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Observações importantes:
PASSES LONGITUDINAIS:
Passe longitudinal é aquele feito ao longo do corpo, de cima para baixo. A base fundamental desta
aplicação é a formação de uma corrente de fluidos que, partindo do passeista e veiculado pelas suas mãos,
transmite-se ao corpo do paciente em todo o seu campo vibratório.
Os passes longitudinais movimentam os fluidos e os distribuem, mas quando ultrapassam as
extremidades (pés e mãos), os descarregam.
Conforme o nome sugere a direção de sua movimentação: ao longo de - é também chamado passe de
extensão. Ao contrário, os longitudinais são feitos com movimentos e não com as mãos fixas sobre um só ponto.
Esta técnica é muito rica entre todas as outras técnicas.
Dependendo da velocidade e da distância com que são aplicados, os longitudinais atendem todos os
padrões e técnicas estabelecidas pela combinação desses dois fatores. Assim, um longitudinal lento e próximo
terá características concentradoras de ativantes e se lento e distante, funcionará como concentrador de calmante.
Os movimentos do passe, através da força mental, é que irão conduzir, ou melhor dizendo, direcionar ou dispersar
os fluidos que as técnicas concentradoras acumularam.
Os longitudinais, quando usados como dispersivos ou passes de distribuição geral, são excelentes para
promover a distribuição e introjeção de fluidos concentrados no campo vibratório do paciente para absorção do
mesmo, restabelece a harmonia das vibrações anímicas e físicas, auxiliando nas dores, todavia na resolução de
problemas de transe mediúnico, hipnótico ou sonambúlico, seu efeito é lento e se faz necessária muita
movimentação para isso, devendo se utilizada nestes casos as técnicas mais objetivas para estes problemas.
Grande vantagem ai vista é que, por sua versatilidade, podemos fazer uso desta técnica para atender a
praticamente todos os casos de fluidificação, ressalvadas as especialidades que solicitam técnicas mais objetivas.
O passe tradicionalmente visto nas casas espíritas é composto de três movimentos:
O primeiro é a imposição das mãos na altura dos parietais, onde é estabelecido o contato entre as
correntes magnéticas, do passeista e do receptor.
Os passes se executam com os braços estendidos naturalmente, sem nenhuma contração e com a
necessária flexibilidade para a realização dos movimentos; como regra geral, que deve ser rigorosamente
observada, os passes não podem ser feitos no sentido contrário às correntes, isto é, de baixo para cima, o que
seria, se assim podemos nos exprimir, uma verdadeira "desmagnetização", verificando acima de tudo que este
movimento, digo, de baixo para cima, causaria uma força contrária a rotação natural dos chacras dificultando a
assimilação e levando os chacras a não absorverem e manterem os fluidos nas suas periferias. Todavia
acontecendo tais movimentos errôneos, é necessário aplicar alguns dispersivos ou comumente chamado os
passes de distribuição, movimentando os fluidos presos nas periferias dos chacras devido os movimentos terem
sido de baixo para cima.
Por isso, as mãos devem descer suavemente, em movimento nem muito lento, nem muito apressado,
até o ponto terminal do passe e cada vez que se repete um passe, deve-se ter o cuidado de fechar as mãos e
afastá-las do corpo do paciente e, assim voltar rapidamente ao ponto de partida.
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Com a descida das mãos, inicia-se o segundo movimento que é a limpeza dos fluidos arrastados pelas
mãos; ao final do movimento, as mãos se fecham e em seguida é feita a eliminação dos fluidos negativos da
mesma, para baixo ou para trás.
O terceiro movimento é a colocação dos fluidos salutares. Neste momento, através das mãos, se realiza
a doação dos fluidos e o movimento deve ser suave, não sendo necessário imprimir força ao mesmo. Com relação
a esta terceira etapa, pode-se estabelecer a seguinte comparação: Na frente do paciente existe uma linha
contendo gotas de orvalho que descerão sobre o mesmo, de forma suave. Assim deve-se dimensionar o ato de
doação.
Poderemos verificar que existe uma mescla acima do Passe Longitudinal com as Imposições.
Normalmente este modalidade, onde encontramos a imposição com os longitudinais, servem para os
pacientes com desarmonias fluídicas gerais, quando se detecta problemas no trânsito fluídico pelos centros vitais,
crises de epilepsia, convulsões, perdas do domínio das funções nervosas, quando necessita de reforço fluídico
para uma maior harmonização entre todos os centros vitrais. Sua aplicação é bastante simples, como poderemos
ver: com uma das mãos fazemos uma imposição sob o centro vital que iremos fluidificar, com a outra iremos fazer
um longitudinal, a partir do centro vital onde estamos fazendo a imposição, fazendo assim, dispersivos gerais.
Ressaltamos, ainda que ao final dessa técnica de conjugação, devemos fazer dispersivos localizados, sobre o
centro em desarmonia, pois o mesmo poderá reter uma carga grande de fluidos, pois, enquanto uma mão faz o
longitudinal a outra é fixada sob o chacra desarmonizado. Depois do dispersivo localizado no chacra
desarmonizado aconselhamos um dispersivo geral sob todo o campo vibratório do paciente.
"O Espírito não se acha encerrado no corpo como numa caixa, irradia por todos os lados..."
Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. q. 420
"Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também aí está, pois que é a alma quem pensa. O
pensamento é um atributo".
Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. q. 89 a
Pelas questões acima podemos perceber a importância das qualidades morais e espirituais para uma
ação eficaz no campo das vibrações. Por isso é fundamental que o integrante da reunião mediúnica, ou reunião de
passes magnéticos a distância se aprimore a cada dia, procurando superar as suas imperfeições a fim de que a
sua participação no auxílio aos que mais sofrem se processe de forma mais consistente.
"A vontade é a gerência esclarecida e vigilante; governando todos os setores da ação mental".
"... ela (a vontade) é o leme de todos os tipos de forças incorporados ao nosso conhecimento.
"A vontade é, assim, a expressão do nosso livre-arbítrio. Por ela damos os nossos testemunhos e
demostramos os nossos ideais no bem. (...) A vontade é constituída dos seguintes fatores dinâmicos: impulso,
autodomínio, deliberação, determinação e ação. Todos eles interligados e decorrentes entre si".
(Ney Prieto Peres. Manuel Prático do Espírita. Parte III, Cap. 42, pág. 203)
Pelo que percebemos diante das colocações acima, a vontade é um instrumento fundamental na ação
do bem. Urge que desenvolvamo-la com esforço perseverante, pois, igualmente através do seu exercício, nós
conseguirmos vencer as nossas más inclinações e atingirmos o nosso progresso moral.
TRANSVERSAL:
Técnica essencialmente dispersiva, por este fato muito eficiente quando aplicada com conhecimento.
Funciona basicamente, com os braços paralelamente esticados sem enrijecimento dos mesmos e as
mãos voltadas em direção ao ponto que se deseje aplicar o transversal, abrindo-os com rapidez e vigor. Tendo
bastante cautela quanto a distância tomada entre as mãos e o corpo do paciente, para não batermos no mesmo.
Neste caso, é como se nós arrancássemos a lama de um companheiro e jogássemos para longe, de
forma que a sujeira não volte mais para ele, simplesmente posicionando os braços à altura da cabeça, peito e
ventre e em seguida abrindo os braços no sentido de dispersão das energias maléficas impregnadas no campo
vibratório do paciente. Depois de abertos os braços, recomenda-se fechar as mãos, retornando-as ao ponto onde
se deseje fazer nova dispersão.
Sua ação é muito efetiva quando se requer uma dispersão muito intensa, tanto no sentido de introjetar
fluidos concentrados quanto para desfazer o estado de transe do paciente que se estamos fluidificando.
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Podemos ainda, verificar uma ramificação da técnica ora estudada é o:
Transversal Cruzado
Basicamente, tem o mesmo procedimento, só que em vez dos braços ficarem estendidos paralelamente,
eles são cruzados à frete do paciente, sempre em direção ao ponto que se deseje dispersar. Com eles também
visamos projetar fluidos dispersivos que produzem como que um choque que desarticula as ligações fluídicas do
obsessor com o doente, movimentando as agregações fluídicas obsessor-doente.
Interessante salientar, que pelo vigor com que é praticada, essa técnica deveria cansar muito o
passeista, mas como o passe, geralmente, é via de mão dupla, o efeito positivo dos dispersivos no paciente
traduz-se numa sensação de equilíbrio e satisfação no passeista.
No caso de dispersão em paciente que acabou de incorporar, ou que esteve sob efeito de hipnose ou
sonambulismo e está sentindo dificuldade de retornar ao domínio da própria consciência e até as vezes do próprio
corpo, o transversal deve ser aplicado sobre o chakra frontal, com bastante vigor e atenção por parte do passeista.
Geralmente o efeito desta prática é muito rápida. Os braços como acima vimos devem se estender completamente
no sentido lateral.
PERPENDICULAR:
Também prática geralmente usada para dispersar, onde o seu poder é mais consistente, pode também
ser útil em concentrações fluídicas em grandes regiões. Seu funcionamento solicita que o paciente esteja
formando um ângulo reto com o passeista, no campo das concentrações fluídicas deve ser aplicado com
velocidade muito lenta.
O passeista passará as mãos simultaneamente, uma pela frente e outra pelas costas,
perpendicularmente, sempre no sentido da cabeça aos pés, com rapidez, no sentido de dispersar.
O passeista faz um giro em torno do paciente para formar o ângulo adequado da aplicação e posiciona
uma mão sobre a parte da frente da cabeça e a outra pela parte de trás, descendo as duas juntamente de cada
lado do corpo, até os pés
Observações:
1 Quando formos usar o perpendicular como concentrador de fluidos, deveremos movimentar as mãos
ao longo do corpo do paciente, numa velocidade muito lenta, conforme algumas experiências, em torno de 8
segundos, da cabeça aos pés.
2 Verificamos patentemente a existência de sub-chacras em nosso em nosso corpo fluídico, pois,
conforme vemos esta técnica também aciona-os e uma forma patente de se verificar esta técnica é o fato de nas
reuniões mediúnicas os passeistas atenderem os companheiros em trabalho mediúnico pelas costas, com
resultados sempre satisfatórios, indicando acima de tudo o interligamento dos chakras.
Verificamos algo mais, que sempre as imposições feitas para facilitar as manifestações mediúnicas são,
quando não sobre o coronário, sobre a região do umeral. (região localizada entre a nuca e as omoplatas). O
umeral também esta em relação com a medula espinhal, exerce influência sobre as tensões musculares, atua
também na parte do sistema nervoso. Verificamos, ai, que dispersivos localizados nas costas através dos
perpendiculares, são extremamente eficientes.
CIRCULAR OU ROTATÓRIO:
1 Circulares normais - são executados com as mãos, com os braços sem movimentos.
Como esses passe são além de concentradores, muito ativantes, deverão ser aplicados muito próximos
ao ponto que se deseja realizá-los. Os dedos ficam levemente arqueados em direção a esse ponto, com a palma
girando, sempre em sentido horário.
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Quando a mão finaliza um giro, retorna-se a mesma, fechando-a, suspendendo-a na amplitude que a
munheca permitir - já que o braço, em tese, não deverá mover-se - e reinicia-se o círculo outra vez, repetindo o
processo até que a fluidificação esteja concluída.
"Os passes circulares, são muito eficientes em processos de inflamações em pequenas regiões,
problemas digestivos e males em geral do baixo ventre.
No caso de serem usadas as duas mãos, deve estar muito atento ao sentido do giro, pois nosso
automatismo fisiológico normalmente impulsiona a que a mão tome o sentido horário e a outra o anti-horário. Em
caso de dúvidas, inicie o passe com uma mão apenas e, logo em seguida, adicione a outra, que deverá seguir o
mesmo sentido da anterior. Lembrando que os circulares em sentido anti-horário causas congestões fluídicas,
provocando mal-estares. E dependendo do tempo da magnetização, poderá causar danos imprevisíveis.
As aflorações também podem ser aplicadas como se fossem longitudinais. Neste caso, os círculos
seriam feitos ao longo do corpo do paciente, sempre da cabeça aos pés, com os braços girando em sentido
horário". (Jacob Melo – O manual do Passeista)
SOPRO OU INSUFLAÇÃO:
Consiste em insuflar com a boca, mais ou menos aberta, o hálito humano sobre as partes afetadas do
paciente, fazendo penetrar o máximo possível na área dos tecidos. Para isso é necessário que o passeista aspire
ar suficiente para dilatar seu tórax, além do normal, deverá Ter capacidade bem ampla de respiração, podendo
obtê-la através de exercícios de respiração profunda.
André Luiz em Os mensageiros – Cap 19 – O Sopro, nos diz "Nossos técnicos não se forma de pronto.
Exercitam-se longamente, adquiririam experiência a preço alto. Em tudo há uma ciência de começar. São
servidores respeitáveis pelas realizações que atingiram, ganharam remunerações de vultos e gozam de enorme
acatamento mas, precisam conservar a pureza da boca e a santidade das intenções. Nos círculos carnais, para
que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível que o homem tenha estômago sadio, a boca habituada a
falar o bem, com abstenção do mal, e mente reta, interessada em auxiliar. Obedecendo a esses requisitos,
teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e curativo. Através dele, poder-se-á transmitir, também na
Crosta, a saúde, o conforto e a vida".
Divide-se em dois grande grupos:
1. Frias
São muito usadas como dispersivos ou calmante a depender da distancia e da força que se imprime no
próprio sopro a verificar, pois são aplicadas, normalmente a uma relativa distância da região que se deseje
dispersar, como se ali estivesse uma a vela que se queira apagar.
O sopro é dado com os pulmões cheio de ar, liberando-os lentamente (se o objetivo é acalmar) e
rapidamente e com vigor (para o objetivo de dispersar, como acordar o paciente de um sono magnético,
sonambúlico ou mediúnico, depressão nervosa, afastamento de espírito). Poderemos verificar, que nesta
aplicação o centro laríngeo será o grande usinador de fluidos e que dependendo do seu estado, doará saúde ou
desarmonia.
2. Quentes
Ao contrário das frias, são extremamente concentradoras de ativantes. São aplicadas o mais próximo
possível da região que se queira fluidificar, como se ali tivesse uma lâmina que quiséssemos embaçar.
É praticada com os pulmões cheios de ar, com o aquecimento do estômago, liberando-os lentamente,
até esgotar o ar.
Findando a insuflação, afasta-se a boca do local, respira-se normalmente algumas vezes e depois, com
os pulmões novamente cheios, repete-se a insuflação.
Verificamos que esta modalidade de insuflação deverá ser é extremamente desgastante para o
passeista, podendo até causar tonturas leves.
Cuidados na Aplicação:
Evite-se aplicar diretamente sob os centros vitais principais; após um máximo de duas insuflações
quentes, faça-se uma série de dispersivos localizados antes de repeti-las, salvo exceções, nunca faça mais de 5
insuflações quentes por sessão, pois a perda fluídica é muito grande.
Além da boca sadia, tenha um hálito mental equilibrado, conforme nos orienta André Luiz acima.
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Antes dos passes evite alimentos pesados e muito gordurosos. Tenha boa higiene bucal e evite fazer
insuflações se tiver problemas gástricos e de esôfago.
Não use a palavra para acusar, falar mal, condenar, fofocar ou levantar falso.
Apesar dos inconvenientes de sua prática, cabe às insuflações quentes o maior grau de eficiência em
tratamentos de inflamações e infecções em pequenas regiões (tumores localizados, feridas com dificuldade de
cicatrização). Entretanto, pelo seu poder muito concentrador de ativantes, sempre há riscos de retorno de cargas
fluídicas densas para a fonte.
Assim é muito importante fazer sempre uma intercalação com dispersões localizadas, inclusive algumas
delas sendo feitas por insuflações frias à pequena distância, como também o uso de flanela fina para melhores
cuidados (com essas precauções evitamos possíveis agregações fluídicas desarmonizadas à boca do passeista)
O AUTO PASSE:
Edgar Armond, em Passes e Radiações nos informa que esta é uma modalidade bastante útil porque
permite ao próprio doente e aos médiuns trabalharem em sua própria cura e utilizarem os recursos imensos que
estão a disposição de todos pela misericórdia de Deus, Criador e Pai. Os médiuns devem utilizar do Auto Passe
para limpeza psíquica de si mesmo e o recarregamento de energias dos plexos e centros de força.
Todavia, se analisarmos que como médiuns passeistas, somos verdadeiros filtros e que colaboramos ou
dificultamos e até mesmo contaminados as aplicações fluídicas da espiritualidade no enfermo, deveremos crer a
partir destas informações que devemos estar cientes de nossa postura em relação a nossa conduta moral,
sabendo também que o passe é, via de regra, uma via de mão dupla.
Então somos levados a crer que se estamos descompensados, não estaríamos também incapacitados
de aplicar o passe?
Nestes casos bastaria uma prece sincera para restabelecermos nossa harmonização.
Kardec, na Revista Espírita, set 1865, pág 254 – Da mediunidade curadora, nos assevera: "A prece, que
é um pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé, produz o efeito de uma magnetização, não só
chamando o concurso dos bons espíritos, mas dirigindo ao doente uma salutar corrente fluídica". E como somos
transmissores desta corrente, seguramente ficaremos também envolvidos de uma certa forma nas mesmas.
Não descartamos e respeitamos todas as opiniões dadas a respeito deste item, concordamos que a
prece é sempre um verdadeiro e profundo mecanismo de auto-passe. Concluindo que nossa conduta moral
mesclada com o trabalho no bem e o amparo a outros através do passe, sempre nos facultará recursos
imensuráveis de auxílio em busca de nosso próprio crescimento.
Enquanto estamos no trabalho de aplicação do passe, deveremos estar voltados para concentrações em
coisas edificantes, em prece, mentalizando um lugar harmônico, em fim:
1. Confiança na espiritualidade e desejo de ajudar, todo condicionado na Providência Divina, ou melhor
dizendo, fé, amor e humildade
2. Estar sereno, para assim poder registrar pela intuição, as orientações espirituais para a fluidificação a
ser desempenhada.
3. Estar mentalizando a recuperação dos órgãos do enfermo, sob a ação dos mensageiros do Senhor;
sempre condicionando esta recuperação a vontade Divina e direcionamento moral do paciente.
4. Conhecer a localização dos centros de força, pois com isso os espíritos que trabalham nesta atividade
poderão através de sua intuição, direcionar as cargas fluídicas benéficas para os chakras que influenciam as
localidades enfermas.
5. Silencio não somente exterior todavia interior localizando todas as atenções na ação a ser
desempenhada.
6. Reflexos das impressões dos pacientes, é bastante comum os passeistas sentirem as sensações que
os pacientes experimentam. Ora nosso campo fluídico absorve com facilidade as emanações do paciente, nestes
casos são recomendados dispersivos gerais primeiramente antes das aplicações fluídicas. É comum, também, os
passes em pessoas sob a atuação de espíritos em desequilíbrio, o passeista poderá registrar reflexos negativos
desde a hora em que se propões a ajudar, podendo perdurarem ainda depois do passe. Sabendo que somos
ainda imperfeitos, somos também criados pela mesma matéria elementar e que nosso campo vibratório assimila
com facilidade outras emanações exteriores que conosco se afinizem, verificaremos a grande facilidade de as
absorver, pois ainda somos pequenos, daí a grandiosa frase deixada pelo Divino Amigo "Orai e Vigiai", só assim,
através do altruísmo, da moralização do ser, paulatinamente modificaremos o nosso ritmo vibratório não afinizando
mais com energias deletérias.
É compreensível que os espíritos envolvidos na trama obsessiva, conhecendo a disposição do passeista
em colaborar, pretendam também mexer com o seu bom ânimo, afastando-o do caminho do enfermo.
Perseverança e conhecimento das responsabilidades são porções medicamentosas para tais afecções.
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Já falamos bastante em dispersivos ou passes de distribuição e limpeza, todavia gostaríamos de dar
alguns destaques breves sobre suas funções bem como a importância nas técnicas dos passes já utilizadas por
nós na nossa casa espírita. O termo dispersivo, também conhecido por alguns como limpeza fluídica.
Analisando o dicionário Aurélio, o termo dispersar entre outras coisas significa - fazer ir para diferentes
partes, pôr em debandada, espalhar.
A primeira significação desta palavra em foco , na cabeça de muitos médiuns tem o sentido de dissipar,
desfazer.
Por isso, conversar um pouco sobre os mesmos nos levará, seguramente, a melhores compressões
desta técnica.
Os dispersivos:
São aconselháveis para a reativação para os centros de força nos casos de desenvolvimento mediúnico,
no campo das curas, levando-se em consideração a localização de cada um e sua repercussão nos plexos do
organismo físico. Aplicam-se os passes acima mencionados relativos e direcionado aos pontos onde se encontram
os chacras refletido em nosso organismo físico pelos plexos. Levando sempre em consideração o tempo de sua
aplicação para ao invés de reativar, sobrecarregar
PRECE:
A prece é um dos meios pelos quais a cura de um mal pode ser alcançada. Mas é, também, um meio
dos mais difíceis, haja vista a pequena capacidade que grande parte dos seres humanos tem para orar. Isto
porque a oração não é um ato mecânico, que se realiza pelos lábios.
Não. A prece é algo que depende enormemente do pensamento e da vontade, pois sem estes ela se
transforma em algo sem maior expressão. Quando os homens aprendem verdadeiramente a orar,
indubitavelmente conseguem sucesso em muitas coisas, inclusive na solução de seus problemas de saúde.
Segundo o ensino doutrinário, podemos, na prece, realizar três atos fundamentais, que independem de
lugar, tempo, idioma, duração e forma:
louvar;
pedir;
agradecer.
Quando dizemos "Pai Nosso, que estais no Céu, santificado seja o vosso nome", usando esta ou aquela
forma verbal, nesta ou naquela atitude física, estamos, invariavelmente, louvando a Deus, sua Misericórdia e sua
Justiça, porque ao Criador estamos elevando nosso pensamento respeitoso e agradecido, confiante e sincero.
A prece outra coisa não é senão uma conversa que entretemos com Deus, Nosso Pai; com Jesus, Nosso
Mestre e Senhor; com nossos amigos espirituais.
É diálogo silencioso, humilde, contrito, revestido de unção e fervor, em que o filho, pequenino e
imperfeito, fala com o Pai, Poderoso e Bom, Perfeição das Perfeições.
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Quando o espírita ora, sabe, por antecipação, que sua prece não opera modificações na Lei, que é
imutável; altera-nos, contudo, o mundo íntimo, que se retempera, valorosamente, de modo a enfrentarmos com
galhardia as provas, que se atenuam ao influxo da comunhão com o Mundo Espiritual Superior.
Tem, assim, a prece o inefável dom de dar-nos forças para suportarmos lutas e problemas, internos e
externos, de colocar-nos em posição de vencermos obstáculos que, antes, pareciam irremovíveis.
A oração não suprime, de imediato, os quadros da provação, mas renova-nos o espírito, a fim de que
venhamos a sublimá-los ou removê-los.
EMMANUEL
RECEITUÁRIO MEDIÚNICO:
A mediunidade receitista foi tratada por Kardec de maneira objetiva. Diz ele em "O Livro dos Médiuns"
que a especialidade dos médiuns receitistas "é a de servir mais facilmente de intérpretes aos espíritos para
prescrições médicas. Não devemos confundi-los com os médiuns curadores, porque eles não fazem
absolutamente mais do que transmitir o pensamento do espírito e não têm, por si próprios, nenhuma influência".
Com a popularização do Espiritismo, este tipo de mediunidade foi tomada de muitas preocupações,
criando-se em torno dos médiuns receitistas uma aura de medo. Espalhou-se a preocupação de que as receitas
espirituais pudessem, pelo menos no Brasil, contrariar as leis e trazer para a Doutrina alguns prejuízos. Surgiu
então a orientação de que as receitas dadas por médiuns deveriam passar pelo crivo dos médicos, passando
estes a responsabilizarem-se por elas.
Se, em algum momento, esta preocupação teve sua razão de ser, a verdade é que a presença do
médico ao lado do médium receitista passou a ser encarada em muitos centros espíritas como uma necessidade
inadiável, a ponto de inibir o trabalho mediúnico.
CIRURGIAS ESPIRITUAIS:
A cura através do que se convencionou chamar operações espirituais parece ser recente, especialmente
aquelas em que os médiuns utilizam instrumental cirúrgico. Não há registros de fatos dessa natureza do século
passado. Allan Kardec não as menciona, embora, na Revista Espírita ele se refira à mediunidade nos médicos,
chegando inclusive a apontá-la como de grande interesse para o futuro.
As operações espirituais, que se popularizaram entre nós com o aparecimento do "médium da faca
enferrujada", José Arigó, formam objeto de muita discussão no movimento espírita, havendo aqueles que não as
aceitam e outros que chegam até a combatê-las.
Ao tempo de Arigó, as discussões se tornaram intensas, a ponto daquela mediunidade escandalizar
conhecidos trabalhadores do movimento espírita, que temeram pelo futuro. Após sua morte, o clima serenou,
voltando a ficar tenso com o aparecimento do agora médico Edson Queiroz (que desencarnou no dia 5 de outubro
de 1991, assassinado).
Eis aí uma mediunidade que poderíamos chamar de "risco", uma vez que exige muita determinação por
parte do médium e coragem do paciente em se submeter à cirurgia. O "risco" é menor quando a operação é
realizada sem instrumentos cirúrgicos, como acontece com determinados médiuns, que se utilizam apenas das
mãos.
Mas quando os espíritos solicitam o bisturi, a situação se modifica e deixa muitas pessoas desnorteadas,
já que a maioria absoluta das cirurgias neste caso é feita em condições precárias sob o ponto de vista médico,
normalmente sem o uso de anestesia e assepsia, com a agravante do espírito operador fazer uso de recursos
como sujar propositadamente o local da incisão, chegando até a mandar cuspir nos cortes.
É aí talvez que o escândalo aumenta. Muitos médicos e alguns deles bons espíritas não conseguem ver
sentido nesse ato, acabando por se opor a esse tipo de tratamento. Com Arigó o escândalo chegou até ao
receituário mediúnico que ele às vezes fornecia aos pacientes, contendo todas as evidências de uma verdadeira
contradição.
No entanto, até o presente momento, não há registro de pacientes que tenham se utilizado aquelas
receitas e tido sua condição agravada. Pelo contrário, centenas de casos estudados demonstraram, quando
pouco, uma acentuada melhoria do estado geral do paciente.
TRATAMENTO A DISTÂNCIA:
Este processo de cura, embora bastante conhecido, mas ainda pouco explorado, consiste em reunir, em
data, horário e local previamente estabelecidos, de maneira disciplinada e permanente, um certo número de
pessoas de boa vontade, para, em recolhimento e prece, destinarem energias (fluidos) para as pessoas
necessitadas.
Em vista do que falamos no início sobre o poder do pensamento e sua ação sobre os fluidos, ficam
claros para nós as possibilidade deste tipo de reunião.
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Consiste em uma cirurgia espiritual que será realizada em sua casa pelos doutores espirituais no dia e
hora pré-determinado por eles após uma avaliação e preparação do paciente e harmonização do ambiente em que
este será operado.
Além do ritual preparatório para a cirurgia irá receber também o regime alimentar e cuidados que o
paciente terá após a cirurgia e a assistência da equipe de auxílio e apoio espiritual.
Esta cirurgia fluídica ou astral busca eliminar o mal físico e promover o equilíbrio corpo e alma afim de
que o sistema imunológico de defesa possa não sofrer nenhuma interferência externa.
Nota:
Em alguns casos se fez necessário uma limpeza prévia da aura, pois se a mesma estiver carregada de
energias negativas os resultados poderão ser dificultados.
DIVALDO FRANCO: - Acreditamos que as cirurgias astrais são válidas, desde que o paciente esteja com
o seu carma liberado. Daí, constatar-se que nem toda interferência ;de ordem espiritual, no campo cirúrgico, dá o
resultado que seria de esperar-se. Aliás, mesmo no Evangelho, encontramos uma referência: nem todos aqueles
que buscaram Jesus foram curados, porque tinham dívidas, e essas dívidas não estão resgatadas, é óbvio que a
cura não se poderia dar.
A DESOBSESSÃO E A CURA:
O Espiritismo encara a obsessão em seus variados graus como uma doença cujo portador deve ser
tratado convenientemente. A ação de um espírito sobre um encarnado, levando-o a cometer atos tidos como
anormais por nossa sociedade, é que tem não poucas vezes enchido os nossos institutos psiquiátricos. Daí, pois,
a importância de uma doutrina como a espírita, capaz de dar à doença e ao doente uma visão nova e diferente,
com condições de ir ao fundo da questão e obter resultados realmente satisfatórios.
E mais, uma doutrina que é capaz de avançar no diagnóstico e indicar quando a doença é causada por
espíritos e quando ela, na verdade, foi criada pela própria mente da criatura enferma, oferecendo, a partir daí, o
remédio capaz de levar à cura – quando menos, de aliviar os sofrimentos. A Desobsessão será tratada com mais
profundidade em matérias posteriores.
ÁGUA FLUIDIFICADA:
A água pode ser fluidificada, de modo geral, em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em caráter
particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo.
Quanto as condições para que os Espíritos amigos possam fluidificar a água pura, independe da
presença de médiuns curadores, bem como as reuniões especiais, de modo algum podem constituir o preço do
benefício aos doentes, porquanto os recursos dos guias espirituais, nessa esfera de ação, podem independer do
concurso medianímico, considerando o problema dos méritos individuais. A caridade não pode atender a situações
especializadas.
Emmanuel - 1940
A mudança das propriedades da água, por obra da vontade. O Espírito atuante é o do magnetizador,
quase sempre assistido por outro Espírito. Ele opera uma transmutação por meio do fluido magnético que é a
substância que mais se aproxima da matéria cósmica, ou elemento universal.
Nos fluidos corporais estão presentes numerosos íons – partículas com carga elétrica,como:
Na+1 (íon sódio),
K+1 (íon potássio),
PO-3/4 (íon fosfórico) e
Cl-1 (íon cloreto).
O movimento dos fluidos corporais significa o próprio movimento destes íons, daí resultando surgimento
de correntes elétricas. Com aplicação de campos magnéticos ao corpo, o fluxo de íons se modifica e seu
movimento tornar-se-á mais rápido, estimulando os canais que transportam estes fluidos, daí resultando aumento
da atividade da área sob ação magnética, produzindo resultados curativos, quando enferma (SOUZA, 1994).
Rodrigues (SOUZA, 1999), analisando a água imantada ou polarizada, afirma que a redução da Tensão
Superficial relaciona-se diretamente com o fato de que, na célula animal ou vegetal, ocorre uma maior mobilidade
iônica, ou aumento da troca de nutrientes na membrana celular, especialmente íons de Sódio e Potássio (além do
Fósforo e do Cálcio).
Fluidoterapia [do latim: fluidu + do grego: therapeía] – É o tratamento feito com fluidos:
Bibliografia:
Obras de Kardec: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, A Gênese, A Obsessão.
Obras do autor: Médicos-médiuns e O Centro Espírita
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Obras de André Luiz: Desobsessão, Os Mensageiros, Evolução em Dois Mundos, Missionários da Luz,
Conduta Espírita, Nos Domínios da Mediunidade.
Obras de Emmanuel: Vida e Sexo, O Consolador, Pensamento e Vida.
Obras de Herculano Pires: O Centro Espírita, Mediunidade, Vampirismo
Obra de Nazareno Tourinho: Edson Queiroz, o novo Arigó dos Espíritos
Obra de Celso Martins: A Obsessão e o seu Tratamento Espírita
Obra de Urbano Pereira: Operações Espirituais
Obra de Moacyr Petrone: Assistência Espiritual
Obras de Edgard Armond: Passes e Curas Espirituais, Mediunidade, Curas Espirituais, Trabalhos
práticos de Espiritismo
Obra de Manso Vieira e Godoy Paiva: Manual do Dirigente das Sessões Espíritas
Obra de Aurélio A. Valente: Sessões Práticas e Doutrinárias do Espiritismo
Obra de Stephanie Matthews Simonton: A Família e a Cura
Obra de Louise L. Hay: Cure seu corpo
Obra de Barbara Bowers: Qual é a cor de sua aura?
Fontes Eletrônicas:
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/gebm/as-curas-espirituais.html
http://www.guia.heu.nom.br
http://www.espirito.com.br/portal/artigos/elferr/as-tecnicas-do-passe.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reiki
Existem vários estudos de cariz científico que vêm comprovar os postulados espíritas em torno do passe
e da magnetização da água.
Como espíritas sabemos que podemos aplicar sobre a água os "fluidos" curadores que revitalizarão os
campos vibratórios desajustados naqueles que dela fizerem uso, em busca da sua acção salutar e da própria
transformação interior.
O sábio lionês há 150 anos assegura-nos (1) «O espírito actuante é o magnetizador, quase sempre
assistido por outros Espíritos (…) Ora, desde que ele pode operar uma modificação nas propriedades da água,
pode também produzir um fenómeno análogo com os fluidos do organismo, donde o efeito curativo da acção
magnética, convenientemente dirigida.»
O Dr. Bernard Grad, PhD., biólogo, professor associado de gerontologia da McGill University"s Allen
Memorial Institute, no Canadá, e autor de mais de 70 trabalhos científicos nas áreas de endocrinologia, câncer e
envelhecimento, fez experiências muito interessantes na década de 60, sobre o efeito da imposição de mãos no
crescimento de grãos de cevada, e em ratos doentes.
O Dr. Grad pesquisou efeitos curadores do magnetizador húngaro Coronel Oskar Stabany em ratos que
tinham sido submetidos a feridas cirúrgicas experimentalmente. Nessa experiência, os ratos sujeitos a imposição
de mãos pelo Cor. Stabany cicatrizaram significativamente mais rápido do que os ratos que foram deixados sós ou
acompanhados por estudantes de medicina. Estes estudos foram comprovados pelos Drs. Remi J. Cadoret e G. I.
Paul, na Universidade de Manitoba (EUA), em condições de critério rigoroso, que concluíram: «os ratos tratados
por pessoas dotadas de poderes curativos apresentaram uma velocidade de cicatrização significativamente
maior».
O Dr. Grad fez similarmente, experiências em que Stabany "colocou as mãos" sobre água com sal. Esta
água assim tratada foi dada às sementes de cevada, que cresceram mais rapidamente e tiveram rendimentos
mais elevados do que aquelas que receberam água não magnetizada.
Grad lembrou-se de dar a água com sal para pacientes psiquiátricos segurarem. Essa água foi usada
para tratar as sementes de cevada. A água energizada por pacientes que estavam seriamente deprimidos
produziu um efeito inverso ao da água tratada pelo passeista, ela diminuiu a taxa de crescimento das plantas
ainda abaixo da taxa do grupo controle. Mostrou, assim, a importância da atitude mental de quem magnetiza.
Grad analisou quimicamente a água para verificar se a magnetização havia provocado alguma alteração
física mensurável. Análises por espectroscopia de infravermelhos revelaram a ocorrência de significativas
alterações na água tratada pelo passeista. O ângulo de ligação atómica da água havia sido ligeiramente alterado,
bem como uma diminuição na intensidade das ligações por pontes de hidrogénio entre as moléculas e significativa
diminuição na tensão superficial da água.
A Drª Dolores Krieger, Ph.D, enfermeira e professora de enfermagem na New York University,
impressionada com a actuação terapêutica do magnetizador húngaro Stabany, procedeu a uma investigação, com
o apoio da Drª Otelia Bengssten (médica) e de Dora Kunz (médium vidente), onde participaram vários doentes
portadores das mais diversas patologias. Esses pacientes foram divididos em dois subgrupos e seguidos por 3
anos, sendo que um grupo recebeu tratamento directo por imposição das mãos além do tratamento convencional
e o outro apenas tratamento convencional. A Drª Krieger fez várias observações e constatou a ocorrência de
aumentos significativos nos níveis de hemoglobina dos pacientes do grupo que recebeu o passe. A tendência para
a energia curativa elevar os níveis de hemoglobina era tão forte que pacientes cancerosos submetidos à
imposição das mãos apresentaram elevações nos níveis de hemoglobina, apesar de estarem a ser tratados com
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quimioterapia. Dolores Krieger concluiu que «que as elevações nos níveis sanguíneos de hemoglobina indicavam
com segurança a ocorrência de verdadeiras alterações bioenergéticas e fisiológicas produzidas pela aplicação das
energias curativas.»
A Drª Justa Smith, freira da irmandade de S.Francisco de Penance, bioquímica e enzimologista,
doutorada em pesquisa sobre os efeitos dos campos magnéticos na actividade das enzimas.
As enzimas são os catalisadores do sistema metabólico. Qualquer cura ou doença deve activar
primeiramente o sistema enzimático. A Drª Smith decidiu comparar os efeitos da imposição das mãos do Coronel
Stabany sobre a enzima tripsina, com a acção dos efeitos de um campo magnético sobre a mesma enzima. Para
tanto, preparou soluções de tripsina, que foram divididas em 4 frascos de vidro. Um deles foi tratado pelo Coronel
Stabany, que simplesmente colocou as mãos ao redor do frasco tapado durante um período de 75 minutos. O 2º
frasco ficou exposto à luz ultravioleta, no comprimento de onda mais prejudicial para a proteína. (O Dr. Grad
sugerira que a enzima se tornasse "doente", a fim de demonstrar a evidência da cura).
Um 3º frasco foi exposto a um campo magnético elevado (8.000 a 13.000 Gauss) por até 3 horas. O 4º
frasco, não tratado, era o controle. Os resultados de um mês de estudos demonstraram que a energia ou força
proveniente das mãos de Stabany activavam as enzimas, quantitativa e qualitativamente, comparáveis à
actividade originada por um campo magnético de 8.000 a 13.000 Gauss. Isso representa uma actividade muito
significativa, considerando que vivemos num campo magnético médio com cerca de 0,5 Gauss. Os efeitos nas
enzimas danificadas (expostas à luz ultravioleta) foram essencialmente os mesmos. «Os resultados indicam que
algum tipo de energia foi canalizada pelas mãos do Coronel Stabany, sendo suficiente para activar as enzimas,
num grau significativo.», concluiu a enzimologista.
O Dr. Edward G. Brame, doutor em espectroscopia e cromatografia, membro da American Chemical
Society, da American Society for Testing and Materials, da New York Academy of Sciences e da Society for Applied
Spectroscopy, fez extensas pesquisas espectroscópicas, durante dois anos, com amostras de água destilada,
submetida a médiuns passeistas – curadores. Concluiu que a água destilada, submetida à influência do
magnetizador humano, apresenta mudanças moleculares, durante cerca de 4 meses e que o tempo de exposição
aos magnetizadores não se correlacionou à magnitude das alterações.
O Dr. Brame colocou frascos com água pura, no meio de um grupo de pessoas que se dispuseram a
fazer uma concentração visando magnetizar a água neles contida. Não foi feita a imposição de mãos, nem os
frascos nem a água foram tocados, havendo apenas a concentração. Os resultados foram os mesmos: ocorreram
alterações moleculares na água assim tratada. Dai, podemos tirar a ilação da importância da prece e oração
(vibração) com a "fé que remove montanhas".
O Dr. Konstantin Korotkov Ph.D. cientista pesquisador no Leningrad Polytechnical
Institute; trabalhos científicos em eletrofísica, física dos gases, biologia, parapsicologia, Director do
Research Center on Medical and Biological Engineering, doutorado pelo Saint-Petersburg" Federal Institute of Fine
Mechanics and Optics, Professor da Open International University, Editor Associado do Journal "Consciousness
and Physical Reality", Vice-presidente da Union for Medical and Applied Bio-electrography, idealizou o
equipamento denominado "Crown TV", ou GDV (do inglês Gas Discharge Visualization ou simplesmente
Biolectrografia) baseado no efeito Kirlian. Em contraste com a câmara Kirlian, o GDV oferece alta reprodutibilidade
dos achados e mostra as alterações da aura em tempo real. Com este equipamento fez vários estudos relevantes,
sendo que em um deles analisou água da torneira que foi guardada em 2 garrafas de 200 ml. Uma das garrafas foi
magnetizada pelo famoso médium – curador, russo, Allan Chumak durante 5 minutos. De imediato fizeram 10
imagens GDV de 20 ml de água, quer da magnetizada, quer da de controlo. As fotografias foram digitalizadas,
analisadas por computador, sendo a área das imagens GDV tratadas reanalisadas por computador. O experimento
mostrou haver uma diferença da área que envolve a água controle e a magnetizada em mais de 300% e houve
alterações significativas nas propriedades desta.
George Meek, fundador benemérito da Metascience Foundation e um dos idealizadores do spiricom (2),
atesta que «A água é extremamente sensível a muitos tipos de radiações. O cientista americano de pesquisas
industriais Robert N. Miller e o físico prof. Philip B. Reinhart, inventaram 4 instrumentos independentes para
demonstrar que um pouco de energia emanada das mãos dum curador, pode dar início a uma alteração da ligação
molecular entre o hidrogénio e o oxigénio das moléculas de água»
Dr. Robert Miller, num trabalho pioneiro, a fim de provar a realidade das energias curativas que podem
ser transferidas do médium passeista – curador, para o paciente, podendo-se resumir da seguinte forma;
1 - Uma energia associada com a cura existe e pode ser medida com instrumentos adequados.
2 - A água que foi tratada por um curador ou um íman muda a cor da solução do cristal, proporcionando
assim a indicação visual da presença duma energia curativa.
3 - A água tratada por um curador ou um íman muda a tensão superficial, a liga de hidrogénio e as
propriedades de electricidade da água.
4 - Um curador é mais eficiente quando num estado consciente de absoluto relaxamento, ou seja, no
estado de emissão de ondas alfa.
As experiências do Dr. Miller com os curadores Olga e Ambrose Worrall mostraram que as energias
curativas podiam afectar sistemas vivos e não vivos a uma distância de mais de 900Km., nada mais nada menos
que "O Passe à distância" dos espíritas.
Dr. John Zimmerman, na Faculdade de Medicina da Universidade do Colorado, EUA, efectuou estudos
utilizando SQUID"s (Dispositivos Supercondutores de Interferência Quântica), ultra-sensíveis, para medir o
magnetismo, detectando pequenos aumentos, porém significativos, nas emanações magnéticas das mãos do
curador, durante o processo de cura. Ele reuniu evidências adicionais para sugerir que a energia curativa é
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realmente de natureza magnética. O Dr. Zimmerman demonstrou a existência de significativas elevações na
intensidade dos campos magnéticos emitidos pelas mãos dos curadores; «Isto sugere que as energias vitais
subtis dos curadores, parecem ter principalmente propriedades magnéticas! As energias dos curadores diferem
dos campos magnéticos pelo facto dos seus efeitos serem qualitativa e quantitativamente diferentes. Embora
sejam extremamente fracos, os campos magnéticos associados aos curadores produzem poderosos efeitos
químicos e biológicos».
Richard Gerber (3) atesta, «Parece que a água tem capacidade de ser "carregada" com diversos tipos de
energias subtis, e em seguida, de "armazená-las" nas suas moléculas. As energias subtis, sejam elas de natureza
benéfica ou prejudicial, podem ser armazenadas, conforme demonstraram os estudos de Grad, utilizando
indivíduos com poder de curar e pacientes vítimas de depressão. A água tratada foi capaz de introduzir alterações
mensuráveis na fisiologia e no crescimento das plantas.»
Fica bem evidenciado o que os espíritas há muito defendem, isto é, que em determinadas condições, é
possível influenciar positivamente os campos energéticos das pessoas bem como da água, através da chamada
Fluidoterapia Espírita, conforme nos atesta o médico André Luiz (4) «A água potável destina-se a ser fluidificada.
O liquido simples receberá recursos magnéticos de súbito valor para o equilíbrio psicofísico dos circunstantes. Há
lesões e deficiências no veículo espiritual a se estamparem no corpo físico, que somente a intervenção magnética
consegue aliviar, até que os interessados se disponham à própria cura.»
* Membro e colaborador do CECA - Centro Espírita Caridade por Amor
Rua da Picaria, 59 - 1º Frente - 4050-478 Porto
Tel. (+351) 912160015
Email: ceca@sapo.pt
www.ceca.web.pt
Artigo publicado na Revista Internacional de Espiritismo
NOTAS BIBLIOGRAFICAS
Curso Básico de Passes do CECA – Centro Espírita Caridade por Amor –, da cidade do Porto,
www.ceca.web.pt do qual o autor é um dos autores e presidente do Conselho Directivo.
Atlas de Hematología
http://orbita.starmedia.com/~forobioq/atlashemato.html.
(1) Kardec, Allan In O Livro dos Médiuns, Cap.VIII, FEB.
(2) SPIRICOM: é um vocábulo formado pela contracção de duas palavras do inglês; spirit e
comunication. Ela serve para designar um sistema electrónico que possibilita a comunicação verbal, directa e em
dois sentidos, com os Espíritos de pessoas já falecidas.
(3) GERBER, Richard In Vibrational Medicine, Inner Traditions Intl Ltd, 1988
(4) Xavier, Francisco C. – pelo espírito de André Luiz – In Nos Domínios da Mediunidade, Cap. 12, FEB.
O QUE É
O passe é uma transfusão de fluidos de um ser para outro. Emmanuel o define como uma "transfusão de
energias fisio-psíquicas". Beneficia a quem o recebe, porque oferece novo contingente de fluidos já
existentes.Emmanuel o considera "equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos" e compara
sua ação a do antibiótico e à assepsia, que servem ao corpo, frustrando instalação de doenças.
SEU MECANISMO
Constantemente, estamos irradiando e recebendo fluidos do meio que habitamos e dos seres
(encarnados ou não) com que convivemos, numa transmissão natural e automática.O passe, porém, é uma
transfusão feita com intenção e propósito. Quem aplica, atua deliberadamente.Para que o passe alcance o melhor
resultado, é necessário:
1) que o passeista use o pensamento e a vontade, a fim de captar os fluido, emiti-los e fazê-los convergir
para o assistido;
2) que haja um clima de confiança entre o socorrista e o assistido, a fim de se formar um elo de força
entre eles, pelo qual "verte o auxílio da Esfera Superior, na medida dos créditos de um e de outro";
3) que o assistido esteja receptivo, para que sua mente adira à idéia de trabalho restaurativo e comece a
sugeri-lo a todas as células do corpo físico; então irá assimilando os recursos vitais que estiver recebendo e o
reterá na própria constituição fisiopsicossomática.
(Cap. XXII, Mediunidade Curativa, do livro "Mecanismos da Mediunidade", de André Luiz).
O passe não surgiu com o Espiritismo, não é uma criação da Doutrina Espírita.
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Esse meio de socorrer os enfermos do corpo e da lama já era conhecido e empregado na Antiguidade.
Jesus o utilizou, "impondo as mãos" sobre os enfermos e os perturbados espiritualmente, para beneficiá-
los. E ensinou essa prática aos seus discípulos e apóstolos, que também a empregaram, largamente, como vemos
em "Atos dos Apóstolos".
Ao longo dos tempos, o passe continuou a ser usado, sob várias denominações e formas, em todo o
mundo, ligado ou não a práticas religiosas.
No século anterior a Kardec, tudo o que então se conhecia sobre fluidos e como empregá-los estava
consubstanciado no Magnetismo, de que o médico austríaco Franz Anton Mesmer foi o grande expoente,
beneficiando muitos enfermos. Mas havia, ainda, muita ignorância sobre o que fossem os fluidos e a forma de sua
transmissão.
A codificação da Doutrina dos Espíritos, por Allan Kardec, permitiu entendermos melhor o processo pelo
qual o ser humano influencia e é influenciado fluidicamente, tanto no plano material como no espiritual. Na
atualidade, o passe continua a ser empregado por outras religiões, que o apresentam sob nomes e aparências
diversas (benção, unção, johrei, benzedura). Pessoas sem qualquer relação com movimentos religiosos também o
empregam.
É no meio espírita, porém, que o passe é mais bem compreendido, mais largamente difundido e
utilizado. Nele, o passe que Jesus ensinou e exemplificou veio a se tornar uma das principais práticas de ação
fluídica. Nada mais natural, pois o Espiritismo é a revivescência do puro Cristianismo.
TIPOS DE PASSE
CENTROS DE FORÇA
Centro Coronário
Este centro deve ser considerado o mais significativo em razão de seu alto potencial de radiações, uma
vez que nele se assenta a ligação com a mente que é sede da nossa consciência.Assimila as energias recebidas
do plano superior e supervisiona os outros centros que lhe obedecem ao comando.Desta forma orienta e disciplina
todo o trabalho a ser realizado pelos demais centros
Centro Frontal
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Tem atividade muito abrangente. Atua sobre as glândulas endócrinas, sobre o sistema nervoso e
comanda as percepções que correspondem à visão, a audição e ao tato.
Centro Laríngeo
Controla as atividades vocais, do timo, da tiróide e das paratireóides, controlando totalmente a
respiração e a fonação.
Centro Cardíaco
Sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral, dirigindo a emotividade e a circulação das forças
de base. É o responsável por todo o aparelho circulatório.
Centro Esplênico
Sediado na região do baço regula a circulação adequada de forças vitais, o sistema hemático e a
variação do volume sanguíneo.
Centro Genésico
Orientador da função exercida pelo sexo atende à modelagem de novas formas entre os homens e
também desenvolve estímulos criadores, visando à realização de trabalhos fraternos entre as criaturas.
O PASSEISTA
Em princípio, qualquer pessoa saudável e de boa vontade em auxiliar pode aplicar passes.Não lhe
faltará ajuda espiritual, porque, na falta de elemento mais eficiente, os espíritos utilizam toda aquele que, tendo
saúde e razoável equilíbrio, se dispuser ao passe.Mas, para servir bem neste campo, de modo mais efetivo, é
preciso que se cultive e mantenha algumas condições básicas, a saber:
1) FISICAMENTE - ter saúde e boa disposição.É indispensável que o passeista cuide do físico, porque
no passe há contribuição magnética pessoal, e do seu estado de saúde dependerão: a quantidade e qualidade
dos fluidos que doará.
Devem abster-se de dar passes às pessoas com doenças graves, infecciosas, debilitantes, pois não está
em condições de doar fluidos e os que estão enfermiços. Mas não são impedimentos para que se aplique passes
as indisposições ligeiras ou estados crônicos não debilitantes nem contagiosos (Ex. dor de cabeça,bronquite,
alergia).
Os cuidados do passeista com o físico visarão principalmente:
* Higiene, para assegurar a própria saúde e a dos assistidos;
* Alimentação, que será sem excessos, adequada ao organismo, com alimentos que ofereçam maior
concentração energética;
*·Abolir vícios, tais como o álcool, fumo, tóxicos, pois prejudicam o rendimento do passeista, impregnam
maleficamente os fluidos e servem de atração aos maus espíritos;
* Evitar atividades esgotantes e excessos desnecessários a fim de manter suas reservas de energia vital
em condições de servir.
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Portanto, não ficar só aguardando que lhe surja a qualidade de passeista, como se ela fosse um
acontecimento miraculoso e não um serviço do bem, que pede do candidato o esforço voluntário e laborioso do
começo. Convém procurar conhecer com o que está lidando e para quê e também para poder oferecer maiores
condições ao espírito magnetizador que quiser nos assistir, inclusive recebendo melhor as sugestões.
É aconselhável aos passeistas fazer estudos relacionados aos passes, curas e radiações espirituais,
inclusive sobre centros de força, a técnica de aplicação do passe, preparo do ambiente e do assistido. Ausência de
estudo significa estagnação, em qualquer setor de trabalho.
Para o melhor resultado da emissão e recepção dos fluidos, passeista e receptor precisam estar
convenientemente preparados.
O Preparo do receptor
Pelo seu estado mental e emotivo. o receptor enfermo ou sofredor poderá ter, em relação ao passe, um
estado receptivo, repulsivo ou neutro. O ideal é que esteja receptivo, pois o passe será tanto mais eficiente quanto
mais intensa a adesão da vontade do paciente ao influxo recebido.
Por isso, o passeista, antes de aplicar o passe, deve procurar estabelecer com o receptor a simpatia
possível, animando-o e interessando-o nas coisas espirituais.
Orientará, em síntese, sobre o seguinte:
- os fluidos existem e as leis divinas permitem que trabalhemos com eles para aliviar e curar os nossos
males;
- é preciso ter fé, não como mera atitude mística, mas sim como força atrativa e fixadora das energias
benéficas ;fé + recolhimento + respeito = receptividade; ironia + descrença + dureza de coração = refratariedade
- deve orar, silenciosamente, enquanto recebe o passe, para acolher e assimilar bem as energias que lhe
forem transmitidas;
- o passe sempre beneficia, mas o grau dos resultados se fará de acordo com a fé, merecimento ou
necessidade. O preparo de quem vai receber o passe é um pouco diferente na Casa Espírita e nos Lares, na Casa
Espírita, onde são muitas as pessoas a serem assistidas, as informações costumam ser dadas de modo coletivo e
o passeista não conversa antes com o receptor.
Vide: "Passes na Casa Espírita e fora dele".
1) Concentração
Para tudo que vamos fazer, precisamos primeiro nos concentrar, centralizar a atenção no que vamos
fazer. No caso do passe, quem o vai transmitir deve firmar o pensamento na atividade espiritual que irá
desenvolver, no bem que deseja fazer ao assistido e no campo que pretende obter do Mundo Maior para essa
realização.
2) Oração
"A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai". (André Luiz, Cap.17
Serviço de Passes, "Nos Domínios da Mediunidade")
Orando, o passeista consegue:
* Expulsar do próprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum da luta diária;
* Sorver do plano espiritual superior as substâncias renovadoras para, depois, operar com eficiência em
favor do próximo;
* Atrair a simpatia de veneráveis magnetizadores do plano espiritual. André Luiz, no Cap. XVII, Serviço
de Passes, em Nos Domínios da Mediunidade, mostra-nos Clara e Henrique meditando e orando para, em
seguida, aplicarem passes nos necessitados.
Fica evidente, pois, que não há necessidade alguma de o passeista receber passe antes do trabalho a
fim de estar em condições de aplicar passes.
Isto se não houver relegado seus deveres a esfera secundária, porque:
* A oração precipitada, com que muitos tentam atrair vibrações salutares, no ato da assistência,
raramente consegue criar um clima psíquico no agente ou no assistido que seja favorável ao êxito do
empreendimento;
* A simples imposição de mãos, com o conseqüente apelo às Potências Sublimes, não quer significar
condição preponderante.
O receptor fica sentado por ser para ele uma posição confortável e segura.
O passeista geralmente fica de pé, para ter maior facilidade de movimentos, durante a aplicação do
passe; mas, também poderá estar sentado.
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O passeista estará frente ao assistido desde o momento em que se concentra e se aproximar dele no
momento exato da efetiva aplicação do passe.
OBSERVAÇÕES
O passe, propriamente dito, começa com o estabelecimento do contato espiritual do passeista com o
receptor e a imposição das mãos.
Contato espiritual é o processo pelo qual o passeista estabelece ligação mental e fluídica com o receptor,
seja com este presente ou a distância.
Às vezes, isso é conseguido em poucos instantes de concentração contínua, de outras vezes e por
causas que nem sempre podemos conhecer, leva mais tempo.
Sinais que denunciam o contato estabelecido. Não são obrigatórios e nem sempre se apresentam, mas
podem ser assim.
NO PASSEISTA
Impressão física causada pelos fluidos que começam a envolvê-lo, por qualquer parte do corpo (pernas,
braços, cabeça, face, laterais do corpo).
Sinais materiais, como formigamento da pele, dos pés, mãos; ondas de calor ou então palidez, por causa
de alterações na circulação sanguínea devido a possível influenciação dos espíritos. Nada disso, porém, se
ocorrer, causará qualquer mal efetivo a um passeista bem preparado, que sabe reagir adequadamente ao que
ocorre.
NO RECEPTOR
Os mesmos sintomas podem ocorrer e ainda crises de choro por estarem bastante emocionados com o
ambiente que os recebe. O passeista deverá estar habilitado a reconhecer esses estados e, prontamente, evitar
conseqüências desagradáveis. Desde que se aproxima do receptor para o passe o passeista começa a penetrar
no ambiente espiritual do assistido. Mas é ao impor as mãos que esse contato perispiritual se acentua.
É o ato de o passeista colocar as mãos acima da cabeça do assistido. Geralmente é feito com as mãos
espalmadas, dedo levemente separado uns dos outros, sem contração muscular. É nesse movimento e postura
que os fluidos serão conduzidos e dispensados.
O fluido vital (por ser elemento de natureza mais material do que espiritual) circula como uma verdadeira
força nervosa por todo o nosso sistema nervoso e se escapa pelas extremidades das mãos, especialmente.Força
de natureza eletromagnética, ele modifica o campo vibratório do assistido, transmitindo-lhe novas energias.
1) Intimamente
Confiança e desejo de ajudar, tudo condicionada à vontade de Deus. Ou seja: FÉ, AMOR e
HUMILDADE.
Para uma disposição íntima assim, o "amparo divino é seguro e imediato".
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Serenidade, para poder registrar, através da intuição, a orientação espiritual para o passe que estiver
aplicando.
Mentalização de recuperação do assistido que está sob a ação dos mensageiros do Alto; porque receber,
transmitir e fixar energias são funções exclusivas da mente.Substituir a curiosidade (que alguma enfermidade
física ou espiritual possa causar) pelo amor fraternal, ou não haverá êxito.
2) Externamente a fórmula do passe não importa. Poderá obedecer à fórmula que maior confiança
ofereça a quem o aplica como a quem o recebe(Pergunta 99 do "O Consolador" de Emmanuel).
Mas o passe deverá sempre ser ministrado de modo silencioso, com simplicidade e naturalidade.
(item 54, Cap. VI de "Obras Póstumas" de Allan Kardec).
"Lembrar-se de que na aplicação do passe não se faz preciso a gesticulação violenta, a respiração
ofegante ou o bocejo contínuo, e de que não há necessidade de tocar o assistido. A transmissão do passe
dispensa qualquer recurso espetacular". (André Luiz, Cap. 28 de "Conduta Espírita").
Evitar, portanto, gestos cabalísticos, esfregar as mãos, estalar os dedos, mímicas, tremores, suspiros,
assopros, gemidos.
Quanto ao toque no assistido, normalmente o passe espírita é feito sem tocar o enfermo. No Centro
Espírita, especialmente, deve-se evitar tocar o assistidos, porque, além do toque ser desnecessário, na quase
totalidade dos casos que atendemos:
_ muitos desconhecem o Espiritismo e assistidos ou acompanhantes vêem com estranheza e suspeita o
toque pessoal;
_ somos criaturas ainda imperfeitas e o toque físico pode desviar-nos da elevação de pensamento
necessária ao passe. Portanto, prevenindo males maiores e salvaguardando o trabalhador do passe e a casa
espírita de quaisquer prejuízos ou suspeita, recomenda-se a aplicação do passe sem qualquer toque no receptor.
Reflexos
Na execução de sua tarefa, o passeista pode, algumas vezes, experimentar sensações relacionadas
com o problema do assistido.
Como está imbuído do desejo de ajudar o semelhante, é compreensível que se sintonize com ele, a
ponto de experimentar reflexos dos seus padecimentos. Toda tarefa de assistência pede abnegação. Mas o
passeista dispõe de recursos para eliminar os reflexos e poderá abreviar tal providência, tendo a mente voltada
para a prece e a perseverança no bem.
Nos passes em pessoas sob a atuação de espíritos em desequilíbrio, o passeista poderá registrar
reflexos negativos desde a hora em que se dispõe a ajudar, podendo perdurar ainda depois do passe. É
compreensível que os espíritos envolvidos na trama obsessiva, conhecendo-lhe a disposição de colaborar,
pretendam arrefecer-lhe o ânimo, afastando-o do caminho do enfermo. Fé, perseverança no trabalho são a melhor
medida para a superação desses obstáculos. E não nos esqueçamos de que a proteção espiritual é constante.
Exaustão
O passeista, como mero instrumento que, através da prece, recebe para dar, não precisa "jamais temer a
exaustão das forças magnéticas" (André Luiz, Cap. 28 de "Conduta Espírita").
Portanto, desde que haja imperiosa necessidade, o passeista poderá aplicar tantos passes quantos
forem precisos, confiante no inesgotável manancial da infinita misericórdia de Deus.
Mas poderá sentir cansaço físico ou mental por estar aplicando passes em muitas pessoas e por muito
tempo.
Cabe ao passeista, mesmo reconhecendo ser um simples intermediário, poupar suas reservas
energéticas evitando excessos desnecessários ou mau uso, e buscará os meios naturais que o auxiliem na mais
rápida recuperação (oração, repouso, alimentação).
Desse modo ajudará o esforço da espiritualidade em seu favor.
FINALIZANDO O PASSE
Resultados do Passe
Não obstante a ajuda dos bons Espíritos, o resultado do passe dependerá das condições do passeista e
do receptor.
Tendo recebido o passe, alguns enfermos se sentem curados, outros acusam melhoras, outros
permanecem impermeáveis ao serviço de auxílio.Classificando o resultado do passe, daremos que ele pode ser:
Benéfico, quando:
# o passeista está em condições físicas e espirituais para transmiti-lo.
# e quem recebe está receptivo.
São sempre benéficos os resultados de um passe alicerçado na oração e na sinceridade de propósitos.
Porém, podem parecer mais ou menos expressivos, porque há a considerar as necessidades evolutivas
e provacionais do assistido. Às vezes, a ajuda do passe pode se traduzir em melhor disposição mental, em
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confiança e resignação. Mesmo bom, o resultado do passe será passageiro, não se fixará em definitivo, se a
pessoa não mantiver conduta cristã aconselhável.
Maléfico, quando:
# o passeista está despreparado física e espiritualmente e emite fluídos grosseiros / perturbadores em
direção ao assistido
# o assistido, também despreparado, não sabe ou não pode fazer frente à carga fluídica que recebe do
passeista.
* Nulo, quando o assistido, embora receba boa ajuda do passeista, se mantém impermeável (descrença,
leviandade, aversão). Neste caso, as energias não absorvidas pelo assistido se combinam com os fluidos
ambientes e ficam, assim, de patrimônio geral, até serem canalizadas ou atraídas para quem lhes ofereça
receptividade.
Qualquer que seja a sua modalidade, o passe, em última análise, procede de Deus, sendo o passeista
um instrumento de Sua vontade.
Como intermediário dessa vontade, entregue o passeista ao Plano Superior a condução do seu trabalho,
com naturalidade e humildade evitando
# "contemplar" excessivamente os bons resultados alcançados - é porta aberta à vaidade
# falar sempre dos benefícios que tem proporcionado com seus passes - é ostentação orgulhosa
# ficar curioso ou aflito por resultados nos passes - semeamos o bem, mas a germinação,
desenvolvimento, flor e fruto dele pertencem a Deus.
Certo é, porém, que haverá sempre uma recompensa natural para quem se doa no passe.
Dando, recebemos; e geralmente recebemos bem mais do que damos, porque Deus é muito generoso.
PRECE FINAL
Quer tenham sido amplos ou reduzidos os resultados do passe, nele tivemos a oportunidade de servir,
em nome de Jesus, com a permissão divina e a ajuda dos bons espíritos. Cumpre-nos, pois, agradecer numa
oração, pelo que nos foi dado realizar.
Dados Extraído do livro "Fluidos e Passes", de Therezinha de Oliveira
MAGNETISMO ANIMAL:
As experiências modernas com hipnose e estados de transe começam com Friedrich Anton Mesmer
(1734-1815). Nascido em Izang, Swabia, Alemanha, em 23 de maio de 1734. Estudou Teologia e Filosofia antes
de ingressar, em 1759, no curso de Direito para, no ano seguinte, iniciar seus estudos em Medicina. Estudou
também Música e abraçou o estudo das ciências proibidas – a Astrologia e a Alquimia, o que contribuiu para a
elaboração de sua tese. Entrou na Universidade de Viena, onde – influenciado pelas idéias de Paracelso. Mesmer
doutorou-se com uma tese intitulada: Dissertatio physico-medica de planetarum influxu, na qual se propunha
demonstrar a influência dos astros e dos planetas, ao mesmo tempo como causas de doenças e como forças
curativas.
Mesmer estava preocupado unicamente com o conteúdo de sua descoberta, e não com a forma de
aplicá-la. Ele considerava transitório, e até mesmo irrelevante, o uso de instrumentos em sua terapia. Em
nenhuma parte de sua obra ele estabeleceu um método de cura que pudesse ser ensinado ou seguido pelos
médicos.
De acordo com Mesmer, um médico, conhecedor da fisiologia, da patologia e das teorias do magnetismo
animal poderia encontrar em sua prática os meios mais adequados à sua natureza e a de seus pacientes:
"Esperam-se sem dúvida explicações sobre a maneira de se aplicar o magnetismo animal, e de torná-lo
um meio curativo eficaz; mas como, independentemente da teoria, este novo método de curar exige
indispensavelmente uma instrução prática e seguida, não creio ser possível dar aqui a descrição, nem desta
prática, nem do aparelho e das máquinas de diferentes espécies, nem dos procedimentos de que me servi com
sucesso, porque cada um, em conseqüência da sua instrução, se aplicará em estudá-los, e aprenderá por si
mesmo a variá-los e a acomodá-los às circunstâncias e às diversas situações da doença." (Mesmer, 1799)
O magnetizador deveria desenvolver seus métodos terapêuticos pelo livre exercício da experimentação,
respeitando uma condição essencial da ciência.
17
Quando alguns discípulos de Mesmer quiseram publicar as anotações de seu curso, que continham a
descrição de alguns instrumentos, foram expressamente desautorizados por ele. Porém, agindo, contra a vontade
de seu mestre, levaram ao público seus 344 Alforismos* anotados durante as aulas.
Em 1774 Mesmer começou a propagar a sua teoria do magnetismo animal que se resume no seguinte
(segundo os 27 aforismos por ele publicados em Paris, em 1776): A doença resulta da freqüência irregular dos
fluidos astrais e a cura depende da regulagem adequada dos mesmos, com a ajuda de uma pessoa que tenha a
habilidade de controlar esses fluidos, que existiria em todas as pessoas, e transmiti-los aos outros, utilizando a
imposição das mãos (ou passes) a fim de que as ondas emanem da ponta dos dedos ou guiando a energia com
uma varinha de ferro, de forma direta ou indireta (por meio de objetos magnetizados pelo seu contato) ao qual ele
chamou de "magnetismo animal", devido as suas características de fluxo e refluxo, atração e repulsão, semelhante
ao magnetismo mineral. Ao entrar em contato com esse "fluido" o indivíduo entraria em "crise" (convulsões) – sem
a qual não seria produzida a cura.
Essas "crises" produziam, por vezes, a cura das doenças sem que fosse necessária a prescrição de
remédios ao paciente (tais "crises" compreendiam na maioria dos casos convulsões caracterizadas por
movimentos violentos e involuntários do corpo todo, constrição da garganta, palpitação e náuseas, os olhos
envesgam e piscam constantemente, delírios, isto tudo é precedido ou seguido de um estado de languidez e
fantasia, um tipo de abatimento ou sono – Na maioria das vezes o doente debatia-se, agitava-se violentamente,
parecia, finalmente, desfalecer e entrar em calma, tendo os seus sintomas aliviados). Ele achava que, provocando
as convulsões nos pacientes submetidos ao magnetismo, colocaria os fluidos do corpo em harmonia, banindo o
mal [não nos esqueçamos que estamos falando de uma época em que era praxe médica prescrever-se sangrias
em pacientes em estado grave de saúde com o auxílio de punhais – quase nunca esterelizados, ou de
sanguessugas!]. Mesmer conseguiu curar um grande número de pessoas usando apenas o método que inventara,
realizando várias cirurgias e anestesias sobre o sono mesmérico, desenvolvendo-se a partir daí a expressão
Mesmerismo.
Fonte:
http://br.geocities.com/lumini_biografia_ocultistas/LUMINI_BIOGRAFIA_DOS_GRANDES_OCULTISTAS
_ARQUIVOS/Mesmer.html
http://magnetizador.blogspot.com/2008/04/prtica-do-magnetismo-por-mesmer.html
FLUIDOTERAPIA TEM
CONFIRMAÇÃO CIENTÍFICA
EMBASAMENTO DOUTRINÁRIO-CIENTÍFICO
Os Espíritos superiores explicam, através da codificação kardecista, que as mãos servem como
instrumento para a transmissão do magnetismo humano que, com as energias distribuídas pelos Espíritos,
constituem o passe espírita .
Segundo eles, os fluidos terapêuticos são absorvidos pela criatura necessitada por intermédio dos
centros vitais, ou chacras, localizados no perispírito, o qual age assemelhado a uma esponja, assim como
permanecem na água magnetizada por essas mesmas energias.
Assim, as curas promovidas por Jesus e terapeutas de todas as épocas ganham uma teoria plausível e
demonstram que o Espiritismo não faz concorrência alguma com a Medicina dos homens.
"Podendo o Espírito encarnado actuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo modo mudar-lhe as
propriedades, dentro de certos limites. Assim se explica a faculdade de cura pelo contacto e pela imposição das
mãos, faculdade que algumas pessoas possuem em grau mais ou menos elevado."
"Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as
mãos sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer um, se trouxer a fé, o fervor, a vontade e a
confiança em Deus"
18
REVISTA ESPÍRITA, Setembro, 1865.
"Pela identidade de sua natureza, este fluido, condensado no perispírito, pode fornecer ao corpo os
princípios reparadores (...) A cura se opera pela substituição de uma molécula sã a uma molécula malsã."
"Os fluidos, obedecendo a uma poderosa vontade, a um ardente desejo de fazer o bem, penetram os
organismos debilitados e suas moléculas benéficas, substituindo as que estão doentes, restituem gradualmente a
saúde aos enfermos, o vigor aos valetudinários."
"A água, no mundo, não somente carreia os resíduos dos corpos mas também as expressões de nossa
vida mental. Será nociva nas mãos perversas, útil nas mãos generosas e, quando em movimento, sua corrente
não só espalhará bênçãos de vida, mas constituirá igualmente um veículo da Providência Divina, absorvendo
amarguras, ódios e ansiedades dos homens, lavando-lhes a casa material e purificando-lhes a atmosfera íntima."
"A mente dos homens, indirectamente controlada pelo comando superior, interfere no acervo de recursos
do Planeta (...)"
TERAPIA ANTIGA
No velho Egipto, os pacientes eram levados ao estado de letargia através da magnetização, quando
então realizavam intervenções cirúrgicas, inclusive trepanações.
MESMER E O MAGNETISMO
O Dr. Franz Anton Mesmer, (séc. XVIII) doutorado pela Universidade de Viena, escrevia:
"O fluido é o meio de uma influência mútua, entre os corpos celestes, a terra e os corpos animados."
Deduziu que as moléstias são ou falta ou desequilíbrio na distribuição do magnetismo pelo corpo".
19
A mesma água , após oferecer uma oração.
Durante oito anos, a partir de 1984, o cientista japonês dr. Masuro Emoto e sua equipe cristalizaram e
fotografaram moléculas de água das mais variadas partes do mundo, retiradas de rios, de lagos, da chuva e da
neve, e submetidas às vibrações de pensamentos, sentimentos, palavras, idéias e músicas, conseguindo registrar
em imagens a reação dessas amostras a esses estímulos.
Dessa forma, obtiveram desenhos magníficos, como que jóias esculpidas na estrutura molecular da
água quando a amostra esteve exposta às palavras como "amor e gratidão", à vibração da palavra "obrigado" ou
ao nome de alguém já falecido como Madre Teresa de Calcutá. Todavia, quando a vibração escolhida era
desagregadora, a imagem mostrou-se disforme, não se formando os desenhos geométricos.
Tais experiências estão contidas no livro "Mensagem das Águas", de 1999, ilustrado com 161 fotos
coloridas, conseguindo provar contundentemente que a estrutura molecular da água se transforma de acordo com
o ambiente, seja ele poluído ou naturalmente puro, pelo que revela o quanto nossas emoções e nossos
pensamentos se reflectem na água que possui altíssimo poder de assimilação de energias e vibrações ambientais.
A autoterapia por meio da escolha dos pensamentos e da forma como os executamos, activando nossas
defesas orgânicas, não é mais apenas uma possibilidade, evidencia-se oferecendo a convicção de que é possível
regenerarmos o nosso mundo.
Em artigo sobre o assunto, Fernando Ós lembra com propriedade que "a cura pelas águas é tão antiga
quanto a medicina dos homens", e que "os Espíritos elevados sabem o valor dessa terapia e vêem na água a
infinita sabedoria de Deus".
Fonte: http://paginas.terra.com.br/religiao/confrariaconsolador/fluidoterapia.html
CEI
O Passe (Parte 1)
Todos os que já foram algum dia a um centro espírita, certamente já receberam um passe.
Segundo o dicionário Michaelis, passe é o "ato de passar as mãos, e com isso fluidos magnéticos,
repetidas vezes por diante ou por cima da pessoa que se pretende curar ou livrar de coisas ruins".
O passe é uma prática amplamente difundida entre os espíritas, que consiste na imposição das mãos
feita por um indivíduo, que recebe o nome de passeista, sobre outro, o recebedor.
A sua prática integra habitualmente o chamado tratamento espiritual, que na maioria das vezes consiste
na administração dos passes e/ou água fluidificada, entre outros, dependendo do caso.
O passe é uma transfusão de energias vitais e espirituais, isto é, a passagem de energias de um para
outro indivíduo. As energias vitais são oriundas dos encarnados que aplicam o passe (passeistas) e as energias
espirituais dos desencarnados (espíritos que colaboram no passe).
20
É importante frisar que o passe não é a mesma coisa que o Reiki*, ainda que as duas técnicas utilizem a
imposição das mãos. A filosofia do Reiki afirma que esta é uma técnica que capta a energia vinda do Cosmo,
transmitindo-a ao reikiano (quem aplica), para que este sirva apenas de canal e repasse a energia para o
paciente. Ou seja, o Reiki não considera a presença da espiritualidade (apesar dos reikianos quase sempre
referirem-se aos "mestres") e também a pessoa que aplica o Reiki, teoricamente, não atuaria de nenhuma maneira
perante quem recebe. Vemos aí, então, as grandes diferenças entre o Reiki e o Passe Espírita. Mas, obviamente,
as duas técnicas têm o seu valor, assim como tudo o que é realizado com a intenção de promover o bem-estar do
indivíduo.
Daí, a importância da terapia energética dos passes, não só como tratamento, mas principalmente como
profilaxia das enfermidades.
O passe atua no campo de energia do indivíduo e tem como principal objetivo o reequilíbrio dos corpos
físico e espiritual, visando assim a cura das mais diversas desordens fisiológicas.
Como ocorre?
Tipos de passe:
* Mediúnico ou espiritual – Neste tipo de passe, o paciente não recebe fluidos vitais do passeista, que
neste caso, será mero instrumento na ação do Espírito, que será o único a atuar fluídica e magneticamente.
Portanto, os Espíritos aplicam fluidos espirituais diretamente no perispírito do paciente.
* Misto – É uma modalidade de passe onde se misturam os fluidos vitais do passeista com os fluidos
medicamentosos da Espiritualidade, ou seja, este processo envolve tanto encarnado como desencarnado no
processo da doação.
Recebedor
É a pessoa que recebe o passe. Neste caso, o passe pode ser classificado, consoante seu recebedor,
em individual ou coletivo.
* O passe individual é aquele onde um ou mais passeistas realizam o trabalho de imposição de mãos
em cada paciente, a cada vez. Ou seja, quem recebe o passe, recebe-o sozinho, de um passeista.
* O passe será coletivo quando o seu objeto for um grupo de indivíduos. Como nos casos em que as
pessoas que estejam presentes em uma palestra, por exemplo, recebem um passe coletivo, de um ou mais
médiuns, todos de uma só vez.
Existem centros espíritas que dividem o passe individual em passe corrente (mais simples e rápido) e
isolado (um pouco mais demorado e complexo).
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Geralmente quem recebe o passe, no caso de ser individual, fica sentado à frente do passeista, em um
ambiente à meia-luz e no momento do passe é solicitado à pessoa que irá receber, que esta mentalize Jesus ou
faça uma prece, ou seja, eleve o seu pensamento. Isto certamente facilita a recepção dos fluidos magnéticos.
Passeista
É a pessoa que aplica o passe. Pode atuar de várias maneiras: com seus fluidos apenas, no passe
chamado anímico ou magnético; ou receber auxílio espiritual, no passe mediúnico ou espiritual.
Usa-se, com freqüência, no meio espírita, o termo "médium passeista". Na verdade, isto induz ao erro,
pois qualquer pessoa pode atuar como passeista, visto que o passe magnético não é um ato mediúnico. Trata-se
de uma transfusão de energia magnética, algo semelhante à transfusão de sangue. Não é preciso uma condição
especial para doar sangue, apenas que o doador seja saudável. O mesmo acontece com o passe magnético.
Para o passe mediúnico, é interessante que esta pessoa seja médium, pois ela atuará mais facilmente
como instrumento para a atuação do Espírito, que será, neste caso, o agente do passe.
Embora contando com a participação dos espíritos na aplicação, o passeista é um doador de energias.
Não é preciso, portanto, ter uma mediunidade específica. Qualquer pessoa pode aplicá-lo, desde que conheça a
técnica e se submeta às disciplinas que lhe são inerentes. Basta estar bem, física e psiquicamente e cultivar o
desejo sincero de servir.
Muitos centros espíritas promovem cursos para pessoas que desejam atuar como passeistas e isto é
muito importante, pois é necessário um preparo para que a pessoa inicie esta prática. Ocorre que muitas pessoas
confundem e acham que isto é um curso para ser médium, o que na minha modesta opinião é um erro, pois a
mediunidade é uma faculdade própria de cada pessoa, mas alguns a têm mais desenvolvida e outros não,
portanto, acho um absurdo alguém achar que pode fazer um curso para se tornar médium; é possível, sim (e
recomendável, inclusive), a pessoa fazer um curso para aprender a desenvolvê-la e lidar com ela, mas isso é outra
coisa...
Lembrando sempre: Toda prática espírita deverá ser gratuita, dentro do princípio do Evangelho: "Dai de
graça o que de graça recebestes".
* Segundo os preceitos do REIKI, REI se refere à força cósmica, à energia universal. KI é a energia da
força vital. Quando essas duas energias se encontram, a energia cósmica com a individual, forma-se o REIKI. Os
praticantes desta técnica afirmam que ela não está ligada a nenhuma religião ou seita.
** O termo anímico vem de animismo, termo usado na prática espírita para designar um estado de
transe, no qual quem opera, produzindo fenômenos psíquicos e mesmo efeitos físicos, é o Espírito do próprio
encarnado e não um Espírito desencarnado. Ou seja, diz-se que um passe é anímico quando a pessoa interfere
de algum modo, com consciência, na ação. Como vimos, no passe anímico, também chamado passe magnético,
ocorre apenas a ação do passeista na doação fluídica e magnética.
Pess
O Passe (Parte 2)
Olá, amigos!
Retomando o tema "passes", iniciado na semana passada em O Passe (Parte 1), escrevo novamente
sobre este assunto, falando um pouco agora sobre a importância da "higienização mental" e da correta conduta
moral, importante tanto para quem aplica, quanto para quem recebe o passe.
22
Bom, como já sabemos, o passe é uma transfusão de energias espirituais e vitais, isto é, a passagem de
energias de um indivíduo para outro. Vejamos a conduta mais correta a seguir durante a realização deste
tratamento:
O PASSEISTA
Como já vimos, não há exatamente uma necessidade que a pessoa seja médium para ser um passeista,
apenas que haja uma vontade sincera de praticar o bem, mas é importante que a pessoa que pretende atuar como
passeista tome certas providências em relação à sua própria conduta, pois a mente influi, poderosamente, sobre
todos os seus centros de forças*, os quais canalizam as energias que os seus pensamentos, somados aos seus
sentimentos, direcionam, e como o passeista atua como um doador de fluidos, este cuidado é essencial para a
realização do trabalho.
Como o passeista doa de si uma parte dos fluidos que vão fortalecer o lado material e espiritual do
necessitado, esses fluidos precisam estar limpos de vibrações deletérias oriundas de vícios.
O passeista não precisa ser um "santo", mas necessita esforçar-se na melhoria íntima e no aprendizado
intelectual. Pois, do contrário, poderá mais prejudicar do que ajudar.
Fatores físicos:
- Uso do fumo e do álcool (seus resíduos no organismo desarmonizam o campo vibratório do indivíduo);
- Alimentos inadequados (é útil a privação dos alimentos mais condimentados e mais pesados, de difícil
digestão, como a carne vermelha, porque afetam os fluidos a serem doados);
- Desequilíbrio mental (a qualidade da atmosfera fluídica que envolve o passeista é sempre elemento
dos mais determinantes quanto aos resultados que se obtém através do passe. O passeista deve, por isso, buscar
permanentemente a melhoria de sua psicosfera, através de todos os meios ao seu alcance. O estudo, o trabalho,
o exercício da caridade, a vigilância e a prece são algumas das ferramentas ao seu dispor para alcançar esse
objetivo).
Fatores espirituais/morais: Sentimentos como mágoas, ciúmes, egoísmo, orgulho, vaidade, cupidez, vida
desonesta, melindres, etc devem ser evitados.
As forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do estado de saúde do passeista e as espirituais do seu
grau de desenvolvimento moral. Assim é que o passeista deverá estar, o mais possível, em perfeito equilíbrio
orgânico e moral. Portanto, todos nós podemos ministrar passes, porém é necessário um mínimo de preparo
moral a fim de que a ajuda seja a mais eficaz possível.
A pessoa que irá receber o passe deverá permanecer em estado de confiança e de simpatia com o
tratamento, bem como em adequada sintonia vibratória com o passeista. Está confirmado pela experiência que o
passe será tanto mais eficiente quanto maior for a adesão do paciente.
Para que essa conexão aconteça e a adesão se consolide é preciso que o assistido elimine
pensamentos negativos, abstendo-se da ironia, da descrença, das vibrações anti-fraternas, das preocupações
meramente materiais e outras situações do gênero, para que não ofereça obstáculos à recepção dos fluidos
benfazejos que lhe serão ministrados.
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Para o bem do próprio necessitado, é importante alimentar uma conduta mental de compenetração
respeitosa, de recolhimento reflexivo e de respeito a todos os que estão envolvidos na mesma intenção de
benefício.
É importante saber que a disposição psíquica de quem recebe o passe é que garantirá uma maior ou
menor assimilação das energias.
Quando a pessoa que vai receber o passe está no clima de meditação e de prece, permite um
afrouxamento dos laços vitais que lhe unem o espírito ao corpo.
E, porque o perispírito** está unido ao corpo físico, essas energias também lhe alcançam a roupagem
orgânica (o corpo físico), propiciando-lhe grande alívio.
Esta absorção dos fluidos dá-se particularmente através dos centros vitais ou centros de força* , onde a
ligação do perispírito** ao corpo acontece de forma mais intensa e completa.
Portanto, no dia em que a pessoa for receber um passe, ou qualquer outro tipo de tratamento espiritual,
deve tomar os seguintes cuidados:
* Estar receptivo (favorável ao recebimento da ajuda, vibrando mentalmente para melhor absorver o
recurso espiritual);
* Estar disposto a se melhorar espiritualmente;
* Praticar a oração;
* Evitar desentendimentos;
* Evitar ambientes negativos;
* Evitar intoxicar-se com fumo, alcoólicos, excessos alimentares e sexuais etc...
É importante frisar, porém, que os cuidados acima listados, são de fundamental importância não só no
dia de receber o passe, mas durante toda a vida do indivíduo. O ambiente familiar onde reine a harmonia e o
respeito contribui bastante para a boa saúde física e mental de qualquer pessoa. A realização do evangelho no lar
é uma ferramenta importante para a manutenção da união da família e da paz no ambiente doméstico.
* Os centros vitais ou centros de força (também conhecidos como chakras) localizam-se no campo
vibratório que envolve o corpo físico (perispírito). Os centros de força estão ligados às glândulas e ao sistema
nervoso, possuindo assim ampla influência sobre os órgãos do corpo, sendo responsáveis pela circulação da
energia e do funcionamento do organismo como um todo.
** Perispírito: É o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual. É um envoltório semi-material
do espírito. Nos encarnados, serve de laço ou intermediário entre o Espírito e a matéria.
Gente, é isso, espero que tenham gostado e, sobretudo, compreendido um pouco mais sobre a
importância do equilíbrio mental, importante não só para quem está envolvido com a terapia do passe, mas para
todos nós, em todos os momentos de nossas vidas!
24
Adriana
Para saber mais sobre fluido universal, fluido vital e perispírito acesse o link:
http://magnetizador.blogspot.com/2007/11/fluidos-conceitos.html
Livros recomendados:
* Cure-se e Cure Pelos Passes – Jacob Melo – Ed. Vida & Saber
* Manual do Passeista: Curando Pelo Amor e Pelo Magnetismo – Jacob Melo – Ed. Vida & Saber
Por: Adri
Especial
Aqui no Paraná já faz mais de trinta anos que a orientação emanada dos órgãos de unificação ligados à
Federação, a respeito do passe, tem sido no sentido de aplicá-lo da forma mais singela possível, tal como se fazia
nos tempos apostólicos: a simples imposição de mãos.
Ensina-nos um dos textos que formam a apostila do Centro de Orientação e Educação Mediúnica
(COEM),
obra elaborada sob a supervisão do Dr. Alexandre Sech (11a Sessão de Exercício Prático, Centro
Espírita Luz Eterna, edição de 1978):
"A imposição de mãos, como o fez Jesus, é o exemplo correto de transmitir o passe.
"Os movimentos que gradativamente foram sendo incorporados à forma de aplicação do passe criaram
verdadeiro folclore quanto a esta prática espírita, desfigurando a verdadeira técnica.
"Os passeistas passaram a se preocupar mais com os movimentos que deveriam realizar do que com o
dirigir seus pensamentos para movimentar os fluidos."
Temos ministrado nos últimos anos diversos seminários a respeito desse tema e notamos que,
felizmente, o ensinamento acima transcrito não tem causado mais nenhuma surpresa, aqui ou noutros Estados,
excetuados os casos especialíssimos das Casas Espíritas que, por uma questão regimental, adotam as lições do
comandante Edgard Armond, conhecido divulgador, no meio espírita, dos chamados passes padronizados.
Alguém, contudo, pergunta-nos qual é a fundamentação kardequiana para a postura acima referida,
adotada pelo Centro Espírita Luz Eterna e pelos formuladores do programa do COEM, dentre os quais se incluem,
além do Dr. Alexandre Sech, os nossos caríssimos amigos Dr. Célio Trujillo Costa e o professor Ney Paulo de
Meira Albach.
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Poderíamos responder à pergunta mencionando um único autor: José Herculano Pires (foto), que foi, no
dizer de Chico Xavier, "o metro que melhor mediu Kardec".
Eis o que ele, a respeito do tema, escreveu ("Obsessão, o passe, a doutrinação", editora Paidéia, págs.
35 a 37):
"O passe espírita é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus, como se vê
nos
Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são as
mãos de Jesus.
"O passe espírita não comporta as encenações e gesticulações em que hoje o envolveram alguns
teóricos improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista.
"Todo o poder e toda a eficácia do passe espírita dependem do espírito e não da matéria, da assistência
espiritual do médium passeista e não dele mesmo. Os passes padronizados e classificados derivam de teorias e
práticas mesméricas, magnéticas e hipnóticas de um passado há muito superado. Os Espíritos realmente
elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas apenas a prece e a imposição das mãos.
"Toda a beleza espiritual do passe espírita, que provém da fé racional no poder espiritual, desaparece
ante as ginásticas pretensiosas e ridículas gesticulações."
Mas, considerando seja isso insuficiente, lembremos algumas passagens extraídas da obra de Kardec,
que sempre utilizou a expressão médium curador em lugar de médium passeista e que, quando trata do assunto,
se refere tão-somente à imposição de mãos:
1) Em "O Livro dos Médiuns", capítulo XIV, item 176, o Codificador do Espiritismo consigna a seguinte
instrução dada pelos Espíritos: "Se você magnetiza com o fito de curar, por exemplo, e invoca um bom Espírito
que se interessa por você e pelo doente, ele aumenta sua força e sua vontade, dirige seu fluido e lhe dá as
qualidades necessárias" (o grifo é nosso).
Está dito aí, com a maior clareza possível, que não são as mãos do médium passeista que dirigem o
fluido, mas sim o Espírito que vem em seu auxílio, o qual sabe melhor do que o encarnado qual a necessidade
específica do enfermo beneficiado pela imposição de mãos.
2) Em "Obras Póstumas" (Manifestações dos Espíritos, itens 52 e 53), Kardec diz que "a faculdade de
curar pela imposição das mãos deriva evidentemente de uma força excepcional de expansão, mas diversas
causas concorrem para aumentá-la, entre as quais são de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos sentimentos,
o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de proporcionar alívio, a prece fervorosa e a confiança em Deus;
numa palavra, todas as qualidades morais" (o grifo é nosso). E acrescenta: "A ação fluídica, ao demais, é
poderosamente secundada pela confiança do doente, e Deus quase sempre lhe recompensa a fé, concedendo-lhe
o bom êxito".
3) No número de janeiro de 1864 da "Revista Espírita" (Edicel, ano de 1864, pág. 7), Kardec inseriu uma
mensagem de Mesmer (Espírito), recebida na Sociedade Espírita de Paris em 18-12-1863, em que o aludido
Espírito analisa a questão das curas através do magnetismo animal e do magnetismo espiritual. Mesmer diz ali
que Deus sempre recompensa o humilde sincero que pede a ajuda espiritual, enviando-lhe o socorro para que ele
possa auxiliar o enfermo. "Esse socorro que envia são os bons Espíritos que vêm penetrar o médium de seu fluido
benéfico, que é transmitido ao doente", afirma Mesmer. E acrescenta: "Também é por isto que o magnetismo
empregado pelos médiuns curadores é tão potente e produz essas curas qualificadas de miraculosas, e que são
devidas simplesmente à natureza do fluido derramado sobre o médium; ao passo que o magnetizador ordinário se
esgota, por vezes em vão, a fazer passes, o médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição
das mãos, graças ao concurso dos bons Espíritos" (o grifo é nosso).
4) No número de setembro de 1865 da "Revista Espírita" (Edicel, ano 1865, pág. 254), o Codificador
ensina: "Se a mediunidade curadora pura é privilégio das almas de escol, a possibilidade de suavizar certos
sofrimentos, mesmo de os curar, ainda que não instantaneamente, umas tantas moléstias, a todos é dada, sem
que haja necessidade de ser magnetizador. O conhecimento dos processos magnéticos é útil em casos
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complicados, mas não indispensável. Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas
vezes basta impor as mãos sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer um, se trouxer a fé, o fervor,
a vontade e a confiança em Deus. É de notar que a maior parte dos médiuns curadores inconscientes, os que não
se dão conta de sua faculdade, e que por vezes são encontrados nas mais humildes posições e em gente privada
de qualquer instrução, recomendam a prece e se entreajudam orando. Apenas sua ignorância lhes faz crer na
influência desta ou daquela fórmula" (o grifo é nosso).
Vistas as diversas colocações de Kardec sobre o tema, resta-nos observar que a leitura atenciosa dos
Atos dos Apóstolos comprovará a correção da postura assumida por J. Herculano Pires. A prece feita por Pedro,
rogando a Deus lhe concedesse a ele e aos seus companheiros o poder de, estendendo as mãos sobre os
enfermos, curar as enfermidades (Atos, 4:30), foi plenamente atendida, conforme mostram inúmeros fatos
relatados em Atos dos Apóstolos (5:12, 6:6, 9:17, 19:6 e 28:8) e no Evangelho segundo Marcos (5:23 e 16:15 a
18), visto que Lucas, o autor de Atos, nos informa que "pelas mãos dos apóstolos se faziam muitos milagres e
prodígios entre a plebe", sem fazer qualquer referência a passes padronizados, longitudinais, rotatórios, de
dispersão ou de varredura.
Tipos de passe
a) Passe magnético
É um tipo de passe em que a pessoa doa apenas seus fluidos, utilizando a força magnética existente no
próprio corpo perispiritual. Pelo menos em tese, qualquer criatura pode ministrá-lo. Suas qualidades variam
segundo a condição moral do passeista, sua capacidade de doar fluidos e seu desejo sincero de amparar o
próximo. No passe magnético, geralmente se recebe assistência espiritual. Isso acontece porque os Espíritos
superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem aos mais carentes. Lembramos aqui,
que o socorro dos Benfeitores é independente da crença que o passeista ou magnetizador possa ter em Deus ou
na Espiritualidade. Os Espíritos disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns", questão 176 :
"...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o bem não acredite em Deus, Deus acredita nela".
b) Passe espiritual
É uma espécie de magnetização feita pelos bons Espíritos, sem intermediários, diretamente no
perispírito das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe espiritual o necessitado não recebe fluidos
magnéticos de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores da Vida, pelo Espírito que
veio assisti-lo. Pelo fato de não estar misturado ao fluido animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que
as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se compreender que os recursos oferecidos nas reuniões
públicas de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e Espíritos desencarnados, são bem
maiores do que aqueles que podemos contar em nossas residências, só com a ajuda do anjo guardião.
c) Passe misto
"...Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais depurados são os mais saudáveis; desde que esses
fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o concurso deles que é preciso obter. Por isto a prece e a
evocação são necessárias. Mas para orar e, sobretudo, orar com fervor, é preciso fé. Para que a prece seja
escutada é preciso que seja feita com humildade e dilatada por um real sentimento de benevolência e de caridade.
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Ora, não há verdadeira caridade sem devotamento, nem devotamento sem desinteresse" - (Allan Kardec - Revista
Espírita, Janeiro, 1864).
Há uma certa discussão no meio espírita sobre como deveria ser aplicado o passe. Alguns defendem a
tese de que os passes deveriam ser ministrados movimentando-se as mãos ao redor do corpo do indivíduo, de
modo que as energias espirituais pudessem melhor atingir seus objetivos de cura. Outros, acham que o ato de
apenas impor as mãos sobre a cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente. André Luiz nos informa em
"Conduta Espírita" que o passe dispensa qualquer recurso espetacular. José Herculano Pires, no livro
"Mediunidade", diz que o passe é tão simples que não se pode fazer nada mais do que dá-lo.
Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista Espírita, número de Setembro de 1865, diz aos
médiuns que:
"Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência desta ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto
misturam práticas evidentemente supersticiosas, às quais se deve emprestar o valor que merecem".
Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma metodologia para o passe. Cada grupo deve ter o
bom senso de trabalhar da forma que achar mais conveniente desde que dentro de uma fundamentação
doutrinária lógica. O que é preciso levar em conta é que nenhuma forma de aplicar o passe surtirá efeito se o
médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e condições morais salutares para concretizá-lo. Mesmo que se
aplique a melhor metodologia, não se conseguirão bons resultados se o passeista for pessoa de má índole.
A variação das condições fluídicas perispirituais de qualquer criatura viva produz desequilíbrios
orgânicos e psicológicos, que podem dar origem a enfermidades. Alterações psicológicas ou traumas orgânicos
podem provocar mudanças fluídicas na camada exterior do perispírito, agravando doenças ou iniciando estados
mórbidos. Daí, a importância da terapia energética dos passes como tratamento, mas principalmente como
profilaxia das enfermidades. Por isso o passe deve ser aplicado regularmente, desde que seja esclarecido que o
procedimento não é obrigatório, para desvinculá-lo de ritual ou dogma.
Postado p
A fotografia da aura (emanação de campos energéticos que circundam os corpos dos seres vivos) foi
possível graças ao casal russo Semyon e Valentina Kirlian que criou o método de seu registro fotográfico - a
kirliangrafia. Através de uma fotografia Kirlian, é possível analisar cor e textura da aura, a qual pode se apresentar
mais ou menos luminosa, variando de cor, de intensidade e de tamanho, conforme o estado físico, emocional,
mental e espiritual do indivíduo (veja desenho acima mostrando os vários campos enrgéticos que possuímos). A
foto (à direita) é obtida quando se fotografa a ponta dos dedos das mãos, por onde passam os meridianos ligados
a cada área do corpo podendo dessa forma ser avaliado o estado geral e os campos energéticos em detalhes do
indivíduo.
Na terapêutica espírita do PASSE, no momento da imposição de mãos, está havendo uma alteração
energética benéfica em quem está doando e recebendo os fluidos. Tal comprovação é devido à maquininha
inventada, em 1939, pelos Kirlian.
Se quiser ver vários exemplos de fotos kirlians, inclusive de médiuns, antes e durante o transe
mediúnico, recomendo clicar AQUI , para baixar um powerpoint bem interessante que consta no site PSICENTER.
Esta é uma dica do nosso irmão Paulo Pinto e serve para acabar de vez com qualquer dúvida que tenhamos sobre
a energia alterar ou não o funcionamento celular.
Serve de alerta também para todos que nos dispomos a colaborar nas cabines de passe dos centros
espíritas. Apesar de sabermos que o passe espírita é misto (fluidos dos Espíritos e dos passeistas encarnados), é
responsabilidade intransferível do voluntário do passe se preparar física, emocional, mental e espiritualmente para
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atividade tão sublime. Inegável que os Espíritos supram nossas deficiências inconscientes. Se não estivermos
devidamente preparados, saber e ter a humildade de dizer NÃO se faz mister.
Postad
As técnicas do passe
Antes de adentrarmos nas técnicas mais comuns do passe, direcionadas para as mais diversas
necessidades, existe um ponto de muita importância que Jacob Melo nos avisa em Seu Livro "Manual do
Passeista". No momento da aplicação em si, os passeistas poderão sentir através de leves roçaduras ou
impressões nas pontas dos dedos ou nas palmas das mãos, os fluidos sendo emanado e a experiência nos
mostra que realmente acontece, há passeistas que sentem no centro da palma da mão uma impressão diferente
no momento da aplicação, todavia há ainda outros que sentem a mesma impressão nas pontas dos dedos. Jacob
Melo, no Livro supracitado, nos informa que aqueles que sentem estas impressões na ponta dos dedos, poderiam
sem chamados de Médiuns Passeistas Digitais, e os que sentem esta leve impressão nas palmas das mãos,
seriam os Médiuns Passeistas Palmares. Gostaríamos ainda, de deixar claro que os médiuns que já militam nessa
área e que não sentem estas impressões, de forma alguma devem pensar que não existe intercâmbio de fluidos
em seus passes, diríamos que estas sensações também se adquirem por prática e dependem de outros fatores na
sensibilidade de cada um.
E as mãos deverão ficar conforme o passeista se sinta mais tranqüilo e relaxado para desenvolver a
aplicação, continuando assim, com o modo pelo qual o médium praticava tal aplicação.
DIAGNÓSTICO OU TATO - MAGNÉTICO
O primeiro passo realmente, levando em consideração que no momento do passe estamos na condição
de verdadeiros intermediários, seria conhecer um pouco mais o irmão que comparece para o passe, tratando de
posicionar as mãos ou a mão primeiramente sobre o coronário e depois paulatinamente descer, sem se demorar
muito, no intuito de sentir as vibrações do campo vibratório do paciente, as oscilações do seu tônus vibratório, as
emanações de seu corpo perispiritual, tendo em vista até mesmo descobrirmos pontos no organismo com
vibrações diferenciadas e problemáticas, mentalmente não estamos doando nada, por enquanto somente
reconhecendo o paciente, entrando em relação fluídica com o paciente. Esta técnica também se desenvolve
através da prática. Facultando os médiuns encontrarem campos em desequilíbrio do paciente, alguns passeistas
através desta técnica detectam informações valiosas e que muito auxiliam no tratamento fluidoterápico. Utilizando
dispersivos para assim, de uma certa maneira podermos "clarear" o campo vibratório do paciente e
conseqüentemente localizar com maior facilidade as desarmonias existentes. Façamos uma rápida comparação
da utilidade dos dispersivos nesta técnica: se uma pessoa esta com problemas na região gástrica, seu campo
vibratório ficará desorganizado. Fazendo uso do tato-magnético neste momento poderemos captar uma
desorganização é claro, generalizada e não local ou até mesmo verificar que ele se encontra mais sério na região
do abdômen, mas se fizermos um dispersivo agiremos diretamente nos fluidos desordenados, ordenado-os e até
mesmo extrairemos os mesmo que envolvem o corpo deixando o foco em desarmonia, mas acessível ao nosso
tato. Da mesma forma quando fazemos um curativo, primeiramente assepsiamos e depois cuidamos do foco
infeccionado.
EMANAÇÃO DE FLUIDOS
Em "A GÊNESE - CAP. XIV - ITEM 33", Kardec nos demonstra que "a ação magnética pode produzir-se
por diversas formas:"
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Verificamos também, que a ação dos Espíritos é que realmente dá eficácia curadora, no magnetismo,
aos fluidos humanos.
Dessa forma é importante a conscientização, em nossas Casas Espíritas, dos médiuns passeistas e
mesmo daqueles caracterizados como curadores, de que são os Espíritos que provocam as curas, servindo o
médium como intermediário, pois são eles, os Espíritos quem aumentam, dirigem e qualificam nossos fluidos.
Pesquisando Kardec, vamos encontrar na Revista Espírita - Ano Vii - Jan. 1864 - Pag. 7, importante
estudo, que nos elucida no assunto, quando nos diz:
..."Em geral o que magnetiza (Passeista) não pensa senão em desdobrar essa força fluídica, derramar
seu próprio fluido sobre o paciente submetido aos seus cuidados. SEM se ocupar se há ou não uma Providência
interessada no caso, tanto ou mais que ele. AGINDO SÓ, não pode obter senão o que a sua força, sozinha, pode
produzir; ao passo que os médiuns curadores começam por elevar sua alma a Deus, e a reconhecer que, POR SI
MESMOS, nada podem... Esse socorro que envia, são os bons Espíritos que vem penetrar o médium de seu fluido
benéfico, que é transmitido ao doente... e, que são devidas simplesmente à natureza do fluido derramado sobre o
médium;
ao passo que o magnetizador (passeista) ordinário se esgota, por vezes em vão, a fazer passes, o
médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição de mãos, graças ao concurso dos bons
Espíritos".
..."Na ação magnética propriamente dita, é o fluido pessoal do magnetizador que é transmitido, e esse
fluido, que não é senão o perispírito, sabe-se que participa sempre, mais ou menos, das qualidades materiais do
corpo, ao mesmo tempo que sofre a influência do Espírito..."
Verificamos dessa forma, que não há diversos tipos de Passes. Nos trabalhos de socorro ao próximo,
sempre, estaremos secundados pelos Espíritos.
Assim, o Passe possui um único tipo, que podemos designá-lo, se assim o desejarmos de humano-
espiritual, dado à simbiose que sempre haverá entre encarnados e desencarnados, mormente nesse campo de
atividade.
TIPOS DE PASSE
IMPOSIÇÃO
A forma de executá-lo é muito simples; posiciona-se a (s) mão (s) sobre o lugar onde se deseja fazer a
aplicação fluídica, sem movimentos e sem algum toque no paciente. A (s) mãos devem ficar abertas, com os
dedos levemente afastados um dos outros, dificultando assim, as contrações musculares nas mãos.
Os passeistas digitais, que acima explicamos vão tender a deixar os dedos levemente baixos em direção
ao ponto de será fluidificado, e os passeistas palmares concentrarão melhor as palmas das mãos, com os dedos
sem qualquer arqueadura.
Observações importantes:
1 acelerar de certa forma a absorção dos fluidos pelo a área afetada pela infecção ou inflamação e
2 evitar que algumas emanações fluídicas desarmonizadas da área afetada impregnem as mãos do
passeista, sobretudo lembrando que a concentração por imposição gera um elevado campo magnético, com isso
uma grande corrente de energia circulando entra as mãos do passeista e a região onde se esta fluidificando.
A imposição carrega de fluidos e por ser caracteristicamente concentradoras esta técnica, sendo
praticada onde se demora muito sobre o coronário podem provocar tonturas dores de cabeça no paciente, ações
irritantes sobre o sistema nervoso, podendo ocasionar sérios embaraços magnéticos, neste caso também
recomendamos, os dispersivos intercalados com as imposições nas áreas fluidificadas, buscando evitar essas
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sensações, pois como veremos abaixo os dispersivos ou como é costumeiramente chamado os passes de limpeza
ou distribuição, auxiliam realmente na maior assimilação e distribuição energética por todo o corpo, como também
na retirada dos excessos.
PASSES LONGITUDINAIS
Passe longitudinal é aquele feito ao longo do corpo, de cima para baixo. A base fundamental desta
aplicação é a formação de uma corrente de fluidos que, partindo do passeista e veiculado pelas suas mãos,
transmite-se ao corpo do paciente em todo o seu campo vibratório.
Conforme o nome sugere a direção de sua movimentação: ao longo de - é também chamado passe de
extensão. Ao contrário, os longitudinais são feitos com movimentos e não com as mãos fixas sobre um só ponto.
Esta técnica é muito rica entre todas as outras técnicas. Dependendo da velocidade e da distância com
que são aplicados, os longitudinais atendem todos os padrões e técnicas estabelecidas pela combinação desses
dois fatores. Assim, um longitudinal lento e próximo terá características concentradoras de ativantes e se lento e
distante, funcionará como concentrador de calmante. Os movimentos do passe, através da força mental, é que
irão conduzir, ou melhor dizendo, direcionar ou dispersar os fluidos que as técnicas concentradoras acumularam.
Os longitudinais, quando usados como dispersivos ou passes de distribuição geral, são excelentes para
promover a distribuição e introjeção de fluidos concentrados no campo vibratório do paciente para absorção do
mesmo, restabelece a harmonia das vibrações anímicas e físicas, auxiliando nas dores, todavia na resolução de
problemas de transe mediúnico, hipnótico ou sonambúlico, seu efeito é lento e se faz necessária muita
movimentação para isso, devendo se utilizada nestes casos as técnicas mais objetivas para estes problemas.
Grande vantagem ai vista é que, por sua versatilidade, podemos fazer uso desta técnica para atender a
praticamente todos os casos de fluidificação, ressalvadas as especialidades que solicitam técnicas mais objetivas.
O primeiro é a imposição das mãos na altura dos parietais, onde é estabelecido o contato entre as
correntes magnéticas, do passeista e do receptor.
Os passes se executam com os braços estendidos naturalmente, sem nenhuma contração e com a
necessária flexibilidade para a realização dos movimentos; como regra geral, que deve ser rigorosamente
observada, os passes não podem ser feitos no sentido contrário às correntes, isto é, de baixo para cima, o que
seria, se assim podemos nos exprimir, uma verdadeira "desmagnetização", verificando acima de tudo que este
movimento, digo, de baixo para cima, causaria uma força contrária a rotação natural dos chacras dificultando a
assimilação e levando os chacras a não absorverem e manterem os fluidos nas suas periferias. Todavia
acontecendo tais movimentos errôneos, é necessário aplicar alguns dispersivos ou comumente chamado os
passes de distribuição, movimentando os fluidos presos nas periferias dos chacras devido os movimentos terem
sido de baixo para cima.
Por isso, as mãos devem descer suavemente, em movimento nem muito lento, nem muito apressado,
até o ponto terminal do passe e cada vez que se repete um passe, deve-se ter o cuidado de fechar as mãos e
afastá-las do corpo do paciente e, assim voltar rapidamente ao ponto de partida.
Com a descida das mãos, inicia-se o segundo movimento que é a limpeza dos fluidos arrastados pelas
mãos; ao final do movimento, as mãos se fecham e em seguida é feita a eliminação dos fluidos negativos da
mesma, para baixo ou para trás.
O terceiro movimento é a colocação dos fluidos salutares. Neste momento, através das mãos, se realiza
a doação dos fluidos e o movimento deve ser suave, não sendo necessário imprimir força ao mesmo. Com relação
a esta terceira etapa, pode-se estabelecer a seguinte comparação: Na frente do paciente existe uma linha
contendo gotas de orvalho que descerão sobre o mesmo, de forma suave. Assim deve-se dimensionar o ato de
doação.
Poderemos verificar que existe uma mescla acima do Passe Longitudinal com as Imposições.
Normalmente este modalidade, onde encontramos a imposição com os longitudinais, servem para os
pacientes com desarmonias fluídicas gerais, quando se detecta problemas no trânsito fluídico pelos centros vitais,
crises de epilepsia, convulsões, perdas do domínio das funções nervosas, quando necessita de reforço fluídico
para uma maior harmonização entre todos os centros vitrais. Sua aplicação é bastante simples, como poderemos
ver: com uma das mãos fazemos uma imposição sob o centro vital que iremos fluidificar, com a outra iremos fazer
um longitudinal, a partir do centro vital onde estamos fazendo a imposição, fazendo assim, dispersivos gerais.
Ressaltamos, ainda que ao final dessa técnica de conjugação, devemos fazer dispersivos localizados, sobre o
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centro em desarmonia, pois o mesmo poderá reter uma carga grande de fluidos, pois, enquanto uma mão faz o
longitudinal a outra é fixada sob o chacra desarmonizado. Depois do dispersivo localizado no chacra
desarmonizado aconselhamos um dispersivo geral sob todo o campo vibratório do paciente.
PASSE COLETIVO
Caracteriza-se esta modalidade, quando o número de passeistas é insuficiente para atender a todos os
freqüentadores individualmente, pode-se lançar mão deste recurso como medida de emergência. Realiza-se esse
trabalho com o diretor, após a prece e a preleção evangélica, pedindo a todos os passeistas presentes que doem
fluidos aos trabalhadores do plano espiritual e mentalizem as aplicações dos passes necessários a cada paciente.
Esta modalidade poderá ser aplicada mentalmente, imaginando os passeistas aplicando os passes
através das projeções mentais sob os pacientes no recinto.
PASSE A DISTÂNCIA – IRRADIAÇÕES
Nesta modalidade, comumente verificamos uma equipe de médiuns que visitam hospitais e que na
busca do auxílio reservam uma atividade para as irradiações a distância para aqueles enfermos visitados nos
hospitais.
O médium sintonizado com o necessitado, a distância canaliza igualmente fluidos salutares e benéficos.
Os doentes são beneficiados não somente em virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos encarnados
como pelas energias extraídas dos presentes pelos cooperadores espirituais.
Concentração e prece
Idealizar a figura material do doente – se for conhecido – dando como presente; ou, então, imaginar sua
figura, no local indicado e ir lá com o pensamento.
Fazer sobre essa figura, imaginada ou ideoplastizada, os passes indicados, encerrando com uma prece.
AS VIBRAÇÕES IRRADIADAS E AS AQUISIÇÕES ESPIRITUAIS:
"O Espírito não se acha encerrado no corpo como numa caixa, irradia por todos os lados..."
"Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também aí está, pois que é a alma quem pensa. O
pensamento é um atributo".
Pelas questões acima podemos perceber a importância das qualidades morais e espirituais para uma
ação eficaz no campo das vibrações. Por isso é fundamental que o integrante da reunião mediúnica, ou reunião de
passes magnéticos a distância se aprimore a cada dia, procurando superar as suas imperfeições a fim de que a
sua participação no auxílio aos que mais sofrem se processe de forma mais consistente.
A VONTADE E O SEU PAPEL NAS VIBRAÇÕES:
"A vontade é a gerência esclarecida e vigilante; governando todos os setores da ação mental".
"... ela (a vontade) é o leme de todos os tipos de forças incorporados ao nosso conhecimento.
"A vontade é, assim, a expressão do nosso livre-arbítrio. Por ela damos os nossos testemunhos e
demostramos os nossos ideais no bem. (...) A vontade é constituída dos seguintes fatores dinâmicos: impulso,
autodomínio, deliberação, determinação e ação. Todos eles interligados e decorrentes entre si".
(Ney Prieto Peres. Manuel Prático do Espírita. Parte III, Cap. 42, pág. 203)
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Pelo que percebemos diante das colocações acima, a vontade é um instrumento fundamental na ação
do bem. Urge que desenvolvamo-la com esforço perseverante, pois, igualmente através do seu exercício, nós
conseguirmos vencer as nossas más inclinações e atingirmos o nosso progresso moral.
TRANSVERSAL
Técnica essencialmente dispersiva, por este fato muito eficiente quando aplicada com conhecimento.
Funciona basicamente, com os braços paralelamente esticados sem enrigecimento dos mesmos e as
mãos voltadas em direção ao ponto que se deseje aplicar o transversal, abrindo-os com rapidez e vigor. Tendo
bastante cautela quanto a distância tomada entre as mãos e o corpo do paciente, para não batermos no mesmo.
Neste caso, é como se nós arrancássemos a lama de um companheiro e jogássemos para longe, de
forma que a sujeira não volte mais para ele, simplesmente posicionando os braços à altura da cabeça, peito e
ventre e em seguida abrindo os braços no sentido de dispersão das energias maléficas impregnadas no campo
vibratório do paciente. Depois de abertos os braços, recomenda-se fechar as mãos, retornando-as ao ponto onde
se deseje fazer nova dispersão.
Sua ação é muito efetiva quando se requer uma dispersão muito intensa, tanto no sentido de introjetar
fluidos concentrados quanto para desfazer o estado de transe do paciente que se estamos fluidificando.
Transversal Cruzado Basicamente, tem o mesmo procedimento, só que em vez dos braços ficarem
estendidos paralelamente, eles são cruzados à frete do paciente, sempre em direção ao ponto que se deseje
dispersar. Com eles também visamos projetar fluidos dispersivos que produzem como que um choque que
desarticula as ligações fluídicas do obsessor com o doente, movimentando as agregações fluídicas obsessor-
doente.
Interessante salientar, que pelo vigor com que é praticada, essa técnica deveria cansar muito o
passeista, mas como o passe, geralmente, é via de mão dupla, o efeito positivo dos dispersivos no paciente
traduz-se numa sensação de equilíbrio e satisfação no passeista.
No caso de dispersão em paciente que acabou de incorporar, ou que esteve sob efeito de hipnose ou
sonambulismo e está sentindo dificuldade de retornar ao domínio da própria consciência e até as vezes do próprio
corpo, o transversal deve ser aplicado sobre o chakra frontal, com bastante vigor e atenção por parte do passeista.
Geralmente o efeito desta prática é muito rápida. Os braços como acima vimos devem se estender completamente
no sentido lateral.
PERPENDICULAR
Também prática geralmente usada para dispersar, onde o seu poder é mais consistente, pode também
ser útil em concentrações fluídicas em grandes regiões. Seu funcionamento solicita que o paciente esteja
formando um ângulo reto com o passeista, no campo das concentrações fluídicas deve ser aplicado com
velocidade muito lenta.
O passeista passará as mãos simultaneamente , uma pela frente e outra pelas costas,
perpendicularmente, sempre no sentido da cabeça aos pés, com rapidez, no sentido de dispersar.
O passeista faz um giro em torno do paciente para formar o ângulo adequado da aplicação e posiciona
uma mão sobre a parte da frente da cabeça e a outra pela parte de trás, descendo as duas juntamente de cada
lado do corpo, até os pés
Observações:
1 Quando formos usar o perpendicular como concentrador de fluidos, deveremos movimentar as mãos
ao longo do corpo do paciente, numa velocidade muito lenta, conforme algumas experiências, em torno de 8
segundos, da cabeça aos pés.
Verificamos algo mais, que sempre as imposições feitas para facilitar as manifestações mediúnicas são,
quando não sobre o coronário, sobre a região do umeral. (região localizada entre a nuca e as omoplatas). O
umeral também esta em relação com a medula espinhal, exerce influência sobre as tensões musculares, atua
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também na parte do sistema nervoso. Verificamos, ai, que dispersivos localizados nas costas através dos
perpendiculares, são extremamente eficientes.
CIRCULAR OU ROTATÓRIO
Esta técnica é definida como concentradora, mesmo quando feitos em giros mais rápidos.
Como os centros de força, conforme tivemos a oportunidade de estudar, giram no sentido horário e as
mãos, quando operando esta técnica de circulares ou rotatórios, giram nesse mesmo sentido, contribuem para um
tempo maior de captação, de forma que o incremento de velocidade das mãos nos circulares tornarão esses
passes mais concentradores.
É verdade, conforme nos dizem os grandes estudiosos da matéria como Jacob Melo (O Manual do
Passeista), "que existe um limite para o aumento deste poder concentrante, todavia não sabemos definir ainda
com precisão até que ponto o incremento de velocidade repercute no aumento do efeito concentrador". O que na
verdade verificamos, é que a ponderação deverá seguramente ser a diretriz para qualquer passeista,
principalmente sabendo que poderá causar danos magnéticos ao paciente, no caso da demora.
1 Circulares normais - são executados com as mãos, com os braços sem movimentos.
Como esses passe são além de concentradores, muito ativantes, deverão ser aplicados muito próximos
ao ponto que se deseja realizá-los. Os dedos ficam levemente arqueados em direção a esse ponto, com a palma
girando, sempre em sentido horário.
Quando a mão finaliza um giro, retorna-se a mesma, fechando-a, suspendendo-a na amplitude que a
munheca permitir - já que o braço, em tese, não deverá mover-se - e reinicia-se o círculo outra vez, repetindo o
processo até que a fluidificação esteja concluída.
Como esta técnica é mais utilizada para grande regiões, pratica-se movimentando o braço no sentido de
giro sobre a região a ser tratada, sempre no sentido horário e a pequena distância. Normalmente o giro é feito de
forma contínua, mas se houver por alguma motivo interrupções, as mãos deverão ser afastadas, fechadas e
depois, no reinicio do passe, repousadas no mesmo ponto em que a floração será reiniciada.
"Os passes circulares, são muito eficientes em processos de inflamações em pequenas regiões,
problemas digestivos e males em geral do baixo ventre.
No caso de serem usadas as duas mãos, deve estar muito atento ao sentido do giro, pois nosso
automatismo fisiológico normalmente impulsiona a que a mão tome o sentido horário e a outra o anti-horário. Em
caso de dúvidas, incicie o passe com uma mão apenas e, logo em seguida, adicione a outra, que deverá seguir o
mesmo sentido da anterior. Lembrando que os circulares em sentido anti-horário causas congestões fluídicas,
provocando mal-estares. E dependendo do tempo da magnetização, poderá causar danos imprevisíveis.
As aflorações também podem ser aplicadas como se fossem longitudinais. Neste caso, os círculos
seriam feitos ao longo do corpo do paciente, sempre da cabeça aos pés, com os braços girando em sentido
horário". (Jacob Melo – O manual do Passeista)
SOPRO ou INSUFLAÇÃO
Consiste em insuflar com a boca, mais ou menos aberta, o hálito humano sobre as partes afetadas do
paciente, fazendo penetrar o máximo possível na área dos tecidos. Para isso é necessário que o passeista aspire
ar suficiente para dilatar seu tórax, além do normal, deverá Ter capacidade bem ampla de respiração, podendo
obtê-la através de exercícios de respiração profunda.
André Luiz em Os mensageiros – Cap 19 – O Sopro, nos diz "Nossos técnicos não se forma de pronto.
Exercitam-se longamente, adquiririam experiência a preço alto. Em tudo há uma ciência de começar. São
servidores respeitáveis pelas realizações que atingiram, ganharam remunerações de vultos e gozam de enorme
acatamento mas, precisam conservar a pureza da boca e a santidade das intenções. Nos círculos carnais, para
que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível que o homem tenha estômago sadio, a boca habituada a
falar o bem, com abstenção do mal, e mente reta, interessada em auxiliar. Obedecendo a esses requisitos,
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teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e curativo. Através dele, poder-se-á transmitir, também na
Crosta, a saúde, o conforto e a vida".
1 Frias - são muito usadas como dispersivos ou calmante a depender da distancia e da força que se
imprime no próprio sopro a verificar, pois são aplicadas, normalmente a uma relativa distância da região que se
deseje dispersar, como se ali estivesse uma a vela que se queira apagar.
O sopro é dado com os pulmões cheio de ar, liberando-os lentamente (se o objetivo é acalmar) e
rapidamente e com vigor ( para o objetivo de dispersar, como acordar o paciente de um sono magnético,
sonambúlico ou mediúnico, depressão nervosa, afastamento de espírito). Poderemos verificar, que nesta
aplicação o centro laríngeo será o grande usinador de fluidos e que dependendo do seu estado, doará saúde ou
desarmonia.
2 Quentes - ao contrário das frias, são extremamente concentradoras de ativantes. São aplicadas o mais
próximo possível da região que se queira fluidificar, como se ali tivesse uma lâmina que quiséssemos embaçar.
É praticada com os pulmões cheios de ar, com o aquecimento do estômago, liberando-os lentamente,
até esgotar o ar.
Findando a insuflação, afasta-se a boca do local, respira-se normalmente algumas vezes e depois, com
os pulmões novamente cheios, repete-se a insuflação.
Verificamos que esta modalidade de insuflação deverá ser é extremamente desgastante para o
passeista, podendo até causar tonturas leves.
Cuidados na Aplicação:
Evite-se aplicar diretamente sob os centros vitais principais; após um máximo de duas insuflações
quentes, faça-se uma série de dispersivos localizados antes de repeti-las, salvo exceções, nunca faça mais de 5
insuflações quentes por sessão, pois a perda fluídica é muito grande.
Além da boca sadia, tenha um hálito mental equilibrado, conforme nos orienta André Luiz acima.
Antes dos passes evite alimentos pesados e muito gordurosos. Tenha boa higiene bucal e evite fazer
insuflações se tiver problemas gástricos e de esôfago.
Não use a palavra para acusar, falar mal, condenar, fofocar ou levantar falso.
Apesar dos inconvenientes de sua prática, cabe às insuflações quentes o maior grau de eficiência em
tratamentos de inflamações e infeções em pequenas regiões (tumores localizados, feridas com dificuldade de
cicatrização). Entretanto, pelo seu poder muito concentrador de ativantes, sempre há riscos de retorno de cargas
fluídicas densas para a fonte.
Assim é muito importante fazer sempre uma intercalação com dispersões localizadas, inclusive algumas
delas sendo feitas por insuflações frias à pequena distância, como também o uso de flanela fina para melhores
cuidados (com essas precauções evitamos possíveis agregações fluídicas desarmonizadas à boca do passeista)
O AUTO PASSE
Edgar Armond, no Livro Passes e Radiações nos informa que esta é uma modalidade bastante útil
porque permite ao próprio doente e aos médiuns trabalharem em sua própria cura e utilizarem os recursos
imensos que estão a disposição de todos pela misericórdia de Deus, Criador e Pai. Os médiuns devem utilizar do
Auto Passe para limpeza psíquica de si mesmo e o recarregamento de energias dos plexos e centros de força.
Todavia, se analisarmos que como médiuns passeistas, somos verdadeiros filtros e que colaboramos ou
dificultamos e até mesmo contaminados as aplicações fluídicas da espiritualidade no enfermo, deveremos crer a
partir destas informações que devemos estar cientes de nossa postura em relação a nossa conduta moral,
sabendo também que o passe é, via de regra, uma via de mão dupla.
Então somos levados a crer que se estamos descompensados, não estaríamos também incapacitados
de aplicar o passe?
Nestes casos bastaria uma prece sincera para restabelecermos nossa harmonização.
Kardec, na Revista Espírita, set 1865, pág 254 – Da mediunidade curadora, nos assevera: "A prece, que
é um pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé, produz o efeito de uma magnetização, não só
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chamando o concurso dos bons espíritos, mas dirigindo ao doente uma salutar corrente fluídica". E como somos
transmissores desta corrente, seguramente ficaremos também envolvidos de uma certa forma nas mesmas.
Não descartamos e respeitamos todas as opiniões dadas a respeito deste item, concordamos que a
prece é sempre um verdadeiro e profundo mecanismo de auto-passe. Concluindo que nossa conduta moral
mesclada com o trabalho no bem e o amparo a outros através do passe, sempre nos facultará recursos
imensuráveis de auxílio em busca de nosso próprio crescimento.
DURANTE A APLICAÇÃO DO PASSE
Enquanto estamos no trabalho de aplicação do passe, deveremos estar voltados para concentrações em
coisas edificantes, em prece, mentalizando um lugar harmônico, em fim:
2 Estar sereno, para assim poder registrar pela intuição, as orientações espirituais para a fluidificação a
ser desempenhada.
3 Estar mentalizando a recuperação dos órgãos do enfermo, sob a ação dos mensageiros do Senhor;
sempre condicionando esta recuperação a vontade Divina e direcionamento moral do paciente.
4 Conhecer a localização dos centros de força, pois com isso os espíritos que trabalham nesta atividade
poderão através de sua intuição, direcionar as cargas fluídicas benéficas para os chakras que influenciam as
localidades enfermas.
5 Silencio não somente exterior todavia interior localizando todas as atenções na ação a ser
desempenhada.
6 Reflexos das impressões dos pacientes, é bastante comum os passeistas sentirem as sensações que
os pacientes experimentam. Ora nosso campo fluídico absorve com facilidade as emanações do paciente, nestes
casos são recomendados dispersivos gerais primeiramente antes das aplicações fluídicas. É comum, também, os
passes em pessoas sob a atuação de espíritos em desequilíbrio, o passeista poderá registrar reflexos negativos
desde a hora em que se propões a ajudar, podendo perdurarem ainda depois do passe. Sabendo que somos
ainda imperfeitos, somos também criados pela mesma matéria elementar e que nosso campo vibratório assimila
com facilidade outras emanações exteriores que conosco se afinizem, verificaremos a grande facilidade de as
absorver, pois ainda somos pequenos, daí a grandiosa frase deixada pelo Divino Amigo "Orai e Vigiai", só assim,
através do altruísmo, da moralização do ser, paulatinamente modificaremos o nosso ritmo vibratório não afinizando
mais com energias deletérias.
Analisando o dicionário Aurélio, o termo dispersar entre outras coisas significa - fazer ir para diferentes
partes, pôr em debandada, espalhar.
A primeira significação desta palavra em foco , na cabeça de muitos médiuns tem o sentido de dissipar,
desfazer.
Por isso, conversar um pouco sobre os mesmos nos levará, seguramente, a melhores compressões
desta técnica.
Os dispersivos:
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3. Catalisam fluidos, aumentando seu poder e velocidade de penetração, fazendo uma assepsia no
campo vibratório do paciente facilitando a penetração dos mesmos, facilita também o alcance e transferência entre
os centros vitais; quando em grande circuito, faculta a harmonia e o equilíbrio entre os centros vitais;
4. Esparge as camadas fluídicas superficiais, deixando mais visíveis e sensíveis os focos de
desarmonias; elimina os excessos de concentrados fluídicos por ocasião do passe, assim favorecendo ao paciente
uma sensação de equilíbrio e ao passeista uma recompensação fluídico-magnética que dificulta a possibilidade de
uma fadiga;
5. Resolve desarmonias causadas por fadigas, embora nestes casos seja quase sempre requerida a
ingestão simultânea de água fluidificada;
6. Corrige eventuais equívocos no uso de técnicas de passe; redireciona cargas fluídicas entre os
centros vitais. Por fim, é certo que os dispersivos extraem excessos fluídicos redirecionando-os mesmo, para
regiões mais necessitadas, mas não extraem ou arrancam os fluidos que foram aplicados, como supõem alguns,
nem muito menos joga-os fora.
Quando doamos fluidos através do passe, o organismo vital do paciente os absorve e retêm, por um
processo de afinidade, não permitindo que fluidos retidos a partir de então, sejam retomados por um simples
dispersivo.
Os excessos são extraídos exatamente porque não estão retidos pela combinação ou afinidade, daí a
maleabilidade em seus manuseios.
PASSE NOS CHAKRAS
São aconselháveis para a reativação para os centros de força nos casos de desenvolvimento mediúnico,
no campo das curas, levando-se em consideração a localização de cada um e sua repercussão nos plexos do
organismo físico. Aplicam-se os passes acima mencionados relativos e direcionado aos pontos onde se encontram
os chacras refletido em nosso organismo físico pelos plexos. Levando sempre em consideração o tempo de sua
aplicação para ao invés de reativar, sobrecarregar.
Entrevista Virtual
Entrevistado(a): Therezinha Oliveira
Tema: O passe no Centro Espírita
Num. Questões: 68
Resposta: Como os lares não costumam apresentar condições ideais para esse
trabalho, é preferível começar a ajuda pela assistência à distância, até que
haja condições de o obsidiado ser trazido ao centro espírita para um
atendimento mais direto.
Resposta: Significa, apenas, que está em grande ação magnética, o que é natural.
Resposta: Talvez seja aceitável a idade mínima de 16 anos, por já haver bom
desenvolvimento físico e também certa definição de caráter e conduta. Mas não
há uma idade determinada, como também não o há para o exercício mediúnico. É
mais uma questão de maturidade espiritual e de estar saudável e habilitado pelo
estudo para essa prática.
Resposta: Desde que não esteja debilitado fisicamente, o passeista pode aplicar
passes. Apenas nos casos de enfermidade grave e prolongada é que estará em
carência de energias boas e, então, deverá evitar de aplicar passes, pois não
terá energias para doar.
Resposta: Pela simples razão de que não fica em atitude receptiva mas emissora,
portanto, não é obrigatório que esteja assimilando nada do assistido, embora
possa perceber se este está em desequilíbrio. É para estar bem e preparado e
evitar qualquer ocorrência indesejável que o passeista se prepara previamente,
com vigilância e oração, antes de começar a aplicar o passe.
Resposta: Às vezes, sem o saber estamos doando energias para alguém por o
observarmos penalizados, quem sabe com vontade de ajudar; também pode alguém
atrair para si as nossas energias. Não deixa de ser uma transmissão de
energias, um passe, embora não tenha sido feito consciente e voluntariamente.
Resposta: Para um bom estado receptivo das energias do passe, acalme seu
coração, pacifique sua mente, eleve seu pensamento a Deus, confiando na
misericórdia divina, e ore silenciosamente, pedindo que lhe sejam
proporcionadas as bênçãos de que precisa, para prosseguir vivendo e cumprindo
seus deveres para com Deus, consigo mesmo e com o próximo.
O passe lhe fortalecerá fluidicamente e a prece atrairá para você o amparo dos
bons espíritos, como ajuda misericordiosa de Deus, para que você tenha
equilíbrio e boa disposição para viver. Mas, o que fará você estar protegido no
seu dia-a-dia, será o bem que você pensar e fizer, porque a justiça divina só
dá a cada um segundo as suas obras.
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Resposta: Sim, se a pessoa estiver bem receptiva, haverá de sentir certa
melhora em seu estado geral. Entretanto, não bastará isso para superar de todo
o seu problema, pois é nosso modo de pensar e sentir que causa o nosso ajuste
ou desajuste espiritual.
Conforme o caso, portanto, será preciso que a pessoa seja esclarecida e ajudada
para sair do seu estado depressivo, embora o passe a alivie momentaneamente.
R: Os amigos espirituais nos dizem que se pode recorrer à fórmula que mais nos
inspire confiança. Convém, apenas, não criarmos polêmicas inúteis entre nós nem
exagerarmos na gesticulação. As técnicas utilizadas pelos antigos
magnetizadores têm a importância que lhe atribuem os seus estudiosos e
praticantes, não sendo, porém, prática indicada para a casa espírita, em que os
passes não são feitos apenas com o magnetismo humano mas com a ajuda dos bons
espíritos.
No C.E.A.K., em Campinas, costumamos orientar os passeistas a procederem como
está em nosso livro Fluidos e Passes:
1) Procurar estabelecer o contato mental e fluídico com o assistido.
2) Breve imposição das mãos sobre a cabeça do assistido, para "carregar" de
fluidos a serem transmitidos.
3) Aplicar, então, o passe longitudinal, algumas vezes; se houver intuição a
respeito ou notar necessidade, aplicar, também, passes rotatórios ou
transversais.
4) Encerrar com uma imposição.
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Resposta: Certamente o passeista espírita já procura que sua alimentação seja
usualmente saudável, e não faz uso habitual do álcool ou do fumo, pois sabe que
precisa de suas energias em equilíbrio para transmiti-las a outrem. Antes do
serviço de passe, especialmente, sua alimentação será frugal, bem moderada, e
evitará o álcool ou qualquer outra substância prejudicial.
Resposta: Somente o exercício dessa prática pode acabar nos dando a convicção
de seus bons efeitos, pois não há sugestão que funcione tanto e tão bem quanto
o passe.
Resposta: R: Pode-se socorrer, sim, mas é preciso estar habilitado para isso.
Num caso assim, todos querem socorrer mas nem sempre se deve tocar no desmaiado
nem mover o seu corpo do lugar, pois não se sabe o que causou o desmaio. É
preferível que o dirigente ou encarregado da reunião (o qual deve ter o preparo
prévio para essas emergências) promova o socorro necessário, que abrange várias
medidas, sendo as principais:
1) Falar com o acompanhante do assistido para obter informações sobre a
possível causa do desmaio (acontece sempre? sofre de alguma enfermidade? etc.).
2) Se a causa do desmaio for física (como ataque cardíaco ou epiléptico) poderá
recorrer ao auxílio de algum médico ou enfermeiro presente ou providenciar a
remoção do assistido para o pronto-socorro.
3) Se a causa for uma influência espiritual e desequilíbrio mediúnico, não há
necessidade de se tocar no assistido desmaiado. Recorrer à prece (rogando o
amparo dos bons espíritos) e ao passe dispersivo; se possível, chamar a pessoa
pelo nome, estimulando-a a retornar ao seu normal e a se recompor.
Resposta: É uma questão de se esclarecer a pessoa que copo que já está cheio
não comporta mais líquido. As energias que foram doadas pelos passeistas e não
puderam ser assimiladas pelo assistido (que já estava abastecido) serão
reaproveitadas em benefício de outros.
Resposta: O passeista não receberá nenhuma influência má, se, além do preparo
prévio (citado na questão anterior) souber atuar no clima do perdão e da
oração, em favor dessa pessoa em quem vai aplicar o passe.
Resposta: Não inviabiliza mas talvez diminua os bons resultados possíveis; mas
os bons espíritos complementam a ação do passeista, quando houver nele
merecimento para tanto, ou grande necessidade no assistido.
Resposta: Quer dizer que os fluidos do passeista estão sendo assimilados por
você e causando mudanças benéficas, tanto em seu corpo físico como no seu
perispírito (corpo espiritual).
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Resposta: Não obstante sua pergunta não tenha a ver especificamente com passes,
peço-lhe ler a resposta anterior que também pode orientar você.
Resposta: Sim, porque as pessoas não sabem que, se melhorarem seu modo de
pensar e agir, não se desgastarão tanto e sempre estarão abastecidas de boas
energias. É preciso que sejam esclarecidas a respeito, pela mensagem evangélica
à luz do Espiritismo. Não devemos apenas dar o peixe mas ensinar a pescar.
Resposta: Sem dúvida, é preciso orientar os freqüentadores para que não vejam
no passe uma prática indispensável toda vez que entrem na casa espírita.
Preleções devem esclarecer os assistentes sobre o que é o passe, quando e como
recebê-lo, esclarecendo, também, que só o fato de estamos no ambiente bom da
casa espírita e com o pensamento elevado já nos enseja recebamos boas energias,
sem necessidade de que nos apliquem um passe pessoalmente.
Resposta: Tal disposição não é a usual nas casas espíritas mas, ainda assim,
haverá transmissão de fluidos, entre os participantes da "corrente", pois os
fluidos serão emanados através dos centros de força; faltará, porém, um
direcionamento mais específico das energias para cada assistido, como ocorreria
numa usual imposição e aplicação do passe.
Resposta: Talvez seja eficiente e razoável se proceder assim num Centro em que
há poucas pessoas para receber passe e vários passeistas querendo servir nessa
tarefa.
Permito-me informar como procedemos no C.E. "Allan Kardec", em que o número de
pessoas a serem assistidas em cada reunião (ao redor de 40 a 80) é bem superior
ao número de passeistas (cerca de 10 a 12).
4) Ao término do passe, o mesmo passeista que fez a prece inicial faz também a
de agradecimento ainda em nome dos assistidos; após a prece, os assistidos são
liberados, entrando nova turma deles, se houver.
Resposta: Penso que não, mas convém que os celulares sejam desativados durante
o passe, para não fazerem ruído que perturbe a concentração de todos.
Resposta: Ignoro esse caso especial, mas peço ver a resposta anterior. Quanto
às obras espíritas que estudam a transmissão de energias, trazem relatos
admiráveis, porém, sem exageros nem crendices.
Resposta: São vários. Por exemplo: não obterem o resultado possível fazendo a
pessoa descrente desse recurso valioso; carregarem demais de fluidos a pessoa,
levando-a ao transe mediúnico; não saber o que fazer caso a pessoa apresente
algum distúrbio no momento do passe etc.
Rubens Santini
I – O passe
Suely Caldas, em "Obsessão/Desobsessão", sintetizou uma definição muito interessante sobre o passe:
"O passe é um ato de amor na sua expressão mais sublimada, é uma doação ao paciente daquilo que o
médium tem de melhor, enriquecido com os fluídos que o seu guia espiritual traz, e ambos – médium e Benfeitor
espiritual -, formando uma única vontade e expressando o mesmo sentimento de amor."
Jesus curou o cego de Jericó (Mateus XX v.34) utilizando da imposição de suas mãos. Ou seja, aplicou-
lhe o passe magnético.
Ananias, impondo as suas mãos, fez Saulo (Paulo de Tarso) recuperar a sua visão. (Atos Apostólicos IX
v.17)
Não se ignora que tanto o passe, como a radiação e a magnetização, são conhecidas desde a
antigüidade, onde a sua prática era limitada a iniciados e sacerdotes de seitas fechadas. O Espiritismo revive este
mesmo tratamento utilizado pelos apóstolos e discípulos de Jesus, trazendo os seus benefícios a todas as
pessoas.
Mas, segundo Edgard Armond, em "Passes e Radiações", "...mesmo entre os Espíritas, o conhecimento
dos passes é deficiente e muito empírica sua aplicação; há muito arbítrio pessoal e cada um age como
entende, ..."
Um dos objetivos desta compilação é dar uma contribuição, trazendo algumas informações, para que
doador e receptor façam um melhor proveito desta terapia fluídica.
· a receptividade do paciente – o beneficiário deverá estar em sintonia com o seu doador, elevando o
seu pensamento em oração, confiante que a ajuda virá do Plano Maior.
Segundo Kardec, em "A Gênese", "...é muito comum a faculdade de curar pela influência fluídica e pode
desenvolver-se por meio do exercício; mas, a de curar instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é mais
rara e o seu grau máximo se deve considerar excepcional." Pois temos que levar em conta a questão do mereci-
mento, os compromissos cármicos e muitas vezes as nossas limitações como doadores.
-o-o-o-o-o-o-o-
II – Tipos de passe
Seguindo o que foi proposto por Kardec ("A Gênese"), o passe pode ser divido em três tipos:
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(1) Magnético – o fluido utilizado emana principalmente do passeista, ou seja, é o magnetismo
humano. Podemos dizer que é o animismo de cura. Sua finalidade é atender a problemas orgânicos, físicos e/ou
perispirituais.
(2) Espiritual – o fluido provêm basicamente do mundo espiritual. A influência poderá ser direta dos
Espíritos ao encarnado, ou o passeista poderá ser simplesmente o seu "canal". A sua finalidade é curar ou
acalmar um sofrimento, atender a problemas espirituais cuja origem seja de processos obsessivos ou de desvios
morais.
(3) Misto – é a combinação fluídica espiritual com a magnética. Os fluídos aqui utilizados atuarão no
perispírito, nas células do corpo físico e no Espírito do paciente.
III – Quem pode aplicar?
Inicialmente uma dúvida: "Médiuns curadores e passeistas são a mesma coisa?". Resposta: "Pode ser
que sim, pode ser que não." Para ser passeista não é necessário que seja médium. Mas, um médium curador
pode ser passista.
Para ser passeista, não basta apenas boa vontade, é necessário saber o que está fazendo.
Para o seu aprendizado não há necessidade de estudos prolongados sobre teorias científicas dos fluidos
e magnetismo, mas de alguns conhecimentos de emissão de fluidos, de padrões vibratórios, dos centros de força,
os cuidados com a fadiga fluídica, a sintonia com o paciente, como superar os seus vícios, e por aí adiante.
Qualquer pessoa poderá ser passeista, mas existem algumas restrições sobre qual tipo de passe poderá
ser aplicado.
(1) Passes Espirituais – neste caso a grande maioria das pessoas podem aplicar este tipo de passe,
onde o indivíduo será apenas o canal deste fluído espiritual. Só que para ser um canal de qualidade, é necessário
manter os pensamentos e os sentimentos de amor ao próximo, procurando vibrar o que há de melhor.
· Crianças e adolescentes: o processo de ligação do perispírito ao corpo físico ainda não está
totalmente finalizada neste período. Não é recomendável que a criança e o adolescente doem fluídos que ainda
são necessários para o seu desenvolvimento, evitando assim um perda molecular e ocasionando uma
descompensação fluídica.
· Idosos: para aqueles que até a terceira idade nunca fizeram doação de fluidos magnéticos, é
aconselhável não iniciar esta prática, pois nesta faixa etária estas pessoas estão necessitando que seus centros
de força recebam complementos fluídicos.
· Gestantes: recomenda-se que as gestantes evitem de aplicar passes magnéticos, já que são
doadoras 24 horas ao dia durante todo o período gestacional. Mas, podem permanecer na equipe de serviço
espiritual para receberem auxílio.
-o-o-o-o-o-o-o-
IV – Sintonia com o paciente
O momento mais importante do passe, é quando o passeista deve estabelecer uma sintonia com o
paciente.
Criar sintonia é estabelecer um clima de confiança, afinidade e amizade entre o doador e o receptor.
O paciente precisa sentir-se seguro, confiar que está ali, naquele momento, onde irá receber o auxílio
que tanto necessita.
Jacob Melo, em seu belíssimo livro "O Passe – seu estudo, suas técnicas, sua prática", nos afirma que
"... o passeista, pela oração e por uma imposição de mãos, procura modular suas vibrações, fluídicas, psíquicas e
mentais, às do mundo espiritual que o assiste a fim de melhor sorver as energias daquele plano, ao tempo em que
deve nutrir o desejo sincero e alimentar a vontade firme de ajudar seu paciente. Alie-se a isso, um sentimento
profundo e sincero de muito amor por ele. Isto favorece o estabelecimento de um clima para cura, ..."
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Isto é importante para que as trocas fluídicas sejam harmoniosas, evitando assim a sensação de mal-
estar para ambas as partes no final do passe.
V – No momento do passe
Ausência de fé por parte do passeista, é desnecessário dizer que, é praticamente nula a sua ação
naquele momento.
Podemos entender por fé como a confiança que se tem em realizar algo, a certeza de atingir o nosso
objetivo.
Léon Denis, em "No Invisível", afirma que "... a fé vivaz, a vontade, a prece e a evocação dos poderes
superiores amparam o operador e o sensitivo. Quando ambos se acham unidos pelo pensamento e pelo coração,
a ação curativa é mais intensa."
Em "O Livro dos Médiuns", os Espíritos Superiores disseram a Kardec: "Não basta que um doente diga
ao seu médico: dê-me saúde, quero passar bem. O médico nada pode, se o doente não faz o que é preciso."
Portanto, tanto para quem emite e para quem recebe o passe, a fé e a vontade agilizam o processo de
cura.
-o-o-o-o-o-o-o-
VI – Número pré-determinado de vezes
Infelizmente existem vários Centros Espíritas que estipulam um determinado número de passes para que
o paciente fique curado. Muitas vezes, o paciente não é orientado para retornar para que possa ser feita uma
reavaliação, para verificar se há necessidade em continuar o tratamento ou não.
Em "O Passe – seu estudo, suas técnicas, sua prática", Jacob Melo afirma o seguinte:
"Afinal, se a própria medicina ensina que não existe tratamento igual para pessoas e casos diferentes,
como poderia a terapia fluídica ser tão determinista? Quem tenha aplicado passes ou racionalize seu
entendimento, facilmente concluirá que qualquer fixação ou padrão exclusivo neste sentido demonstra
comodismo, ritualismo ou desconhecimento de causa, porque, se os tratamentos fluídicos fossem tão rigidamente
fixados, razão não haveria para se considerarem os fatores morais, de fé, merecimento e esforço próprio. Fica
sinalizado, mais uma vez, que precisamos estudar e sentir os casos, analisando os fatos e as situações,
inspirando-nos nos Bons Espíritos e agindo com bom senso, discernimento e amor, pois quem ama
verdadeiramente e indistintamente não pode amar apenas por número fixo de vezes."
VII – Passe à distância
Um paciente adentra a sala de passes e solicita uma vibração para um familiar que se encontra doente
em sua residência. O passeista solicita para que o portador do pedido pense em sua casa e no seu familiar.
Mentalmente, o suplicante fará uma prece, visualizando o seu ente querido e no benefício que este irá receber. Ao
mesmo tempo em que a pessoa se eleva em seus pensamentos, o passeista fará a imposição de suas mãos
sobre a cabeça do solicitante, unindo-se à sua radiação de amor e cura, transmitindo assim o passe à distância. A
eficácia deste benefício se concretizará, a partir do momento em que haja sintonia entre aquele que administra o
passe e aquele que o recebe. Com certeza, diversos Irmãos do Plano Maior estarão se mobilizando para realizar
este trabalho de auxílio.
VIII – Tempo para a cura
É o paciente se recuperar da doença que o afligia, mas continua com os mesmos desvios morais?
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Nos casos acima citados, onde houve a cura?
Vamos ilustrar com uma história contada por Divaldo Franco. Uma senhora o procurou aflita e relatou
sobre os problemas que estava vivenciando com a doença de seu marido. Bezerra de Menezes apareceu, em
Espírito, e falou a Divaldo que o problema do marido dela seria solucionado nos próximos dias, para que ela
ficasse tranqüila. Divaldo retransmitiu o recado e ela retornou mais reconfortada para o seu lar. Na semana
posterior, ela retorna a "Mansão do Caminho", Centro Espírita onde Divaldo atua, furiosa e muito triste porque a
doença de seu marido se agravara e este havia desencarnado. Como isto se explicava, se Bezerra havia dito que
tudo iria se resolver? Divaldo meio sem graça, confortou esta senhora, fez o que pode para acalmá-la. Mais tarde,
em conversa com Bezerra indagou o ocorrido, pois o havia colocado numa situação bastante delicada. Bezerra,
benevolentemente, o esclareceu que a doença do corpo físico foi a redenção espiritual daquela Entidade, que esta
havia quitado uma grande dívida de tempos pretéritos.
Em outros casos, aparentes pioras dos quadros clínicos não querem dizer pioras reais. Na Homeopatia,
em alguns pacientes, o medicamento começa a fazer efeito, quando por um curto período de tempo, os sintomas
da doença são intensificados, parecendo que o remédio não está fazendo efeito, mas está levando o próprio
organismo a reagir, proporcionando logo a seguir a cura do mal que afligia o paciente. Nos casos das vacinas,
ocorre situações semelhantes, as reações que estas proporcionam, indicam a ação imunológica em eclosão.
Para concluir esta nossa linha de raciocínio: se houver uma piora do paciente nas primeiras aplicações
do passe, instrui-lo a continuar com o tratamento, pois em muito breve irá encontrar sensíveis melhoras.
-o-o-o-o-o-o-o-
IX – Inconvenientes de quem pára de aplicar o passe
Peço a licença para transcrever alguns trechos, extraído do livro "Manual do Passeista" de Jacob
Melo, que trata sobre este tema.
"...Eis aí um momento dito inglório: aquele quando alguém decide não ser mais passeista! Inglório
porque há o risco de se estar sob influência negativa, de se encontrar em meio a querelas entre membros de um
grupo, ou por problemas de saúde: física, psíquica ou moral. E o pior é que muitas vezes apontam o "desertor"
como alguém obsidiado e que "pagará muito caro por isso". Particularmente, não vemos assim.
Corroborando com o prognóstico acima, alguns dirigentes ou coordenadores de passes vaticinam que
"você pode sair, mas não dou dois meses para voltar cheio de problemas...". E o pior é que muitas vezes "o mal
pega" e a pessoa volta. Volta como? Volta triste, acabrunhada, sentindo-se infeliz e inferiorizada e, nesse clima,
submete-se a uma terapia desobsessiva para, logo depois, voltar à lide de passeista. (...)
O que será que se esconde por trás disso tudo? O que motivará esse "voltar cheio de problemas"? Será
que se trata mesmo (apenas) de obsessão? Será que depois de iniciado um trabalho, não se pode mais mudar de
atividade? Será que os Espíritos não nos ajudariam numa nova opção de serviço?
Para compor nosso raciocínio, isolemos os passeistas em dois grupos: os espirituais e os magnéticos.
Os espirituais são aqueles em que os fluídos doados são de origem espiritual, os quais apenas passam
pelo passeista; os magnéticos são aqueles em que o passeista usina suas próprias "energias" transferindo para o
paciente.
Nessa posição, quando um passeista espiritual está na ativa, ou seja, aplicando passes com
regularidade, ele tem a seu favor um trânsito de fluídos muito sutis, impregnados de uma suavidade e de uma
harmonização de registro muito agradável.(...) Outro aspecto a ser considerado é que o passeista espiritual,
consciente de seus compromissos e responsabilidades, está contando com boas companhias espirituais de uma
maneira mais assídua, (...). Disso resulta que se o passeista, tal como descrito, deixar de aplicar passes, sentirá a
falta dessa harmonia que estava sempre e sempre se renovando em seu cosmo fluídico, além de igualmente se
ressentir da ausência dos Espíritos que laboravam na assistência fluídica por seu intermédio, agora irão continuar
os trabalhos via outros passeistas. Neste caso, se o motivo de querer deixar de aplicar passes se deve a momento
de tormenta, a impossibilidades físicas ou a eventuais inseguranças, deverá ser analisada com bastante critério a
decisão, pesando-lhe as conseqüências diretas, a fim de não se atormentar mais no empós. Se imaginas de idéias
obsessivas, e mesmo assim quiser deixar a tarefa do passe, o ideal é mudar de tarefa em vez de simplesmente
deixar aquela outra. (...)
Com os passeistas magnéticos, outro complicador se interpõe. (...)Os centros vitais do passeista,
quando em ação magnética, entram em regime de usinagem fluídica, a fim de produzirem as energias vitais que
serão doadas. Apesar dessa usinagem se dar nas estruturas do perispírito, suas ação e repercussão convergem
para as potencialidade do corpo somático. Ali e dali são elaborados e extraídos os fluídos orgânicos, em regime de
refinamento, para os trabalhos magnéticos. Ocorre que a prática regular do magnetismo gera condicionamentos,
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ritmos, cadências nessas usinas fluídicas, de sorte que, depois de algum tempo de prática, independente da ação
consciente de doação magnética, essas usinas entram em ação, numa espécie de reflexo condicionado. É nessa
hora que o problema se instala: o passeista magnético, depois do período de prática que lhe gerou esse
condicionamento, tem seus centros vitais ativados por um processo de usinagem fluídica, de forma automática,
sempre que o ciclo se completa. Por exemplo: se o passeista já se acostumou a aplicar passes magnéticos todas
as sextas-feiras, quando ele pára repentinamente com sua tarefa, a cada sexta-feira suas usinas fluí dicas entrarão
em ação, elaborando energias vitais de doação, mesmo ele não estando fazendo aplicações de passes. Como os
fluidos daí oriundos não são plena e coerentemente aplicados (transferidos), ocorre uma espécie de "congestão
fluídica". (...) Como resultado final, dentro de pouco tempo ele retorna à Casa para se ver livre daqueles mal-
estares.(...) Pelo andar da carruagem, pode parecer que o passeista magnético não poderá deixar de sê-lo jamais.
Essa "condensação", felizmente, inexiste. Há maneiras seguras de se deixar de sê-lo. A mais garantida delas é
começar a quebrar o ritmo de usinagem. Quando se pode prever quando deixará de aplicar pas ses, pode-se
igualmente estruturar um "programa de descondicionamento". Ou seja: a cada vez regular que se aplica passes,
vai-se reduzindo o número de aplicações e a intensidade de usinagem – esta segunda parte nem sempre é de
fácil ou conveniente domínio e aplicabilidade. Agindo assim, vamos quebrando a "cadência" de usinagem
espontânea, até o ponto em que pararemos a atividade com pouca repercussão de congestão fluídica. Uma outra
é, deixando de ser passeista, passar a ser paciente, especialmente de passes com técnicas dispersivas. Dessa
forma, estará descongestionando os centros usinadores. (...)
Um passeista, portanto, pode deixar de sê-lo; não estará condenado a sê-lo indefinidamente. Mas
cumpre observar alguns cuidados, pois muito pior que deixar de ser passeista ou sofrer algumas conseqüências
em função do descuido como venha a fazê-lo, é a dor do arrependimento amanhã por não ter feito ontem e hoje o
bem que poderia ter desenvolvido em favor do próximo e de si mesmo."
X – Fadiga fluídica
Eis a resposta:
"O exercício muito prolongado de toda e qualquer faculdade pode conduzir à fadiga; a mediunidade está
no mesmo caso, principalmente a que se aplica aos efeitos físicos; ocasiona, necessariamente, um dispêndio de
fluido que conduz a fadiga, e se repara com repouso."
Segundo as pesquisas realizadas por Jacob Melo e relatadas nos seus dois livros: "O Passe – seu
estudo, suas técnicas, sua prática" e em "Manual do Passeista", a fadiga fluídica existe e pode ser facilmente
comprovada.
Geralmente ouvimos passeistas afirmarem que jamais se cansam quando aplicam passes, mesmo
aplicando uma quantidade consideravelmente alta, enquanto que outros sentem um certo desgaste já com uma
quantidade bem inferior. Por que isto ocorre?
O passeista que não se cansa, está atuando como um "canal" de energias espirituais, ou seja, ele é um
passeista espiritual. A doação de energias espirituais não cansam e nem geram fadiga.
No segundo caso, o passeista que se cansa com mais facilidade, está doando energias próprias, ou seja
está doando o seu magnetismo. É considerado um passeista magnético. O desgaste é proporcional à quantidade
de energia doada. Quando o passeista é reconhecido como magnetizador, é comum haver um certo esgotamento
fluídico após um determinado número de aplicações de passes. A recuperação fluídica pode se dar de diversas
maneiras: com repouso, exercícios respiratórios, através da prece pedindo auxílio aos Mentores, efetuar
caminhadas ao ar livre.
O reconhecimento da origem fluídica se dará com a prática e na atenção que dedicamos no momento da
doação.
Quando estamos doando energias espirituais, sentimos a ação se realizar no centro de força do
coronário. A sensação é como uma leve brisa tocasse os nossos cabelos, ou um leve rocio no alto da cabeça. Ao
final do passe há uma sensação muito agradável, não havendo nenhum tipo de desgaste energético.
Quando as energias são do próprio passeista, os centros de força que funcionam mais ativamente são
laríngeo, cardíaco, gástrico e esplênico. Os passeistas magnéticos têm claros sinais indicativos da "usinagem
magnética" que se processo no próprio corpo.
53
É bom deixar registrado, confirmando o que Kardec expôs em "O Livro dos Médiuns" e que foi
mencionado acima, a fadiga se origina na transferência de fluidos humanos, e não de fluidos espirituais.
XI – Recomendações finais
· Não aplicar passes: se tiver vícios regulares de fumo e álcool; se alimentou-se de maneira "pesada";
se estiver estafado física e/ou mentalmente; se não fez nem uma prece inicial ou uma pequena reflexão sobre um
texto evangélico.
· Sobre a alimentação do passeista, Jacob Melo afirma no seu livro "O Passe – seu estudo, suas
técnicas, sua prática": "A carne não é pecaminosa; isto é ponto pacífico! Mas ela dispõe de certas toxinas que,
quando assimiladas, interferem na qualidade radiante dos fluidos, podendo inibir condições mais favoráveis ao
tratamento fluidoterápico. Seu consumo desregrado ou exagerado torna a qualidade de nossos fluidos magnéticos
mais inferiorizada, com maior dosagem de impurezas orgânicas, ..."
· André Luiz nos aconselha em "Conduta Espírita": "Lembrar-se de que na aplicação de passes não se
faz precisa a gesticulação violenta, a respiração ofegante ou o bocejo contínuo, e de que nem sempre há
necessidade do toque no paciente."
· Se o paciente durante o passe, tiver vontade de rir, chorar, respiração ofegante, apavorar-se - são
indícios de envolvimento espiritual. Orientá-lo a abrir os olhos e fazer uma respiração pausada, eliminando as
idéias que cheguem inoportunas.
· O paciente deve agradecer a Deus e aos bons Espíritos pelos benefícios recebidos, e não ao
passeista que foi mero instrumento da Espiritualidade.
-o-o-o-o-o-o-o-
(4) "O Passe Magnético – seus fundamentos e sua aplicação" – Salvador Gentile
(6) "O Passe – seu estudo, suas técnicas, sua prática" – Jacob Melo
54
O passe
O que são fluidos
Preparando-se para o passe
O que é passe
A posição do receptor e do passeista.
Seu mecanismo
Observações.
O passe ao longo da história
O começo da aplicação do passe.
Tipos de passes
Durante a aplicação do passe
Centros de força
Finalizando o passe.
O passeista
Prece final
Os fluidos são o veículo do pensamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados. Todos
estamos mergulhados no fluido universal, ou fluido cósmico, substância básica da Criação, que varia da
imponderabilidade (matéria sutil) até a ponderabilidade (matéria densa).
"O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Nesse elemento
primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano." André Luiz
topo
O que é passe.
Emmanuel o define como uma "transfusão de energias físio-psíquicas". Beneficia a quem o recebe
porque oferece novo contingente de fluidos já existentes. Emmanuel o considera "equilibrante ideal da mente,
apoio eficaz de todos os tratamentos" e compara sua ação à do antibiótico e à assepsia, que servem ao corpo
frustrando instalação de doenças.
topo
Seu mecanismo
Estamos constantemente irradiando e recebendo fluidos do meio em que habitamos, bem como dos
seres (encarnados ou não) com quem convivemos, numa transmissão natural e automática. Sempre que
pensamos e sentimos, estamos a movimentar esses fluidos, ou energias. Cada estado de alma corresponde à
emissão/absorção de um certo tipo de energia, que entra pelos centros de força espiritual, mediante a sua
natureza, incorporando-se à tessitura do perispírito (corpo espiritual) e trazem-nos estados de mau-estar ou de
bem-estar. Pensamos e agimos, criando assim a nossa própria (in)felicidade.
que o passeista use o pensamento e a vontade, a fim de captar os fluidos, emiti-los e fazê-los convergir
para o assistido;
2)
que haja um clima de confiança entre o socorrista e o assistido, a fim de se formar um elo de força entre
eles, pelo qual "verte o auxílio da Esfera Superior, na medida dos créditos de um e de outro";
3)
55
que o assistido esteja receptivo, para que sua mente adira à idéia de trabalho restaurativo e comece a
sugeri-lo a todas as células do corpo físico; então irá assimilando os recursos vitais que estiver recebendo e os
reterá na própria constituição fisiopsicossomática.
(Cap. XXII, Mediunidade Curativa, do livro "Mecanismos da Mediunidade", de André Luiz).
topo
Ao contrário do que podem pensar alguns, o uso do magnetismo como forma de cura é bastante antigo,
sendo utilizado desde a antigüidade e não surgiu com o Espiritismo, não sendo uma criação da Doutrina Espírita.
Esse meio de socorrer os enfermos do corpo e da alma já era conhecido e empregado na antigüidade.
No Egito, multidões acorriam ao templo da deusa Isis, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos
sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos.
Jesus o utilizou, "impondo as mãos" sobre os enfermos e perturbados espiritualmente, para beneficiá-los
e ensinou essa prática aos seus discípulos e apóstolos, que também a empregaram, largamente, como vemos em
"Atos dos Apóstolos".
Ao longo dos tempos, o passe continuou a ser usado, sob várias denominações e formas, em todo o
mundo, ligado ou não a práticas religiosas.
No século anterior a Kardec, tudo o que então se conhecia sobre fluidos e como empregá-los estava
consubstanciado no magnetismo, de que o médico austríaco Franz Anton Mesmer foi o grande expoente,
beneficiando muitos enfermos. Mas havia, ainda, muita ignorância sobre o que fossem os fluidos e a forma de sua
transmissão.
A codificação da Doutrina dos Espíritos, por Allan Kardec, permitiu entendermos melhor o processo pelo
qual o ser humano influencia e é influenciado fluidicamente, tanto no plano material como no espiritual.
Na atualidade, o passe continua a ser empregado por outras religiões, que o apresentam sob nomes e
aparências diversas (benção, unção, johrei, benzedura ...). Pessoas sem qualquer relação com movimentos
religiosos também o empregam.
É no meio espírita, porém, que o passe é mais bem compreendido, mais largamente difundido e
utilizado. O passe que Jesus ensinou e exemplificou veio a se tornar uma das principais práticas de ação fluídica.
Nada mais natural, pois o Espiritismo é a revivescência do puro Cristianismo.
Topo
Tipos de passe
Os Espíritos superiores explicam, através da codificação kardecista, que as mãos servem como
instrumento para a transmissão do magnetismo humano que, com as energias distribuídas pelos Espíritos,
constituem o passe espírita.
Devido aos excessos, infelizmente mais comuns do que seria de desejar, de gesticulação, e de outros
atavismos como estalidos de dedos, sem referência experimental e muito menos científica, o melhor passe, a
exemplo de Jesus, é, sobretudo e apenas, a imposição das mãos, sem tocar na pessoa que vai receber o passe.
Isso porque o que funciona, na verdade, é a mente.
Tipos de passes:
1)
Magnético - Quando ministrado somente com os recursos fluídicos do próprio passeista (magnetismo
humano).
2)
Espiritual - Quando ministrado pelos Espíritos, unicamente com seus próprios fluidos (magnetismo
espiritual), sem o concurso de intermediário (passeista). Os Espíritos agem com observância da sintonia e
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considerando os méritos ou necessidades do assistido, que, às vezes, nem percebe ter sido beneficiado. Para
receber um passe espiritual basta orar e colocar-se em estado receptivo.
3)
Mediúnico - Quando os Espíritos atuam através de um encarnado mediunizado. O fluido dos bons
Espíritos "...Passando através do encarnado, pode alterar-se um pouco..." (como água límpida passando por um
vaso impuro) "...Daí, para todo verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua
depuração".
(Revista Espírita, set/1865 "Da Mediunidade Curadora").
5) Coletivo - Quando a equipe do passe magnético é de pequeno número face à multidão que o
procura, sem qualquer prejuízo para os eventuais beneficiados, recorre-se ao passe coletivo. Uma vez que o
principal, neste processo de ajuda espiritual, é a sintonia do candidato a receber o passe, os próprios espíritos-
passeistas durante a palestra ministram bênçãos fluídicas a quem estiver nas condições necessárias para
participar na ocorrência deste fenômeno enquanto beneficiado.
Haverá ocasiões em que seja bom e mesmo necessário o passeista atuar inteiramente mediunizado.
Mas, NOS SERVIÇOS COMUNS DO PASSE NUM CENTRO, ISSO NÃO É ACONSELHÁVEL, porque:
a)
nem sempre o assistido está preparado para presenciar manifestações mediúnicas e poderá se
impressionar mal, mesmo sem que o espírito interferente chegue a falar qualquer palavra;
b)
poderá causar uma diferenciação entre os passeistas, que não se justifica, e é indesejável.
Quem é médium, além de passeista, tem as reuniões apropriadas para dar passividade aos espíritos
comunicantes. "Interromper as manifestações mediúnicas no horário de transmissão do passe curativo. Disciplina
é a alma da eficiência". (André Luiz).
topo
O passeista
1)
Fisicamente
Ter saúde e boa disposição. É indispensável que o passeista cuide do físico, porque no passe há
contribuição magnética pessoal, e do seu estado de saúde dependerão: a quantidade e qualidade dos fluidos que
doará.
Devem abster-se de dar passes as pessoas com doenças graves, infecciosas, debilitantes e durante
desequilíbrio espiritual, pois não estão em condições de doar fluidos. Mas, as indisposições ligeiras ou estados
crônicos não debilitantes nem contagiosos, não são impedimentos para que se aplique passes (ex. dor de cabeça,
bronquite, alergia). Os cuidados do passeista com o físico visarão os seguintes aspectos:
higiene, para assegurar a própria saúde e a dos assistidos;
57
alimentação, que será sem excessos, adequada ao organismo, com alimentos que ofereçam maior
concentração energética;
abstenção de vícios, tais como o álcool, fumo, tóxicos, pois prejudicam o organismo e o rendimento do
passeista, impregnam maleficamente os fluidos e servem de atração aos maus espíritos;
evitar atividades esgotantes e excessos desnecessários, a fim de manter suas reservas de energia vital
em condições de servir.
2)
Espiritualmente
Cultivar as virtudes e manter conduta cristã. É indispensável que o passeista se cuide espiritualmente,
para que produza fluídos bons e não altere prejudicialmente as energias que recebem dos bons Espíritos. Os
cuidados do passeista, quanto ao espírito, visarão, principalmente:
o sentimento fraterno, o desejo sincero de ajudar ao próximo;
o equilíbrio emocional, para não se desgastar nem perturbar por mágoas excessivas, paixões,
ressentimentos, inquietudes, temores, nervosismo...
abster-se de aplicar passes, quando em desequilíbrio espiritual acentuado. Entretanto, não impedem que
apliquemos passes aquelas alterações de ânimo que são comuns às aflições e problemas cotidianos, porque isso
tudo nos cumpre superar na oração e no desejo de servir;
a perseverança e assiduidade no trabalho, para que os amigos espirituais possam confiar e contar com a
pessoa para a tarefa. O passeista deverá manter sempre uma conduta cristã, porque a necessidade de aplicar
passe em alguém pode surgir a qualquer momento e deverá estar preparado.
3)
Intelectualmente:
Ter conhecimentos específicos sobre o passe. Portanto, não ficar só aguardando que lhe surja
naturalmente a qualidade de passeista, como se ela fosse um acontecimento miraculoso e não um serviço do
bem, que pede do candidato o esforço voluntário e laborioso do começo. Convém procurar conhecer os
mecanismos do que está lidando e para quê servem, também para poder oferecer maiores condições ao espírito
magnetizador que quiser nos assistir.
É aconselhável aos passeistas fazer estudos relacionados ao passe, técnica de aplicação, curas,
radiações espirituais, centros de força, preparo do ambiente e do assistido etc.
Topo
Para o melhor resultado da emissão e recepção dos fluidos, o passeista e o receptor precisam estar
convenientemente preparados.
Preparo do receptor
Pelo seu estado mental e emotivo, o receptor enfermo ou sofredor poderá ter, em relação ao passe, um
estado receptivo, repulsivo ou neutro. O ideal é que esteja receptivo, pois o passe será tanto mais eficiente quanto
mais intensa a adesão da vontade do paciente ao influxo recebido. Por isso, o passeista, antes de aplicar o passe,
deve procurar estabelecer com o receptor a simpatia possível, animando-o e interessando-o nas coisas espirituais.
58
Orientará, em síntese, sobre o seguinte:
os fluidos existem e as leis divinas permitem que trabalhemos com eles para aliviar e curar os nossos
males;
é preciso ter fé, não como mera atitude mística, mas sim como força atrativa e fixadora das
energias benéficas;
fé + recolhimento + respeito = receptividade;
ironia + descrença + dureza de coração = refratariedade.
o receptor deve orar, silenciosamente, enquanto recebe o passe, para acolher e assimilar bem as
energias que lhe forem transmitidas;
o passe sempre beneficia, mas o grau dos resultados se fará de acordo com a fé, merecimento ou
necessidade.
1)
Concentração - Para tudo que vamos fazer, precisamos, primeiramente, nos concentrar, centralizar a
atenção no que vamos fazer. No caso do passe, quem o vai transmitir deve firmar o pensamento na atividade
espiritual que irá desenvolver, no bem que deseja fazer ao assistido e na concorrência que pretende obter do
Mundo Maior para essa realização.
2) Oração - "A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai". (André
Luiz, Cap.17 Serviço de Passes, "Nos Domínios da Mediunidade") Orando, o passeista consegue:
expulsar do próprio mundo interior os sombrios remanescentes da atividade comum da luta diária;
sorver do plano espiritual superior as substâncias renovadoras para, depois, operar com eficiência em
favor do próximo;
André Luiz, no Cap. XVII, Serviço de Passes, em "Nos Domínios da Mediunidade", nos mostra Clara e
Henrique meditando e orando para, em seguida, aplicarem passes nos necessitados. Fica evidente, pois, que não
há necessidade alguma de o passeista receber passe antes do trabalho, a fim de estar em condições de aplicar
passes. Isto se não houver relegado seus deveres á esfera secundária, porque:
a oração precipitada, com que muitos tentam atrair vibrações salutares, no ato da assistência, raramente
consegue criar um clima psíquico no agente ou no assistido que seja favorável ao êxito da tarefa;
simples imposição de mãos, com o conseqüente apelo às Potências Sublimes, não quer significar
condição adequada.
Topo
O receptor fica sentado, por ser para ele uma posição confortável e segura.
O passeista, geralmente, fica de pé, para ter maior facilidade de movimentos durante a aplicação do
passe, mas também poderá estar sentado.
O passeista estará à frente ao assistido, desde o momento em que se concentra, e se aproxima dele no
momento exato da efetiva aplicação do passe.
59
Topo
Observações
De nossa parte, porém, o que podemos dizer é que o corpo fica mais bem acomodado e a circulação se
faz livre e perfeita, sem os braços e pernas cruzados.
Também não é necessário tirar o maço de cigarros do bolso ou da bolsa, pois o problema não é a
presença do cigarro, mas a presença do vício e, no caso do passeista, a responsabilidade pela saúde do seu
corpo, por causa da impregnação de fluidos e na atração das companhias espirituais indesejáveis.
A diferença entre os passes está na equipe espiritual que secunda os passeistas no momento do
atendimento, no tempo de imposição das mãos sobre o paciente e nas diversas fases do processo terapêutico
utilizado nas casas. E, é claro, depende das condições morais de quem o aplica. De nada adiantam técnicas,
formas ou teorias especiais se o passeista for pessoa de má índole ou não trabalhar por sua depuração moral.
Topo
O passe propriamente dito começa com o estabelecimento do contato espiritual do passeista com o
receptor e a imposição das mãos.
Esse contato espiritual é o processo pelo qual o passeista estabelece ligação mental e fluídica com o
receptor, seja com este presente ou à distância. Às vezes, isso é conseguido em poucos instantes de
concentração contínua. De outras vezes, por causas desconhecidas, leva mais tempo.
Não são obrigatórios e nem sempre se apresentam, mas podem ser assim:
No passeista
Impressão física causada pelos fluidos que começam a envolvê-lo, por qualquer parte do corpo (pernas,
braços, cabeça, face, laterais do corpo). Sinais materiais, como formigamento da pele, dos pés, mãos; ondas de
calor ou então palidez, por causa de alterações na circulação sangüínea devido a possível influenciação dos
espíritos. Nada disso, porém, se ocorrer, causará qualquer mal efetivo a um passeista bem preparado, que sabe
reagir adequadamente ao que ocorre.
No receptor
60
Os mesmos sintomas podem ocorrer e ainda crises de choro por estarem bastante emocionados com o
ambiente que os recebe. O passeista deverá estar habilitado a reconhecer esses estados e, prontamente, evitar
conseqüências desagradáveis. Desde que se aproxima do receptor para o passe o passeista começa a penetrar
no ambiente espiritual do assistido. Mas é ao impor as mãos que esse contato perispiritual se acentua.
É o ato de o passeista colocar as mãos acima da cabeça do assistido. Geralmente é feito com as mãos
espalmadas, dedos levemente separados uns dos outros, sem contração muscular. É nessa postura que os fluidos
serão conduzidos e dispersos.
O fluido vital, por ser elemento de natureza mais denso do que espiritual, circula como uma verdadeira
força nervosa por todo o sistema nervoso e escapa especialmente pelas mãos. Força de natureza
eletromagnética, ele modifica o campo vibratório do assistido, transmitindo-lhe novas energias.
Topo
2)
Externamente
A fórmula do passe não importa. Poderá obedecer à fórmula que maior confiança ofereça a quem o
aplica como a quem o recebe (Pergunta 99 do "O Consolador" de Emmanuel). Mas o passe deverá sempre ser
ministrado de modo silencioso, com simplicidade e naturalidade. (Item 54, cap. VI de "Obras Póstumas" de Allan
Kardec).
"Lembrar-se de que na aplicação do passe não se faz preciso a gesticulação, a respiração ofegante ou o
bocejo contínuo, e de que não há necessidade de tocar o assistido. A transmissão do passe dispensa qualquer
recurso espetacular". (André Luiz, cap. 28 de "Conduta Espírita").
Evitar, portanto, gestos cabalísticos, esfregar as mãos, estalar os dedos, mímicas, tremores, suspiros,
assopros, gemidos...
Quanto ao toque no assistido, normalmente o passe espírita é feito sem tocar o enfermo. No Centro
Espírita, especialmente, deve-se evitar tocar o assistidos, porque, além do toque ser desnecessário, na quase
totalidade dos casos que atendemos:
- muitos desconhecem o Espiritismo e assistidos ou acompanhantes vêem com estranheza e
suspeita o toque pessoal;
- somos criaturas ainda imperfeitas e o toque físico pode desviar-nos da elevação de pensamento
necessária ao passe. Portanto, prevenindo males maiores e salvaguardando o trabalhador do passe e a casa
espírita de quaisquer prejuízos ou suspeita, recomenda-se a aplicação do passe sem qualquer toque no receptor.
Reflexos
Na execução de sua tarefa, o passeista pode, algumas vezes, experimentar sensações relacionadas
com o problema do assistido.
Como está imbuído do desejo de ajudar o semelhante, é compreensível que se sintonize com ele, a
ponto de experimentar reflexos dos seus padecimentos. Toda tarefa de assistência pede abnegação. Mas o
passeista dispõe de recursos para eliminar os reflexos e poderá abreviar tal providência, tendo a mente voltada
para a prece e a perseverança no bem.
Nos passes em pessoas sob a atuação de espíritos em desequilíbrio, o passeista poderá registrar
reflexos negativos desde a hora em que se dispõe a ajudar, podendo perdurar ainda depois do passe. É
compreensível que os espíritos envolvidos na trama obsessiva, conhecendo-lhe a disposição de colaborar,
pretendam arrefecer-lhe o ânimo, afastando-o do caminho do enfermo. Fé, perseverança no trabalho são a melhor
medida para a superação desses obstáculos. E não nos esqueçamos de que a proteção espiritual é constante.
61
Exaustão
O passeista, como mero instrumento que, através da prece, recebe para dar, não precisa "jamais temer a
exaustão das forças magnéticas" (André Luiz, cap. 28 de "Conduta Espírita"). Portanto, desde que haja imperiosa
necessidade, o passeista poderá aplicar tantos passes quantos forem precisos, confiante no inesgotável
manancial da infinita misericórdia de Deus. Contudo, poderá sentir cansaço físico ou mental por estar aplicando
passes em muitas pessoas e por muito tempo. Cabe ao passeista, mesmo reconhecendo ser um simples
intermediário, poupar suas reservas energéticas evitando excessos desnecessários ou mau uso, e buscará os
meios naturais que o auxiliem na mais rápida recuperação (oração, repouso, alimentação). Desse modo ajudará o
esforço da espiritualidade em seu favor.
Topo
Finalizando o passe
Resultados do Passe
Não obstante a ajuda dos bons Espíritos, o resultado do passe dependerá das condições do passeista e
do receptor. Tendo recebido o passe, alguns enfermos se sentem curados, outros acusam melhoras, outros
permanecem impermeáveis ao serviço de auxílio.
Benéfico
Quando o passeista está em condições físicas e espirituais para transmiti-lo e quem recebe está
receptivo.
Às vezes, a ajuda do passe pode se traduzir em melhor disposição mental, em confiança e resignação.
Mesmo bom, o resultado do passe será passageiro, não se fixará em definitivo, se a pessoa não mantiver conduta
cristã aconselhável.
Maléfico
Quando o passeista está despreparado física e espiritualmente e emite fluídos grosseiros / perturbadores
em direção ao assistido e esse, também despreparado, não sabe ou não pode fazer frente à carga fluídica que
recebe do passeista.
- acionar seu próprio potencial fluídico para repelir, neutralizar ou modificar os maus fluidos que lhe foram
endereçados;
- merecer a interferência de bons Espíritos em seu favor;
- haverá efeito nulo, quando o assistido, embora receba boa ajuda do passeista, se mantém
impermeável (descrença, leviandade, aversão). Neste caso, as energias não absorvidas pelo assistido se
combinam com os fluidos ambientes e ficam, assim, de patrimônio geral, até serem canalizadas ou atraídas para
quem lhes ofereça receptividade.
Qualquer que seja a sua modalidade, o passe, em última análise, procede de Deus, sendo o passeista
um instrumento de Sua vontade. Como intermediário dessa vontade, tendo entregue a condução do seu trabalho
ao Plano Superior , o passeista, com naturalidade e humildade evitará:
- "contemplar" excessivamente os bons resultados alcançados - porta aberta à vaidade;
- falar sempre dos benefícios que tem proporcionado com seus passes - ostentação orgulhosa;
- ficar curioso ou aflito por resultados nos passes - semeamos o bem, mas a germinação,
desenvolvimento, flor e fruto dele pertencem a Deus. Certo é, porém, que haverá sempre uma recompensa natural
para quem se doa no passe.
Dando, recebemos; e, geralmente, recebemos bem mais do que damos, porque Deus é infinitamente
generoso.
Topo
62
Prece final
Quanto aos resultados do passe, quer tenham sido amplos ou reduzidos, com a permissão divina e a
ajuda dos bons espíritos, nele tivemos a oportunidade de servir em nome de Jesus. Cumpre-nos, pois, agradecer
numa oração, pelo que nos foi dado realizar.
O passe espírita
"E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e
aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os Espíritos malignos
se retiravam" - (Atos, cap. 19 - 11 e 12).
Desde os tempos mais antigos, a imposição das mãos é uma das fórmulas usadas pelas pessoas para
auxiliar os enfermos ou afastar deles as más influências espirituais. Em muitos trechos da Bíblia, vemos Jesus e
seus discípulos imporem as mãos sobre os necessitados, rogando a Deus que os curassem. Jesus fez largo uso
dessa prática e disse que, se quiséssemos, poderíamos fazer o mesmo.
E desde aquele tempo o homem utiliza-se desse recurso para aliviar, consolar, melhorar e até curar
doenças físicas e espirituais.
Antes do advento do Espiritismo, sabia-se pouco sobre a prática desse costume. Os fenômenos de curas
eram envoltos em mistérios e tidos como acontecimentos sobrenaturais.
Ao menos publicamente, ninguém se aventurou a dar explicações para o estranho poder que tinham as
mãos para curar e aliviar os males físicos e espirituais. Com a chegada da Doutrina Espírita, os Espíritos
superiores explicaram o porquê das coisas. Ensinaram que as mãos serviam como um instrumento para a
projeção de fluidos magnetizados, doados pelo operador, e fluidos espirituais, trazidos pelos Espíritos. Segundo
eles, os fluidos curativos eram absorvidos pela pessoa necessitada por meio dos centros vitais (chacras),
acumuladores e distribuidores de energias, localizados no perispírito e pelo próprio corpo astral que age como
uma esponja. Estavam assim explicadas, teoricamente, as curas promovidas por Jesus e pelos curadores de
todos os tempos.
Entre nós, seguidores de Allan Kardec, a imposição de mãos sobre uma criatura com a intenção de
aliviar sofrimentos, curá-la de algum mal, ou simplesmente fortalecê-la, ficou conhecida como "passe".
O passe é um dos métodos utilizados nos centros espíritas para o alívio ou cura dos sofrimentos das
pessoas. Quando ministrado com fé, o passe é capaz de produzir verdadeiros prodígios. Têm como objetivo o
reequilíbrio do corpo físico e espiritual.
7.1 - O PASSEISTA
O passeista é aquele que ministra o passe. Ser um passeista espírita é uma tarefa de grande
responsabilidade, pois trata-se de ajudar e abençoar as pessoas em nome de Deus. Pessoas carentes e sedentas
de melhoria, procuram no centro espírita o recurso do passe como forma de alívio das pressões psicológicas e
sustentação para suas forças morais e físicas.
O passeista não precisa ser um santo, mas necessita esforçar-se na melhoria íntima e no aprendizado
intelectual. Armado do desejo sincero de servir, quase todos os iniciantes podem trabalhar neste sagrado
ministério. O passeista deve procurar viver uma vida sadia, tanto física quanto moralmente. Aos poucos, os vícios
terrenos têm que ceder lugar às virtudes. O uso do cigarro e da bebida devem ser evitados. Como o passeista doa
de si uma parte dos fluidos que vão fortalecer o lado material e espiritual do necessitado, esses fluidos precisam
estar limpos de vibrações deletérias oriundas de vícios.
No aspecto mental, o passeista deve cultivar bons pensamentos no seu dia-a-dia. O orgulho, o egoísmo,
a maledicência, a sensualidade exagerada e a violência nas atitudes devem ser combatidos constantemente. A
Espiritualidade superior associa equipes de Benfeitores aos trabalhadores que se esforçam, multiplicando-lhes a
capacidade de serviço.
A fé racional e a certeza no amparo dos bons Espíritos são sentimentos que devem estar presentes no
coração de todos os passeistas. É fundamental no trabalho de passe, doar-se com sinceridade à tarefa sob sua
responsabilidade, vendo em todo sofredor uma alma carente de amparo e orientação.
O passeista não deve ter preferência por quem quer que seja. Seu auxílio deve ser igualmente
distribuído a todas as criaturas. As elevadas condições morais do passeista são fundamentais para que ele
consiga obter um resultado satisfatório no serviço do passe.
63
Portanto, todos podemos ministrar passes, porém é necessário um mínimo preparo moral a fim de que a
ajuda seja o mais eficaz possível. Como todas as tarefas realizadas dentro do centro espírita, esta também carece
de cuidados e atenção por parte de quem se propõe a executá-la.
"Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as
mãos sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer um, se trouxer a fé, o fervor, a vontade e a
confiança em Deus" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Setembro, 1865).
Allan Kardec nos instrui a respeito: "A primeira condição para isto é trabalhar em sua própria depuração
(moral e ética), a fim de não alterar os fluidos salutares que está encarregado de transmitir. Esta condição não
poderia ser executada sem o mais completo desinteresse material e moral. O primeiro é o mais fácil, e o segundo
é o mais raro, porque o orgulho e o egoísmo são sentimentos difíceis de se extirpar, e porque várias causas
contribuem para os superexcitar nos médiuns" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Novembro, 1866).
Fé; Amor ao próximo; Disciplina; Vontade; Conhecimento; Equilíbrio psíquico; Humildade; Devotamento;
Abnegação.
"Se pretendes, pois guardar as vantagens do passe, que em substância, é ato sublime de fraternidade
cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro" - (Espírito Emmanuel, no livro Segue-me).
Mágoas, más paixões, egoísmo, orgulho, vaidade, cupidez, vida desonesta, adultério etc.
"O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado de impurezas físicas e morais do encarnado;
o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas, que
acarretam uma cura mais pronta. Mas, passando através do encarnado pode alterar-se. Daí, para todo médium
curador, a necessidade de trabalhar para seu melhoramento moral" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Setembro,
1865).
Os passes podem ser classificados em três categorias: Passe magnético, Passe espiritual e Passe
misto.
a) Passe magnético
É um tipo de passe em que a pessoa doa apenas seus fluidos, utilizando a força magnética existente no
próprio corpo perispiritual. Pelo menos em tese, qualquer criatura pode ministrá-lo. Suas qualidades variam
segundo a condição moral do passeista, sua capacidade de doar fluidos e seu desejo sincero de amparar o
próximo.
No passe magnético, geralmente se recebe assistência espiritual. Isso acontece porque os Espíritos
superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem aos mais carentes.
Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é independente da crença que o passeista ou
magnetizador possa ter em Deus ou na Espiritualidade. Os Espíritos disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos
Médiuns", questão 176 :
"...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o bem não acredite em Deus, Deus acredita nela".
b) Passe espiritual
É uma espécie de magnetização feita pelos bons Espíritos, sem intermediários, diretamente no
perispírito das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe espiritual o necessitado não recebe fluidos
magnéticos de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores da Vida, pelo Espírito que
veio assisti-lo.
Pelo fato de não estar misturado ao fluido animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que as
outras modalidades de passes. Com isso, pode-se compreender que os recursos oferecidos nas reuniões públicas
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de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e Espíritos desencarnados, são bem maiores
do que aqueles que podemos contar em nossas residências, só com a ajuda do anjo guardião.
c) Passe misto
"...Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais depurados são os mais saudáveis; desde que esses
fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o concurso deles que é preciso obter. Por isto a prece e a
evocação são necessárias. Mas para orar e, sobretudo, orar com fervor, é preciso fé. Para que a prece seja
escutada é preciso que seja feita com humildade e dilatada por um real sentimento de benevolência e de caridade.
Ora, não há verdadeira caridade sem devotamento, nem devotamento sem desinteresse" - (Allan Kardec - Revista
Espírita, Janeiro, 1864).
Há uma certa discussão no meio espírita sobre como deveria ser aplicado o passe. Alguns defendem a
tese de que os passes deveriam ser ministrados movimentando-se as mãos ao redor do corpo do indivíduo, de
modo que as energias espirituais pudessem melhor atingir seus objetivos de cura. Outros, acham que o ato de
apenas impor as mãos sobre a cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente.
André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que o passe dispensa qualquer recurso espetacular.
José Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que o passe é tão simples que não se pode fazer nada
mais do que dá-lo.
Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista Espírita, número de Setembro de 1865, diz aos
médiuns que: "Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência desta ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto
misturam práticas evidentemente supersticiosas, às quais se deve emprestar o valor que merecem".
Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma metodologia para o passe. Cada grupo é livre para
se posicionar de um modo ou de outro, desde que sem exageros. A técnica deve ser o mais simples possível,
evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação em torno do paciente. Cada grupo deve ter o bom senso de
trabalhar da forma que achar mais conveniente desde que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.
O que é preciso levar em conta é que nenhuma das duas formas de aplicar o passe surtirá efeito se o
médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e condições morais salutares para concretizá-lo. Mesmo que se
aplique a melhor metodologia, não se conseguirão bons resultados se o passeista for pessoa de má índole.
A variação das condições fluídicas perispirituais de qualquer criatura viva produz desequilíbrios
orgânicos e psicológicos, que podem dar origem a enfermidades. Alterações psicológicas ou traumas orgânicos
podem provocar mudanças fluídicas na camada exterior do perispírito, agravando doenças ou iniciando estados
mórbidos. Daí, a importância da terapia energética dos passes como tratamento, mas principalmente como
profilaxia das enfermidades. Por isso o passe deve ser aplicado regularmente, desde que seja esclarecido que o
procedimento não é obrigatório, para desvinculá-lo de ritual ou dogma.
O Passe Espírita
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O passe espírita é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus, como se vê nos
Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são as mãos
de Jesus. Mas há um passado histórico que não podemos esquecer. Desde as origens da vida humana na Terra
encontramos os ritos de aplicação dos passes, não raro acompanhados de rituais, como o sopro, a fricção das
mãos, a aplicação de saliva e até mesmo a mistura de saliva e terra para aplicação no doente. No próprio
Evangelho vemos a descrição da cura de um cego por Jesus usando essa mistura. Mas Jesus agiu sempre, em
seus atos e em suas práticas, de maneira anti-ritual, de maneira que essas descrições, feitas entre quarenta e
oitenta anos após a sua morte, podem ser apenas influências de costumes religiosos da época. Todo o seu
ensino visava a afastar os homens das superstições vigentes no tempo. Essas incoerências históricas, como
advertiu Kardec, não podem provir dele, mas dos evangelistas. Caso contrário Jesus teria procedido de maneira
incoerente no tocante aos seus ensinos e aos seus exemplos, o que seria absurdo.
O passe espírita não comporta as encenações em que hoje o envolveram alguns teóricos improvisados,
geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista. Todo o poder e toda a
eficácia do passe espírita dependem do espírito e não da matéria., da assistência espiritual do médium passeista
e não dele mesmo. Os passes padronizados e classificados derivam de teorias e práticas mesméricas,
magnéticas e hipnóticas de um passado já há muito superado. Os Espíritos realmente elevados não aprovam
nem ensinam essas coisas, mas apenas à prece e a imposição das mãos. Toda a s encenações preparatórias:
mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluídos pelo passeista, mãos abertas sobre os joelhos,
pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas descruzados para não impedir a livre passagem
dos fluidos, e assim por diante, só servem para ridicularizar o passe, o passeista e o paciente. A formação das
chamadas pilhas mediúnicas, com o ajuntamento de médiuns em torno do paciente, as correntes de mãos dadas
ou de dedos se tocando sobre a mesa – condenadas por Kardec – nada mais são do que resíduos do
mesmerismo do século passado, inúteis, supersticiosos e ridicularizantes.
Todas essas tolices decorrem essencialmente do apego humano às formas de atividades materiais.
Julgamo-nos capazes de fazer o que não nos cabe fazer. Queremos dirigir, orientar os fluídos espirituais como se
fossem correntes elétricas e manipula-los como se a sua aplicação dependesse de nós. O passeista espírita
consciente, conhecedor da doutrina e suficientemente humilde para compreender que ele pouco sabe a respeito
dos fluídos espirituais – e o que pensa saber é simples pretensão orgulhosa – limita-se à função mediúnica de
intermediário. Se pede a assistência dos Espíritos, com que direito se coloca depois no lugar deles? Muitas
vezes os Espíritos recomendam que não se faça movimentos com as mãos e os braços para não atrapalhar os
passes. Ou confiamos na ação dos Espíritos ou não confiamos e neste caso é melhor não os incomodarmos com
os nossos pedidos.
O passe espírita é prece, concentração e doação. Quem reconhece que não pode dar de si mesmo,
suplica a doação dos Espíritos. São eles que socorrem aqueles por quem pedimos, não nós, que em tudo
dependemos da assistência espiritual.
A técnica do passe não pertence a nós, mas exclusivamente aos Espíritos Superiores. Só eles
conhecem a situação real do paciente, as possibilidades de ajuda-lo em face de seus compromissos nas provas, a
natureza dos fluídos de que o paciente necessita e assim por diante. Os médiuns vivem a vida terrena e estão
condicionados na encarnação que merecem e de que necessitam. Nada sabem da natureza dos fluídos, da
maneira apropriada e eficaz de aplica-los, dos efeitos diversos que eles podem causar. Na verdade, o médium só
tem uma percepção vaga, geralmente epidérmica, dos fluídos. É simples atrevimento – e portanto charlatanismo –
querer manipula-los e distribuí-los a seu modo e a seu critério. As pessoas que acham que os passes ginásticos
ou dados em grupos formados ao redor do paciente são passes fortes, assemelham-se às que acreditam mais na
força da feitiçaria, com seus apetrechos selvagens, do que no poder espiritual. As experiências espíritas sensatas
e lógicas, em todo o mundo, desde os dias de Kardec até hoje, mostraram que mais vale uma prece silenciosa, às
vezes na ausência e sem o conhecimento do paciente, do que todas as encenações e alardes de força dos
ingênuos que ignoram os princípios doutrinários.
Não há distância para a ação dos passes. Os Espíritos Superiores não conhecem as dificuldades das
distâncias terrenas. Podem agir e curar através das maiores lonjuras. Não obstante, não se deve desprezar a
importância do efeito psicológico da presença do paciente num ambiente mediúnico ou da presença do passeista
junto a ele, pelo calor humano e da doação fluídica direta, seja do médium ou também das pessoas que o
acompanham. Assim, o passe à distância só deve ser empregado quando for de todo impossível o passe de
contacto pessoal.
É muito comum chegarem pessoas ao Centro, ou mesmo dirigindo-se à casa de um médium, pedindo
passe com urgência. O passe não pode ser dado a qualquer momento e de qualquer maneira. Deve ser sempre
precedido de preparação do passeista e do ambiente, bem como do paciente. O médium precisa de preparação
para bem se dispor ao ato mediúnico do passe. Atender a esses casos imediatamente é dar prova de ignorância
das leis do passe. Tudo depende de sintonias que precisam ser estabelecidas. Sintonia do médium com seu
estado íntimo; sintonia do passeista com o Espírito que vai atende-lo; sintonia das pessoas presentes com o
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ambiente que se deve formar no recinto. Tudo isso se consegue através da prece e do interesse de todos pela
ajuda ao necessitado.
O passe é uma transfusão de plasma extrafísico certamente composto de partículas livres de anti-
matéria. As mãos humanas funcionam, no passe espírita, como antenas que captam e transmitem as energias do
plasma vital de anti-matéria. Hoje conhecemos, portanto, toda a dinâmica do passe espírita como transmissão de
fluidos no processo aparentemente simplíssimo e eficaz do passe. Não há milagre nem sobrenatural na eficácia
do passe, modestamente aplicado e divulgado por Jesus há dois mil anos.
Duração: 55 min
Em seu livro Passes e Radiações, Edgard Armond atribuiu diferentes tipos de passes para a conduta em
centros espíritas. Como você vê essa divisão técnica dos passes?
Jacob Melo - Em princípio, preferimos as anotações de Kardec. Ele dividiu didaticamente o passe em
três níveis: espiritual, humano e misto. Uma profusão de técnicas, sem o respaldo do Magnetismo, põe em dúvida
algumas dessas técnicas. Assim, reconhecemos a validade de uma distinção de técnicas em função dos objetivos,
desde que resguardados os cuidados pertinentes. A meu ver, Edgard Armond não apresentou em suas obras as
justificativas que se fariam necessárias. Não digo que elas sejam desprovidas de valor prático, mas carecem de
uma base de sustentação teórica, em termos de Magnetismo, e prática, em termos do que sugere Allan Kardec.
Só médiuns passeistas podem aplicar o passe? É necessária uma aptidão especial ou um "não médium"
pode aplicar também?
Jacob Melo - Em tese, qualquer pessoa pode aplicar passe. Tomando-se a divisão de Kardec, em alguns
casos são necessários algumas aptidões e predisposições. No caso do Magnetismo ou passe humano, a pessoa
deverá possuir disposição natural ou induzida de doação magnética. Para o caso do passe espiritual, há que se
atender às necessidades morais. Portanto, não há necessidade de ser obrigatoriamente médium, mas há a
necessidade de disposição de doação fluídica e de amor.
Jacob Melo - O uso de uma maca ou cama deve estar relacionado a algum fator, seja esse fator de
ordem de comodidade do passeista ou de melhor conforto para o paciente. Havemos de convir que, quanto mais
confortáveis estejam ambos, melhores condições terão para o sucesso da transmissão e recepção fluídica.
Entretanto, os passes podem ser aplicados com os pacientes em pé, deitados, sentados, de frente, de costas etc.
Essa modalidade deve ser rotineiramente aplicada nos Centros Espíritas, como temos visto inclusive na
sala de passe do Conbrade?
Jacob Melo - Não é necessário que esta prática seja rotineira, nem mesmo a própria aplicação do passe.
Este deve ser aplicado apenas e tão somente quando é constatada a necessidade dele. Só que, se eliminarmos
os passes das casas espíritas, baseados nessa premissa, sem dúvida iremos cair num fator de complicação muito
sério. Como sempre, o bom senso indica a melhor medida, a melhor ocasião e a melhor maneira.
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Somos informados que os nossos fulcros energéticos ou chakras, quando em estado normal, giram
numa determinada velocidade. Estando o corpo doente (em desequilíbrio), continuam os chakras com a mesma
velocidade?
Jacob Melo - Não. Nem com a mesma intensidade, nem com a mesma regularidade. Daí a necessidade
da ordenação dos campos vitais (chakras).
É certo afirmar que, ao aproximarmos mais as mãos do paciente, estamos doando energia excitante e,
ao afastarmos, energia calmante?
Jacob Melo - Quase isso! Os passes próximos, em relação ao Magnetismo, tornam os efeitos fluídicos
com características ativantes ou excitantes. Quando aplicados à distância do corpo do paciente, tornam-se
calmantes. Portanto, não são energias excitantes ou calmantes e sim a percepção e o efeito delas.
Com relação a uma pessoa refratária ao passe de um médium - passe magnético, espiritual ou misto
qual a conduta mais adequada do passeista nesse momento?
Jacob Melo - Imaginemos o passeista portador de Magnetismo Humano. Com técnicas dispersivas
(movimentação rápida das mãos), ele atenua essas discrepâncias fluídicas. O ideal, contudo, é o passeista
aprender técnicas para entrar em "relação magnética" ou "contato magnético" com o paciente. No caso do
passeista espiritual, há uma necessidade evidente de maior poder de concentração e oração. Mesmo aí, as
técnicas dispersivas também ajudam sobremaneira.
Quais os centros de forças e os plexos que mais atuam no passe? Até onde vai a importância deles no
passe?
Jacob Melo - No caso do passeista magnético, os centros vitais que mais "usinam" fluidos são o gástrico,
o esplênico e o laríngeo. Apesar disso, os outros também atuam. A importância disso vai repercutir diretamente na
qualidade e no refinamento dos fluidos em usinagem. Por exemplo, o entendimento do funcionamento desses
centros vitais explicarão, sem quaisquer misticismos, as implicações decorrentes da ingestão de alimentos,
medicamentos, drogas, uso e abuso do sexo etc. Nos pacientes, há a necessidade de se verificar os mais
desarmonizados para se propiciar um melhor atendimento.
No passe, a pessoa que aplica obrigatoriamente tem que ser moralmente "superior" à pessoa que está
recebendo? O passeista pode se prejudicar em alguma situação?
Jacob Melo - A questão "superior" é subjetiva por si mesma. No caso do passe espiritual, há uma
necessidade imperiosa de um equilíbrio moral e espiritual por parte do passeista. No caso do Magnetismo, a
própria vida nos demonstra que pessoas de moral duvidosa têm obtido resultados vulgarmente qualificados de
milagrosos. Quanto à questão de um passeista sofrer prejuízos, infelizmente pode, haja vista o número
relativamente grande de passeistas que chegam a lamentáveis casos de fadiga fluídica. Isso tanto se deve a
excessos de doação magnética quanto à falta de técnicas e de desconhecimento sobre como se defender com as
próprias técnicas.
Já ouvimos falar de diversas técnicas de passe, como passes transversais, rotatórios, perpendiculares,
longitudinais. Gostaria de saber o que difere nessas técnicas, ou são todas iguais?
Jacob Melo - Há diferença entre elas sim. Por exemplo, os transversais e perpendiculares são, na sua
maioria, dispersivos. Os rotatórios normalmente são concentradores e os longitudinais tanto podem ser
dispersivos, concentradores, ativantes ou calmantes. Logo, há uma necessidade real de estudo para uma maior
segurança do uso das técnicas.
Quando uma pessoa que não acredita nos efeitos do passe (por exemplo, materialista) é levada a tomá-
lo, os efeitos são os mesmos ou a disposição prévia e boa vontade do receptor influi nos resultados?
Jacob Melo - Influi decisivamente. Isto não quer dizer que um descrente não possa ser beneficiado, só
que esta não é a regra. Observemos que a própria ciência prova que o fato de acreditarmos mais em um médico
do que noutro já potencializa ou diminui os efeitos do tratamento. O que não se esperar de uma transferência tão
sutil quanto a fluídica veiculada através do passe?
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Já se ouviu falar de casos de morte cerebral em uma regressão na transmissão do passe. Que restrições
devem ser tomadas para transmiti-lo e por que ele é tantas vezes tão perigoso?
Jacob Melo - Vamos por partes. Primeiro, não conheço nenhum caso conforme o narrado. Depois, as
imposições são, por si sós, concentradoras fluídicas. Como se aplica muita imposição sobre o coronário, o
passeista, sendo um doador de densos fluidos magnéticos, naturalmente saturará este centro de uma maneira
desequilibrante e, daí, podem advir conseqüências constrangedoras. Para se evitar tais ocorrências é que se
conta com os passes dispersivos. As restrições deverão ser vencidas através do conhecimento. Para tanto, cabe
às diretorias das casas espíritas fazerem regularmente treinamentos e avaliações de seu quadro de passeistas.
Se eu estiver pensando mentalmente em acalmar, a distância terá mesmo influência? Qual a distância
das mãos para acalmar e para excitar?
Jacob Melo - Lamentavelmente, em termos de magnetismo humano, nossa indução mental nem sempre
supera a influência fluídica. No GEAK, grupo ao qual estamos ligados em Natal, temos feito pesquisas nesta área
há mais de sete anos e já temos muitas evidências de que a indução mental para se obter um resultado diferente
do que o magnetismo ensina não tem sido positivo. As distâncias médias consideradas são um palmo do corpo do
paciente (25 centímetros, em média). Daí, em direção ao corpo, são ativantes e, em se afastando do corpo,
quanto mais distantes, mais calmantes.
Jacob Melo - Só a prática determina. Se você ou o passeista é doador de fluidos magnéticos e está se
iniciando agora na prática, recomendamos um máximo de três aplicações por sessão e uma sessão por semana. A
partir daí, observe-se para saber suas reações no dia imediatamente posterior à aplicação. Havendo cansaço ou
sono, insônia, ressaca e indisposições gástricas, é provável ter havido um excesso de doação ou a falta de uma
aplicação técnica mais correta. Não tendo havido problema, vá aumentando a cada semana um passe até chegar
ao seu limite ideal. Apesar desta resposta, seria necessária uma abordagem mais ampla para que pudéssemos
entender o motivo de tantos cuidados com a aplicação do passe.
Jacob Melo - Sendo fraqueza detectada ainda no ambiente onde houve a aplicação do passe, solicite a
um outro passeista que lhe aplique passes dispersivos. Havendo água fluidificada, beba um pouco. No caso da
fraqueza surgir no dia seguinte, evite desgastes físicos desnecessários, alimente-se de maneira mais leve que o
habitual, se possível caminhe (não se trata de caminhada como exercício físico e sim como um passeio) em algum
lugar onde respire ar puro e, não sendo portador de diabetes, tome água de coco. Não estamos falando das
implicações e necessidades espirituais, porque acreditamos que todos sabemos do conveniente e necessário uso
da oração e da conexão com o mundo espiritual superior.
Jacob Melo - São as técnicas em que se usam as doações fluídico-magnéticas pelo sopro. A insuflação
quente tem por característica ser extremamente ativante, enquanto que a fria normalmente é calmante e
dispersiva. Em termos de aplicação, a fria é procedida como quem sopra uma vela, enquanto a quente é como um
"bafo". Não se entenda, entretanto, que basta soprar para se fazer insuflação. É necessário que se tenha a
disposição de exteriorização fluídica pelas vias superiores.
No passe magnético, existe realmente a relação recepção/doação através das mãos esquerda e direita?
Jacob Melo - Isto é muito comentado pela chamada escola dos polaristas. Ocorre que nem mesmo os
polaristas são concordantes entre si. Por sua vez, a prática demonstra não haver maior significado na inversão
das mãos, tanto é que, particularmente, nunca vi em nenhum Centro Espírita algum passeista, antes de iniciar sua
tarefa, perguntar se os pacientes são canhotos ou destros.
Como você compara a dieta vegetariana com a carnívora para um médium passeista?
Jacob Melo - Tudo leva a crer que o vegetariano leva vantagens. Mas lembramos que, em tudo, a virtude
está no meio. Se em O Livro dos Espíritos, no Novo Testamento e numa entrevista de Chico Xavier encontramos
informações que não condenam definitivamente a carne, não seremos nós que o faremos. Ainda assim, não
podemos concordar com o excesso de alimentação, seja vegetariana ou não. Portanto, não creio que o
vegetariano, só por isso, seja melhor que o carnívoro, apesar das vantagens que ele tenha, já que todos sabemos
dos inconvenientes decorrentes da dificuldade de digestão da carne animal. Um exemplo: É melhor comer um bife
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com moderação do que jantar meio quilo de alface, vinte tomates, quarenta cebolas e, de sobremesa, duas
melancias.
Jacob Melo - Existe correlação tempo/efeito. Existe correlação passe magnético e espiritual. O tempo e o
efeito tanto dependem das técnicas quanto dos passeistas e dos pacientes. Os passes espirituais, a rigor, não
carecem de técnicas, mas as técnicas, se bem conhecidas e aplicadas, em nada prejudicam, ao contrário, só
contribuem favoravelmente. Os passes magnéticos, estes sim, precisam de conhecimentos e experiências para se
alcançar uma melhor correlação tempo/efeito.
PASSE
O passe não é magia, não está ligado a ritualismos, não é dogmatismo. O passe consiste na
transmissão, normalmente através das mãos, de fluidos do corpo físico do passeista, da Natureza ou do Espírito
operante para o enfermo, atuando sobre os centros vitais, situados no seu perispírito ou corpo astral. O passe
objetiva cura ou alívio, através do reequilíbrio orgânico, perispiritual e psíquico do paciente, além de auxiliar nos
tratamentos espirituais e desobsessivos. Denominamos o cooperador que aplica o passe de médium passeista,
por ser ele o intermediário dos Espíritos especializados e responsáveis por essa atividade no plano espiritual. O
passeista é um voluntário que se submete a um treinamento na própria Casa e a uma preparação física e
espiritual antes de atuar no atendimento ao público. Portanto, o passe na CECA é uma tarefa coordenada e
organizada, vinculada ao nosso Departamento Doutrinário. Na CECA, a aplicação dos passes é realizada em
cabine especial situada ao lado do auditório, somente após as reuniões públicas. Qualquer pessoa pode receber
um passe, porem dá-se preferência àquelas que estão de posse das senhas que são distribuídas, por questões de
organização, ao adentra-se na Casa. As pessoas que não pegaram senha por qualquer motivo podem receber o
passe, desde que sintam a necessidade fazê-lo. Basta comunicar sua intenção a um dos plantonistas do auditório
de reuniões publicas. Doenças do corpo físico, problemas emocionais e psicológicos são alguns sintomas
indicativos para a terapia fluídica do passe.
BREVE CONCEITO
Quando duas mentes se sintonizam, uma passivamente e outra ativamente, estabelece-se entre ambas,
uma corrente mental cujo efeito é o de plasmar condições pelas quais o "ativo" exerce influência sobre o "passivo".
A esse fenômeno denominamos magnetização ou passe. Assim, magnetismo é o processo pelo qual o
homem, emitindo energia do seu perispírito, age sobre outro homem, bem como sobre todos os corpos animados
ou inanimados.
Temos, portanto, que o passe é uma transfusão de energia do passeista e/ou espírito para o
receptor/assistido. Pode-se dizer que é uma transfusão fisio-psíquicas, que resulta na troca de elementos vivos e
atuantes, recurso fundamental para rearmonização energética do perispírito. Podemos dizer que o passe atua
diretamente sobre o perispírito, agindo de três formas diferentes:
· Dispersante: Eliminando os excessos e distribuindo de uma maneira igual os fluidos doados ao longo
do campo vibratório e por todos os chacras ou centros de força.
O passe auxilia assim, na cura das enfermidades, a partir do reequílibro energético do perispírito.
Locais especiais tanto no aspecto físico quanto espiritual, os centros de força são semelhantes aos
chacras da medicina oriental, pelos quais o corpo pode absorver e usar as energias espirituais para atingir o bem-
estar e elevar seu padrão vibracional e evolutivo.
A palavra "chacra", originária do sânscrito, quer dizer "roda" ou "pires" que, em seus movimentos
vorticosos, forma uma depressão no centro. Portanto, seu significado etimológico é "disco giratório". Os chacras
são pontos de conexão pelos quais a energia flui de um corpo a outro. Os fluxos energéticos criam vórtices ou
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redemoinhos, aproveitando essa entrada para atravessarem o perispírito e o duplo etérico e passarem para o
organismo físico.
Inicialmente, cumpre destacar que a terapêutica espírita que denominamos em geral fluidoterapia,
mencionada por Kardec em vários artigos da Revista Espírita, fundamenta-se no magnetismo desenvolvido por
Mesmer, no século 18, e posteriormente por seus seguidores.
Estudiosos do magnetismo se referem ao magnetismo mineral, vegetal (polarização das plantas), animal
(comum a todos os seres vivos) e humano, este último superior aos demais, pois pode ser manipulado segundo a
vontade do indivíduo. A idéia de magnetismo humano corresponde com exatidão aos princípios do conceito
espírita de fluido vital.
Segundo disse Kardec, os fluidos que doamos pelos passes, são absorvidos de forma mais eficaz se
forem direcionados através das mãos às regiões dos plexos, que são zonas de maior concentração de
terminações nervosas do corpo físico e onde estão localizados os centros de força do perispírito.
A comunicação entre os chacras acontece através de condutos conhecidos como "meridianos", por onde
flui a energia vital alterada. O tamanho dos chacras depende do desenvolvimento espiritual e das vibrações que
emitimos.
Lembramos ainda que, nas doutrinas orientalistas, os centros de força são principais e secundários. Os
principais são aqueles que conhecemos (divergindo os autores que os citam quanto ao seu número exato), mas os
secundários são citados em tais doutrinas como sendo em número muito elevado e distribuídos por todo o corpo
energético (coincidindo com o conceito de "poros espirituais", citado por Kardec, que não cita expressamente os
centros de força). É a base da acupuntura e outras terapias, que inclusive trabalham com os centros secundários
localizados em várias regiões.
Então, considerando que são sete o número de chacras mais importantes, temos: coronário, frontal,
laríngeo, cardíaco, esplênico, gástrico e genésico.
Chacra Coronário
Situado no alto da cabeça e conhecido entre os hindus como "lótus de mil pétalas", o chacra coronário
se relaciona materialmente com a epífise, possui 960 raios principais e um centro menor em turbilhão colorido,
apresentando 12 ondulações ou raios. É o chacra mais importante, pois nos liga com o plano espiritual e é através
dele que captamos as energias espirituais, além de ser o centro de forças de maior potencial e radiação,
responsável por sediar a consciência do espírito.
Chacra Frontal
O chacra frontal fica entre os olhos, tem 96 raios e se relaciona com os lobos frontais do cérebro e a
hipófise pituitária. É o chacra dos sentidos, atuando diretamente sobre a hipófise e, também, na área do raciocínio
e da visão. Por isso, diz-se que ele é o responsável direto pelo funcionamento dos centros superiores intelectivos,
bem como do sistema nervoso central. É também um dos chacras responsáveis pela vidência e intuição no campo
da medi unidade, já que, através dele, emitimos nossa energia mental e possui mos o comando dos poderes
psíquicos. Quando abundante de fluido vital e em boa atividade com os outros chacras, confere ao homem
encarnado e desencarnado a faculdade de aumentar ou diminuir seu poder visual.
Chacra Laríngeo
O chacra laríngeo, situado à altura da garganta, possui 16 raios e se relaciona com o plexo cervical,
sendo responsável pela saúde das áreas fonéticas e auditivas, vias respiratórias e certas glândulas endócrinas.
Suas mais importantes funções são sustentar e controlar as atividades vitais e o funcionamento das glândulas
timo-tireóide e paratireóide, estabilizando definitivamente a voz da criatura após a puberdade. É um chacra que
influi bastante nos demais centros de forças e nos plexos nervosos do organismo humano, pois o ato da
materialização das idéias através da fonética é um fenômeno que concentra todas as forças etéreo-magnéticas do
perispírito, atuando em vigorosa sintonia com os demais centros energéticos reguladores das funções orgânicas.
Além disso, permite que os espíritos transmitam mensagens psicofônicas por seus canais.
Chacra Cardíaco
Responsável pelo equilíbrio, intercâmbio e controle da emotividade, o chacra cardíaco está localizado na
região do coração, possui 12 raios e sua função é permitir o fluxo das informações sentimentais e emotivas.
Estando em equilíbrio, esse chacra permite à pessoa ser muito lúcida em seus sentimentos e suas emoções,
confirmando a velha tradição de que estes são gerados no coração do homem. Quando é bem desenvolvido, ele
favorece a consciência ou a percepção instantânea das emoções e intenções alheias.
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Chacra Esplênico
Ligado materialmente ao baço e formado por 10 raios, o chacra esplênico é a principal porta de entrada
de energia vital, além de regular tanto a distribuição e circulação dos recursos vitais como a formação e reposição
das defesas orgânicas através do sangue. É o mais importante centro energético de vitalização do corpo físico.
Quando nos desvitalizamos, sentindo-nos fracos, isso indica que este chacra está com mau funcionamento. As
pessoas que tem o chacra esplênico embotado são muito nervosas, incomodam-se com tudo, além de serem
vampiros de energia, pois não conseguem se energizar sozinhas. Ele é importante também para os médiuns que
dão passes magnéticos, pois parte dos fluidos provém de nossa vitalidade. Pessoas que têm o chacra esplênico
muito desenvolvido podem ser médiuns curadores.
Chacra Gástrico
O chacra gástrico possui seis raios e se localiza na altura do umbigo. De natureza rudimentar, é
responsável pela assimilação e metabolização dos alimentos que o homem ingere, pelo funcionamento do
aparelho digestivo, pela assimilação de elementos nutritivos e pela reposição de fluidos em nossa estrutura física.
Quando este chacra é muito desenvolvido, o homem aumenta sua percepção das sensações alheias, pois adquire
um tato instintivo ou uma sensibilidade espiritual incomum que o faz perceber todas as emanações hostis
existentes no ambiente onde atua e, também, as vibrações afetivas que pairam no ar.
Chacra Genésico
Por fim, temos o chacra genésico, que possui quatro raios e está situado na base da espinha dorsal,
sobre a região sacra. Responsável pelos órgãos de reprodução e emoções sexuais, atua sobre a coluna vertebral,
sistema central e periférico e em todo o aparelho urinário e reprodutor. Este chacra é o mais primitivo e singelo de
todos em sua manifestação, um dos principais modeladores das formas e dos estímulos da vida orgânica. A
pessoa que abrir o chacra genésico prematuramente dará entrada a uma torrente de energia tão poderosa que irá
alimentar todas as paixões e os desmandos, o orgulho poderá explodir e o recalque sensual dominará de tal
maneira que realizará os piores caprichos e ações sobre o próximo. Em desequilíbrio, pode levar o homem à
loucura, pois sua ação muito forte acirra o desejo sexual, semeando a satisfação aberrativa. A energia vitalizante
não utilizada nas emoções sexuais superiores e no desenvolvimento do intelecto deve ser aproveitada na prática
de esportes, com o intuito de não causar distúrbios sexuais inferiores e não ativar maus sentimentos.
TIPOS DE PASSES
Os passes podem ser classificados em três categorias: Passe magnético, Passe espiritual e Passe
misto.
a) Passe magnético
É um tipo de passe em que a pessoa doa apenas seus fluidos, utilizando a força magnética existente no
próprio corpo. Pelo menos em tese, qualquer criatura pode ministrá-lo (como a ciência tem comprovado através
dos trabalhos no campo do Magnetismo Animal). No caso do homem, as qualidades magnéticas desta
transferência de energia variam segundo a condição moral do passeista, sua capacidade de doar fluidos e seu
desejo sincero de amparar o próximo.
No passe magnético, geralmente se recebe assistência espiritual. Isso acontece porque os Espíritos
superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem aos mais carentes.
Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é independente da crença que o passeista ou
magnetizador possa ter em Deus ou na Espiritualidade. Os Espíritos disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos
Médiuns", questão 176 :
"...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o bem não acredite em Deus, Deus acredita nela".
b) Passe espiritual
É uma espécie de magnetização feita pelos bons Espíritos, sem intermediários, diretamente no
perispírito das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe espiritual o necessitado não recebe fluidos
magnéticos de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores da Vida, pelo Espírito que
veio assisti-lo.
Pelo fato de não estar misturado ao fluido animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que as
outras modalidades de passes. Com isso, pode-se compreender que os recursos oferecidos nas reuniões públicas
de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e Espíritos desencarnados, são bem maiores
do que aqueles que podemos contar em nossas residências, só com a ajuda do anjo guardião.
72
c) Passe misto
"...Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais depurados são os mais saudáveis; desde que esses
fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o concurso deles que é preciso obter. Por isto a prece e a
evocação são necessárias. Mas para orar e, sobretudo, orar com fervor, é preciso fé. Para que a prece seja
escutada é preciso que seja feita com humildade e dilatada por um real sentimento de benevolência e de caridade.
Ora, não há verdadeira caridade sem devotamento, nem devotamento sem desinteresse" - (Allan Kardec - Revista
Espírita, Janeiro, 1864).
Para compreendermos de maneira diferenciada, vejamos alguns dos principais precursores, na história
do magnetismo e do passe.
· PARACELSO - (1493-1541)
Personalidade que causava muita polêmica em sua época, o médico suíço Paracelso é visto hoje em dia
como o precursor da medicina holística. A visão da saúde como o equilíbrio energético do corpo, a importância da
fé na cura e a interrelação entre o homem e tudo o que o cerca são apenas alguns dos conceitos elaborados por
ele há cerca de 5OO anos.
Médico, Alquismista, Físico e Astrólogo, seu verdadeiro nome era Phillipus Aureolus Theophrastus
Bombastus von Hohenheim. Para ele a NATUREZA era a autoridade suprema e que nela dever-se-ia buscar todas
as verdades, porque a natureza, diferentemente do homem, não comete erros.
Mostrava que o mundo natural é algo mais daquilo que se pode ver com os olhos, sentir com as mãos,
pesar ou medir. Em suas palavras: "O visível esconde o invisível, mas apesar disso conseguimos o invisível
apenas através do visível". Assim, as coisas não são simples pedaços de matéria inerte: possuem propriedades
ocultas que se fundamentam em um mundo invisível.
Acreditava em uma energia de cura que irradiava dentro e envolvia o homem como uma esfera
luminosa. Esta força, que ele denominou "archaeus", podia funcionar à distância e era capaz de criar e curar
doenças. Também disse que as estrelas e outros corpos, especialmente magnéticos, podem influenciar o homem
por meio de sua força, que penetra todo o espaço. Foi essa teoria que ficou conhecida como magnética ou
sistema simpático da medicina, que é a base da cura magnética. Paracelso já dizia: "se dado em pequenas doses,
o que faz um homem doente também o cura".
Então, com base nestes conceitos, afirmava que o homem emite e recebe vibrações, podendo então
emitir ou receber boas ou más vibrações.
Paracelso foi um dos principais precursores do estudo do magnetismo animal. Ele aplicava suas idéias à
medicina afirmando que "o primeiro médico do homem é Deus", autor da saúde, já que "o corpo não é mais que a
casa da alma".
Jan Baptista van Helmont, projetou nova luz sobre o magnetismo animal, tendo sido o mais importante
continuador e discípulo de Paracelso.
Destacou clara distinção entre o que chamava magnetismo animal proveniente do corpo físico do
homem (exterior), e as vibrações que emanavam do "homem interior", de suas forças espirituais.
Certa feita, respondendo a um jesuíta a crítica de atribuir ao demônio as curas efetuadas por Paracelso,
expressou que os teólogos deveriam se ocupar com as causas divinas e os naturalistas com as causas da
73
natureza, porque a natureza não havia escolhido os teólogos como seus intérpretes, e sim os seus filhos, os
físicos e naturalistas.
· MESMER - (1734-1815)
Franz Anton Mesmer nasceu em Well, Áustria, em 1733. Criador da filosofia do mesmerismo, é
considerado o pai do magnetismo animal.
Antes de cursar medicina na Universidade de Vime, onde se formou médico, estudou filosofia, direito e
teologia em Ingolstadt. Freqüentava constantemente círculos ocultistas, locais onde obteve muitos conhecimentos
alquímicos. Estudou profundamente a vida e a obra do Dr. Paracelso.
Sua teoria tinha como base a sua tese de doutorado apresentada em Viena em 1776 denominada "De
Influxo Planetarum In Corpus Humanum", que descrevia a influência dos planetas por intermédio de um fluido
universal com poderes magnéticos sobre a matéria viva, o que gerou muitas polêmicas em torno do assunto.
Descrevia também o magnetismo animal, que existiria em duas formas opostas e tenderia a emanar dos lados
direito e esquerdo do corpo humano, explicando que a cura das enfermidades consistia na restauração do
equilíbrio ou harmonia alteradas entre os dois fluidos. Com base nestas teorias, Mesmer construiu sua técnica
terapêutica, utilizando a fixação dos olhos e os passes com as mãos.
Em seus trabalhos expunha e descrevia que um princípio imponderável atuava sobre os corpos; que em
todo organismo vivente existe um fluido magnético, no qual circula uma força especial animando tanto o mundo
orgânico como o inorgânico; que esse fluido se transmite, podendo revigorar os corpos debilitados; que as
pessoas dotadas de grande vitalidade podem transmitir essa energia aos outros, se souberem dirigir essa mesma
energia, utilizando as mãos.
Sobre as forças vitais, Mesmer apoiou-se em Willian Maxwell, que em 1676, na sua obra "Medicina
Magnética", afirma que a alma humana não está contida dentro dos limites do corpo e atua fora dele; que o corpo
humano emite radiações, compostas de elementos imateriais, que são os veículos que transmitem a ação da alma
e que contém forças vitais.
Mesmer assegurava que dirigindo esse fluido segundo métodos corretos, poder-se-ia "curar as doenças
dos nervos e imediatamente outras" e que "a arte de curar chegaria assim à sua perfeição última". Dizia também
que o organismo como um todo, age como elemento sensível e captor das energias fluídicas e qualquer
desequilíbrio rompendo a harmonia entre o homem e o todo, gera a doença.
Dessa forma, acrescentava, não haveria senão uma única doença, sob múltiplos aspectos, como,
similarmente, não haveria senão um único remédio para todos os males: o magnetismo.
Ocultista inglês, nasceu na cidade de Milgate, Kent, em 1574. Sua vida foi fortemente ligada ao
esoterismo. Estudou artes em Oxford, no Saint John the Baptist College, e medicina no College of Physicians de
Londres. Era um cientista experimentador e muitas curas "maravilhosas" foram atribuidas a sua pessoa. Afirmou
haver obtido curas com água magnetizada.
Fludd entrou para história como o mais representativo dos ingleses praticantes da medicina mística (ou
ocultista), publicando um livro de nome comprido: "Apologia Compediaria Fraternitatem de Rosea Crucis
Suspicionis et Infamiae Maculis Aspersam, veritates quaesi Fluctibus abluens et abstergens", em 1616, uma
apologia defendendo os rosa-cruzes.
Em 1787, o dr. Jacques Henri Désiré Petétin (1744-1808), de Lyon, descobriu como levar um paciente
hipnotizado ao transe cataléptico. Em sua obra, "Electricité Animal" (1808), ele comunica ter observado, nas suas
experiências com a catalepsia, pacientes a manifestarem impressionantes faculdades "paranormais". Entre os
fenómenos estranhos observados, assinala-se a transposição dos sentidos. Alguns pacientes em estado
cataléptico pareciam surdos quando a voz era dirigida aos seus ouvidos. Entretanto, ouviam perfeitamente bem se
as palavras lhes eram sussurradas ao nível do estômago. O mesmo facto ocorria com relação à visão. O sujeito
mostrava-se capaz de "ver" com a região correspondente ao estômago, o mesmo ocorrendo com os outros
sentidos, os quais pareciam transpostos para aquela região. Outras vezes os sentidos sofriam uma transposição
diferente, para a ponta dos dedos da mão ou dos pés, por exemplo.
André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que o passe dispensa qualquer recurso espetacular.
José Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que o passe é tão simples que não se pode fazer nada
mais do que dá-lo.
Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista Espírita, número de Setembro de 1865, diz aos
médiuns que: "Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência desta ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto
misturam práticas evidentemente supersticiosas, às quais se deve emprestar o valor que merecem".
Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma metodologia para o passe. Cada grupo é livre para
se posicionar de um modo ou de outro, desde que sem exageros. A técnica deve ser o mais simples possível,
evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação em torno do paciente. Cada grupo deve ter o bom senso de
trabalhar da forma que achar mais conveniente desde que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.
O que é preciso levar em conta é que nenhuma das duas formas de aplicar o passe surtirá efeito se o
médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e condições morais salutares para concretizá-lo. Mesmo que se
aplique a melhor metodologia, não se conseguirão bons resultados se o passeista for pessoa de má índole.
Emmanuel o define como uma "transfusão de energias físio-psíquicas". Beneficia a quem o recebe
porque oferece novo contingente de fluidos já existentes. Emmanuel o considera "equilibrante ideal da mente,
apoio eficaz de todos os tratamentos" e compara sua ação à do antibiótico e à assepsia, que servem ao corpo
frustrando instalação de doenças.
1) que o passeista use o pensamento e a vontade, a fim de captar os fluidos, emiti-los e fazê-los
convergir para o assistido;
2) que haja um clima de confiança entre o socorrista e o assistido, a fim de se formar um elo de força
entre eles, pelo qual "verte o auxílio da Esfera Superior, na medida dos créditos de um e de outro";
3) que o assistido esteja receptivo, para que sua mente adira à idéia de trabalho restaurativo e comece a
sugeri-lo a todas as células do corpo físico; então irá assimilando os recursos vitais que estiver recebendo e os
reterá na própria constituição fisiopsicossomática.
Ao contrário do que podem pensar alguns, o uso do magnetismo como forma de cura é bastante antigo,
sendo utilizado desde a antigüidade e não surgiu com o Espiritismo, não sendo uma criação da Doutrina Espírita.
Esse meio de socorrer os enfermos do corpo e da alma já era conhecido e empregado na antigüidade.
No Egito, multidões acorriam ao templo da deusa Isis, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos
sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos.
75
Jesus o utilizou, "impondo as mãos" sobre os enfermos e perturbados espiritualmente, para beneficiá-los
e ensinou essa prática aos seus discípulos e apóstolos, que também a empregaram, largamente, como vemos em
"Atos dos Apóstolos".
Ao longo dos tempos, o passe continuou a ser usado, sob várias denominações e formas, em todo o
mundo, ligado ou não a práticas religiosas.
o século anterior a Kardec, tudo o que então se conhecia sobre fluidos e como empregá-los estava
consubstanciado no magnetismo, de que o médico austríaco Franz Anton Mesmer foi o grande expoente,
beneficiando muitos enfermos. Mas havia, ainda, muita ignorância sobre o que fossem os fluidos e a forma de sua
transmissão.
A codificação da Doutrina dos Espíritos, por Allan Kardec, permitiu entendermos melhor o processo pelo
qual o ser humano influencia e é influenciado fluidicamente, tanto no plano material como no espiritual.
Na atualidade, o passe continua a ser empregado por outras religiões, que o apresentam sob nomes e
aparências diversas (benção, unção, johrei, benzedura ...). Pessoas sem qualquer relação com movimentos
religiosos também o empregam.
É no meio espírita, porém, que o passe é mais bem compreendido, mais largamente difundido e
utilizado. O passe que Jesus ensinou e exemplificou veio a se tornar uma das principais práticas de ação fluídica.
Nada mais natural, pois o Espiritismo é a revivescência do puro Cristianismo.
Os Espíritos superiores explicam, através da codificação kardecista, que as mãos servem como
instrumento para a transmissão do magnetismo humano que, com as energias distribuídas pelos Espíritos,
constituem o passe espírita.
Devido aos excessos, infelizmente mais comuns do que seria de desejar, de gesticulação, e de outros
atavismos como estalidos de dedos, sem referência experimental e muito menos científica, o melhor passe, a
exemplo de Jesus, é, sobretudo e apenas, a imposição das mãos, sem tocar na pessoa que vai receber o passe.
Isso porque o que funciona, na verdade, é a mente.
Tipos de passes:
1) Magnético - Quando ministrado somente com os recursos fluídicos do próprio passeista (magnetismo
humano).
2) Espiritual - Quando ministrado pelos Espíritos, unicamente com seus próprios fluidos (magnetismo
espiritual), sem o concurso de intermediário (passeista). Os Espíritos agem com observância da sintonia e
considerando os méritos ou necessidades do assistido, que, às vezes, nem percebe ter sido beneficiado. Para
receber um passe espiritual basta orar e colocar-se em estado receptivo.
O concurso dos Espíritos poderá ser espontâneo ou provocado pelo passeista, com uma prece, ou
simplesmente num propósito (que eqüivale a um apelo íntimo). Essa assistência espiritual é sempre desejável.
4) Mediúnico - Quando os Espíritos atuam através de um encarnado mediunizado. O fluido dos bons
Espíritos "...Passando através do encarnado, pode alterar-se um pouco..." (como água límpida passando por um
vaso impuro) "...Daí, para todo verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua
depuração".
5) Coletivo - Quando a equipe do passe magnético é de pequeno número face à multidão que o procura,
sem qualquer prejuízo para os eventuais beneficiados, recorre-se ao passe coletivo. Uma vez que o principal,
neste processo de ajuda espiritual, é a sintonia do candidato a receber o passe, os próprios espíritos-passeistas
durante a palestra ministram bênçãos fluídicas a quem estiver nas condições necessárias para participar na
ocorrência deste fenômeno enquanto beneficiado.
Posta
76
O passe no Centro Espírita
Há uma certa discussão no meio espírita sobre como deveria ser aplicado o passe. Alguns defendem a
tese de que os passes deveriam ser ministrados movimentando-se as mãos ao redor do corpo do indivíduo, de
modo que as energias espirituais pudessem melhor atingir seus objetivos de cura. Outros, acham que o ato de
apenas impor as mãos sobre a cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente.
André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que o passe dispensa qualquer recurso espetacular.
José Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que o passe é tão simples que não se pode fazer nada mais do
que dá-lo. Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista Espírita, número de Setembro de 1865, diz aos
médiuns que: "Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência desta ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto
misturam práticas evidentemente supersticiosas, às quais se deve emprestar o valor que merecem."
Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma metodologia para o passe. Cada grupo é livre para
se posicionar de um modo ou de outro, desde que sem exageros.
A técnica deve ser o mais simples possível, evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação
desnecessária em torno do paciente. Cada grupo deve ter o bom senso de trabalhar da forma que achar mais
conveniente desde que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.
O que é preciso levar em conta é que nenhuma das duas formas de aplicar o passe surtirá efeito se o
médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e condições morais, salutares para concretizá-lo. Mesmo que
se aplique a melhor metodologia, não se conseguirão bons resultados se o passeista for pessoa de má índole.
A variação das condições fluídico-espirituais de qualquer criatura viva produz desequilíbrios orgânicos e
psicológicos, que podem dar origem a enfermidades. Alterações psicológicas ou traumas orgânicos podem
provocar mudanças fluídicas na camada exterior do perispírito, agravando doenças ou iniciando estados mórbidos.
Daí, a importância da terapia energética dos passes como tratamento, mas principalmente como profilaxia das
enfermidades. Por isso o passe deve ser aplicado regularmente, desde que seja esclarecido que o procedimento
não é obrigatório, para desvinculá-lo de ritual ou dogma.
Fonte : Diretoria do Grupo Espírita União Fraterna, no Boletim Informativo de Março de 2005 (Edição
Número 59).
O Passe
"Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças." (Mateus, 8:17).
Meu amigo, o passe é transfusão de energias fisio-psíquicas, operação de boa vontade, dentro da qual
o companheiro do bem cede de si mesmo em teu benefício.
Na esfera da prece e do amor, um amigo se converte no instrumento da Infinita Bondade, para que
recebas remédio e assistência.
77
Ajuda o trabalho de socorro a ti mesmo com o esforço da limpeza interna.
Esquece os males que te apoquentam, desculpa as ofensas de criaturas que te não compreendem,
foge ao desânimo destrutivo e enche-te de simpatia e entendimento para com todos que te cercam.
O mal é sempre a ignorância e a ignorância reclama perdão e auxílio para que se desfaça, em favor da
nossa própria tranquilidade.
Se pretendes, pois, guardar as vantagens do passe que, em substância, é ato sublime de fraternidade
cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro.
Não tomes o lugar do verdadeiro necessitado, tão só porque os teus caprichos e melindres pessoais
estejam feridos.
O passe exprime também o gasto de forças e não deves provocar o dispêndio de energias do Alto, com
infantilidades e ninharias.
Se necessitas de semelhante intervenção, recolhe-te à boa vontade, centraliza a tua expectativa nas
fontes celestes do suprimento divino, humilha-te, conservando a receptividade edificante, inflama o teu coração na
confiança positiva e, recordando que alguém vai arcar com o peso de tuas aflições, retifica o teu caminho,
considerando igualmente o sacrifício incessante de Jesus por nós todos, porque, de conformidade com as letras
sagradas, "Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças".
Emmanuel.
Aqui no Paraná já faz mais de vinte e cinco anos que a orientação emanada dos órgãos de unificação
ligados à Federação, a respeito do passe, tem sido no sentido de aplicá-lo da forma mais singela possível, tal
como se fazia nos tempos apostólicos: a simples imposição de mãos.
Ensina-nos um dos textos que formam a apostila do Centro de Orientação e Educação Mediúnica
(COEM), obra elaborada sob a supervisão do Dr. Alexandre Sech (11a Sessão de Exercício Prático, Centro
Espírita Luz Eterna, edição de 1978):
"A imposição de mãos, como o fez Jesus, é o exemplo correto de transmitir o passe.
"Os movimentos que gradativamente foram sendo incorporados à forma de aplicação do passe criaram
verdadeiro folclore quanto a esta prática espírita, desfigurando a verdadeira técnica.
"Os passeistas passaram a se preocupar mais com os movimentos que deveriam realizar do que com o
dirigir seus pensamentos para movimentar os fluidos."
Temos ministrado nos últimos anos diversos seminários a respeito desse tema e notamos que,
felizmente, o ensinamento acima transcrito não tem causado mais nenhuma surpresa, aqui ou noutros Estados,
excetuados os casos especialíssimos das Casas Espíritas que, por uma questão regimental, adotam
obrigatoriamente as lições do comandante Edgard Armond, conhecido divulgador, no meio espírita, dos chamados
passes padronizados.
Alguém, contudo, pergunta-nos qual é a fundamentação kardequiana para a postura acima referida,
adotada há vinte e oito anos pelo Centro Espírita Luz Eterna e pelos formuladores do programa do COEM, dentre
os quais se incluem, além do Dr. Alexandre Sech, os nossos caríssimos amigos Dr. Célio Trujillo Costa e o
professor Ney Paulo de Meira Albach.
Poderíamos responder à pergunta mencionando um único autor: José Herculano Pires (foto), que foi, no
dizer de Chico Xavier, "o metro que melhor mediu Kardec". Com efeito, Herculano é, ao lado de Cairbar, de
Bezerra, de Carlos Imbassahy, uma das poucas autoridades indiscutíveis em matéria de Doutrina Espírita. Eis o
que ele, a respeito do tema, escreveu ("Obsessão, o passe, a doutrinação", editora Paidéia, págs. 35 a 37):
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"O passe espírita é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus, como se vê nos
Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são as mãos de
Jesus.
"O passe espírita não comporta as encenações e gesticulações em que hoje o envolveram alguns
teóricos improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista.
"Todo o poder e toda a eficácia do passe espírita dependem do espírito e não da matéria, da assistência
espiritual do médium passeista e não dele mesmo. Os passes padronizados e classificados derivam de teorias e
práticas mesméricas, magnéticas e hipnóticas de um passado há muito superado. Os Espíritos realmente
elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas apenas a prece e a imposição das mãos.
"Toda a beleza espiritual do passe espírita, que provém da fé racional no poder espiritual, desaparece
ante as ginásticas pretensiosas e ridículas gesticulações."
Mas, considerando seja isso insuficiente, lembremos algumas passagens extraídas da obra de Kardec,
que sempre utilizou a expressão médium curador em lugar de médium passeista e que, quando trata do assunto,
se refere tão-somente à imposição de mãos:
1) Em "O Livro dos Médiuns", capítulo XIV, item 176, o Codificador do Espiritismo consigna a seguinte
instrução dada pelos Espíritos: "Se você magnetiza com o fito de curar, por exemplo, e invoca um bom Espírito
que se interessa por você e pelo doente, ele aumenta sua força e sua vontade, dirige seu fluido e lhe dá as
qualidades necessárias" (o grifo é nosso).
Está dito aí, com a maior clareza possível, que não são as mãos do médium passeista que dirigem o
fluido, mas sim o Espírito que vem em seu auxílio, o qual sabe melhor do que o encarnado qual a necessidade
específica do enfermo beneficiado pela imposição de mãos.
2) Em "Obras Póstumas" (Manifestações dos Espíritos, itens 52 e 53), Kardec diz que "a faculdade de
curar pela imposição das mãos deriva evidentemente de uma força excepcional de expansão, mas diversas
causas concorrem para aumentá-la, entre as quais são de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos sentimentos,
o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de proporcionar alívio, a prece fervorosa e a confiança em Deus;
numa palavra, todas as qualidades morais" (o grifo é nosso). E acrescenta: "A ação fluídica, ao demais, é
poderosamente secundada pela confiança do doente, e Deus quase sempre lhe recompensa a fé, concedendo-lhe
o bom êxito".
3) No número de janeiro de 1864 da "Revista Espírita" (Edicel, ano de 1864, pág. 7), Kardec inseriu uma
mensagem de Mesmer (Espírito), recebida na Sociedade Espírita de Paris em 18-12-1863, em que o aludido
Espírito analisa a questão das curas através do magnetismo animal e do magnetismo espiritual. Mesmer diz ali
que Deus sempre recompensa o humilde sincero que pede a ajuda espiritual, enviando-lhe o socorro para que ele
possa auxiliar o enfermo. "Esse socorro que envia são os bons Espíritos que vêm penetrar o médium de seu fluido
benéfico, que é transmitido ao doente", afirma Mesmer. E acrescenta: "Também é por isto que o magnetismo
empregado pelos médiuns curadores é tão potente e produz essas curas qualificadas de miraculosas, e que são
devidas simplesmente à natureza do fluido derramado sobre o médium; ao passo que o magnetizador ordinário se
esgota, por vezes em vão, a fazer passes, o médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição
das mãos, graças ao concurso dos bons Espíritos" (o grifo é nosso).
4) No número de setembro de 1865 da "Revista Espírita" (Edicel, ano 1865, pág. 254), o Codificador
ensina: "Se a mediunidade curadora pura é privilégio das almas de escol, a possibilidade de suavizar certos
sofrimentos, mesmo de os curar, ainda que não instantaneamente, umas tantas moléstias, a todos é dada, sem
que haja necessidade de ser magnetizador. O conhecimento dos processos magnéticos é útil em casos
complicados, mas não indispensável. Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas
vezes basta impor as mãos sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer um, se trouxer a fé, o fervor,
a vontade e a confiança em Deus. É de notar que a maior parte dos médiuns curadores inconscientes, os que não
se dão conta de sua faculdade, e que por vezes são encontrados nas mais humildes posições e em gente privada
de qualquer instrução, recomendam a prece e se entreajudam orando. Apenas sua ignorância lhes faz crer na
influência desta ou daquela fórmula" (o grifo é nosso).
Vistas as diversas colocações de Kardec sobre o tema, resta-nos observar que a leitura atenciosa dos
Atos dos Apóstolos comprovará a correção da postura assumida por J. Herculano Pires. A prece feita por Pedro,
rogando a Deus lhe concedesse a ele e aos seus companheiros o poder de, estendendo as mãos sobre os
enfermos, curar as enfermidades (Atos, 4:30), foi plenamente atendida, conforme mostram inúmeros fatos
relatados em Atos dos Apóstolos (5:12, 6:6, 9:17, 19:6 e 28:8) e no Evangelho segundo Marcos (5:23 e 16:15 a
18), visto que Lucas, o autor de Atos, nos informa que "pelas mãos dos apóstolos se faziam muitos milagres e
prodígios entre a plebe", sem fazer qualquer referência a passes padronizados, longitudinais, rotatórios, de
dispersão ou de varredura.
79
Existe passe que não é espírita?
Eu prefiro concordar com Herculano Pires quando afirma que "A técnica do passe não pertence a nós,
mas exclusivamente aos Espíritos, Superiores. Só eles conhecem a situação real do paciente, as possibilidades
de ajudá-lo em face de seus compromissos nas provas, a natureza dos fluidos de que o paciente necessita e,
assim por diante."
Na verdade o passe espírita é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus, como
se vê nos Evangelhos. Origina-se das práticas de Cura do Cristianismo Primitivo.
Sua fonte humana e divina são as mãos de Jesus. Mas há um passado histórico que não podemos
esquecer. Desde as origens da vida humana na Terra encontramos os ritos de aplicação dos passes, não raro
acompanhado – rituais, como o sopro, a fricção das mãos, a aplicação de saliva e até mesmo (resíduo do rito do
barro) a mistura de saliva e terra para aplicação no doente.
O espírita antes de tudo tem que manter o senso critico, para que isto?
O passe já foi desvendado ou classificado pelo estudo da parapsicologia o próprio Rhine usa a
expressão plasma extra físico, certamente composto de partículas livres de antimatéria.
Nas famosas pesquisas da, Universidade de Kirov, na URSS, em que os cientistas soviéticos
(materialistas), descobriram o corpo-bioplásmico do homem, verificou-se por meios tecnológicos recentes, que a
força-psíquica de Willian Crookes é uma realidade vital na nossa própria estrutura, psicofísica.
O espírita não pode continuar com sua mentalidade igrejeira e ficar apegado a rituais, estamos aqui para
evoluir intelectual e moralmente.
Raul de Montandon já havia obtido na França, por meios mais modestos, fotos de corpos bio-plásmicos
de animais inferiores, e Gustavo Geley comprovara, em Paris, o fluxo, de ectoplasma em torno das sessões
mediúnicas. As mãos humanas funcionam, no passe, espírita como antenas que captam e transmitem as energias
do plasma vital de antimatéria.
Hoje conhecemos, portanto, toda a dinâmica do passe espírita como transmissão de fluidos, no processo
aparentemente simplíssimo e eficaz do passe.
Não há milagre nem sobrenatural.
Todo o seu ensino espírita visava a afastar os homens das superstições vigentes no tempo.
O passe espírita não comporta as encenações e explicações em que hoje o envolveram alguns teóricos
improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista.
Todo o poder e toda a eficácia do passe espírita dependem do espírito e não da matéria, da assistência
espiritual do médium passeista e não dele mesmo. Os passes padronizados e classificados (pertencem) derivam
de teorias e práticas mesméricas, magnéticas e hipnóticas de um passado já há muito superado.
As pessoas que acham que os passes ginásticos ou dados em grupos, mediúnicos formados ao redor do
paciente são passes fortes, assemelham-se às que, acreditam mais na força da macumba, com seus apetrechos
selvagens, do que no poder, espiritual.
As experiências espíritas sensatas e lógicas, em todo o mundo, desde os dias de, Kardec até hoje
mostraram que mais vale uma prece silenciosa, às vezes na ausência e sem, o conhecimento do paciente, do que
todas as encenações e alardes de força dos ingênuos ou, farofeiros que ignoram os princípios doutrinários.
Talvez alguém se sinta agredido pensando bem este cara é um fanático religioso é um bitolado, não meu
caro leitor, no livro dos espíritos informa a questão 653_ "A verdadeira adoração está no coração. A questão 658 –"
A prece é sempre agradável a deus quando é dita pelo coração(...).
Quer dizer os Espíritos realmente elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas apenas a
prece e a imposição das mãos. Toda a beleza espiritual do passe espírita que provém da fé racional no poder
espiritual, desaparece ante as ginásticas pretensiosas e ridículas gesticulações.
As encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta, captação de fluidos pelo
passeista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor, assimilação fluídica, braços e pernas
descruzados para não impedir a livre passagem dos, fluidos, e assim por diante, só serve para ridicularizar o
passe, o passeista e o paciente.
Todas essas tolices decorrem essencialmente do apego humano às formas de, atividades materiais.
Julgamo-nos capazes de fazer o que não nos cabe fazer. Queremos, dirigir, orientar os fluidos espirituais como se
fossem correntes elétricas e manipulá-los, como se a sua aplicação dependesse de nós. O passeista espírita
consciente, conhecedor da, doutrina e suficientemente humilde para compreender que ele pouco sabe a respeito
dos, fluidos espirituais -e o que pensa saber é simples pretensão orgulhosa limita-se à função mediúnica de
intermediário.
Somo médiuns, portanto devemos reconhecer que não podemos dar de nós mesmo.
A doação vem dos Espíritos. São eles que socorrem aqueles por quem, pedimos não nós, que em tudo
dependemos da assistência espiritual.
Não temos o poder de manipular e distribuir os fluidos ao nosso modo e a, seu critério.
No Livro dos Médiuns capitulo XXVII item 4º Existe uma questão que é muito mal observada nos meios
espíritas. Diz o seguinte "As contradições, mesmo aparentes, podem lançar dúvidas no Espírito de algumas
pessoas". Que meio de verificação se pode ter, para conhecer a verdade?
80
Estudai, comparai aprofundai. Incessantemente vos dizemos que o conhecimento da verdade só a esse
preço se obtém. Como quereríeis chegar á verdade, quando tudo interpretais segundo vossas idéias, acanhadas,
que, no entanto, tomais por grandes idéias?
Fonte: http://conexaoamado.blogspot.com/
PASSE
O Passe Espírita é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus como se vê nos
Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo. Suas fontes humana e divina são as mãos
de Jesus.
O Passe Espírita é prece, concentração e doação. Quem reconhece que não pode dar de si mesmo,
suplica a doação dos Espíritos. Pois são os Espíritos Superiores que socorrem e não quem "aplica" o passe. Isto é
assim pois somente os Espíritos Superiores conhecem a situação real do paciente, as possibilidades de ajudá-lo,
a natureza dos fluidos que lhe é necessário, e assim por diante.
O Passe Espírita não pode ser aplicado a qualquer momento e de qualquer maneira. Deve ser sempre
precedido de preparação do passeista e do ambiente, bem como do paciente.
Todo o poder e eficácia do Passe Espírita dependem do espírito e não da matéria, da assistência
espiritual do médium passeista e não dele mesmo.
As mãos humanas funcionam, no passe espírita, como antenas que captam e transmitem as energias
do plasma vital da antimatéria.
O Passe Espírita não comporta as encenações e gesticulações em que hoje envolvem alguns teóricos
improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista.
Sobre as encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos
pelo passeista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas
descruzados para não impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante, só serve para ridicularizar o
passe, o passeista e o paciente.
Não há milagre nem sobrenatural na eficácia do passe, modestamente aplicado e divulgado por Jesus
há dois mil anos.
Kardec colocou o problema do passe em termos científicos, na ciência dos fluidos, com seu rigor
metodológico, ligando-o à estrutura do perispírito (corpo semimaterial, que liga o espírito com a matéria).
Por ser o Espiritismo uma doutrina racionalista, os resíduos mágicos não podem existir e não devem
ser incluídos nas práticas espíritas. Por isso Jesus simplesmente ensinou a imposição das mãos acompanhada da
oração silenciosa para a aplicação do Passe Espírita.
Iremos buscar as origens históricas do passe espírita nos tempos modernos, nas experiências de Franz
Anton Mesmer, por volta de 1775, em Viena, quando o admirável médico austríaco apresentou à Universidade
uma tese a respeito do intercâmbio das energias entre as criaturas humanas e os astros. A tese de Mesmer
passaria à posteridade com o nome de fluidismo. Porque a Universidade de Viena considerasse a doutrina do
admirável médico como anticientífica, ele recebeu uma proposta em duas alternativas: abandonar as suas
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experiências e ficar em Viena, ou abandonar Viena para dar curso ao seu trabalho de investigação. Mesmer optou
por transferir-se de Viena para Paris, chegando à capital francesa numa época que precede aos dias da
Revolução de 89. Entre as clientes que atendeu no seu consultório podem ser recordadas Maria Antonieta e
outras personalidades da corte de Luiz XVI.
Foi Maria Antonieta, principalmente, quem se tornou uma grande divulgadora da energia mesmérica.
Encontrava-se, nessa época, em França, o admirável militar estadunidense, General Lafayette; ele havia viajado à
Europa para comprar armas e, diante da revolução operada por Mesmer através do "baquet" ou tina das
convulsões - uma grande tina de carvalho, na qual eram colocadas água e peças de metais imantados e em torno
dela vários pequenos bancos e nela própria diversos orifícios por onde saíam hastes metálicas, que estavam
introduzidas no ímã e nos demais elementos dentro da tina, que as pessoas seguravam com o objetivo de
provocar choques convulsivos ( daí o "baquet" ter passado à posteridade com o nome de tina das convulsões) -
onde as pessoas, por esta ou aquela razão, entrando num estado alterado de consciência asseveravam estar
melhorando dos problemas psicossomáticos, de que eram objeto e porque Maria Antonieta, que era portadora de
uma grande enxaqueca, asseverasse haver-se curado ao sentar na tina das convulsões, ele manda essa
experiência para a América, através de uma carta memorável, a fim de que chegasse ao novo Mundo o último
fenômeno que visitava Paris.
Depois da Revolução Francesa, o "baquet" entrou em relativa decadência. Mais tarde, por volta de 1825,
as experiências mesméricas ganharam um admirável colaborador, o marquês de Puységur, que se tornou um
admirável magnetizador. Em 1828, chega a Paris o jovem professor Hippolyte Léon Denizard Rivail e, diante da
moda que tomava conta dos gabinetes de pesquisas, ele também adotou o comportamento de magnetizador. (...)
Então, esse magnetismo, mais tarde, a partir de 1856, foi aplicado na terapia de pacientes de vária ordem. À
medida que a doutrina espírita se popularizou, aquela aplicação de energias magnéticas passou a ter o contributo
também fluídico, graças à interferência dos Espíritos.
Fonte: Trechos do Projeto Manuel P. de Miranda, Terapia pelos passes , Salvador, BA: LEAL, 1996, p.85
- 7.
O Serviço de Passe
O Passe e o Médium
Harmonização do Grupo
Devemos, portanto, seguir a teoria e a prática pertinentes à mediunidade. Da fidelidade aos princípios
doutrinários que regem o assunto é que depende o êxito do empreendimento.
"Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são as resultantes das dos seus
membros e formam que um feixe. Ora, esse feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for."
De fato, toda a equipe deve se harmonizar da melhor maneira possível, procurando uma desejável
comunhão de vistas e de sentimentos, mantendo um clima autêntico de cordialidade recíproca entre seus
membros.
"Se os pensamentos forem divergentes, resultará um choque de idéias desagradáveis." (LM, item 321)
Na realidade, quando a equipe está bem harmonizada, vibrando sadiamente, percebe-se nitidamente a
doçura espiritual do ambiente, proporcionando aos Benfeitores espirituais significativas condições apropriadas
para resultados surpreendentes. Tudo vai se desenvolvendo a contento. De repente, começa a haver mudança de
comportamento: ali surge uma conversa despropositada, alguns mudam de lugar, entram ou saem, outros passam
a acalentar as preocupações e vivências do dia-a-dia. Então, o ambiente muda, ressente-se e os resultados ficam
prejudicados.
Talvez que, não só pelo aspecto fluídico, mas sobretudo por questão de harmonização, é que o Instrutor
Espiritual disse a Hilário que:
"a equipe passeista da Instituição deve ser a mesma. É prejudicada quando um dos seus componentes
se ausenta, MESMO QUE POR MOTIVOS JUSTOS... ; ainda havendo substituições, devido ao ajuste que
necessita ocorrer entre o médium substituído e os demais componentes da equipe, acontecem pequenos
prejuízos..."
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(Nos Domínios da Mediunidade - cap. 17)
Emmanuel, por outro lado, referindo-se ao serviço espiritual, nos diz que:
# Cada mente precisa afinar-se com a tarefa.
# Deve subsistir sempre confiança entre os cooperadores em ação.
# Qualquer crítica entre os servidores enfraquece a eficácia da tarefa.
# O sinal de enfado, por parte de qualquer cooperador, suprime os efeitos benéficos.
( Seara dos Médiuns )
Assiduidade
É uma situação das mais sérias no SERVIÇO DE PASSE numa Casa Espírita a ausência do passeista
na tarefa que lhe cabe. Diz-nos André Luiz que
E acrescenta:
"Estejamos atentos às obrigações que os Benfeitores Espirituais depositam em nossas mãos e nas quais
não devemos falhar..."
"a remover os empecilhos que provavelmente nos visitarão no dia e na hora prefixada para o socorro
espiritual..."
Recomenda ainda André Luiz que os contratempos não devem constituir obstáculos à presença do
médium ao serviço, devendo ele
De fato, sem assiduidade nenhum trabalho logra êxito. Conforme foi dito anteriormente, a própria
natureza dá exemplos todos os dias: lavradores enriquecem celeiros, confiando na pontualidade das estações.
Qual empresa comercial ou industrial funcionaria com êxito se não contasse com a assiduidade de seus
empregados? Assim como procuramos ser assíduos em nosso emprego profissional, mais razão há para sê-lo nas
atividades espirituais, que são "a boa parte". Dizem os Espíritos que a Casa Espírita é hospital dos Espíritos. Já
imaginaram um hospital terreno funcionando sem a devida assiduidade dos médicos e enfermeiros? Nós próprios
acharíamos absurdo se levássemos um de nossos familiares, em estado de sofrimento, a uma clínica e não fosse
atendido ou o fosse deficientemente por carência de médicos, devido ao não comparecimento de muitos deles
naquele dia.
O médium passeista deve ser assíduo e regular no exercício de sua faculdade. A interrupção ou
funcionamento intermitente, ou mesmo a diminuição injustificável, como que "enferrujam" a faculdade, reduzindo a
capacidade radiante.
Pontualidade
SERVIÇO DE PASSE mais intenso numa Casa Espírita ocorre, geralmente, após as reuniões públicas,
as quais se iniciam com uma leitura de página e prece, a que se dá o nome de "harmonização preparatória". É
muito importante que os médiuns que aplicarão passe na reunião sejam pontuais, não chegando após a fase de
"harmonização preparatória", que tem por objetivo, entre outros, o de desligarem-se dos problemas e/ou
preocupações das atividades do dia-a-dia e liberarem-se dos fluidos perniciosos de que porventura sejam
portadores. Não devemos nos esquecer que a própria via pública já é, por si só, repositório de vibrações
antagônicas, onde prepondera matéria mental inferior. Não é conveniente que o médiun passeista adentre à
reunião apresentando grande diferença entre as vibrações de que é portador e as do ambiente preparado pela
"harmonização preparatória". Não se pode evitar que o paciente, por seu lado, seja impontual; entretanto, em
relação ao médium passeista, cabe a devida conscientização, senso de dever e responsabilidade.
Ruídos Pertubadores
Durante a concentração, entramos em leve estado de transe, razão por que nossa sensibilidade se
aguça. Em vista disso, pequenos ruídos, sobretudo adjacentes, multiplicam-se em nossa sensibilidade, tornam-se
desagradáveis, além de prejudicarem o próprio estado de concentração. Daí, durante o passe, recomendarmos:
# Não orar sussurrando, mas em silêncio;
# Evitar adornos que possam produzir ruídos incômodos por ocasião da movimentação das mãos,
como : pulseiras, argolas etc.
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# Evitar estalar os dedos, respirar ofegantemente, resfolegar, fungar, gemer etc. Isso nada tem a ver com
a técnica da magnetização, constituindo, na maioria das vezes, em condicionamentos prejudiciais e deseducação
mediúnica. Não podemos nos esquecer que a hora do passe é um momento de equilíbrio, paz e harmonia.
Excesso de Perfume
Ao ir à Casa Espírita, no exercício mediúnico de qualquer espécie, deve-se evitar o uso excessivo ou
certos tipos muito ativos de perfume, às vezes impregnando toda a sala, que ostensivamente se tornam
demasiadamente sensíveis ao olfato de terceiros, tornando-se incômodo, tanto para os demais médiuns
passeistas como para os pacientes.
(...) O ambiente também é criado pelas condições físicas do passeista: sua higiene, forma discreta e
agradável de se vestir e de se portar na hora da doação, sem atavios ou perfumes fortes - estes por interferirem
prejudicialmente no sistema nervoso dos pacientes. A boa apresentação passa uma mensagem de harmonia e
serenidade. (1)
Instruções Finais
Foi com alegria que a equipe do jornal Evangelho e Ação entrevistou o nosso querido companheiro da
Seara Espírita: Jacob Luiz de Melo.
Jacob nasceu em um lar espírita, de forma que participou no período da infância da Evangelização
Infantil, depois da juventude espírita, para mais tarde assumir a direção do movimento junto à Federação Espírita
do Rio Grande do Norte, onde ocupou quase todos os cargos.
Atualmente, ele é Vice-Presidente do Lar Espírita Alvorada Nova – LEAN, em Parnamirim, município
ligado a Natal, instituição que abriga idosos carentes e tem um setor de evangelização muito ativo (mais de 300
crianças), além de um centro de atendimento magnético, onde realiza aprofundamento e pesquisas sobre o
magnetismo.
Ele já esteve por diversas vezes em nossa Instituição e podemos dizer sem sombra de dúvida que hoje
ele é um dos maiores estudiosos do passe no Brasil.
Autor de vários livros, o nosso querido Jacob se dispôs prontamente a responder a algumas perguntas
relacionadas ao passe; tema de grande interesse para todos nós.
Jornal Evangelho e Ação (Jornal): A imposição de mãos é uma atividade milenar. O senhor poderia
contar-nos em breves palavras, desde quando se tem notícia desta prática?
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Jacob Luiz de Melo (Jacob): Primeiro quero destacar que imposição de mãos é um termo genérico, o
qual não traduz integralmente a prática magnética. Esta nasceu desde a mais remota cultura egípcia, teve um
novo ápice histórico com Jesus e novamente ressurgiu com Mesmer, pouco antes do Espiritismo. Atualmente
estamos lutando para fazer com que esse conhecimento seja melhor aproveitado pela humanidade.
Jornal: Jesus foi o médium de Deus. Têm-se notícias de outras pessoas (homens/mulheres) que através
da imposição de mãos realizaram curas como Ele realizou? Quais foram estas pessoas, o senhor poderia citar
alguns dando exemplos?
Jacob: A expressão "médium de Deus" deve ser entendida como uma ênfase e não como algo literal,
pois Deus não usaria um médium, no sentido vulgar do termo.
Quanto às curas pelo magnetismo, são infinitos os exemplos ocorridos. Mesmer foi um dos mais
notáveis magnetizadores que o mundo moderno conheceu, mas Allan Kardec, em sua Revista Espírita, anota
vários casos de curas pela magnetização, como, por exemplo, da cura de uma fratura exposta por simples
magnetismo espiritual.
Jornal: Hoje, no meio espírita, podemos dizer que o senhor é um dos grandes estudiosos do assunto,
com vários livros publicados. Se a imposição de mãos já era um método utilizado milenarmente, para o qual não
havia regras e nem padrões, pelo menos no que concerne a livros editados sobre o assunto, por que hoje o passe
espírita necessita ter tantos quesitos e requisitos para ser realizado?
Jacob: É compreensível que, em determinadas épocas e lugares, as coisas ocorram de forma empírica,
mas desde Mesmer o Magnetismo tem sido apresentado como uma ciência e, como tal, requer estudo,
consciência e prática. Os espíritas têm sido muito acomodados nesse terreno, quase sempre limitados ao "ouvi
dizer" ou "sempre foi assim". Isto, inclusive, não combina com o que tanto defendemos quando afirmamos que o
Espiritismo é uma ciência com implicações filosóficas e conseqüências morais religiosas. Querer que o passe seja
apenas e tão-somente imposição de mãos é reduzir, perigosamente, a essência de uma ciência, a qual, conforme
anotado no comentário de Allan Kardec à pergunta nº 555 de O Livro dos Espíritos, é, "a bem dizer", uma única e
só ciência, ou seja, Espiritismo e magnetismo são a mesma coisa. Creio que já estejamos passando do tempo de
refletir sobre essas verdades. A propósito, meu próximo livro, a sair dentro de 2 meses, abordará exclusivamente a
visão de Allan Kardec acerca do magnetismo, o que surpreenderá muito aos que estão por demais passivos na
área do estudo da obra básica e do mestre lionês.
Jornal: Quais são os principais tipos de passe e para que serve cada um deles?
Jacob: Dependendo do que se deseje entender, existem 3 tipos de passes: espiritual, humano e misto.
Em tese, eles servem para quase tudo, desde que usados convenientemente. A questão é: como dar uso
conveniente se não sabemos como usar? Indispensável, pois, o estudo.
Jornal: Aquela criatura que deseja trabalhar na seara espírita como médium passeista o que deverá
possuir como pré-requisito? E qual deve ser depois o seu comportamento?
Jacob: Todo aquele que queira evitar os percalços naturais da prática, inicie-se pelo estudo prévio da
teoria. Eis aí a recomendação básica de Allan Kardec. Além do estudo, muita VONTADE – e não apenas boa
vontade –, um comportamento ético-moral de equilíbrio e acendrado desejo de fazer o bem.
Jornal: Qual é a mensagem que o senhor gostaria de deixar para todos os leitores do nosso jornal
Evangelho e Ação?
Jacob: "Para que sejamos úteis de verdade, o ideal é servirmos com sabedoria – e sabedoria é a união
do saber com o amor. Sejamos sábios!"
Wellerson Santos
PASSES ESPIRITUAIS
Postado por: Admin em Sexta, 31 de Outubro de 2003 às 11:56
Seção Mythos Os métodos de cura com as mãos ganham cada vez mais adeptos no Brasil e já
começam a ser aceitos como complementação eficiente ao tratamento médico convencional.
Em outra área da medicina - a das doenças mentais -, projetos pioneiros que aliam ciência e
espiritualidade vêm merecendo atenção redobrada. Nas Casas André Luiz, tem sido acompanhada a evolução de
650 pacientes submetidos aos tratamentos espirituais. Os resultados devem sair em janeiro do próximo ano. Para
o diretor técnico e clínico da instituição, o psiquiatra Frederico Leão, "a proposta é exatamente mostrar que as
revelações e os conceitos da teoria espírita são demonstráveis do ponto de vista científico. É possível a terapia
espiritual andar de mãos dadas com a ciência, o que traz benefícios complementares ao tratamento
convencional".
Ao passar pelo setor de orientação, o indivíduo ganha uma pequena ficha, na qual são prescritos os
tipos de passe que deverá tomar e por quanto tempo. O público em geral não entende o que significam tantos
números e letras: A2, P3C, P4. Trata-se de uma padronização efetivada pela Federação Espírita do Estado de São
Paulo (FEESP), que classifica os tipos de passe adequados a cada enfermidàde, física ou espiritual. Eles são de
dois tipos básicos: o magnético, em que é utilizado fluido do ser humano aplicador; e o espiritual, vindo de
entidades desencarnadas evoluídas, capazes de emitir fluidos mais puros e com maior poder curativo. E o que
sente um médium que aplica passes? A maioria dos entrevistados revelou o aquecimento das mãos como
sensação principal.
O perispírito possui centros de recepção de energia ligados ao corpo físico através dos plexos, que, por
sua vez, são terminações nervosas ligadas aos diversos sistemas que fazem o organismo funcionar. Energias
deletérias vindas do ambiente, de pessoas encarnadas ou desencarnadas ou do próprio corpo mental do indivíduo
(pensamentos negativos), podem desequilibrar essas energias, trazendo doenças no plano mental ou físico. O
passe pode reequilibrar esses centros de força através da aplicação de fluidos saudáveis.
Alguns fatores parecem ser primordiais na eficácia do tratamento com passes: a fé, a busca pela
elevação moral e o aspecto psicológico. Para o psiquiatra Franklin Ribeiro, dirigente do Centro Espírita João
Evangelista, no qual trabalha há dezenove anos, o relacionamento que
se estabelece entre aquele que procura a casa espírita e os que o acolhem se assemelha ao
relacionamento mãe-bebê. Em Missionários da Luz, André Luiz recebe esclarecimentos que definem uma mulher
doente que recebe o passe "como a criança frágil sequiosa do carinho materno". Também Herculano Pires, em
Obsessão, Passe e Doutrinação, destaca: "O efeito psicológico resulta dos estímulos provocados no paciente por
sua presença num ambiente de pessoas interessadas em ajudá10, o que lhe desperta sensação de segurança e
confiança em si mesmo". O dr. Franklin completa: "A minha crença, a crença da pessoa de que aquilo vai
funcionar, cria a ligação, e isso a ciência reconhece. Está criado o vínculo entre o passeista e o receptor. E, a partir
daí, estando a pessoa conectada a uma fonte adequada, a imposição de mãos vai determinar a passagem de
energia". Para ele, a fé é elemento primordial na cura, não importando a que religião pertença o indivíduo.
O dr. Franklin Ribeiro é presidente do Comitê de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de
Medicina e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas do Espírito e Religião (NEPER), do Instituto de Psiquiatria
da USP, que foi criado em 1998.
Obstinado, o dr.Franklin Ribeiro informa que o preconceito da ciência em relação aos tratamentos
espirituais está sendo vencido. O NEPER se reúne a cada quinze dias no Hospital das Clínicas, em São Paulo,
apresentando estudos, teses e debatendo curas espirituais e fenômenos mediúnicos. "O momento é propício para
que haja essa aliança entre ciência e espiritualidade, porque nós estamos vivendo uma época em que o
materialismo precisa de um contraponto, para que se possa manter o equilíbrio entre os seres humanos", analisa.
"Como médico psiquiatra, o que observei é que o que funciona é a associação entre: abordagem biológica,
86
farmacológica, psicológica e espiritual, sendo que todas elas se complementam. Em nenhum momento se
excluem".
Muita gente não sabe, mas as técnicas de cura via passe utilizadas no kardecismo têm alguns pontos
em comum com outros tipos de cura de origem oriental, que fazem uma convergência entre dois mundos:
Ocidente e Oriente. Na base de todas as curas orientais, estão as ciências esotéricas e antigas escrituras
encontradas na Índia, China, Japão e Tibete, que remontam a mais de cinco mil anos. O fluido universal é o
mesmo.
São conhecidas no Brasil como "terapias alternativas". O National Institute of Health, entidade ligada ao
governo americano, faz importante distinção entre terapias alternativas e terapias complementares. Lá, o termo"
alternativo" é dado aos tratamentos que, supostamente, substituiriam o tratamento médico, o que representa um
risco. Já a terapia dita "complementar" é aquela que anda paralelamente ao caminho médico convencional. É vista
como salutar na prevenção, na recuperação ou na melhoria das condições de vida dos doentes. O uso corrente do
termo" alternativo" como vem sendo feito no Brasil seria, portanto, inadequado.
Entre as práticas complementares indica das por aquele instituto estariam o reiki, a cura prânica e o
johrei, que também se valem do uso e manipulação do chamado "fluido vital" ou "campo magnético" citado pelo
autor espírita Salvador Gentile no livro Passe Magnético - Fundamentos e Aplicação.
E as semelhanças de conceito não param por aí. Assim como na cura prânica, os passes espíritas atuam
sobre os chamados "centros de força", conhecidos na literatura hindu como chacras, localizados no perispírito. No
livro Entre a Terra e o Céu, o autor André Luiz sublinha a importância desses centros de força, que são como
usinas de recepção e armazenamento de energia espiritual, ligados ao corpo físico por terminações nervosas
denominadas plexos. E explica: "(...) Vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da
mente, estes centros estabelecem para nosso uso um veículo de células elétricas, que podemos definir como um
campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado". Na mesma obra, André Luiz exemplifica
o chacra coronário, situado no alto da cabeça, que "na Terra é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus
de mil pétalas, por ser o mais significativo em razão de seu alto poder de radiações".
O médico psicoterapeuta e curador prânico, Maurício Angelicola, não se surpreende. E vai além: o
mestre Choa Kok Sui, que codificou e sintetizou a cura prânica trazendo-a para o Ocidente em 1987, recomenda a
leitura de Allan Kardec como fonte segura de reforma íntima e elevação espiritual. A principal diferença, no
entanto, é que a cura prânica não utiliza a energia de entidades superiores desencarnadas. Ela apenas os invoca
para proteção do ambiente.
"É inadmissível que um curador prânico não se preocupe com sua própria elevação moral e espiritual, a
reforma íntima, essencial também no Espiritismo", alerta o dr. Maurício, que já deu cursos sobre a técnica para
alguns grupos espíritas. "Posso dizer que eles são um segmento que têm muito preparo, têm embasamento
teórico e ético". Outro ponto em comum com o kardecismo é que a cura prânica leva em conta o carma. Em
alguns casos, a cura total não é permitida pelo plano espiritual, pois faz parte da evolução do espírito. No entanto,
é possível minimizar o sofrimento do doente. "Lidei com alguns doentes de câncer que não puderam se curar, mas
através da cura prânica não sofreram os efeitos colaterais da quimioterapia. Mesmo não tendo esperança de
sobreviver fisicamente, tiveram uma melhora em sua qualidade de vida", explica.
Para William Jones, com exceção de casos raros, é impossível curar doenças do carma, pois isto iria
contra as Leis Divinas. "Isso tiraria a prova pela qual aquele espírito tem que passar e atrasaria sua expiação. O
perispírito, que sobrevive à morte física, é como uma fita magnética em que estão gravados todos os registros das
encarnações anteriores. Se um indivíduo fumou demais numa encarnação, pode reencarnar com problemas como
bronquite asmática. Isso é, então, uma conseqüência de seus atos anteriores. É uma prova que lhe vai trazer
aprendizado. Para isso não há cura, mas pode ser amenizado através do tratamento espiritual, se houver
merecimento", ensina.
Segundo o dr. Maurício Angelicola, são onze os chacras mais importantes. Eles necessitam de limpeza,
energização, e são centros de força que contêm pétalas, raízes, ramificações, teias de proteção, formatação,
velocidade, coloração e possibilidade de apresentar excesso ou falta de energia. O fluido é chamado de prana, e a
técnica consiste em fracionar ou manipular esse fluido universal em matizes específicos, pois cada um dos
chacras tem conexão com as glândulas endócrinas e com os sistemas nervoso, circulatório, respiratório, digestivo,
etc. Para Angelicola, tal preocupação com a limpeza e o detalhamento das características energéticas de cada
chacra, fazem da cura prânica uma das técnicas mais seguras como tratamento coadjuvante à medicina. À
semelhança dos médiuns preparados no kardecismo em instituições idôneas, os cura dores prânicos têm de ser
saudáveis, não-promíscuos, éticos e devem se abster de vícios como o álcool e o fumo. E são, obrigatoriamente,
vegetarianos.
Reiki e Johrei
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A preocupação em relação aos hábitos perniciosos e a não-utilização de seres desencarnados nas
emissões de fluidos também são a tônica entre os canalizadores de outro tipo de cura com as mãos: o reiki.
Segundo Gilberto Falchi, mestre reiki do Tradicional Sistema Usui, e membro da Reiki Alliance, a utilização desse
método remove pouco a pouco a vontade de consumir carne vermelha, álcool e outros elementos considerados
tóxicos pela maioria das filosofias espiritualistas. "Reiki é transformação, vai na causa, eleva a energia, muda
valores", diz ele. Atua no nível celular, metabólico e imunológico, despertando um processo de autocura. Também
leva em conta as doenças cármicas. Na gravidez, acalma mãe e bebê. Enquanto na cura prânica as aplicações de
energia universal são feitas nos chacras e, como nos passes, sem tocar O paciente, o reiki age tocando os
seguintes pontos: olhos, têmporas, atrás da cabeça, alto da nuca e peito; altura do estômago, umbigo, abaixo
deste, virilha; nas costas, escápula, pulmão, rins e região glútea. São cinco minutos em cada ponto, num total de
uma hora (escola tradicional). Diferentemente do passe espírita, que indica uma sessão por semana, o reiki age
em terapias compostas por, no mínimo, quatro sessões seguidas, e pode ser aplicado em qualquer lugar por um
canalizador. Eis uma diferença cmcial também: o passe espírita só deve ser utilizado dentro da instituição espírita,
por questão de segurança.
De acordo com Falchi, como a energia cósmica do reiki é pura, ela por si só já higieniza o ambiente e o
aplicador. E só flui através de canalizadores que têm o amor e a ética como princípios de conduta. "Por ser uma
energia divina, ela não vai se chocar com nenhuma religião, crença ou técnicas. Pelo contrário, conheço espíritas
que acreditam que o passe espírita conjugado a uma terapia reiki acelera a resposta do organismo. O reiki
aumenta a imunidade natural". A psicóloga e terapeuta reiki, Valéria Silva de Morais, concorda. Valéria trabalhou
durante um ano no Projeto Esperança, dirigido pela Rai Association, com sede na Suíça. O projeto atua na Igreja
Santa Edwiges, atendendo moradores da favela Heliópolis, de São Paulo, portadores do vírus HIV. "Percebemos
que durante o primeiro ano em que receberam reiki, a carga viral dos aidéticos diminuiu, aumentando a imunidade,
com diminuição drástica de doenças oportunistas. Acredito muito no reiki como uma ferramenta de prevenção" .
Para ser um canalizador de reiki é preciso fazer cursos de iniciação. Gilberto F alchi recomenda o
sistema original, clássico, que exige quatro iniciações. E conclui: "Ninguém cura ninguém. O canalizador de reiki é
portador de uma ferramenta
e a disponibiliza para as pessoas".
Canalizar a energia vital do universo através das mãos também é o princípio de outra técnica, o Johrei.
Ao contrário do reiki e da cura prânica, carrega em sim um conceito religioso, "que tem no espiritualismo e no
altruísmo as bases essenciais para a concretização de um mundo ideal". Seu codificador, Mokiti Okada, fundou a
Igreja Messiânica Mundial em 1935, no Japão. No Brasil, a Igreja Messiânica chegou em 1955. Objeto de
pesquisas na Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, a terapia Johrei demonstrou ser capaz de revitalizar
as células NK, responsáveis pela defesa do corpo humano. Após uma oração inicial, em que se coloca como
instrumento divino, o ministrante, como échamado o canalizador, aplica a energia em sessão que dura de dez a
trinta minutos. Ambos ficam sentados frente a frente.Não há toque: a distância entre o ministrante e o receptor é
de trinta centímetros a um metro. Não é utilizada energia humana. Pode ser aplicada em qualquer lugar e também
à distância. Para ser canalizador de johrei é necessário um curso e a convicção de querer servir ao próximo. Após
o curso, o ministrante recebe o ohikari, medalha que deve ser carregada até a altura do plexo solar, através do
qual se canaliza a energia.
Ainda no rol das terapias orientais, a Arte Mahikari merece um capítulo à parte. Fundada no Japão em
1959, pelo mestre Kotama Okada, a mahikari emprega a energia cósmica através das mãos, denominando-a "Luz
da verdade". Esta energia, também para eles, provém de Deus e é purificadora, capaz de eliminar as essências
tóxicas espiritual, mental e física, permitindo a aquisição natural de saúde e prosperidade. Assim como no johrei,
os canalizadores, chamados kumitês, recebem, após um curso de iniciação que dura três dias, uma medalha.
Neste caso, ela é denominada omitama, cujo símbolo estaria ligado diretamente a Deus através de ondas
espirituais.
Irradiar a "luz espiritual" pela palma da mão é considerada uma arte, denominada okyome. São vinte e
sete pontos ao todo, mas no início são utilizados apenas alguns pontos principais, cuja energização dura cerca de
quarenta minutos. Não há limite de sessões por semana, e embora não haja toques constantes, eles são breves e
suaves.
A energia atua sutil e gradualmente, auxiliando a elevação espiritual. Discrição também é característica
dos dirigentes do belo templo situado na Vila Mariana, em São Paulo. Nenhum deles quis se pronunciar
oficialmente à revista. "Não tente entender Deus. Sinta-o. Apenas vivenciando o mahikari, você entende", dizem. O
temor é o de uma massificação e desvirtuamento da técnica, atraindo equivocadamente pessoas não afinizadas
com o movimento, atrás de milagres que, aliás, nenhuma das técnicas aqui abordadas promete.
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Embora não se defina como uma religião, a Sukyo Mahikari tem um altar para reverências e
agradecimento a Deus. A constante exigência de curvar-se em reverência, dentro do templo, pode causar um certo
estranhamento a um ocidental que chega pela primeira vez. Encontram-se pessoas de todas as raças e credos,
tanto aplicando, quanto recebendo. É necessário tirar os sapatos antes de entrar e lavar as mãos em água
purificada. Após pequena consulta onde são perguntados dados acerca do modo de vida (a religião não é
questionada) e eventuais problemas, somos convidados a receber okyome. Inicialmente sentados, frente a frente,
depois de costas para o canalizador e, por fim, deitados de costas sobre um pequeno colchonete com travesseiro
e lençol. Não há som no ambiente, que é espantosamente limpo, com predominância de tons arenosos. O silêncio
só é cortado às vezes pelas orações em japonês.
Para Ieda Uehara, praticante de Arte Mahikari há dezesseis anos, o amor ao próximo é fundamental.
"Oração envolve ação. É preciso traduzir gratidão e perdão em atitude". Segundo acredita, ter saúde é uma
conseqüência de ser feliz. "Querer ser feliz, é meio caminho da cura".
O que se pode concluir de tudo isso? Que a cura está dentro de nós mesmos. Nenhuma das técnicas
defendeu, em hipótese alguma, o abandono da medicina tradicional. Em todos os métodos abordados, destacam-
se dois elementos principais: a fé de quem recebe, e o amor ao próximo de quem aplica. Gilberto Marques, que se
livrou do câncer na garganta, é taxativo: "O que me curou foi a minha fé". Impressionado com o resultado em sua
própria vida, Gilberto quis desenvolver mediunidade de cura. Para tanto, teve que abandonar o vício do fumo,
premissa essencial para a formação de todo médium. "Minha própria doença não me fez parar de fumar. Mas a
vontade de servir ao próximo, sim".
OS TIPOS DE PASSE
C (choque anímico) - doutrinação mais intensa de espíritos perturbadores, através de vibrações que
agem como um jato de luz nos corações dos mesmos.
PE - destinado aos assistidos, nos trabalhos de cura, e aos assistentes, como preparação aos trabalhos.
Pasteur 1 (P1 - magnético) - destinado à assistência a perturbações de ordem material.
Pasteur 2 (P2 - magnético) - para as perturbações espirituais e desequilíbrios psíquicos.
P3A (magnético) - perturbações e acidentes materiais graves.
P3C - socorro de emergência, influências espirituais profundas, de pressão, estafa, esgotamento,
estresse de ordem espiritual e psíquica, queda de padrão vibratório e enfermidades de fundo espiritual.
P3E - perturbações espirituais avançadas, com ação direta sobre obsessores.
Pasteur 4 - para crianças, até 12 anos de idade, cujos tipos de passes se subdividem em:
P4A - indicado para doenças materiais, como as próprias da idade, epidêmicas, de poluição ambiental ou
climáticas, por desnutrição, hereditárias ou as causadas por acidentes;
P4B - indicado nas perturbações espirituais, tais como as decorrentes de infestação de ambiente,
chamamentos familiares, encarnações completivas e razões cármicas.
O PASSE
Postado por: Admin em Sexta, 31 de Outubro de 2003 às 12:20
Seção Vivência Seja espiritual, humano ou misto, deitado, próximo ou à distância. Em qualquer uma das
formas, é através dele que o médium pode dar conforto a quem precisa.
Em seu livro Passes e Radiações, Edgard Armond atribuiu diferentes tipos de passes para a conduta em
centros espíritas. Como você vê essa divisão técnica dos passes?
Jacob Meio - Em princípio, preferimos aS anotações de Kardec. Ele dividiu didaticamente o passe em
três níveis: espiritual, humano e misto. Uma profusão de técnicas, sem o respaldo do Magnetismo, põe em dúvida
algumas dessas técnicas. Assim, reconhecemos a validade de uma distinção de técnicas em função dos objetivos,
desde que resguardados os cuidados pertinentes. A meu ver, Edgard Armond não apresentou em suas obras as
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justificativas que se fariam necessárias. Não digo que elas sejam desprovidas de valor prático, mas carecem de
uma base de sustentação teórica, em termos de Magnetismo, e prática, em termos do que sugere Allan Kardec.
Só médiuns passeistas podem aplicar o passe? É necessária uma aptidão especial ou um "não médium"
pode aplicar também?
Jacob Meio - Em tese, qualquer pessoa pode aplicar passe. Tomando-se a divisão de Kardec, em alguns
casos são necessários algumas aptidões e predisposições. No caso do Magnetismo ou passe humano, a pessoa
deverá possuir disposição natural ou induzida de doação magnética. Para o caso do passe espiritual, há que se
atender às necessidades morais. Portanto, não há necessidade de ser obrigatoriamente médium, mas há a
necessidade de disposição de doação fluídica e de amor.
Jacob Meio - O uso de u ma maca ou cama deve estar relacionado a algum fator, seja esse fator de
ordem de comodidade do passeista ou de melhor conforto para o paciente. Havemos de convir que, quanto mais
confortáveis estejam ambos, melhores condições terão para o sucesso da transmissão e recepção fluídica.
Entretanto, os passes podem ser aplicados com os pacientes em pé, deitados, sentados, de frente, de costas etc.
Essa modalidade deve ser rotineiramente aplicada nos Centros Espíritas, como temos visto inclusive na
sala de passe do Conbrade?
Jacob Meio - Não é necessário que esta prática seja rotineira, nem mesmo a própria aplicação do passe.
Este deve ser aplicado apenas e tão somente quando é constatada a necessidade dele. Só que, se eliminarmos
os passes das casas espíritas, baseados nessa premissa, sem dúvida iremos cair num fator de complicação muito
sério. Como sempre, o bom senso indica a melhor medida, a melhor ocasião e a melhor maneira.
Somos informados que os nossos fulcros energéticos ou chakras, quando em estado normal, giram
numa determinada velocidade. Estando o corpo doente (em desequilíbrio), continuam os chakras com a mesma
velocidade?
Jacob Meio - Não. Nem com a mesma intensidade, nem com a mesma regularidade. Daí a necessidade
da ordenação dos campos vitais (chakras).
É certo afirmar que, ao aproximarmos mais as mãos do paciente, estamos doando energia excitante e,
ao afastarmos, energia calmante?
Jacob Meio - Quase isso! Os passes próximos, em relação ao Magnetismo, tornam os efeitos fluídicos
com características ativantes ou excitantes. Quando aplicados à distância do corpo do paciente, tornam-se
calmantes. Portanto, não são energias excitantes ou calmantes e sim a percepção e o efeito delas.
Com relação a uma pessoa refratária ao passe de um médium - passe magnético, espiritual ou misto
qual a conduta mais adequada do passeista nesse momento?
Jacob Meio - Imaginemos o passeista portador de Magnetismo Humano. Com técnicas dispersivas
(movimentação rápida das mãos), ele atenua essas discrepâncias fluídicas. O ideal, contudo, é o passeista
aprender técnicas para entrar em "relação magnética" ou "contato magnético" com o paciente. No caso do
passeista espiritual, há uma necessidade evidente de maior poder de concentração e oração. Mesmo aí, as
técnicas dispersivas também ajudam sobremaneira.
Quais os centros de forças e os plexos que mais atuam no passe? Até onde vai a importância deles no
passe?
Jacob Meio - No caso do passeista magnético, os centros vitais que mais "usinam" fluidos são o gástrico,
o esplênico e o laríngeo. Apesar disso, os outros também atuam. A importância disso vai repercutir diretamente na
qualidade e no refinamento dos fluidos em usinagem. Por exemplo, o entendimento do funcionamento desses
centros vitais explicarão, sem quaisquer misticismos, as implicações decorrentes da ingestão de alimentos,
medicamentos, drogas, uso e abuso do sexo etc. Nos pacientes, há a necessidade de se verificar os mais
desarmonizados para se propiciar um melhor atendimento.
No passe, a pessoa que aplica obrigatoriamente tem que ser moralmente "superior" à pessoa que está
recebendo? O passeista pode se prejudicar em alguma situação?
Jacob Melo - A questão "superior" é subjetiva por si mesma. No caso do passe espiritual, há uma
necessidade imperiosa de um equilíbrio moral e espiritual por parte do passeista. No caso do Magnetismo, a
própria vida nos demonstra que pessoas de moral duvidosa têm obtido resultados vulgarmente qualificados de
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milagrosos. Quanto à questão de um passeista sofrer prejuízos, infelizmente pode, haja vista o número
relativamente grande de passeistas que chegam a lamentáveis casos de fadiga fluídica. Isso tanto se deve a
excessos de doação magnética quanto à falta de técnicas e de desconhecimento sobre como se defender com as
próprias técnicas.
Já ouvimos falar de diversas técnicas de passe, como passes transversais, rotatórios, perpendiculares,
longitudinais. Gostaria de saber o que difere nessas técnicas, ou são todas iguais?
Jacob Meio - Há diferença entre elas sim. Por exemplo, os transversais e perpendiculares são, na sua
maioria, dispersivos. Os rotatórios normalmente são concentradores e os longitudinais tanto podem ser
dispersivos, concentradores, ativantes ou calmantes. Logo, há uma necessidade real de estudo para uma maior
segurança do uso das técnicas.
Quando uma pessoa que não acredita nos efeitos do passe (por exemplo, materialista) é levada a tomá-
lo, os efeitos são os mesmos ou a disposição prévia e boa vontade do receptor influi nos resultados?
Jacob Meio - Influi decisivamente. Isto não quer dizer que um descrente não possa ser beneficiado, só
que esta não é a regra. Observemos que a própria ciência prova que o fato de acreditarmos mais em um médico
do que noutro já potencializa ou diminui os efeitos do tratamento. O que não se esperar de uma transferência tão
sutil quanto a fluídica veiculada através do passe?
Já se ouviu falar de casos de morte cerebral em uma regressão na transmissão do passe. Que restrições
devem ser tomadas para transmiti-lo e por que ele é tantas vezes tão perigoso?
Jacob Meio - Vamos por partes. Primeiro, não conheço nenhum caso conforme o narrado. Depois, as
imposições são, por si sós, concentradoras fluídicas. Como se aplica muita imposição sobre o coronário, o
passeista, sendo um doador de densos fluidos magnéticos, naturalmente saturará este centro de uma maneira
desequilibrante e, daí, podem advir conseqüências constrangedoras. Para se evitar tais ocorrências é que se
conta com os passes dispersivos. As restrições deverão ser vencidas através do conhecimento. Para tanto, cabe
às diretorias das casas espíritas fazerem regularmente treinamentos e avaliações de seu quadro de passeistas.
Se eu estiver pensando mentalmente em acalmar, a distância terá mesmo influência? Qual a distância
das mãos para acalmar e para excitar?
Jacob Meio - Lamentavelmente, em termos de magnetismo humano, nossa indução mental nem sempre
supera a influência fluídica. No GEAK, grupo ao qual estamos ligados em Natal, temos feito pesquisas nesta área
há mais de sete anos e já temos muitas evidências de que a indução mental para se obter um resultado diferente
do que o magnetismo ensina não tem sido positivo.
As distâncias médias consideradas são um palmo do corpo do paciente (25 centímetros, em média). Daí,
em direção ao corpo, são ativantes e, em se afastando do corpo, quanto mais distantes, mais calmantes.
Jacob Meio - Só a prática determina. Se você ou o passeista é doador de fluidos magnéticos e está se
iniciando agora na prática, recomendamos um máximo de três aplicações por sessão e uma sessão por semana. A
partir daí, observe-se para saber suas reações no dia imediatamente posterior à aplicação. Havendo cansaço ou
sono, insônia, ressaca e indisposições gástricas, é provável ter havido um excesso de doação ou a falta de uma
aplicação técnica mais correta. Não tendo havido problema, vá aumentando a cada semana um passe até chegar
ao seu limite ideal. Apesar desta resposta, seria necessária uma abordagem mais ampla para que pudéssemos
entender o motivo de tantos cuidados com a aplicação do passe.
Jacob Meio - Sendo fraqueza detectada ainda no ambiente onde houve a aplicação do passe, solicite a
um outro passeista que lhe aplique passes dispersivos. Havendo água fluidificada, beba um pouco. No caso da
fraqueza surgir no dia seguinte, evite desgastes físicos desnecessários, alimente-se de maneira mais leve que o
habitual, se possível caminhe (não se trata de caminhada como exercício físico e sim como um passeio) em algum
lugar onde respire ar puro e, não sendo portador de diabetes, tome água de coco. Não estamos falando das
implicações e necessidades espirituais, porque acreditamos que todos sabemos do conveniente e necessário uso
da oração e da conexão com o mundo espiritual superior.
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Jacob Meio - São as técnicas em que se usam as doações fluídico-magnéticas pelo sopro. A insuflação
quente tem por característica ser extremamente ativante, enquanto que a fria normalmente é calmante e
dispersiva. Em termos de aplicação, a fria é procedida como quem sopra uma vela, enquanto a quente é como um
"bafo". Não se entenda, entretanto, que basta soprar para se fazer insuflação. É necessário que se tenha a
disposição de exteriorização fluídica pelas vias superiores.
No passe magnético, existe realmente a relação recepção/doação através das mãos esquerda e direita?
Jacob Meio - Isto é muito comentado pela chamada escola dos polaristas. Ocorre que nem mesmo os
polaristas são concordantes entre si. Por sua vez, a prática demonstra não haver maior significado na inversão
das mãos, tanto é que, particularmente, nunca vi em nenhum Centro Espírita algum passeista, antes de iniciar sua
tarefa, perguntar se os pacientes são canhotos ou destros.
Como você compara a dieta vegetariana com a carnívora para um médium passeista?
Jacob Meio - Tudo leva a crer que o vegetariano leva vantagens. Mas lembramos que, em tudo, a virtude
está no meio. Se em O Livro dos Espíritos, no Novo Testamento e numa entrevista de Chico Xavier encontramos
informações que não condenam definitivamente a carne, não seremos nós que o faremos. Ainda assim, não
podemos concordar com o excesso de alimentação, seja vegetariana ou não. Portanto, não creio que o
vegetariano, só por isso, seja melhor que o carnívoro, apesar das vantagens que ele tenha, já que todos sabemos
dos inconvenientes decorrentes da dificuldade de digestão da carne animal. Um exemplo: É melhor comer um bife
com moderação do que jantar meio quilo de alface, vinte tomates, quarenta cebolas e, de sobremesa, duas
melancias.
Jacob Meio - Existe correlação tempo/efeito. Existe correlação passe magnético e espiritual. O tempo e o
efeito tanto dependem das técnicas quanto dos passeistas e dos pacientes. Os passes espirituais, a rigor, não
carecem de técnicas, mas as técnicas, se bem conhecidas e aplicadas, em nada prejudicam, ao contrário, só
contribuem favoravelmente. Os passes magnéticos, estes sim, precisam de conhecimentos e experiências para se
alcançar uma melhor correlação tempo/efeito.
Seção Vivência A mediunidade de cura oferece ao médium a possibilidade de curar um ser doente,
buscando fluidos em fontes energéticas da natureza. Mas será que doenças cármicas também podem ser curadas
espiritualmente?
A mediunidade de cura é a capacidade possuída por certos médiuns de curarem moléstias por si
mesmos, provocando reações reparadoras de tecidos e órgãos do corpo humano, inclusive as oriundas de
influenciação espiritual. Assim como existem médiuns que emitem fluidos próprios para a produção de efeitos
físicos concretos (ectoplasmia), temos igualmente os médiuns que emitem fluidos que operam todas as
reparações acima referidas.
Na essência, o fluido é sempre o mesmo, uma substância cósmica fundamental. Mas suas propriedades
e efeitos variam imensamente, conforme a natureza da fonte geradora imediata, da vibração específica e, em
muitos casos (como este de cura, por exemplo), do sentimento que precedeu o ato da emissão.
A diferença entre os dois fenômenos é que no primeiro caso (ectoplasmia), o fluido é pesado, denso,
próprio para elaboração de formas ou produção de efeitos objetivos por condensação, ao passo q~e no segundo
(curas), ele é sutilizado, radiante, próprio para alterar condições vibratórias já existentes.
MÉDIUM CURADOR
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Além do magnetismo próprio, o médium curador goza da aptidão de captar esses fluidos leves e
benignos nas fontes energéticas da natureza, irradiando-os em seguida sobre o doente, revigorando órgãos,
normalizando funções, destruindo placas e quistos fluídicos produzidos tanto por auto-obsessão como por
influenciação direta.
O médium se coloca em contato com essas fontes ao orar é Se concentrar, animado pelo desejo de
fazer uma caridade evangélica. Como a lei do amor é a que preside todos os atos da vida espiritual superior, ele
se coloca em condições de vibrar em consonância com todas as atividades universais da criação, encadeando
forças de alto poder construtivo que vertem sobre ele e se transferem a.o doente. Por sua vez, este se colocou na
mesma sintonia vibratória por meio da fé ou da esperança.
Os fluidos radiantes interpenetram o corpo físico, atingem o campo da vida celular, bombardeiam os
átomos, elevam-lhes a vibração íntima e injetam nas células uma vitalidade mais intensa. Em conseqüência,
acelera as trocas (assimilação, eliminação), resultando em uma alteração benéfica que repara lesões ou equilibra
funções no corpo físico.
Nas operações cirúrgicas feitas diretamente no corpo físico, os espíritos operadores incorporam no
próprio médium que dispõe desta faculdade. Este, como autômato, opera o paciente com os mesmos instrumentos
da cirurgia terrena, porém sem anestesia e dispensando qualquer precaução de assepsia. Em certos casos,
embora raros, o espírito incorporado logra o mesmo resultado cirúrgico utilizando objetos de uso doméstico (facas,
tesouras, garfos ou estiletes comuns) como instrumentos operatórios, igualmente sem quaisquer cuidados anti-
sépticos.
Nessas operações mediúnicas processadas diretamente na carne, os pacientes operados tanto podem
apresentar cicatrizes ou estigmas operatórios como ficarem livres de instrumentos da cirurgia terrena.
Normalmente são espíritos experimentados, que ajudam no diagnóstico e na intervenção cirúrgica quaisquer
sinais cirúrgicos. Em seguida à operação, eles se erguem lépidos e sem qualquer embaraço ou dor, manifestando-
se surpreendidos por seu alívio inesperado e a eliminação súbita de seus males.
Quando opera incorporado no médium, o espírito sempre é auxiliado por companheiros experimentados
na mesma tarefa, que cooperam e ajudam no controle da intervenção cirúrgica, no diagnóstico seguro e rápido e
no exame antecipado das anomalias dos enfermos a serem operados. Entidades experimentadas na ciência
química transcendental preparam os fluidos anestesiantes e cicatrizantes, transferindo-os depois do mundo oculto
para o cenário físico através da materialização na forma líquida ou gasosa, conforme seja necessário.
CIRURGIAS À DISTÂNCIA
Embora o êxito das operações mediúnicas dependa especialmente do ectoplasma a ser fornecido por
um médium de efeitos físicos e controlado pelos espíritos de médicos desencarnados, há circunstâncias em que,
devido ao teor sadio dos próprios fluidos do enfermo, as operações produzem resultados miraculosos no corpo
físico, apesar de processadas somente no perispírito.
O processo de "refluidificação", com o aproveitamento dos fluidos do próprio doente, lembra algo do
recurso de cura adotado na hemoterapia praticada pela medicina terrena, na qual o médico incentiva o energismo
da pessoa debilitada extraindo-lhe algum sangue e, em seguida, injetando-o novamente nela, em um processo
que acelera a dinâmica do sistema circulatório.
No entanto, mesmo que se tratem de operações mediúnicas feitas diretamente na carne do paciente ou
mediante fluidos irradiados à distância pelas pessoas de magnetismo terapêutica, o sucesso operatório exige
sempre a interferência de espíritos desencarnados, técnicos e operadores, que submetem os fluidos irradiados
pelos "vivos" a um avançado processo de química transcendental nos laboratórios do lado espiritual.
E quais são as diferenças entre as cirurgias realizadas com a presença do paciente e as realizadas à
distância? No primeiro caso, os técnicos desencarnados utilizam o ectoplasma do médium de efeitos físicos e
também os fluidos nervosos emitidos pelas pessoas presentes. Esta aglutinação polarizada sobre o enfermo
presente possibilita resultados mais eficientes e imediatos. No segundo caso, os espíritos operadores procuram
reunir e projetar sobre o doente os fluidos magnéticos obtidos pelas pessoas que se encontram reunidas à
distância, no centro espírita. Porém como se tratam de fluidos bem mais fracos do que os fornecidos pelo médium
de fenômenos físicos, eles são submetidos a um tratamento químico especial pelos operadores invisíveis, a fim de
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se obterem resultados positivos. Mesmo assim, os fluidos transmitidos à distância servem apenas para as
intervenções de pouco vulto, pois, sendo fluidos heterogêneos, exigem a "purificação" à qual nos referimos.
Existem alguns fatores que impedem as cirurgias à distância de serem tão eficazes e seguras como as
intervenções diretas. Para muitos desses voluntários doadores de fluidos, faltam a vontade disciplinada e a
vibração emotiva fervorosa, que potencializam as energias espirituais. Além disso, alguns deles não gozam de boa
saúde, fumam em demasia, ingerem bebidas alcoólicas em excesso ou abusam de alimentação carnívora. Aliás,
nos dias destinados a esses trabalhos espirituais, os médiuns deveriam se submeter a uma alimentação sóbria, já
que, depois de uma refeição por vezes indigesta, o indivíduo não tem disposição para tomar parte em uma tarefa
que exige concentração mental segura.
Durante o tratamento fluídico operado à distância, a cura depende muito das condições psíquicas em
que os doentes forem encontrados durante a recepção dos fluidos. Os espíritos terapeutas enfrentam sérias
dificuldades no serviço de socorro aos pacientes cujos nomes estão inscritos nas listas dos centros espíritas, pois
além das dificuldades técnicas resultantes de certo desequilíbrio mental do ambiente onde eles atuam/ outros
empecilhos os aguardam, em virtude do estado psíquico dos próprios doentes.
Às vezes, o enfermo tem a mente saturada de fluidos sombrios, em face de conversas maledicentes,
intrigas, calúnias e fofocas. Em outros casos, lá está ele em excitação nervosa por causa de alguma violenta
discussão política ou desportiva, bem como é encontrado envolto na fumarada intoxicante do cigarro ou na
bebericagem de um alcoólatra. Outras vezes, os fluidos irradiados das sessões espíritas penetram nos lares
enfermos, mas encontram o ambiente carregado de fluidos agressivos, provenientes de discussões ocorridas
entre seus familiares. É evidente que os desencarnados têm pouco êxito em sua tarefa abnegada de socorrerem
os enfermos quando estes vibram recalques de ódio, vingança, luxúria, cobiça ou quaisquer outros sentimentos
negativos.
As operações cirúrgicas realizadas no perispírito durante o sono só atingem a causa mórbida no tecido
etérico deste, porém, depois de algum tempo, começam a desaparecer seus efeitos mórbidos na carne, pelo
mesmo fenômeno de repercussão vibratória. Neste caso, como os enfermos operados ignoram o que lhes
aconteceu durante o sono ou mesmo em momento de vigília e repouso, opõem dúvidas quanto a essa
possibilidade.
Uma vez que esses doentes, tendo sido operados no perispírito, não comprovam de imediato qualquer
alteração benéfica em seu corpo físico, geralmente supõem terem sido vítimas de uma fraude ou um completo
fracasso quanto à intervenção feita. Acontece que a transferência reflexa das reações produzidas por essas
operações se processa muito lentamente, levando semanas ou até meses para manifestarem seus efeitos
benéficos no organismo. Além disso, há casos em que o enfermo recebe assistência de seus guias espirituais
devido à circunstância de emergência, que não altera o determinismo de seu resgate cármico.
Toda cura se dá pela ação fluídica, já que o espírito age através dos fluidos. Tanto o perispírito como o
corpo físico são de natureza fluídica, embora em diferentes estados, havendo relação entre eles. O agente da cura
pode ser encarnado ou desencarnado e nela podem ser utilizados ou não processos como passes, água
fluidificada e outros, além da intervenção no perispírito ou no corpo. Na cura por efeitos físicos, a alteração
orgânica no corpo físico é imediatamente visível ou passível de constatação pelos sentidos ou aparelhamentos
materiais.
Na ação fluídica sobre o perispírito, a cura será avaliada depois, pelos efeitos posteriores no corpo físico.
Agindo através dos centros anímicos, órgãos de ligação com o perispírito, atinge-se este, que também se
beneficia ao se purificar pela aceleração vibratória, tornando-se, assim, incompatível com as de mais baixo
padrão.
É desta forma que se operam as curas de perturbações espirituais, na parte que se refere ao perturbado
propriamente dito. Sabemos que a maior parte das moléstias de fundo grave e permanente não podem ser
curadas porque representam resgates cármicos em desenvolvimento, salvo quando há permissão do Alto para
curá-las. Entretanto, há benefícios para o doente em todos os casos, porque se conseguirá, no mínimo, uma
atenuação do sofrimento.
A faculdade de curar pela influência fluídica é muito comum e pode se desenvolver por exercício. Todos
nós, estando saudáveis e equilibrados, podemos beneficiar os doentes com passes, irradiações, água fluidificada
etc. Aprendendo e exercitando, desenvolvemos nosso potencial de ação sobre os fluídos.
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O poder curativo está na razão direta da pureza dos fluidos produzidos, como qualidades morais ou
pureza de intenções, da energia da vontade, quando o desejo ardente de ajudar provoca maior força de
penetração, e da ação do pensamento, dirigindo os fluidos em sua aplicação.
A mediunidade de cura, porém, é bem mais rara, espontânea e se caracteriza pela energia e
instantaneidade da ação. O médium de cura age pelo simples contato, pela imposição das mãos, pelo olhar, por
um gesto, mesmo sem o uso de qualquer medicamento. No evangelho, existem numerosos relatos onde Jesus ou
seus seguidores curam por ação fluídica, alguns deles examinados por Allan Kardec no livro A Gênese, capítulo
XV.
É lícito buscar a cura, mas não se pode exigi-Ia, pois ela dependerá da atração e fixação dos fluidos
curadores por parte daqueles que devem recebê-los. A cura se processa conforme nossa fé, merecimento ou
necessidade. Quando uma pessoa tem merecimento, sua existência precisa continuar ou as tarefas a seu cargo
exigem boa saúde, a cura poderá ocorrer em qualquer tempo e lugar, até mesmo sem intermediários
(aparentemente, porque ajuda espiritual sempre haverá). No entanto, às vezes, o bem do doente está em
continuar sofrendo aquela dor ou limitação, que o reajusta e equilibra espiritualmente, o que nos faz pensar que
nossa prece não foi ouvida.
Para tanto, vejamos o que diz Emmanuel no livro Seara dos Médiuns, no capítulo "Oração e Cura":
"Lembremo-nos de que lesões e chagas, frustrações e defeitos em nossa forma externa são remédios da alma
que nós mesmos pedimos à farmácia de Deus. A cura só se dará em caráter duradouro se corrigirmos nossas
atuais condições materiais e espirituais. A verdadeira saúde e equilíbrio vêm da paz que em espírito soubermos
manter onde, quando, como e com quem estivermos. Empenhemo-nos em curar males físicos, se possível, mas
lembremos que o Espiritismo cura sobretudo as moléstias morais".
De uma maneira primorosa, Allan Kardec nos situa sobre o assunto: "A cura se opera mediante a
substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo está, pois, na razão direta da pureza
da substância inoculada, mas depende também da energia da vontade, que, quanto maior for, mais abundante
emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções
daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou espírito".
Daí então se depreende que são quatro as condições fundamentais das quais depende o êxito da cura: o
poder curativo do fluido magnético animalizado do próprio médium, a vontade do médium na doação de sua força,
a influenciação dos espíritos para dirigir e aumentar a força do homem e as intenções, méritos e fé daquele que
deseja se curar.
O PASSE ESPÍRITA
Após algum tempo afastado, por motivo de saúde, voltamos ao nossos estudos desta magnífica
Doutrina, que nos consola garantindo-nos um futuro cheio de alegrias e trabalhos edificantes. Estamos voltando
com um estudo sobre uma aplicação da parte prática da Doutrina Espírita, que é chamada de "Passe Espírita".
Antes de tratar sobre o passe, precisamos definir algumas coisas que se tornam importantes, como: o
passe (magnético, ou o usado nas religiões Hinduístas, etc); o passe espírita; energia, fluido, etc.
Consideremos inicialmente o termo energia mediúnica. Devemos, antes de tudo, pensar em alguns
conceitos necessários ao esclarecimento da terminologia que muitas vezes vemos e ouvimos serem usadas sem o
cuidado necessário, para evitar que caiamos em erros evidentes ou grosseiros, da mesma forma como acontece
no uso de outros termos.
Para iniciar, tomemos o termo FLUIDO e seu conceito. Este termo tem gerado várias divergências entre
cientistas e os espíritos, de tal modo que cientistas espíritas propuseram uma mudança no termo proposto por
Allan Kardec, na Doutrina Espírita. Na atualidade, devido aos avanços da Ciência, verifica-se que Kardec sempre
esteve com a razão e inclusive o "fluido magnético" voltou a ser melhor estudado, apesar da Teoria da Sugestão
Hipnótica ter suposto que havia liquidado com este termo. Assim, passamos a estudar, ou voltamos a estudar a
Teoria do "Fluido Universal", em função dos novos conceitos colocados por Albert Einstein, incluindo o que mostra
a Física Nuclear, acerca da imagem fluídica do Universo. Essa imagem se apresenta como energia dos campos
de forças que forma o vácuo aparente dos espaços siderais. Vale salientar que estes espaços são os
componentes da vida, observados na sua fisiologia, como partículas infinitamente pequenas, mas com grande
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poder e que participam como elementos componentes do "tempo" e do "pensamento" sendo conseguido realizar
seu estudo apenas pela Filosofia.
A partir da descoberta das máquinas Kirlian de fotografia, têm-se estudado os campos imantados
usando energia elétrica de alta freqüência e acoplado à máquina os potentes microscópios eletrônicos. Com isso,
têm-se comprovado a existência de área fluídica. A partir daí, não podemos pensar em mediunidade como uma
energia fluídica, pois a sua natureza está evidente e Kardec (ainda com a razão) analisou-a como um simples
processo de relação ou intermediação.
Assim, podemos afirmar que mediunidade não é um tipo de energia, embora se processe por meio de
energias espirituais conjugadas a energias materiais (magnéticas), sendo a dinâmica desta ação, totalmente
explicada a Kardec, pelos Espíritos Superiores (veja em O Livro dos Médiuns).
Vamos, agora, passar ao estudo do passe, examinando-o de modo geral e em seguida como passe
espírita.
Desde que o Homem tomou conhecimento de si mesmo, e sentindo as possibilidades de resolver seus
mais íntimos problemas orgânicos, através das ações espirituais, têm procurado entender o processo que o
levasse à cura de seus males. Queremos dizer que muito antes do advento do Cristo, já existia a relação passe X
cura que se obtém por meio de fluidos, impulsionados por energias (magnéticas ou espirituais), que vai do
passeista ao doente. É claro que o agente deve estar com a saúde boa. Com isso surge a pergunta: Que é, ou
quando a saúde é boa?
- A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que saúde não é necessariamente a ausência de
doença, mas um estado de completo bem-estar fisio-psiquico-social. O que é muito difícil.
- Já a Doutrina Espírita diz que toda doença tem origem no espírito, pois a ação moral em desequilíbrio
no ser, afeta seu perispírito e conseqüentemente afeta o corpo. Isto é, o desajuste vibratório de um, afeta ao outro,
donde surgem as doenças
O dicionário atualizado da Língua Portuguesa: (de Houaiss) diz que PASSE é o ato de passar as mãos
repetidas vezes para diante ou por cima da pessoa que se quer magnetizar ou curar pela força mediúnica.
O dicionário de Parapsicologia (de João Teixeira de Paula) diz que são movimentos com as mãos feitos
pelos médiuns passeistas, nos indivíduos com desequilíbrio psicossomáticos ou apenas desejosos de uma ação
fluídica benéfica. Os passes espíritas são uma imitação dos passes hipnomagnéticos com a única diferença de
contarem com a assistência invocada ou sabida dos protetores espirituais.
Atualmente, após os estudos aprofundados sobre a obra de Kardec, temos os conceitos espíritas
sobre o passe, encaixados nos seguintes tópicos:
* a)Passe é uma transmissão conjunta dos fluidos do passeista (fluidos de origem magnética) e fluidos
espirituais (oriundos dos benfeitores espirituais). OBS. (1) lembrar que não é uma transfusão de energias, nem
puramente fluido animal (magnetização). (2) Lembrar, também que transmissão de fluidos, não é obtida por
movimentação de mãos nem de coisa alguma, uma vez que o fluido é gerado na dinâmica das energias que vão
ser usadas.
* c)Transmite-se o passe pelas mãos (sopro, ou olhar, ou passe à distância, não são passes, mas
outras coisas que fogem à nossa alçada, no estudo que pretendemos realizar, sobre passe espírita - garantimos
que sopro, olhar, esfregaços, etc. não são passes espíritas- e no caso do "passe à distância", não é passe, é uma
irradiação - lembrar das diferentes definições que foram dadas e não invencionices que procuram satisfazer o
"ego").
* d)A vontade é que relaciona o dar e receber do passe. Quem ministra o passe, está imbuído da
vontade de servir e ajudar ao irmão necessitado, enquanto o que recebe o passe tem vontade de se curar e se
promete modificar seus hábitos morais menos nobres.
* g)De acorde com Kardec, "cura se opera mediante a substituição de moléculas malsã, por molécula
sã. O poder curativo estará, pois na razão direta da substância inoculada; mas depende também, da energia da
vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração
dá ao fluido" (Kardec, Gênese, item 31).
O fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, os quais são simples
transformações dele. Pela identidade de sua natureza, esse fluido condensado no perispírito, pode fornecer
princípios reparadores no corpo.
MECANISMO DO PASSE
- O papel do perispírito no passe é fundamental por várias razões, dentre as quais destacamos a íntima
ligação com o corpo, a expansão, que permite o maior entrosamento com os espíritos desencarnados.
- Deve haver mútua confiança entre passeista e doente para que haja a sintonia perispirítica.
- Sob ação da vontade e da fé, impomos as mãos sobre a cabeça do doente e nossos fluidos,
misturadas aos dos benfeitores espirituais, agem sobre a pineal (glândula) e a partir daí é irradiado, pelas
vibrações do perispírito, por todos os centros de forças (plexos) afetados, onde moléculas malsãs são substituídas
por moléculas sadias. OBS.: Se examinamos no corpo físico verificará que o Sistema Neurológico e o Sistema
Vascular irradiam-se dessa glândula e se distribui por todos os centros de forças do corpo humano. Quando
provocamos uma vibração nas vizinhanças dessa glândula os centros que estão afetados e em desarmonia,
passam a receber uma substituição de moléculas doentes por moléculas sadias, em função das vibrações
provocadas pelos fluidos magnéticos (ou materiais) do passeista e dos fluidos refinados e sutis dos Espíritos
Superiores que se encarregam da ajuda ao médium. Portanto, para aplicarmos um bom e completo Passe
Espírita, em um individuo necessitadas, basta à imposição de mãos, Prece, Vontade e fé, sem os requebros e
ginásticas que vemos na atualidade, e que não levam a nada. Salientamos que Passe Magnético, usado pelos
magnetizadores é feito em consultórios por pessoa preparada de modo específico para isso, através dos Curso de
Magnetismo, dados pelas escola especializadas.
(De acordo com Allan Kardec, em o Livro dos Médiuns, o Centro Espírita) é, fundamentalmente, um
núcleo de estudos, de fraternidade, de oração e de trabalho moralizante, com base no Evangelho de Jesus e à luz
da Doutrina Espírita (reformador de 1992, no editorial).
O passe foi incluído nas práticas espíritas como auxiliar dos recursos terapêuticos objetivando a
melhoria moral dos necessitados dessa ação. As distorções ficam por conta dos maus espíritas que disseminaram
ou disseminam informações errôneas e adotaram ou adotam posturas místicas, procurando resolver problemas
financeiros, conjugais bem como outros problemas de ordem puramente materiais, etc. Além disso, existem os
tomadores de passes que o fazem por hábito, sem nada entenderem ou sem nada necessitarem.
97
É, pois, dever do CE, por meio de seus trabalhadores, esclarecerem aos que chegam à Casa.
Precisamos quase sempre dizer, de modo sucinto, o que é um Centro Espírita, evitando muitos transtornos no
futuro, eliminando dúvidas e questiúnculas esdrúxulas.
- O trabalhador que desempenha sua tarefa na transmissão do passe, deve considerar seu trabalho,
como uma forma de servir ao próximo. Portanto, deve estar preparado, técnica e praticamente, no conhecimento
de seu papel, bem como da Doutrina que abraçou. Isto é, este trabalhador deve pensar na necessidade imediata
de adquirir qualidades para sua própria evolução.
- Deve lembrar-se que o sistema nervoso esgotado, deprimido, é canal que "não responde" e gera
barreiras intransponíveis pelo ser. A auto-fiscalização é, por isso, fundamental. Esse trabalhador deve auto-educar-
se, pela alimentação, pela postura, eliminando os velhos hábitos e substituindo-os por outros que sejam
moralizantes.
- Frisemos que, os trabalhadores que lidam com o passe, devem adquirir conhecimentos da Doutrina
Espírita, sob todos os ângulos, para atuarem com acerto e exemplificar sua ação em todos os lugares onde esteja,
seja no trabalho de sua manutenção e de sua família, seja no trabalho espírita, seja no lazer, seja onde estiver
deverá servir de exemplo.
- O passeista deve estar ciente que o êxito do trabalho reclama experiência, horário, segurança e
responsabilidade do servidor fiel aos compromissos assumidos.
ALGUMAS ORIENTAÇÔES:
. Utilizar, a rigor, a imposição de mãos. É uma ação muito simples, sem ritual ou cacoetes.
. Todos os passeistas são médiuns, logo deve ser preparado como tal.
. O melhor local para o passe é o Centro Espírita. Quando o paciente não pode vir, aconselha-se a
vibração à distância.
. Sendo o passe transmissão de força psíquico-espiritual, dispensa o contato físico. Portanto, as mãos do
passeista devem estar a uns dez centímetros de distância do topo da cabeça daquele que recebe o passe.
. O passe não deve ser aplicado se o médium estiver em transe, caso contrário ele será um paciente e
não um agente.
.É necessária uma preparação espiritual antes da aplicação de passes. Inicialmente somente entre os
passeistas já no local designado para o passe, e depois sempre uma rápida prece antes da ação sobre cada
grupo de pessoas que receberão o passe, com a finalidade de harmonização do grupo que tomará passes.
. O passeista não precisa receber passes ao fazer sua doação fluídica, pois após as aplicações de
passes os Espíritos Superiores que participam dos passes se encarregam de repor com o que foi gasto, com
elementos espirituais finíssimos e bem melhores, conseqüentemente, do que tínhamos antes dos passes.
Nos grupos mediúnicos, um dos componentes são os passeistas, e em alguns casos. Até o próprio
dirigente do grupo, serve como tal. O objetivo das presenças desses passeistas, nestes grupos mediúnicos, é
atender as perdas de energias que por vezes são observadas durante alguns fenômenos. Vejamos alguns casos:
- Como forma de doar fluidos salutares e magnéticos aos espíritos sofredores objetivando a recuperação
ou equilíbrio do estado mental e emocional dessas entidades, para facilitar o transporte deles, pelos Espíritos
encarregados do trabalho, na reunião;
- Também pode auxiliar o médium na comunicação mediúnica a fim de dissipar fluidos deletérios, para
não atingirem diretamente o equilíbrio do médium. Pois, em alguns casos, ficam resíduos de emanações
deletérias do espírito que foi afastado, no médium e neste caso os passes, ao aumentarem a carga energética
(mistura do fluido magnético do passeista com o fluido espiritual do Espírito Superior encarregado de tal ação), no
médium fica restabelecido para nova ação mediúnica;
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- Não deve ser transformado em conduta obrigatória, pois o médium harmonizado com o plano espiritual
superior recebe os recursos e não se deixa influenciar pelas ações, emoções ou sentimentos do sofredor.
Salientamos que nos grupos equilibrados e harmonizados, esta ação de passes descrita no item anterior, se
tornam sem necessidade;
-O passe se faz necessário nas reuniões mediúnicas quando as entidades comunicantes sofrem de:
necessidades especiais, suicidas, alienados mentais ou possuidores de graves lesões perispirituais e os
obsessores. Vale salientar que os passes nestes ocasiões é dado no espírito sofredor e não no médium;
- O atendimento a esses espíritos nas reuniões mediúnicas, mostra que a aplicação de passes pode ser
observada regularmente, devido à absorção de fluidos de todos os presentes e os instrutores espirituais estão
prontos a repor o dispêndio de forças através de recursos magnéticos de modo muito sutil. Logo, não há
necessidade do passe indiscriminado após a reunião, nem seria lógico a troca de passes entre os participantes de
uma reunião mediúnica, pois não tem sentido, nem científico nem espiritual. Equivalentemente, não tem sentido os
denominados AUTO-PASSES, pois este comportamento é um ato de puro desajuste psíquico, devido a um
raciocínio muito simples: Como é que uma pessoas sem energia pode repor suas próprias energias, retirando
fluidos de onde não há?
-NÃO DAR PASSES INDISCRIMINADOS. Nos participantes antes ou depois, nem existe razão para dar
passe toda vez que se dá uma comunicação.
- Médium em transe só recebe passe se estiver sob ação perturbadora, pois as emanações de entidades
tornam-se perigosas e os passes neste momento, amenizam tais emanações.
- Não aplicar passes se fez uso de bebidas alcoólicas, substâncias tóxicas de qualquer espécie;
Prezados amigos, estas são as informações que podemos e temos para dar-lhes acerca do passe na
Casa Espírita. Nossa finalidade é evitar que outros tipos de passes possam deturpar a bela, nobre e
profundamente consoladora Doutrina Espírita, na forma codificada por Allan Kardec.
Paramos por aqui, colocamo-nos ao seu inteiro dispor, para o que possamos ajudar a resolver, e
fiquem com o Cristo de Deus. Um beijo do
CF, O
BIBLIOGRAFIA
99
(1) KARDEK, Allan: O Evangelho segundo o Espiritismo;
Copyright ® 2008
as épocas da Humanidade".
PASSE E IRRADIAÇÃO
A SUBLIME DOAÇÃO
"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas tenho o que tenho isto te dou. Em nome de Jesus-
Cristo, o Nazareno levanta-te e anda". (Atos, 3:6.).
"É muito comum a faculdade de curar pela influencia fluídica e pode desenvolver-se por meio do
exercício; mas, a de curar instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é mais rara e o seu grau máximo se
deve considerar excepcional". (Allan Kardec – A Gênese, Cap. XIV, item 34).
100
1) – Conforme o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, editora Nova Fronteira, Aurélio Buarque de
Holanda Ferreira:
Passe: Ato de passar as mãos repetidamente ante os olhos de uma pessoa para magnetiza-la, ou sobre
uma parte doente de uma pessoa para cura-la.
2) – De acordo com o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, MEC – Fename, Francisco da S. Bueno:
Passes: Ato de passar as mãos repetidas vezes por diante dos olhos de quem se quer magnetizar ou
sobre a parte doente da pessoa que se pretende curar pela força mediúnica. (essa definição, por sinal, é a mesma
encontrada no Dicionário da Academia Brasileira de Letras).
Passes; Movimentos com as mãos, feitos pelos médiuns passeistas, nos indivíduos com desequilíbrios
psicossomáticos ou apenas desejosos de uma ação fluídica benéfica. (...) Os passes espíritas são uma imitação
dos passes hipnomagneticos, com a única diferença de contarem com a assistência, invocada e sabida dos
protetores espirituais.
O Passe é uma transfusão de energias psíquicas (...) Emmanuel (O Consolador, Cap. V, questão 98).
O Passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. Áulus – André Luiz (Nos Domínios da
Mediunidade, Cap. XVII).
O Passe, como gênero de auxilio, invariavelmente aplicado sem qualquer contra-indicação, é sempre
valioso no tratamento devido aos enfermos de toda classe (...) André Luiz – (Mecanismos da Mediunidade, Cap.
XII, Passe e Oração).
O Passe e, antes de tudo, uma transfusão de amor. Divaldo Pereira Franco (Diálogo com Dirigentes e
Trabalhadores Espíritas – O Passe – propriedades e efeitos).
O Passe é um ato de amor na sua expressão mais sublimada. Suely Caldas Schubert.
(Obsessão/Desobsessão – A importância da fluidoterapia).
"Então Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será
restaurada, e ficarás limpo. Naamã, porém, muito se indignou, e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ater
comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e
restauraria o leproso (Grifo Nosso). II Reis, Cap. V, vv. 10 e 11".
"Josué, filho de Num estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés havia posto sobre ele suas
mãos: assim os filhos de Israel lhe deram ouvidos, e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés. (grifo nosso).
Deuteronômio, Cap. XXXIV, vv. 9 a 12".
"E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe dizendo: Quero, fica limpa! E imediatamente ele ficou limpo de
sua lepra". (grifo nosso). Mateus, Cap. VIII, v. 3.
"Então Ananias foi e, entrando na casa, impôs as mãos sobre ele dizendo: Saulo, irmão, o Senhor me
enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recupere a vista e fiques
cheio do Espírito Santo". (grifo nosso) Atos, Cap. IX, v. 17.
Em termos espíritas, passes tanto pode ser entendido como o conjunto de recursos de transferências
fluídicas levadas a efeito com fins fluidoterápicos, como uma das maneiras pela qual se faz transferências. No
primeiro caso, a imposição de mãos seria um dos recursos; no segundo, uma das maneiras.
Assim sendo, de forma literal, o passe e imposição de mãos não são a mesma coisa; em termos de uso,
tem-se a imposição de mãos como uma técnica de passe, tanto que é comum se falar de um querendo-se dar a
entender o outro.
101
É importante se observar a ponderação da Dalva Silva Souza, na Revista Reformador de janeiro de
1.986, p. 16 que menciona: "A palavra passe é um deverbal (substantivo que é derivado do verbo; o mesmo que
pós-verbal – ex. caça, venda, compra) (obs. nossa) de passar, verbo que, sem dúvida, transmite a idéia de
movimento. Por outro lado, imposição de mãos já deixa bem induzido que se trata de atitude estática, sem
movimento, posto que, derivado do verbo impor, imposição, nesse sentido, quer dizer: ato de fixar, estabelecer".
Os Objetivos do Passe:
(Conforme a objetividade e a lucidez do Espírito André Luiz, o que nos faz meditar com grande proveito,
quando nos ensina que: "O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilíbrio ideal da
mente, apoio eficaz de todos os tratamentos (...) Se usamos o antibiótico no campo físico, porque não adotar o
passe por agente capaz de impedir as alucinações depressivas, no campo da alma?) Se atendemos a assepsia,
no que se refere ao corpo, porque descurar dessa mesma assepsia no que tange ao espírito?" (André Luiz
Opinião Espírita – O Passe, Cap. 55).
Quando André Luiz então nos ensina que o passe é o equilibrante ideal da mente, funcionando como
coadjuvante em todos os tratamentos, não só físicos, mas igualmente da alma, fica bem caracterizado que os
objetivos a serem alcançados estão em dois campos: Material e Espiritual.
Corroborando com isso, encontramos Martins Peralva no seu Livro Estudando a Mediunidade, Cap. 26 –
Passes, que ensina: "O socorro através de passes, aos que sofrem do corpo e da alma, é instituição de alcance
fraternal que remonta aos mais recuados tempos".
Tipos de Passes:
Segundo Martins Peralva, no seu Livro e Capitulo acima mencionado, que convém que se esclareça, é
totalmente baseado na Obra Nos Domínios da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz, nos esclarece que existem
02 tipos de passes, assim discriminados:
A principio rudemente combatido pela Ciência e pelo oficialismo médico, impôs-se, entretanto, às
massas sofredoras, através das curas magnéticas do Marquês de Puységur,do Barão Du Potet de Lafontaine,
entre tantos outros.
Ao lado da água magnetizada serviam-se os magnetizadores também dos passes durante os quais,
obedecendo à sua potente vontade, fluía o magnetismo por suas mãos, impostos à altura da cabeça do enfermo,
ou do tórax, ou do abdômen, e daí descendo ao longo dos membros ou de todo o corpo, num sentido longitudinal,
ou transversal ou em círculos.
Conforme Lauro de Oliveira São Thiago (redator da Revista Reformador, trabalhando ao lado do Diretor
Juvanir Borges de Souza e o Diretor Substituto, Altivo Ferreira) na Revista Reformador 1.969, de ABR/93, nos
ensina que os Passes Espirituais, assim chamados porque agora transmitidos por médiuns, mas com a
participação predominante de Espíritos benfeitores, intervindo na atração e doação fluídicas.
As coisas se passavam de maneira muito simples, com a boa-vontade, a fé e a caridade dos médiuns e
a bondade dos Espíritos. Continuam assim se passando até hoje e assim devem continuar, como expressão da fé
e com base no sentimento de caridade dos devotados trabalhadores da Seara mediúnica.
Nos ensina J. Herculano Pires, no seu Livro Obsessão, O Passe, A Doutrinação, no Cap. 1 – Do Passe –
Suas Origens, Aplicação e Efeitos, que o Passe Espírita é simplesmente a imposição das mãos usada e ensinada
por Jesus, como se vê nos Evangelhos.
102
O Passeista Espírita consciente, conhecedor da Doutrina e suficientemente humilde para compreender
que ele pouco sabe a respeito dos fluidos espirituais – e o que pensa saber é simples pretensão orgulhosa, limita-
se à função mediúnica de intermediário.
Lembramos Martin Peralva, que ressalta que em qualquer dessas modalidades, o passe procede sempre
de Deus.
Essa certeza deve contribuir para que o médium seja uma criatura humilde, cultivando sempre a idéia de
que é um simples intermediário do Supremo Poder, não lhe sendo lícito, portanto, atribuir a si mesmo qualquer
mérito no trabalho.
A Prece, especialmente, representa elemento indispensável para que a alma do passeista estabeleça
comunhão direta com as forças do bem, favorecendo assim, a canalização, através da mente, dos recursos
magnéticos das esferas elevadas.
A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai.
Por ela, consegue o passeista duas coisas importantes e que asseguram o êxito de sua tarefa:
Através dessa preparação, consegue o médium, simultaneamente, ajudar e ser ajudado; receber e doar
ao mesmo tempo.
Quanto mais se renova para o bem, quanto mais se moraliza e se engrandece, espiritualizando-se,
maiores possibilidades de servir adquire o companheiro que serve ao Espiritismo Cristão no serviço de passes.
Não podemos nos olvidar que o Passe é uma transfusão de energias psicofísicas. E, sendo o passeista,
naturalmente, um medianeiro da Espiritualidade Superior, deve cuidar de sua saúde física e mental.
Com esse entendimento, o "veiculo" dessas transfusões de energias deve, sem dúvida, ser bem
cuidado.
Alimentação excessiva favorece a vampirização da criatura por entidades infelizes, o mesmo ocorrendo
com os alcoólicos em demasia.
103
O equilíbrio do sistema nervoso e a ausência de paixões obsidentes propiciam um estado receptivo
favorável à transmissão do passe.
Logo, educar-nos mentalmente e curar-nos fisicamente, a fim de melhor podermos servir ao próximo,
afiguram-se nos impositivos a que não nos devemos subtrair.
O Passeista que não confia no alto limita, também, a sua capacidade receptiva. Fecha desta maneira, as
portas da "casa mental" obstando o acesso dos recursos magnéticos.
b) – Harmonia Interior: É também imprescindível para que possa ocorrer com excelência o processo de
filtragem dos fluidos salutares.
c) – Respeito: Ante a tarefa assistencial que se realiza através do Passe. Respeito ao Pai Celestial, aos
Instrutores Espirituais e àqueles que lhe buscam o concurso.
No Passe Direto (designação essa que o diferencia do Passe a Distancia – Irradiação) depois de orar,
silenciosamente, o médium é inteiramente envolvido pelos fluidos curadores hauridos no Plano Espiritual e que se
canalizam para o organismo do doente.
O Paciente, no momento que recebe o passe, com confiança e fé, tem a sua mente e o seu coração
funcionando à maneira de poderoso imã.
O reequilíbrio, a harmonização que devem se processar, ajudados pelos trabalhos precedentes – leitura
do preparo de ambiente, a exposição e a prece silenciosa antes de se adentrar à Câmara de Passes.
É aconselhável que ore o individuo, em silencio enquanto recebe o passe, a fim de que sua organização
psicofísica incorpore e assimile, integralmente, as energias projetadas pelo passeista.
Por outro lado, com relação ao descrente, o irônico e o duro de coração, o fenômeno se opera de forma
diferente, pois ele estará repelindo os jorros de fluidos que o médium canaliza para o seu organismo (vide em
apenso, no final, quadro explicativo dos envolvidos no momento do passe).
Irradiações:
Podemos dizer que o tratamento mediante passes pode ser feito diretamente, com o enfermo presente
aos trabalhos, ou através de Irradiações Magnéticas, com o enfermo à distancia.
Conforme nos ensina Emmanuel nas suas obras Vinha de Luz (Cap. 163) e Fonte Viva (Cap. 149) há
duas formas de irradiação:
As pessoas sensíveis, mediunicamente falando, sentem com precisão o estado do ambiente e das
pessoas que o compõem pelo fato de perceberem esta irradiação.
b) – Outro tipo de Irradiação é aquela que se faz à distancia projetando o nosso pensamento e
sentimentos em favor de alguém, movimentando as forças psíquicas através da vontade.
Os bons sentimentos, os bons pensamentos, os bons atos, vão plasmando na "atmosfera espiritual" da
criatura, uma tonalidade vibratória e uma quantidade de fluidos agradáveis e salutares que poderão ser
mobilizados através da vontade dirigida.
104
Nas chamadas "Sessões de Irradiações", os doentes são beneficiados à distancia não somente em
virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos encarnados, como pelas energias extraídas dos presentes
pelos cooperadores espirituais e conduzidas ao local onde se encontra o irmão enfermo.
Alerta, mais uma vez, Emmanuel, agora por intermédio do Livro Palavras de Vida eterna (Cap. 31), que o
potencial movimentado é aplicado de acordo com o critério que o mundo espiritual achar conveniente.
Esclarece André Luiz que sem o recolhimento e respeito na receptividade, não conseguimos fixar os
recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor, porque o escárnio e a dureza de coração podem ser
comparados a espessas camadas de gelo sobre o templo da alma.
Em especial nos passes à distância, comum nas sessões de Irradiações, vejamos os esclarecimentos:
"No passe a distancia, é imprescindível a sintonia entre aquele que o administra e aquele que o recebe.
Nesse caso, diversos companheiros espirituais se ajuntam no trabalho de auxilio, favorecendo a realização, e a
prece silenciosa será o melhor veiculo da força curadora".
Deve, então, a pessoa que irradia inicialmente se concentrar, orar em seguida e, depois, pela vontade,
focalizar o objeto de sua irradiação e transmitir aquilo que deseja: paz, conforto, coragem, saúde, equilíbrio,
paciência, etc.
Devemos, inicialmente, relembrar o que preconizou Jesus quando mencionou que "onde estiverem dois
ou três reunidos em meu nome, ali estarei no meio deles". (Mateus, Cap. XVIII, v. 20).
Allan Kardec, afirmou que "uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a
resultante das de seus membros". (O Livro dos Médiuns, Cap. 29, item 331 – Das reuniões e das Sociedades
Espíritas).
Conjugando-se tais posições, vemos que elas se completam, fazendo-nos concluir que o ambiente de
uma reunião será bom se observamos que "As condições do meio serão tanto melhores, quanto mais
homogeneidade houver para o bem, mais sentimentos puros e elevados (...)" Kardec, O Livro dos Médiuns, Cap.
21, item 233 – Da Influência do Meio).
Assim, o lugar onde se verifique reuniões sérias e com fins nobres, ter-se-á sempre, um "clima" favorável
aos trabalhos de passes.
Partindo-se da afirmação do Espírito André Luiz, no seu Livro Desobsessão Cap. IX, Templo Espírita) de
que: "No Templo Espírita, os instrutores desencarnados conseguem localizar recursos avançados do plano
espiritual para o socorro a obsediados e obsessores (...) e na certeza de que os fluidos nesses ambientes
favorecem excelentes condições para combinações fluídicas altamente ricas e profícuas em face das elevadas
vibrações aí reinantes, podemos afirmar categoricamente que a Instituição verdadeiramente Espírita é o lugar
ideal para a aplicação do passe".
Na Casa Espírita existem Equipes Espirituais trabalhando intensamente a tal mister, como se pode
perceber nesse registro do Espírito André Luiz, no Livro Nos Domínios da Mediunidade, Cap. XVII, onde Hilário
pergunta a Conrado (no plano espiritual):
"- Sim, tomamos sob nossa responsabilidade os serviços assistenciais da Instituição, em favor dos
doentes, duas noites por semana.
"- Integramos um quadro de auxiliares, de acordo com a organização estabelecida pelos mentores da
Esfera Superior.
"- Quer dizer que, numa casa como esta, há colaboradores espirituais devidamente fichados (...)?
105
"- Perfeitamente. (...) o êxito do trabalho reclama experiência, horário, segurança e responsabilidade do
servidor fiel aos compromissos assumidos. A Lei não pode menosprezar as linhas da lógica".
Com base no exposto, somos levados a meditar na evidencia da Casa Espírita como o mais apropriado
lugar para se fazer a aplicação do passe e, de preferência em uma sala própria se houver a disponibilidade.
A nível ilustrativo, evocamos a existência da UTIs móveis prestando serviços aos pacientes fora dos
Hospitais e Consultórios, em casos de urgência, ou quando as condições dos mesmos, pela precariedade, não os
permitem receber o atendimento diretamente na Casa Hospitalar.
Analogicamente, também em condições acima especificadas, ou outras que devam ser consideradas,
pode-se e deve-se levar esse auxilio fraterno aos que dele necessitam, porem, como se trata de
excepcionalização ao ideal indicado, convém sejam tomadas algumas providências, como recomenda Suely
Caldas Schubert, no seu Livro Obsessão/Desobsessão, (Cap. VIII – Os recursos Espíritas) "Se houver imperiosa
necessidade de se socorrer o paciente em seu lar, por exemplo, através do passe, é imprescindível que
compareçam, no mínimo dois integrantes da equipe".
É altamente salutar e benéfico que a família do doente/necessitado procure colaborar da melhor maneira
possível nesse momento, mantendo a casa em silencio, com o devido recolhimento, preces e acompanhando
alguém da família o desenvolvimento da atividade. Também é importante o esclarecimento de que tal atendimento
é excepcional e temporário, devendo o paciente, após ter condições para tal, procurar a Casa Espírita e
procurarem todos o "alimento espiritual", através do "Pão do Evangelho".
A outros locais, como por exemplo, Hospitais, Clinicas, com o devido consentimento do paciente, da
família, com as mesmas observações.
Água Fluidificada:
Nos orienta o Dr. Bezerra de Menezes, no Livro Loucura e Obsessão (Cap. III, As Consultas) que: "A
água, em face da constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bionergia que lhe é ministrada.
Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora".
Técnica da Fluidificação:
Quando em reuniões, os próprios espíritos pela manipulação dos fluidos espirituais fluidificarão as
nossas águas, quer atendendo nossas orações, quer durante as reuniões de Evangelização, quer durante as
reuniões do "Evangelho no Lar" ou mesmo à cabeceira de nossas camas, quando estamos em atendimento à
distancia. No caso, nossa participação se dá pela fé perseverante, pela vontade e oração sinceras.
Quanto a questão dos vasilhames estarem abertos ou fechados, não faz a menor diferença, pois
nenhuma matéria até aonde todas as pesquisas científicas e espíritas já chegaram, é capaz de deter ou opor
obstáculos à transmissão fluídica. Prova-os os atendimentos à distancia.
No Livro O Consolador importante questão é aventada junto ao Espírito Emmanuel quando é indagado:
(Questão 1103) – "No tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um doente, terá o
mesmo efeito em outro enfermo?" R. – "A água pode ser fluidificada, de modo geral, em beneficio de todos;
todavia, pode sê-lo em caráter particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja
pessoal e exclusivo".
Com relação ao trabalho desenvolvido pela Espiritualidade, vejamos, episódio narrado por André Luiz no
Livro Nos Domínios da Mediunidade (Cap. XII Clarividência e Clariaudiência), (Elucidações do Espírito Áulus): "(...)
A água potável destina-se a ser fluidificada. O líquido simples receberá recursos magnéticos de sabido valor para
o equilíbrio psicofísico dos circunstantes".
"(...) Daí a instantes, de sua destra espalmada sobre o jarro, partículas radiosas eram projetadas sobre o
líquido cristalino que as absorvia de maneira total".
"– Por intermédio da água fluidificada – continuou Áulus -, precioso esforço de medicação pode ser
levado a efeito. Há lesões e deficiências no veiculo espiritual a se estamparem no corpo físico, que somente a
intervenção magnética consegue aliviar, até que os interesses se disponham à própria cura".
Demais Aspectos:
106
Para se ministrar o Passe é necessário "Incorporação Mediúnica?"
R. Não. O fluxo energético se mantém e se projeta às custas da vontade do passeista, como também de
entidades espirituais desencarnadas, que o auxiliam na composição dos fluidos – não havendo, portanto a
necessidade de "incorporação mediúnica".
O médium a somente sob a influencia da entidade e, por isso, não precisa falar, aconselhar ou transmitir
mensagem concomitantemente ao passe.
Daí decorre que o passe deve ser silencioso, discreto, sem o balbuciar e preces, e repetição de chavões
ou palavras sacramentais.
Conforme nos ensina Emmanuel, no Livro O Consolador, questão 99, "O Passe é a transmissão de uma
força psíquica e espiritual, dispensando qualquer contato físico na sua aplicação".
Herculano Pires, no Livro Mediunidade – Vida e Comunicação, Cap. IX – A moral mediúnica, estabelece
que: "Nas reuniões de Passes proíbe-se o toque dos médiuns nos pacientes, a não ser para ajuda-los em casos
extremos, para evitar mal-entendidos e suspeitas maliciosas que atentam contra o Médium, a Casa Espírita e a
Doutrina.
Não é necessário de maneira alguma o toque do médium, nem mesmo a pretexto de transfusão fluídica.
* As mãos do médium funcionam nos passes como antenas captadoras e emissoras de vibrações dos
Espíritos.
A imposição das mãos, como fez Jesus é o exemplo correto de transmitir o passe.
Os movimentos que gradativamente foram sendo incorporado à forma de aplicação do passe criaram
verdadeiro folclore quanto a esta prática espírita, desfigurando a verdadeira técnica.
Os passeistas passaram a se preocupar mais com os movimentos que deveriam realizar do que com o
dirigir os seus pensamentos para movimentar os fluidos.
A Aura Humana.
O Espírito André Luiz, no seu Livro Evolução em Dois Mundos, Cap. XVII, - Aura Humana e Mediunidade
Inicial comenta que:
"É claramente compreensível que todas as agregações celulares, emitem radiações e que essas
radiações se articulam, através de sinergias funcionais a se constituírem em verdadeiros tecidos de força em torno
dos corpos que as exteriorizam".
"Todos os seres vivos se revestem de um halo energético que lhes corresponde à natureza".
"No homem, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do
pensamento contínuo, que, em se ajustando a emanações do corpo celular, lhe modelam em derredor da
personalidade o conhecido Corpo Vital ou Duplo Etéreo de algumas escolas espirituais – duplicatas mais ou
menos radiante da criatura.
Aí temos nessa conjugação de forças físico-quimicas e mentais a AURA HUMANA, peculiar a cada
individuo, interpenetrando-o ao mesmo tempo em que parece emergir dele. Valendo por espelho sensível que em
todos os estados da alma se estampam com sinais característicos e em todas as idéias se evidenciam, plasmando
telas vivas.
- Fotosfera psíquica, atendendo a cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando-
nos todos os pensamentos e cores.
- Quando ela é detectada, mostramo-nos exatamente como e o que somos físico-psiquica e moralmente.
- Por ser nossa irradiação emitida diretamente ao meio externo, comunicamos ao mundo material e
espiritual, nossa faixa de vibração.
107
- Não é ela, contudo Espírito ou Perispírito. É na verdade uma emanação do perispírito, com
impregnações morais do Espírito e orgânicas do corpo.
O Espiritismo tem uma componente científica. Agora, são os cientistas não espíritas que o vêm
comprovar. Vamos hoje continuar com experiências científicas que provam a eficácia da fluidoterapia, prática
comum nas associações espíritas, que engloba o passe espírita (transmissão do magnetismo humano mais
energias espirituais para a pessoa necessitada) e a água magnetizada por essas mesmas energias.
A Drª Dolores Krieger, doutora em Filosofia, prof. de Enfermagem na Universidade de Nova Iorque
«...teve oportunidade de observar o desempenho do Coronel Stabany (um conhecido curador Húngaro, reformado
do exército, com fama de ter capacidades magnéticas curativas) durante várias semanas de cada verão, numa
clínica (provisória) de cura. Ela ficou impressionada com a quantidade de pessoas, cuja saúde melhorava,
inclusive casos dados como perdidos pela medicina.» (As Curas Paranormais - como se processam, cap. 13, 10ª
ed.; São Paulo: Pensamento, 1995).
Assim sendo, ela decidiu investigar. Utilizou um grupo de vários doentes, e solicitou o apoio do Coronel
Stabany e da Dr.ª Otelia Bengssten, MD (médica), bem como da Sr.a Dora Kunz (vidente). Um grupo recebeu
tratamento directo, por imposição das mãos. A Dr.ª Krieger mediu os níveis de hemoglobina, antes e depois do
passe magnético (imposição das mãos) efectuado pelo Coronel Stabany, e «Constatou a ocorrência de aumentos
significativos nos níveis de hemoglobina dos pacientes do grupo que recebeu o passe» (Medicina Vibracional -
Uma Medicina para o Futuro, cap. VIII, 12ª ed.; São Paulo: Cultrix).
«A tendência para a energia curativa elevar os níveis de hemoglobina era tão forte, que pacientes
cancerosos submetidos à cura, por imposição das mãos, apresentaram ocasionalmente elevações nos níveis de
hemoglobina, apesar de estarem a ser tratados com quimioterapia.» (Gerber, cap. VIII, 1997). «Foi demonstrado
que as elevações nos níveis sanguíneos de hemoglobina indicavam, com segurança, a ocorrência de verdadeiras
alterações bioenergéticas e fisiológicas, produzidas pela aplicação das energias curativas.» (Gerber, cap. VIII,
1997).
Mas não foi somente esta cientista que pôde comprovar a acção eficaz da fluidoterapia através do passe
magnético (imposição das mãos). Uma outra cientista decidiu investigar outras áreas.
O passe espírita, com imposição das mãos, bem como a água magnetizada pelos curadores, influem
positivamente na saúde física e psíquica das pessoas.
A Dr.ª Justa Smith, freira franciscana, bioquímica e enzimologista, recebeu o título de doutora em
pesquisa original sobre os efeitos dos campos magnéticos na actividade da enzima. Em 1967 era presidente do
Departamento de Ciências Naturais, num colégio particular em Rosary Hill, Buffalo, USA.
Ela pensou da seguinte maneira: «As enzimas são os catalisadores do sistema metabólico. Qualquer
cura, ou doença, primeiramente, deve activar o sistema enzimático. E raciocinou que se os campos magnéticos
podiam aumentar a actividade da enzima tripsina digestiva - o que ocorria na sua pesquisa - e se a luz ultravioleta
podia diminuir a actividade - o que ocorria na sua pesquisa - então qual o efeito sobre a mesma enzima que
poderia ocorrer na imposição de mãos - se é que havia? E decidiu descobrir. A Dr.ª Smith propôs, inicialmente,
comparar os efeitos da imposição de mãos do Coronel Stabany sobre a enzima tripsina, com os efeitos do campo
magnético sobre a mesma enzima, bem como sobre os controles. Para fazer isso, preparou soluções de tripsina,
as quais foram depois divididas em quatro frascos de vidro... um deles foi tratado pelo Coronel Stabany, que
simplesmente colocou as suas mãos ao redor do frasco tapado, durante um espaço máximo de 75 minutos. O
segundo ficou exposto à luz ultravioleta no comprimento de onda mais prejudicial para a proteína (o Dr. Bernard
Grad sugerira que a enzima se tornasse "doente", a fim de demonstrar a evidência da cura). Um terceiro frasco foi
exposto a um campo magnético elevado (8.000 a 13.000 gauss), com acréscimos horários de até 3 horas. O
quarto, não tratado, era o controle. Os resultados de um mês de estudo demonstraram que a energia ou força
proveniente das mãos do Coronel Stabany activavam as enzimas, quantitativa e qualitativamente, comparáveis à
actividade originada por um campo magnético de 8.000 a 13.000gauss. Isso representa uma actividade muito
significativa, considerando que vivemos num campo magnético médio com cerca de 0,5gauss. Os efeitos nas
enzimas danificadas (expostas á luz ultravioleta) foram essencialmente os mesmos. Os resultados... indicam que
algum tipo de energia foi canalizada pelas mãos do Coronel Stabany, sendo suficiente para activar as enzimas em
um grau significativo» (Meek, cap. 13, 1995).
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José Lucas - Portugal
Muita gente já ouviu falar no passe magnético e/ou espiritual. É utilizado nos centros espíritas como
terapia física e espiritual dos necessitados, bem como para a magnetização da água. Mas, será que isso funciona
mesmo? Para que serve? Tem algo de científico?
O Passe é o "Acto de passar as mãos repetidamente ante os olhos de uma pessoa para magnetizá-la,
ou sobre uma parte doente de uma pessoa para curá-la", assim reza no Novo Dicionário da Língua Portuguesa,
Ed. Nova Fronteira, de Aurélio Ferreira.
Quem já foi a um Centro Espírita certamente já viu ou frequentou sessões onde se aplicam passes, isto
é, sessões onde as pessoas que necessitam de auxílio recebem num ambiente reservado e calmo aquilo a que os
espíritas (e não só) dizem ser como que um "banho energético" com repercussões positivas sobre a situação
psíquica e física da pessoa. De um modo geral as pessoas sentam-se, concentram-se, e um outro elemento
designado de passeista (aquele que dá ou transmite o passe magnético) impõe as mãos sobre o paciente,
concentrando a sua mente, tentando dirigir energias renovadoras e positivas para aquele que ali se encontra.
Esta prática, embora noutros moldes, já era levada a efeito pelos magos da Caldeia, pelos brâmanes da
Índia, pelos egípcios, pelos romanos, na Gália, entre outros. Com Jesus, essa prática tornou-se corrente entre os
cristãos, e não desapareceu.
O espiritismo veio revelar o porquê destas atitudes, ao explicar como funcionam as leis do mundo
espiritual e a sua importância no intercâmbio com as leis que regem o mundo corpóreo. Descobriu a existência do
corpo espiritual e explica como funciona a mecânica dos fluidos, das energias, que agem e regem sobre esse
mesmo corpo espiritual (é o corpo - energético, fluídico - que o espírito mantém após a morte do corpo físico).
A fluidoterapia através do passe e da água tem razão de ser
Mas o que é o passe?
Segundo a opinião de Divaldo Franco (orador espírita de renome mundial) «O passe significa, no
capítulo da troca de energias, o que a transfusão de sangue representa para a permuta das hemácias, ajudando o
aparelho circulatório. O passe é essa doação de energias que nós colocamos ao alcance dos outros, de modo que
eles possam ter seus centros vitais reestimulados e, em consequência disso, recobrem o equilíbrio ou a saúde, se
for o caso.
O passe magnético... é transfusão de energia do doador. O passe que nós aplicamos, nos Centros
Espíritas, decorre da sintonia mental com os Espíritos Superiores.»
Paralelamente, é usual falar-se na água fluidificada ou magnetizada, isto é, a utilização da água como
recurso terapêutico depois de ter sido objecto da magnetização, quer por parte dos Espíritos Superiores quer por
parte dos passeistas.
A este respeito diz-nos ainda Divaldo Franco: «Quando um paciente está enfermo, poderemos
magnetizar a água, fluidificá-la, para que lhe prolongue aquele bem-estar que ele vai buscar ao centro espírita. Um
indivíduo que vai beber a água fluidificada deve antes preparar-se mentalmente, e num momento de paz, sorvê-la,
para assimilar os fluidos que ali estão contidos e que experiências de laboratório em Montreal, Canadá, na
Universidade de Mcgill, demonstraram que há uma interferência mudando a estrutura molecular da água, quando
os magnetizadores apenas seguram as garrafas. Experiências aliás feitas pelo Dr. Gerber, o que fez com que
ganhasse dos laboratórios CIBA, uma bolsa de estudo para prosseguir as experiências.
A palavra PASSE, etimologicamente no latim, significa "passar", ou seja, levar de um lugar a um outro.
No caso do passe magnético dado gratuitamente nos centros espíritas, é um gesto de ajuda fraterna, no qual há
uma sáida de magnetismo do doador (chamado por isto de "passeista") para auxiliar no equilíbrio energético do
receptor e assim colaborar no restabelecimento da saúde física, emocional, mental e espiritual, uma vez que o
PASSE é uma transfusão biopsicoenergética. É possível aos Espíritos benfeitores aproveitarem a contrição de
quem está aplicando passes e somar seus fluidos harmonizadores ao magnetismo do passeista.
Tal como Jesus costumava dizer "Tua fé te curou", o passe espírita é uma ajuda externa àquele que o
recebe, mas a cura é processo de transformação interior do receptor, é preciso que o receptor faça seus
movimentos para recuperação de sua harmonia, tais como: ter fé sincera no procedimento do passe, em prol de
sua melhora; buscar autoconhecer-se e modificar-se moralmente com base no Evangelho de Jesus selecionando
pensamentos, sentimentos e atitudes elevados. A falta de fé e a má conduta deliberada do paciente anulam
qualquer benefício magnético recebido.
Segundo Suely Caldas, no livro Obsessão e Desobsessão, o passe é um ato de amor em sua maior
expressão, quando o médium doa ao paciente o que ele tem de melhor, enriquecido com os fluidos trazidos pelo
benfeitor espiritual; quando ambos, médium e benfeitor formam uma única vontade e expressam o mesmo
sentimento do amor.
Divaldo Franco, no livro Diretrizes de Segurança, compara o passe a uma transfusão de sangue onde a
transfusão de energia age sobre o paciente como a transfusão sangüínea.
O passe aplicado nos Centros Espíritas decorre, pois da sintonia entre o médium e os Espíritos
Superiores. Para que tal união se estabeleça entre os fluidos desses dois planos, não há necessidade da
incorporação mediúnica, contudo o médium há que ter consciência da responsabilidade que lhe cabe no exercício
do sacerdócio da mediunidade preparando-se criteriosamente para essa sintonia com o mundo maior, de vez que,
"ninguém coloca água pura num copo sujo".
Há pessoas que têm maior capacidade de absorção e armazenamento das energias que emanam do
Fluido Cósmico Universal - onde estamos mergulhados. Tal requisito as coloca em condições de transmitirem esse
potencial de energias a outras criaturas que eventualmente dele necessitem.
A aglutinação dessa força se faz automaticamente e também, atendendo aos apelos do passeista
(através da prece), o qual, municiado com esse aumento de energia, a transmite pela imposição das mãos sobre a
cabeça do paciente sem a necessidade de tocar-lhe o corpo, porque a força se projeta de uma para outra aura,
110
estabelecendo, pois, uma verdadeira ponte de ligação; assim sendo, podemos afirmar que a boa vontade, a fé e a
verdadeira fraternidade, são requisitos indispensáveis ao passeista. Não sendo o fator mediúnico condição
essencial do passe.
O passe, em última análise, é doação de si mesmo, com a ação facilitadora da espiritualidade que
conduz o perfume das bênçãos superiores. F quem se faz instrumento de perfume, assimilará por isso mesmo
essa flagrância.
Passes – 2
10mai09
Auras
Costuma-se encontrar na literatura espírita dois tipos distintos de aura, residentes no perispírito e no
duplo etérico, respectivamente. A aura do duplo etérico, também conhecida como "aura da saúde", pode ser
visualizada pela fotografia Kirlian, ou kirliangrafia, ao passo que a aura do perispírito, em situações normais, pode
ser visualizada pela faculdade de clarividência.
Corpos
Os corpos mais amplamente tratados na literatura espírita são o físico, o duplo etérico e o perispírito. Os
dois primeiros são ditos corpos materiais, pois são reciclados a cada reencarnação, ao passo que o perispírito,
também dito corpo espiritual, é classificado como semi- material, apresentando- se como corpo de transição entre
o físico e o Espírito, que, por não ter forma, não o consideramos como um corpo propriamente dito. Além disso,
encontramos raramente referências a outros corpos, que necessitam de mais amplo estudo e entendimento,
dentre os quais destaca- se o corpo mental. No entanto, para se abordar a problemática do passe, cremos ser
suficiente o conjunto de corpos físico, duplo e espiritual, além – é claro – do Espírito.
O vestuário do passeista
A grande maioria das pessoas encarnadas ainda enfrenta problemas relacionados à área sexual. Nesse
sentido, muitas vezes o uso de roupas mais curtas e justas funciona como catalisador de pensamentos abusivos
que destoam completamente da serenidade requerida na câmara do passe. Tendo em vista esse problema
comum, não só o passeista ou o paciente, mas qualquer um de nós deverá observar com cautela o vestuário a ser
utilizado no dia a dia, lembrando sempre que "o equilíbrio está no meio".
O fumo
O ideal é que ninguém seja fumante. No entanto, o bom não poderá ser inimigo do ótimo. Pessoas que
ainda se utilizem do cigarro, mas estejam se esforçando continuamente para abolir o vício, encontrarão na
aquisição de responsabilidade como passeistas maior motivação para absterem-se do fumo, desde que –
enquanto ainda fumem – procurem não fazer uso do cigarro pelo menos 3 a 4 horas antes e depois da tarefa. Aos
companheiros que não estão interessados no combate às próprias deficiências, preferível é que se esforcem
primeiramente por convencer a si mesmos do imperativo da mudança de hábito.
O álcool
Relativamente às bebidas alcoólicas, deverá o passeista esforçar-se por discernir adequadamente entre
o uso e o abuso. Em caso de abuso, recomenda-se que o passeista não participe da tarefa do passe nos próximos
4 ou 5 dias, de forma a alijar o máximo possível os fluidos deletérios contraídos pelo excesso praticado. Em
situações normais, recomenda-se que particularmente no dia da tarefa o passeista não faça uso de qualquer tipo
de bebida alcoólica.
Usuários de drogas
O usuário de tóxicos não deverá participar de tarefas de doação de fluidos.
Recebemos algumas críticas e comentários, acerca de uma mensagem intitulada "O Passe Espírita",
encaminhada por e-mail e reproduzida na seção "ARTIGOS", do site da Casa Assistencial. No espírito de respeito
à posição de cada um relativamente ao assunto, reproduzimos abaixo entrevista concedida por Jacob Melo a um
jornal espírita.
Jacob Melo é considerado o maior pesquisador e experimentador que se conhece atualmente no campo
do Magnetismo. É conhecido no meio espírita pelos livros "O PASSE" e "A CURA DA DEPRESSÃO PELO
MAGNETISMO", dentre outros.
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Dessa forma, com a publicação dessa entrevista concedida por um dos maiores pesquisadores acerca
do passe no momento, nos penitenciamos pela publicação do artigo acima citado. Ainda, colocamos o site a
disposição daqueles que quiserem contribuir com a divulgação da Casa Assistencial e da Doutrina Espírita.
Abraços Fraternais!
Edição de 17/07/2001
Jacob Melo, esta entrevista não pretende esgotar o assunto e sim dar uma visão geral e esclarecer
algumas dúvidas e tabus sobre o Passe. Desde já agradecemos sua colaboração.
Jacob Melo: Não. Muitas religiões, seitas e mesmo terapias alternativas usam o passe como um dos
seus mecanismos de cura, apesar de normalmente usarem nomes diferentes e, por vezes, princípios estranhos e
confusos.
AJ: — Os passes dos Espíritas são mais ou menos eficientes dos que não crêem no Espiritismo?
JM: Conforme propuseram os Espíritos a Allan Kardec, quando acreditamos nos Espíritos temos
condições de realizar verdadeiros "milagres". Mas não são apenas os espíritas que acreditam nos Espíritos.
Portanto...
AJ: — Quais são os objetivos do passe? Além do físico, ele pode influir na Moral do receptor?
JM: Em tese, melhorar o paciente em vários níveis: orgânico, emocional, psíquico e espiritual. A moral
pode ser alcançada em conseqüência da melhora geral obtida pelo passe, mas não que o passe, por si só, tenha
em si condições de modificar a moral de alguém pelo simples fato de recebê-lo.
JM: Sendo o passe com doação de fluidos do próprio passeista (passe magnético), isto é sempre
provável de ocorrer, podendo o mesmo chegar à delicada situação de fadiga fluídica (sugiro, a respeito, a leitura
do capítulo referente ao tema em algum dos meus livros sobre passes: "O Passe", editado pela FEB ou "Manual
do Passeista", pela Mnêmio Túlio).
JM: Pode significar doação em excesso, uso indevido de técnicas ou mesmo congestão fluídica.
JM: Obviamente que sim, daí eles tentarem afastar suas presas dos tratamentos fluidoterápicos.
AJ: — Sabemos que no passe parte dos fluidos emanam do Passeista e parte emana dos Espíritos. Qual
é a porção de cada um (%)?
JM: Não é possível definir isso. Posso dizer que os chamados passes espirituais são aqueles onde os
fluidos espirituais predominam, enquanto que os magnéticos são os predominantemente anímicos.
JM: Principalmente por conta da cola-psíquica (recomendo a leitura dos meus livros já citados).
AJ: — Qual é a "dose" certa de fluidos a serem doados no passe? Como podemos saber?
JM: Só mesmo a prática e a observação criteriosa, apoiada no estudo, pode dizer o quanto e como se
realizar certos tratamentos com fluidos.
JM: Para os chamados passes espirituais, usualmente varia de 1 a 2 minutos. Os magnéticos são quase
sempre muito mais demorados.
113
AJ: — Por quanto tempo os benefícios do passe podem agir sobre o receptor?
JM: Se tudo for bem assimilado e as "dosagens" forem aplicadas corretamente, os benefícios diretos
chegam a mais de setenta e duas horas. Por isso se recomenda, especialmente a quem faz tratamento semanal,
tomar água fluidificada ao longo da semana, como complemento indispensável do mesmo.
AJ: — Muitos centros aplicam o passe apenas com a imposição de mãos sobre o Centro de Força
Coronário, dizendo que este se encarrega de distribuir os fluidos para os outros de acordo com a necessidade.
Isso é correto?
JM: Não concordo, pois se houver aplicação de fluidos magnéticos (humanos) em dosagem elevada ou
com densidade muito baixa, pode haver congestionamento do centro e isso seria muito desconfortável e mesmo
prejudicial ao paciente. O ideal é que após as imposições sejam aplicados dispersivos localizados para evitar
essas congestões. Apenas os passes eminentemente espirituais em tese não congestionam os centro vitais por
imposições.
AJ: — O passe age sobre todas as pessoas ou somente beneficia os que têm merecimento?
JM: Age sobre todos nós, pois, de uma forma direta ou indireta, todos temos merecimento, já que todos
somos filhos de Deus. Mas é preciso que se considere que nem todos receberão os benefícios na mesma
intensidade nem do mesmo modo.
JM: Primeiro, saber o que está fazendo; depois, evitar os riscos decorrentes de doenças infeto-
contagiosas; por fim, não expô-la a situações perigosas ou constrangedoras.
JM: Entendendo por "cármica" a expressão decorrente da lei de causa e efeito, pode sim. Veja-se que
uma doença, qualquer uma, normalmente tem uma origem cármica — seja de um passado distante, seja de um
passado imediato. E como os passes atuam com relativa eficiência em muitas destas, obviamente ele interfere no
carma.
JM: Fisicamente o passeista deve estar com o organismo isento de vícios, não contaminado nem
congestionado, medianamente alimentado e ser "usinador" de fluidos, para o caso do passeista magnético
(abstração feita a mulher gestante, crianças, pessoas com problemas mentais e/ou obsessivos, indivíduos
tomando remédios controlados ou que atuem no sistema nervoso central, crianças, jovens e idosos em carência
fluídica). Em termos morais, o ideal é que ele esteja bem harmonizado, em estado de oração e com a consciência
tranqüila.
JM: Mais conhecido como irradiação, sua ocorrência ideal se verifica quando emissor (passeista) e
paciente estão sintonizados, ao mesmo tempo, no sentido de dar e receber os fluidos em trânsito. Esta sintonia
favorece significativamente os resultados.
JM: Podemos generalizar e considerar apenas três: os espirituais, os magnéticos e os mistos. Nos
primeiros, os fluidos são predominantemente dos Espíritos; nos magnéticos, preponderam os fluidos do
magnetizador; e nos mistos, há uma espécie de equilíbrio entre as duas fontes de fluidos.
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JM: Dependendo da inconsciência, sim ou não. Se se trata de alguém dormindo ou em coma, por
exemplo, o resultado pode ser considerado muito bom, mas se a causa da inconsciência é motivada por bebidas
ou efeitos de drogas, haverá uma perda substancial dos benefícios.
JM: Para ambos os envolvidos, uma alimentação pesada, muito carnívora, hiperácida, muito
condimentada ou muito volumosa, há embaraços de diversos matrizes, todos eles prejudicando tanto a doação
quanto a captação. Para o passeista, o jejum também é potencialmente prejudicial, tanto na "usinagem" quanto
para seu próprio aparelho digestivo. O ideal é fazer uma refeição leve antes do passe, de preferência sem carnes
e sem estimulantes.
AJ: — Qual a importância das Palestras que ocorrem antes dos Passes?
JM: Muito grande. Pelas palestras doutrinárias podemos dar o complemento indispensável que o "bom
passe" solicita. Como o passe deve atender a um tratamento integral, holístico, a explanação evangélica, tratando
da moral e das idéias, favorece a que as reformas interiores sejam analisadas e mais facilmente assimiladas.
AJ: — O passe pode ser aplicado em qualquer local ou somente nas Casas Espíritas?
JM: Observadas as questões de conveniências e de condições gerais de equilíbrio e bom senso, o passe
pode ser aplicado em qualquer lugar, a qualquer hora. Todavia, ressalto que o local ideal será sempre a Casa
Espírita.
JM: Em tese sim, mas casos que requeiram tratamento especializado e com a presença e a atuação
direta de um magnetizador serão melhor resolvidos se contarem com outras condições mais apropriadas.
AJ: — Qual deve ser a postura do passeista ao aplicar o passe? (Postura, respiração, atitude mental,
roupas, etc.)
JM: Sobretudo, a da coerência com a moral ensinada pela Doutrina Espírita. Nada de excessos nem de
faltas; nada de exageros ou despropósitos. O equilíbrio é a posição mais sensata. Com ele, nada de respirações
ofegantes nem excessivas gesticulações (salvo os casos que requeiram técnicas, as quais devem ser sabidas,
conhecidas e bem realizadas). A atitude mental deve ser de oração e comunhão com o mundo espiritual superior;
de fé, confiança e de conhecimento acerca do que realiza.
JM: De amor; pelo que faz, pelo paciente, pelos Espíritos e por si mesmo. Só quem ama
verdadeiramente está habilitado a transmitir com eficiência projeções amorosas. Para se conseguir esse estado,
deve-se amar continuamente. E como ponte, a oração e a fé são fundamentos básicos.
JM: Depende do que pretenda realizar. Sugiro o estudo do magnetismo para saber o que de fato deve
ser feito — particularmente, posso recomendar meus dois livros já mencionados.
JM: Pode, mas nem sempre é eficaz. Se a necessidade do autopasse prende-se a problemas
emocionais, psicológicos e/ou espirituais, dificilmente uma técnica de passes, que não seja a meditação e/ou a
oração, resultará positiva. Mas para casos orgânicos e/ou perispirituais localizados pode ser que o autopasse
desempenhe relevante papel. Mais uma vez, será necessário o estudo detido do assunto para se ter certeza do
que, como, quando e onde fazer.
AJ: — Os passes devem ser aplicados de uma maneira diferente nas crianças?
JM: Normalmente o são. As crianças recebem, via de regra, fluidos muito sutis, bem menos densos do
que os adultos e idosos. Assim, é conveniente evitar-se demorados concentrados fluídicos em crianças
(principalmente por imposições) e, por medida de segurança, terminar os passes nelas com técnicas dispersivas.
AJ: — Os passes podem interferir na mediunidade da pessoa que está recebendo, despertando ou
interferindo? Como agir no caso de manifestação mediúnica no momento do passe?
115
JM: Se for numa cabine, tentar evitar aplicando-se dispersivos sobre o coronário, frontal e laríngeo ou
mesmo sobre o umeral (vide "Manual do Passeista"). Mas se for numa reunião mediúnica, onde se pretenda uma
manifestação, fazer-se concentrados fluídicos nesses mesmos centros.
AJ: — Se por acaso um passeista cobra pelo seu "serviço" (soube que isto ocorre nos EUA), isto influi na
qualidade de seu passe?
JM: Duas coisas: a moral ou a ausência dela não interfere diretamente no magnetismo, mas as
desarmonias que uma ausência de moral provoca pode afetar negativamente as usinagens fluídicas, vindo a
desnaturá-las. A cobrança pelo serviço do "passe espírita" é totalmente despropositada e anti-doutrinária, pelo que
deve ser evitada. Mas pessoas que estudam o magnetismo e suas variantes e se "formam", por assim dizer,
podem exercer a faculdade, que é como uma outra qualquer. Um outro ponto a destacar é que tenho visitado
regularmente os Estados Unidos e não tenho visto nem sabido de grupos e/ou passeistas que cobrem pelos seus
serviços de passes. A exceção de dá por aqueles que não são espíritas e praticam toda sorte de técnicas em
nome de cursos e treinamentos os mais variados possíveis que fazem.
AJ: — No caso das gestantes, como devemos agir? Elas podem aplicar ou receber passes?
JM: A prudência recomenda que elas se abstenham de aplicar, principalmente se elas forem
magnetizadoras. Como pacientes, normalmente lhes são indicados passes dispersivos.
Pode sim, mas usualmente aplicamos passes na mãe e os fluidos, por ela, atingem a criança naquilo que
elas necessitam.
AJ: — Muitas pessoas mantém as mãos viradas para cima para "receber" melhor o passe. Isso faz
diferença?
JM: Nenhuma, a não ser pelo atavismo de que possam estar envolvidas. As mãos abertas para cima
indicam que a mente está "pedindo", não passando, portanto, de uma resposta fisiológica para uma atitude
psicológica.
AJ: — Há casas Espíritas que dizem que o passe só pode ser aplicado por uma pessoa do mesmo sexo
do receptor, alegando que há diferenças no tipo de fluidos de homens e mulheres. Isso é correto?
JM: No meu modo de ver e sentir a realidade do magnetismo, esse argumento não passa pelo crivo do
bom-senso nem da lógica.
AJ: — No centro em que atuo, a Câmara de Passes possui até 22 passeistas trabalhando ao mesmo
tempo. Já que as pessoas atendidas têm necessidades diferentes, pode haver algum tipo de "interferência" ou
"mistura" de fluidos?
JM: Não creio. Além do direcionamento feito por cada passeista, o Mundo Espiritual normalmente atua
com muita eficiência nessas ocasiões.
AJ: — Fora dos Espiritismo existem as Benzedeiras. O que elas fazem pode ser chamado de Passe?
116
JM: Pode sim. A diferença é que elas não estudam, mas, se observarmos com cuidado, elas fazem a
aplicação das técnicas do magnetismo com muita propriedade e riqueza, dando verdadeiros "banhos" de
conhecimentos em muitos passeistas espíritas.
AJ: — Qual deve ser o comportamento do passeista no dia em que for aplicar passes em termos de
alimentação, atividades físicas, sexo, vícios, etc.?
AJ: — Para finalizar, gostaríamos de saber sua opinião sobre a atuação dos sites Espíritas quanto a
divulgação e o estudo da Doutrina Espírita?
JM: Estão muito bons, mas para ótimos ainda teremos um longo caminho a percorrer. Mas isso é natural.
Apenas não deveríamos nos acomodar, pensando que já temos e fazemos o melhor.
Muita Paz!
Abraço,
Jacob Melo
http://www.ajornada.hpg.ig.com.br/colunistas/jacobmelo/jm-0001.htm
Autor(es): Co
O Passe
O que estamos editando sobre o passe são definições de estudos e debates realizados em nossa casa
Espírita.
O que é o passe?
Passe é uma transmissão de energia (fluido) feita a uma determinada pessoa. Transmissão essa,
geralmente feita pelo espírito através de um médium (essa energia pode ser física ou espiritual). No passe
espírita, o médium doa energias físicas que são manipuladas pelo espírito, combinadas com suas energias
espirituais e transmitidas ao paciente através do médium.
A toda pessoa que esteja com algum desequilíbrio físico e mental, pois trata-se de uma terapia, assim, é
um recurso que deve ser utilizado pelas pessoas que estão necessitadas. Importante salientar, que as pessoas
que estiverem bem, não tem necessidade de receber o passe.
Qualquer pessoa que esteja em equilíbrio físico, psíquico e espiritual. Na casa espírita (particularmente
no C. E. Flora Luz), o passe deve ser aplicado por médiuns sócios efetivos e/ou colaboradores da "Casa", que
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tenham conhecimento da Doutrina Espírita, que conheçam os mecanismos e técnicas da aplicação do passe e
façam parte de uma equipe de passeistas. É necessário que se preparem no dia do passe e que não sejam
portadores de vícios graves (fumo, álcool, drogas em geral, maledicência, etc.), porque nesses casos, transmitirá
aos pacientes os venenos (fluidos maléficos) armazenados em seus organismos. Para aplicar o passe não basta
ter boa vontade. O ideal seria ter requisitos encontrados no livro "Os missionários da Luz" do espírito André Luis,
como:
- Fé vigorosa e profunda;
O preparo deve ser de um médium que participará de um trabalho prático (experimental), tais como:
- Alimentação leve;
- Etc.
O passe espírita é simplesmente a imposição das mãos, assim como foi praticada por Jesus.
- Não exigir do paciente que se coloque em posição específica (ex: Descruzar braços e pernas, colocar
as mãos abertas e voltadas para cima, etc.);
- Caso haja manifestação de espírito através do paciente, não fazer doutrinação na sala do passe e sim
interromper a comunicação o mais breve possível.
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Quais devem ser as atitudes do paciente?
Água Fluidificada
A água fluidificada é mais um recurso terapêutico de que dispõe a Doutrina Espírita, fornecendo ao
paciente fluidos benéficos e salutares que ajudam no equilíbrio das deficiências físicas e mentais do paciente,
porém o seu fornecimento não faz parte do passe. A mesma deve estar a disposição de todos que queiram na
"Casa Espírita", independente de terem ou não tomado o passe.
O Passe
O passe espírita não é exclusivamente uma técnica, Se fosse assim comportaria padrões rígidos e pré
estabelecidos. Ultrapassa a vontade exclusiva dos médiuns. Não é apenas e tão somente doação de fluidos dos
médiuns. É misto. Tem parcelas daqueles, combinados com parcela dos espíritos em condições de ajuda.
Na execução dos passes, portanto, os passeistas encarnados não são os únicos personagens em cena.
Não representam papel principal.
O passe espírita faz parte do capítulo das curas. Está incluído na questão 189 de O Livro dos Médiuns,
de autoria de Allan Kardec, como uma das muitas variedades especiais para os efeitos físicos.
Sendo uma terapia, uma forma de tratamento ao alcance de todos os seres humanos, comandada, até
certo ponto e de certa forma, pêlos espíritos, não pode ser adequada por fórmulas e vontades exclusivas dos
encarnados.
Kardec liga esse tipo de ação, terapêutica espiritual ao fluido universal, que a física moderna não
reconhece, o que não o invalida. E diz, no capítulo 14 do livro A Gênese: "O poder curativo estará na razão direta
da pureza da substância inoculada (fluido); mas, depende também de energia da vontade (Espírito-Homem) que,
quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto mais força de penetração dará ao
fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito".
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No mesmo livro e capítulo ele ensina, ainda, que esse tratamento fluídico espiritual pode ser operado por
duas formas:
a) pela ação direta dos fluidos dos espíritos, sem participação objetiva dos médiuns;
b) pela ação dos espíritos combinados ou entrelaçados com os fluidos dos médiuns.
Esta última forma de agir é a que deve ser usada e aconselhada no cotidiano pêlos Centros Espíritas,
embasados ou alicerçados na Doutrina Espírita. Forma que envolve ainda, e necessariamente, a prece e a
invocação de auxilio dos bons espíritos.
Também é indicada, em alguns casos necessários e excepcionais, a forma "a" ou seja , o passe direto, o
chamado passe "espiritual".
Não existem leis rígidas nem processos uniformes e definitivos para a aplicação dos passes, porque o
que realmente importa nesse tipo de terapia é que a transmissão da energia fluídica se realize beneficamente.
Já que a Doutrina Espírita não ensina a maneira de operar o passe, cada médium é mais ou menos livre
para agir. Mais ou menos, porque, não sendo o único em cena, deve procurar agir dentro de um estilo sereno,
equilibrado, evitando o mais possível envolver-se em situações embaraçosas para si e para os outros.
38 - Quando procurar receber o passe? Qual a forma de aplicá-lo? O que pensar da atitude
do médium que toca o paciente na transmissão dos passes?
- pelo fato de, a casa espírita não esclarecer, ensinar o que é o passe, é comum haver
aqueles que buscam-no indiscriminadamente, pessoas que podendo ter a honra de dar de si,
se colocam na posição de só receber.
Entenda-se bem - dar passe não é requisito, não é necessário ser médium de
mediunato. O ideal é que, todo aquele que possua saúde física, mental, moral e que tenha
regular conhecimento do Espiritismo se integre ao trabalho, aplicando passes naqueles que
têm necessidades reais.
Essa é a tese, entretanto, muitas vezes, desfrutando dessa situação de ideal,
convivemos em meio a momentos difíceis, onde necessitamos receber essas energias que
fortalecendo, restauram e consolam. Daí o bom senso onde cada um sabe, sente se irá ou
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não ao passe.
Nesse respeito e nesse entender, a casa espírita não pode impor, criar
condicionamentos, na obrigatoriedade de que todos os que ali estão, têm que receber o
passe. Não se toma passe porque o outro toma ou para, segundo uma mentalidade não
espírita, acumular fluidos, para quando fique doente, se desequilibre ou precise.
Passe é terapia de superfície, remédio emergencial para os momentos oportunos
(para que sua duração se prolongue, se intensifique e permaneça beneficiando, há que
contar com a manutenção do clima radiante oferecido pelo receptor) sem as dependências
que se transformam em abusos, como aqueles que tomam remédios ou porque têm mania
deles ou por falsa idéia de que, tomando-os não adoecerão.
Quanto a forma de aplicá-lo, não há regra padrão. Jesus apenas impunha as mãos.
Toda exterioridade, toda encenação e gestos, não têm razão de ser, são inúteis. Basta a
simples imposição das mãos para se obter o efeito desejado, para que as energias fluam, e
isto não decorre do gestual, mas do desejo sincero na ação de uma vontade que oferece o
melhor de si, visando ajudar, servir e amar, segundo a necessidade daquele que ali está. Os
Espíritos Responsáveis por esses tratamentos é que "dosam" a quantidade, a qualidade dos
fluidos, visando restaurar, reequilibrar o que e aonde, isto ou aquilo. É necessário ao
médium esse estado confiante de total abandono, no posicionamento do intermediário do
amor, num trabalho que não é dele e que não tem condição de perceber necessidades,
nuances e detalhes.
Quanto a tocar o paciente, envolve situação delicada onde convém se refletir que:
1.° - não se toca porque não é necessário, não tem razão de ser.
2.° - é princípio básico de educação não se encostar, ficar muito próximo ou tocar
pessoas.
3.° - em se tratando, principalmente de sexos opostos, pode produzir, gerar idéias,
sensações ou certo mal-estar. Desde que haja um pensamento que modifique a
"Não precisamos tocar o corpo dos pacientes de modo direto. Os recursos magnéticos
aplicados a reduzida distância penetram no "halo vital" ou aura dos doentes provocando
modificações subitâneas" .
Evitar ainda certos defeitos, modismos, enxertias como fungar, resfolegar, bocejar,
fazer gestos bruscos ou violentos.
39 - É importante para quem dá ou pretende dar passes conhecer sua fundamentação? Por
que?
b) O passe deve ser discreto, simples, sem exterioridades - por ser ato
eminentemente cristão, dispensa todo formalismo; baseia-se no poder da vontade em
transmitir fluidos.
h) Esclarecimentos aos que buscam o passe - que devem antes de passar ao trabalho
propriamente dito na recepção das energias, ouvir quanto à necessidade de preparação
espiritual, pela prece, busca da renovação íntima, da confiança, da mudança de
pensamentos, enfim, abertura (e manutenção) de todo um clima que possibilitam melhor
aprofundamento fluídico.
práticas que nada tem a ver com a Doutrina Espírita. Vem daí também o uso de roupas,
aventais especiais para o médium bem como outras enxertias decorrentes.
Quando se acreditava que o passe era simples transmissão magnética, criaram-se
certas crendices que o estudo e conhecimento da transmissão fluídica desfez. Poderíamos
lembrar: dar as mãos para que a "corrente" se estabelecesse, alternância dos sexos, levantar
as mãos para captar fluidos, necessidade do passeista libertar-se de objetos metálicos
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(relógio, jóias) exigência de que aquele que recebe deveria estar com as palmas das mãos
voltadas para cima, etc., etc., etc., práticas essas despropositadas face aos princípios
doutrinários espíritas.
A aura é o espelho onde se vão refletir todos os nossos estados de consciência, desde os mais
abnegados rasgos de altruísmo até a mais degradante e objeta perversão moral; desde os clarões rutilantes do
gênio aos trêmulos e vagos lampejos da embrionária intelectualidade do selvagem.
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J. Freire; Alma humana, 2 ed., p 205-206
Técnicas de sopro"
(…) O sopro curador, mesmo na Terra, é sublime privilégio do homem. No entanto, quando encarnados,
demoramo-nos muitíssimo a tomar posse dos grandes tesouros que nos pertencem.
(…) Quem pudesse compreender, entre as formas terrestres, toda a extensão deste assunto, poderia
criar o mundo os mais eficientes processos soproterápicos.
(…) Como o passe, que pode ser movimentado pelo maior número de pessoas, com benefícios
apreciáveis, também o sopro curativo poderia ser utilizado pela maioria das criaturas com vantagens prodigiosas.
Entretanto, precisamos acrescentar que, em qualquer tempo e situação, o esforço individual é imprescindível.
(…) Nos círculos carnais, para que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível que o homem
tenha o estômago sadio, a boca habituada a falar bem, com abstenção do mal, e a mente reta, interessada em
auxiliar.
Obedecendo a esses requisitos, teremos o sopro calmante e revigorador; estimulante e curativo. Através
dele, poder-se-á transmitir, também na crosta, a saúde o conforto e a vida. (…)
No plano carnal, toda boca, santamente intencionada, pode prestar apreciáveis auxílios divinos,
transmitindo fluidos vitais de saúde e reconforto".
Ensina Martins Peralva que "no passe a distância, que é uma modalidade de irradiação, o médium,
sintonizando-se com o necessitado, a distância, para ele canaliza igualmente fluidos salutares e benéficos. E
continua: nas chamadas "sessões de irradiação", os doentes são beneficiados á distância, não somente em
virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos encarnados, como pelos energias extraídas dos presentes,
pelos cooperadores espirituais (…)".
"O Prâna colorido pelo pensamento do emissor pode ser projetado a pessoas ausentes (…) e dessa
forma se podem obter curas." (Yogue Ramacháraca).
Uma Casa Espírita onde as vibrações dos seus frequentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem
de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se
desloque para futilidades e depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do
estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e
ainda onde, em vez de cerimônias ou passa tempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os seus
mortos amados ou os seus guias espirituais, uma Casa assim, fiel observadora dos dispositivos recomendados de
inicio pelos organizadores da filosofia espírita, será detentor da confiança da Espiritualidade esclarecida, a qual o
elevara à dependência de organizações modelares do Espaço, realizando-se então, em seus recintos, sublimes
empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida. Somente esses, portanto, serão
registrados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as
melindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja aqueles que se desviam para normas ou práticas
extravagantes ou inapropriadas, serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes de
o espiritismo em horas de lazer. (Dramas da Obsessão, p.146).
"Choque Anímico"
Isto se compreende tanto melhor quando o poder dos fluidos está em relação direta
Sabemos ainda que uma descarga fluídica feita sobre um obsessor por vários espíritas, por meio da
cadeia magnética, pode romper o laço fluídico que o liga ao obsessor e torna-se para este último um remédio
moral muito eficaz, provando-lhe a sua impotência.
O choque anímico tem a sua razão de ser e quanto a isso, devemos louvar o pioneirismo de Edgar
Armond. O Espírito Felinto, destacado para atender os espíritos obsessores que vinham ao tratamento, "retirando-
os da ociosidade ou da exploração viciosa aos semelhantes ainda domiciliados no corpo físico", disse:
"Aplicamos-lhes o choque anímico, antes de outras providências."
- Choque anímico?! (…) perguntou, espantado, o Philomeno)."
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(…) Da mesma forma que, na terapia de eletrochoque, aplicada a pacientes mentais, os espíritos que se
lhes imantam recebem a carga de eletricidade, deslocando-se com certa violência dos seus hospedeiros, aqui
aplicamos, através da psicofonia atormentada, que preferimos utilizar com o nome de incorporação, por parecer-
nos mais compatível com o tipo de tratamento, empregado, e colhemos resultados equivalentes.
SOPRO ou INSUFLAÇÃO
Consiste em insuflar com a boca, mais ou menos aberta, o hálito humano sobre as partes afetadas do
paciente, fazendo penetrar o máximo possível na área dos tecidos. Para isso é necessário que o passeista aspire
ar suficiente para dilatar seu tórax, além do normal, deverá Ter capacidade bem ampla de respiração, podendo
obtê-la através de exercícios de respiração profunda.
André Luiz em Os mensageiros – Cap 19 – O Sopro, nos diz "Nossos técnicos não se forma de pronto.
Exercitam-se longamente, adquiririam experiência a preço alto. Em tudo há uma ciência de começar. São
servidores respeitáveis pelas realizações que atingiram, ganharam remunerações de vultos e gozam de enorme
acatamento mas, precisam conservar a pureza da boca e a santidade das intenções. Nos círculos carnais, para
que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível que o homem tenha estômago sadio, a boca habituada a
falar o bem, com abstenção do mal, e mente reta, interessada em auxiliar. Obedecendo a esses requisitos,
teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e curativo. Através dele, poder-se-á transmitir, também na
Crosta, a saúde, o conforto e a vida".
Divide-se em dois grande grupos:
1 Frias - são muito usadas como dispersivos ou calmante a depender da distancia e da força que se
imprime no próprio sopro a verificar, pois são aplicadas, normalmente a uma relativa distância da região que se
deseje dispersar, como se ali estivesse uma a vela que se queira apagar.
O sopro é dado com os pulmões cheio de ar, liberando-os lentamente (se o objetivo é acalmar) e
rapidamente e com vigor ( para o objetivo de dispersar, como acordar o paciente de um sono magnético,
sonambúlico ou mediúnico, depressão nervosa, afastamento de espírito). Poderemos verificar, que nesta
aplicação o centro laríngeo será o grande usinador de fluidos e que dependendo do seu estado, doará saúde ou
desarmonia.
2 Quentes - ao contrário das frias, são extremamente concentradoras de ativantes. São aplicadas o mais
próximo possível da região que se queira fluidificar, como se ali tivesse uma lâmina que quiséssemos embaçar.
É praticada com os pulmões cheios de ar, com o aquecimento do estômago, liberando-os lentamente,
até esgotar o ar.
Findando a insuflação, afasta-se a boca do local, respira-se normalmente algumas vezes e depois, com
os pulmões novamente cheios, repete-se a insuflação.
Verificamos que esta modalidade de insuflação deverá ser é extremamente desgastante para o
passeista, podendo até causar tonturas leves.
Cuidados na Aplicação:
Evite-se aplicar diretamente sob os centros vitais principais; após um máximo de duas insuflações
quentes, faça-se uma série de dispersivos localizados antes de repeti-las, salvo exceções, nunca faça mais de 5
insuflações quentes por sessão, pois a perda fluídica é muito grande.
Além da boca sadia, tenha um hálito mental equilibrado, conforme nos orienta André Luiz acima.
Antes dos passes evite alimentos pesados e muito gordurosos. Tenha boa higiene bucal e evite fazer
insuflações se tiver problemas gástricos e de esôfago.
Não use a palavra para acusar, falar mal, condenar, fofocar ou levantar falso.
Apesar dos inconvenientes de sua prática, cabe às insuflações quentes o maior grau de eficiência em
tratamentos de inflamações e infeções em pequenas regiões (tumores localizados, feridas com dificuldade de
cicatrização). Entretanto, pelo seu poder muito concentrador de ativantes, sempre há riscos de retorno de cargas
fluídicas densas para a fonte.
Assim é muito importante fazer sempre uma intercalação com dispersões localizadas, inclusive algumas
delas sendo feitas por insuflações frias à pequena distância, como também o uso de flanela fina para melhores
cuidados (com essas precauções evitamos possíveis agregações fluídicas desarmonizadas à boca do passeista)
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