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Iniciaremos com o Plano Nacional de Educação (PNE), que se desdobra em programas e projetos
programados pelo sistema central (Ministério da Educação), tendo reflexo em todo o sistema
(secretarias estaduais, municipais, escolas, unidades gestoras, etc.). Desse modo, vamos abordar
os principais programas e projetos que são executados na educação.
OBJETIVOS
Ao final desta disciplina, você deve ser capaz de:
identificar os elementos constitutivos do projeto político-pedagógico e a relevância da
sua elaboração coletiva;
descrever uma proposta de modelo estratégico de gestão de pessoas, as suas
características, potencialidades e limitações de aplicação na escola e
gerir o espaço escolar para o processo de ensino-aprendizagem.
PROFESSORES-AUTORES
Na elaboração deste curso, contamos com um time de autores. Vamos conhecê-los?
Formação acadêmica
Doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2009).
Mestre em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004).
Graduado em Educação Artística pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Experiência profissional
Diretor Pedagógico da Metropolitana VI – Secretaria de Estado de Educação do Rio de
Janeiro desde 2011.
Professor Adjunto na UniCarioca (Pedagogia, Design, Mestrado Profissional Novas
Tecnologias Digitais na Educação) desde 2011.
Professor de Artes Plásticas na rede pública de ensino da Prefeitura da Cidade do Rio de
Janeiro desde 2003.
Formação acadêmica
Doutora em Administração pela Universidad Nacional de Misiones, na Argentina.
Mestre em Administração Pública pela Fundação Getulio Vargas.
Bacharel em Administração de Empresas pela Faculdade Porto Alegrense de Ciências
Contábeis e Administrativas.
Licenciada em Ciências pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Experiência profissional
Experiência de mais de 20 anos na coordenação de projetos para a Administração
Pública, bem como coordenação acadêmica e docência em cursos de pós-graduação e de
curta duração para a Administração Pública.
Coordenadora Acadêmica do curso de pós-graduação em Gestão Pública da FGV, na
modalidade on-line, desde 2006.
Coordenadora Geral de Projetos junto à FGV, realizando diversos projetos de assessoria e
consultoria técnica para organismos públicos (2001-2015).
Coordenadora Acadêmica do curso de pós-graduação em Gestão Municipal da FGV, na
modalidade presencial (2001-2008).
Publicações
Autora de diversos artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais.
SITUAÇÃO-PROBLEMA
Vamos acompanhar a rotina escolar de Roberto, iniciando um novo ano letivo?
É o primeiro dia letivo do novo ano. No rápido trajeto até a escola, Roberto repassa o
planejamento das últimas semanas de janeiro, principalmente do último fim de
semana, em que foi dar os últimos retoques na unidade.
A segunda-feira é de agenda cheia para Roberto, por conta do retorno dos professores
e de alguns funcionários que passaram o mês de janeiro em férias. No seu
planejamento, também estão destacados os pontos a serem debatidos na reunião com
o grupo de professores, representantes do Grêmio Estudantil, representantes do
Conselho Escolar e da Unidade Gestora (caixa escolar, associação de pais e professores,
círculo de pais e mestres e associação de apoio à escola).
Roberto sabe a importância desta primeira semana, em que os pontos essenciais para
um ano letivo bem construído serão debatidos. Ele já deixou claro, pela sua trajetória
no ano anterior, que acredita, veementemente, na gestão democrática e na construção
coletiva de ideias e metas a serem atingidas.
Roberto resolve destacar quatro questões nesta primeira reunião, que acontecerá em
três turnos. A primeira questão está relacionada com a construção coletiva do projeto
político-pedagógico (PPP) da unidade. O PPP atual da unidade está defasado e não foi
construído com a participação de todos os setores da unidade. Nesse sentido, Roberto
conta com a participação efetiva do Grêmio e do Conselho Escolar, setores
determinantes para a elaboração de um PPP que retrate a realidade da unidade.
A segunda questão diz respeito à discussão com o grupo sobre as tarefas operacionais
importantes neste começo de ano letivo, como: a distribuição dos livros didáticos
recebidos pelo PNLD (que conta com a participação direta do Grêmio Estudantil) e o
estabelecimento de um ponto de controle mensal para discutir os valores do PNAE, da
manutenção e do PDDE com os diversos setores da unidade.
A terceira questão sinalizada tem relação com o debate coletivo sobre as metas
pedagógicas esperadas para esse ano letivo, tendo sempre em vista a construção de
metas proporcionais e tangíveis ao longo do percurso.
Situações simples, como compras parceladas, não são permitidas no âmbito da gestão
escolar. Como tratar esse assunto e resolver questões emergenciais que surgem
diariamente, na unidade?
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, você deve ser capaz de:
identificar as diferentes fases de um projeto;
identificar os elementos constitutivos do projeto político-pedagógico e
reconhecer a relevância da elaboração coletiva.
dimensão do projeto
O PPP se caracteriza como um projeto por detalhar propostas de ação concreta, a serem
executadas em determinado período, para alcançar os objetivos definidos.
dimensão política
O PPP tem uma dimensão política, pois é concebido em um espaço escolar, dedicado à
formação de cidadãos responsáveis, conscientes e críticos, que agirão para a construção
de uma sociedade mais justa e igualitária.
Atualmente, a formulação e implementação de um PPP é, sem dúvida, um dos eixos centrais das
unidades escolares que se pretendem coerentes, participativas e democráticas e que queiram
garantir sustentabilidade.
É importante ressaltarmos que o PPP não é a panaceia que vai resolver todos os problemas da
escola. No entanto, se utilizado com realismo, como um instrumento de análise e para eleger
prioridades com a participação da comunidade escolar, certamente, será um primeiro passo na
direção adequada.
Se, ao contrário, for considerado como a solução para todos os problemas, muito
provavelmente, também nos levará a dar um primeiro passo, mas na direção equivocada.
DICA
O plano, por si só, não modifica em nada as ações escolares. É fundamental estimular o
compromisso de todos com a sua implementação e, quando necessário, a sua revisão
para se conceber um plano vivo, adequado à realidade e ao ambiente escolar, que se
transforma diariamente.
condições institucionais
As condições institucionais dizem respeito à vontade política, ao amparo legal e à
governabilidade.
Sabemos que esse ambiente ótimo deve ser perseguido, mas não comporta condicionar
o planejamento à sua existência.
condições técnicas
As condições técnicas estão ligadas à existência de um aparato de informações, análises
e ações de comunicação que sejam capazes de subsidiar o processo de planejamento de
modo o mais objetivo e com a maior prontidão possível.
Alguns princípios favorecem que o método seja efetivamente participativo, tais como:
flexibilidade – ou seja, nenhum esquema rígido;
transparência sobre o objetivo para todos os participantes;
interdisciplinaridade;
apreensão recíproca e comunicação em duas direções;
junção entre qualidade e quantidade;
deslocamento do poder de decisão;
empoderamento;
presença in loco;
procedimento interativo;
democratização;
documentação e
papel do assessor.
VIDEOAULA
Os detalhes dos indicadores determinam como podemos medir os objetivos planejados e até
que grau estes estão sendo atingidos.
quantitativas
As medições quantitativas consideram fatores como: número de alunos aprovados,
número de alunos que teve acesso a níveis superiores de educação, número de alunos
que foi empregado após a conclusão do Ensino Médio, horas de formação do corpo
docente, horas de formação do corpo discente, percentual do orçamento efetivamente
executado, número de dias para atendimento de solicitações administrativas, etc.
qualitativas
As medições qualitativas levam em conta a eficiência do funcionamento da unidade
escolar, o atendimento às expectativas da comunidade escolar, os prêmios recebidos por
inovações escolares, as mudanças no posicionamento orçamentário-financeiro quando
comparado a outras unidades escolares, etc.
de comportamento
A medição dos indicadores por comportamento leva em consideração aspectos
relacionados aos hábitos, aos usos, às mudanças, etc.
COMENTÁRIO
DICA
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, você deve ser capaz de conhecer as principais políticas, os principais
programas e os principais projetos de educação.
O Plano Nacional de Educação (PNE), disposto pela Lei nº 13.005/2014, deve orientar a política
educacional nos próximos 10 anos (2014-2024).
O PNE está estruturado em diretrizes, metas, estratégias e ações que devem conduzir aos
propósitos expressos nos incisos do art. 214 da Constituição Federal.
As metas são objetivos quantificados e localizados no tempo e no espaço; são previsões do que
se espera fazer em determinado período para superar ou minimizar determinado problema. As
estratégias, por sua vez, são possibilidades, formas de enfrentar os desafios da meta que devem-
se concretizar em um conjunto coerente de melhores e possíveis ações para alcançar
determinada meta.
LEITURA
Para que os diferentes programas sejam gerenciados de forma mais eficiente, foi criado o Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é uma autarquia federal, vinculada ao
Ministério da Educação. O seu objetivo é executar as políticas educacionais do Brasil.
SITE
CENSO ESCOLAR
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, você deve ser capaz de:
conhecer os sistemas nacionais de avaliação e
reconhecer a importância da gestão do espaço escolar para o processo de ensino-
aprendizagem.
LEITURA
Para que esse processo se torne efetivo e a avaliação cumpra o seu objetivo de contribuir para
melhorar a qualidade da educação ofertada pelos sistemas públicos de ensino, é importante que
todos os atores envolvidos conheçam, profundamente, os instrumentos legais que estabelecem
as normas de avaliação e por eles se guiem. Desse modo, poderão elaborar estratégias que
auxiliarão os alunos na superação das suas dificuldades e no alcance do desenvolvimento ideal
das habilidades mínimas necessárias para dar continuidade aos seus estudos, tendo a
possibilidade de abraçar uma carreira profissional com sucesso.
“[...] que o prédio escolar e as suas instalações atendam, pelo menos, aos
padrões médios da vida civilizada e que o magistério tenha a educação, a visão e
o preparo necessário a quem [...] vai ser o mestre da arte difícil de bem viver.”
Atualmente, não é possível conceber o espaço escolar apenas pela sua dimensão geométrica, de
arquitetura. Já há consenso entre os estudiosos de que ele detém também uma dimensão social.
LEITURA
LEITURA
Para finalizar esta unidade, focalizaremos um tema bastante estudado em gestão: a motivação.
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, você deve ser capaz de:
identificar as características do modelo estratégico de gestão de pessoas e a perspectiva
de cargo amplo;
reconhecer a influência da cultura na gestão de pessoas;
refletir sobre os desafios da aplicação da abordagem de competências nos subsistemas
de recursos humanos e
identificar as principais teorias de motivação.
primeira diretriz
Reconhecer o papel estratégico da gestão de pessoas nas organizações (sejam elas
públicas, privadas, sejam do terceiro setor), com uma consciência ainda maior em
unidades escolares, uma vez que a educação é um processo determinado pela atuação
das pessoas.
segunda diretriz
Promover ações a fim de que as pessoas (profissionais) compreendam as suas missões
pessoais e profissionais, além da missão da instituição em que estão atuando. É
necessário que o corpo de dirigentes, docentes e funcionários da unidade escolar
abracem a causa da educação, estabeleçam os nexos e as relações de causa-efeito entre
o fazer escolar e os seus desdobramentos no macroambiente social.
Uma organização em que os funcionários realizam a mesma tarefa há cinco anos, por exemplo,
indica que algo está errado.
Da mesma forma, não há motivação naquele professor que, ano após ano, repete o conteúdo da
sua disciplina de forma monótona e desinteressada, sem trazer novos exemplos, novas
abordagens, novos debates – isto é, sem estar consciente da sua missão enquanto educador.
LEITURA
Estudos mais recentes demonstraram que a cultura de um país é determinante para a cultura
organizacional. A partir de pesquisas, foram identificados alguns traços da cultura brasileira que
influenciam as organizações.
Segundo Chu e Wood Jr. (2008), esses estudos mostram que existem seis traços centrais e
essenciais responsáveis por distinguir a cultura das organizações brasileiras. Vamos conhecê-los.
Segundo alguns antropólogos, o jeitinho brasileiro pode ser interpretado de duas formas:
como uma postura conformista, de convivência com o status quo injusto e
inaceitável, e
como uma forma de sobreviver no cotidiano – um recurso de resistência cultural.
Ainda hoje, encontramos pessoas que se julgam superiores, com direitos especiais em
relação aos demais. Esse traço cultural é muito bem traduzido pela velha máxima "Você
sabe com quem está falando?"
flexibilidade
Tem como origem os diversos planos econômicos implantados no Brasil da hiperinflação
e nas ferramentas de administração importadas de contextos estrangeiros,
principalmente americanos. Isso resultou em uma espetacular capacidade de adaptação
a situações diversas, desenvolvendo a criatividade e a inovação.
plasticidade
Sua raiz está na miscigenação e no gosto pelo exótico e pelo novo, que marcaram a
colonização do País. Esse traço se manifesta pela fácil assimilação de práticas, costumes e
modelos gerenciais importados de países estrangeiros, com pouca valorização do que é
desenvolvido localmente.
personalismo
É a importância dada às pessoas e aos interesses pessoais em detrimento da
comunidade e dos interesses coletivos. Uma expressão que reflete bem esse traço
cultural é o conhecido ditado "Para os amigos, tudo. Para os inimigos, nada. Para os
indiferentes, o rigor da lei."
LEITURA
Uma mudança importante na gestão de pessoas tem relação com a alteração do foco baseado
no cargo e nas funções a ele vinculadas, o qual se baseava na especificação e descrição de
atividades e responsabilidades dele decorrentes.
Hoje o foco recai na existência do chamado "cargo amplo", que facilita a mobilidade e a
flexibilidade das pessoas na organização, mas requer uma abordagem de competências nos
subsistemas de recrutamento, seleção, remuneração, desenvolvimento e avaliação.
LEITURA
4.4 MOTIVAÇÃO
A motivação envolve a interação das pessoas com o seu
ambiente.
INVICTUS
Os seres humanos são criaturas com infinitas possibilidades, mas a maioria usa menos de 30%
das suas habilidades. Em outras palavras, a habilidade não significa coisa alguma se não for
usada.
Quando multiplicada pela motivação, a habilidade ganha vida. É por isso que, em tempos de
urgência ou crise, seres humanos comuns são capazes de, seja lá como for, mobilizar as suas
capacidades latentes para alcançar feitos notáveis.
COMENTÁRIO
MOTIVAÇÃO E TRABALHO
Evidentemente, o trabalho é muito mais que uma série de tarefas. Compreende um grande
número de outros elementos, que formam um contexto específico. Para a maioria dos
trabalhadores, as tarefas desempenhadas propriamente ditas são menos significativas que os
outros fatores contextuais a que essas tarefas estão incorporadas.
O ponto principal para a motivação está no contexto do trabalho, e essa é a única área sobre a
qual os gerentes podem ter algum controle real. Mudar esse contexto é, de longe, a solução mais
permanente e eficaz para o problema da motivação nesse ambiente.
COMENTÁRIO
ATIVIDADE
Enfocaremos ainda dois assuntos essenciais para a educação: a avaliação e a integração escola-
comunidade. Realizaremos uma abordagem macro do tema avaliação, identificando conceitos,
finalidades e tipos de avaliação para a política, os programas e os projetos educacionais.
A gestão em rede, essencial para estabelecer a integração da escola com a sua comunidade, será
detalhada na parte final desta unidade, com as suas principais características, potencialidades e
limitações.
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, você deve ser capaz de:
caracterizar a gestão democrática;
compreender a autonomia da escola;
valorizar o modelo de gestão social;
reconhecer o novo perfil do profissional de educação;
identificar conceitos, finalidades e tipos de avaliação para programas e projetos e
compreender o mecanismo da gestão em rede.
Embora tenhamos de reconhecer que, no Brasil, ainda priorizamos a visão jurídica e tecnocrática
da ação governamental, existem alguns setores que avançaram mais que outros nos processos
de participação das políticas públicas.
Esse é o caso da educação, que procura avançar em busca de modelos de gestão mais alinhados
com a participação, a cidadania e o processo decisório descentralizado.
A gestão democrática de uma unidade escolar está associada ao modelo de gestão social.
LEITURA
LEITURA
5.3 LIDERANÇA
O QUE É UM LÍDER?
Podemos compreender o líder como a parte mais evidente de um grupo, equipe ou organização,
capaz de tomar decisões adequadas e inspirar outros a alcançarem uma meta comum.
ESTILOS DE LIDERANÇA
Embora existam várias teorias de liderança, parece haver certa concordância de que existem três
modos de exercê-la. Vamos conhecê-los.
liderança autocrática
Caracteriza-se pelo líder que centraliza as decisões ou as toma de forma unilateral,
determinando como as tarefas devem ser executadas e, inclusive, os métodos a serem
usados, deixando pouco espaço para a participação dos seus liderados.
liderança laissez-faire
Acontece quando o líder deixa as pessoas sob o seu comando completamente à
vontade para decidirem sobre os trabalhos, os métodos e a melhor forma de atingir os
resultados.
LIDERANÇA
CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER
Podemos distinguir cinco principais características dos líderes:
confiança na equipe
O líder está inteirado do que se passa e não fica permanentemente supervisionando
processos e instrumentos, pois isso pode resultar em desconfiança por parte da equipe.
integridade
Um líder não será eficaz se a sua equipe ou os seus superiores desconfiarem dele.
otimismo
Um líder deve ser realista, mas não fatalista. Não há nada pior para o moral da equipe
que aquele chefe que tem uma atitude pessimista perante todo e qualquer obstáculo.
gerente líder
administra; inova;
LEITURA
escassez de recursos
São notórias as dificuldades orçamentárias que atravessam a maioria das instâncias
governamentais, repercutindo em políticas, programas, projetos e atividades. Essas
dificuldades impõem, cada vez mais, que se tenha o máximo de cuidado com as
despesas públicas. Desse modo, verificar a aplicação eficaz do dinheiro público tornou-
se um imperativo.
Este último tipo é muito conveniente, pois a integração dos métodos de avaliação –
normalmente, detida pelos avaliadores externos – com as especificidades da organização,
do programa ou do projeto pode resultar em uma avaliação mais consistente.
quanto ao momento
Quanto ao momento, a avaliação pode ser:
ex ante – ocorre antes de iniciar a ação pública para identificar a sua
conveniência, oportunidade e viabilidade;
ex post – ocorre depois de concluída uma etapa ou toda a ação pública – ou
concomitante – tem como finalidade acompanhar a ação pública durante a sua
execução, no sentido de corrigir ou aperfeiçoar os rumos dessa ação.
quanto ao enfoque
Quanto ao enfoque, temos:
a avaliação de processo, que se dedica a analisar a dinâmica interna da
organização, os seus instrumentos de política, os mecanismos de prestação de
contas, enfim, as suas práticas de gestão e a integração entre elas;
a avaliação de resultados, que pretende comparar os resultados da ação pública
com os que foram programados, ou
a avaliação de impacto, que objetiva mensurar os efeitos produzidos para a
sociedade pela execução de política, programa ou projeto público.
AVALIAÇÃO
É essencial buscar uma efetiva integração entre a escola e a comunidade, o que implica
abandonar o paradigma mecanicista que vigora, há muito tempo, nas organizações públicas e,
particularmente, nas escolas. Os modelos mecanicistas impedem a participação, a transparência
e a integração com a comunidade.
COMENTÁRIO
Existe certo consenso de que a gestão em rede é mais apropriada para enfrentar os desafios da
imprevisibilidade e da incerteza apresentados no mundo contemporâneo.
A educação necessita de modelos de gestão mais flexíveis, pois o nível de certeza, previsibilidade
e estabilidade é muito pequeno nessa área.
Apesar de os conflitos serem algo corriqueiro nas nossas vidas, as teorias de negociação são
importantes, pois permitem estudar e observar esses processos, além de buscar estratégias para
nos tornar melhores negociadores. Dessa forma, o estudo de teorias de negociação e a análise
das interações entre as pessoas são de suma importância no processo de aprendizagem de
como ser um bom negociador.
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, você deve ser capaz de:
compreender as teorias de negociação;
relacionar interações pessoais e o processo de aprendizagem e
identificar as ações para ser um bom negociador.
Durante o processo de negociação, é necessário que haja vantagens para todas as partes
envolvidas no acordo final. Quando há desvantagem para somente uma das partes ou
desvantagens para todas, a tendência é o aumento da insatisfação.
TEORIA DE HARVARD
A Teoria de Harvard está baseada em quatro pontos fundamentais: pessoas, interesses, opções e
critérios. Vamos conhecê-los.
pessoas
As pessoas são o cerne de qualquer negociação e não devem ser confundidas com o
problema. Harvard recomenda ser sensível com a pessoa e duro com o problema.
As emoções envolvidas na negociação precisam ser analisadas com cuidado para que
não sejam determinantes nas decisões. É possível, por exemplo, que o negociador se
identifique com uma das pessoas de uma negociação e, dessa forma, venha a favorecê-la
mesmo que os interesses dela não sejam os de outros.
interesses
Os interesses devem ser mais importantes do que as posições ou os pontos de vista.
Gasta-se muito tempo nas negociações tentando convencer o outro de que a sua posição
na questão não irá mudar.
É preciso dar mais importância ao que as pessoas querem e investigar os seus interesses.
Por conta disso, para Harvard, é necessário saber como o outro pensa para influenciá-lo,
fazendo perguntas que não permitam apenas as respostas "sim" ou "não".
opções
Antes da negociação, é preciso pensar em várias opções. Dessa forma, as partes devem
criar soluções que atendam às várias opções levantadas e que, principalmente, atendam
a diferentes estilos de pessoas. Há quem prefira ver números e gráficos, mas também há
quem prefira pensar no impacto gerado no cotidiano das pessoas.
critérios
Antes de qualquer negociação, os padrões e critérios do objeto devem ser conhecidos. Se
a negociação gira, por exemplo, em torno da venda de apartamentos, as partes devem
conhecer o preço do metro quadrado.
Ao longo da negociação, é possível verificar os ajustes e as segundas opções que podem ser
utilizadas. A estratégia Mapan possibilita que a negociação seja finalizada com base na razão, e
não no calor do momento – afinal, se você não sabe o que quer, aceite o que tem.
TEORIA SEQUENCIAL
Por ser bastante intuitiva, a Teoria Sequencial identifica os princípios presentes na negociação de
forma cronológica. De acordo com essa teoria, toda negociação envolve as seguintes fases:
fase 1 – preparação
A preparação é considerada a fase mais relevante do processo. Para obter o sucesso
em qualquer negociação, é de extrema importância se preparar de forma atenta, ágil e
ética.
Nesta etapa, devem-se coletar as informações necessárias para uma boa negociação.
Tais informações devem ser completas, precisas e verdadeiras, além de serem anotadas
e organizadas.
Outro aspecto importante a ser observado é o tempo dedicado a uma negociação. Para
se determinar o tempo dedicado à negociação, deve-se avaliar o risco de não
fechamento e de não cumprimento do acordo negociado. Esse risco é proporcional à
necessidade do que está sendo negociado para a escola.
fase 2 – abertura
A abertura ou o "quebra-gelo" é o um momento inicial em que o clima entre os
negociadores deve ser alinhado para gerar um clima propício à negociação.
fase 3 – exploração
Na fase de exploração, é muito importante entender as reais motivações do outro lado,
buscando não expor os próprios pontos de vista. Além disso, é preciso identificar áreas
onde existam interesses mútuos. Há algumas técnicas que auxiliam nesse processo:
trocar ideias com o outro participante;
fazer perguntas abertas, que não aceitem apenas sim ou não como resposta, e
que demonstrem que o negociador entende a posição do outro participante;
considerar possíveis motivos para o outro negociador tomar as decisões ideais e
apresentar as consequências, em curto e longo prazos, advindas de a outra parte
concordar com a decisão ideal.
Outra atitude interessante é reformular as palavras do outro (após a sua fala) para ter
certeza do entendimento do que foi proposto, antes de colocar a própria proposta. Na
contraproposta, devem-se incluir as prioridades que foram apresentadas na proposta
como itens principais.
Excepcionalmente, quando ninguém tem ideia dos valores ou do escopo do que está
sendo negociado, é interessante ser a primeira pessoa a falar, pois essa atitude tende a
ancorar a discussão em patamares.
fase 6 – finalização
Nesta etapa, é importante manter a negociação com naturalidade, evitando nervosismo
e ansiedade. O negociador deve esforçar-se para manter uma imagem cordial.
fase 7 – controle
A fase de controle, por ser a última, deve garantir que o acordo será cumprido e que há
condições para isso. Nesta fase, também são estabelecidas as penalidades para quem
não cumprir a sua parte no acordo e os detalhes para operacionalizar o acordo
fechado.
A mediação vai além de uma simples técnica de gestão de conflitos. É um processo educativo por
meio do qual é possível alcançar uma mudança nas pessoas envolvidas. É um projeto de
convivência em que os alunos são protagonistas do seu processo educativo, abrindo portas para
a participação cidadã (GÓMEZ, 2008, p. 4).
A autora também aponta que a mediação só deve ser utilizada se ambas as partes manifestarem
interesse suficiente. Além disso, a mediação não deve ser utilizada se:
houver comportamentos à margem da lei;
algum dos participantes não puder negociar eficazmente por si próprio;
o ato for muito recente e as partes estiverem com muita raiva ou
as partes não desejarem participar da mediação.
GESTÃO DA DISCIPLINA/INDISCIPLINA
A escola que entende o conflito sob uma perspectiva construtiva, sem olhar pejorativo, favorece
a transformação da gestão da disciplina/indisciplina em um processo de reflexão. Nessa escola, a
mediação de conflitos faz parte da cultura escolar, que é ensaiada na prática didática
(CHRISPINO; SANTOS, 2011, p. 64). Isso configura o que Chrispino e Santos (2011, p. 64) chamam
de "escola pacífica".
Muitas vezes, no ambiente escolar, surgem dúvidas sobre que conflitos são mediáveis. Há
situações que, excepcionalmente, vão exigir outras providências. Contudo, o conflito faz parte da
nossa vida pessoal e está presente nas instituições. É melhor enfrentá-lo com habilidade pessoal
do que evitá-lo.
COMENTÁRIO
Dessa forma, são várias as mudanças positivas que a mediação de conflitos pode levar à escola.
COMENTÁRIO
DA TEORIA À PRÁTICA
SITUAÇÃO-PROBLEMA
VAMOS PRATICAR?
QUESTÕES PROBLEMATIZADORAS
PÓS-TESTE
VAMOS PRATICAR?