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05/08/2019 Ouriço-terrestre – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ouriço-terrestre
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O ouriço-terrestre (pt-BR) ou ouriço-cacheiro (pt)[1] (Erinaceus europeus),
também chamado porco-espinho,[2] ouriço-cacho[3] ou, simplesmente,
Ouriço-terrestre ou ouriço-
cacheiro
ouriço[4] é um mamífero insectívoro primitivo da família Erinaceidae, a qual
engloba 16 espécies. O ouriço-cacheiro está apenas presente no continente
europeu (nativo), sendo introduzido na Nova Zelândia[5]. Em Portugal é uma
espécie fácil de encontrar na natureza.

Índice
Descrição
Distribuição geográfica Estado de conservação
Ecologia e comportamento
Reprodução
Fatores de ameaça
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Parasitas
Classificação científica
Fatores de conservação
Reino: Animalia
Importância cultural e económica
Filo: Chordata
Informações taxonómicas
Classe: Mammalia
Referências
Ordem: Erinaceomorpha
Família: Erinaceidae
Descrição Subfamília: Erinaceinae
Género: Erinaceus
Os ouriços são facilmente reconhecíveis pelos seus espinhos, que revestem
Espécie: E. europaeus
todo o corpo exceto no rosto e no ventre. O ouriço cacheiro tem cerca de seis
mil espinhos aguçados e com cerca de 2 a 3 centímetros, que cobrem o dorso e Nome binomial
os flancos do seu corpo. Os espinhos são pêlos modificados cuja mobilidade é Erinaceus europaeus
controlada pelos músculos. Os espinhos são eriçados, de cor castanha, com Linnaeus, 1758
tonalidades mais ou menos escuras, porém o pêlo da barriga é esbranquiçado.

Quando se sente ameaçado, o ouriço-cacheiro enrola-se sobre si próprio, ocultando as partes desprotegidas do seu corpo, como o
ventre, os membros e a cabeça, transformando-se numa “bola com picos”, bastante difícil de penetrar. A cabeça distingue-se
facilmente do resto do corpo, os olhos são grandes, as orelhas são relativamente pequenas e possui uma cauda rudimentar.[6]

Não existe dimorfismo sexual, isto é, não existem características evidentes que diferenciem os machos e as fêmeas. No entanto, a
principal diferença é que os machos possuem testículos intra-abdominais e o pénis bastante desenvolvido, enquanto a fêmea
possui uma vagina perto do ânus e têm cinco pares de mamilos: um par na zona peitoral, dois pares na zona abdominal e dois
pares na zona inguinal.[7]

O comprimento do corpo varia entre 20 e 35 centímetros e a cauda entre 10 e 20 centímetros. Os animais adultos pesam em média
700 gramas, podendo este valor variar entre 400 e 1200 gramas. Um animal que não possua, pelo menos, entre 500 e as 600
gramas terá dificuldade em sobreviver ao período de hibernação.[8] Geneticamente são seres diplóides (2n) com 48
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cromossomas.[8]

Distribuição geográfica
O ouriço-terrestre distribui-se por quase toda a Europa Central e Ocidental, com excepção das áreas do norte e montanhosas da
Escandinávia. Também se encontra nos Países Bálticos como a Finlândia e a Estónia. A sua fronteira leste atinge a porção
ocidental da Polónia, Áustria, República Checa e Eslovénia. Pode ser encontrada em quase toda a Península Ibérica. Está ausente
das ilhas Baleares e Canárias e em territórios no norte da África.[6]

Foi introduzida recentemente, em algumas ilhas dos Açores, nomeadamente em São Miguel, Santa Maria, Terceira, São Jorge,
Pico e Faial. No Mediterrâneo, ocorre na ilha de Córsega (França), Sardenha e Sicília (Itália) [9].

Ecologia e comportamento
Na Península Ibérica possui uma vasta gama de meios naturais, desde zonas abertas até áreas mais arborizadas, esta última é a
mais procurada pelos ouriços-cacheiros pois oferece abrigo e protecção. Na área do Mediterrâneo preferem áreas mais húmidas,
como florestas. Habitam também zonas semi-urbanas, como jardins.

O ouriço-cacheiro é um animal activo, principalmente ao crepúsculo e durante a noite. O ouriço-cacheiro é insectívoro, isto é, o
seu regime alimentar passa sobretudo por pequenos insectos. No entanto, também come frutos silvestres, sementes, minhocas,
caracóis, ovos de aves (de ninhos que são construídos no solo) ou ainda pequenas rãs e répteis que encontre pelo seu caminho.
Apesar das pequenas patas, o ouriço-cacheiro pode percorrer um a três quilómetros numa noite à procura de alimento.[10]

Como se alimenta em poucas porções e tem uma taxa metabólica muito alta, os ouriços-cacheiros procuram alimento também
durante o dia, em especial as fêmeas durante o período de amamentação e os jovens, pois têm maiores necessidades
energéticas.[10]

Os ouriços-cacheiros são animais solitários, contudo não são animais territoriais. A sua área territorial varia entre 20 a 30 hectares
para os machos e cerca de 10 hectares para as fêmeas.[6]

Não são animais agressivos, porém há registo de lutas, principalmente entre os machos, para estabelecer domínio entre eles. São
mamíferos noctívagos e hibernam, usando uma toca que cavam no solo. A hibernação do ouriço ocorre desde de Novembro até
Março, havendo uma alta taxa de mortalidade nos ouriços durante a primeira hibernação.[6]

Os ouriços-cacheiros constroem tocas para hibernar e terem as crias. Durante os meses mais quentes do ano, refugiam-se em
locais com vegetação densa, mudando muitas vezes de abrigo. Em Portugal, a hibernação apenas acontece nos ouriços-cacheiros
que habitem regiões de elevadas altitudes, como a Serra da Estrela e planaltos do distrito de Bragança, onde o frio é bastante
acentuado.[11]

Reprodução
Por terem o corpo coberto de espinhos, é difícil pensar como os ouriços-cacheiros se reproduzem. Porém os espinhos são
manobráveis e, na época de reprodução, quando o macho faz uma “dança” à volta da fêmea, esta baixa os espinhos de forma a que
os espinhos fiquem deitados sobre o seu corpo, permitindo o acasalamento.[10]

Em Portugal, os ouriços podem acasalar entre Janeiro/Fevereiro e Agosto/ Setembro, sendo que na maior parte das vezes,
acasalam apenas uma vez por ano. A fêmea constrói um ninho com penas e palhas onde criará sozinha, a sua ninhada.

O período de gestação tem a duração de 35 dias, nascendo 2 a 6 crias. As crias nascem cegas, de cor branca e com peso relativo de
10 a 25 g. As crias não nascem com os picos aguçados e o seu corpo está envolto numa camada gelatinosa espessa. Deste modo,
ao nascer, as crias não ferem a mãe. Mas no interior dos espinhos há um líquido que horas após o nascimento, secará levando a

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que estes rapidamente fiquem eriçados e fortes. A abertura dos olhos ocorre após duas semanas e as crias começam a sair do ninho
na terceira semana. A amamentação dura cerca de um mês. Após esse período, a cria alimenta-se sem qualquer auxílio dos
progenitores.[12]

Até ao primeiro ano de vida, a mortalidade é bastante elevada (até 70%). Passado esse ano, os ouriços conseguem viver até cinco
anos. A maturidade sexual é atingida ao primeiro ano de vida. As crias, desde nascimento, enrolam-se sobre si mesmas, pois são
deixadas sozinhas no ninho pela progenitora que necessita de se alimentar. Embora as crias sejam mais vulneráveis, pois os seus
espinhos são menos duros, os predadores não são a principal ameaça dos ouriços.[13]

Fatores de ameaça
Por serem animais relativamente lentos, são um dos vertebrados mais susceptíveis de ser atropelados.[14] Por exemplo, na
província de Leão (Espanha) são atropelados em média de 1,7 indivíduos por quilómetro.[14] No que diz respeito a relações
bióticas, existem registos de o ouriço-cacheiro ser predado pelo Bufo-real (Bubo bubo), raposas (Vulpes vulpes), texugos (Meles
meles) e mesmo cães (Canis familiaris).

Parasitas
São animais que apresentam diversas patologias, sendo parasitados por trematódes, nematodes, sifonápteros e acarinos, entre os
quais alguns parasitas exclusivos, como o trematóde Brachylaemus erinacei e a pulga Archaeopsylla erinacei.[15]

Fatores de conservação
O ouriço-cacheiro está classificado como espécie com estatuto de conservação pouco preocupante (LC), segundo a Lista Vermelha
da IUCN[16].

Apesar da sua principal ameaça ser os atropelamentos, não estão sujeitos a nenhuma tendência regressiva e são abundantes em
toda sua área de distribuição. O ouriço-cacheiro é uma das espécies que está listada no Anexo III da Convenção de Berna. Ocorre
em várias áreas protegidas dentro da sua área geográfica.

Importância cultural e económica


Não tem particular interesse económico especial pelo seu uso. Em certas regiões Europeias são animais por vezes perseguidos
pelo homem, pois alimentam-se de ovos de aves cinegéticas que têm ninho no solo.[12]

No País Basco e em Portugal era uma espécie capturada, com fins gastronómicos. O ouriço-cacheiro era considerado um petisco
no sul de Portugal, tendo o prato nome de «leitão da serra». Actualmente, não é permitida a captura destes animais selvagens.[7]

Informações taxonómicas
Estudos genéticos recentes apoiam a distinção de uma nova subespécie E. europaeus hispanicus, endémica da Península Ibérica,
porém são necessários estudos adicionais serem realizados para confirmar esta possibilidade.[6]

Referências
1. «Dicionário Priberam» (https://www.priberam.pt/dlpo/ouri%C3%A7o-cacheiro)
2. «Dicionário Aulete» (http://www.aulete.com.br/porco-espinho)
3. «Dicionário Estraviz» (http://estraviz.org/ouri%C3%A7o-cacho)
4. «Dicionário Priberam» (https://www.priberam.pt/dlpo/ouri%C3%A7o)
5. Amori, G., Hutterer, R., Kryštufek, B., Yigit, N., Mitsain, G. & Palomo, L.J. 2008. Erinaceus europaeus. In: IUCN
2013. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2013.2. <www.iucnredlist.org>.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouriço-terrestre 3/4
05/08/2019 Ouriço-terrestre – Wikipédia, a enciclopédia livre

6. Palomo, L. J., Gisbert , J. y Blanco, J. C. (2007). Atlas de los mamíferos terrestres de España (Dirección ., p.
558). Madrid, España. Retrieved from http://scholar.google.pt/scholar?
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7. Mitchell-Jones, A., & Amori, G. (1999). The atlas of European mammals. Wageningen UR, Library (Netherlands)
WURL, 1, 12. Retrieved from http://agris.fao.org/agris-search/search/display.do?
f=2012/NL/NL201233744074.xml;NL2012033807
8. alomo, L. J., Gisbert , J. y Blanco, J. C. (2007). Atlas de los mamíferos terrestres de España (Dirección ., p. 558).
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9. Amori, G., Hutterer, R., Kryštufek, B., Yigit, N., Mitsain, G. & Palomo, L.J. 2008. Erinaceus europaeus. In: IUCN
2013. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2013.2. <www.iucnredlist.org>.
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12. Bunnell, T. (2002). The assessment of British hedgehog (Erinaceus europaeus) casualties on arrival and
determination of optimum release weights using a new index. Journal of Wildlife Rehabilitation. Retrieved from
http://www.researchgate.net/publication/235346763_The_Assessment_of_British_Hedgehog_(Erinaceus_europaeus
13. Blanco, J. (1998). Mamíferos de España II. Cetáceos, Artiodáctilos, Roedores y. Retrieved from
http://www.lavoisier.fr/livre/notice.asp?ouvrage=2410302
14. Huijser, M., & Bergers, P. (2000). The effect of roads and traffic on hedgehog ( Erinaceus europaeus) populations.
Biological Conservation. Retrieved from http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0006320700000069
15. Morris, P., & English, M. (1969). Trichophyton mentagrophytes var. erinacei in British hedgehogs. Medical
Mycology. Retrieved from http://informahealthcare.com/doi/abs/10.1080/00362177085190221
16. Amori, G., Hutterer, R., Kryštufek, B., Yigit, N., Mitsain, G. & Palomo, L.J. 2008. Erinaceus europaeus. In: IUCN
2013. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2013.2. <www.iucnredlist.org>.

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