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INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO

FACULDADE CRISTO REI DE CORNÉLIO PROCÓPIO - FACCREI

PATRICIA DA SILVA MUNHOZ RODRIGUES

AFASIAS E SEUS IMPACTOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

BELO HORIZONTE

2019

INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO


FACULDADE CRISTO REI DE CORNÉLIO PROCÓPIO - FACCREI

PATRICIA DA SILVA MUNHOZ RODRIGUES

AFASIAS E SEUS IMPACTOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Artigo Científico apresentado ao Instituto INE e


Faculdade Cristo Rei de Cornélio Procópio –
FACCREI. Como requisito parcial para obtenção do
título de Especialista em Neurociências e Atendimento
Educacional Especializado.

BELO HORIZONTE

2019
1

AFASIAS E SEUS IMPACTOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Patrícia da Silva Munhoz Rodrigues1

RESUMO

Este trabalho aborda uma pesquisa em artigos e livros que falam sobre a expansão da tecnologia da informação e
seus usos no ambiente educacional. A ideia de pesquisar de forma mais contundente o tema, surgiu do grande
número de alunos com dificuldades de aprendizagem e por que alguns destes têm mais facilidade com
tecnologias. Dessa forma essa pesquisa mostra casos de sucesso, temas e abordagens positivas através do uso de
softwares e da própria informática no atendimento psicopedagógico. Esse estudo mostra como os softwares
educativos colaboraram para o processo ensino-aprendizagem, analisando autores de livros e artigos, assim como
periódicos que discorrem sobre essa temática. Juntamente com as abordagens decorrentes do processo de
trabalho do psicopedagogo e seguindo o protocolo, os estudos mostram que é viável a introdução de trabalhos
com softwares específicos, transformando o ambiente de aprendizagem em uma plataforma amigável e
confortável. Visto isso, é possível perceber que o uso de softwares em determinados atendimentos
psicopedagógicos serviu para melhorar o aproveitamento da aprendizagem do educando.

Palavras-chaves: Neurociências. Neurobiologia. Aprendizagem. Linguagem. AEE.


2

Introdução

O desenvolvimento da linguagem implica na aquisição plena do sistema lingüístico


que nos possibilita a inserção no meio social, a possibilidade de assumir a nossa
identidade, além do desenvolvimento dos aspectos cognitivos já discriminados acima.

Dentre todas as questões complexas que envolvem esse processo, o atraso "simples" na
aquisição da linguagem dificulta o amadurecimento e a experimentação da linguagem
necessária para a aquisição formal da leitura/escrita. Sua imaturidade lingüística irá
refletir no vocabulário reduzido e no conhecimento de mundo restrito. Tal fato trará
repercussões na interpretação de textos e também na elaboração de histórias escritas.

Falhas na aquisição e no desenvolvimento fonológico, como problemas na produção dos


sons da fala ou discriminação dos mesmos, podem refletir na leitura e/ou na escrita.
Então podem levar a criança, por exemplo, a trocar, omitir ou transpor fonemas ou
grafemas. A criança demoraria a adquirir a autonomia dos processos de leitura e escrita
ou podem culminar com problemas maiores.

Em relação ao DEL, ao verificarmos a literatura, nos deparamos com a seguinte


realidade: apenas 10% dessas crianças não apresentam nenhum tipo de problema de
leitura30. Duas razões para a vulnerabilidade de crianças DEL em relação à leitura e à
escrita: a dificuldade na análise fonológica e memória e dificuldade em usar a sentença,
para que o contexto facilite a compreensão de novas palavras.

As alterações de ordem semântico-pragmáticas estão associadas à rigidez dos


pensamentos e pouca flexibilidade no raciocínio, à dificuldade em atribuir sentido além do
literal, associar palavras ao seu significado e compreender a linguagem falada. Desta
forma, a aprendizagem não é generalizada e acaba comprometida.

Neste artigo, não tivemos pretensão de esgotar o assunto, tão rico e amplo, mas
buscamos agregar trabalhos que exploram diversos lados da linguagem. Ao pensarmos
em aprendizagem, todos os níveis lingüísticos estão envolvidos, e negligenciar um deles
seria perder a oportunidade de ver o sujeito da linguagem. O intuito de abordar a faixa
etária de 0 a 5 anos reflete o desejo de poder atuar precocemente, antes da entrada no
ensino formal, onde as demandas são maiores e maior será o tempo a ser resgatado.
Dois aspectos que ainda merecem ser discutidos são o desenvolvimento da narrativa e a
aquisição da linguagem figurada, já que fazem parte de todo o processo e são de
extrema relevância para a aprendizagem. Por serem menos explorados, merecem artigos
à parte.

Conceitos fundamentais das Neurociências

Neste estudo vamos conhecer em etapas os componentes fundamentais para que


possamos entender como funciona o cérebro humano e quais são suas potencialidades e suas
limitações. O cérebro humano pode ser estudados de diversas formas distintas, pela medicina
e pela biologia, também pela psicologia, então vamos observá-lo através de conceitos da
neurociência e da aprendizagem. Desta última, a aprendizagem, vem como foco principal
3

deste estudo, pois o objetivo deste é entender os problemas de aprendizagem em suas diversas
faces. Lent em seu livro “Cem Bilhões de Neurônios”, esclarece que o cérebro humano
pode ser estudado como um objeto desconhecido, que reproduz consciência e
comportamentos , em que suas propriedades podem ser estudadas para a compreensão
do sistema nervoso (LENT, 2001). O profissional que trabalha com Neurociências segundo
Lent, deve conhecer as divisões da mesma, que são: Neurociência molecular, Neurociência
celular, Sistêmica, comportamental e cognitiva. A neurociência que vamos aprofundar é a
cognitiva, pois nela está a linguagem e suas funções cerebrais.
O sistema nervoso central é composto pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal, cada
qual tem suas funções específicas ligadas e cada um é responsável pela percepção e execução
dos estímulos sofridos pelo indivíduo. Por exemplo, para aprender a ler e escrever, é
necessário que um conjunto fisiológico funcione corretamente, para associar sons a letras e
fonemas a criança não pode ter seu aparelho auditivo prejudicado, pois o cérebro precisa deste
estímulo para o processamento da linguagem. Quando a criança ouve o som e o liga ao
símbolo (letra ou fonema) se dá a aprendizagem da leitura e escrita. Dentro do nosso SNC
ocorrem milhões de ações interligadas para que isso aconteça, toda vez que o indivíduo reage
ao estímulo são criadas as sinapses (que são comunicações entre os neurônios, para formar
uma memória de informação), essa informação que foi processada fica indexada a memória,
onde o indivíduo poderá acessá-la quando necessário. Isso ocorre em condições “normais”,
como veremos adiante, nem sempre a aprendizagem se dá de maneira específica, certos
indivíduos possuem condições que os levam a não-aprendizagem ou as dificuldades de
aprendizagem e domínio da linguagem.
A localização das funções é outra informação relevante no estudo das funções
cerebrais, desde o século XX neurobiologistas já haviam descrito certos tipos de afasias,
ou seja, indivíduos que tinham perdido o conteúdo da linguagem devido a lesões no
hemisfério cerebral esquerdo. Outros até podiam falar, mas não compreendiam, foi verificada
também, lesões na mesma parte do cérebro ligadas a essa condição.
Sobre o desenvolvimento fisiológico cerebral e o desenvolvimento psicológico
podemos destacar um autor que estudou e produziu conteúdos de destaque, relacionando as
fases dos pensamento operacional do indivíduo. Piaget descreveu os estágios do pensamento
humano em quatro fases distintas: sensório-motor, pré-operacional, operacional concreto e
operacional formal. Outro autor que segundo Lent também estudou as correlações entre a
neurobiologia e a psicologia foi Vygotsky dizia que “o aprendizado adequadamente
organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de
4

desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer."

Em relação às correlações: aprendizagem, desenvolvimento cognitivo e maturação, como


processos interdependentes, Vygotsky (2006) em seus estudos, descreve três teorias
relacionadas ao tema: a primeira teoria afirma que o curso de desenvolvimento precede o da
aprendizagem, que a maturação precede a aprendizagem, que o processo educativo pode
apenas limitar-se a seguir a formação mental. A segunda teoria considera, em contrapartida,
que existe um desenvolvimento paralelo dos dois processos (...); o desenvolvimento está para
a aprendizagem como a sombra para o objeto que a projeta (...) e portanto (...), não os
diferencia absolutamente (...). A terceira teoria tenta conciliar os extremos dos dois pontos de
vista, fazendo com que coexistam, é uma teoria dualista do desenvolvimento (...). Estas
observações sugerem que o processo de aprendizagem prepara e possibilita um determinado
processo de aprendizagem, enquanto o processo de aprendizagem estimula, por assim dizer, o
processo de maturação e fá-lo avançar até certo grau (VYGOTSKY, 2006, pp.105-106).
O cérebro humano é um dos processadores mais poderosos do mundo. O cérebro é
capaz de processar as informações recebidas, analisá-las com base em uma vida inteira de
experiência, e apresentá-las para nós em meio segundo. De acordo com BUZAN as
maiores funções do cérebro são: a recepção, onde o cérebro recebe informação pelos seus
sentidos; o armazenamento que segura a informação e depois consegue acessá-la; a análise
onde se reconhecem padrões de informações que tem sentido e a saída, onde seu cérebro
libera as informações organizadas e processadas, através da fala, da escrita, do desenho, do
movimento e todas as outras manifestações do seu pensamento. Essa dinamicidade e
capacidade acontece quase que ao mesmo tempo, em frações de segundo. O cérebro também
está dividido em dois hemisférios distintos. O hemisfério esquerdo e o hemisfério direito.
Cada hemisfério tem algumas particularidades que são importantes para o processo de
aprendizagem, o hemisfério direito possui áreas responsáveis pela familiaridade com as artes,
criatividade, já o esquerdo mantém as áreas responsáveis pelo raciocínio lógico, matemática,
códigos.
A funções executivas são habilidades que auto regulam a conduta do indivíduo, permitindo o
estabelecimento e manutenção de planejamentos e nos ajudam nas realizações das tarefas
diárias. Essas habilidades cognitivas estão principalmente indexadas as estruturas pré-frontais
do cérebro. Utilizamos essas funções quando precisamos atuar em nossas profissões e
5

organizar nosso processo de trabalho, planejando e solucionando problemas, processando


dados necessários as decisões. São habilidades cognitivas que não são instintivas, na
aprendizagem são necessárias para o controle da atenção e da concentração, necessárias para
realização de tarefas escolares.

Conceitos fundamentais sobre as afasias

Afasia é uma disfunção de linguagem que pode envolver deficiência na compreensão


ou expressão de palavras ou equivalentes não verbais de palavras. Resulta de disfunção dos
centros de linguagem no córtex cerebral e núcleos da base, ou das vias de substância branca
que os conectam. Das chamadas afasias fazem parte os transtornos de linguagem ocasionados
por lesão cerebral. Ocorrida após a aquisição total da linguagem ou durante seu processo. Há
diferentes tipos de afasias que são definidas de acordo com o local lesionado.
Porém, independente da área da lesão, a afasia é tida como um transtorno de linguagem em
que há uma perda parcial ou total da capacidade de expressar os pensamentos por sinais e da
compreensão dos mesmos.
Desta forma, deduzimos que a afasia é a incapacidade de compreender a palavra
falada, a leitura e a escrita, apesar dessas últimas se apresentarem em graus variáveis.
Observe que apesar do termo afasia significar exatamente uma completa ausência de
linguagem, consagrou-se o seu uso no lugar do termo mais correto, "disfasia", para se nomear
qualquer transtorno do uso simbólico das palavras. Segundo o autor MANSUR et all, 1996,
existem dois tipos principais de afasias que são: Afasia de Wernicke que são capazes de
pronunciar as palavras, mas os fonemas são sem sentido, não sabem o que significam e nem
suas relações, a compreensão auditiva e escrita é incompleta, com muitos erros na leitura e na
escrita, uma característica que acompanha a afasia de Wernicke é a redução no campo visual
direito (é próximo a área afetada). Já a afasia de Broca, os pacientes podem até compreender
as palavras, mas sua capacidade de juntar fonemas e sílabas é prejudicada, afeta a fala e a
escrita, inclui também como uma de suas características a anomia que é a incapacidade de
nomear objetos.

Distúrbios da aquisição da linguagem e da aprendizagem

A linguagem é codificada por funções cerebrais superiores, necessitado para se


desenvolver de uma estrutura neurobiológica geneticamente determinada e um ambiente que
6

estimule essa codificação. A linguagem é utilizada a tempos para as interações sociais, é


componente para as relações sociais e é um sistema de símbolos combinados para troca e
obtenção de informações. A criança, antes de começar a falar interage através de estímulos
inatos como gestos e expressões faciais, o desenvolvimento linguístico se dá pelo
amadurecimento do seus sistema neuropsicomotor e pelos estímulos do ambiente.

A aquisição da linguagem envolve ao menos quatro processos segundo MANSUR,


1996: o pragmático que é o uso social, o fonológico que é a percepção e a produção de sons
para formar as palavras, o semântico que são as construções com sentido e o gramatical que
compreende as regras da linguagem. A intenção de comunicar-se pode ser demonstrada de
forma não-verbal através da expressão facial, sinais, e também quando a criança começa a
responder, esperar pela vez, questionar e argumentar. Essa competência comunicativa reflete
a noção de que o conhecimento da adequação da linguagem a determinada situação e a
aprendizagem das regras sociais de comunicação é tão importante quanto o conhecimento
semântico e gramatical.

As bases biológicas da linguagem correspondem aos locais onde ela se desenvolve no


cérebro, são as redes de neurônios das regiões cerebrais responsáveis pelo processamento das
informações ligadas a linguagem. A fala produz um estímulo que ao ser percebido pelo
sistema auditivo precisa transformá-los em impulsos elétricos que são conduzidos por células
a área do córtex cerebral que vai interpretá-las. A área de Wernicke ativa um grupo de
neurônios que formam uma imagem do que se ouviu e os correlaciona a palavra, já para
verbalizar um pensamento, ocorre o oposto, para verbalizar um pensamento, é ativada uma
imagem do assunto, que é direcionada a área de Broca que produz a fala, a memória também é
envolvida.

As dificuldades de aprendizagem são alterações nos processos de leitura, escrita e


raciocínio lógico-matemático, podendo estar associadas às afasias, que são problemas no
desenvolvimento de determinadas áreas do cérebro.

Impactos das Neurociências no Atendimento Educacional especializado

Quando se fala em aprendizagem, nos remetemos automaticamente a imagem do cérebro


como um condutor dos conhecimentos adquiridos durante a nossa existência, sabemos que ele
é quem comanda nossos passos e decisões. Pelo menos é o que imaginamos superficialmente
7

Precisamos ir mais além para compreender as bases neurológicas da aprendizagem, e


as ferramentas que podemos usar para potencializar os processos de aprendizagem. As
neurociências nos levam a entender quais estruturas participam de nossos processos
fundamentais, e como seu conhecimento nos afeta. Uma estimulação adequada que respeite
cada uma das fases do desenvolvimento cognitivo e neurológico da criança leva a uma
aprendizagem significativa com êxito e a conduz ao desenvolvimento pleno de suas
potencialidades.

“As neurociências cognitivas fornecem (…) bases consistentes sobre o funcionamento do


cérebro e suas possíveis aplicações no processo de ensino-aprendizagem (…) conhecer o
cérebro e o seu funcionamento, pode permitir agregar à atuação clínica e pedagógica,
conhecimentos sobre a maturação neurológica e o desenvolvimento de funções superiores
(…) para oferecer estímulos coerentes e adequados a cada faixa etária.” (PANTANO e
ZORZI, 2009, p.11)

O processo de aprendizagem se dá pela união de diversos fatores, mas nem sempre o aluno
consegue desenvolver todas essas partes. Situações ambientais contribuem para mudanças no
comportamento, reações inconscientes a estímulos que estão em diversos locais, inclusive no
ambiente escolar e familiar.

Segundo Fuentes (2008), (…) “A atenção dirigida, sustentada e dividida, regula os


mecanismos conscientes. Manter um comportamento requer selecionar estímulos relevantes e
desprezar os irrelevantes”.
Segundo a pesquisadora americana Barbara Oaklei, nossa atenção é dividida em duas: modo
focado e modo difuso. No modo focado temos a atenção plena, somos capazes de receber
estímulos, processá-los e devolvê-los ao ambiente. Já no modo difuso, nossa atenção se divide
em vários focos ao mesmo tempo. Essa informação nos leva a considerar que é válido o uso
de estratégias que se adaptem as mudanças no modo e que essas práticas possam beneficiar o
aprendente.

Chamamos de funções executivas ao conjunto de funções cerebrais básicas que permitem a


recepção e o processamento de estímulos (externos e internos) e as respostas aos mesmos. Em
conjunto representam o que comumente chamamos de pensamento, possibilitando a
elaboração do raciocínio e da emoção, atributos que encontram sua máxima expressão na
espécie humana (MAIA, 2011, p.31).

As ligações afetivas entre quem ensina e quem aprende são fundamentais para o processo de
aprendizagem. A sintonia nessa relação pode levar a um melhor rendimento nos processos de
8

aprendizagem, criando bases para o seu desenvolvimento acessando as memórias positivas


que formamos através desta relação. Alterações como disfunções neurológicas, emocionais,
psicomotoras e psicológicas podem impedir a formação do processo de aprendizagem. Por
isso a importância do atendimento educacional especializado e o uso dos conhecimentos
neurocientíficos para avaliar e ajudar o indivíduo no seu desenvolvimento cognitivo.

“Conjunto dinâmico de atividades e de recursos humanos ambientais incentivadores que são


destinados a proporcionar à criança, nos seus primeiros anos de vida, experiências
significativas para alcançar pleno desenvolvimento no seu processo evolutivo”. (Diretrizes
educacionais sobre estimulação precoce: o portador de necessidades educativas especiais /
Secretaria de Educação Especial – Brasília: MEC, SEESP,1995).

A aprendizagem é construída com estímulos cognitivos e afetivos, que necessitam de um


processo e de estímulos específicos para que funcione apropriadamente. Mas nem sempre a
aprendizagem se dá da maneira correta, desvios e problemas neurobiológicos podem impedir
a aprendizagem e por isso uma intervenção que estimule a aquisição dessa habilidades é
muito importante, pois pode permitir que a criança avance em seus processos de
aprendizagem, sem o total prejuízo pela defasagem, o atendimento educacional especializado
pode oferecer atividades específicas que desenvolvem aspectos que faltam para aquisição da
linguagem e aprendizagem neste indivíduo.

O processo de aquisição da linguagem

A comunicação humana pode ser diferenciada da comunicação das outras espécies


animais de três maneiras diferentes. A primeira e a mais importante é a possibilidade de
simbolizar. Os símbolos lingüísticos são convenções sociais de significados, nos quais
cada indivíduo compartilha sua atenção com o outro, direcionando a sua atenção ou seu
estado mental (pensamento) para alguma coisa no mundo que os cerca. A segunda
diferença é que a comunicação humana lingüística é gramatical. Os seres humanos usam
os símbolos lingüísticos associados em estruturas padronizadas. A terceira é que, ao
contrário das outras espécies animais, os seres humanos não têm um único sistema de
comunicação utilizado por todos os membros da espécie. Portanto, diferentes grupos de
humanos convencionaram, no decorrer da história, sistemas mútuos de comunicação.
Isso significa que a criança, diferente das outras espécies animais, deve aprender as
convenções comunicativas usadas por aqueles a sua volta, pela sociedade da qual faz
parte1.

A linguagem é um importante fator para o desenvolvimento e aprendizagem. A língua


oral seria uma base lingüística indispensável para que as habilidades de leitura e escrita
se estabelecessem. As habilidades de linguagem receptiva e expressiva também foram
consideradas por diversos autores como bons sinais precoces da compreensão de
leitura2-4. Um dos achados em pesquisa foi o de que crianças com desenvolvimento
abaixo do esperado na alfabetização apresentam um desempenho insatisfatório em
compreensão da linguagem, produção sintática e tarefas metafonológicas.
9

As habilidades cognitivas e as formas de estruturar o pensamento do indivíduo não são


determinadas apenas por fatores congênitos. Estão, na verdade, relacionadas às
atividades praticadas de acordo com o contexto cultural em que o indivíduo se
desenvolve. Conseqüentemente, a história da sociedade na qual a criança se desenvolve
e a história pessoal dessa criança são fatores cruciais que vão determinar sua forma de
pensar. Neste processo de desenvolvimento cognitivo, a linguagem tem papel
fundamental na determinação de como a criança vai aprender a pensar, uma vez que
formas avançadas de pensamento são transmitidas à criança através de palavras 5,6.

Diante destas constatações, decidimos por realizar uma revisão bibliográfica da aquisição
e desenvolvimento da linguagem, mais especificamente de 0 a 5 anos, assim como de
alguns entraves que podem ser encontrados no processo. Apesar de relevantes e,
infelizmente, freqüentes, alterações ligadas à negligência grave e violência do meio não
foram descritas, uma vez que demandariam outro tipo de fundamentação teórica,
deixando o artigo muito extenso.

AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

Compreendendo Linguagem

A aquisição da linguagem depende de um aparato neurobiológico e social, ou seja, de um


bom desenvolvimento de todas as estruturas cerebrais, de um parto sem intercorrências
e da interação social desde sua concepção. Em outras palavras, apesar de longas
discussões sobre o fato da linguagem ser inata (de nascença) ou aprendida, hoje a maior
parte dos estudiosos concorda que há uma interação entre o que a criança traz em
termos biológicos e a qualidade de estímulos do meio7,8. Alterações em qualquer uma
dessas frentes pode prejudicar sua aquisição e seu desenvolvimento.

Para entendermos a aquisição e o desenvolvimento da linguagem, temos que considerar


dois aspectos: a linguagem ajuda na cognição e na comunicação 5,6.

• Linguagem e cognição: pensamos bastante por meio da linguagem depois que


desenvolvemos esta habilidade. A memória, a atenção e a percepção podem ter ganhos
qualitativos com ela. Por exemplo, memorizamos melhor quando fazemos associações de
idéias. Ela também ajuda na regulação do comportamento. Na infância, podemos
observar o desenvolvimento da linguagem como apoio à cognição a partir dos dois anos,
em média, principalmente por meio da forma como a criança brinca.

• Linguagem e comunicação: temos a intenção comunicativa, e podemos nos


comunicar de diversas formas diferentes, através de gestos, do olhar, de desenhos, da
fala, entre outros. A estruturação da linguagem nos permite lançar mão de recursos cada
vez mais sofisticados, a fim de aprimorar nossas possibilidades de comunicação.

Também é importante percebermos que podemos dividir, didaticamente, a linguagem,


considerando sua forma, seu conteúdo e seu uso. O desenvolvimento costuma correr
concomitantemente, entretanto, um disparate entre essas áreas pode ser indicativo de
dificuldade, tal como será explicado nas próximas linhas9-11.

• Forma: engloba a produção dos sons, como se emite o fonema, e também a estrutura
da frase, se tem todos os componentes e se a ordem é aceitável pela língua - níveis
fonético-fonológico e morfossintático.
10

• Conteúdo: diz respeito aos significados, que podem estar na palavra, na frase ou no
discurso mais amplo - nível semântico.

• Uso: refere-se ao uso social da língua; não basta emitir sons, estruturar uma frase e
saber o significado, tem que adequar tudo isso ao contexto em que está sendo
empregado - nível pragmático.

Passadas estas considerações, vamos pensar em algumas etapas de desenvolvimento.

Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem

• Comunicação não-verbal: desde muito cedo já pode ser observada, como as


variações do tônus (contração/descontração muscular) entre a mãe e o bebê, o olho no
olho, as expressões faciais. O apontar por volta dos 11 meses é um marco, podendo
inicialmente ter a intenção apenas de "mandar" (apontar para algo que quer) e depois
pode ter a intenção de compartilhar a atenção com alguém (apontar para que outra
pessoa possa acompanhar aquele momento)7,12.

• Produção dos sons*: os primeiros fonemas da língua são aqueles produzidos com os
lábios, como /b/ /m/ /p/. Logo depois surgem /n/ /t/ /l/ , e, em seguida, /d/ /c/
/f/ /s/ e /g/ /v/ /z/ /R/ /ch/ /j/. Só mais tarde observamos a produção adequada
de alguns fonemas como /lh/ /nh/ /r/. A combinação destes fonemas nas sílabas podem
ser complicadores, como está exposto no próximo item13-15.

• Estrutura das sílabas: as formações silábicas mais simples são consoante-vogal


(CV), como PA, LO, etc; ao se inverter essa ordem (vogal-consoante), já se tornam um
pouco mais difíceis, como AR, US, etc. Quanto maiores, mais difíceis se tornam. Para
ilustrar, podemos apresentar palavras com sílabas consoante-vogal-consoante LAR, RIS,
etc. e consoante-consoante-vogal FRA, BRI, etc. No português, temos sílabas como
TRANS (consoante-consoante-vogal-consoante-consoante), dentre outras, com enorme
dificuldade de produção para crianças menores14,16.

• Estrutura de frases: inicialmente as crianças usam uma única palavra funcionando


com frase. Mais tarde, surgem as frases telegráficas, com duas palavras em média. As
frases vão se alongando, passando a ter cada vez mais elementos. A complexidade
também aumenta e surgem possibilidades de compreender e expressar frases em outras
ordenações, como a voz passiva. As expressões de tempo e espaço passam a fazer parte
do discurso, possibilitando narrar situações que não estão presentes. As frases mais
complexas que exigem mais conteúdo como as orações com pronomes do tipo "que" são
possíveis a partir dos 3 anos13.

• Diálogo: até atingir a capacidade de estabelecer um diálogo (com) alguém, a criança


passa por fases em que depende do adulto para que o mesmo seja possível. Em um
primeiro momento, os adultos tentam adivinhar o que significam as produções pouco
compreensíveis da criança (especularidade). Esta fase inicial acontece quando a criança
começa a emitir sons e sílabas que podem ser compreendidas como palavras.
Posteriormente, quando as crianças falam mais, aumentando um pouco a quantidade
sons e os adultos podem complementá-las (complementaridade), é quando aparecem as
primeiras combinações de palavras, juntando uma ou duas palavrinhas. Somente depois
a criança poderá iniciar e manter um diálogo sem um auxílio tão direto (reciprocidade).
Essa primeira estruturação da conversa em diálogo é gradual e, até o final dos 2 anos, a
criança consegue desenvolver bem a troca dialógica destas três etapas13,17,18.

• Brincadeira: as brincadeiras podem ser inicialmente construtivas (jogos de


montar/desmontar). Ao mesmo tempo, desenvolvem-se as plásticas (desenho,
massinha, etc.). As projetivas podem começar ao mesmo tempo e vão se desenvolvendo
11

em subetapas, como a imitação de situações vivenciadas; mais tarde (surge) o faz de


conta até atingir o devaneio (presença de situação imaginária e de história com
seqüência, possibilidade de brincar junto e não apenas "ao lado"). Importantes, também,
são os jogos com regras que começam simples e vão se sofisticando13,19,20.

A fim de melhor visualizar tais parâmetros, a Tabela 1 busca, a partir da compilação dos
autores referenciados, organizar tais aspectos nas fases do desenvolvimento de 0 a 5
anos.

DIFICULDADES NO PERCURSO

Por que algumas crianças começam a falar as primeiras palavras entre o primeiro e o
segundo ano de vida e outras demoram a falar? Por que algumas quando começam a
falar, falam claramente e outras parecem falar outra língua? Existem transtornos que
acometem a criança e causam atraso na aquisição e no desenvolvimento da linguagem.
Esta seção visa à apresentação, com linguagem simples, de informações sobre algumas
das alterações na área da linguagem nesta fase do desenvolvimento. Quando são listados
sintomas, deve-se ter a clareza de entender que várias características fazem parte da
evolução. Deve-se ficar atento quando elas se tornam persistentes e passam a atrapalhar
alguma área do desenvolvimento. Normalmente, nem todas as características estão
presentes em todas as crianças.

ATRASO SIMPLES DE LINGUAGEM21,22

O Atraso Simples é encontrado em crianças que apresentam defasagem no


desenvolvimento da linguagem; essas crianças demoram a falar e parecem imaturas.
Aparentemente, esse atraso pode ser ocasionado por dores de ouvido e complicações
respiratórias no período de aquisição da linguagem e/ou estímulos inadequados para o
desenvolvimento da mesma. Seu padrão de linguagem é compatível com crianças mais
novas (menor idade cronológica), mas seguindo a mesma ordem de aquisição. Algumas
crianças podem recuperar o atraso inicial com orientação adequada. Algumas
características:

• Frases simples, mas sem alteração na ordem das palavras;

• Podem combinar sílabas de fonemas diferentes;

• Vocabulário reduzido por falta de experiência;

• Trocas na fala;

• Boa compreensão.

DESVIO FONOLÓGICO15,23

Utilizamos esse nome para caracterizar crianças com idade igual ou superior a 4 anos,
aproximadamente e que apresentam alteração no desenvolvimento da fala em diferentes
graus. Os desvios na fala não se limitam a alterações na força ou mobilidade dos órgãos
12

responsáveis pela fala, mas são decorrentes de dificuldades na aquisição das consoantes
da sua língua materna.

O nome Desvio Fonológico tem origem na dificuldade de formação desse arquivo de sons
pelo cérebro (sistema fonológico) e irá se caracterizar por trocas na fala inesperadas para
sua idade e tipo de estímulo recebido durante o seu desenvolvimento. As trocas mais
freqüentes são:

• S por CH, como chapo ao invés de sapo;

• R por L, balata ao invés de barata;

• V por F, faso por vaso;

• Z por S, sebra por zebra;

• Alterações na ordem das sílabas ou nos sons das palavras: mánica (máquina), tonardo
(tornado);

• Fala ininteligível

Considerações finais

CONSIDERAÇÕES FINAIS
No início dos atendimentos realizados no A.E.E. não era possível ter noção do trabalho com o qual eu iria
me deparar e me envolver. Com a experiência de pedagoga e psicopedagoga, fui aos poucos percebendo
que esses conhecimentos eram insuficientes diante dos desafios que me aguardavam com tanta diversidade
proveniente dos atendidos.
O Atendimento Educacional Especializado requer do profissional que, além de qualificado para
desenvolver o trabalho; que ele seja também comprometido com estudos e pesquisas contínuas sobre cada
caso especificamente.
Aperfeiçoar-me no conhecimento de neurociências e educação fez com que eu fosse me apropriando do
centro da aprendizagem cognitiva: o encéfalo.
Isso tornou possível estabelecer uma relação entre o aprendizado adquirido pelos atendidos com a função
cerebral, e as conexões correspondentes.
Exigiu a elaboração de um trabalho diversificado, mas, pautado em uma rotina de atividades adaptadas para
desenvolver a capacidade de reter as informações recebidas do ambiente e assim, tornar mais fácil o acesso
a essas informações diárias armazenadas, que chamamos de memória.
Os aspectos afetivos como insegurança, ansiedade, conflitos familiares e escolares sempre foram
13

observados nos atendimentos, pois estes podem deslocar ou reduzir a atenção dos alunos.
Por fim enfatizo a necessidade relevante de criar um vinculo sólido com os alunos, estabelecer laços de
afetividade, cumplicidade com o outro; pois isso desenvolve as áreas cerebrais, gera motivação, interesse e
alegria.

Bibliografia

Lent, R. (2001). Cem bilhões de neurônios – Conceitos Fundamentais de


Neurociência (1ª Ed., vol 1). Rio de Janeiro: Atheneu.

Mansur LL, Senaha MLH. Distúrbios de linguagem oral e escrita e hemisfério


esquerdo. In: Nitrini R, Caramelli P, Mansur LL. Neuropsicologia: das bases
anatômicas à reabilitação. São Paulo: Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 1996.

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______. MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da


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