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Raízes Atrofiadas
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Fonte: Henry Sako, João Dantas e Ernesto Akira, CESB, safra 2014/15
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Área de Capão Bonito SP (solo argiloso)
Comprimento radicular (mm/camada)
20 a 40cm
60 a 80cm
100 a 120cm CESB 122sc/ha
Lavoura
140 a 160cm produtividade menor
Principais conclusões:
As áreas com produtividades maiores que 70 sc/ha
tinham 5 fatores em destaque:
1.Sem impedimento físico;
2.Ca e Mg no perfil do solo corrigido até 40 cm;
3.Boa nutrição em K, B, Cu e Co:
4.Manejo fitossanitário;
5.Boa distribuição de plantas (número de sementes por
metro linear e espaçamento entre-linhas).
Tabela 1. Saturação de alumínio e de bases nos campeões de produtividade
14/15 e 15/16 do Desafio Nacional de Máxima Produtividade. Fonte CESB
Produtividade (sc/ha)
Minha hipótese:
Síndrome das Raízes Atrofiadas devido, entre
possíveis causas, à:
1. Acidez do solo (toxidez de alumínio)
2. Boro (deficiência) e
3. Toxidez de glifosato
Nota: não cito a compactação do solo, que é, mais
consequência - do mau manejo -, que real causa
do problema. Mas ela existe! E a melhor forma de
a controlar, é a produção intensiva de matéria
orgânica no sistema agrícola.
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Caracterização da Síndrome das Raízes
Atrofiadas:
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A acidez do solo, traduzida no
aumento do Al trocável é o
fator químico mais importante
no impedimento do
desenvolvimento radicular.
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Solo Superfície Raiz Raiz/parte aérea
raiz Assimilação Síntese
+
H
+ H
O-
+ +
NH 4 NH 4 H
+
C=O
N2 NH 3
NH 3 RNH 2
-
NO
-
NO 3
- OH O-
3
C=O
-
OH +
RNH 3
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Acidificação gerada pela FBN
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Neutralização da acidez do perfil do
solo por resíduos vegetais
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Fonte: Miyazawa et al. (1992)
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Estimativa de especiação e da atividade do alumínio na solução
de um latossolo vermelho distrófico na camada de 0-5 cm de
profundidade submetido a dois sistemas de manejo durante oito
anos, realizada com o modelo Soil Solution
Íons PD PC
%
Al3+ 2,5 4,0
AlOH2+ 1,6 2,6
Al(OH)2+ 25 42
Al(OH)30 0,73 1,30
Al(OH)4- <0,1 <0,1
AlSO4+ 0,21 0,60
AlH2PO42+ <0,1 <0,1
Al-ligantes orgânicos 70 49
Atividade de Al 5,7 x 10-6 1,0 x 10-5
Fonte: Salet et al. (1999)
C = 0 ppm C = 25 ppm C = 50 ppm C = 100 ppm C = 200 ppm
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Poderia ser efeito
Mesma adubação, da M.O. nas
Manejo diferente! camadas profundas
do solo ?
Soja/pousio (7º ano) Soja/braquiária (7º ano) 59 sacas
29 sacas
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Análise solo - cafezal 8 anos meio da rua com brachiaria
Profundidade do solo
Determinação Unidade
0-10 10 - 20 20 -40 40 -60 60 - 80 80 - 100
K mmolcdm-3 2,8 1,0 0,6 0,5 0,4 0,5
Ca mmolcdm-3 20,0 12,0 9,0 10,0 10,0 11,0
Mg mmolcdm-3 7,0 4,0 2,0 3,0 2,0 3,0
Al mmolcdm-3 0,0 3,0 3,0 0,0 0,0 0,0
SB mmolcdm-3 29,8 17,0 11,6 13,5 12,4 14,5
V % 47,0 30,0 26,0 36,0 41,0 46,0
m % 0,0 15,0 20,0 0,0 0,0 0,0
Minha hipótese:
Síndrome das Raízes Atrofiadas devido, entre
possíveis causas, à:
1. Acidez do solo (toxidez de alumínio)
2. Boro (deficiência) e
3. Toxidez de glifosato
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Boro – o fazedor de raízes
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Teores de boro ao longo do perfil do solo em áreas com
produtividade variando de 78 a 100 sc/ha e de 107 a 142 sc/ha
(Dados retrabalhados a partir dos resultados publicados pelo
CESB, 2016).
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BORO NA PLANTA
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Funções importantes do boro
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Alongamento radicular (mm) +B
-B
-B
Oxidase do AIA
+B
-B
+B
Maize
Soybean
Canola
-B
+B
-B
+B
-B +B
Efeito do boro na formação da semente de ervilha
-BORO
+BORO
40
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Aumento de boro na solução diminuiu efeito negativo do glifosato
)
B foliar ppm
Relação entre teor de B foliar e intensidade de ataque de
ácaro vermelho em seedlings de dendezaeiro, 20 dias
após a infestação
Fonte: Rajaratnam, J.A. e Rock , L.I., 1975, Expl . Agric 11: 59-63
Cianidina nas folhas ( ppm )
Relação entre teor de cianidina e intensidade de ataque
de ácaro vermelho em seedlings de dendezeiro, 20 dias
após a infestação
Fonte: Rajaratnam, J.A. e Rock , L.I., 1975, Expl . Agric 11: 59-63
BORO NO SOLO
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Formas de boro no solo
Fonte: Goldberg, S., 1997 Reactions of boron with soils. Plant and Soil 193: 35-48.
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Adsorção de boro: resumo
ADSORÇÃO DE BORO
matéria orgânica = 600 ppm
Necessidade de B = NB
NB = Argila (%)/ 10 = kg/ha de B
por camada de 20 cm de solo
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Mito . B da solução aumenta com o pH do solo
Disponibilidade relativa
pH do solo
pH e disponibilidade de B e Mo
Fonte: Loué, A., 1986. Les oligo-elements en agriculture. SCPA /Agri Nathan International, 339 p
Fato
X = Sítios de troca
B é adsorvido pelo Al(OH)3 precipitado
Fonte: Hatcher, J.T., Bower, C.A., and Clark, M., 1967. Adsorption of boron by soils as
influenced by hydroxy aluminum and surface area. Soil Science 104: 422-426
Fato
Foto: T. Yamada
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ESTUDO DE CASOS
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Estudos de casos
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Estudo de caso 1. Movimento do B no perfil do solo.
Source: Wilson, C.M., Lovvorn, R.L., and Woodhouse Jr, W.W., 1951 Agron. J. 43:363-367
Comentários
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Estudos de casos
Estudo de caso 1. Movimento do B no perfil do
solo.
Estudo de caso 2. O boro como mitigador da
toxidez de alumínio.
Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em
soja.
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Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez de
alumínio.
Prevention of aluminum toxicity with supplemental boron. II. Stimulation of root growth in an acidic, high-
aluminum subsoil. Lenoble, M.E., Blevins, D.G. & Miles, R.J., 1996. Plant, Cell and Environment 19: 1143-1148.
Análise do solo:
Top solo: pH 7.5; P 42 kg.ha-1 ; K 163 kg.ha-1 ; B 0.9 kg.ha-1 ; e
matéria orgânica 1.6%.
Subsolo: pH 5.3; P 3 kg.ha-1 ; K 162 kg.ha-1 ; B 0.9 kg.ha-1 ; matéria
orgânica 1.1% e m=26% (saturação de Al)
Tratamentos:
T1: solo superficial; subsolo
T2: +B solo superficial; subsolo
T3: +B solo superficial; + B subsolo
T4: solo superficial em todo o tubo
Boro adicionado: 2.24 kg B.ha-1 como ácido bórico
Tubo: 7.62 cm de diametro, 1.22 m de comprimento
Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez
de alumínio.
Prevention of aluminum toxicity with supplemental boron. II. Stimulation of root growth in an acidic,
high-aluminum subsoil. Lenoble, M.E., Blevins, D.G. & Miles, R.J., 1996. Plant, Cell and Environment 19:
1143-1148.
Tratamentos
T1 T2 T3 T4
Penetração de raiz (cm)
Minha sugestão:
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Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em soja.
Schon, Mary K. and Blevins, Dale G., 1990. Foliar boron applications increase the final number
of branches and pods on branches of field- grown soybens. Plant Physiol. 92:602-607.
Schon, Mary K. and Blevins, Dale G., 1990. Foliar boron applications increase the final number of
branches and pods on branches of field- grown soybens. Plant Physiol. 92:602-607.
Os autores observaram
que o tratamento com
B foliar reduziu o teor
de Al nas folhas.
Observaram ainda que
foi só com os 6
parcelamentos de B
foliar que conseguiram
atingir teores maiores
que 160 ppm de B onde
em trabalho anterior
(Schon & Blevins, 1987)
obtiveram as mais altas
produtividades de soja.
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MANEJO DA ADUBAÇÃO
BORATADA
70
Manejo da adubação boratada
O boro é micronutriente em maior deficiência no
Brasil.
Manejo da adubação boratada
Diagnóstico:
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Manejo da adubação boratada
Fonte: Brown, P. H., Bellaloui, N., Sah, R.N., Bassil, E., and Hu, H., 2001. Uptake and transport of
boron. In: Boron in Plant and Animal Nutrition , 87-101.
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SUGESTÕES PARA
MANEJO DO BORO
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Sugestões para o manejo do boro
• Adotar novo nível para B extraído por água
quente: 1.0 ppm para a camada de 0 a 20 cm.
Minha hipótese:
Síndrome das Raízes Atrofiadas: possíveis causas:
1. Acidez do solo (toxidez de alumínio)
2. Boro (deficiência) e
3. Toxidez de glifosato
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Tudo começou com esta foto: deficiência de Ni ou toxidez de glifosato?
78
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Qual a explicação para o observado no pé de pecã da foto?
‘
Mn Co
Mn Mg Co Bloqueio?
ácido chiquímico’
glifosato
ácido corismático
ácido prefênico
ácido antranílico
tirosina
fenilalanina
Mn, Cu, B (?)
triptofano
+Zn +Ni?
+B
Raízes e AIA Soja fito-alexinas lignina tanino
brotações Louca?
novas Defesa contra pragas e doenças
80
Ação do glifosato e de micronutrientes na síntese de AIA, fitoalexinas, lignina e tanino
Deficiência de Ni ou toxidez de glifosato? (Cont.)
“Estou 99%
convencido que estes
sintomas são de
deficiência de Ni.”
Toxidez de glifosato
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Quais os cátions mais facilmente complexados pelo glifosato?
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Micronutrientes envolvidos na rota do chiquimato
‘
Mn Co
Mn Mg Co Bloqueio?
ácido chiquímico’
glifosato
ácido corismático
ácido prefênico
ácido antranílico
tirosina
fenilalanina
Mn, Cu, B (?)
triptofano
+Ni?
+Zn
+B
Raízes e AIA Soja fito-alexinas lignina tanino
brotações Louca?
novas Defesa contra pragas e doenças
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Ação do glifosato e de micronutrientes na síntese de AIA, fitoalexinas, lignina e tanino
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Principais funções
• Catalizador enzimático:
– Urease
– Superóxido dismutase
– NiFe hydrogenases
– Metil coenzyma M reductase
– Monóxido carbono dehydrogenase
– Acetil coenzima A sintase
– Hidrogenases
– Provavelmente muitas outras!!!
Tratamentos Produtividade
(sc ha-1)1
Testemunha 58,7a
250 g ha-1 Sulfato Níquel 60,5a
500 g ha-1 Sulfato Níquel 57,0a
1000 g ha-1 Sulfato Níquel 57,6a
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3.1. Ni e produtividade soja (efeito fungicida?)
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3.1. Ni e produtividade soja (efeito fungicida?)
90
Comentários de Orlando Carlos Martins
Não conseguimos entender o porquê do aumento de produtividade
com a dose de 250g/ha de sulfato de níquel. A hipótese do níquel
estar atuando como micronutriente foi descartada, uma vez que
havíamos feito uma pulverização prévia com uma dose de níquel em
todas parcelas, inclusive na testemunha, para assegurar nutrição
adequada.
Começamos então a suspeitar que o aumento de produtividade
ocorrido na soja poderia estar relacionado a um maior controle da
ferrugem uma vez que, embora tenham sido feitas pulverizações com
fungicidas específicos para o controle da ferrugem, esse controle
geralmente não é total, implicando em redução de produtividade,
principalmente em função das folhas do terço inferior da planta não
receberem a dose suficiente de fungicida para um controle efetivo.
Será que o níquel poderia estar atuando também sobre a ferrugem da
soja, como foi constatado na ferrugem do trigo, e com isso estar
reduzindo as perdas? Afinal, um aumento médio de produtividade de
6,2 sc/ha , como verificado no segundo ensaio, é bastante expressivo.
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Ferrugem da soja: aumento da resistência?
Fonte: Wood, B., 2007. O níquel na nutrição mineral e na defesa das plantas
contra doenças. Informações Agronômicas no. 119.
92
Produtividade da Soja: o níquel pode melhorar a produtividade?
Efeito de 2 aplicações foliares de níquel (50 ppm Ni como Ni-liganosulfonato) na produtividade da soja
Fonte: Bruce, W., 2007. O níquel na nutrição mineral e na defesa das plantas contra
doenças. Informações Agronômicas no. 119.
93
Conteúdo de Ni e outros micronutrientes na parte vegetativa e na
semente de tremoço (Lupinus polyphyllus) e centeio (Secale cereale)
Fonte: Horak (1985ª, citado por Marschner, H. , 1995. Mineral nutrition of higher plants, p. 368.
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Níquel e Glifosato
Altura da
Ni Foliar Glifosato Germinação
Planta
% % dose recomendada (%) (cm)
0 0,0 86 8,8
0 1,0 69 6,1
96
Respostas ao Tratamento (Testemunha)
97
Respostas ao Tratamento (+Ni)
98
Respostas ao Tratamento (Cont.)
Sistema radicular do milho plantado após soja que havia recebido Ni (25/05/2013)
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3.3. Níquel e FBN
José Lavres 1*, Guilherme Castro Franco1 and Gil M. de Sousa Câmara2 1 Center for Nuclear Energy in
Agriculture, University of Sao Paulo, Piracicaba, Brazil, 2 Department of Crop Science, Luiz de
Queiroz College of Agriculture, University of Sao Paulo, Piracicaba, Brazil
100
3.3. Níquel e FBN
101
3.3. Níquel e N na soja
102
3.3. Níquel e urease na soja
103
3.3. Níquel e nódulo
104
3.3. Níquel e FBN
105
3.3. Níquel e FBN
Conclusão:
A aplicação de Ni via sementes é uma
estratégia viável, pois este elemento pode
seguir junto com Co e Mo, todos associados
com o processo de FBN.
106
107
108
109
110
4. Recomendações
111
RESUMO FINAL: CAUSAS E CORREÇÃO
Possíveis causas
Síndrome das Raízes
Atrofiadas
Sugestões de correção
Muito obrigado
13419-075 Piracicaba SP Brasil
19 3411-4916
19 9.9221-7385
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