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Pneutrónica

523 – Electrónica e Automação

PNEUTRÓNICA

1. PNEUMÁTICA – FUNDAMENTOS DO AR COMPRIMIDO 6


1.1. PROPRIEDADES DO AR COMPRIMIDO 6
1.1.1. COMPOSIÇÃO DO AR ATMOSFÉRICO 6
1.1.2. ATRIBUTOS FÍSICOS DO AR 6
1.2. FUNDAMENTOS FÍSICOS 7
1.2.1. GRANDEZAS BÁSICAS DO SI 7
1.2.2. GRANDEZAS DERIVADAS DO SI RELEVANTES NA PNEUMÁTICA 8
1.2.3. UNIDADES ALTERNATIVAS DE FORÇA E EXPRESSÕES DE CONVERSÃO 8
1.2.4. UNIDADES ALTERNATIVAS DE TEMPERATURA E EXPRESSÕES DE CONVERSÃO 9
1.2.5. UNIDADES ALTERNATIVAS DA PRESSÃO E FACTORES DE CONVERSÃO 9
1.2.6. ESCALAS DE PRESSÃO 9
1.2.7. UNIDADES ALTERNATIVAS DE CAUDAL VOLÚMICO E FACTORES DE CONVERSÃO 10
1.3. COMPORTAMENTO TERMODINÂMICO DO AR COMPRIMIDO 11
1.3.1. CONDIÇÕES NORMAIS DE PRESSÃO E TEMPERATURA. 11
1.3.2. COMPRESSIBILIDADE DO AR 11
1.3.3. LEI DE BOYLE-MARIOTTE 11
1.3.4. LEI DE GAY-LUSSAC 12
1.3.5. LEI DE CHARLES 13
1.3.6. EQUAÇÃO GERAL DOS GASES IDEIAIS 13
1.4. INTRODUÇÃO À PNEUMÁTICA 14
1.4.1. DEFINIÇÃO 14
1.4.2. CONTEXTO 14
1.4.3. VANTAGENS 15
1.4.4. DESVANTAGENS 16
1.4.5. COMPARAÇÃO QUALITATIVA 16
1.4.6. COMPARAÇÃO QUANTITATIVA 16

2. PNEUMÁTICA – PRODUÇÃO DO AR COMPRIMIDO 18


2.1. INSTALAÇÃO 18
2.2. MÉTODOS DE COMPRESSÃO 18
2.2.1. COMPRESSÃO DINÂMICA 18
2.2.2. COMPRESSÃO VOLUMÉTRICA 21
2.3. COMPRESSORES 22
2.3.1. COMPRESSOR DINÂMICO (TURBO COMPRESSOR) 23
2.3.2. COMPRESSOR VOLUMÉTRICO (DESLOCAMENTO POSITIVO) 24
2.4. REFRIGERAÇÃO DOS COMPRESSORES 29
2.5. CONTROLO DA PRESSÃO E DO CAUDAL VOLÚMICO 30
2.5.1. CONTROLO DE MARCHA EM VAZIO 30
2.5.2. CONTROLO DE CARGA PARCIAL 31

Edição: 09/13 v01 1 de 168


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3. TRATAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DO AR COMPRIMIDO 33


3.1. TRATAMENTO 33
3.1.1. TIPOS DE SECAGEM 35
3.1.2. FILTROS DE AR COMPRIMIDO 36
3.1.3. UNIDADE DE TRATAMENTO DE AR (COMPONENTES) 36
3.1.4. LUBRIFICAÇÃO 37
3.2. DISTRIBUIÇÃO DE AR COMPRIMIDO 37
3.2.1. DIMENSIONAMENTO DE REDES 37
3.2.2. MATERIAIS USADOS NAS REDES 38
3.2.3. EXEMPLO DE CÁLCULO 38
3.2.4. COMPRIMENTO EQUIVALENTE 39
RESUMO 41
QUESTÕES / EXERCÍCIOS 41
QUESTÕES 41
EXERCÍCIOS 41

4. ELEMENTOS PNEUMÁTICOS DE TRABALHO 44


4.1. INTRODUÇÃO 44
4.1.1. SIMBOLOGIA 44
4.1.2. ELEMENTOS PNEUMÁTICOS DE MOVIMENTO RECTILÍNEO (CILINDROS) 44
4.1.3. CILINDROS ESPECIAIS 46
4.1.4. CONSTRUÇÃO DE CILINDROS 50
4.2. ELEMENTOS PNEUMÁTICOS COM MOVIMENTOS ROTATIVOS (MOTORES) 52
4.2.1. MOTOR DE PISTÃO AXIAL E RADIAL 52
4.2.2. MOTOR DE PALHETAS 53
4.2.3. MOTOR DE ENGRENAGENS 53
4.2.4. TURBO – MOTORES 54
4.3. CÁLCULO DE CILINDROS 54
EXPLICAÇÃO 54
EXEMPLO DE CÁLCULO 55
4.4. CÁLCULO DO CONSUMO DE AR 58
4.5. RESUMO 62
4.6. QUESTÕES / EXERCÍCIOS 62
4.6.1. QUESTÕES 62
4.6.2. EXERCÍCIOS 63

5. ELEMENTOS PNEUMÁTICOS DE COMANDO 67


5.1. INTRODUÇÃO 67
5.2. VÁLVULAS DIRECCIONAIS 70
5.2.1. SIMBOLOGIA DAS VÁLVULAS 70
5.2.2. CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃO DAS VÁLVULAS DIRECCIONAIS 72
5.2.3. VÁLVULAS DE SEDE OU DE ASSENTO 73

Edição: 09/13 v01 2 de 168


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5.2.4. VÁLVULAS DE GAVETA 74


5.2.5. VÁLVULAS 3/2 75
5.2.6. VÁLVULAS 5/2 78
5.3. VÁLVULAS DE BLOQUEIO 79
5.3.1. VÁLVULAS DE RETENÇÃO 79
5.3.2. VÁLVULA ALTERNADORA (OU VÁLVULA “OU”) 80
5.3.3. VÁLVULA DE SIMULTANEIDADE (OU VÁLVULA “E”) 82
5.4. VÁLVULAS DE PRESSÃO 83
5.4.1. VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO 83
5.4.2. VÁLVULA LIMITADORA DE PRESSÃO 84
5.4.3. VÁLVULA DE SEQUÊNCIA 84
5.4.4. VÁLVULAS DE FLUXO (CAUDAL) 85
5.4.5. VÁLVULAS REGULADORAS DE CAUDAL (RESTRITORES) 85
5.4.6. VÁLVULA DE ESCAPE RÁPIDO 87
VÁLVULAS DE FECHO 88
5.5. RESUMO 88
5.6. QUESTÕES / EXERCÍCIOS 89
5.6.1. QUESTÕES 89

6. CIRCUITOS BÁSICOS 91
6.1. COMANDOS BÁSICOS DIRECTOS 91
6.1.1. COMANDO DIRECTO DE UM CILINDRO DE SIMPLES EFEITO 91
6.1.2. COMANDO DIRECTO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO 91
6.2. COMANDOS BÁSICOS INDIRECTOS 92
6.2.1. COMANDO INDIRECTO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO 92
6.2.2. COMANDO INDIRECTO AUTOMÁTICO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO 92
6.3. CONTROLO DE VELOCIDADE EM CILINDROS DE SIMPLES EFEITO 94
6.3.1. APLICAÇÃO DE VÁLVULAS ESTRANGULADORAS PARA CONTROLO DE VELOCIDADE NO AVANÇO 94
6.4. CONTROLO DE VELOCIDADE NO AVANÇO E NO RECUO DE CILINDROS DE DUPLO EFEITO. 95
6.5. COMANDO DE UM CILINDRO DE SIMPLES EFEITO, COM UMA VÁLVULA ALTERNADORA (ELEMENTO LÓGICO OU).96
6.6. COMANDO DE UM CILINDRO DE SIMPLES EFEITO 96
6.7. COMANDO TEMPORIZADO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO 97
6.8. SISTEMAS CÍCLICOS E DE EMERGÊNCIA 98
6.9. CONTADORES PNEUMÁTICOS 100
6.10. VÁLVULAS SEQUENCIAIS 103
6.11. CIRCUITO PARA CONTROLO DE VELOCIDADES 106
6.12. RESUMO 106
6.13. QUESTÕES / EXERCÍCIOS 107
6.13.1. QUESTÕES 107

7. ELECTROPNEUMÁTICA 109
7.1. INTRODUÇÃO 109

Edição: 09/13 v01 3 de 168


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7.2. ELEMENTOS DE ENTRADA DE SINAIS ELÉCTRICOS 109


7.3. ELEMENTOS SEM RETENÇÃO 111
7.3.1. CONTACTO NORMALMENTE ABERTO 112
7.3.2. CONTACTO NORMALMENTE FECHADO 113
7.3.3. CONTACTO COMUTADOR 114
7.3.4. INTERRUPTORES COM RETENÇÃO 115
7.3.5. INTERRUPTORES MECÂNICOS DE FIM-DE-CURSO 116
7.3.6. CONVERSOR PNEUMÁTICO /ELÉCTRICO 116
7.3.7. INTERRUPTOR DE PRESSÃO DIFERENCIAL 116
7.4. ELECTROVÁLVULAS 117
7.4.1. ELECTROVÁLVULA 3/2 NORMALMENTE FECHADA 117
7.4.2. ELECTROVÁLVULA 5/2 VIAS (IMPULSO ELÉCTRICO BILATERAL) 117
7.4.3. VÁLVULA SOLENÓIDE 118
7.5. RELÉS 118
7.5.1. VANTAGENS DOS RELÉS: 118
7.5.2. DESVANTAGENS DOS RELÉS: 119
7.5.3. RELÉ TEMPORIZADOR COM RETARDO PARA DESLIGAR 119
7.5.4. RELÉ TEMPORIZADOR COM RETARDO DE LIGAÇÃO 119
7.5.5. CONTADOR ELECTRO-PNEUMÁTICO 119
7.6. DETECTORES DE PROXIMIDADE 119
7.6.1. DETECTORES DE PROXIMIDADE INDUTIVOS 120
7.6.2. DETECTORES DE PROXIMIDADE CAPACITIVOS 120
7.6.3. DETECTOR DE PROXIMIDADE ÓPTICO 120
7.6.4. DETECTOR DE PROXIMIDADE MAGNÉTICO 121
7.7. COMANDOS ELÉTRICOS BÁSICOS 121
7.8. COMANDO TEMPORIZADO DE CILINDROS DE SIMPLES EFEITO 125
7.8.1. TEMPORIZAÇÃO À OPERAÇÃO 125
7.8.2. TEMPORIZAÇÃO À DESOPERAÇÃO 127
7.9. COMANDO DE CILINDROS COM CONTAGEM DE SINAIS 127

8. COMANDO PNEUMÁTICO 129


8.1. EXERCÍCIO 1 129
8.1.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO 129
8.1.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO 129
8.1.3. EXERCÍCIO 1 (RESOLUÇÃO) 129
8.1.4. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA UTILIZANDO A ELECTROPNEUMÁTICA 133
8.1.5. CIRCUITO SOB TENSÃO 135
8.2. EXERCÍCIO 2 136
8.2.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO 136
8.2.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO 136
8.2.3. EXERCÍCIO 2 (RESOLUÇÃO) 136
8.3. EXERCÍCIO 3 142

Edição: 09/13 v01 4 de 168


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8.3.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO 142


8.3.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO 142
8.3.3. EXERCÍCIO 3 (CORRECÇÃO) 142
8.4. EXERCÍCIO 4 148
8.4.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO 148
8.4.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO 148
8.4.3. EXERCÍCIO 4 (CORRECÇÃO) 149
8.5. EXERCÍCIO 5 152
8.5.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO 152
8.5.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO 153
8.5.3. EXERCÍCIO 5 (CORRECÇÃO) 153
8.6. EXERCÍCIO 6 157
8.6.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO 157
8.6.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO 158
8.6.3. EXERCÍCIO 6 (CORRECÇÃO) 158
8.7. EXERCÍCIO 7 162
8.7.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO 162
8.7.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO 163

9. BIBLIOGRAFIA 168

Edição: 09/13 v01 5 de 168


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523 – Electrónica e Automação

1. PNEUMÁTICA – FUNDAMENTOS DO AR COMPRIMIDO

1.1. PROPRIEDADES DO AR COMPRIMIDO

1.1.1. COMPOSIÇÃO DO AR ATMOSFÉRICO

O ar presente na atmosfera é composto maioritariamente por Nitrogénio e Oxigénio.

Outros
1%

Oxigénio
21%

Nitrogéni
o
78%

Ilustração 1: Composição do ar atmosférico

1.1.2. ATRIBUTOS FÍSICOS DO AR

 Compressibilidade:

- Capacidade de reduzir o volume que uma dada massa de ar ocupa, quando na presença de pressão
externa.

 Expansibilidade:

- Capacidade de recuperar o volume inicial.

 Difusibilidade:

- Capacidade de se misturar homogeneamente com outros gases.

 Inodoro:

- Sem odor.

 Incolor:

- Transparente.

 Insípido:

- Sem sabor.

Edição: 09/13 v01 6 de 168


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Temperatura [ºC] Massa volúmica do ar [kg/m3]

35 1,1455
30 1,1644
25 1,1839
20 1,2041
15 1,225
10 1,2466
5 1,269
0 1,2922
−5 1,3163

Tabela 1: Massa volúmica do ar a temperaturas típicas [1]

1.2. FUNDAMENTOS FÍSICOS

Para melhor compreender as leis e o comportamento do ar, é necessário antes considerar as grandezas físicas e as suas
classificações nos sistemas de medidas. Com o fim de estabelecer relações inequívocas e claramente definidas, os cientistas
e os técnicos da maioria dos países estão empenhados em definir um só sistema de medidas que seja válido universalmente,
é denominado de "SISTEMA INTERNACIONAL DE MEDIDAS", abreviado como "SI".

1.2.1. GRANDEZAS BÁSICAS DO SI

Grandeza Símbolo Unidade SI

Comprimento L [m]

Massa m [kg]

Tempo t [s]

Corrente elétrica I [A]

Temperatura termodinâmica T [K]

Quantidade de matéria n [mol]

Intensidade luminosa I [cd]

Tabela 2: Grandezas básicas do SI

Edição: 09/13 v01 7 de 168


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1.2.2. GRANDEZAS DERIVADAS DO SI RELEVANTES NA PNEUMÁTICA

Grandeza Símbolo Unidade SI Expressão

Força F [N] F  ma


v
Aceleração a [m/s2] a
t
s
Velocidade v [m/s] v
t
Área A [m2] Depende da geometria

Volume V [m3] Depende da geometria

1
Volume específico  [m3/kg] 

 m
Massa volúmica [kg/m3] 
V
 Substância
Densidade
d Adimensional d
relativa  Água

V
Caudal volúmico Q ou V [m3/s] Q ou Q  v A
t
m
Caudal mássico Qm ou m [kg/s] Qm  ou Qm    Q
t
F n  R T
Pressão p [Pa] p ou p    g h ou p
A V

Tabela 3: Grandezas derivadas do SI relevantes na pneumática

1.2.3. UNIDADES ALTERNATIVAS DE FORÇA E EXPRESSÕES DE CONVERSÃO

Grandeza Unidade SI Unidades alternativas Função de conversão

Força [N] [kgf] FN   Fkgf   9,80665

Tabela 4: Unidades alternativas de força e expressões de conversão

Edição: 09/13 v01 8 de 168


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1.2.4. UNIDADES ALTERNATIVAS DE TEMPERATURA E EXPRESSÕES DE CONVERSÃO

Grandeza Unidade SI Unidades alternativas Função de conversão

[ºC] TK   TºC   273,15

5
Temperatura [K]
[ºF] TK   (Tº F   459,67) 
9
5
[ºR] TK   Tº R  
9

Tabela 5: Unidades alternativas de temperatura e expressões de conversão

1.2.5. UNIDADES ALTERNATIVAS DA PRESSÃO E FACTORES DE CONVERSÃO

Torr (milímetros Libra força por


Atmosfera Atmosfera
Pascal [Pa] Bar [bar] de mercúrio) polegada
técnica [at] padrão [atm]
[Torr] quadrado [psi]

1 [Pa] 1 10−5 1,0197×10−5 9,8692×10−6 7,5006×10−3 1,450377×10−4

1 [bar] 105 1 1,0197 0,98692 750,06 14,50377

1 [at] 0,980665 ×105 0,980665 1 0,9678411 735,5592 14,22334

1 [atm] 1,01325 ×105 1,01325 1,0332 1 760 14,69595

1 [Torr] 133,3224 1,333224×10−3 1,359551×10−3 1,315789×10−3 1 1,933678×10−2

1 [psi] 6,8948×103 6,8948×10−2 7,03069×10−2 6,8046×10−2 51,71493 1

1 [kgf/cm2] 98066,5

Tabela 6: Unidades alternativas da pressão e factores de conversão

A Tabela 6 enumera os factores de conversão entre unidades de pressão comuns na indústria. Para obter um valor de
pressão numa unidade listada na coluna à esquerda, deve ser multiplicado o valor na unidade de entrada, listado nas colunas
adiantes e identificado na linha superior, como descrito na Equação 1.

pbar  p psi  14,50377

Equação 1: Função de conversão do valor da pressão entre [bar] e [psi]

Pressão manométrica é a medição da pressão obtida do manómetro. A pressão obtida do manómetro é uma pressão relativa
à pressão atmosférica. As unidades dos valores das pressões manométricas têm o sufixo “g”. 1 [barg] equivale a
aproximadamente 2 [bar].

Pressões manométricas negativas referem-se a vácuo.

1.2.6. ESCALAS DE PRESSÃO

A pressão do ar atmosférico varia com a localização geográfica e as condições atmosféricas. É vulgar admitir que a pressão
atmosférica ao nível da água do mar é de 1 [atm].

Edição: 09/13 v01 9 de 168


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Valores de pressão inferiores a 1 [atm] são considerados condições de sob pressão, depressão ou vácuo. Acima são
considerados como sobrepressão.

A pressão dominante na superfície da terra é conhecida como a pressão atmosférica pAmb, também referida como pressão de
referência. A diferença de pressão entre esta e a ambiente é conhecida como pressão de excesso p e ou pressão relativa. As
várias pressões são descritas na Ilustração 5.

Ilustração 2: Diagrama de pressões nulas, atmosféricas, relativas e absolutas

1.2.7. UNIDADES ALTERNATIVAS DE CAUDAL VOLÚMICO E FACTORES DE CONVERSÃO

[m3/s] [m3/min] [m3/h] [litros/s] [litros/min] [litros/h]

[m3/s] 1 60 3600 1000 60000 3600000

[m3/min] 0,0167 1 60 16,67 1000 60000

[m3/h] 0,000278 0,0167 1 0,278 16,67 1000

[litros/s] 0,001 0,06 3,6 1 60 3600

[litros/min] 0,0000167 0,001 0,06 0,0167 1 60

[litros/h] 0,00000027 0,000017 0,001 0,00028 0,0167 1

[USA gpd] (gallons per


day) 0,0000000439 0,0000026 0,000158 0,000044 0,0026 0,158

[USA gpm] (gallons per


minute) 0,000063 0,00379 0,227 0,063 3,785 227,1

[cfm] (cubic feet per


minute) 0,00047 0,028 1,699 0,472 28,32 1698,99

[Imperial gpd] 0,0000000526 0,0000032 0,000189 0,0000526 0,00316 0,1895

[Imperial gpm] 0,000076 0,0046 0,272 0,076 4,55 272,7

Tabela 7: Unidades alternativas de caudal volúmico e factores de conversão

Qm3 / s   Qcfm  0.00047

Equação 2: Função de conversão do valor do caudal volúmico entre [m3/s] e [cfm]

Edição: 09/13 v01 10 de 168


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1.3. COMPORTAMENTO TERMODINÂMICO DO AR COMPRIMIDO

1.3.1. CONDIÇÕES NORMAIS DE PRESSÃO E TEMPERATURA.

Em muitos processos industriais é necessária a adoção de condições de referência. Convencionou-se que as condições
normais de temperatura e pressão (PTN) são:

 Temperatura normal Tn = 273,15 [K]  Tn = 0 [°C]

 Pressão normal pn = 101325 [Pa]  pn = 1,01325 [bar]

1.3.2. COMPRESSIBILIDADE DO AR

Como todos os gases, o ar comprimido não tem uma forma definida. O ar altera-se à menor resistência ou seja, ele adapta-se
à forma do ambiente. O ar deixa-se comprimir (compressão), mas tende sempre a expandir-se (expansão).

1.3.3. LEI DE BOYLE-MARIOTTE

É a lei que descreve o comportamento da pressão de um fluido como o ar comprimido em função da variação do volume de
controlo e está descrita na Equação 3.

A lei descreve o caso particular em que a temperatura se mantém constante entre os estados inicial e final, descrito também
como um processo isotérmico.

Sob temperatura constante, o volume de um gás fechado num recipiente é inversamente proporcional à pressão absoluta,
quer dizer, o produto da pressão absoluta e o volume é constante para uma determinada quantidade de gás.

p1 V1  p2  V2  k
 p1  pressão _ estado _ inicial
V  volume _ estado _ inicial
 1
Considerando p2  pressão _ estado _ final
V  volume _ estado _ final
 2
k  const

Equação 3: Lei de Boyle-Mariotte

Edição: 09/13 v01 11 de 168


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Ilustração 3: Lei de Boyle-Mariotte

1.3.3.1. APLICAÇÃO DA LEI BOYLE-MARIOTTE

O exercício seguinte ilustra os princípios da lei. Ar à pressão atmosférica é comprimido por um compressor de ar até o seu
volume final ocupar 1/7 do volume inicial. Qual é a pressão do ar final se for considerado que a temperatura no processo
permanece constante?

 Informações:

V2 1 V 7
-   1 
V1 7 V2 1
- p1  p Amb  100kPa
 Equações:

V1
- p1  V1  p2  V2  p2   p1
V2
 Resolução:

 p1  p2  100 103  p2  700kPa


V1 7
- p2 
V2 1

1.3.4. LEI DE GAY-LUSSAC

De acordo com a lei de Gay-Lussac o ar com pressão constante, expande 1/273,15 do seu volume por cada 1 [K] de aumento
de temperatura.

𝑉2 = 𝑉1 ⋅ (1 + 𝛼 ⋅ Δ𝑇)

Equação 4: Lei de Gay-Lussac

Considera-se:

𝑉2 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

Edição: 09/13 v01 12 de 168


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𝑉1 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
1
𝛼 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑥𝑝𝑎𝑛𝑠ã𝑜 =
273,15
Δ𝑇 = 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 = 𝑇2 − 𝑇1

A lei descreve processos em que a pressão se mantém constante entre os estados inicial e final, descrito também como
processo isobárico.

Ilustração 4: Lei de Gay-Lussac

1.3.5. LEI DE CHARLES

Esta lei diz respeito às transformações isocóricas ou isométricas, isto é, aquelas que se processam a volume constante, cujo
enunciado é o seguinte:

“O volume constante, a pressão de uma determinada massa de gás é diretamente proporcional à sua temperatura absoluta,
ou seja: = constante”[2]

p1 p2
 k
T1 T2
 p1  pressão _ estado _ inicial
T  temperatur a _ estado _ inicial
 1
Considerando p2  pressão _ estado _ final
T  temperatur a _ estado _ final
 2
k  const

Equação 5: Lei de Charles

1.3.6. EQUAÇÃO GERAL DOS GASES IDEIAIS

A equação geral dos gases é válida para o ar comprimido e supondo uma massa de ar constante, descreve a relação entre a
pressão, a temperatura e o volume, como descrito na Equação 6.

Edição: 09/13 v01 13 de 168


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p1  V1 p2  V2
 k
T1 T2
V1  volume _ estado _ inicial
T  temperatur a _ estado _ inicial
1
 p1  pressão _ estad _ inicial

ConsiderandoV2  volume _ estado _ final
T  temperatur a _ estado _ final
 2
 p2  pressão _ estad _ final

k  const

Equação 6: Equação geral dos gases

1.4. INTRODUÇÃO À PNEUMÁTICA

1.4.1. DEFINIÇÃO

O termo pneumática deriva do grego “pneumatikos” que significa fôlego ou sopro. A pneumática é um ramo da ciência e da
engenharia que faz uso de fluídos gasosos como o ar atmosférico.

O comportamento do ar comprimido é estudado como mecânica de fluídos, onde se abordam o comportamento e


consequências dos fluídos em reservatórios, condutas e máquinas.

1.4.2. CONTEXTO

O ar comprimido tem sido utilizado desde as revoluções industriais, mas o seu estudo sistematizado apenas ocorre a partir de
1950, com a maior necessidade de automatizar processos industriais [3].

A pneumática descreve e controla os processos que usam a transmissão de energia desde a fonte onde o ar é comprimido
até ao elemento atuador onde a expansão do ar pressurizado realiza o trabalho pretendido.

Esta forma de produção, que substitui a alternativa de trabalho muscular, é mais eficaz e por consequência mais utilizado na
indústria. A Ilustração 5 demonstra a comparação de alguns processos.

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Ilustração 5: Comparação de processos com motriz humana e pneumática [4]

A utilização da pneumática permitiu a substituição do esforço muscular por outras formas de energia e também permitiu a
automatização de processos industriais, permitindo a incorporação de lógica para conseguir processos de produção
autónomos.

1.4.3. VANTAGENS

 Quantidade:

- Elevada disponibilidade na atmosfera.

 Transporte:

- Transportado em condutas com baixas perdas.

 Armazenamento:

- Possibilidade de armazenamento prolongado sem perdas em reservatórios adequados. Evita que os


compressores estejam em funcionamento contínuo quando não é necessário o máximo caudal.

 Temperatura:

- Insensibilidade à temperatura, ou seja as oscilações de temperatura não comprometem operações e


segurança. Aliás, operar apenas com ar comprimido é um requisito na presença de atmosferas com
temperaturas atípicas.

 Segurança:

- Não existe perigo de explosão. Pelo contrário esse risco existe quando os atuadores são elétricos, por
causa dos arcos entre contactos. É mais económico o equipamento pneumático do que o elétrico com
proteções contra atmosferas explosivas.

 Limpeza:

- O ar comprimido é limpo. Não produz salpicos, resíduos ou sobras que contaminem os processos. Não
requer a periódica manutenção e limpeza que os sistemas hidráulicos requerem.

 Construção dos elementos:

- Os elementos de um circuito pneumático são de construção menos complexo e mais económicos.

 Velocidade:

Edição: 09/13 v01 15 de 168


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- Atuação rápida, tempos reduzidos entre o comando e a atuação. Avanço de cilindros de cerca de 2 [m/s].

 Regulação:

- A pressão e o caudal podem ser regulados. Este controlo permite controlar a velocidade de avanço e a força
aplicada.

 Proteção contra sobrecarga:

- Ao contrário dos circuitos elétricos, os circuitos pneumáticos não estão sujeitos a sobrecargas, porque se a
fonte produzir ar comprimido até determinada pressão de trabalho, não existem condições em que os
elementos a jusante da fonte possam estar sujeitos a sobrecargas.

1.4.4. DESVANTAGENS

 Preparação:

- O ar comprimido deve ter tratado. As impurezas e as humidades relativas podem diminuir o tempo de vida
útil dos elementos por causa da erosão mecânica e da corrosão química.

 Compressibilidade:

- Devido ao ar ser um fluido compressível, não é possível manter constante a velocidade e a força ao longo
da atuação nos cilindros e nos motores.

 Forças:

- O ar comprimido é viável até à pressão de trabalho de 700 [kPa]. Quando o processo exige maior pressão é
necessário considerar a motriz elétrica e hidráulica.

 Escape de ar:

- Para o escape de ar ser silencioso é necessário aplicar silenciadores. Ao contrário dos circuitos elétricos e
hidráulicos, o escape do fluido de trabalho tem de ser libertado após a execução do trabalho.

1.4.5. COMPARAÇÃO QUALITATIVA

A Tabela 8 descreve a comparação qualitativa de propriedades em formas de energia.

Energia Pneumática Elétrica Hidráulica

Força Baixa Alta Muito alta

Velocidade Alta Alta Baixa

Precisão Baixa Alta Alta

Tabela 8: Comparação qualitativa de força, velocidade e precisão

1.4.6. COMPARAÇÃO QUANTITATIVA

São comparadas quantitativamente as características na Tabela 9 nas formas de energia comuns nos processos industriais.

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Energia Pneumática Elétrica Hidráulica

Distância económica < 1000 [m] Praticamente sem limites < 100 [m]

Velocidade de transmissão =~ 2 [m/s] =~ 300.000 [km/s] =~ 50 [mm/s]

Rotações < 500.000 [r.p.m.] Altas Limitada

Força Baixa Alta Muito alta

Proteção contra sobrecargas Alta Limitada Alta

Tabela 9: Comparação quantitativa de características

Edição: 09/13 v01 17 de 168


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2. PNEUMÁTICA – PRODUÇÃO DO AR COMPRIMIDO

2.1. INSTALAÇÃO

Para a produção do ar comprimido são necessários compressores, que comprimem o ar para a pressão de trabalho
necessária. Nas instalações industriais com equipamento operado com ar comprimido, existe pelo menos uma unidade de
compressão.

Não é necessário calcular e planear a transformação e transmissão da energia para cada consumidor individual. A instalação
de compressão fornece o ar comprimido para os devidos lugares através de uma rede de distribuição.

O projeto de instalação deve considerar e prever que o consumo de ar comprimido aumente. O dimensionamento dos
compressores, da distribuição e das infraestruturas deve permitir aumentos.

2.2. MÉTODOS DE COMPRESSÃO

Quanto ao processo de compressão a que o ar é sujeito, os compressores podem ser divididos em dinâmicos e volumétricos.

2.2.1. COMPRESSÃO DINÂMICA

Este tipo de compressão é também designado de compressão com turbo compressor ou de fluxo contínuo.

O ar é comprimido usando o princípio de Bernoulli.

2.2.1.1. PRINCÍPIO DE BERNOULLI PARA FLUÍDOS INCOMPRESSÍVEIS

Descreve o comportamento de um fluido incompressível (maioria dos líquidos) movendo-se ao longo de uma linha de corrente
e traduz para os fluidos o princípio da conservação de massa e da energia.

A equação é aplicável considerando:

 Fluido é incompressível (ρ constante);

 Viscosidade nula;

 Caudal constante;

 Fluxo irrotacional.

Edição: 09/13 v01 18 de 168


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v2  
 p    g h  k
2
v  velocidade _ do _ fluido _ na _ seção
   massa _ volúmica _ do _ fluido

 p  pressão _ no _ ponto
Considerando
 g  aceleração _ da _ gravidade
h  distância _ de _ elevação _ à _ referência

k  const

Equação 7: Equação de Bernoulli para fluídos incompressíveis

Na Equação 7 o primeiro termo refere-se à energia cinética, o segundo à energia interna adquirida pelo aumento de pressão,
designada também por energia de fluxo e o terceiro à energia potencial.

2.2.1.2. PRINCÍPIO DE BERNOULLI PARA FLUÍDOS COMPRESSÍVEIS

Descreve o comportamento de um fluido compressível (maioria dos gases, como o ar) movendo-se ao longo de uma linha de
corrente e traduz para os fluidos o princípio da conservação de massa e da energia.

v2 p
 g h   k
2 
v  velocidade _ do _ fluido _ na _ seção
 g  aceleração _ da _ gravidade

h  distância _ de _ elevação _ à _ referência

Considerando  energia _ int erna _ especifica
   massa _ volúmica _ do _ fluido

 p  pressão _ no _ ponto
k  const

Equação 8: Equação de Bernoulli para fluídos compressíveis

Na Equação 8 o primeiro termo refere-se à energia cinética, o segundo à energia potencial, o terceiro à energia interna e o
último à energia de fluxo.

2.2.1.3. EFEITO VENTURI

O efeito Venturi esquematizado na Ilustração 6, permite conhecer a velocidade ou a pressão do fluido num dos pontos
assinalados. Este efeito deriva do princípio de Bernoulli.

Edição: 09/13 v01 19 de 168


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Ilustração 6: Efeito Venturi [5]

O efeito é usado também para produção de vácuo, necessário para manipulação de chapas com ventosas ou para criar
compartimentos em depressão. O esquema é descrito na Ilustração 7.

Ilustração 7: Gerador de vácuo pelo método do tubo de Venturi [6]

2.2.1.4. COMPRESSÃO DE AR COM O PRINCÍPIO DE BERNOULLI

Os compressores de ar que operam com base neste princípio, descrevem as equações de Bernoulli para fluídos
compressíveis, no respeito pelos princípios de conservação de massa e energia.

Quanto à conservação de massa, deduz-se que toda a massa de ar que entra, sai e com caudal mássico constante.

Quanto à conservação de energia, a energia de entrada é igual à energia de saída. Deve-se considerar que o ar entra com
determinada energia interna (entalpia específica, energia cinética, potencial e de fluxo) e deverá sair do compressor com a
mesma energia, porventura com velocidades e pressões distintas.

A energia sobre a forma de trabalho, é adicionada dentro do compressor. Portanto energia que ar já possui, mais a energia
que o compressor adiciona formam o ar comprimido, que possui a sua energia, útil para efetuar trabalho nos atuadores.

Essa energia é transferida para o fluido, modificando-lhe a instabilidade. A instabilidade fará a velocidade de admissão
aumentar. Na saída, com seção superior e com base no princípio de Bernoulli, espera-se uma pressão superior. Este principio
é descrito na Ilustração 8 e na Ilustração 9.

Edição: 09/13 v01 20 de 168


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Ilustração 8: Integração de compressor ou turbina em volume de controlo [7]

velocidade + velocidade -

pressão - pressão +

Ilustração 9: Princípio de funcionamento dos compressores dinâmicos [8]

2.2.2. COMPRESSÃO VOLUMÉTRICA

Este tipo de compressão é também designado de compressão com deslocamento positivo ou de fluxo intermitente.

Neste tipo de compressão, o ar é admitido numa câmara de compressão, ou cilindro, cujo volume vai reduzindo devido à ação
de uma parede móvel (pistão ou diafragma). Uma vez atingida a pressão de saída, o ar abandona a referida câmara através
da válvula de descarga.

A compressão volumétrica, também conhecida por deslocamento positivo ou fluxo intermitente, é a que resulta da diminuição
de um volume, ou seja, a pressão do gás aumenta se o volume, onde está contido, diminuir.

A Ilustração 10 descreve o que se passa num compressor alternativo (embolo ou pistão) de simples efeito (compressão só
numa das faces do êmbolo) e para ar atmosférico.

Ilustração 10: Compressão volumétrica [9]

Na posição da esquerda o ar é admitido (aspirado) por sucção (válvula de admissão aberta), o que equivale a dizer que o ar
não entra à pressão atmosférica, mas sim ligeiramente abaixo desta. Deve-se ter sempre presente este défice (vácuo parcial),
visto ele ser responsável pela diminuição do débito à saída da unidade. Na posição central (válvula de admissão fechada), vê-
se que o volume inicialmente aspirado começa a diminuir, pelo que o aumento de pressão do ar é inevitável.

Edição: 09/13 v01 21 de 168


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Na posição à direita, o volume foi reduzido ao mínimo e a pressão ao máximo, com a consequente abertura da válvula de
descarga (válvula de entrega).

O princípio de funcionamento de um compressor alternativo é semelhante ao que se passa numa bomba de bicicleta.

2.3. COMPRESSORES

Ilustração 11: Símbolo do compressor

Tipos de compressores

Dinâmicos Volumétricos
(fluxo contínuo) (fluxo intermitente)
Turbo compressor Deslocamento positivo

Radial Axial Linear Rotativo

Êmbolo Membrana Multicelular de palhetas Parafusos helicoidais Roots

Ilustração 12: Classificação de compressores quanto a tipo e método de compressão

Edição: 09/13 v01 22 de 168


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Ilustração 13: Seleção de tipo de compressor em função de caudal volúmico e de pressão

2.3.1. COMPRESSOR DINÂMICO (TURBO COMPRESSOR)

2.3.1.1. COMPRESSOR RADIAL

Possuem a denominação de compressores radiais ou centrífugos.

Neste tipo, o ar é impelido para as paredes da câmara e posteriormente em direção ao eixo e daí no sentido radial para outra
câmara sucessivamente em direção à saída.

Características principais:

 Limpo, não contamina o ar com lubrificante;

 Caudal volúmico elevado.

Edição: 09/13 v01 23 de 168


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Ilustração 14: Esquema de funcionamento e exemplo de compressor radial [10]

2.3.1.2. COMPRESSOR AXIAL

A compressão nesta unidade processa-se paralelamente ao veio motor, daí a designação de axial.

O caudal volúmico é de tal forma elevado que dificilmente se destina à produção de ar comprimido, pelo menos, para
dimensões industriais comuns.

Uma aplicação é a transmissão forçada de gás natural em condutas de grande dimensão.

Ilustração 15: Esquema de funcionamento e exemplo de compressor axial de múltiplos estágios [11]

2.3.2. COMPRESSOR VOLUMÉTRICO (DESLOCAMENTO POSITIVO)

2.3.2.1. COMPRESSOR LINEAR DE PISTÃO

Movimento linear e é hoje o tipo de compressor mais utilizado. É apropriado para pressões baixas.

Edição: 09/13 v01 24 de 168


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Ilustração 16: Esquema de funcionamento e exemplo de compressor êmbolo de pistão 12

2.3.2.2. COMPRESSOR LINEAR DE PISTÃO DUPLO

Dentro do mesmo tipo de compressor, quando é necessário uma pressão de trabalho superior, adotam-se equipamentos com
mais estágios de compressão. O ar aspirado será comprimido pelo primeiro êmbolo (pistão), refrigerado, para logo ser
comprimido pelo segundo êmbolo (pistão).

O volume da segunda câmara de compressão é menor. Devido à transferência de energia para o fluído (ar) provocar
aquecimento, este tem de ser refrigerado.

Características principais:

 Capacidade de produção de ar comprimido a pressão superior:

- Até 400 [kPa], 1 estágio;

- Até 1500 [kPa], 2 estágios;

- Acima de 1500 [kPa], 3 ou mais estágios.

 Contamina o ar com lubrificante;

 Compressão pulsada;

 Baixo custo.

Edição: 09/13 v01 25 de 168


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Ilustração 17: Esquema de funcionamento e exemplo de compressor êmbolo de duplo pistão

2.3.2.3. COMPRESSOR LINEAR DE PISTÃO COM MEMBRANA

Uma membrana separa o êmbolo da câmara de trabalho, o ar não tem contacto com as peças móveis lubrificadas e por isso
não fica contaminado com resíduos de óleo.

Estes compressores são utilizados com preferência em pequenas aplicações das indústrias alimentícias, farmacêuticas e
químicas.

Características principais:

 Limpo;

 Baixas pressões;

 Compressão pulsada;

 Baixo caudal;

 Pequenas aplicações.

Ilustração 18: Esquema de funcionamento e exemplo de compressor pistão com membrana

Edição: 09/13 v01 26 de 168


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2.3.2.4. COMPRESSOR ROTATIVO MULTICELULAR DE PALHETAS

No compartimento cilíndrico do compressor, com aberturas de entrada e de saída, gira um rotor alojado excentricamente. O
rotor tem palhetas que em conjunto com as paredes, formam pequenos compartimentos (células). Quando em rotação, as
palhetas serão apertadas contra a parede devido à força centrifuga. Por causa da excentricidade do localização do rotor há
uma diminuição e aumento das células.

As vantagens deste compressor estão na sua construção, bem como no seu funcionamento silencioso, contínuo e equilibrado
e no fornecimento uniforme de ar, livre de qualquer pulsação.

Ilustração 19: Esquema de funcionamento e vista de compressor rotativo multicelular de palhetas em corte

Ilustração 20: Compressor rotativo multicelular de palhetas [13]

2.3.2.5. COMPRESSOR ROTATIVO DE PARAFUSOS HELICOIDAIS

Dois parafusos helicoidais, os quais pelos perfis côncavo e convexo comprimem o ar que é conduzido axialmente.

De facto na actual indústria transformadora, os compressores rotativos de parafuso são os mais utilizados. O seu
funcionamento consiste basicamente em dois rotores (parafusos) que giram dentro de um bloco fixo, entre uma abertura de
admissão (entrada) e uma de descarga (saída).

Estes rotores possuem formas apropriadas: um de lóbulos, ou também denominado macho e o outro em forma de
reentrâncias, chamado de fêmea.

Edição: 09/13 v01 27 de 168


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O ar vai ocupar os espaços vazios entre dois lóbulos adjacentes. À medida que os parafusos giram, o gás vai sendo
conduzido para espaços menores, ou seja, está a ser comprimido por redução direta do seu volume.

Características principais:

 Compressão contínua;

 Fluido descontaminado de lubrificante mecânico;

 Caudal elevado;

 Manutenção reduzida;

 Custo elevado;

 Aplicação frequente na indústria.

Ilustração 21: Compressão do ar na engrenagem das hélices dos parafusos

A Ilustração 21 descreve a forma como a rotação engrenada vai comprimindo o ar pela redução progressiva do volume no
rotor (espaço entre hélices e a carcaça).

Ilustração 22: Esquema de funcionamento e exemplo de compressor rotativo de parafuso [14]

2.3.2.6. COMPRESSOR ROTATIVO ROOTS

Compressor do tipo rotativo também considerado de engrenagens. A rotação das rodas cria na admissão uma depressão e no
lado da expulsão do ar uma sobrepressão.

Características principais:

 Rendimento total baixo;

 Fluido descontaminado de lubrificante mecânico;

Edição: 09/13 v01 28 de 168


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 Caudal baixo;

 Pressões baixas;

 Manutenção reduzida;

 Durável;

 Aplicável no transporte pneumático e na sobrealimentação de motores Diesel.

Neste tipo de compressores o rendimento volumétrico é baixo, cerca de 80%, embora o rendimento mecânico seja alto, cerca
de 95%, uma vez que o atrito mais considerável só existe no pinhão e cremalheira.

Devido ao seu funcionamento mecânico, à inexistência de contacto nas câmaras de depressão e sobrepressão o desgaste é
reduzido e o ar comprimido não fica contaminado com lubrificante.

Ilustração 23: Esquema de funcionamento e exemplo de compressor rotativo Roots [15]

2.4. REFRIGERAÇÃO DOS COMPRESSORES

O aquecimento provocado pela compressão do ar e pelo atrito entre os elementos metálicos em movimento, deve ser
dissipado. A escolha da refrigeração mais adequada depende do grau de temperatura desenvolvida no compressor.

Nos compressores considerados pequenos será suficiente a refrigeração por alhetas (Ilustração 24 A). Os compressores de
maior capacidade estão equipados com ventiladores (conveção forçada) ou circuitos de fluido refrigerante (Ilustração 24 B).

Ilustração 24: Refrigeração de carcaça de pistão com alhetas (A) e com conduta de fluido refrigerante (B)

Edição: 09/13 v01 29 de 168


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Se a potência do compressor for considerável, poderá ser necessária a construção de infraestruturas para permitir a
circulação do fluido de refrigeração (ar, água, óleo ou fluído refrigerante) entre o equipamento e uma fonte fria (torre de
arrefecimento ou fluxo de água) para permitir a permuta de calor.

O calor libertado pelo processo (funcionamento do compressor e a entalpia do ar comprimido) pode ser recuperado para
melhorar a eficiência energética da instalação.

2.5. CONTROLO DA PRESSÃO E DO CAUDAL VOLÚMICO

Para combinar o volume fornecido com o consumo de ar é necessário controlo dos compressores. Os valores limites
estabelecidos de pressão máxima e mínima, influenciam o volume.

Existem diferentes tipos de controlo.

2.5.1. CONTROLO DE MARCHA EM VAZIO

2.5.1.1. CONTROLO POR DESCARGA

Na saída do compressor existe uma válvula limitadora de pressão. Quando no reservatório é alcançada a pressão desejada, a
válvula abre dando passagem e permitindo que o ar escape para a atmosfera. Uma válvula de retenção impede o retorno do
ar do reservatório para o compressor (usado somente em pequenas instalações).

Ilustração 25: Controlo de pressão e caudal volúmico por descarga

2.5.1.2. CONTROLO POR FECHO

Neste tipo de controlo é fechado o lado da sucção. Com a entrada de ar fechada, o compressor não pode aspirar e continua a
funcionar em vazio. Este controlo é utilizado principalmente em compressores rotativos e também nos de êmbolo.

Edição: 09/13 v01 30 de 168


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Ilustração 26: Controlo de pressão e caudal volúmico por fecho

2.5.1.3. CONTROLO POR GARRAS

Este é utilizado em compressores de êmbolo de grande porte. Mediante garras, mantém-se aberta a válvula de sução,
evitando assim que o compressor continue comprimindo.

Ilustração 27: Controlo de pressão e caudal volúmico por garras

2.5.2. CONTROLO DE CARGA PARCIAL

2.5.2.1. CONTROLO NA ROTAÇÃO

Sobre um dispositivo, ajusta-se o regulador de rotação do motor a explosão. O controlo da rotação pode ser efetuado manual
ou automaticamente, dependendo da pressão de trabalho.

Edição: 09/13 v01 31 de 168


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2.5.2.2. CONTROLO POR ESTRANGULAMENTO

O controlo faz-se mediante simples estrangulamento no funil de sucção e o compressor pode assim ser regulado para
determinadas cargas parciais. Encontra-se este controlo em compressores de êmbolo rotativo e em turbo compressores.

2.5.2.3. CONTROLO INTERMITENTE

Com este controlo, o compressor funciona em dois campos (carga máxima e paragem total). Ao alcançar a pressão máxima, o
motor accionador do compressor é desligado e quando a pressão chega ao mínimo, o motor é ligado e o compressor trabalha
novamente.

A frequência de comutação pode ser regulada num pressostato e para que os períodos de comando possam ser limitados a
uma média aceitável, é necessário um grande reservatório de ar comprimido.

Ilustração 28: Controlo intermitente de pressão e caudal volúmico

Edição: 09/13 v01 32 de 168


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3. TRATAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DO AR COMPRIMIDO

3.1. TRATAMENTO

Na prática encontramos exemplos onde se deve dar muita importância à qualidade do ar comprimido. Impurezas em
forma de partículas de sujidade ou ferrugem, restos de óleo e humidade, originam muitas vezes falhas nas instalações e
equipamentos pneumáticos e avarias nos elementos pneumáticos. Enquanto a eliminação primária do condensado é feita no
separador após o refrigerador, a separação final, filtragem e outros tratamentos secundários do ar comprimido são executados
no local de consumo.

É necessária especial atenção para a humidade contida no ar comprimido. A água (humidade) já penetra na rede através
do ar aspirado pelo compressor. A quantidade de humidade depende, em primeiro lugar, da humidade relativa do ar, que por
sua vez, depende da temperatura e condições atmosféricas.

A humidade absoluta é a quantidade de água contida em 1 m3 de ar. A quantidade de saturação é a quantidade


máxima de água admitida em 1 m 3 de ar a uma temperatura determinada. Neste caso, a humidade relativa é de 100 % (ponto
de orvalho).

𝐻𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎
𝐻𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑙𝑖𝑣𝑎 = ⋅ 100%
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎çã𝑜

Exemplo: Quantidade de água obtida

Qual a quantidade de água obtida nas seguintes condições?

Quantidade de ar aspirado Q = 400m3/h

Pressão P = 800 KPa (8 bar)

Temperatura T =323 K (50ºC)

Humidade relativa do ar = 60%

Humidade absoluta do ar =?

No diagrama “curva do ponto de orvalho” da página seguinte para uma temperatura de 323 K (50ºC) resulta 80g/m 3 de
quantidade de água.

60% x 80 g/m3

Humidade absoluta = = 48 g / m3

100%

Para uma quantidade de ar aspirado de 400 m 3/hora

= 48 g/m3 x 400 m3/hora =19200 g/hora ou seja 19,2 Kg/hora

Edição: 09/13 v01 33 de 168


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Gráfico 2 – [3]

Como ficou patente no exemplo anterior, é inevitável produzir água em quantidades apreciáveis aquando da compressão
do ar. É também do nosso domínio que a humidade é altamente prejudicial aos elementos metálicos, pelo que, este fenómeno
terá de ser ultrapassado. E como pode ser ultrapassado?

Edição: 09/13 v01 34 de 168


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Pode ser ultrapassado utilizando no compressor ou junto à unidade de compressão um tipo de secagem de entre os
conhecidos.

3.1.1. TIPOS DE SECAGEM

Figura 1 – [3] – secagem por absorção

Figura 2 – [3] – secagem por adsorção Figura 3 – [3] – secagem por arrefecimento

Edição: 09/13 v01 35 de 168


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3.1.2. FILTROS DE AR COMPRIMIDO

A função do filtro de ar comprimido é de reter as partículas de impurezas, bem


como a água condensada ainda existente na tubagem.

Figura 4 – [4]

3.1.3. UNIDADE DE TRATAMENTO DE AR (COMPONENTES)

Como se pode observar, para entrar no copo 1, o ar comprimido deve passar por uma chapa deflectora 2 com ranhuras
direccionais. Como consequência, o ar é forçado a um movimento de rotação. Com isso, separam-se as impurezas maiores,
bem como as gotículas de água por meio da força centrífuga, depositando-se no fundo do copo colector.

O filtro 4 tem uma porosidade que varia entre 30 a 70 m. Por ele as partículas sólidas maiores são retidas. O elemento
filtrante deve ser limpo ou substituído em intervalos de tempo quando estiver saturado.

O ar limpo passa então pelo regulador de pressão e chega à unidade de lubrificação e daí para os elementos
pneumáticos. O condensado acumulado no fundo do copo deve ser eliminado ao atingir a marca do nível máximo admissível,
através de um parafuso purgador 3. Se a quantidade de água é elevada, convém colocar no lugar do parafuso 3 um dreno
automático. Desta forma, a água acumulada no fundo do copo pode ser eliminada, porque caso contrário, a água será,
novamente arrastada pelo ar comprimido para os elementos pneumáticos.

Figura 5 – [4]

O regulador de pressão com orifício de escape tem por função, manter constante a pressão de trabalho (secundária)
independentemente da pressão da rede (primária) e consumo de ar.

Estes três elementos (regulador de pressão, filtro e o separador de água ou purgador), constituem normalmente aquilo
que é designado por unidade de tratamento de ar ou unidade de conservação.

Edição: 09/13 v01 36 de 168


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Figura 6 – [4]

3.1.4. LUBRIFICAÇÃO

O lubrificador tem a tarefa de abastecer os elementos pneumáticos com material lubrificante.

O lubrificante garante um desgaste mínimo dos elementos móveis, diminui as forças de atrito e protege os elementos
metálicos da corrosão.

A simbologia normalmente utilizada para estas unidades, pode ser vista na tabela em baixo.

Sempre que possível, sem que isso dificulte a leitura do esquema pneumático, deve optar pelo esquema simplificado.

Figura 7 – [4]

3.2. DISTRIBUIÇÃO DE AR COMPRIMIDO

3.2.1. DIMENSIONAMENTO DE REDES

O Diâmetro das tubagens deve ser escolhido por forma, a que se o consumo aumentar, a queda de pressão não deve
ultrapassar 10 Kpa (0,1 bar), caso contrário a rentabilidade do sistema é prejudicada, diminuindo consideravelmente a sua
capacidade.

O diâmetro da tubagem não é determinado a partir de quaisquer fórmulas empíricas ou para aproveitamento de
materiais existentes, mas sim tendo em conta aspectos como:

Edição: 09/13 v01 37 de 168


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 O volume corrente (vazão)


 O comprimento da rede de ar comprimido
 A queda de pressão (admissível)
 A pressão de trabalho
 O número de pontos de estrangulamento na rede

As redes de distribuição podem assumir variados tipos:

 Circuito aberto;
 Circuito fechado;
 Rede combinada.

Na montagem de redes, deve-se ter em atenção os seguintes aspectos:

 Não devem ser montadas dentro de paredes ou cavidades estreitas, pois dificulta a detecção de fugas;

 Em circuito aberto, devem ser montadas com um declive de 1 a 2%, na direcção do fluxo;

 As tomadas devem ser instaladas na parte superior da rede, pois funciona como barreira à passagem de
humidade para os elementos de trabalho. Os drenos devem ser colocados na parte inferior da rede;

 Sempre que possível as redes devem ser montadas em circuito fechado, porque se consegue uma alimentação
uniforme, visto que o ar flúi em ambas as direcções.

3.2.2. MATERIAIS USADOS NAS REDES

Rede Principal:

Cobre, latão, aço liga, tubo aço preto, aço zincado (galvanizado), material sintético.

Rede Secundária:

Borracha, polietileno, poliamida.

3.2.3. EXEMPLO DE CÁLCULO

Vejamos um exemplo de determinação do diâmetro de uma rede:

Consumo de ar ....................................................... = 240 m3/h

Aumento em 3 anos 300% ............................................... = 3 x 240 = 720 m3/h

Consumo total ....................................................... = 720 + 240 = 960 m3/h

Comprimento da rede....................................................... = 280 m

Edição: 09/13 v01 38 de 168


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523 – Electrónica e Automação

Queda de pressão (admissível)........................................ = 0,1 bar

Pressão na rede ....................................................... = 8 bar

Nomograma 1 – [3]

3.2.4. COMPRIMENTO EQUIVALENTE

Com o diâmetro obtido anteriormente, traça-se uma vertical a passar pelo valor de 90 registado no eixo das abcissas. De
seguida pelas diagonais traçam-se horizontais a passar pela intersecção com a vertical traçada anteriormente. Finalmente é
só registar a medida acusada e multiplicar pelo nº de elementos.

Edição: 09/13 v01 39 de 168


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6 Peças “T” ................................................................... 6 x 10,5m ..... = 63m

1 Válvula de passagem .................................................... 1 x 32m ........ = 32m

5 Cotovelos normais......................................................... 5 x 1m .......... = 5m

Comprimento equivalente ....................... ..................... = 100m

Comprimento da rede....................................................... ..................... = 280m

Comprimento Total .................................. ..................... = 380m

Com este comprimento total, vamos novamente ao nomograma da página anterior e fazemos o novo traçado alterando
apenas o comprimento e tirando daí o novo valor para o diâmetro, que será necessariamente maior.

Nomograma 2

Edição: 09/13 v01 40 de 168


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RESUMO

 Independentemente da sua aplicação, o ar quase sempre deve ser tratado antes de utilizado. Devem ser previstos
filtros e ou sistema para remoção de óleo, humidade e partículas sólidas.

 Enquanto a eliminação primária do condensado é feita no separador após o refrigerador, a separação final, filtragem e
outros tratamentos secundários do ar comprimido são executados no local de consumo.

 Quantidade de humidade depende, em primeiro lugar, da humidade relativa do ar, que por sua vez, depende da
temperatura e condições atmosféricas.

 Humidade absoluta é a quantidade de água contida em 1 m3 de ar.

 Quantidade de saturação é a quantidade máxima de água admitida em 1 m3 de ar a uma temperatura determinada.

 O problema da humidade pode ser ultrapassado utilizando no compressor ou junto à unidade de compressão um tipo de
secagem de entre os conhecidos: secagem por absorção; secagem por adsorção; secagem por arrefecimento.

 A função do filtro de ar comprimido é de reter as partículas de impurezas, bem como a água condensada ainda
existente na tubagem.

 O regulador de pressão com orifício de escape tem por função, manter constante a pressão de trabalho (secundária)
independentemente da pressão da rede (primária) e consumo de ar.

 O lubrificador tem a tarefa de abastecer os elementos pneumáticos com material lubrificante.

 O lubrificante garante um desgaste mínimo dos elementos móveis, diminui as forças de atrito e protege os elementos
metálicos da corrosão.

 Estes três elementos (regulador de pressão, filtro e o separador de água ou purgador), constituem normalmente aquilo que
é designado por unidade de tratamento de ar ou unidade de conservação.

QUESTÕES / EXERCÍCIOS

QUESTÕES
1- A humidade constitui uma das principais e prejudiciais impurezas do ar comprimido. Que meios se podem utilizar para
evitar ou reduzir este fenómeno?

2- Que razões levam à utilização de lubrificantes nas redes de ar comprimido?

3- O que é e para que serve o regulador de pressão?

4- Refira os cuidados a ter, na montagem de um circuito aberto.

EXERCÍCIOS
1- Baseado nos dados concedidos, calcule o diâmetro da rede de distribuição.

Consumo de ar – 5m3/min; Aumento em 3 anos – 80%; Comprimento da rede – 575m; Pressão 6 bar; Queda de pressão
admissível – 0,5 bar; 12 peças “T”; 1 válvula de passagem; 6 cotovelos normais; 1 válvula angular.

Edição: 09/13 v01 41 de 168


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Edição: 09/13 v01 42 de 168


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Edição: 09/13 v01 43 de 168


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4. ELEMENTOS PNEUMÁTICOS DE TRABALHO

4.1. INTRODUÇÃO

Designam-se por elementos ou aparelhos pneumáticos aqueles que


trabalham usando como fonte de potência a energia do ar comprimido.

A energia pneumática (estudada nos capítulos anteriores), será


transformada, por cilindros pneumáticos em movimentos rectilíneos e
pelos motores pneumáticos em movimentos rotativos.

Figura 52 – [4]

Em pneumática, o limite de aplicação de um cilindro está na imaginação do projectista, visto que até 30.000 Newton,
muitas operações poderão ser executadas por uma força de vaivém pneumática, directamente aplicada.

4.1.1. SIMBOLOGIA

Para a simbologia dos elementos de alta pressão adoptou-se a notação CETOP (Comissão Europeia de Transmissões
Óleo-pneumáticas) por ser de uso quase geral. Esta simbologia lógica pode ser também utilizada em pneumática de baixa
pressão e fluídica, sendo também muito divulgada em electrónica. Dos numerosos elementos existentes só vão ser
representados os que são considerados mais úteis e por isso, mais utilizados, de forma a permitirem a compreensão dos
circuitos.

4.1.2. ELEMENTOS PNEUMÁTICOS DE MOVIMENTO RECTILÍNEO (CILINDROS)

A geração de um movimento rectilíneo com elementos mecânicos, pode ser conseguida utilizando os cilindros
pneumáticos.

Os cilindros podem ser classificados da maneira que a seguir se indica:

4.1.2.1.  CILINDROS QUANTO AO TIPO:

1. Simples Efeito
2. Duplo Efeito

4.1.2.2.  CILINDROS QUANTO À CLASSE:

1. Leve
2. Média
3. Pesada
4. Especial
i. Membrana de projecção
ii. Com amortecimento nos fins de curso
iii. Tandem

Edição: 09/13 v01 44 de 168


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iv. Dupla Haste


v. Posição múltipla
vi. Impacto
vii. De cabos
viii. Rotativo

Cilindros de simples efeito

Os cilindros de simples efeito, são accionados por ar comprimido de um só lado, e portanto realizam trabalho num só
sentido. O retorno efectua-se mediante a acção de uma mola ou através de força externa (ver Fig.53 e Fig. 54).

Figura 53 – [4]

Figura 54 – [4]

A força da mola é calculada para que o embolo do cilindro possa voltar à sua posição inicial, com uma velocidade
suficientemente alta, sem absorver, porém energia elevada.

Nestes cilindros de simples efeito, o curso do êmbolo, é limitado pelo comprimento da mola. Por esta razão, fabricam-se
cilindros de simples efeito com comprimentos de curso até aproximadamente 100 mm.

Estes elementos são utilizados principalmente para fixar, expulsar, prensar, elevar, alimentar, etc..

Cilindros de duplo efeito


A força exercida pelo ar comprimido movimenta o êmbolo do cilindro de duplo efeito, realizando movimento nos dois
sentidos. Será produzida uma determinada força no avanço, bem como no retorno de êmbolo (ver Fig. 55 e Fig. 56 e Fig. 57).

Edição: 09/13 v01 45 de 168


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Figura 55 – [4]

Figura 56 – [4]

É o tipo de cilindro mais utilizado.

Figura 57 – [4]

4.1.3. CILINDROS ESPECIAIS

4.1.3.1. CILINDRO DE MEMBRANA DE PROJECÇÃO

A figura esclarece convenientemente o funcionamento deste cilindro.

Figura 58 – [3]

4.1.3.2. CILINDRO DE MEMBRANA PLANA

Edição: 09/13 v01 46 de 168


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Estes cilindros também são conhecidos como "caixa-de-ar comprimido" ou "caixa de força".

Uma membrana, que pode ser de borracha, de material sintético ou também metálico, assume a tarefa do êmbolo. A
haste do êmbolo é fixada no centro da membrana. Neste caso a vedação deslizante não existe. Em acção existe somente o
atrito, provocado pela dilatação da membrana.

Utiliza-se no fabrico de ferramentas e dispositivos, bem como em prensas de cunhar, rebitar e fixar peças em lugares
estreitos.

Figura 59 – [3]

4.1.3.3. CILINDRO COM AMORTECIMENTO NOS FINS DE CURSO

Quando são movimentados volumes grandes e pesados, aplicam-se cilindros com sistema de amortecimento para evitar
impactos secos, que como se sabe contribui negativamente para a duração da vida útil dos mesmos.

Antes de alcançar a posição final, um êmbolo de amortecimento interrompe o escape directo do ar, deixando somente
uma passagem pequena, geralmente regulável.

Com o escape de ar restringido cria-se uma sobrepressão que, para


ser vencida absorve grande parte da energia e resulta em perda de
velocidade nos fins de curso. Invertendo o movimento do êmbolo, o ar entra
sem impedimento pelas válvulas no cilindro, e o êmbolo pode, com força e
velocidade total, retroceder.

Figura 60 – [3]

Edição: 09/13 v01 47 de 168


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4.1.3.4. CILINDRO COM DUPLA HASTE PASSANTE

Este cilindro de haste passante tem algumas vantagens.

A haste é melhor guiada devido a dois mancais de guia.


Isto possibilita a admissão de uma ligeira carga lateral.
Neste caso, a força obtida é igual em ambos os lados
(mesma área de pressão).

Figura 61 – [3]

4.1.3.5. CILINDRO TANDEM

Nesta construção trata-se de dois cilindros de dupla acção que formam uma só unidade. Desta forma, com simultânea
carga nos dois êmbolos, a força é uma soma das forças dos dois cilindros, O uso desta construção é necessário para obter
grande força, quando o diâmetro, do cilindro é problemático (espaço pequeno).

Figura 62 – [3]

4.1.3.6. CILINDRO DE POSIÇÃO MÚLTIPLA

O cilindro de posição múltipla é formado por dois ou mais cilindros de dupla acção. Estes elementos estão, como o
ilustrado, unidos um ao outro.

Os cilindros movimentam-se, conforme o lado de pressão,


individualmente. Com dois cilindros de cursos diferentes obtém-se 4
posições.

Emprega-se para, carregar estantes com esteira transportadora,


accionar alavancas, etc..
Figura 63 – [3]

Edição: 09/13 v01 48 de 168


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4.1.3.7. CILINDRO DE IMPACTO

O uso dos cilindros pneumáticos normais na técnica de deformação é limitado.

Para desenvolver grandes energias cinéticas utilizam-se cilindros


de Impacto. Estes cilindros percutores desenvolvem uma velocidade
de 7,5 a 10 m/s (velocidade normal 1a 2 m/s). Esta velocidade só pode
ser alcançada por uma construção especial.

Figura 64 – [3]

A energia destes cilindros é normalmente aplicada para prensar, rebarbar, rebitar, cortar, etc.

4.1.3.8. CILINDRO DE CABOS

Trata-se na essência de um cilindro de dupla acção, que tem de cada


lado do êmbolo um cabo fixado e guiado por rolos.

Utiliza-se na abertura e fecho de portas e para situações de grandes


cursos com pequenas dimensões de construção.

Figura 65 – [3]

4.1.3.9. CILINDRO DE ROTATIVO

Na execução com cilindros de dupla acção, a haste do êmbolo tem um Perfil dentado (cremalheira). A haste do êmbolo
acciona com esta cremalheira uma engrenagem, transformando o movimento linear num movimento rotativo à esquerda ou
direita sempre segundo a direcção do curso.

Os campos de rotação usuais são vários, isto é, de 45º, 90º, 180º, 270º até 720º. Um parafuso de regulação possibilita
porém a determinação do campo de rotação parcial, dentro do total.

O momento de torção depende da pressão, da área do êmbolo e da relação de transmissão. O Accionamento giratório
emprega-se para virar peças, curvar tubos, regular instalações de ar condicionado, accionamento de válvulas de fecho e
válvulas de borboleta, etc.

Edição: 09/13 v01 49 de 168


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Figura 66 – [3]

4.1.4. CONSTRUÇÃO DE CILINDROS

1- Camisa (aço trefilado a frio sem costura)

2 e 3- Tampas (alumínio fundido ou aço macio)

4- Haste do êmbolo (aço cromado)

5- Junta copo de encaixe unilateral

6- Casquilho guia (bronze ou material sintético

Figura 67 – [3]
7- Anel de limpeza

4.1.4.1. TIPOS DE FIXAÇÃO DE CILINDROS

8- Junta
A escolha do copo defixação
tipo de encaixedepende
bilateralda montagem dos cilindros nos dispositivos

Por base central Por munhão traseiro Por pés


9- Reguladores de amortecimento

10 – Pistão (alumínio fundido ou aço macio)

Por falange dianteira Por rosca traseira Por sistema oscilante

Edição: 09/13 v01 50 de 168


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Por munhão dianteiro Por falange dianteira Por rosca dianteira

Figura 68 – [3] – Fixação de cilindros

4.1.4.2. TIPOS DE VEDANTES

O-Ring junta toroidal Junta toroidal achatada internamente Perfil quadrado

Junta copo de encaixe bilateral Junta lábio simples Junta lábio duplo (T- duo)

Junta copo de encaixe unilateral Junta duplo copo com anel deslizante Anel de vedação em L

Edição: 09/13 v01 51 de 168


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Figura 69 – [3] – Fixação de cilindros

4.2. ELEMENTOS PNEUMÁTICOS COM MOVIMENTOS ROTATIVOS (MOTORES)

Estes elementos transformam a energia pneumática em movimento de rotação. São os motores a ar comprimido.

O motor pneumático é um dos elementos de trabalho mais utilizados na pneumática. Os motores pneumáticos estão
classificados, segundo o seu aspecto construtivo, da seguinte maneira:

 Motores de pistão

 Motores de palhetas

 Motores de engrenagens

 Turbomotores (turbinas)

Todos estes tipos de motores apresentam as seguintes particularidades:

 Regulação sem escala de rotação e do momento torsor;

 Grande escolha de rotação;

 Construção leve e pequena;

 Seguros contra sobrecargas;

 Insensíveis a poeiras, á água e á temperatura;

 Seguros contra explosão;

 Conservação e manutenção insignificantes;

 Sentido de rotação fácil de inverter.

4.2.1. MOTOR DE PISTÃO AXIAL E RADIAL

O modo de funcionamento dos motores axial e radial é análogo. Um disco oscilante transforma a força de 5 cilindros,
axialmente posicionados, em movimento giratório. Dois pistões são alimentados simultaneamente com ar comprimido. Com
isto obter-se-á um momento de inércia equilibrada, garantindo um movimento do motor uniforme e sem vibrações.

Edição: 09/13 v01 52 de 168


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Figura 70 – [3] – Motor Radial Figura 71 – [3] – Motor axial

4.2.2. MOTOR DE PALHETAS

Graças á sua construção simples e pequeno peso, os motores pneumáticos geralmente são fabricados segundo este tipo
construtivo (ver Fig. 44). Estes são, em princípio, de funcionamento inverso aos compressores rotativos (de palhetas).

O rotor está fixado excentricamente num espaço cilíndrico. O rotor é dotado de ranhuras. As palhetas colocadas nas
ranhuras serão, pela força centrifuga, afastadas contra a parede inversa do cilindro. A vedação individual das câmaras é
garantida.

Por meio de uma pequena quantidade de ar, as palhetas são afastadas contra a
parede interna do cilindro, já antes de accionar o rotor. Em tipos de construção
diferente, o encosto das palhetas é feito por pressão de molas. Motores desta
execução têm geralmente entre 3 e 10 palhetas. Estas formam no motor, câmaras de
trabalho, nas quais pode actuar o ar, sempre de acordo com o tamanho da área de
ataque das palhetas. O ar entra na câmara menor, e expande-se na medida do
aumento da câmara.

Figura 72 – [3]

A rotação do rotor varia neste tipo de motores pneumáticos, entre 3000 e 8500 r.p.m..

4.2.3. MOTOR DE ENGRENAGENS

A geração do momento torsor efectua-se nesta construção pela projecção da pressão de ar contra os flancos dos dentes
de duas rodas dentadas engrenadas (montadas uma no veio motor e outra livre).

Edição: 09/13 v01 53 de 168


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Figura 73 – [5]

4.2.4. TURBO – MOTORES

Este tipo construtivo somente pode ser aplicado em trabalhos leves. Porém a faixa de rotação é muito ampla (em
equipamentos dentários até 500000 rpm). O seu funcionamento corresponde ao contrário de um turbo – compressor.

O sentido do fluxo é do mais escuro para o mais claro.

Figura 74 – [3]

4.3. CÁLCULO DE CILINDROS

EXPLICAÇÃO

A força do êmbolo depende, da pressão do ar, do diâmetro do cilindro e da resistência de atrito dos elementos vedantes.

Nos cilindros existem essencialmente dois tipos de forças:

Força teórica (Fth)

Força efectiva ou real ou normal (Fn)

Força teórica = Pressão x Área Fth = P x A ( Kg = bar x cm2 )

Para Cilindros de Simples efeito

Edição: 09/13 v01 54 de 168


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Força efectiva ou normal = Pressão x Área – (Resistência Atrito + Resistência Mola)

F n = P x A – ( F r + Ff )

Para Cilindros de Duplo efeito

Avanço Recuo

Fn = P x A1 - Fr Fn = P x A2 - Fr

EXEMPLO DE CÁLCULO

Fn = ? D = 50 mm D = 12 mm P = 6 bar A1 = 19,625 cm2 A3 = 18,5 cm2

Fr = valor médio 10%

Superfície ou área do êmbolo (Área 1)

Edição: 09/13 v01 55 de 168


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π x D2 3,14 x 52 cm2

A1 =  = 19,625 cm2

4 4

Superfície ou Área do anel do êmbolo (Área 3)

π x D2 π x d2 3,14 x (D2 – d2) 3,14 x (52 – 1,22)

A3 = -  = = 18,5 cm2

4 4 4 4

Tendo o valor das áreas, podemos determinar a Força teórica do êmbolo

Fth = A x P  Fth = 19,625 cm2 x 6 bar = 117,75 Kg.f

Então a Força efectiva ou real do êmbolo será

Sabemos que Fr = 10% então, para o avanço,

Fn = A1 x P – Fr  Fn = 19,625 cm2 x 6 bar – 0,1 x (19,625 x 6) = 106 Kg.f

Para o recuo,

Fn = A3 x P – Fr  Fn = 18,5 cm2 x 6 bar – 0,1 x (18,5 x 6) = 100 Kg.f

A força de avanço também pode ser obtida com relativo rigor, através do gráfico da página seguinte, do seguinte modo.
Com o diâmetro maior (50 mm) traça-se uma linha perpendicular ao eixo das abcissas até encontrar a diagonal
correspondente à pressão na rede (6bar). A partir da intersecção das linhas descritas anteriormente, traça-se uma horizontal
paralela ao eixo das abcissas até encontrar o eixo das ordenadas, local onde se faz a leitura da força (106 Kgf).

Edição: 09/13 v01 56 de 168


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DIAGRAMA PRESSÃO/FORÇA

Nomograma 3 – [3] – Pressão / Força

Na página seguinte encontra-se um gráfico, que mediante a força a exercer e o diâmetro da haste do êmbolo, pode-se
definir qual o curso útil a utilizar nas condições pré definidas.

Com a força obtida anteriormente (106 Kp) traça-se uma linha perpendicular ao eixo das abcissas até encontrar a
diagonal correspondente ao diâmetro da haste do êmbolo (12 mm). A partir da intersecção das linhas descritas anteriormente,

Edição: 09/13 v01 57 de 168


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traça-se uma horizontal paralela ao eixo das abcissas até encontrar o eixo das ordenadas, local onde se faz a leitura do curso
útil (28 mm).

Repare-se que com o cilindro definido anteriormente podemos obter forças na ordem dos 106 Kp mas somente se o
curso do cilindro for de 28 mm, caso contrário e para um curso maior dá-se o fenómeno da flambagem (deformação) da haste.
É evidente que com este cilindro podemos obter cursos maiores, mas assumindo como compromisso a relação curso / força,
ou seja para cursos maiores, forças menores.

4.4. CÁLCULO DO CONSUMO DE AR

É importante conhecer o consumo de ar da instalação para poder produzi-lo e para saber quais as despesas de energia.

Dados importantes Pressão de trabalho, Diâmetros e Cursos úteis

Q = Consumo de ar

Q = Relação de compressão (Rc) x Superfície do êmbolo (A) x Curso (s)

Relação de compressão = P2 / P1 e calcula-se assim

101,3 + Pressão de trabalho (Kpa)

Rc =

101,3

Para o cálculo do consumo de ar:

Para Cilindros de Simples efeito

Q = s x n x π x r12 x Rc ou Q = s x n x A1 x Rc

Para Cilindros de Duplo efeito

Q = s x π x r12 + s x (π x r12 - π x r22) x n x Rc ou Q = s x A1 + s x (A1 – A2) x n x Rc

Q =  A1 + (A1 – A2) x s x n x Rc  Q = ( A1 + A3) x s x n x Rc

Edição: 09/13 v01 58 de 168


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Exemplo de cálculo:

Q=?

101,3 + Pressão de trabalho (Kpa)


D = 50 mm
Rc =
d = 12 mm
101,3

S = 100 mm

n = 10

P = 6 bar (600 Kpa)


101,3 + 600 (Kpa)

Rc = = 6,9

101,3

Q = s x π x r12 + s x (π x r12 - π x r22) x n x Rc

Q = 10 cm x π x 2,52 cm2 + 10 cm x (π x 2,52 cm2 - π x 0,62 cm2) x 10 x 6,9

Q = 26337 cm3 / min  Q = 26,337 dm3 / min

No caso de se utilizar o gráfico de consumo de ar

Q = 2 x (s x n x q (L / min)

Q = 2 x (10 cm x 10 x 0,134 L / cm) Q = 26,4 L / min

Comparando estes dois valores, pode-se concluir que os dois métodos se complementam, uma vez que pelo segundo
método se pode comparar o valor obtido no primeiro método que é o mais preciso.

Edição: 09/13 v01 59 de 168


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DIAGRAMA DE FLAMBAGEM

Nomograma 4 – [3] – Flambagem

Edição: 09/13 v01 60 de 168


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DIAGRAMA DO CONSUMO DE AR

L/ cm de curso

Nomograma 5 – [3] – Consumo de ar

Edição: 09/13 v01 61 de 168


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4.5. RESUMO

 Designam-se por elementos ou aparelhos pneumáticos aqueles que trabalham usando como fonte de potência a energia
do ar comprimido.

 A energia pneumática será transformada, por cilindros pneumáticos, em movimentos rectilíneos e pelos motores
pneumáticos em movimentos rotativos.

 Cilindros quanto ao tipo: Simples Efeito; Duplo Efeito

 Cilindros quanto à classe: Leve; Média; Pesada; Especial (Mini, Membrana, Tandem, Dupla Haste, Torque)

 Os cilindros de simples efeito, são accionados por ar comprimido de um só lado, e portanto realizam trabalho num só
sentido. O retorno efectua-se mediante a acção de uma mola ou através de força externa (ver Figura – 40 e Figura - 41).

 O motor pneumático é um dos elementos de trabalho mais utilizados na pneumática. Os motores pneumáticos estão
classificados, segundo o seu aspecto construtivo, da seguinte maneira:

(motores de pistão; motores de palhetas; motores de engrenagens; turbomotores (turbinas)).

Todos estes tipos de motores apresentam as seguintes particularidades:

 Regulação sem escala de rotação e do momento torsor;

 Grande escolha de rotação;

 Construção leve e pequena;

 Seguros contra sobrecargas;

 Insensíveis a poeiras, á água e á temperatura;

 Seguros contra explosão;

 Conservação e manutenção insignificantes;

 Sentido de rotação fácil de inverter.

Do ponto de vista teórico-prático é aconselhável fazer uma análise cuidada do exercício representado, e por própria iniciativa
(arbitrando valores) criar novas situações de estudo.

4.6. QUESTÕES / EXERCÍCIOS

4.6.1. QUESTÕES

1. Classifique os elementos pneumáticos de trabalho em relação às tarefas desempenhadas e quanto à sua forma
construtiva.

Edição: 09/13 v01 62 de 168


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4.6.2. EXERCÍCIOS

1. Para resolver um determinado problema na sua empresa, você optou por uma solução pneumática, visto existir no
armazém algum material disponível, nomeadamente cilindros.

Sabendo que um dos cilindros tem como dimensões: D=70mm; d=16mm; Pressão=8bar, e que para o trabalho a
realizar são necessários 10 cursos/min, com um curso útil de 100mm, determine pelos métodos conhecidos:

a. As forças intervenientes, o curso útil e o consumo de ar necessário para o seu perfeito funcionamento.

FNav = 277,2 Kg; FNre = 262,8 Kg; Curso útil = 36mm; Q = 66,7 l/min.

b. Admita que para o seu trabalho, necessita impreterivelmente de 100mm de curso útil. Será possível resolver o
seu problema com cilindro disponível? Justifique.

Edição: 09/13 v01 63 de 168


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Edição: 09/13 v01 64 de 168


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Edição: 09/13 v01 65 de 168


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Edição: 09/13 v01 66 de 168


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5. ELEMENTOS PNEUMÁTICOS DE COMANDO

5.1. INTRODUÇÃO

As válvulas são órgãos cuja função é comandar a grandeza de uma variável pneumática ou alterar a topologia do circuito
(ver Fig. 75). No primeiro caso temos as válvulas reguladoras e no segundo as válvulas direccionais.

A simbologia adoptada será conforme a recomendação CETOP.

Figura 75 – [4]

Segundo as suas funções, as válvulas subdividem-se em 5 grupos:

1. Válvulas direccionais 4. Válvulas de fluxo (caudal)

2. Válvulas de bloqueio 5. Válvulas de fecho

3. Válvulas de pressão

Várias outras subdivisões para as válvulas são possíveis, eis por exemplo algumas:

Quanto ao número de estados (posições de funcionamento ou número de caixas), as válvulas dividem-se em:

2 Estados

3 Estados

Edição: 09/13 v01 67 de 168


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523 – Electrónica e Automação

Quanto ao número de orifícios (ligações):

2 Orifícios

3 Orifícios

4 Orifícios

5 Orifícios

Quanto ao tipo de comando (actuação da válvula):

Manual

Manípulo

Botão

Puxador

Edição: 09/13 v01 68 de 168


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Pedal

Mecânico

Retorno por mola

Centrado por molas

Rolete

Rolete (unidireccional)

Eléctrico

Operado por 1 solenoide

Operado por 2 solenoides

Pneumático

Edição: 09/13 v01 69 de 168


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Actuação pneumática directa

Actuação pneumática indirecta (pilotada)

Combinado

Solenoide duplo com pilotagem manual

5.2. VÁLVULAS DIRECCIONAIS

As válvulas direccionais têm como já vimos, a função de poderem alterar a topologia do circuito. Isto é, ao actuar uma
válvula deste tipo, é possível modificar o sentido de circulação do fluido no circuito, como por exemplo acontece nos
actuadores lineares (cilindros) de duplo efeito, em que por intermédio de uma válvula direccional se invertem o enchimento e
esvaziamento das suas câmaras, modificando o sentido de actuação da haste do êmbolo (ver Fig. 76).

Figura 76 – [4]

5.2.1. SIMBOLOGIA DAS VÁLVULAS

Para representar as válvulas direccionais nos esquemas, são utilizados símbolos; estes símbolos não pretendem
representar o aspecto construtivo da válvula (sua construção interna), mas sim a sua função no circuito.

Edição: 09/13 v01 70 de 168


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As posições das válvulas são representadas por meio de quadrados.

O número de quadrados unidos indica o número de posições que uma válvula pode assumir.

O funcionamento é representado simbolicamente dentro dos quadrados

As linhas indicam as vias de passagem. As setas indicam o sentido do fluxo.

Os bloqueios são indicados dentro dos quadrados com traços transversais.

A união de vias dentro de uma válvula é simbolizada por um ponto.

As ligações (de entrada e saída) serão caracterizadas por traços externos, que indicam a posição de repouso
da válvula. O número de traços indica o número de vias.

Outras posições obter-se-ão deslocando os quadrados, até que coincidam com as ligações.

Válvula com 3 posições de comando. A posição central corresponde à posição de repouso.

Define-se como “posição de repouso”, aquela condição em que, através


de molas, por exemplo (ver Fig. 77), os elementos móveis da válvula são
posicionados enquanto a mesma não estiver a ser accionada (actuada).

Figura 77 – [4]

Edição: 09/13 v01 71 de 168


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A posição de partida (ou inicial) da válvula, será denominada aquela que os seus elementos móveis assumem após
montagem na instalação.

Para garantir uma identificação e uma ligação correcta das válvulas, marcam-se as vias com letras minúsculas, ou
números.

Convencionou-se as seguintes numerações (entre parêntesis como abaixo mostrado), para a identificação das ligações
das válvulas (ver Fig. 78):

Identificação das vias ou em alternativa

Vias para utilização (saídas) A, B, C, D,… (2,4,6)

Linhas de alimentação (entrada) P (1)

Escapes (exaustão) R,S,T (3,5,7)

Linhas de comando (pilotagem) Z,Y,Z (12,14,16)

Figura 78 – [4]

A denominação de uma válvula depende do número de vias (ligações) e do número das posições de funcionamento. O
primeiro número indica a quantidade de ligações e o segundo a quantidade de posições de funcionamento da válvula. As
ligações de pilotagem não são consideradas como vias.

A denominação de uma válvula será por exemplo 3/2 , querendo-se com isto dizer que o 2 é o número de estados ou
posições (na simbologia corresponde a quadrados), e o 3 é o número de orifícios ou vias.

5.2.2. CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃO DAS VÁLVULAS DIRECCIONAIS

As características de construção das válvulas são uma das suas propriedades fundamentais. Estas características podem
determinar por exemplo a vida útil de uma válvula ou determinar a força de accionamento.

Segundo o seu aspecto construtivo, neste tipo de válvulas podem-se distinguir os seguintes tipos:

Edição: 09/13 v01 72 de 168


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Válvulas de assento (ou sede) Válvulas de gaveta

Válvulas de sede esférica Gaveta longitudinal

Válvulas de sede de prato Gaveta giratória (disco)

5.2.3. VÁLVULAS DE SEDE OU DE ASSENTO

As ligações nas válvulas de sede ou de assento, são abertas por esfera, prato ou cone. A vedação das sedes da válvula
efectua-se de maneira muito simples, geralmente com elemento elástico de vedação (vedante). Este tipo de válvulas possui
poucas peças de desgaste e tem, por isso uma vida útil longa. São também robustas e insensíveis à sujidade.

5.2.3.1. VÁLVULAS DE SEDE ESFÉRICA

A construção das válvulas de sede esférica é muito simples e, portanto, de


preço vantajoso. Estas válvulas caracterizam-se pelas suas reduzidas
dimensões.

Uma mola força a esfera contra a sede, evitando que o ar comprimido passe
do orifício de pressão 1 para o orifício de trabalho 2 (ver Fig. 79). Por
accionamento da haste da válvula, afasta-se a esfera da sede. Para isso, é
necessário vencer a força da mola e a força do ar comprimido. O orifício 3 é o
orifício de escape. O accionamento pode ser manual ou mecânico.

Figura 79 – [4]

5.2.3.2. VÁLVULAS DE SEDE DE PRATO (OU DISCO)

Este tipo de válvulas (ver Fig. 80), são


construídas e baseadas no princípio de sede de prato
(ou disco). Estas válvulas têm uma vedação simples
e boa. O tempo de comutação é curto. Um pequeno
movimento do prato liberta uma área bastante grande
para o fluxo do ar. Também este tipo construtivo, das
válvulas, como as de sede esférica é insensível à
sujidade e têm uma vida útil longa.

Edição: 09/13 v01 73 de 168


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Figura 80 – [4]

5.2.4. VÁLVULAS DE GAVETA

Os diversos tipos de ligação das válvulas de gaveta serão interligados e fechados por pistões (corrediços, comutadores
ou giratórios).

5.2.4.1. VÁLVULAS DE GAVETA LONGITUDINAL

Este tipo de válvulas (ver Fig.81) tem como elemento de comando um pistão que selecciona as ligações mediante o seu
movimento longitudinal.

A força de accionamento é pequena, pois não é necessário vencer a pressão do ar ou da mola, ambas inexistentes (como
nos princípios das válvulas de sede esférica ou de prato). Neste tipo de válvulas são possíveis, todos os tipos de
accionamentos: manual, mecânico, eléctrico e pneumático, o mesmo é válido para o retorno à posição inicial. O curso é
consideravelmente mais longo do que as válvulas de assento, assim como também os tempos de comutação.

A vedação neste tipo de válvula de gaveta é bastante problemática. Uma vedação do tipo “metal sobre metal” como se
usa na hidráulica, requer um perfeito ajuste da gaveta no corpo da válvula. A folga entre a gaveta e o cilindro interior da
válvula, em pneumática, não deve ser maior do que 0.002 a 0.004 mm. Uma folga maior provocaria grandes fugas internas.
Para obviar este problema, usam-se normalmente anéis “O” (O-Ring), montados no corpo da válvula (estático) ou no pistão
(dinâmico).

Figura 81 – [4]

5.2.4.2. VÁLVULAS DE GAVETA GIRATÓRIA

Estas válvulas são geralmente de accionamento manual ou por pedal. É difícil adaptar-se outro tipo de accionamento a
estas válvulas.

São fabricadas geralmente como válvulas direccionais de 3/3 vias ou 4/3 vias. Mediante o deslocamento rotativo de duas
gavetas pode ser feita a comunicação dos canais entre si (ver figura 82).

Edição: 09/13 v01 74 de 168


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Com a configuração da válvula da (Fig. 82), todos os canais estão bloqueados na posição central. Devido a isso, o
êmbolo do cilindro pode parar em qualquer posição do seu curso, porém essas posições intermédias não podem ser fixadas
com exactidão. Devido á compressibilidade do ar comprimido, ao variar a carga a haste também varia a sua posição.

Figura 82 – [4]

5.2.5. VÁLVULAS 3/2

A válvula 3/2 (ver Fig. 83), tem esta designação porque possui 3 vias (orifícios) e 2 posições (caixas) de funcionamento.

Figura 83 – [4]

5.2.5.1. VÁLVULAS 3/2 NORMALMENTE FECHADAS

Estas válvulas (ver Fig. 84), quando accionadas o seu eixo será deslocado contra a mola de retorno. Nesta situação os
orifícios 1 e 2 serão interligados (o escape 3 está cortado). Após a anulação do sinal de comando, o pistão de comando será
recolocado na posição inicial por intermédio da mola. A ligação entre 1 e 2 será cortada. O ar do canal de trabalho pode
escapar através do canal de escape 3.

Edição: 09/13 v01 75 de 168


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Figura 84 – [4]

5.2.5.2. VÁLVULAS 3/2 NORMALMENTE ABERTAS

Estas válvulas (ver Fig. 85), têm a posição de repouso


aberta. Ao ser accionada, é fechada primeiramente a ligação
entre 1 e 2, sendo posteriormente estabelecida a ligação entre 2
e 3. Uma mola retrocede o apalpador voltando a restabelecer a
ligação entre 1 e 2 (posição de repouso).

Figura 85 – [4]

Construtivamente, estas válvulas podem ser de assento esféricas ou prato (disco) (ver Fig. 86).

Figura 86 – [4]

O accionamento destas válvulas pode ser de diversos tipos como o indica a (Fig. 87), (ver secções seguintes).

Edição: 09/13 v01 76 de 168


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Figura 87 – [4]

5.2.5.3. VÁLVULA 3/2 DE ALAVANCA COM 2 POSIÇÕES (NORMALMENTE FECHADA)

Figura 88 – [4]

5.2.5.4. VÁLVULA 3/2 DE ROLETE

Figura 89 – [4]

5.2.5.5. VÁLVULA DE ROLETE E RETORNO POR AR INTERNO

Edição: 09/13 v01 77 de 168


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Figura 90 – [4]

As válvulas direccionais 3/2 são as utilizadas para comandar cilindros de simples acção, ou como emissores de sinal para
pilotar válvulas de comando (ver Fig. 91, Fig. 92, e Fig. 93).

Figura 91 – [4]

Figura 92 – [4] Figura 93 – [4]

5.2.6. VÁLVULAS 5/2

As válvulas 5/2 (5 vias, 2 posições), são válvulas direccionais, construtivamente de gaveta. Esta válvula é comutada
alternadamente por impulsos, mantendo a posição de comando até receber um novo impulso (bi-estável). Observando a (Fig.
94), pode-se verificar que se a válvula for comutada por 12, a pressão proveniente de 1 é transmitida á via 2. A via 4 estará
ligada ao escape através do orifício 5. O orifício 3 está cortado (sem ligação a alguma via).

Edição: 09/13 v01 78 de 168


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Por sua vez, se a válvula for comutada por 14, então a ligação entre as vias será de 1 (pressão) para 4, estando a via 2
ao escape. A via 5 nesta situação estará cortada.

Figura 94 – [4]

Como poderá verificar na (Fig. 95), estas válvulas são as indicadas para comandar cilindros de duplo efeito.

Figura 95 – [4]

5.3. VÁLVULAS DE BLOQUEIO

Estas válvulas são os elementos que bloqueiam a passagem preferencialmente num só sentido, permitindo assim a
passagem livre na direcção contrária. A pressão do lado da entrada, actua sobre o elemento vedante e permite com isso uma
vedação perfeita da válvula.

5.3.1. VÁLVULAS DE RETENÇÃO

Estas válvulas impedem completamente a passagem numa direcção. Na direcção contrária o ar passa com uma queda
de pressão mínima (ver Fig. 96).

O fecho da válvula, de um ponto de vista construtivo, pode ser conseguido através de um cone (Fig. 97), esfera, placa
(Fig. 98) ou membrana.

Edição: 09/13 v01 79 de 168


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Figura 96 – [4]

Figura 97 – [4]

Figura 98 – [4]

5.3.2. VÁLVULA ALTERNADORA (OU VÁLVULA “OU”)

Edição: 09/13 v01 80 de 168


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Esta válvula por vezes também é chamada de “válvula de comando duplo ou dupla retenção”.

Esta válvula possui duas entradas X e Y, e uma saída A (ver Fig. 99 e Fig. 100). Quando o ar comprimido entra em X, a
esfera bloqueia a entrada Y e o ar circula de X para A. Em sentido contrário, quando o ar circula de Y para A, a entrada X fica
bloqueada.

Figura 99 – [4]

Esta válvula também é chamada “elemento OU (OR)”, pois tem um comportamento semelhante a um OU lógico.

Figura 100 – [4]

Estas válvulas são utilizadas por exemplo, quando um cilindro ou uma válvula de comando devem ser accionados de
dois ou mais lugares (ver Fig. 101).

Edição: 09/13 v01 81 de 168


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Figura 101 – [4]

5.3.3. VÁLVULA DE SIMULTANEIDADE (OU VÁLVULA “E”)

Esta válvula possui duas entradas X e Y e uma saída (ver Fig. 102 e Fig. 103). O ar comprimido pode passar unicamente
quando houver pressão em ambas as entradas. Um sinal de entrada X ou Y impede o fluxo para A em virtude do desequilíbrio
das forças que actuam sobre a peça móvel.

Quando existe uma diferença de tempo das pressões, a última é a que chega na saída A. Se os sinais de entrada são de
pressões diferentes, a maior bloqueia um lado da válvula e a pressão menor chega até á saída A.

Figura 102 – [4]

Figura 103 – [4]

Edição: 09/13 v01 82 de 168


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Esta válvula também chamada de “elemento E


(AND)”, é utilizada em comandos de bloqueio, funções de
controlo e operações lógicas (ver Fig. 104).

Figura 104 – [4]

5.4. VÁLVULAS DE PRESSÃO

São válvulas que têm influência principalmente sobre a pressão, e através das quais pode ser feita a regulação, ou
válvulas que dependem da pressão de comando. Distinguem-se da seguinte forma:

 Válvula reguladora de pressão


 Válvula limitadora de pressão
 Válvula de sequência

5.4.1. VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO

Esta válvula (ver Fig. 105 e Fig. 106), tem a tarefa de manter constante a pressão de trabalho, isto é, transmitir a pressão
ajustada no manómetro sem variação, aos elementos de trabalho ou válvulas, mesmo com a pressão oscilante da rede.

A pressão primária tem que ser sempre maior que a pressão secundária. A pressão é regulada por meio de uma
membrana 1. Uma das faces da membrana é submetida à pressão de trabalho, enquanto a outra é pressionada por uma mola
2 cuja pressão é ajustável por meio de um parafuso regulável. Com o aumento da pressão de trabalho, a membrana
movimenta-se contra a força da mola. Com isso, a secção nominal de passagem na sede da válvula 4 diminui até ao seu
fecho completo. Isso significa que a pressão é regulada pelo caudal.

Com o consumo de ar comprimido, a pressão diminui e a força da mola reabre a válvula. Com isso, o manter da
pressão regulada, vai implicar um constante abrir e fechar da válvula. Para evitar a ocorrência de uma vibração indesejável,
sobre o prato da válvula 6 é construído um amortecedor por mola 5 ou ar. A pressão de trabalho é indicada no manómetro.

Se a pressão crescer demasiadamente do lado secundário, a membrana é pressionada contra a mola. Com isso,
abre-se o orifício da parte central da membrana e o ar em excesso sai pelo furo de escape para a atmosfera.

Edição: 09/13 v01 83 de 168


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Figura 105 – [4] Figura 106 – [4]

5.4.2. VÁLVULA LIMITADORA DE PRESSÃO

Estas válvulas são utilizadas, sobretudo como válvula de segurança. Não permitem um aumento da pressão no sistema,
acima da pressão máxima ajustada. Alcançada na entrada da válvula o valor máximo da pressão P, abre-se a saída e o ar
escapa para a atmosfera R. A válvula permanece aberta até a mola, após a pressão ter caído abaixo do valor ajustado, volte a
fecha-la (ver Fig. 107).

Figura 107 – [4]

5.4.3. VÁLVULA DE SEQUÊNCIA

O funcionamento desta válvula (ver Fig. 108), é muito


semelhante ao da válvula limitadora de pressão. Abre-se a
passagem quando é alcançada uma pressão superior à
ajustada pela mola.

Figura 108 – [4]

Edição: 09/13 v01 84 de 168


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A válvula de sequência é actuada, quando no


comando 1.2 a pressão para que a válvula está
calibrada for atingida. Nesta situação, o ar comprimido
passa de 1 para 2. Se a pressão diminuir para um valor
inferior á pressão de calibração, então a válvula torna a
fechar (por acção da mola), cortando deste modo a
ligação entre 1 e 2.

Figura 109 – [4]

O cilindro 1.0 só recuará quando for atingida a pressão para que a válvula de sequência 1.3 está regulada.

Estas válvulas são utilizadas em comandos pneumáticos que actuam quando há necessidade de uma pressão fixa para o
processo de comutação (comandos em função da pressão). O sinal é transmitido somente quando for alcançada a pressão de
comando (ver Fig. 110).

Figura 110 – [4]

5.5. VÁLVULAS DE FLUXO (CAUDAL)

Estas válvulas têm influência sobre a quantidade de ar comprimido que flúi numa tubagem.

5.5.1. VÁLVULAS REGULADORAS DE CAUDAL (RESTRITORES)

As válvulas reguladoras de caudal (ver Fig. 111, Fig. 112 e Fig. 113) ou restritores, são órgãos destinados a criar uma
resistência à passagem de caudal dando lugar a uma queda de pressão no sentido de passagem do ar comprimido.

Edição: 09/13 v01 85 de 168


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A sua construção é simples, pois o efeito restritor é obtido somente por um estrangulamento da secção de passagem do
ar. Quanto á regulação pode ser fixa ou ajustável.

Figura 111 – [4]

Figura 113 – [4] –


Restritor ajustável
Figura 112 – [4] – Restritor ajustável
unidireccional

Como pode ser visto na Figura - 114, com o uso de restritores pode-se controlar a velocidade (quer de avanço quer de
recuo) dos cilindros. No exemplo da figura e nas duas situações, quer a velocidade de avanço quer a de recuo estão a ser
controladas (atender á posição do antirretorno).

Edição: 09/13 v01 86 de 168


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Figura 114 – [4]

5.5.2. VÁLVULA DE ESCAPE RÁPIDO

Estas válvulas são usadas para aumentar a velocidade dos êmbolos


dos cilindros (ver Fig. 115). Tempos de retorno elevados, especialmente em
cilindros de simples acção podem ser eliminados usando esta válvula.

Figura 115 – [4]

Esta válvula é dotada de uma ligação de


pressão P, uma ligação de escape R
bloqueada e uma saída A (ver Fig. 116).

Quando se aplica pressão em P, a junta


desloca-se contra o assento e veda o escape
R. O ar circula até á saída A.

Figura 116 – [4]

Quando a pressão em P deixa de existir, o ar, que agora retorna pela ligação A, movimenta a junta contra a ligação P
provocando o seu bloqueio. Desta forma, o ar pode escapar por R rapidamente para a atmosfera. Evita-se com isto, que o ar

Edição: 09/13 v01 87 de 168


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de escape seja obrigado a passar por uma ligação longa e de diâmetro pequeno até á válvula de comando. O mais
recomendável é colocar o escape rápido directamente no cilindro ou então o mais próximo possível do mesmo (ver Fig. 117).

Figura 117 – [4]

5.6. VÁLVULAS DE FECHO

Estas válvulas (ver Fig. 118), permitem a abertura e fecho do fluxo de ar comprimido, sem escalas (tudo ou nada).

Figura 118 – [4]

5.7. RESUMO

 As válvulas são órgãos cuja função é comandar a grandeza de uma variável pneumática ou alterar a topologia do circuito.
No primeiro caso temos as válvulas reguladoras e no segundo as válvulas direccionais.

Segundo as suas funções, as válvulas subdividem-se em 5 grupos:

1. Válvulas direccionais 4. Válvulas de fluxo (caudal)

2. Válvulas de bloqueio 5. Válvulas de fecho

Edição: 09/13 v01 88 de 168


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3. Válvulas de pressão

 Válvulas de bloqueio são os elementos que bloqueiam a passagem preferencialmente num só sentido, permitindo assim
a passagem livre na direcção contrária.

 Válvulas de pressão são válvulas que têm influência principalmente sobre a pressão, e através das quais pode ser feita a
regulação, ou válvulas que dependem da pressão de comando. Distinguem-se da seguinte forma:

Válvula reguladora de pressão;

Válvula limitadora de pressão;

Válvula de sequência.

Válvulas limitadoras de pressão são utilizadas, sobretudo como válvula de segurança. Não permitem um aumento da pressão
no sistema, acima da pressão máxima ajustada.

 As válvulas reguladoras de caudal ou restritores, são órgãos destinados a criar uma resistência à passagem de caudal
dando lugar a uma queda de pressão no sentido de passagem do ar comprimido. Utilizam-se para controlar a velocidade
(quer de avanço quer de recuo) dos cilindros.

 Válvulas de escape rápido são usadas para aumentar a velocidade dos êmbolos dos cilindros. Tempos de retorno
elevados, especialmente em cilindros de simples acção podem ser eliminados usando esta válvula.

5.8. QUESTÕES / EXERCÍCIOS

5.8.1. QUESTÕES

1- Diga o que entende por válvulas.

2- Faça a legenda dos símbolos representados em baixo.

Edição: 09/13 v01 89 de 168


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3- Diga o que entende por válvulas de pressão, e como se caracterizam quanto à sua função?

4- O que são e para que servem as válvulas limitadoras de pressão?

5- Que tipo de válvulas, devemos utilizar para regular as velocidades nos cilindros?

Edição: 09/13 v01 90 de 168


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6. CIRCUITOS BÁSICOS

6.1. COMANDOS BÁSICOS DIRECTOS

6.1.1. COMANDO DIRECTO DE UM CILINDRO DE SIMPLES EFEITO

6.1.2. COMANDO DIRECTO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO

Pausa

Avanço Recuo

Edição: 09/13 v01 91 de 168


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6.2. COMANDOS BÁSICOS INDIRECTOS

6.2.1. COMANDO INDIRECTO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO

Pausa

Avanço Recuo

6.2.2. COMANDO INDIRECTO AUTOMÁTICO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO

Neste exemplo mostra-se como conseguir um ciclo automático de recuo a partir de uma válvula direccional 3/2 de rolete
(fim de curso).

Edição: 09/13 v01 92 de 168


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Pausa

Avanço Recuo

Comando Indirecto de um cilindro de duplo efeito com a utilização de uma válvula direccional 5/2. Com esta válvula o
recuo faz-se automaticamente. Não existindo sinal do lado esquerdo a válvula através da mola retorna à sua posição inicial.

Edição: 09/13 v01 93 de 168


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Avanço Recuo

6.3. CONTROLO DE VELOCIDADE EM CILINDROS DE SIMPLES EFEITO

6.3.1. APLICAÇÃO DE VÁLVULAS ESTRANGULADORAS PARA CONTROLO DE VELOCIDADE NO AVANÇO

Edição: 09/13 v01 94 de 168


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6.3.1.1. CONTROLO DE VELOCIDADE NO RECUO

6.3.1.2. CONTROLO DE VELOCIDADE NO AVANÇO E NO RECUO

Controlo no avanço Controlo no recuo

6.4. CONTROLO DE VELOCIDADE NO AVANÇO E NO RECUO DE CILINDROS DE DUPLO EFEITO.

Se efectivamente se quiser apenas controlar a velocidade num dos sentidos, basta aplicar a válvula estranguladora no
canal correspondente à função a controlar.

Edição: 09/13 v01 95 de 168


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Controlo no avanço Controlo no recuo

6.5. COMANDO DE UM CILINDRO DE SIMPLES EFEITO, COM UMA VÁLVULA ALTERNADORA (ELEMENTO LÓGICO
OU).

Aplicam-se estas válvulas sempre que se pretende comandar, de lugares distintos, qualquer elemento de trabalho ou de
comando. Poder-se-á dizer, que para o cilindro avançar é preciso fornecer-lhe um sinal na válvula da esquerda OU na da
direita.

Comando A Comando B

6.6. COMANDO DE UM CILINDRO DE SIMPLES EFEITO

Usando uma válvula de simultaneidade (elemento lógico E).

Edição: 09/13 v01 96 de 168


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Aplicam-se estas válvulas sempre que se pretende obter um sinal a partir de dois sinais distintos actuados em simultâneo.
Estas válvulas ou funções equivalentes são utilizadas em máquinas ou mecanismos como processo de segurança. O exemplo
disto é as Prensas, que para serem actuadas é preciso que o operador pressione o botão da esquerda E o da direita.

Se só actuarmos uma das válvulas não conseguimos accionar o cilindro.

Comando A e B Só Comando A

6.7. COMANDO TEMPORIZADO DE UM CILINDRO DE DUPLO EFEITO

Sempre que pretendemos controlar o tempo de actuação, de um determinado elemento de trabalho ou comando temos
de utilizar o temporizador.

Por exemplo se pretendermos que o


cilindro de uma prensa seja actuado após 10
segundos de se ter pressionado o botão
temos de aplicar um temporizador
devidamente ajustado (10 segundos)

Na figura ao lado, o botão já foi actuado e


o cilindro ainda não avançou

Edição: 09/13 v01 97 de 168


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Só esgotando o tempo programado é que o cilindro avança

6.8. SISTEMAS CÍCLICOS E DE EMERGÊNCIA

Os movimentos cíclicos constituem uma importante ferramenta na automação de qualquer mecanismo ou processo. Mas
quando se recorre a movimentos contínuos e cíclicos, há sempre que contemplar um sistema de segurança que permita não
só interromper o processo mas também fazer com que o ciclo volte ao início.

Vejamos um exemplo de como conseguir ciclos contínuos e respectivo sistema de segurança. Imaginemos uma prensa
pneumática com as seguintes condições: Ciclo único (Start); Ciclo contínuo (Start / Stop) e Emergência.

START

CICLO CONTÍNUO (Avanço)

Edição: 09/13 v01 98 de 168


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523 – Electrónica e Automação

CICLO CONTÍNUO (Recuo)

EMERGÊNCIA

Quando é actuado o botão de emergência, o processo bloqueia e o cilindro deve voltar à sua posição inicial.

Edição: 09/13 v01 99 de 168


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6.9. CONTADORES PNEUMÁTICOS

Os contadores pneumáticos utilizam-se sempre que pretendemos accionar um elemento de trabalho ou de comando a
partir de um sinal que se deve repetir no tempo.

Exemplo 1: Pretendemos actuar um cilindro de duplo efeito. O cilindro deve avançar só após termos pressionado o botão
(sinal de entrada) 3 vezes.

O esquema que se segue mostra como conseguir tal propósito.

Avanço após 3 sinais de entrada Recuo

Edição: 09/13 v01 100 de 168


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Exemplo 2: Pretendemos fazer uma estampagem automática, que necessita de 3 impactos do cilindro para que a
profundidade da estampagem seja a pretendida. No final dos 3 impactos o cilindro deve recuar e ficar imóvel e o contador
voltar à contagem inicial.

Edição: 09/13 v01 101 de 168


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O temporizador neste esquema serve para atrasar alguns segundos a reposição do valor inicial no contador.

Edição: 09/13 v01 102 de 168


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6.10. VÁLVULAS SEQUENCIAIS

Estas válvulas aplicam-se por exemplo, quando queremos que o cilindro B avance após o cilindro A estar na sua posição
de avançada e a pressão pré estabelecida for atingida.

Avanço de A

Edição: 09/13 v01 103 de 168


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Avanço de B

Recuo de A e de B

O problema anterior também pode ser resolvido com um temporizador conforme o esquema seguinte.

Avanço de A

Edição: 09/13 v01 104 de 168


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Avanço de B

Recuo de A e de B

Edição: 09/13 v01 105 de 168


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6.11. CIRCUITO PARA CONTROLO DE VELOCIDADES

Exemplo: Avanço de um cilindro com velocidade de aproximação rápida e velocidade de trabalho lento.

Avanço rápido até A1

A partir do sensor A1, a válvula 2/2 é bloqueada, o fluxo vai passar somente pela válvula estranguladora que está a 35%
e a velocidade processa-se mais lentamente.

Edição: 09/13 v01 106 de 168


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6.12. RESUMO

 Tratando-se de um capítulo de circuitos básicos, não é possível resumir mais do que o que foi registado, pelo que se
aconselha a fazer o estudo integral do capítulo.

6.13. QUESTÕES / EXERCÍCIOS

6.13.1. QUESTÕES

1. O êmbolo de um cilindro de simples efeito deve avançar por accionamento de um botão e retornar imediatamente à
posição final após a libertação do botão.

2. Como no exercício 1, entretanto o cilindro de simples efeito deve ser substituído por um de duplo efeito.

3. Pretende-se comandar um cilindro de duplo efeito através de duas válvulas V 1 e V2 de maneira que o êmbolo avance no
accionamento da válvula V1 e permaneça na sua posição final do avanço mesmo após a anulação do sinal V1 até que seja
dado o sinal contrário para o retorno através de V2.

4. Alcançada a sua posição de avanço, o êmbolo de um cilindro de duplo efeito, deve accionar o seu próprio comando de
retorno, se a válvula (botão) que comanda o avanço não estiver accionada.

5. Um cilindro de dupla acção deve ser comandado de maneira que o êmbolo execute movimento oscilatório entre a sua
posição inicial e final, até que seja dado um sinal em contrário. O cilindro deve então parar na sua posição inicial (recuo).

6. Pretende-se tornar possível o avanço e o retorno da haste do êmbolo de um cilindro de dupla acção através de comandos
manuais. O êmbolo do cilindro deve poder ser retido em qualquer posição intermédia, sempre que os comandos manuais
não estejam actuados.

7. Construir um circuito de comando de um cilindro de simples acção em que quer a velocidade de avanço quer a de recuo
possam ser reguladas independentemente.

Edição: 09/13 v01 107 de 168


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8. Após o accionamento de um botão manual, o êmbolo de um cilindro de dupla acção deve avançar, permanecer na sua
posição avançada um determinado intervalo de tempo (ajustável) e em seguida retornar por acção própria.

Edição: 09/13 v01 108 de 168


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7. ELECTROPNEUMÁTICA

7.1. INTRODUÇÃO

A energia eléctrica (energia de controlo ou de trabalho) é fornecida, processada e transmitida por determinados
elementos. Estes elementos construtivos são incluídos, de forma simplificada, como símbolos nos esquemas de distribuição.
Deste modo pretende-se facilitar a montagem e manutenção destes sistemas.

Não obstante, para efectuar a instalação correcta e para melhor detectar eventuais falhas, não é suficiente somente
entender o significado dos símbolos que aparecem representados nos esquemas de distribuição. Por consequência, torna-se
absolutamente necessário conhecer os elementos eléctricos mais usuais e importantes, de um ponto de vista construtivo, de
funcionalidade e de aplicação.

Este capítulo, tem em vista fornecer as explicações julgadas necessárias para a compreensão dos três elementos
fundamentais que constituem um sistema de controlo, o sinal de entrada, o seu processamento e o sinal de saída.

Sinal de saída

Sinal de processamento

Sinal de entrada

Figura 119

As três secções constitutivas de um sistema de controlo

A sequência de controlo acima mostrada, pode quando aplicada a circuitos electro-pneumáticos ser usada como guia
para:

 Colocar componentes com funções semelhantes num grupo. Consideremos por exemplo os interruptores e fins de curso
como sinais de entrada. Então, deverão ser tanto quanto possível, todos agrupados no mesmo grupo;

 Minimizar o número de linhas nos esquemas pneumáticos e eléctricos;

 Produção de esquemas com uma melhor metodologia, simplificando-se assim a leitura dois circuitos.

7.2. ELEMENTOS DE ENTRADA DE SINAIS ELÉCTRICOS

Estes elementos têm como finalidade permitir a entrada de sinais eléctricos provenientes das diversas partes de um
equipamento, com diversos tipos e tempos de accionamento.

Edição: 09/13 v01 109 de 168


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Se um equipamento é controlado mediante comutação de contactos eléctricos, então diz-se que se trata de um comando
por contactos; no caso contrário, ou seja comando sem contactos ou comando electrónico.

Os elementos classificam-se segundo a sua função, em contactos normalmente abertos, contactos normalmente
fechados e contactos comutadores (ver Figura 2).

Contacto normalmente aberto Contacto normalmente fechado

Contacto comutador

Figura 120

O contacto comutador é na realidade uma combinação de um contacto normalmente aberto e outro normalmente
fechado. Em posição de repouso, este interruptor só tem contacto com uma conecção.

O accionamento destes elementos pode ser manual, mecânico ou á distância (energia de comando eléctrica ou
pneumática). Para alem disto, podem ser distinguidos como contactos com ou sem retenção.

Os contactos sem retenção (actuados por tecla ou botão) ocupam um determinado estado quando são accionados e
mantêm-no até que deixem de ser accionados e nestas circunstâncias voltam á sua posição inicial (ver Figura - 3)

Edição: 09/13 v01 110 de 168


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523 – Electrónica e Automação

Figura 121

Os contactos com retenções (interruptores ou comutadores) ocupam um determinado estado quando são accionados e
mantêm-no sem que seja necessário continuar a acciona-los. De uma forma geral, estes elementos dispõem de um sistema
de bloqueio mecânico. Só se forem accionados novamente é que regressam à sua posição inicial (ver Figura - 4).

Figura 122

7.3. ELEMENTOS SEM RETENÇÃO

Para que uma máquina ou equipamento inicie o seu ciclo de funcionamento, é necessário um elemento que emita um
sinal. Este elemento pode ser um botão que conserva uma determinada posição de comutação até ser actuado.

Edição: 09/13 v01 111 de 168


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7.3.1. CONTACTO NORMALMENTE ABERTO

É um contacto que fecha quando actuado (ver Figura - 5).

Esquema Simbologia

Figura 123

Ao ser accionado o botão, o elemento contactor actua contra a mola, que se encarrega de juntar os contactos (ver Figura
- 5). O circuito eléctrico nestas circunstâncias fecha-se (ver Figura - 6a). O interruptor volta á sua posição inicial por acção da
mola, logo que deixe de ser actuado, abrindo neste caso o circuito (ver Figura - 6b).

Edição: 09/13 v01 112 de 168


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a) b)

Figura 124

7.3.2. CONTACTO NORMALMENTE FECHADO

É um contacto que abre quando actuado (ver Figura - 8).

Ao accionar-se o botão, o elemento contactor actua contra a mola, que se encarrega de separar os contactos. O circuito
eléctrico é então aberto (ver Figura - 7a).

O interruptor volta á sua posição inicial por acção da mola, logo que deixe de ser actuado, fechando neste caso o circuito
(ver Figura - 7b).

a) b)

Figura 125

Edição: 09/13 v01 113 de 168


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Esquema Simbologia

Figura 126

7.3.3. CONTACTO COMUTADOR

O contacto comutador é uma combinação de um contacto normalmente aberto e outro normalmente fechado (ver Figura -
9).

Esquema Simbologia

Edição: 09/13 v01 114 de 168


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Figura 127

As figuras anteriormente apresentadas, mostram a combinação de um contacto normalmente fechado e outro


normalmente aberto, incorporadas num só corpo. Accionando o botão, abre-se o contacto normalmente fechado,
interrompendo o circuito eléctrico correspondente (ver Figura - 10a). Por sua vez fecha-se o segundo circuito eléctrico (Figura
- 10b). Ao deixar de ser actuado o botão, por acção da mola, retorna-se á posição inicial.

a) b)

Figura 128

Os botões são utilizados normalmente para iniciar um ciclo de trabalho, ou uma sequência de trabalho mediante um
sinal. São também utilizados, quando por razões de segurança se recomenda a sua actuação durante o funcionamento de
uma máquina.

Em cada caso deve escolher-se o tipo de contacto mais apropriado á circunstância, ou seja, um contacto normalmente
aberto, ou normalmente fechado ou um que combine as duas funções.

7.3.4. INTERRUPTORES COM RETENÇÃO

Os interruptores com retenção, como por exemplo um botão, mantêm a sua posição por efeito mecânico quando são
accionados. Somente quando voltam a ser accionados voltam ao seu estado inicial.

Edição: 09/13 v01 115 de 168


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Os elementos geradores de sinais eléctricos, podem ter as mais diversas formas de accionamento. A Figura - 23 mostra
um comutador de encravamento.

Contacto normalmente aberto Contacto normalmente fechado

Figura 129

7.3.5. INTERRUPTORES MECÂNICOS DE FIM-DE-CURSO

Estes interruptores permitem detectar determinadas posições de partes de máquinas ou de outros elementos de trabalho
(ver capítulo anterior).

7.3.6. CONVERSOR PNEUMÁTICO /ELÉCTRICO

O conversor pneumático/eléctrico, produz um sinal eléctrico se a diferença de


pressão do interruptor de pressão diferencial (p2 – p1) é excedida (ver Figura - 12).

Figura 130

7.3.7. INTERRUPTOR DE PRESSÃO DIFERENCIAL

Este interruptor pode ser empregue como interruptor de pressão (ligação P1),
como interruptor de vácuo (ligação P2) ou como um interruptor diferencial de pressão
(P1 – P2) (ver Figura - 13).

Edição: 09/13 v01 116 de 168


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Figura 131

7.4. ELECTROVÁLVULAS

7.4.1. ELECTROVÁLVULA 3/2 NORMALMENTE FECHADA

A electroválvula é controlada aplicando um sinal ao induzido; o ar passa livremente de 1 para 2. Quando deixa de haver
sinal a válvula retorna à posição inicial devido à mola que tem associada. Se nenhum sinal estiver aplicado á válvula, pode ser
pilotada manualmente (ver Figura - 14).

Figura 132

7.4.2. ELECTROVÁLVULA 5/2 VIAS (IMPULSO ELÉCTRICO BILATERAL)

Esta electroválvula (ver simbologia e fotografia na Figura - 15) é controlada aplicando um sinal ao induzido (o ar passa
através de 1 – 4) mantendo esta posição mesmo que o sinal deixe de existir; apenas pela aplicação de um sinal oposto é que
a electroválvula retorna à sua posição inicial (o ar passa através de 1 – 2)

Edição: 09/13 v01 117 de 168


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Figura 133

7.4.3. VÁLVULA SOLENÓIDE

É a válvula solenóide que comuta a válvula; através de um rótulo a válvula


solenóide pode ser “ligada” a uma válvula que é operada através de um solenóide.

Figura 134

7.5. RELÉS

Os reles (ver Figura - 17), são elementos construtivos que comutam e controlam
com pouca energia. Os relés são utilizados principalmente para o processamento de
sinais e são operados pela variação das condições num circuito eléctrico, ligando ou
desligando uma ou mais ligações no mesmo ou noutro circuito eléctrico. Os relés são
normalmente designados pela letra K (K1, K2, K3,...). A1 e A2 são as ligações eléctricas
na bobine

Figura 135

7.5.1. VANTAGENS DOS RELÉS :

1 - Fácil adaptação a diversas tensões de trabalho

2 - Insensibilidade térmica frente ao meio ambiente

3 - Resistência relativamente elevada entre os contactos de trabalho desconectados

4 – Possibilidade de activar vários circuitos independentes entre si

Edição: 09/13 v01 118 de 168


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7.5.2. DESVANTAGENS DOS RELÉS:

1 – Ruído ao comutar

2 – Desgaste dos contactos por oxidação

3 – Velocidade de comutação limitada de 3 ms até 17 ms

7.5.3. RELÉ TEMPORIZADOR COM RETARDO PARA DESLIGAR

Estes relés desligam depois de um tempo determinado e ajustado.

Figura 136

7.5.4. RELÉ TEMPORIZADOR COM RETARDO DE LIGAÇÃO

Estes relés ligam depois de um tempo determinado e ajustado

Figura 137

7.5.5. CONTADOR ELECTRO-PNEUMÁTICO

Actua como um relé fazendo a contagem de pulsos de corrente eléctrica

Figura 138

7.6. DETECTORES DE PROXIMIDADE

Na técnica de comandos, os elementos accionados sem contacto usam-se cada vez mais. Estes elementos são
compostos por uma parte sensora e por outra que processa os sinais. Se a parte processadora de sinais produz sinais
binários, então trata-se de detectores de proximidade ou iniciadores. Os interruptores de final de carreira electrónicos
(detectores de proximidade) funcionam sem contacto directo, o que significa que comutam por aproximação silenciosamente,
sem desgaste de contactos e sem força de accionamento.

Assim, os detectores de proximidade sem contacto são utilizados preferencialmente nos seguintes casos:

1 – Se não se dispõe de força para o accionamento

Edição: 09/13 v01 119 de 168


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2 – Se é necessário contar com uma vida útil longa

3 – Se as condições do meio ambiente são difíceis

4 – Se são necessárias altas-frequências de comutação

Além de estes detectores terem uma série de vantagens, tem que se ter em conta alguns pormenores:

1 – Têm que ser alimentados com corrente eléctrica

2 – A distância de comutação depende do material do objecto que se “aproxima” do detector

3 – É necessário colocar os detectores a uma distância mínima entre eles dado poderem provocar interferências
recíprocas.

4 – Os detectores variam conforme se trate de circuitos de corrente contínua ou alterna

7.6.1. DETECTORES DE PROXIMIDADE INDUTIVOS

Estes detectores só reagem frente a objectos metálicos. O interruptor fecha


quando o campo indutivo electromagnético se altera.

Figura 139

7.6.2. DETECTORES DE PROXIMIDADE CAPACITIVOS

O interruptor fecha quando o campo electrostático se altera. Podem ser utilizados


para a contagem de objectos metálicos e não metálicos, plásticos, papel…

Figura 140

7.6.3. DETECTOR DE PROXIMIDADE ÓPTICO

O interruptor fecha quando a barreira da luz é interrompida. Estes detectores


reagem frente a todo o tipo de materiais: vidro, madeira, plásticos, cerâmica, papel,
metais…
Figura 141

Edição: 09/13 v01 120 de 168


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7.6.4. DETECTOR DE PROXIMIDADE MAGNÉTICO

O interruptor fecha quando um solenóide aparece junto do detector.

Figura 142

7.7. COMANDOS ELÉTRICOS BÁSICOS

Comando elétrico de um cilindro de simples efeito, utilizando uma válvula direcional 3/2, acionada
eletricamente

Pausa e Recuo Avanço

Comando elétrico de um cilindro de duplo efeito, utilizando duas válvulas direcionais 3/2, acionadas eletricamente.

Pausa

Edição: 09/13 v01 121 de 168


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Avanço

Recuo

Comando elétrico de um cilindro de duplo efeito, utilizando uma válvula direcional 4/2, acionada eletricamente.

Edição: 09/13 v01 122 de 168


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Pausa

Avanço

Recuo

Comando elétrico de um cilindro de duplo efeito, utilizando uma válvula direcional 4/2, acionada eletricamente. O avanço é
conseguido a partir do start, e o recuo, faz-se automaticamente através do fim de curso A1.

Edição: 09/13 v01 123 de 168


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Pausa

Avanço Recuo

Comando elétrico de um cilindro de duplo efeito, utilizando uma válvula direcional 4/2, acionada eletricamente, com retorno
por mola. O avanço é conseguido a partir do start, e o recuo, faz-se automaticamente através da mola.

Edição: 09/13 v01 124 de 168


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Avanço Recuo

7.8. COMANDO TEMPORIZADO DE CILINDROS DE SIMPLES EFEITO

Sempre que pretendemos controlar o tempo de atuação, de um determinado elemento de trabalho ou comando temos de
utilizar o temporizador. Por exemplo se pretendermos que o cilindro de uma prensa seja atuado após 10 segundos de se ter
pressionado o botão temos de aplicar um temporizador devidamente ajustado (10 segundos)

7.8.1. TEMPORIZAÇÃO À OPERAÇÃO

Após ter sido pressionado o start, o sinal fica armazenado em k1, que por sua vez entra no temporizador K2 que dá inicio à
contagem do tempo programado.

Edição: 09/13 v01 125 de 168


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Passado o tempo pré programado, k2 liga dando origem à saída A+.

O stop é armazenado em k3 que por sua vez vai interromper k1 e k2, ou seja liberta a electroválvula e simultaneamente faz o
reset do temporizador.

Edição: 09/13 v01 126 de 168


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7.8.2. TEMPORIZAÇÃO À DESOPERAÇÃO

Neste tipo de temporização, a electroválvula é logo atuada após o sinal em start, voltando à sua posição inicial depois
de esgotado o tempo pré programado.

Avanço

Recuo (só depois de esgotado o tempo pré programado)

7.9. COMANDO DE CILINDROS COM CONTAGEM DE SINAIS

Os contadores elétricos utilizam-se sempre que pretendemos atuar um elemento de trabalho ou de comando a partir de um
sinal que se deve repetir no tempo.

Exemplo 1: Pretendemos atuar um cilindro de simples efeito. O cilindro deve avançar só após termos pressionado o botão
(sinal de entrada) 3 vezes.

O esquema que se segue mostra como conseguir tal propósito.

Edição: 09/13 v01 127 de 168


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Tal como no exemplo pneumático para que o cilindro avance temos de clicar 3 vezes no start.

Edição: 09/13 v01 128 de 168


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8. COMANDO PNEUMÁTICO

8.1. EXERCÍCIO 1

8.1.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO

As caixas que chegam por um tapete de rolos, devem ser elevadas para um nível superior, através de um cilindro
pneumático A, e colocadas num novo tapete, por ação de um outro cilindro B.

O retorno do cilindro B, apenas deve ser feito após o cilindro A atingir a sua posição final, recuado. O início do ciclo deve
realizar-se automaticamente, após a deteção da caixa sobre a plataforma de transporte.

8.1.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO

8.1.3. EXERCÍCIO 1 (RESOLUÇÃO)

Considerando o avanço do cilindro A como A+, o recuo do mesmo cilindro como A-, e aplicando a mesma convenção aos
demais cilindros, para este caso a sequência será: A+ B+ A- B-

Edição: 09/13 v01 129 de 168


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GRAFCET

DIAGRAMA DE FASES

-+; ++; +-

Como não existem sequências de sinais iguais, diz-se que


o ciclo é combinatório, o que significa que não necessita
de memórias.

MAPA DE KARNAUGH

EQUAÇÕES RETIRADAS DO MAPA

A+ = B0 X CX
A- = B1
B+ = A1
B- = A0

Tendo as equações o passo a seguir é construir o respectivo esquema pneumático

Vejamos então o esquema

Edição: 09/13 v01 130 de 168


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PAUSA

AVANÇO DO CILINDRO A (A+)

AVANÇO DO CILINDRO B (B+) A+; B+

Edição: 09/13 v01 131 de 168


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RECUO DO CILINDRO A (A-) A+; B+; A-

RECUO DO CILINDRO B (B-) A+; B+; A-; B-

Edição: 09/13 v01 132 de 168


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8.1.4. RESOLUÇÃO DO PROBLEMA UTILIZANDO A ELECTROPNEUMÁTICA

MÉTODO
DEPOIS DE ANALISADO O PROBLEMA E
ESQUEMATIZADO NO GRAFCET, O PROCEDIMENTO
É O SEGUINTE:

1- AOS PASSOS 1, 2, 3, 4 ATRIBUI-SE A LETRA K.

2- AOS SINAIS A+, B-... ATRIBUI-SE A PALAVRA


ABERTO OU FECHADO CONFORME SE TRATE DE +
OU -.

3- ESTANDO CUMPRIDO OS PONTOS 1 E 2 PODE-SE


PASSAR DIRETAMENTE À REALIZAÇÃO DO
ESQUEMA ELÉTRICO, QUE SE ESTRUTURA DA
ASSIM:

K1, K2, FUNCIONAMCOMO RELÉS DE


MEMORIZAÇÃO DO SINAL OU SINAIS, E SÃO
ATUADOS PELAS INSTRUÇÕES IMEDIATAMENTE
ANTERIORES REPRESENTADAS NO GRAFCET (PARA
ATUAR K2, TEM DE SER DADO SIMULTANEAMENTE
OS SINAIS CX E B0).

Edição: 09/13 v01 133 de 168


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523 – Electrónica e Automação

Para os outros Ks procede-se de forma análoga.

A+, A-,... são as saídas físicas e são atuadas pelo acionamento dos Ks. Cada K é responsável por uma instrução (K1 = B-;
K2 = A+;...). Como A+ tem sinal positivo, o contacto é aberto e a sua atuação é produzida por K2. O K4 tem de ser colocado
em série para que a instrução A+ só se realize se A- não estiver a ser realizado. Quando acionado K4, o circuito de A+ é
interrompido e o A- é realizado livremente.

Seguindo os passos todos para a sequência pretendida, o esquema final toma a forma representada em baixo.

Edição: 09/13 v01 134 de 168


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8.1.5. CIRCUITO SOB TENSÃO

Edição: 09/13 v01 135 de 168


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8.2. EXERCÍCIO 2

8.2.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO

Duas peças devem ficar unidas com um rebite, através de uma prensa parcialmente automatizada. As peças são
colocadas manualmente e retiradas do mesmo modo após o processo de rebitagem.

A parte automatizada do ciclo, consiste na fixação das peças (cilindro A) e na rebitagem (cilindro B). O ciclo de trabalho
deve realizar-se de forma automática após o acionamento simultâneo de duas válvulas de botão (segurança) até se atingir
de novo a posição inicial.

8.2.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO

8.2.3. EXERCÍCIO 2 (RESOLUÇÃO)

Como as chapas devem estar fixadas em toda a operação de rebitagem, a sequência será:

A+ B+ B- A-

Edição: 09/13 v01 136 de 168


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GRAFCET

DIAGRAMA DE FASES

+-; ++; +-
COMO EXISTEM SINAIS IGUAIS DIZ-SE QUE O CICLO
É SEQUENCIAL, O QUE SIGNIFICA QUE NECESSITA DE

MEMÓRIAS.

MAPA DE KARNAUGH

EQUAÇÕES RETIRADAS DO MAPA

A+ = X X ST
A- = B0 X X
B+ = A1 X X
B- = X
X1 = B1
X0 = A0

Edição: 09/13 v01 137 de 168


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PAUSA

AVANÇO DO CILINDRO A (A+)

Edição: 09/13 v01 138 de 168


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AVANÇO DO CILINDRO B (B+) A+; B+

RECUO DO CILINDRO B (B-) A+; B+; B-

Edição: 09/13 v01 139 de 168


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Recuo do cilindro A (A-) A+; B+; B-; A-

Alimentando algumas válvulas com o sinal da memória evita-se o uso de algumas válvulas (E) como se nota na fig. em
baixo.

Neste caso da prensa, seria importante ter em consideração o aspeto da segurança, daí que para ser acionada o
operador deve ter as duas mãos ocupadas (figura m baixo)

Edição: 09/13 v01 140 de 168


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RESOLUÇÃO ELECTROPNEUMÁTICA

CIRCUITO SOB TENSÃO

Edição: 09/13 v01 141 de 168


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8.3. EXERCÍCIO 3

8.3.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO

O mecanismo representado na figura destina-se à estampagem de peças. A alimentação é realizada por gravidade
através de um depósito, sendo de seguida empurradas contra um batente e fixas através de um cilindro A. A estampagem é
feita através do cilindro B e a expulsão através do cilindro C.

Condições adicionais:

1) Botão de “START” / Botão de “STOP”

Arranque e paragem no final do ciclo.

1) Seletor CICLO ÚNICO / CICLO CONTINUO

o seletor não pode servir de botão de “START”

3) Botão de EMERGÊNCIA com chave

Todos os cilindros voltam, de imediato, à posição “início de ciclo”.

Um novo ciclo só pode ser iniciado após o “desencravamento” que, por sua vez, não pode funcionar como
“START”.

8.3.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO

8.3.3. EXERCÍCIO 3 (CORRECÇÃO)

Analisando o problema conclui-se que a sequência é: A+ B+ B- A- C+ C-

Edição: 09/13 v01 142 de 168


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523 – Electrónica e Automação

GRAFCET

DIAGRAMA DE FASES

+--; ++-; +--; ---; --+


COMO EXISTEM SINAIS IGUAIS DIZ-SE QUE O CICLO É
SEQUENCIAL, O QUE SIGNIFICA QUE NECESSITA DE

MEMÓRIAS.

MAPA DE KARNAUGH EQUAÇÕES


RETIRADAS DO MAPA

A+ = X X ST X C0
A- = B0 X X
B+ = A1 X X
B- = X
C+ = A0 X X
C- = X
X1 = B1
X0 = C1

Até agora os esquemas foram apresentados a cores o que simboliza estarem sob pressão. Na realidade e na prática os
esquemas são representados como na figura em baixo.

Edição: 09/13 v01 143 de 168


Pneutrónica
523 – Electrónica e Automação

Otimizando, e reduzindo o uso desnecessário de válvulas E, fic

a:

Edição: 09/13 v01 144 de 168


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523 – Electrónica e Automação

PAUSA

START (CICLO PASSO A PASSO)

Edição: 09/13 v01 145 de 168


Pneutrónica
523 – Electrónica e Automação

CICLO CONTÍNUO

EMERGÊNCIA

Edição: 09/13 v01 146 de 168


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523 – Electrónica e Automação

RESOLUÇÃO ELECTROPNEUMÁTICA

CIRCUITO SOB TENSÃO

Edição: 09/13 v01 147 de 168


Pneutrónica
523 – Electrónica e Automação

RESOLUÇÃO ELECTROPNEUMÁTICA CONSIDERANDO OS REQUISITOS, START, STOP,


CICLO CONTINUO, EMERGÊNCIA.

SOB TENSÃO

8.4. EXERCÍCIO 4

8.4.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO

Deve-se facejar lateralmente peças de alumínio num dispositivo para fresar. Mediante o cilindro A as peças são levadas
de um armazém (magazine) até ao dispositivo de fixação. O cilindro B fixa as peças. O avanço das peças é realizado por uma
unidade de avanço hidropneumática C. As peças de alumínio são fresadas, e após ter sido realizada a operação, são
expulsas pelo cilindro de expulsão D. A unidade hidropneumática leva o dispositivo de fixação novamente à sua posição de
inicial.

8.4.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO

Edição: 09/13 v01 148 de 168


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523 – Electrónica e Automação

8.4.3. EXERCÍCIO 4 (CORRECÇÃO)

SEQUÊNCIA: A+ B+ A- C+ B- D+ D- C-

Edição: 09/13 v01 149 de 168


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523 – Electrónica e Automação

GRAFCET DIAGRAMA DE FASES

+---; ++--; -+--; -++-; --+-; --++; --+-


. COMO EXISTEM SINAIS IGUAIS DIZ-SE QUE O CICLO É
SEQUENCIAL, O QUE SIGNIFICA QUE NECESSITA DE
MEMÓRIAS

MAPA DE KARNAUGH

EQUAÇÕES RETIRADAS DO MAPA

A+ = X X ST X B0 X C0 C+ = A0 X X X B1 X1 = D1
A- = B1 C- = D0 X X X0 = C0
B+ = A1 D+ = B0 X X X C1
B- = C1 D- = X

Edição: 09/13 v01 150 de 168


Pneutrónica
523 – Electrónica e Automação

O ESQUEMA REPRESENTA O FUNCIONAMENTO A+ B+ A- C+ B- D+ D- C-

OTIMIZANDO E REDUZINDO ALGUMAS VÁLVULAS “E”, FICA...

Edição: 09/13 v01 151 de 168


Pneutrónica
523 – Electrónica e Automação

RESOLUÇÃO ELECTROPNEUMÁTICA

SOB TENSÃO

8.5. EXERCÍCIO 5

8.5.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO

Um dispositivo pneumático é utilizado para dobragem em forma de “U” de peças em chapa, de acordo com a seguinte
sequência.

* Fixação da peça através do cilindro A

* 1ª Estampagem (avanço e retorno do cilindro B)

* 2ª Estampagem (avanço e retorno do cilindro C)

* Desbloqueio da peça, através do cilindro A.

Edição: 09/13 v01 152 de 168


Pneutrónica
523 – Electrónica e Automação

As operações sucedem-se de forma automática após o acionamento de uma válvula de botão.

8.5.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO

8.5.3. EXERCÍCIO 5 (CORRECÇÃO)

Sequência: A+ B+ B- C+ C- A-

Edição: 09/13 v01 153 de 168


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GRAFCET DIAGRAMA DE FASES

+--; ++-; +--; +-+; +--


. COMO EXISTEM SINAIS IGUAIS DIZ-SE QUE O CICLO É
SEQUENCIAL, O QUE SIGNIFICA QUE NECESSITA DE
MEMÓRIAS

MAPA DE KARNAUGH

EQUAÇÕES RETIRADAS DO MAPA

A+ = ST X Y C+ = B0 X X Y1 = C1
A- = C0 X Y C- = X Y0 = A0
B+ = A1 X X X Y X1 = B1
B- = X X0 = Y

Edição: 09/13 v01 154 de 168


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523 – Electrónica e Automação

O ESQUEMA REPRESENTA O FUNCIONAMENTO A+ B+ B- C+ C- A-

OTIMIZANDO E REDUZINDO ALGUMAS VÁLVULAS “E”, FICA...

O esquema representa o funcionamento A+ B+ B- C+ C- A-, mas com a aplicação da tecnologia “Módulos


Sequenciais”. Estes módulos permitem identificar mais facilmente as avarias, dado que cada módulo é apenas responsável
por um passo.

Edição: 09/13 v01 155 de 168


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523 – Electrónica e Automação

Edição: 09/13 v01 156 de 168


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RESOLUÇÃO ELECTROPNEUMÁTICA

SOB TENSÃO

8.6. EXERCÍCIO 6

8.6.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO

Encontram-se num silo, pedras de ignição que devem ser distribuídas por dois lugares de montagem com uma
determinada cadência.

O cilindro A, abre e fecha a comporta. Ao acionar o botão de “START” o cilindro A abre a comporta e as pedras de
ignição caem no recipiente da esteira. Ao fechar-se o silo, o cilindro B leva o recipiente da esteira 2 para baixo do silo.
Novamente, realiza-se a abertura e o fecho da comporta. Enquanto isto, o recipiente da esteira 1 é levado até ao primeiro
local de montagem conduzido pela esteira transportadora. Na mesa corrediça foi já colocado um outro recipiente vazio.
Depois de fechada a comporta pelo cilindro A retrocede o cilindro B à posição inicial. O recipiente da esteira 2 é transportado

Edição: 09/13 v01 157 de 168


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523 – Electrónica e Automação

ao segundo local de montagem, conduzido pela esteira transportadora. Ao acionar-se novamente o botão de partida, realiza-
se um novo ciclo.

8.6.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO

8.6.3. EXERCÍCIO 6 (CORRECÇÃO)

SEQUÊNCIA: A+ A- B+ A+ A- B-

Edição: 09/13 v01 158 de 168


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GRAFCET DIAGRAMA DE FASES

+--; ++-; +--; +-+; +--


. COMO EXISTEM SINAIS IGUAIS DIZ-SE QUE O CICLO É
SEQUENCIAL, O QUE SIGNIFICA QUE NECESSITA DE
MEMÓRIAS

MAPA DE KARNAUGH

EQUAÇÕES RETIRADAS DO MAPA

A+ = ST X B0 X X + B1 X X X1 = A1 X B0
A- = X X B0 + X X B1 X0 = A1 X B1
B+ = A0 X X
B- = A0 X X

Edição: 09/13 v01 159 de 168


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SEGUINDO AS EQUAÇÕES DO QUADRO DE KARNAUGH, TEMOS:

ESQUEMA SOB PRESSÃO:

Edição: 09/13 v01 160 de 168


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APLICANDO OS MÓDULOS SEQUENCIAIS...

ESQUEMA SOB PRESSÃO

Edição: 09/13 v01 161 de 168


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SOB TENSÃO

8.7. EXERCÍCIO 7

8.7.1. DESCRIÇÃO DO DISPOSITIVO

Uma máquina de fabrico de “ladrilhos” de tetos falsos tem o sistema de alimentação representado na figura. As placas
devem ser enviadas à máquina de estampagem, uma após outra, em ciclo contínuo.

A sequência de movimentos está estruturada da seguinte forma:

O cilindro A baixa para fixar uma placa, começando a realizar-se o vácuo a partir do seu fim de curso. Após uma
temporização de 2 segundos este cilindro sobe à primeira posição, seguindo-se o transporte através do cilindro B, para a zona
de descarga. Desce de novo o cilindro A, desliga o vácuo, e após os mesmos segundos, os cilindros A e B regressam, por
esta ordem, à posição de partida.

Prever como condições adicionais:

Seletor MANUAL /AUTOMÁTICO.

Botão de START / botão de STOP.

Botão de “RESET”, cujo acionamento provoca:

Recuo imediato dos cilindros A e B

Desativação do vácuo

Edição: 09/13 v01 162 de 168


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8.7.2. REPRESENTAÇÃO DO DISPOSITIVO

EXERCÍCIO 7 (CORRECÇÃO)

Sequência: A+ A- B+ A+ A- B-

Edição: 09/13 v01 163 de 168


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GRAFCET DIAGRAMA DE FASES

+--; ++-; +--; +-+; +--


. COMO EXISTEM SINAIS IGUAIS DIZ-SE QUE O CICLO É
SEQUENCIAL, O QUE SIGNIFICA QUE NECESSITA DE

MEMÓRIAS

MAPA DE KARNAUGH

EQUAÇÕES RETIRADAS DO MAPA

A+ = ST X B0 X X + B1 X X X1 = A1 X B0
A- = X X B0 + X X B1 X0 = A1 X B1
B+ = A0 X X
B- = A0 X X

Edição: 09/13 v01 164 de 168


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523 – Electrónica e Automação

O esquema representa a sequência pretendida.

Circuito sob pressão

Edição: 09/13 v01 165 de 168


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Resolução Electropneumática

Edição: 09/13 v01 166 de 168


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523 – Electrónica e Automação

Sob tensão

Edição: 09/13 v01 167 de 168


Pneutrónica
523 – Electrónica e Automação

9. BIBLIOGRAFIA

1 Wikipédia (2013-09-10), Density of air, http://en.wikipedia.org/wiki/Density_of_air

2 Wikipédia (2013-09-06), Lei de Charles, http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Charles

3 Introdução à Pneumática, Festo Didatic

4 Apontamentos de Pneumática, ISEP

5 Wikipédia (2013-09-10), Princípio de Bernoulli, http://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_de_Bernoulli

6 Festo (2013-09-11), Vacuum technology Festo, http://www.festo.com/cms/nl-be_be/9859.htm

7 MIT Open Courseware (2013-09-11), Unified propulsion,


http://ocw.mit.edu/ans7870/16/16.unified/propulsionS04/UnifiedPropulsion9/UnifiedPropulsion9.htm

8 Apontamentos de Pneumática, ISEP

9 Wikipédia (2013-09-12), Reciprocating compressor, http://en.wikipedia.org/wiki/Reciprocating_compressor

10 Ingersoll Rand (2013-09-11), Centrifugal Low Pressure, http://www.ingersollrandproducts.com/am-


en/products/air/centrifugal-air-compressor/low-pressure-centrifugal-air-compressors

11 NASA (2013-09-11), Axial Compressors, http://www.grc.nasa.gov/WWW/k-12/airplane/caxial.html

12 Introdução à Pneumática, Festo Didatic

13 Mattei (2013-09-11), ERC Series - 2 HP thru 100 HP Open-Frame Air Compressors,


http://www.matteicomp.com/air-compressors/erc-series.htm

14 CompAir (2013-09-11), Compressor Information L02,


http://www.compair.com/Compressor_Selector.asp?model=L02&air=0%2E18+to+0%2E24&motor=2%2E2&Press
ure=8+to+10&Speed=3000&section=detail&id=1935&Pressureunits=Bar
g&MinPressure=&Flowunits=m3/min&Powerunits=kW

15 Aerzen (2013-09-12), Positive Displacement Blower, http://eng-de.aerzen.com/Products/Positive-Displacement-


Blowers/Positive-Displacement-Blower-series-GM

Edição: 09/13 v01 168 de 168

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