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BREVE COMENTÁRIO SOBRE A SÚMULA nº 331 do TST

A terceirização das relações de trabalho é matéria que levante muita discussão no


meio jurídico, em razão de seus efeitos negativos para o trabalhador no que diz respeito
ao vínculo empregatício e à remuneração. Assim, Carlos Henrique Bezerra Leite (2018)
define terceirização como:
[...] um procedimento adotado por uma empresa que, no intuito de
reduzir os seus custos, aumentar a sua lucratividade e, em consequência,
sua competitividade no mercado, contrata outra empresa que, possuindo
pessoal próprio, passará a prestar aqueles serviços que seriam
realizados normalmente pelos empregados. (LEITE, 2018, p. 359).

Dessa maneira, as empresas teriam mais lucros e reduziriam os custos gastos com
os direitos trabalhistas do empregado com vínculo. O entendimento jurisprudêncial sobre
esta matéria encontra-se na Súmula nº 331 do TST, abaixo transcrita:

Súmula nº 331 do TST


CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
(nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) -
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal,
formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo
no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).

O Inciso I estabelece que a empresa prestadora não pode contratar novos


empregados durante a prestação do serviço, pois isso configuraria vínculo empregatício
com a tomadora. Isto foi pensado para evitar a terceirização fraudulenta, ou seja, aquela
na qual o tomador contrata prestadora para realizar atividade meio, porém seus
trabalhadores realizam trabalho fim. Portanto, este tipo ato vai de encontro com a
legislação trabalhista.
No caso do trabalho temporário, que é regido pela Lei nº 6.019/74, ele é legal,
uma vez que o trabalhador apenas atende a uma necessidade de substituição transitória de
pessoal ou à demanda complementar de serviços, logo não executa atividades essências
à empresa.

II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa


interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da
Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da
CF/1988).
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O inciso II dialoga com o art. 37, II, da CF/88 nos seguintes termos “II. A
investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas e de títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista na lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração.” Percebe-se que a descaracterização
do vínculo empregatício, posto que só será possível o estabelecimento dele aquelas
pessoas que forem aprovadas em concurso público.

III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de


serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e
limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-
meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação
direta.

O inciso III autoriza a terceirização de serviços não essenciais da empresa


tomadora de serviços. Assim, uma empresa de ônibus pode contratar uma prestadora de
serviço de limpeza sem que isso forme vínculo de emprego com os funcionários, pois não
é uma atividade-meio ou quando a empresa prestadora oferecer serviços especializados
essenciais à empresa, não deverá existir pessoalidade nem subordinação.

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do


empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da
relação processual e conste também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da
Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de
mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela
empresa regularmente contratada.
VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange
todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da
prestação laboral.

Os incisos IV, V e VI tratam da responsabilidade subsidiária entre a empresa


tomadora e a prestadora de serviços no cumprimento das obrigações. No IV, tendo como
fundamento a proteção do trabalho face ao não cumprimento das obrigações trabalhistas,
o trabalhador pode chamar ao processo tanto a empresa prestadora quando à tomadora do
serviço.
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Em relação ao inciso V que trata de entes da Administração Direta e Indireta,


porém neste caso deverá ser provado o inadimplemento das obrigações trabalhistas mais
a culpa da empresa prestadora de serviço. O inciso VI deixa expresso quais são as
obrigações que a empresa prestadora deverá pagar quando for comprovada a culpa por
meio da condenação.
Considerando o breve comentário sobre a Súmula nº 331 do TST, conclui-se que
houve uma tentativa de proteger os interesses dos trabalhadores. Isto porque, em casos
em que a terceirização for ilícita, haverá o reconhecimento do vínculo empregatício entre
o trabalhador e a empresa prestadora de serviços. Quando a terceirização for lícita, o
tomador tem responsabilidade subsidiária nas obrigações trabalhistas dos empregados da
empresa prestadora de serviços.

REFEÊNCIAS

LEITE, Carlo Henrique Bezerra. Curso de direito do trabalho. 9. ed. São Paulo: Saraiva,
2018.

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