilizada em pneumática de baixa
pressão e fluídica, sendo também muito divulgada em electrónica. Dos numerosos elementos existentes só vão ser
representados os que são considerados mais úteis e por isso, mais utilizados, de forma a permitirem a compreensão dos
circuitos.
A geração de um movimento rectilíneo com elementos mecânicos, pode ser conseguida utilizando os cilindros
pneumáticos.
1. Simples Efeito
2. Duplo Efeito
1. Leve
2. Média
3. Pesada
4. Especial
i. Membrana de projecção
ii. Com amortecimento nos fins de curso
iii. Tandem
Os cilindros de simples efeito, são accionados por ar comprimido de um só lado, e portanto realizam trabalho num só
sentido. O retorno efectua-se mediante a acção de uma mola ou através de força externa (ver Fig.53 e Fig. 54).
Figura 53 – [4]
Figura 54 – [4]
A força da mola é calculada para que o embolo do cilindro possa voltar à sua posição inicial, com uma velocidade
suficientemente alta, sem absorver, porém energia elevada.
Nestes cilindros de simples efeito, o curso do êmbolo, é limitado pelo comprimento da mola. Por esta razão, fabricam-se
cilindros de simples efeito com comprimentos de curso até aproximadamente 100 mm.
Estes elementos são utilizados principalmente para fixar, expulsar, prensar, elevar, alimentar, etc..
Figura 55 – [4]
Figura 56 – [4]
Figura 57 – [4]
Figura 58 – [3]
Estes cilindros também são conhecidos como "caixa-de-ar comprimido" ou "caixa de força".
Uma membrana, que pode ser de borracha, de material sintético ou também metálico, assume a tarefa do êmbolo. A
haste do êmbolo é fixada no centro da membrana. Neste caso a vedação deslizante não existe. Em acção existe somente o
atrito, provocado pela dilatação da membrana.
Utiliza-se no fabrico de ferramentas e dispositivos, bem como em prensas de cunhar, rebitar e fixar peças em lugares
estreitos.
Figura 59 – [3]
Quando são movimentados volumes grandes e pesados, aplicam-se cilindros com sistema de amortecimento para evitar
impactos secos, que como se sabe contribui negativamente para a duração da vida útil dos mesmos.
Antes de alcançar a posição final, um êmbolo de amortecimento interrompe o escape directo do ar, deixando somente
uma passagem pequena, geralmente regulável.
Figura 60 – [3]
Figura 61 – [3]
Nesta construção trata-se de dois cilindros de dupla acção que formam uma só unidade. Desta forma, com simultânea
carga nos dois êmbolos, a força é uma soma das forças dos dois cilindros, O uso desta construção é necessário para obter
grande força, quando o diâmetro, do cilindro é problemático (espaço pequeno).
Figura 62 – [3]
O cilindro de posição múltipla é formado por dois ou mais cilindros de dupla acção. Estes elementos estão, como o
ilustrado, unidos um ao outro.
Figura 64 – [3]
A energia destes cilindros é normalmente aplicada para prensar, rebarbar, rebitar, cortar, etc.
Figura 65 – [3]
Na execução com cilindros de dupla acção, a haste do êmbolo tem um Perfil dentado (cremalheira). A haste do êmbolo
acciona com esta cremalheira uma engrenagem, transformando o movimento linear num movimento rotativo à esquerda ou
direita sempre segundo a direcção do curso.
Os campos de rotação usuais são vários, isto é, de 45º, 90º, 180º, 270º até 720º. Um parafuso de regulação possibilita
porém a determinação do campo de rotação parcial, dentro do total.
O momento de torção depende da pressão, da área do êmbolo e da relação de transmissão. O Accionamento giratório
emprega-se para virar peças, curvar tubos, regular instalações de ar condicionado, accionamento de válvulas de fecho e
válvulas de borboleta, etc.
Figura 66 – [3]
Figura 67 – [3]
7- Anel de limpeza
8- Junta
A escolha do copo defixação
tipo de encaixedepende
bilateralda montagem dos cilindros nos dispositivos
Junta copo de encaixe bilateral Junta lábio simples Junta lábio duplo (T- duo)
Junta copo de encaixe unilateral Junta duplo copo com anel deslizante Anel de vedação em L
Estes elementos transformam a energia pneumática em movimento de rotação. São os motores a ar comprimido.
O motor pneumático é um dos elementos de trabalho mais utilizados na pneumática. Os motores pneumáticos estão
classificados, segundo o seu aspecto construtivo, da seguinte maneira:
Motores de pistão
Motores de palhetas
Motores de engrenagens
Turbomotores (turbinas)
O modo de funcionamento dos motores axial e radial é análogo. Um disco oscilante transforma a força de 5 cilindros,
axialmente posicionados, em movimento giratório. Dois pistões são alimentados simultaneamente com ar comprimido. Com
isto obter-se-á um momento de inércia equilibrada, garantindo um movimento do motor uniforme e sem vibrações.
Graças á sua construção simples e pequeno peso, os motores pneumáticos geralmente são fabricados segundo este tipo
construtivo (ver Fig. 44). Estes são, em princípio, de funcionamento inverso aos compressores rotativos (de palhetas).
O rotor está fixado excentricamente num espaço cilíndrico. O rotor é dotado de ranhuras. As palhetas colocadas nas
ranhuras serão, pela força centrifuga, afastadas contra a parede inversa do cilindro. A vedação individual das câmaras é
garantida.
Por meio de uma pequena quantidade de ar, as palhetas são afastadas contra a
parede interna do cilindro, já antes de accionar o rotor. Em tipos de construção
diferente, o encosto das palhetas é feito por pressão de molas. Motores desta
execução têm geralmente entre 3 e 10 palhetas. Estas formam no motor, câmaras de
trabalho, nas quais pode actuar o ar, sempre de acordo com o tamanho da área de
ataque das palhetas. O ar entra na câmara menor, e expande-se na medida do
aumento da câmara.
Figura 72 – [3]
A rotação do rotor varia neste tipo de motores pneumáticos, entre 3000 e 8500 r.p.m..
A geração do momento torsor efectua-se nesta construção pela projecção da pressão de ar contra os flancos dos dentes
de duas rodas dentadas engrenadas (montadas uma no veio motor e outra livre).
Figura 73 – [5]
Este tipo construtivo somente pode ser aplicado em trabalhos leves. Porém a faixa de rotação é muito ampla (em
equipamentos dentários até 500000 rpm). O seu funcionamento corresponde ao contrário de um turbo – compressor.
Figura 74 – [3]
EXPLICAÇÃO
A força do êmbolo depende, da pressão do ar, do diâmetro do cilindro e da resistência de atrito dos elementos vedantes.
F n = P x A – ( F r + Ff )
Avanço Recuo
Fn = P x A1 - Fr Fn = P x A2 - Fr
EXEMPLO DE CÁLCULO
π x D2 3,14 x 52 cm2
A1 = = 19,625 cm2
4 4
A3 = - = = 18,5 cm2
4 4 4 4
Para o recuo,
A força de avanço também pode ser obtida com relativo rigor, através do gráfico da página seguinte, do seguinte modo.
Com o diâmetro maior (50 mm) traça-se uma linha perpendicular ao eixo das abcissas até encontrar a diagonal
correspondente à pressão na rede (6bar). A partir da intersecção das linhas descritas anteriormente, traça-se uma horizontal
paralela ao eixo das abcissas até encontrar o eixo das ordenadas, local onde se faz a leitura da força (106 Kgf).
DIAGRAMA PRESSÃO/FORÇA
Na página seguinte encontra-se um gráfico, que mediante a força a exercer e o diâmetro da haste do êmbolo, pode-se
definir qual o curso útil a utilizar nas condições pré definidas.
Com a força obtida anteriormente (106 Kp) traça-se uma linha perpendicular ao eixo das abcissas até encontrar a
diagonal correspondente ao diâmetro da haste do êmbolo (12 mm). A partir da intersecção das linhas descritas anteriormente,
traça-se uma horizontal paralela ao eixo das abcissas até encontrar o eixo das ordenadas, local onde se faz a leitura do curso
útil (28 mm).
Repare-se que com o cilindro definido anteriormente podemos obter forças na ordem dos 106 Kp mas somente se o
curso do cilindro for de 28 mm, caso contrário e para um curso maior dá-se o fenómeno da flambagem (deformação) da haste.
É evidente que com este cilindro podemos obter cursos maiores, mas assumindo como compromisso a relação curso / força,
ou seja para cursos maiores, forças menores.
É importante conhecer o consumo de ar da instalação para poder produzi-lo e para saber quais as despesas de energia.
Q = Consumo de ar
Rc =
101,3
Q = s x n x π x r12 x Rc ou Q = s x n x A1 x Rc
Exemplo de cálculo:
Q=?
S = 100 mm
n = 10
Rc = = 6,9
101,3
Q = 2 x (s x n x q (L / min)
Comparando estes dois valores, pode-se concluir que os dois métodos se complementam, uma vez que pelo segundo
método se pode comparar o valor obtido no primeiro método que é o mais preciso.
DIAGRAMA DE FLAMBAGEM
DIAGRAMA DO CONSUMO DE AR
L/ cm de curso
4.5. RESUMO
Designam-se por elementos ou aparelhos pneumáticos aqueles que trabalham usando como fonte de potência a energia
do ar comprimido.
A energia pneumática será transformada, por cilindros pneumáticos, em movimentos rectilíneos e pelos motores
pneumáticos em movimentos rotativos.
Cilindros quanto à classe: Leve; Média; Pesada; Especial (Mini, Membrana, Tandem, Dupla Haste, Torque)
Os cilindros de simples efeito, são accionados por ar comprimido de um só lado, e portanto realizam trabalho num só
sentido. O retorno efectua-se mediante a acção de uma mola ou através de força externa (ver Figura – 40 e Figura - 41).
O motor pneumático é um dos elementos de trabalho mais utilizados na pneumática. Os motores pneumáticos estão
classificados, segundo o seu aspecto construtivo, da seguinte maneira:
Do ponto de vista teórico-prático é aconselhável fazer uma análise cuidada do exercício representado, e por própria iniciativa
(arbitrando valores) criar novas situações de estudo.
4.6.1. QUESTÕES
1. Classifique os elementos pneumáticos de trabalho em relação às tarefas desempenhadas e quanto à sua forma
construtiva.
4.6.2. EXERCÍCIOS
1. Para resolver um determinado problema na sua empresa, você optou por uma solução pneumática, visto existir no
armazém algum material disponível, nomeadamente cilindros.
Sabendo que um dos cilindros tem como dimensões: D=70mm; d=16mm; Pressão=8bar, e que para o trabalho a
realizar são necessários 10 cursos/min, com um curso útil de 100mm, determine pelos métodos conhecidos:
a. As forças intervenientes, o curso útil e o consumo de ar necessário para o seu perfeito funcionamento.
FNav = 277,2 Kg; FNre = 262,8 Kg; Curso útil = 36mm; Q = 66,7 l/min.
b. Admita que para o seu trabalho, necessita impreterivelmente de 100mm de curso útil. Será possível resolver o
seu problema com cilindro disponível? Justifique.
5.1. INTRODUÇÃO
As válvulas são órgãos cuja função é comandar a grandeza de uma variável pneumática ou alterar a topologia do circuito
(ver Fig. 75). No primeiro caso temos as válvulas reguladoras e no segundo as válvulas direccionais.
Figura 75 – [4]
3. Válvulas de pressão
Várias outras subdivisões para as válvulas são possíveis, eis por exemplo algumas:
Quanto ao número de estados (posições de funcionamento ou número de caixas), as válvulas dividem-se em:
2 Estados
3 Estados
2 Orifícios
3 Orifícios
4 Orifícios
5 Orifícios
Manual
Manípulo
Botão
Puxador
Pedal
Mecânico
Rolete
Rolete (unidireccional)
Eléctrico
Pneumático
Combinado
As válvulas direccionais têm como já vimos, a função de poderem alterar a topologia do circuito. Isto é, ao actuar uma
válvula deste tipo, é possível modificar o sentido de circulação do fluido no circuito, como por exemplo acontece nos
actuadores lineares (cilindros) de duplo efeito, em que por intermédio de uma válvula direccional se invertem o enchimento e
esvaziamento das suas câmaras, modificando o sentido de actuação da haste do êmbolo (ver Fig. 76).
Figura 76 – [4]
Para representar as válvulas direccionais nos esquemas, são utilizados símbolos; estes símbolos não pretendem
representar o aspecto construtivo da válvula (sua construção interna), mas sim a sua função no circuito.
O número de quadrados unidos indica o número de posições que uma válvula pode assumir.
As ligações (de entrada e saída) serão caracterizadas por traços externos, que indicam a posição de repouso
da válvula. O número de traços indica o número de vias.
Outras posições obter-se-ão deslocando os quadrados, até que coincidam com as ligações.
Figura 77 – [4]
A posição de partida (ou inicial) da válvula, será denominada aquela que os seus elementos móveis assumem após
montagem na instalação.
Para garantir uma identificação e uma ligação correcta das válvulas, marcam-se as vias com letras minúsculas, ou
números.
Convencionou-se as seguintes numerações (entre parêntesis como abaixo mostrado), para a identificação das ligações
das válvulas (ver Fig. 78):
Figura 78 – [4]
A denominação de uma válvula depende do número de vias (ligações) e do número das posições de funcionamento. O
primeiro número indica a quantidade de ligações e o segundo a quantidade de posições de funcionamento da válvula. As
ligações de pilotagem não são consideradas como vias.
A denominação de uma válvula será por exemplo 3/2 , querendo-se com isto dizer que o 2 é o número de estados ou
posições (na simbologia corresponde a quadrados), e o 3 é o número de orifícios ou vias.
As características de construção das válvulas são uma das suas propriedades fundamentais. Estas características podem
determinar por exemplo a vida útil de uma válvula ou determinar a força de accionamento.
Segundo o seu aspecto construtivo, neste tipo de válvulas podem-se distinguir os seguintes tipos:
As ligações nas válvulas de sede ou de assento, são abertas por esfera, prato ou cone. A vedação das sedes da válvula
efectua-se de maneira muito simples, geralmente com elemento elástico de vedação (vedante). Este tipo de válvulas possui
poucas peças de desgaste e tem, por isso uma vida útil longa. São também robustas e insensíveis à sujidade.
Uma mola força a esfera contra a sede, evitando que o ar comprimido passe
do orifício de pressão 1 para o orifício de trabalho 2 (ver Fig. 79). Por
accionamento da haste da válvula, afasta-se a esfera da sede. Para isso, é
necessário vencer a força da mola e a força do ar comprimido. O orifício 3 é o
orifício de escape. O accionamento pode ser manual ou mecânico.
Figura 79 – [4]
Figura 80 – [4]
Os diversos tipos de ligação das válvulas de gaveta serão interligados e fechados por pistões (corrediços, comutadores
ou giratórios).
Este tipo de válvulas (ver Fig.81) tem como elemento de comando um pistão que selecciona as ligações mediante o seu
movimento longitudinal.
A força de accionamento é pequena, pois não é necessário vencer a pressão do ar ou da mola, ambas inexistentes (como
nos princípios das válvulas de sede esférica ou de prato). Neste tipo de válvulas são possíveis, todos os tipos de
accionamentos: manual, mecânico, eléctrico e pneumático, o mesmo é válido para o retorno à posição inicial. O curso é
consideravelmente mais longo do que as válvulas de assento, assim como também os tempos de comutação.
A vedação neste tipo de válvula de gaveta é bastante problemática. Uma vedação do tipo “metal sobre metal” como se
usa na hidráulica, requer um perfeito ajuste da gaveta no corpo da válvula. A folga entre a gaveta e o cilindro interior da
válvula, em pneumática, não deve ser maior do que 0.002 a 0.004 mm. Uma folga maior provocaria grandes fugas internas.
Para obviar este problema, usam-se normalmente anéis “O” (O-Ring), montados no corpo da válvula (estático) ou no pistão
(dinâmico).
Figura 81 – [4]
Estas válvulas são geralmente de accionamento manual ou por pedal. É difícil adaptar-se outro tipo de accionamento a
estas válvulas.
São fabricadas geralmente como válvulas direccionais de 3/3 vias ou 4/3 vias. Mediante o deslocamento rotativo de duas
gavetas pode ser feita a comunicação dos canais entre si (ver figura 82).
Com a configuração da válvula da (Fig. 82), todos os canais estão bloqueados na posição central. Devido a isso, o
êmbolo do cilindro pode parar em qualquer posição do seu curso, porém essas posições intermédias não podem ser fixadas
com exactidão. Devido á compressibilidade do ar comprimido, ao variar a carga a haste também varia a sua posição.
Figura 82 – [4]
A válvula 3/2 (ver Fig. 83), tem esta designação porque possui 3 vias (orifícios) e 2 posições (caixas) de funcionamento.
Figura 83 – [4]
Estas válvulas (ver Fig. 84), quando accionadas o seu eixo será deslocado contra a mola de retorno. Nesta situação os
orifícios 1 e 2 serão interligados (o escape 3 está cortado). Após a anulação do sinal de comando, o pistão de comando será
recolocado na posição inicial por intermédio da mola. A ligação entre 1 e 2 será cortada. O ar do canal de trabalho pode
escapar através do canal de escape 3.
Figura 84 – [4]
Figura 85 – [4]
Construtivamente, estas válvulas podem ser de assento esféricas ou prato (disco) (ver Fig. 86).
Figura 86 – [4]
O accionamento destas válvulas pode ser de diversos tipos como o indica a (Fig. 87), (ver secções seguintes).
Figura 87 – [4]
Figura 88 – [4]
Figura 89 – [4]
Figura 90 – [4]
As válvulas direccionais 3/2 são as utilizadas para comandar cilindros de simples acção, ou como emissores de sinal para
pilotar válvulas de comando (ver Fig. 91, Fig. 92, e Fig. 93).
Figura 91 – [4]
As válvulas 5/2 (5 vias, 2 posições), são válvulas direccionais, construtivamente de gaveta. Esta válvula é comutada
alternadamente por impulsos, mantendo a posição de comando até receber um novo impulso (bi-estável). Observando a (Fig.
94), pode-se verificar que se a válvula for comutada por 12, a pressão proveniente de 1 é transmitida á via 2. A via 4 estará
ligada ao escape através do orifício 5. O orifício 3 está cortado (sem ligação a alguma via).
Por sua vez, se a válvula for comutada por 14, então a ligação entre as vias será de 1 (pressão) para 4, estando a via 2
ao escape. A via 5 nesta situação estará cortada.
Figura 94 – [4]
Como poderá verificar na (Fig. 95), estas válvulas são as indicadas para comandar cilindros de duplo efeito.
Figura 95 – [4]
Estas válvulas são os elementos que bloqueiam a passagem preferencialmente num só sentido, permitindo assim a
passagem livre na direcção contrária. A pressão do lado da entrada, actua sobre o elemento vedante e permite com isso uma
vedação perfeita da válvula.
Estas válvulas impedem completamente a passagem numa direcção. Na direcção contrária o ar passa com uma queda
de pressão mínima (ver Fig. 96).
O fecho da válvula, de um ponto de vista construtivo, pode ser conseguido através de um cone (Fig. 97), esfera, placa
(Fig. 98) ou membrana.
Figura 96 – [4]
Figura 97 – [4]
Figura 98 – [4]
Esta válvula por vezes também é chamada de “válvula de comando duplo ou dupla retenção”.
Esta válvula possui duas entradas X e Y, e uma saída A (ver Fig. 99 e Fig. 100). Quando o ar comprimido entra em X, a
esfera bloqueia a entrada Y e o ar circula de X para A. Em sentido contrário, quando o ar circula de Y para A, a entrada X fica
bloqueada.
Figura 99 – [4]
Esta válvula também é chamada “elemento OU (OR)”, pois tem um comportamento semelhante a um OU lógico.
Estas válvulas são utilizadas por exemplo, quando um cilindro ou uma válvula de comando devem ser accionados de
dois ou mais lugares (ver Fig. 101).
Esta válvula possui duas entradas X e Y e uma saída (ver Fig. 102 e Fig. 103). O ar comprimido pode passar unicamente
quando houver pressão em ambas as entradas. Um sinal de entrada X ou Y impede o fluxo para A em virtude do desequilíbrio
das forças que actuam sobre a peça móvel.
Quando existe uma diferença de tempo das pressões, a última é a que chega na saída A. Se os sinais de entrada são de
pressões diferentes, a maior bloqueia um lado da válvula e a pressão menor chega até á saída A.
São válvulas que têm influência principalmente sobre a pressão, e através das quais pode ser feita a regulação, ou
válvulas que dependem da pressão de comando. Distinguem-se da seguinte forma:
Esta válvula (ver Fig. 105 e Fig. 106), tem a tarefa de manter constante a pressão de trabalho, isto é, transmitir a pressão
ajustada no manómetro sem variação, aos elementos de trabalho ou válvulas, mesmo com a pressão oscilante da rede.
A pressão primária tem que ser sempre maior que a pressão secundária. A pressão é regulada por meio de uma
membrana 1. Uma das faces da membrana é submetida à pressão de trabalho, enquanto a outra é pressionada por uma mola
2 cuja pressão é ajustável por meio de um parafuso regulável. Com o aumento da pressão de trabalho, a membrana
movimenta-se contra a força da mola. Com isso, a secção nominal de passagem na sede da válvula 4 diminui até ao seu
fecho completo. Isso significa que a pressão é regulada pelo caudal.
Com o consumo de ar comprimido, a pressão diminui e a força da mola reabre a válvula. Com isso, o manter da
pressão regulada, vai implicar um constante abrir e fechar da válvula. Para evitar a ocorrência de uma vibração indesejável,
sobre o prato da válvula 6 é construído um amortecedor por mola 5 ou ar. A pressão de trabalho é indicada no manómetro.
Se a pressão crescer demasiadamente do lado secundário, a membrana é pressionada contra a mola. Com isso,
abre-se o orifício da parte central da membrana e o ar em excesso sai pelo furo de escape para a atmosfera.
Estas válvulas são utilizadas, sobretudo como válvula de segurança. Não permitem um aumento da pressão no sistema,
acima da pressão máxima ajustada. Alcançada na entrada da válvula o valor máximo da pressão P, abre-se a saída e o ar
escapa para a atmosfera R. A válvula permanece aberta até a mola, após a pressão ter caído abaixo do valor ajustado, volte a
fecha-la (ver Fig. 107).
O cilindro 1.0 só recuará quando for atingida a pressão para que a válvula de sequência 1.3 está regulada.
Estas válvulas são utilizadas em comandos pneumáticos que actuam quando há necessidade de uma pressão fixa para o
processo de comutação (comandos em função da pressão). O sinal é transmitido somente quando for alcançada a pressão de
comando (ver Fig. 110).
Estas válvulas têm influência sobre a quantidade de ar comprimido que flúi numa tubagem.
As válvulas reguladoras de caudal (ver Fig. 111, Fig. 112 e Fig. 113) ou restritores, são órgãos destinados a criar uma
resistência à passagem de caudal dando lugar a uma queda de pressão no sentido de passagem do ar comprimido.
A sua construção é simples, pois o efeito restritor é obtido somente por um estrangulamento da secção de passagem do
ar. Quanto á regulação pode ser fixa ou ajustável.
Como pode ser visto na Figura - 114, com o uso de restritores pode-se controlar a velocidade (quer de avanço quer de
recuo) dos cilindros. No exemplo da figura e nas duas situações, quer a velocidade de avanço quer a de recuo estão a ser
controladas (atender á posição do antirretorno).
Quando a pressão em P deixa de existir, o ar, que agora retorna pela ligação A, movimenta a junta contra a ligação P
provocando o seu bloqueio. Desta forma, o ar pode escapar por R rapidamente para a atmosfera. Evita-se com isto, que o ar
de escape seja obrigado a passar por uma ligação longa e de diâmetro pequeno até á válvula de comando. O mais
recomendável é colocar o escape rápido directamente no cilindro ou então o mais próximo possível do mesmo (ver Fig. 117).
Estas válvulas (ver Fig. 118), permitem a abertura e fecho do fluxo de ar comprimido, sem escalas (tudo ou nada).
5.7. RESUMO
As válvulas são órgãos cuja função é comandar a grandeza de uma variável pneumática ou alterar a topologia do circuito.
No primeiro caso temos as válvulas reguladoras e no segundo as válvulas direccionais.
3. Válvulas de pressão
Válvulas de bloqueio são os elementos que bloqueiam a passagem preferencialmente num só sentido, permitindo assim
a passagem livre na direcção contrária.
Válvulas de pressão são válvulas que têm influência principalmente sobre a pressão, e através das quais pode ser feita a
regulação, ou válvulas que dependem da pressão de comando. Distinguem-se da seguinte forma:
Válvula de sequência.
Válvulas limitadoras de pressão são utilizadas, sobretudo como válvula de segurança. Não permitem um aumento da pressão
no sistema, acima da pressão máxima ajustada.
As válvulas reguladoras de caudal ou restritores, são órgãos destinados a criar uma resistência à passagem de caudal
dando lugar a uma queda de pressão no sentido de passagem do ar comprimido. Utilizam-se para controlar a velocidade
(quer de avanço quer de recuo) dos cilindros.
Válvulas de escape rápido são usadas para aumentar a velocidade dos êmbolos dos cilindros. Tempos de retorno
elevados, especialmente em cilindros de simples acção podem ser eliminados usando esta válvula.
5.8.1. QUESTÕES
3- Diga o que entende por válvulas de pressão, e como se caracterizam quanto à sua função?
5- Que tipo de válvulas, devemos utilizar para regular as velocidades nos cilindros?
6. CIRCUITOS BÁSICOS
Pausa
Avanço Recuo
Pausa
Avanço Recuo
Neste exemplo mostra-se como conseguir um ciclo automático de recuo a partir de uma válvula direccional 3/2 de rolete
(fim de curso).
Pausa
Avanço Recuo
Comando Indirecto de um cilindro de duplo efeito com a utilização de uma válvula direccional 5/2. Com esta válvula o
recuo faz-se automaticamente. Não existindo sinal do lado esquerdo a válvula através da mola retorna à sua posição inicial.
Avanço Recuo
Se efectivamente se quiser apenas controlar a velocidade num dos sentidos, basta aplicar a válvula estranguladora no
canal correspondente à função a controlar.
6.5. COMANDO DE UM CILINDRO DE SIMPLES EFEITO, COM UMA VÁLVULA ALTERNADORA (ELEMENTO LÓGICO
OU).
Aplicam-se estas válvulas sempre que se pretende comandar, de lugares distintos, qualquer elemento de trabalho ou de
comando. Poder-se-á dizer, que para o cilindro avançar é preciso fornecer-lhe um sinal na válvula da esquerda OU na da
direita.
Comando A Comando B
Aplicam-se estas válvulas sempre que se pretende obter um sinal a partir de dois sinais distintos actuados em simultâneo.
Estas válvulas ou funções equivalentes são utilizadas em máquinas ou mecanismos como processo de segurança. O exemplo
disto é as Prensas, que para serem actuadas é preciso que o operador pressione o botão da esquerda E o da direita.
Comando A e B Só Comando A
Sempre que pretendemos controlar o tempo de actuação, de um determinado elemento de trabalho ou comando temos
de utilizar o temporizador.
Os movimentos cíclicos constituem uma importante ferramenta na automação de qualquer mecanismo ou processo. Mas
quando se recorre a movimentos contínuos e cíclicos, há sempre que contemplar um sistema de segurança que permita não
só interromper o processo mas também fazer com que o ciclo volte ao início.
Vejamos um exemplo de como conseguir ciclos contínuos e respectivo sistema de segurança. Imaginemos uma prensa
pneumática com as seguintes condições: Ciclo único (Start); Ciclo contínuo (Start / Stop) e Emergência.
START
EMERGÊNCIA
Quando é actuado o botão de emergência, o processo bloqueia e o cilindro deve voltar à sua posição inicial.
Os contadores pneumáticos utilizam-se sempre que pretendemos accionar um elemento de trabalho ou de comando a
partir de um sinal que se deve repetir no tempo.
Exemplo 1: Pretendemos actuar um cilindro de duplo efeito. O cilindro deve avançar só após termos pressionado o botão
(sinal de entrada) 3 vezes.
Exemplo 2: Pretendemos fazer uma estampagem automática, que necessita de 3 impactos do cilindro para que a
profundidade da estampagem seja a pretendida. No final dos 3 impactos o cilindro deve recuar e ficar imóvel e o contador
voltar à contagem inicial.
O temporizador neste esquema serve para atrasar alguns segundos a reposição do valor inicial no contador.
Estas válvulas aplicam-se por exemplo, quando queremos que o cilindro B avance após o cilindro A estar na sua posição
de avançada e a pressão pré estabelecida for atingida.
Avanço de A
Avanço de B
Recuo de A e de B
O problema anterior também pode ser resolvido com um temporizador conforme o esquema seguinte.
Avanço de A
Avanço de B
Recuo de A e de B
Exemplo: Avanço de um cilindro com velocidade de aproximação rápida e velocidade de trabalho lento.
A partir do sensor A1, a válvula 2/2 é bloqueada, o fluxo vai passar somente pela válvula estranguladora que está a 35%
e a velocidade processa-se mais lentamente.
6.12. RESUMO
Tratando-se de um capítulo de circuitos básicos, não é possível resumir mais do que o que foi registado, pelo que se
aconselha a fazer o estudo integral do capítulo.
6.13.1. QUESTÕES
1. O êmbolo de um cilindro de simples efeito deve avançar por accionamento de um botão e retornar imediatamente à
posição final após a libertação do botão.
2. Como no exercício 1, entretanto o cilindro de simples efeito deve ser substituído por um de duplo efeito.
3. Pretende-se comandar um cilindro de duplo efeito através de duas válvulas V 1 e V2 de maneira que o êmbolo avance no
accionamento da válvula V1 e permaneça na sua posição final do avanço mesmo após a anulação do sinal V1 até que seja
dado o sinal contrário para o retorno através de V2.
4. Alcançada a sua posição de avanço, o êmbolo de um cilindro de duplo efeito, deve accionar o seu próprio comando de
retorno, se a válvula (botão) que comanda o avanço não estiver accionada.
5. Um cilindro de dupla acção deve ser comandado de maneira que o êmbolo execute movimento oscilatório entre a sua
posição inicial e final, até que seja dado um sinal em contrário. O cilindro deve então parar na sua posição inicial (recuo).
6. Pretende-se tornar possível o avanço e o retorno da haste do êmbolo de um cilindro de dupla acção através de comandos
manuais. O êmbolo do cilindro deve poder ser retido em qualquer posição intermédia, sempre que os comandos manuais
não estejam actuados.
7. Construir um circuito de comando de um cilindro de simples acção em que quer a velocidade de avanço quer a de recuo
possam ser reguladas independentemente.
8. Após o accionamento de um botão manual, o êmbolo de um cilindro de dupla acção deve avançar, permanecer na sua
posição avançada um determinado intervalo de tempo (ajustável) e em seguida retornar por acção própria.
7. ELECTROPNEUMÁTICA
7.1. INTRODUÇÃO
A energia eléctrica (energia de controlo ou de trabalho) é fornecida, processada e transmitida por determinados
elementos. Estes elementos construtivos são incluídos, de forma simplificada, como símbolos nos esquemas de distribuição.
Deste modo pretende-se facilitar a montagem e manutenção destes sistemas.
Não obstante, para efectuar a instalação correcta e para melhor detectar eventuais falhas, não é suficiente somente
entender o significado dos símbolos que aparecem representados nos esquemas de distribuição. Por consequência, torna-se
absolutamente necessário conhecer os elementos eléctricos mais usuais e importantes, de um ponto de vista construtivo, de
funcionalidade e de aplicação.
Este capítulo, tem em vista fornecer as explicações julgadas necessárias para a compreensão dos três elementos
fundamentais que constituem um sistema de controlo, o sinal de entrada, o seu processamento e o sinal de saída.
Sinal de saída
Sinal de processamento
Sinal de entrada
Figura 119
A sequência de controlo acima mostrada, pode quando aplicada a circuitos electro-pneumáticos ser usada como guia
para:
Colocar componentes com funções semelhantes num grupo. Consideremos por exemplo os interruptores e fins de curso
como sinais de entrada. Então, deverão ser tanto quanto possível, todos agrupados no mesmo grupo;
Produção de esquemas com uma melhor metodologia, simplificando-se assim a leitura dois circuitos.
Estes elementos têm como finalidade permitir a entrada de sinais eléctricos provenientes das diversas partes de um
equipamento, com diversos tipos e tempos de accionamento.
Se um equipamento é controlado mediante comutação de contactos eléctricos, então diz-se que se trata de um comando
por contactos; no caso contrário, ou seja comando sem contactos ou comando electrónico.
Os elementos classificam-se segundo a sua função, em contactos normalmente abertos, contactos normalmente
fechados e contactos comutadores (ver Figura 2).
Contacto comutador
Figura 120
O contacto comutador é na realidade uma combinação de um contacto normalmente aberto e outro normalmente
fechado. Em posição de repouso, este interruptor só tem contacto com uma conecção.
O accionamento destes elementos pode ser manual, mecânico ou á distância (energia de comando eléctrica ou
pneumática). Para alem disto, podem ser distinguidos como contactos com ou sem retenção.
Os contactos sem retenção (actuados por tecla ou botão) ocupam um determinado estado quando são accionados e
mantêm-no até que deixem de ser accionados e nestas circunstâncias voltam á sua posição inicial (ver Figura - 3)
Figura 121
Os contactos com retenções (interruptores ou comutadores) ocupam um determinado estado quando são accionados e
mantêm-no sem que seja necessário continuar a acciona-los. De uma forma geral, estes elementos dispõem de um sistema
de bloqueio mecânico. Só se forem accionados novamente é que regressam à sua posição inicial (ver Figura - 4).
Figura 122
Para que uma máquina ou equipamento inicie o seu ciclo de funcionamento, é necessário um elemento que emita um
sinal. Este elemento pode ser um botão que conserva uma determinada posição de comutação até ser actuado.
Esquema Simbologia
Figura 123
Ao ser accionado o botão, o elemento contactor actua contra a mola, que se encarrega de juntar os contactos (ver Figura
- 5). O circuito eléctrico nestas circunstâncias fecha-se (ver Figura - 6a). O interruptor volta á sua posição inicial por acção da
mola, logo que deixe de ser actuado, abrindo neste caso o circuito (ver Figura - 6b).
a) b)
Figura 124
Ao accionar-se o botão, o elemento contactor actua contra a mola, que se encarrega de separar os contactos. O circuito
eléctrico é então aberto (ver Figura - 7a).
O interruptor volta á sua posição inicial por acção da mola, logo que deixe de ser actuado, fechando neste caso o circuito
(ver Figura - 7b).
a) b)
Figura 125
Esquema Simbologia
Figura 126
O contacto comutador é uma combinação de um contacto normalmente aberto e outro normalmente fechado (ver Figura -
9).
Esquema Simbologia
Figura 127
a) b)
Figura 128
Os botões são utilizados normalmente para iniciar um ciclo de trabalho, ou uma sequência de trabalho mediante um
sinal. São também utilizados, quando por razões de segurança se recomenda a sua actuação durante o funcionamento de
uma máquina.
Em cada caso deve escolher-se o tipo de contacto mais apropriado á circunstância, ou seja, um contacto normalmente
aberto, ou normalmente fechado ou um que combine as duas funções.
Os interruptores com retenção, como por exemplo um botão, mantêm a sua posição por efeito mecânico quando são
accionados. Somente quando voltam a ser accionados voltam ao seu estado inicial.
Os elementos geradores de sinais eléctricos, podem ter as mais diversas formas de accionamento. A Figura - 23 mostra
um comutador de encravamento.
Figura 129
Estes interruptores permitem detectar determinadas posições de partes de máquinas ou de outros elementos de trabalho
(ver capítulo anterior).
Figura 130
Este interruptor pode ser empregue como interruptor de pressão (ligação P1),
como interruptor de vácuo (ligação P2) ou como um interruptor diferencial de pressão
(P1 – P2) (ver Figura - 13).
Figura 131
7.4. ELECTROVÁLVULAS
A electroválvula é controlada aplicando um sinal ao induzido; o ar passa livremente de 1 para 2. Quando deixa de haver
sinal a válvula retorna à posição inicial devido à mola que tem associada. Se nenhum sinal estiver aplicado á válvula, pode ser
pilotada manualmente (ver Figura - 14).
Figura 132
Esta electroválvula (ver simbologia e fotografia na Figura - 15) é controlada aplicando um sinal ao induzido (o ar passa
através de 1 – 4) mantendo esta posição mesmo que o sinal deixe de existir; apenas pela aplicação de um sinal oposto é que
a electroválvula retorna à sua posição inicial (o ar passa através de 1 – 2)
Figura 133
Figura 134
7.5. RELÉS
Os reles (ver Figura - 17), são elementos construtivos que comutam e controlam
com pouca energia. Os relés são utilizados principalmente para o processamento de
sinais e são operados pela variação das condições num circuito eléctrico, ligando ou
desligando uma ou mais ligações no mesmo ou noutro circuito eléctrico. Os relés são
normalmente designados pela letra K (K1, K2, K3,...). A1 e A2 são as ligações eléctricas
na bobine
Figura 135
1 – Ruído ao comutar
Figura 136
Figura 137
Figura 138
Na técnica de comandos, os elementos accionados sem contacto usam-se cada vez mais. Estes elementos são
compostos por uma parte sensora e por outra que processa os sinais. Se a parte processadora de sinais produz sinais
binários, então trata-se de detectores de proximidade ou iniciadores. Os interruptores de final de carreira electrónicos
(detectores de proximidade) funcionam sem contacto directo, o que significa que comutam por aproximação silenciosamente,
sem desgaste de contactos e sem força de accionamento.
Assim, os detectores de proximidade sem contacto são utilizados preferencialmente nos seguintes casos:
Além de estes detectores terem uma série de vantagens, tem que se ter em conta alguns pormenores:
3 – É necessário colocar os detectores a uma distância mínima entre eles dado poderem provocar interferências
recíprocas.
Figura 139
Figura 140
Figura 142
Comando elétrico de um cilindro de simples efeito, utilizando uma válvula direcional 3/2, acionada
eletricamente
Comando elétrico de um cilindro de duplo efeito, utilizando duas válvulas direcionais 3/2, acionadas eletricamente.
Pausa
Avanço
Recuo
Comando elétrico de um cilindro de duplo efeito, utilizando uma válvula direcional 4/2, acionada eletricamente.
Pausa
Avanço
Recuo
Comando elétrico de um cilindro de duplo efeito, utilizando uma válvula direcional 4/2, acionada eletricamente. O avanço é
conseguido a partir do start, e o recuo, faz-se automaticamente através do fim de curso A1.
Pausa
Avanço Recuo
Comando elétrico de um cilindro de duplo efeito, utilizando uma válvula direcional 4/2, acionada eletricamente, com retorno
por mola. O avanço é conseguido a partir do start, e o recuo, faz-se automaticamente através da mola.
Avanço Recuo
Sempre que pretendemos controlar o tempo de atuação, de um determinado elemento de trabalho ou comando temos de
utilizar o temporizador. Por exemplo se pretendermos que o cilindro de uma prensa seja atuado após 10 segundos de se ter
pressionado o botão temos de aplicar um temporizador devidamente ajustado (10 segundos)
Após ter sido pressionado o start, o sinal fica armazenado em k1, que por sua vez entra no temporizador K2 que dá inicio à
contagem do tempo programado.
O stop é armazenado em k3 que por sua vez vai interromper k1 e k2, ou seja liberta a electroválvula e simultaneamente faz o
reset do temporizador.
Neste tipo de temporização, a electroválvula é logo atuada após o sinal em start, voltando à sua posição inicial depois
de esgotado o tempo pré programado.
Avanço
Os contadores elétricos utilizam-se sempre que pretendemos atuar um elemento de trabalho ou de comando a partir de um
sinal que se deve repetir no tempo.
Exemplo 1: Pretendemos atuar um cilindro de simples efeito. O cilindro deve avançar só após termos pressionado o botão
(sinal de entrada) 3 vezes.
Tal como no exemplo pneumático para que o cilindro avance temos de clicar 3 vezes no start.
8. COMANDO PNEUMÁTICO
8.1. EXERCÍCIO 1
As caixas que chegam por um tapete de rolos, devem ser elevadas para um nível superior, através de um cilindro
pneumático A, e colocadas num novo tapete, por ação de um outro cilindro B.
O retorno do cilindro B, apenas deve ser feito após o cilindro A atingir a sua posição final, recuado. O início do ciclo deve
realizar-se automaticamente, após a deteção da caixa sobre a plataforma de transporte.
Considerando o avanço do cilindro A como A+, o recuo do mesmo cilindro como A-, e aplicando a mesma convenção aos
demais cilindros, para este caso a sequência será: A+ B+ A- B-
GRAFCET
DIAGRAMA DE FASES
-+; ++; +-
MAPA DE KARNAUGH
A+ = B0 X CX
A- = B1
B+ = A1
B- = A0
PAUSA
MÉTODO
DEPOIS DE ANALISADO O PROBLEMA E
ESQUEMATIZADO NO GRAFCET, O PROCEDIMENTO
É O SEGUINTE:
A+, A-,... são as saídas físicas e são atuadas pelo acionamento dos Ks. Cada K é responsável por uma instrução (K1 = B-;
K2 = A+;...). Como A+ tem sinal positivo, o contacto é aberto e a sua atuação é produzida por K2. O K4 tem de ser colocado
em série para que a instrução A+ só se realize se A- não estiver a ser realizado. Quando acionado K4, o circuito de A+ é
interrompido e o A- é realizado livremente.
Seguindo os passos todos para a sequência pretendida, o esquema final toma a forma representada em baixo.
8.2. EXERCÍCIO 2
Duas peças devem ficar unidas com um rebite, através de uma prensa parcialmente automatizada. As peças são
colocadas manualmente e retiradas do mesmo modo após o processo de rebitagem.
A parte automatizada do ciclo, consiste na fixação das peças (cilindro A) e na rebitagem (cilindro B). O ciclo de trabalho
deve realizar-se de forma automática após o acionamento simultâneo de duas válvulas de botão (segurança) até se atingir
de novo a posição inicial.
Como as chapas devem estar fixadas em toda a operação de rebitagem, a sequência será:
A+ B+ B- A-
GRAFCET
DIAGRAMA DE FASES
+-; ++; +-
COMO EXISTEM SINAIS IGUAIS DIZ-SE QUE O CICLO
É SEQUENCIAL, O QUE SIGNIFICA QUE NECESSITA DE
MEMÓRIAS.
MAPA DE KARNAUGH
A+ = X X ST
A- = B0 X X
B+ = A1 X X
B- = X
X1 = B1
X0 = A0
PAUSA
Alimentando algumas válvulas com o sinal da memória evita-se o uso de algumas válvulas (E) como se nota na fig. em
baixo.
Neste caso da prensa, seria importante ter em consideração o aspeto da segurança, daí que para ser acionada o
operador deve ter as duas mãos ocupadas (figura m baixo)
RESOLUÇÃO ELECTROPNEUMÁTICA
8.3. EXERCÍCIO 3
O mecanismo representado na figura destina-se à estampagem de peças. A alimentação é realizada por gravidade
através de um depósito, sendo de seguida empurradas contra um batente e fixas através de um cilindro A. A estampagem é
feita através do cilindro B e a expulsão através do cilindro C.
Condições adicionais:
Um novo ciclo só pode ser iniciado após o “desencravamento” que, por sua vez, não pode funcionar como
“START”.
GRAFCET
DIAGRAMA DE FASES
MEMÓRIAS.
A+ = X X ST X C0
A- = B0 X X
B+ = A1 X X
B- = X
C+ = A0 X X
C- = X
X1 = B1
X0 = C1
Até agora os esquemas foram apresentados a cores o que simboliza estarem sob pressão. Na realidade e na prática os
esquemas são representados como na figura em baixo.
a:
PAUSA
CICLO CONTÍNUO
EMERGÊNCIA
RESOLUÇÃO ELECTROPNEUMÁTICA
SOB TENSÃO
8.4. EXERCÍCIO 4
Deve-se facejar lateralmente peças de alumínio num dispositivo para fresar. Mediante o cilindro A as peças são levadas
de um armazém (magazine) até ao dispositivo de fixação. O cilindro B fixa as peças. O avanço das peças é realizado por uma
unidade de avanço hidropneumática C. As peças de alumínio são fresadas, e após ter sido realizada a operação, são
expulsas pelo cilindro de expulsão D. A unidade hidropneumática leva o dispositivo de fixação novamente à sua posição de
inicial.
SEQUÊNCIA: A+ B+ A- C+ B- D+ D- C-
MAPA DE KARNAUGH
A+ = X X ST X B0 X C0 C+ = A0 X X X B1 X1 = D1
A- = B1 C- = D0 X X X0 = C0
B+ = A1 D+ = B0 X X X C1
B- = C1 D- = X
RESOLUÇÃO ELECTROPNEUMÁTICA
SOB TENSÃO
8.5. EXERCÍCIO 5
Um dispositivo pneumático é utilizado para dobragem em forma de “U” de peças em chapa, de acordo com a seguinte
sequência.
Sequência: A+ B+ B- C+ C- A-
MAPA DE KARNAUGH
A+ = ST X Y C+ = B0 X X Y1 = C1
A- = C0 X Y C- = X Y0 = A0
B+ = A1 X X X Y X1 = B1
B- = X X0 = Y
RESOLUÇÃO ELECTROPNEUMÁTICA
SOB TENSÃO
8.6. EXERCÍCIO 6
Encontram-se num silo, pedras de ignição que devem ser distribuídas por dois lugares de montagem com uma
determinada cadência.
O cilindro A, abre e fecha a comporta. Ao acionar o botão de “START” o cilindro A abre a comporta e as pedras de
ignição caem no recipiente da esteira. Ao fechar-se o silo, o cilindro B leva o recipiente da esteira 2 para baixo do silo.
Novamente, realiza-se a abertura e o fecho da comporta. Enquanto isto, o recipiente da esteira 1 é levado até ao primeiro
local de montagem conduzido pela esteira transportadora. Na mesa corrediça foi já colocado um outro recipiente vazio.
Depois de fechada a comporta pelo cilindro A retrocede o cilindro B à posição inicial. O recipiente da esteira 2 é transportado
ao segundo local de montagem, conduzido pela esteira transportadora. Ao acionar-se novamente o botão de partida, realiza-
se um novo ciclo.
SEQUÊNCIA: A+ A- B+ A+ A- B-
MAPA DE KARNAUGH
A+ = ST X B0 X X + B1 X X X1 = A1 X B0
A- = X X B0 + X X B1 X0 = A1 X B1
B+ = A0 X X
B- = A0 X X
SOB TENSÃO
8.7. EXERCÍCIO 7
Uma máquina de fabrico de “ladrilhos” de tetos falsos tem o sistema de alimentação representado na figura. As placas
devem ser enviadas à máquina de estampagem, uma após outra, em ciclo contínuo.
O cilindro A baixa para fixar uma placa, começando a realizar-se o vácuo a partir do seu fim de curso. Após uma
temporização de 2 segundos este cilindro sobe à primeira posição, seguindo-se o transporte através do cilindro B, para a zona
de descarga. Desce de novo o cilindro A, desliga o vácuo, e após os mesmos segundos, os cilindros A e B regressam, por
esta ordem, à posição de partida.
Desativação do vácuo
EXERCÍCIO 7 (CORRECÇÃO)
Sequência: A+ A- B+ A+ A- B-
MEMÓRIAS
MAPA DE KARNAUGH
A+ = ST X B0 X X + B1 X X X1 = A1 X B0
A- = X X B0 + X X B1 X0 = A1 X B1
B+ = A0 X X
B- = A0 X X
Resolução Electropneumática
Sob tensão
9. BIBLIOGRAFIA