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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA EMPRESA

Por

Mary Helen da Silva Crespo

Professora Orientadora: Fabiane Muniz


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Rio de Janeiro
03/2006
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
Projeto “A Vez do Mestre”
Pós Graduação – Gestão de Recursos Humanos

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA EMPRESA

Monografia apresentada a
Universidade Candido
Mendes – como requisito
parcial à obtenção de grau

Por

Mary Helen da Silva Crespo


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Rio de Janeiro
03/2006
AGRADECIMENTO

A Deus, pela sabedoria e proteção


que me deste ao longo da minha vida.
Ao Senhor devo mais esta vitória!

A minha mãe Heleni, meu pai Alberto e irmão Marcus Vinicius,


pelo amor, carinho e base forte que contribuíram
para a formação de meu caráter.
Obrigada também pelo apoio e incentivo
na realização de mais este objetivo.
Amo vocês!

Ao meu noivo - futuro esposo - Bruno Amaral,


por todo amor,
cuidado, carinho e força;
12
estando ao meu lado durante
a realização deste trabalho.
Te amo muito!

A professora orientadora Fabiane Muniz,


pela sabedoria e didática ao me orientar
a cada fase desta monografia.
Muito Obrigada!

Alberto e Heleni, Marcus Vinicius, Bruno – Pais, irmão e noivo –


através de seus atos despertaram
em mim e pude desenvolver
a minha Inteligência Emocional
13

“Sem as emoções para nos orientar,


o raciocínio não tem princípios e nem poder”.
Robert C. Solomon
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RESUMO

A Inteligência Emocional foi descoberta e aplicada nas empresas há


pouco tempo, pois até o século XX só pensavam em QI (Quoeficiente de
Inteligência). Hoje século XXI muitos lideres de organizações perceberam
que muitos indivíduos que possuem um QI altíssimo não são os mais
prósperos, porém aquele indivíduo que correlaciona a intelectualidade com a
emoção em seu trabalho, este sim é capaz de ser bem sucedido naquilo que
realiza.
Muitos líderes ainda pensam que o funcionário destaque é aquele que
desenvolve unicamente o seu lado racional, deixando de lado o uso do QE
(Quoeficiente Emocional). Parte de projetos desenvolvidos por grandes equipes
não vão à frente por este motivo. Faz-se necessário que o indivíduo seja
equilibrado em suas decisões. A Inteligência Emocional esta muito acima das
razões e até mesmo de fortes emoções. Esta ligada ao equilíbrio das ações e
atitudes do indivíduo.

O estudo sobre este tema tem a razão de mostrar a importância da


Inteligência Emocional nas empresas, de modo a defini-la e caracteriza-la
enfocando suas principalidades e pontos positivos. Esta engloba vários
15
fatores que sobrepõem a intelectualidade como: a auto confiança, auto
controle e auto gerenciamento.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento desta monografia foi usado como


metodologia base à pesquisa bibliográfica e posteriormente realizada a
análise e estudos dos mesmos.
Segundo a autora Lakatos (2001), pesquisa bibliográfica é aquela que
abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo,
desde publicação avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses etc. até mesmo meio de comunicação oral: rádios,
gravações em fita magnética, filmes e etc. Sua finalidade é colocar o
pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado
sobre o assunto determinado, inclusive conferencias seguidas de debates
que tenham sido transcrito por alguma forma, quer publicada ou gravada.
Tendo como principal apoio bibliográfico às obras dos autores: Daniel
Goleman e Robert Cooper.
16

SUMÁRIO

Introdução .............................................................................................................9

Capítulo 1 – Inteligência Emocional

1.1 – Definições sobre Inteligência Emocional .................................................. ....12

1.2 – Características referentes à Inteligência Emocional.......................................13

1.3 – Quoeficiente de Inteligência (QI) e o Quoeficiente Emocional


(QE)...............17

Capítulo 2 – Inteligência Emocional que supera desafios

2.1 – Fases do desenvolvimento da Inteligência Emocional...................................20

2.2 – O Cérebro Emocional.....................................................................................32

2.3 – Liderança e a Inteligência Emocional.............................................................33

Capítulo 3 – Inteligência Emocional – Uma nova forma de administrar

3.1 – Inteligência Emocional - Uma nova frente de


trabalho...................................37

3.2 – Como crescer profissionalmente usando a Inteligência


Emocional...............40
17
Conclusão..............................................................................................................43

Referência Bibliográfica.......................................................................................44

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES


Projeto “A Vez do Mestre”
Pós Graduação – Gestão de Recursos Humanos

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA EMPRESA

Por
Mary Helen da Silva Crespo

Professora Orientadora: Fabiane Muniz

Banca Examinadora

...............................................................................

Conceito:....................

...............................................................................
18

Conceito:....................

...............................................................................

Conceito:....................

Trabalho Final de Curso Aprovado em: ........../................./2006

Conceito Final:..............................................

Rio de Janeiro
03/2006

INTRODUÇÃO
“Semeie um ato e colherá um hábito.
Semeie um hábito e colherá um caráter.
Semeie um caráter e colherá um destino”.
Charles Reade
19
O objetivo deste trabalho é analisar a importância do desenvolvimento da
Inteligência Emocional nas empresas, de modo a conceitua-la, caracteriza-la,
apresentar sua real importância no desenvolvimento da empresa e por fim
mostrar como se pode evoluir profissionalmente usando a Inteligência
Emocional.

A Inteligência Emocional consiste na habilidade de enfrentar e resolver


uma situação emocionalmente instável com sucesso, ou seja, é aprender a
controlar as emoções, para que as mesmas trabalhem a favor do indivíduo não
deixando que seja tomado pela emoção dos atos e pensamentos, fazendo com
tome decisões inadequadas ou irracionais. O uso da Inteligência Emocional
leva a resultados produtivos tanto no que diz respeito ao indivíduo quanto à
organização.

A incapacidade de registrar os sentimentos de outras pessoas significa


que existe um déficit de Inteligência Emocional e uma falha no entendimento do
que significa ser humano. Pois todo relacionamento vem de uma sintonia
emocional, da capacidade de empatia, que significa a capacidade de entender e
identificar os desejos e sentimentos das pessoas, respondendo de forma
apropriada aos interesses comuns. A Inteligência Emocional permite que com o
tempo e a aprendizagem sobre a mesma, haja um aumento da capacidade do
indivíduo ao raciocinar e ao mesmo tempo saiba como utilizar melhor as
emoções.

Todos podem desenvolver a Inteligência Emocional, para isto se faz


necessário aprender a treinar as aptidões que a compõe, dentre elas:
autoconsciência, o autogerenciamento, a consciência social e a habilidade
social.

Todo indivíduo é dotado por dois tipos de inteligência que também


podem ser chamados de QI (quoeficiente de inteligência) e QE (quoeficiente
emocional). O QI é considerado a parte racional do nosso cérebro e é herdado
20
geneticamente. Já o QE é responsável pela parte emocional do nosso cérebro e
é aprendido com as vivencias ao passar dos anos.

A Inteligência Emocional é formada por quatro bases de sustentação que


se subdividem entre si, são elas: a alfabetização emocional, a competência
emocional, a profundidade emocional e a alquimia emocional. Essas bases são
responsáveis pelo sucesso da aplicação da Inteligência Emocional seja na
empresa ou na vida pessoal.

Na atualidade muitas organizações vêm se rendendo aos funcionários e


líderes que utilizam a Inteligência Emocional como fonte de desenvolvimento
laboral. Nas entrevistas de seleções para estas organizações, o primordial não
tem sido somente as qualificações e sim o relacionamento interpessoal e como
o indivíduo sabe lhe dar frente às dificuldades, ou seja, equilibrando o estresse.

Principalmente em relação à liderança, é muito importante que um líder


seja inteligente emocionalmente. As principais funções de um líder são gerar
entusiasmo, otimismo e paixão com relação ao trabalho que desenvolver, e o
mais importante ter capacidade de criar e cultivar um ambiente de cooperação e
confiança. Através da Inteligência Emocional e sus princípios básicos –
autoconfiança, autogestão, consciência social e administração de
relacionamentos – permite que este líder cumpra essa missão, que é muito
importante para um bom desenvolvimento e produtividade da equipe.

A Inteligência Emocional também permite uma ligação entre as


necessidades da organização e o potencial emocional do indivíduo, no sentido
de ambos se descobrirem e de criarem juntos o futuro produtivo da mesma,
sendo também muito importante em relação ao trabalho em equipe, na
cooperação e na ajuda às pessoas para que aprendam a trabalharem juntas
com mais eficiência. A partir daí que então as empresas percebem que não
estão errados ao investirem em profissionais que trabalham com a Inteligência
Emocional. Como já mencionado anteriormente esta é uma energia que
21
permite sentir, perceber e saber aplicar na prática o poder e a visão das
emoções.

À medida que serviços baseados no conhecimento e no capital


intelectual se tornam mais fundamentais para as empresas, melhora a maneira
como as pessoas trabalham em equipe transformando este trabalho emocional
em marco positivo para o crescimento e diferença no mercado competitivo.

Em relação aos profissionais, aqueles que desejam alcançar um bom


cargo nas organizações, faz-se necessário desenvolver as aptidões que
desenvolvem a Inteligência Emocional, isto tem sido característica principal
para a entrada nesta nova tendência no mercado de trabalho.

1. INTELIGENCIA EMOCIONAL
1.1 Definições sobre Inteligência Emocional

Inteligência Emocional é o equilíbrio das ações e atitudes de um


indivíduo através do qual ele aprende a manter seu auto controle, identificando
22
com justiça e ponderação as diversas situações ocorridas no seu dia-a-dia. Esta
relacionada às habilidades tais como: motivar a si mesmo; persistir mediante as
frustrações; controlar impulsos; canalizar emoções para situações apropriadas;
praticar gratificações prorrogadas e motivar pessoas a conseguirem seu
engajamento a objetivos de interesses comuns. Nos tempos atuais é encarada
como fator básico para a melhoria do homem, aumentando principalmente a
produtividade do indivíduo, não somente na empresa onde se trabalha, mas
também fora dela, equilibrando a auto – estima (Goleman 2001)

Não há uma definição universal para Inteligência Emocional, porém


vários autores a definem de formas diferentes, mas que traduzem o mesmo
significado. No sentido dicionarizado encontra - se a definição por palavras e
não por toda expressão, ou seja: Inteligência vem a ser “o conjunto de
informações de importância estratégica”. E Emocional “estado em estar
comovido, sensibilizado e impressionado com alguém ou alguma coisa”.

Para Cooper, a definição completa sobre Inteligência Emocional é a


seguinte:

“Inteligência Emocional é a capacidade de sentir,


entender e aplicar eficazmente o poder e a perspicácia
das emoções como uma fonte de energia, informação,
conexão e influencia humana”.
Goleman já define como:

“A habilidade de dirigir de modo eficaz a nós mesmos e


nossos relacionamentos”.

Chiavenato também sua própria definição:

“Inteligência Emocional não significa somente ter


autocontrole sobre as emoções, ser bonzinho ou se dar
bem com as pessoas, mas sim entender bem a sua
própria constituição emocional e das outras pessoas para
23
direciona-las ao rumo certo para a realização dos
objetivos seja na empresa ou na vida pessoal”.
Logo ao definir Inteligência Emocional percebe-se que este conceito
amplia o significado do que vem a ser inteligente e desempenha um papel muito
mais importante no pensamento, na tomada de decisão, no sucesso individual e
em grupo que se considerava. Esta é uma qualidade não mensurável nos
testes de QI (quoeficiente de inteligência). Um conjunto de habilidades como:
empatia, autoconsciência, administração das emoções e competência social
nas relações interpessoais, influenciam diretamente nos resultados que
obtemos na vida, tanto no aspecto social quanto no profissional.

Ao contrário do que possa parecer para algumas pessoas, Inteligência


Emocional não significa reprimir emoções e sim saber controlá-las. O
desequilíbrio emocional pode arruinar carreiras, a vida, o relacionamento e a
conduta moral.

1.2 Características referentes à Inteligência Emocional

Segundo Goleman (2002) a Inteligência Emocional consiste em quatro


capacidades fundamentais que também se subdividem para proporcionar
melhor caracterização:

Autoconsciência que consiste em:

Autoconsciência emocional: habilidade de ler e entender suas emoções e


reconhecer seus impactos no desempenho do trabalho e nos relacionamento
com as pessoas. É um objetivo a ser atingido, mas exige treino diário,
dedicação integral.

Auto-avaliação: habilidade de auto-apreciar realisticamente suas forças e


limitações pessoais. É também observar os erros e os acertos cometidos para
evitar repetir os problemas. Os chamados pontos fortes devem ser
evidenciados.
24
Autoconfiança: ponto forte e positivo sentido de autovalorização. É ter
consciência de saber que pode fazer o que é necessário. Isso é estimulado
pela auto-avaliação, que mostra pontos fortes, a conquista do prazer e da
felicidade em ser você mesmo, reconhecendo e sabendo lidar com as
inseguranças e limitações.

Autogerenciamento que consiste em:

Autocontrole: habilidade de manter as emoções e os impulsos sob


controle. Resistir aos impulsos imediatos, reclamar e também utilizar a
formula básica de respirar fundo e contar até dez.

Confiança: demonstração consistente de honestidade e integridade.

Estado – consciente: habilidade de conduzir a si mesmo e as suas


responsabilidades.

Adaptabilidade: habilidade em se ajustar às situações de mudança e


superar obstáculos e dificuldades.

Orientação de proezas: direcionamento para encontrar um padrão


interno de excelência.

Iniciativa: disposição para aproveitar oportunidades.

Consciência social consiste em:

Empatia: habilidade de sentir emoções de outras pessoas, entender suas


perspectivas e assumir um interesse ativo em suas preocupações. É a
capacidade de entender por que as pessoas agem de determinada forma.
Olhar o mundo do ponto de vista do outro. A empatia é alimentada pelo
autoconhecimento, quanto mais consciente estivermos acerca de nossas
próprias emoções, mais facilmente poderemos entender o sentimento alheio.

Consciência organizacional: habilidade de ler as correntes da vida


organizacional, construir decisões em networks e dirigir políticas.
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Orientação de serviço: habilidade de reconhecer e diagnosticar as
necessidades e aspirações dos clientes.

Habilidade social que consiste em:

Liderança visionaria: habilidade de assumir encargos e inspirar com uma


visão de futuro conveniente.

Influência: habilidade de utilizar táticas persuasivas.

Desenvolvimento de pessoas: propensão para fortalecer as habilidades


dos outros por meio de feedback e orientação.

Comunicação: habilidade de ouvir e transmitir mensagens claras,


convincentes e impulsionadoras.

Mudança catalizadora: capacidade de iniciar novas idéias e liderar


pessoas em novas direções.

Gestão de conflitos: habilidades para desfazer conflitos e orquestrar


consenso.

Construção de laços: capacidade de cultivar e manter uma rede de


relacionamentos.

Trabalho de equipe e colaboração: competência em promover


cooperação e desenvolver equipes.

Consiste também em cinco componentes que fazem parte da Inteligência


Emocional e devem ser desenvolvidas na Empresa.

Autoconsciência – habilidade de reconhecer e entender seu


temperamento, suas emoções e iniciativas, assim como seus efeitos sobre as
outras pessoas.
26
Autodisciplina – habilidade de controlar ou direcionar impulsos e
temperamentos desordenados. Propensão a pensar antes de agir.

Motivação – paixão pelo trabalho que vai além do dinheiro ou motivação


pessoal. Propensão a perseguir metas com energia e persistência.

Empatia – capacidade de entender o estado emocional das pessoas.


Habilidade para treinar pessoas quanto as suas reações emocionais.

Habilidade social – capacidade de gerenciar relacionamentos e


desenvolver networks. Habilidade para encontrar bases comuns para construir
entendimentos.

Há também cinco importantes características que envolvem a


Inteligência Emocional a ser desenvolvida e aplicada no comportamento
humano:

Conhecer as suas próprias emoções: Não é a capacidade de


reconhecer a emoção que esta sentindo assim que ela aparece, mas saber
qualifica-la corretamente.

Administrar as emoções: sendo capaz de adequar a energia da


emoção para entrar em conformidade com o momento, qualidade e intensidade
da emoção, que é o aprendizado.

Motivar a si próprio: esta é a habilidade de conter emoções, reter


impulsos para alcançar objetivos e manter-se confiante e otimista mesmo frente
às situações adversas.

Reconhecer emoções em outras pessoas: sua presença é percebida


em quase todos os papeis sociais, da área de vendas a gerência. Sua falta é
também notada pela causa de inúmeros problemas do século XX. A chave para
emitir as emoções alheias é a habilidade para ler as mensagens não verbais: o
olhar, a expressão facial, tom de voz, gestos e etc.
27
Manejar relacionamentos: quando duas pessoas integram a direção do
estado de humor de uma pessoa para outra pessoa. A sincronia de emoções
determina se uma relação esta indo bem ou não. Emoções não só comunicam
com também contagiam o estado de humor de outra emoção.

As emoções aprendidas no campo organizacional abrem caminho para


as propostas de ensina-las, após o devido diagnóstico de maturidade emocional
e identificação das principais emoções.

1.3 Quoeficiente de Inteligência (QI) e Quoeficiente


Emocional (QE)

Ter um levado QI foi considerado um grande valor no século XX, mas


hoje é um paradigma que esta sendo derrubado através do desenvolvimento da
Inteligência Emocional.

Segundo Cooper (1997), uma série de estudos revela que as pessoas


intelectualmente mais brilhantes nem sempre eram as mais bem sucedidas,
tanto na vida pessoal quanto na profissional. Nos últimos anos o QE tornou-se
amplamente aceito como registro principal da Inteligência Emocional,
equivalente ao QI. Pesquisas mostram que um executivo ou outro profissional
tecnicamente capaz com um alto QE é quem capta as informações e as
desenvolvem de forma mais total, hábil e rápida. O QE não trata de truques de
vendas, de como conseguir uma boa posição ou proporcionar boa aparência.

A personalidade de uma pessoa pode ser compreendida com a


avaliação e soma de dois aspectos herdados e adquiridos ao longo de toda a
nossa existência. São eles o QI e o QE. A relação é de 80% para o QE que
corresponde ao lado direito do cérebro, responsável pelas emoções e que se
aprende em qualquer idade. E 20% para o QI que corresponde ao lado direito
do cérebro, que trata da capacidade de raciocínio lógico, sendo herdado dos
familiares. Também já foi avaliado como um grande termômetro para avaliação
28
e seleção de pessoas. De acordo com Goleman, o QI pode ajudar a arrumar o
emprego, porque muitas empresas continuam com métodos tradicionais de
contração e retenção de talentos, mas quem garante a manutenção e a
promoção no mesmo é o QE. Ainda hoje se encontra que ache que ser
inteligente ou não depende da capacidade de mostrar raciocínio lógico,
matemático, numérico. Mas aos poucos, esta outra afirmação sobre o QE vem
sendo disseminada e utilizada, pois o mesmo permite o mais importante, a
capacidade de gerenciar as próprias emoções e compreender as emoções do
outro. A inteligência não é sinônimo de QI, pois engloba todas as capacidades
do ser humano.

Atualmente o QE é utilizado para contrabalançar o QI, tradicionalmente


tem sido através do QI que são medidas as capacidades. Todas as
aprendizagens escolares orientadas para desenvolver as múltiplas vertentes da
competência intelectual. Durante muito tempo o QI era a medida não somente
de inteligência, mas do sucesso que alguém poderia obter na vida. As pessoas
com um QE elevado têm um conjunto de qualidades como: o
autoconhecimento, autocontrole, perseverança, zelo, automotivação,
discernimento, empatia, simpatia e capacidade que estão indispensáveis para a
obtenção de resultados na vida pessoal e profissional.

Para se ter um QE elevado é preciso desenvolver dia-a-dia cinco


habilidades básicas que constituem os pilares desta inteligência. Os pontos
básicos para atingir o QE convergem para a base do desenvolvimento humano
são:

• Autoconhecimento – capacidade de conhecer melhor as emoções


e administrar a vida;

• Administração das emoções – transformar o estresse e a raiva em


processos criativos;

• Empatia – capacidade de colocar-se no lugar do outro;


29
• Automotivação – combina os sentimentos de entusiasmo e
confiança como meios de realização;

• Arte do relacionamento – capacidade de desenvolver bom


relacionamento interpessoal.

O QE é a “energia ativadora” essencial para os valores éticos, tais como


a confiabilidade, integridade, capacidade de recuperação e credibilidade para o
capital social, que compreende sua habilidade para estabelecer e manter
confiáveis e proveitosos os relacionamentos de negócios. As emoções são
poderosos organizadores do pensamento e da ação e paradoxalmente
indispensáveis para o raciocínio e a racionalidade. O QE auxilia o QI, quando
precisa resolver importantes problemas ou tomar decisão chave, e permite que
você realize isso de uma maneira melhor em função do tempo, por exemplo, em
vez de um dia inteiro ou mais de uma exaustiva seqüência interruptiva linear de
pensamentos que seria necessária para tomar a mesma decisão sem a ajuda
do QE. (COOPER, 1997).

O QI não deve ser desmerecido, pois é parte importante da inteligência,


mas o mesmo não pode ser aumentado, enquanto ao QE, pode ser sempre
aumentado, pois é algo aprendido. E uma das principais características de
muitos indivíduos que com o alto QE, é a sua capacidade de sentir mais longe,
mais profundamente do que os que contam só com o QI.

2 – INTELIGENCIA EMOCIONAL QUE SUPERA


DESAFIOS
2.1 – Fases do desenvolvimento da Inteligência Emocional

Para Cooper (1997) a Inteligência Emocional é composta por quatro


bases que se subdividem entre si. Estas fases formam o desenvolvimento da
30
mesma. São elas: Alfabetização Emocional (Honestidade Emocional, Energia
Emocional, Feedback Emocional, Intuição Prática); Competência Emocional
(Presença Autentica, Raio de Confiança, Insatisfação Construtiva, Capacidade
de Recuperação e de Renovação); Profundidade Emocional (Potencial e
Propósito Únicos, Compromisso Emocional, Integridade Aplicada, Influência
sem Autoridade) e Alquimia Emocional (O Fluxo Intuitivo, Descolamento
Reflexivo no Tempo, Sentir as Oportunidades, A Construção do Futuro).

Primeira Fase

* Alfabetização Emocional

A alfabetização emocional emerge não das cogitações de um refinado


intelecto, mas das ações do coração humano, do qual vem a energia que nos
torna reais e que nos motiva a identificar e buscar nosso propósito e potencial
único. A alfabetização emocional focaliza o aprendizado do alfabeto, da
gramática e do vocabulário do QE e o reconhecimento, o respeito e a
valorização da inerente sabedoria dos sentimentos.

Honestidade Emocional

“É com o coração que vemos corretamente,


o essencial é invisível aos olhos”.
Antoine de Saint - Exupéry
A intuição constitui a base da honestidade emocional. Ela exige que seja
sincero consigo mesmo em relação ao que esta sentindo. Somente quando
puder manter-se em contato com a voz interior, então poderá desenvolver uma
fonte de conhecimento que vá além dos pensamentos. No trabalho pode-se
começar a constatar a sensação intuitiva através da apreciação racional. Desse
modo, as idéias e intuição podem ser postas diretamente à prova.

Na medida em que se pode ser emocionalmente honesto, usando o


coração e não a mente, empregando palavras bem escolhidas para dizer o que
realmente sentimos e em de fato acredita-se; encontra-se a voz e tornam-se
31
reais. A partir daí, aprende-se a encarar diretamente, não somente o brilhante,
vigoroso e expansivo lado dos sentimentos humanos.

Energia Emocional

No mundo dos negócios de hoje, passam a haver momentos em que


aquilo que mais importa é engolido pela urgência e agitação do trabalho
organizacional. Através de estudos verificou-se que existem quatro estados
básicos de energia humana dos quais podem até mesmo desviar a Inteligência
Emocional. São elas:

Energia Tensa (alta energia e alta tensão) – é uma disposição de ânimo


impulsionada pelo estresse, caracterizada por uma quase agradável sensação
de entusiasmo e poder. Sua energia física se mantém elevada, mesmo quando
se enfrenta um alto nível de estresse e tensão por longas horas de um febril
período de trabalho.

Energia Calma (alta energia e baixa tensão) - é um estado que poucos


experimentam com bastante freqüência. A energia calma torna a pessoa
notavelmente serena e controlada. Ela substitui a energia tensa por uma
disposição mental mais otimista, sensação física agradável e tranqüilizadora,
uma profunda sensação de bem-estar.

Cansaço Tenso (baixa energia e alta tensão) – é um estado de ânimo


caracterizado por uma sensação de cansaço total. Há muitas vezes um
sentimento de baixa auto-estima e de que a vida é uma carga pesada, às vezes
cheias de problemas que parecem ser insuperáveis.

Cansaço calmo (baixa energia e baixa tensão) - é um estado


geralmente agradável que se caracteriza pela sensação de relaxamento e
desligamento. O cansaço calmo é o estado saudável em que fica quando se
desliga de um prazo de finalização de um trabalho desafiante.

Há também uma estratégia de três passos para aprender a administrar a


energia emocional:
32
1. Reconhecer e sentir a emoção, não nega-las ou minimiza-
las.

2. Escutar a informação ou feedback que a emoção está


passando. Perguntar a si mesmo os anseios e
necessidades.

3. Orientar e canalizar, a energia emocional para uma reação


construtiva e apropriada.

Feedback Emocional

Toda emoção é um despertador para chamar a atenção. Todas as


pessoas sentem impulsos emocionais, inclusive irritações e frustrações. Em
muitas situações, esses toques de despertador servem como “cutucadas
intuitivas”. Em outras vezes, especialmente quando o indivíduo esta tenso e
cansado, a energia emocional, ou a compulsão para falar ou agir de maneira
inconveniente ou agressiva pode ser administrada por meio do
redirecionamento da atenção para algo produtivo e construtivo. Uma vez que
se tenha aprendido a reconhecer os próprios sentimentos, a ser
emocionalmente honesto com sigo próprio, a dirigir e administrar a energia,
superar a impulsividade e valorizar ativamente o feedback emocional, logo o
indivíduo estará preparado para recorrer a sua intuição e começar a confiar nela
para ajuda-lo a orientar seu trabalho e sua vida.

Intuição Prática

A intuição é a percepção ultra-sensorial que destina a ajudar o individuo.


A intuição favorece a criatividade, pois ela oferece a sensação de que uma idéia
nunca experimentada antes pode funcionar. Ela desenvolve possibilidades
ocultas. A intuição favorece também a inspiração, dando súbita resposta a uma
questão. Ela nos aproxima mais dos outros e desfaz a confusão sobre o que
33
importa para nós e em que devemos ainda mudar. A intuição - especialmente
se seguida pela análise e planejamento rigorosos - tem também estimulado
muitas mudanças bem sucedidas no mundo dos negócios.

O cérebro de um adulto inteligente e educado, com uma formação


baseada na racionalidade técnica, poderá provavelmente reagir à situação,
imaginado várias opções possíveis e resultados subseqüentes. A racionalidade
técnica, que é prática convencionalmente aceita na administração dos negócios
e na maioria das outras áreas profissionais, afirma que a lógica formal assim
fornece, por si mesma, a melhor situação possível para qualquer problema. O
raciocínio lógico e reducionista é a chave.

Segunda Fase

* Competência Emocional

Assim como o preparo físico produz força, a resistência e a flexibilidade


do corpo; a competência emocional produz as correspondentes qualidades do
coração. Ela nos permite pôr em prática as habilidades da alfabetização
emocional, desenvolvendo maior autenticidade e credibilidade. É também por
meio da competência emocional que o indivíduo é estimulado a expandir as
suas capacidades e quando ocorrem erros, a mais rapidamente perdoar a si
mesmo e também ao próximo. A competência emocional promove o
entusiasmo, a capacidade de recuperação e a construtiva “agressividade” em
face aos desafios e mudanças, e isso contribui para o que é conhecido como
resistência, a adaptabilidade mental e emocional para lidar com as pressões e
problemas de um modo mais saudável, aberto e honesto.

É por meio da competência emocional que começa a clarificar o próprio


caráter e valores fundamentais e os sentimentos que animam e orientam.
Nessa segunda fase da Inteligência Emocional, começa então a clarificar e a
forjar a sua presença única, seu lugar autêntico no campo mais amplo da vida e
do trabalho.
34
Presença Autêntica

Ultimamente a autenticidade tornou-se uma qualidade admirada e


almejada entre líderes e administradores de empresa. A presença autêntica
esta relacionada à competência emocional, por meio do qual leva o indivíduo
que há de melhor nele mesmo, levando-o a ouvir e dialogar estabelecendo
bases para a construção da confiança e uma abertura para a mudança e o risco
criativo.

É por meio da presença autêntica que podemos responder mais


prontamente aos desafios, com o coração aberto e curiosidade, o que encoraja
a questionar e aplicar o que se aprende e o que ainda falta aprender.

Raio de Confiança

A palavra confiança é definida como “absoluta segurança na honestidade


de si mesmo e do outro”. Nas interações de um indivíduo com o outro, a
confiança e a credibilidade são quase sinônimos. O indivíduo precisa de ambas,
uma não funciona sem a outra. O que poucos gerentes compreendem é que a
intuição, o contato emocional, a influência e a credibilidade são todos
processados em áreas pré-conscientes do cérebro. A confiança tem também
mostrado ser o mais importante indício de uma satisfação profissional individual
com a empresa em que se trabalha. A confiança se constrói e se mantém sobre
uma honesta e apropriada base de transparência, autenticidade e credibilidade.
É evidente que a confiança nos negócios depende, antes de tudo, de
estabelecer contato emocional com o ouvinte.

A confiança é a base a partir do qual começa-se a valorizar mais


completamente as possibilidades criativas da diversidade e do conflito humano.
Quanto maior for o raio de confiança, maiores serão as chances de se ter
sucesso em meio às exigências atuais da vida no trabalho. É aperfeiçoando
este aspecto da competência emocional que o individuo terá a oportunidade de
35
prosseguir e progredir a despeito dos desentendimentos e conflitos do
cotidiano.

Insatisfação Construtiva

Por sua natureza totalmente desordenada, insatisfação pode revelar-se


um celeiro de idéias e oportunidades criativas para o estabelecimento de uma
ligação e uma confiança profunda. Ao mesmo tempo, ela é uma das mais
seguras pontes de acesso para aquelas frustrações humanas que se ignoradas
e não resolvidas, quase sempre bloqueiam ou solapam o sucesso. Aprender a
valorizar a insatisfação em vez de critica-la ou temê-la, pode beneficiar de
várias formas a carreira do indivíduo, o cliente e a empresa.

Para tirar proveito da insatisfação construtiva é preciso prática. A


insatisfação construtiva é uma dimensão da competência emocional que se
torna mais forte e mais valiosa à medida que vai sendo regularmente usada. Há
alguns processos para desenvolver esse aspecto da Inteligência Emocional nos
negócios:

• Use o poder do arrastamento – o arrastamento é um processo


pelo qual os ritmos da voz e da emoção são levados a um
equilíbrio produtivo do outro;

• Permaneça atento quando as coisas parecerem “esquentarem”;

• Capte o QE de todo grupo – tomar conhecimento daquilo que os


outros pensam ou sentem;

• Saber ouvir atentamente para aumentar o entendimento e as


oportunidades;

• Descobrir possibilidades de cooperação;

• Acompanhar os resultados;

• Lidar produtivamente com a raiva.


36
Capacidade de Recuperação e de Renovação

A estratégia de renovação é o equilíbrio que não foram apenas


incorporados ao pensamento corporativo, elas tornaram-se fontes de vantagem
competitiva. Organizações líderes já reconheceram que o trabalho e a família,
não são fenômenos separados. Eles se relacionam em geral profundamente.
Considerações sobre família e individuo devem ser incluídas na definição do
cargo, nos processos do trabalho e nas estruturas organizacionais.

Quando o indivíduo amplia e aprofunda o senso de equilíbrio entre o


trabalho e o lar, constrói para si mesmo uma base a partir do qual poderá se
relacionar e se adaptar, não somente a seu próprio crescimento, mas a seu
futuro. É por meio da competência emocional que as pessoas fortalecem os
espíritos e condicionam a essência sensorial do coração a estender um senso
de cuidado e apoio aos outros.

Terceira Fase

* Profundidade Emocional

Sempre que a pessoa vive ou trabalha em nível emocional superficial,


as coisas podem parecer relativamente fácies ou confortáveis, mas não há uma
base nisso. E de um modo ou de outro, acaba-se por sentir-se vazio e perdido.
A Inteligência Emocional não pode desenvolver-se e se expandir sem a
profundidade emocional.

Quando o indivíduo vive de acordo com as profundezas do coração, o


mesmo cumpre a sua palavra, ouve a sua consciência e não hesita em tomar
uma posição.Sua voz soa verdadeiramente e é ouvida. É através da
profundidade emocional que se começa a descobrir o potencial único que
desafia o destino e conduz a realização do propósito da vida levando-o a
comprometer-se com ele.

Potencial e Propósito Único


37
Trata-se de algo raramente reconhecido ou explorado pelas empresas.
Na verdade, é em geral completamente ignorado. Um propósito é bem mais que
uma boa idéia, é um caminho carregado de emoção no trabalho e na vida, que
proporciona orientação e direção. É um lócus interno de consciência e
orientação que o define com base no que o indivíduo e é com que mais se
importa, e não com base onde o mesmo se encontra no momento. O propósito
não é uma estratégia ou uma meta, embora seja um poderoso fator de atração
de importantes estratégias e fins, é um objetivo fundamental da existência, de
você mesmo e da organização.

Compromisso Emocional

A emoção desperta e motiva ao comprometimento. Esse impulso interno


é essencial para implementação bem-sucedida de qualquer tipo de inteligência
ou estratégia. O compromisso emocional não é apenas um barômetro da
iniciativa pessoal, da responsabilidade e da contratação bem-sucedida; é
também uma das forças subjacentes que ajuda a enxergar durante tempos
difíceis.

A consciência é treinada pela reflexão pessoal e pela análise da


profundidade emocional. No entanto, sem um compromisso com a honestidade
emocional, o que algum individuo “ouve” na mente, como se fosse consciência,
não passa na verdade de racionalização. Do propósito do compromisso
emocional, surge naturalmente um forte senso de integridade. Essa
característica da profundidade emocional constitui um passo alto de seu caráter
e é essencial para o amor próprio e para a credibilidade nos negócios e na vida.

Integridade Aplicada

Muitos dizem que a integridade e a ética têm muitas vezes que ficar em
um plano secundário ao da convivência e dos lucros. Outros ainda sustentam
que o propósito de liderança não é ouvir ou servir, mas conseguir poder e
privilegio. Porém isto é um engano. No trabalho, a integridade requer o
38
compromisso com o diálogo e avaliação, do que é certo e do que é errado e
não pelos hábitos adquiridos pela repetição.

A integridade pode ser vista como um aprofundamento e uma expansão


da honestidade emocional. A integridade funciona não é apenas uma boa idéia,
é um processo irresistível que vem do âmago e se baseia em seu próprio
repertorio de princípios operacionais em vez de constituir um rígido código de
comportamento. Há três características essenciais para a integridade aplicada:

• Discernir o certo do errado;

• Agir com base no que se discerniu;

• Dizer abertamente que se está agindo de acordo com uma


compreensão pessoal de certo e errado.

Logo coloca-la em prática requer percepção, intuição e consciência


agudas, sustentadas pela constante reflexão.

Influência sem Autoridade

Por mais de dois séculos, a administração tradicional concentrou-se


basicamente na análise, no poder externo e na racionalidade técnica. Do
mesmo modo que os sistemas biológicos, muitas empresas hoje descobrem
que as fronteiras tradicionais dos setores estão ficando pouco claras, em alguns
casos, ou em outros, desaparecendo. Executivos e gerentes encontra-se em
uma luta para abranger e desempenhar papeis diferentes e múltiplos no
relacionamento de uns com os outros, de pessoa para pessoa e de uma
empresa para outra.

A época da inteligência administrativa que passou, era dominada pela


física, por um modelo matemático que tratava tudo como se fosse inanimado e
seqüencial. O novo modelo de inteligência administrativa utiliza modelos
biológicos, que tratam pessoas, os mercados, as idéias e as organizações
como singulares e vivas, e inerentemente capazes de mudanças, interação,
39
sinergia e crescimento. Em muitos casos, as pessoas afinadas com a
informação intuitiva e as dicas da Inteligência Emocional descobrirão que têm
mais influência que as outras sob pressão do tempo no atual ambiente de
trabalho.

Quarta Fase

* Alquimia Emocional

Alquimia é definida como “qualquer poder ou processo de transmutar


uma substância comum, tida como pouco valor, em algo de muito valor”. Ao
elevar o nível de consciência e aplicar de modo intuitivo a Inteligência
Emocional, o indivíduo torna-se, com efeito, um alquimista. Pois descobre a
maneira de sentir, ajustar e alinhar as freqüências emocionais, ou ressonâncias,
variáveis que a pessoa sente em si mesmo e nos outros, em vez de repelir ou
resistir a elas automaticamente.Aprende-se a utilizar os pensamentos mais
íntimos, as aspirações, o entusiasmo e as insatisfações sentidas no fundo do
coração e outras energias emocionais como catalisadores da mudança e do
crescimento ou até mesmo como poderosos antídotos contra a rigidez e a
estagnação, nas organizações. É a partir daí que se começa a experimentar
uma das conseqüências básicas da alquimia emocional.

O Fluxo Intuitivo

Na natureza inconstante do trabalho, centenas de discussões o individuo


muitas vezes recorre a algum tipo de sexto sentido para conduzi-lo ao lugar
exato onde deve agir. Esse sexto sentido é o fluxo intuitivo. Quase todas as
pessoas já o experimentaram uma vez ou outra quando se chega ao ápice do
desempenho ou ultrapassam-se os limites, seja na arte, na literatura, na
música, nos esportes, na liderança ou ao perseguir objetivos muito almejados
nos estudos, nos relacionamentos ou nos negócios. Este fluxo não é algo que
possa ligar e desligar. Com a prática ele se torna tanto natural como contínuo,
permitindo que se administre o desafio. Em essência o fluxo intuitivo permite os
40
sentidos pessoais orientem o indivíduo, em vez de tentar controlar ou forçar que
isso aconteça.

Deslocamento Reflexivo no Tempo

O deslocamento reflexivo no tempo consiste na capacidade de sentir em


profundidade um momento específico do tempo e em perceber de maneira
intuitiva as correlações e os sentimentos evocados durante esse tempo. É
considerada também uma dimensão da alquimia emocional porque lhe permite
enfrentar as mesmas coisas que enfrentam os outros, mas com instintos mais
apurados ou maior comprometimento ou envolvimento criativo, e assim a reagir
de modo diferente, mais judicioso e inovador, porque os sentimentos não
estarão paralisados do tempo.

O indivíduo que desenvolve o deslocamento reflexivo do tempo, começa


a desenvolver uma excepcional tolerância a ambigüidade e pode deixar as
coisas em processo ou em jogo, para usar uma expressão criativa. Alcançará
ainda os objetivos de forma muito eficaz. Ao fazer isso, poderá ficar mais
receptivo e imaginativo por mais tempo que os concorrentes. E incentivará os
outros de maneira ativa a obterem essas capacidades.

Sentir as Oportunidades

Sentir as oportunidades significa estender sua consciência o mais longe


no futuro quanto puder mediante o uso dos cinco sentidos tradicionais, com a
incorporação do sexto sentido (Intuitivo), juntamente com todas as outras
dimensões da percepção e inteligência humana que se encontram ao alça do
indivíduo. Desse modo o mesmo permanece atento com relação ao presente,
mas consegue sentir além dele. O sexto sentido (o da intuição) desempenha
um papel essencial para ampliar o acesso a esse campo de possibilidades que
se encontra além das rotas e rotinas óbvia que preenchem a vida diária.
41
Para elevar e expandir a capacidade intuitiva e emocional e para que o
indivíduo possa sentir as possibilidades e oportunidades algumas
considerações devem ser levadas em consideração:

• Fazer questão de ser surpreendido por algo novo todos os dias;

• Manter um “diário de possibilidades”;

• Remover travas mentais que inibem o processo criativo;

• Diversificar a abordagem;

• Imaginar suas bênçãos.

A Construção do Futuro

O crescimento é o singular processo que une sentimentos, pensamentos,


ações e energias de todo ser vivo. Nas empresas quando lideres e gerentes
pedem que as pessoas mudem e se tornem mais criativas isso pode soar como
uma boa idéia. Cabe a Inteligência Emocional engajar-se no processo de
mudança conhecido como transformação criativa. Ela é superior quanto ao
alcance, distinta do passado e quase sempre irreversível. A jornada não segue
pressupostos, ou linha definida, do planejamento racional. Ela envolve o risco
de aventurar em território desconhecido e pode exigir que se abra mão da maior
parte, e às vezes de todo o controle. Ela constrói a profundidade do caráter e o
dirige com força total pelas interseções arriscadas da mudança, do destino e do
futuro desconhecido.

Um obstáculo não pode ser considerado o fim da linha, pois o mesmo


muitas vezes serve para revelar uma oportunidade que levam a outras
oportunidades, e levantam questões do que parecia impossível, testando a
capacidade adaptação emocional e a capacidade de iniciativa de todos os
envolvidos e terminando por finalmente revelar uma série de modos para lidar
com problemas semelhantes, serve também para despertar idéias de como
adaptar um produto para um setor totalmente novo no mercado.
42
É através do bom humor e do entusiasmo, bem como as dificuldades, as
dúvidas e a coragem de mudar que o indivíduo tem a chance de aprender com
as experiências da vida e interagir com elas de modo que possa crescer e
aprender, ouvir e liderar e viver com espírito criativo.

2.2 O Cérebro Emocional

Goleman (2002) traz um relato sobre o desenvolvimento da emoção e


intelecto no cérebro, explicando a finalidade e importância de cada parte do
mesmo para o desenvolvimento da emoção.

Os sistemas neurais responsáveis pelo intelécto e pelas emoções são


separados, porém pode-se anatomicamente dizer que são intimamente ligados.
Esses circuitos cerebrais que entrelaçam pensamento e sentimento constituem
a base neural da liderança primal. Assim apesar do grande valor que a cultura
corporativa em geral atribui ao intelécto privado de emoções, estas são mais
poderosas que o próprio. Como exemplo citado por Goleman (2002); em
momentos de emergência, são os centros emocionais, chamados o cérebro
límbico*, que comandam o resto do cérebro.

A emoção tem uma grande importância, elas são consideradas cruciais


para a sobrevivência do indivíduo, através delas o cérebro chama a atenção
para algo urgente e oferece um plano para a ação imediata.

* Cérebro Límbico: é a unidade cerebral responsável pelas emoções.

O cérebro intelectual evolui a partir do cérebro límbico e continua


obedecendo as ordens que daí emanam quando se detecta alguma ameaça ou
o indivíduo encontra-se sobre pressão. O que deflagra essas emoções são as
amídalas*, uma estrutura límbica que analisa o que acontece momento a
momento, sempre pronta em alerta a alguma emergência. Tornando-se o radar.
43
Os impulsos emocionais percorrem um extenso circuito, que vão das
amídalas até a área pré-frontal do cérebro, logo atrás da testa – no centro
executivo do cérebro -. É ela que recebe e analisa as informações de todas as
partes do cérebro, para então decidir o que fazer. Sem essa censura, o
resultado seria um seqüestro emocional, em que o impulso das amídalas é
levado a cabo.

O diálogo entre os neurônios nos centros emocionais e nas áreas pré-


frontais ocorre mediante uma “via expressa” neurológica, que ajuda a orquestrar
pensamentos e sentimentos. As competências da Inteligência Emocional, tão
vitais para o desenvolvimento da empresa – gestores, líderes e chão de fábrica
– dependem do perfeito funcionamento do circuito límbico / pré-frontal, ou seja,
do cérebro emocional.

2.3 Liderança e a Inteligência Emocional

Os líderes atuais, já apontam na direção da Inteligência Emocional, eles


aumentam o respeito e a confiança. Permanecem abertos, curiosos, solidários e
aprendendo continuamente, em face da resistência e da crítica, uma crítica
hábil pode ser umas das mais proveitosas mensagens que um líder pode
enviar, muitos líderes são demasiadamente críticos, mas econômicos nos
elogios, deixando os funcionários com a sensação de que só se tem
conhecimento da avaliação de seu trabalho quando cometem erros.

* Amídalas: é o centro identificador de perigo, gerando medo e ansiedade.

Acolhe de boa vontade a disputa como um estímulo à qualidade e


inovação. Por causa disso muitos líderes estão explorando várias maneiras de
legitimar o conflito como uma parte natural e saudável da cultura empresarial.
Por isso têm feito questão de estimular as características que desenvolvem no
indivíduo a Inteligência Emocional.
44
Não há nenhum modo de ser um líder eficaz hoje em dia sem a
compreensão clara da diversificada rede que os cercam. Isso significa conhecer
talentos únicos e a verdadeira preocupação de todas as pessoais relevantes
envolvidas no processo de trabalho. Significa compreender as diferentes
perspectivas de todos os indivíduos, quais são seus verdadeiros interesses e o
que o faz sentir realizado e valorizado, o que faz aflorar o espírito criativo e de
colaboração. Toda essa informação esta ligada a Inteligência Emocional.

Os líderes apresentam diferentes maneiras de dirigir uma equipe. Alguns


são reprimidos e analíticos enquanto outros são carismáticos e decididos.
Goleman em seus estudos percebeu que líderes eficazes são parecidos, pois
todos eles têm um alto nível de Inteligência Emocional. A mesma representa
uma condição essencial para a liderança. Sem ela a pessoa pode ter ótimo
treinamento, mente perspicaz e uma infinidade de qualidade, mas não chegara
a se tornar um grande líder.

A liderança precisa também de muita empatia – fator que compõe a


Inteligência Emocional - a intuição aconselha aos líderes em especial a se
importarem com as pessoas. Tratar pessoas com empatia é à base da
compaixão, do controle dos impulsos e do senso de responsabilidade pessoal.
Ao contrário do que se costuma pensar, essas emoções exigem um aguçado
senso de responsabilidade.

Para liderar, a vida exige que haja um empenho em perceber e entender


efetivamente o que os outros sentem e percebem, sob as superfícies e sob as
palavras. Saber escutar torna qualquer indivíduo uma companhia mais
agradável e um líder mais eficaz, onde seus liderados têm facilidade de aceitar
as ordens expostas, aumentar a produtividade e inovar a criatividade. O fato de
saber escutar é uma questão de prestar profunda atenção. É desse modo que
se mostra respeito pelo interlocutor e pelo diálogo em si. Esse pode ser o fato
mais significativo para alguns líderes. E aqueles que podem ser considerados
de confiança são esperançosos quanto ao futuro e estão sempre prontos a
45
ouvir levando sempre palavras de precaução. Acreditam firmemente que
sempre podem aprender algo com os outros.

A coragem de falar também é a marca de um líder, mas deve-se falar


com jeito, falar com um funcionário como se estivesse falando consigo próprio,
conquistando o respeito das pessoas. Quando os líderes falam as pessoas
devem sentir-se tão à vontade como se o mesmo estivesse em silencio. E em
seu tom de voz deve-se ouvir a ressonância emocional.

Líderes emocionalmente excepcionais lideram com gratidão, eles a


expressam em primeiro lugar porque percebem que essa é a maneira essencial
de melhorar a vida organizacional e sabem que o sentimento de apreciação
pode retornar para eles em dobro. Esse interesse pelo outro é crucial para o
dialogo autêntico. É preciso estar presente, importar-se com o outro,
compartilhar idéias. Isso é muito vantajoso no desenvolvimento das atividades
empresariais. A percepção emocional é uma característica marcante para um
líder emocional, pois permitem que consiga ser bons ouvintes e atingir um alto
desempenho.

Outros dois fatores importantes de um líder que usa a sua Inteligência


Emocional, são o fato de encontrarem meios de parar no trabalho e saborear o
alívio de uns poucos minutos da correria e da agitação do penoso trabalho
diário. Esse é o meio de começar a ter uma revitalizada sensação de “estar em
casa” por uns poucos minutos. E, em suas melhores condições a Inteligência
Emocional refere-se a influência sem manipulação sem autoridade. Diz respeito
a perceber, aprender, relacionar-se, inovar, priorizar e agir a valência
emocional, em vez de depender somente da lógica do intelecto ou da analise
técnica. É a ressonância entre líderes e liderados.

Porém há muitos líderes que ainda não perceberam em sua plenitude a


natureza de seu papel de formadores de valores, de guias e receptores da
Inteligência Emocional, ou de que eles podem tomar consciência dessa
ressonância e orientá-la. Não percebem o quanto de perto são observados
46
pelos seus liderados, mesmo de longe e como os mínimos detalhes de seu
discurso, gestos e comportamento diário são notados, sentidos, interpretados e
lembrados por quase todos com quem ele têm contato. E como todos tem
Inteligência Emocional, basta somente saber desenvolve-la, cabe também aos
líderes passar essa informação e ser referência na empresa em que trabalha,
passando assim para os que o cercam a importância de também ser inteligente
emocionalmente.

Os líderes que vêm usando a Inteligência Emocional em sua liderança


tem como resultado o maior controle sobre o planejamento e a previsão de
bons resultados. Continuam explorando com positividade o funcionamento do
diálogo e da influência, da antecipação de oportunidades e das mudanças, as
iniciativas abrangentes da responsabilidade e do propósito compartilhado.
Esses líderes compreenderam que as ondas de Inteligência Emocional criativa
e prática têm uma ressonância que exerce uma influência contínua em todas as
direções, do “eu” (líder) para o mundo exterior e do sistema de que o indivíduo
faz parte de volta para ele.

3 – INTELIGÊNCIA EMOCIONAL – UMA NOVA


FORMA DE ADMINISTRAR
3.1 – Inteligência Emocional – Uma Nova Frente de
Trabalho
47
A Inteligência Emocional é encarada nos tempos atuais pelos líderes de
organização como fator básico para melhoria do homem, aumentando
principalmente a produtividade do indivíduo.

Grandes e pequenas empresas de diferentes ramos estão investindo no


desenvolvimento da Inteligência Emocional. Os fatores de sucesso de uma
empresa e de seus membros não são mais os mesmos de alguns anos atrás e
nem serão os mesmos do próximo ano. Logo se faz necessário que todos
estejam em contínuo desenvolvimento. No entanto o que fará a diferença e
traçará o rumo de uma empresa, será a existência de profissionais bem
preparados emocionalmente e motivados que nela atuam.

A Inteligência Emocional amplia as capacidades do indivíduo permitindo


o entendimento e a aplicação eficaz de suas emoções que conseqüentemente
acabam se transformando em orientação, autocontrole, autogerenciamento e
autenticidade, automotivação, entusiasmo, a flexibilidade e a iniciativa na
resolução de problemas com os clientes. Pode-se aprender a lhe dar mais
eficiente com conflitos, desenvolvendo o autocontrole na expressão das
emoções mantendo o otimismo e o bom humor. O funcionário torna-se mais
assertivo e perseverante apesar das adversidades, aumentando a empatia, o
comprometimento e a cooperação, para encontrar estratégias de
relacionamento mais produtivo alcançando a excelência no atendimento ao
cliente.

Um aspecto muito importante, que tem feito com que gestores contratem
pessoas e invista na Inteligência Emocional, é devido ao fato desta inteligência
ajudar o funcionário a controlar seus impulsos. Fazendo com que esses não
alterem tanto o seu tom de voz e não usem a violência verbal e até mesmo
física, criando situações negativas e comprometedoras. E diante de um
eventual problema de qualquer ordem o funcionário emocionalmente maduro,
manterá na maioria dos casos o otimismo e a calma, confiando em seu
potencial, não permitindo que o estresse domine a situação.
48
A empresa que possui profissionais que desenvolvem a Inteligência
Emocional traz consigo questões que fazem com que a organização tenha um
diferencial muito grande no que diz respeito a:

• Tomada de decisão;

• Liderança;

• Capacidade de iniciativa;

• Comunicação;

• Criatividade,

• Inovação;

• Comunicação;

• Relacionamento na base da confiança;

• Compromisso;

• Lealdade;

• Responsabilidade;

• Gestão de mudança;

• Inovações estratégicas e técnicas.

Goleman (1999) esclarece que “quando o individuo esta engajado de


forma positiva num desafio, seu cérebro fica banhado por catecolaminas e
químicas que induzem o cérebro a se manter em alerta e interessado, até
mesmo fascinado com energia pra um esforço contínuo. A motivação intensa é
literalmente uma enxurrada de adrenalina”.

Segundo Cooper (1997), se não há Inteligência Emocional sempre que o


estresse surge, o cérebro humano liga o piloto automático e tem uma tendência
inerte para continuar fazendo a mesma coisa de modo mais intenso. E isso, é
49
na maioria das vezes exatamente o que não se deve fazer na vida profissional
de hoje.

A Inteligência Emocional pode trazer tudo o que uma empresa sempre


correu atrás: bons negócios, lucros e economia dos gastos.Mas este processo
não se desenvolve de forma milagrosa por que para ser desenvolvida e
absorvida, requer tempo. Porém o resultado é sempre positivo. As aptidões
básicas da Inteligência Emocional serão cada vez mais importantes nos
trabalhos em equipe, na cooperação e na ajuda às pessoas, tudo para que
aprendam juntas como trabalhar com mais eficiência. À medida que os serviços
baseados no conhecimento emocional se tornam fundamentais para a empresa,
melhora a maneira, a relação interpessoal e reflete positivamente na produção.
O que faz uma crítica à diferença competitiva. Devido à competitividade
acerrada, as empresas da atualidade têm investido muito na área tecnológica,
mas o que tem sido marco no diferencial para que a organização se torne líder
em seu ramo, é a existência de profissionais bem desenvolvidos
emocionalmente.

A Inteligência Emocional é a base para criar uma equipe que trabalha


com a mente e o coração, uma equipe familiarizada com o sentimento de
sucesso e valor, que se identifica totalmente com a empresa a que pertence e a
desenvolve. A falta desta inteligência nos funcionários e nos gestores da
empresa pode ser fatal para qualquer empresa. Promove-la é a única forma de
assegurar um lugar entre as organizações que em pouco tempo terão não
somente os funcionários mais qualificados, mas os que utilizam esta
qualificação no seu desenvolvimento profissional e no da empresa.

Esta nova visão empresarial faz com que o funcionário tenha mais
oportunidade de demonstrar seus sentimentos, por que na realidade a maioria
dos indivíduos que se encontram seguros e têm apoio, sabendo que poderá ser
compreendido quando for expor sua idéia ou tarefa desenvolvida e não ser
50
criticado de forma punitiva tem facilidade em aceitar ordens e desenvolver seu
trabalho.

Antigamente as empresas não permitiam que seus funcionários


levassem até a mesma seus problemas pessoais que tanto os afligiam, até
mesmo os Assistentes Sociais e Psicólogos não eram para esse tipo de tarefas,
e sim para resolveram somente problemas relacionados aos Recursos
Humanos da Empresa. Hoje com a implantação da Inteligência Emocional,
passou a existir um canal mais aberto de integração (funcionário / empresa),
onde o papel da empresa é o de ajudar o funcionário a alcançar seu bem estar.
Tendo como resultado a melhor uma produção mais eficiente e eficaz. Com isso
a empresa vem conquistando a cada dia que passa seus funcionários, criando
um bom clima organizacional e conseqüentemente uma organização produtiva.

3.2 – Como Crescer Profissionalmente Usando a


Inteligência Emocional

Para se tornar um profissional que evolui com certa freqüência na


empresa em que trabalha, o primordial é que se sinta bem com aquilo que
realiza, pois a Inteligência Emocional pode aprimorar esta as atividades
aumentando a necessidade de buscar uma melhor posição na organização e
melhor desempenhar suas funções. Quando o profissional desenvolve a
inteligência Emocional, muda à forma da energia laboral, modificando também a
maneira de trabalhar, viver e se relacionar.

Mais do que nunca a empatia, iniciativa, capacidade de trabalho em


equipe, flexibilidade e liderança são qualidade que fazem parte da Inteligência
Emocional e que são fundamentais no currículo de um profissional que almeja
estar se destacando entre os melhores e mais reconhecidos. Faz-se necessário
também desenvolver certas habilidades como motivar a si mesmo e persistir
mediante as frustrações, isso ajuda o profissional a conseguir engajar-se aos
51
objetivos comuns da empresa. Como foi visto no subcapítulo anterior as
empresas têm dado muito valor e importância aos profissionais que usam a sua
Inteligência Emocional.

Nos anos recentes, o conceito de Inteligência Emocional, ganhou


crescente importância no que se relaciona ao crescimento profissional.
Constatou-se que o potencial intelectual só se realiza naquelas profissionais
emocionalmente mais amadurecidas. Assim a Inteligência Emocional tem muito
a ver com a maturidade emocional, conceito tradicional e que implica
essencialmente no desenvolvimento de boa tolerância a contrariedades e
frustrações, em razoável evolução moral, ou seja, na capacidade de colocar-se
no lugar de outras pessoas e não ter uma visão unicamente egocêntrica dos
fatos, no domínio sobre as emoções de natureza agressiva, em ter serenidade
para esperar e também em alguma competência para ficar só. Aqueles que não
conquistarem esse domínio sobre si mesmos também não tem uma adequada
capacidade de se relacionar com as outras pessoas. Todo indivíduo que
domina sua emoção é capaz de ir em frente com as mudanças sem entrarem
em pânico.

Na hora da contratação as empresas estão observando muito além da


experiência e qualificação profissional. Muitos gestores estão levando em
consideração, através das entrevistas e testes se o candidato terá bom
relacionamento interpessoal no trabalho. A Inteligência Emocional é um
conjunto de características que influenciam no comportamento, pois permite
que o indivíduo pense mais antes de agir, analise com calma os problemas de
comportamento e o mais importante tenha plena confiança na própria
capacidade de desenvolvimento. Para um melhor desenvolvimento profissional,
não basta somente saber o deve fazer no trabalho e sim se faz necessário estar
preparado emocionalmente. Não se trata de escolher entre a razão e a emoção
e sim saber uni-las e aproveita-las.
52
A Inteligência Emocional é a inteligência do século XXI, todos a possuem
basta desperta-la e desenvolve-la, ela só existe quando é exercida. Pode ser
considerada como a vantagem competitiva do indivíduo.

CONCLUSÃO
A Inteligência Emocional pode provocar na vida das empresas e da
sociedade em geral, um ambiente mais humano, produtivo, cooperativo, com
53
pessoas mais felizes e realizadas. Aplicada nas empresas dos mais diferentes
ramos no mercado, pode-se observar uma preocupação com o diferencial
competitivo. Nos ambientes empresariais sadios, não apenas para que viva em
harmonia, mas porque pessoas felizes são as que produzem com maior
qualidade e quantidade. O objetivo de uma empresa atualmente é mais do que
conseguir satisfação de seus consumidores. O desafio é conquistar fidelidade,
perpetuando o negócio. Dessa forma, coisas como a credibilidade, confiança e
respeito emocional são elementos que definitivamente influenciarão nos
resultados empresariais.

Pode-se concluir que a Inteligência Emocional faz parte do indivíduo


desde que o mesmo nasce, mas para poder ser competente nesta área deve-se
verificar alguns estímulos que atuam diretamente como: ambiente familiar, na
escola, sociedade, empresa, padrão de conduta e aprender a conhecer a
energia que o envolve. A Inteligência Emocional traz um poder vibracional
positivo onde flui com respeito. Pode não parecer, mas esta inteligência é uma
grande aliada a razão.

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
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