Sunteți pe pagina 1din 9

Psicologia Escolar e Educacional, 2003 Volume 7 Número 1 11-19

TEORIAS DEAPRENDIZAGEM E O ENSINO/APRENDIZAGEM DAS CIÊNCIAS: DA


INSTRUÇÃO ÀAPRENDIZAGEM
Clara Vasconcelos 1
João Félix Praia 2
Leandro S. Almeida 3

Resumo

Uma preocupação sempre presente da investigação na área da Psicologia Educacional, é a da compreensão do processo de aprendizagem do
aluno, nomeadamente em contexto formal de ensino. Nessa linha, o ensino das ciências recorre a essa área de conhecimento para fundamentar
teoricamente concepções e práticas de ensino/aprendizagem, no contexto e ecologia de sala de aula específicos. Neste artigo apresenta-se o
contributo das diversas teorias de aprendizagem no processo de ensino/aprendizagem das ciências, especificando a influência de algumas delas nas
perspectivas de ensino que foram sendo evolutivamente assumidas. Desse modo, inicia-se uma descrição histórica, referindo perspectivas de ensino
apoiadas na vertente behaviorista e termina-se a sua abordagem referindo teorias cognitivo-construtivistas, que deram lugar a perspectivas de
ensino voltadas para o papel do aluno, como sujeito ativo na construção do conhecimento, e para o reconhecimento do valor meramente
instrumental dos conteúdos curriculares.
Palavras chave: Ensino; Aprendizagem; Construção do conhecimento.

THEORY OF LEARNING AND THE TEACHING-LEARNING OF SCIENCES - FROM INSTRUCTION TO


APPRENTICESHIP
Abstract

It is always a concern for research in the area of Educational Psychology, to understand the process of learning of the student, namely in a
formal context of teaching. In this sense, the teaching of Sciences uses this area of knowledge in an attempt to ground theoretically conceptions
of teaching/learning. Here, the authors attempt to underline the contribution of the learning theories in the process of learning/teaching of
Sciences, specifying their influence in the perspectives of teaching that have been previously assumed. In this way, an historical description is
started, referring perspectives of teaching supported in the behaviourist approach, and finish by referring cognitive-constructive theories that gave
rise to teaching perspectives more focussed on the role of the student in the construction of knowledge, and for the recognition of the innate
instrumental value of the curricular subjects.
Key words: Learning; Teaching-learning; Construction of knowledge.

INTRODUÇÃO
Todos aprendemos sem nos preocuparmos verda- conforme salienta Bigge (1977) “o homem não só quis
deiramente com a natureza desse processo e todos en- aprender como também, frequentemente, sua curiosi-
sinamos sem buscarmos um suporte teórico explicativo dade o impeliu a tentar aprender como se aprende”
do processo de ensino-aprendizagem. Como professo- (p.3), são diversas e acompanharam de perto a evolu-
res temos alguns referenciais explicativos e, também, ção observada na Psicologia e na Educação em Ciênci-
de forma implícita ou explícita, orientamos a nossa prá- as. Assim, apresentamos ao longo deste artigo diversas
tica por tais referenciais. De qualquer modo, as teorias teorias de ensino-aprendizagem, reportando-nos sem-
de aprendizagem, tendo surgido, possivelmente, porque pre que possível ao ensino-aprendizagem nas ciências,

1
Centro/Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
2
Centro/Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
3
Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho.
12 Clara Vasconcelos, João Félix Praia e Leandro S. Almeida
iniciando pela teoria do Ensino por Transmissão, pers- apenas acumula saberes que deverá ser capaz de repe-
pectiva fortemente marcada pelas teorias behavioristas tir fielmente. Assim sendo, Cachapuz, Praia e Jorge
da aprendizagem. Após referirmos a influência de auto- (2000) observam “quase tudo se reduz ao professor in-
res como Gagné (1975) ou Bandura (1977), que manti- jectar nos alunos as ‘matérias’ que centralmente são
veram latente a influencia comportamentalista, referir- definidas e obrigatórias dar ao longo do ano, importando
mos a Aprendizagem por Descoberta e a Aprendiza- sobretudo os resultados finais obtidos pelos alunos nos
gem por Mudança Conceptual. Por último, menciona- testes sumativos - afinal quem mais ordena – enquanto
mos o Ensino por Pesquisa, processo fortemente mar- produtos acabados e que são os elementos principais
cado pelo cognitivismo-construtivismo que realça o pa- para a atribuição de uma classificação. Cumprir o pro-
pel do aluno como construtor do conhecimento, movido grama e preparar para os exames é compreendido como
pela curiosidade, descoberta e resolução de problemas. aprender o programa” ( p.7).
Esta perspectiva de ensino é referida como a mais ac- Enfatiza-se, aqui, o papel do professor, relegando-se
tual ao nível da didática das ciências e, implicitamente, para segundo plano a intervenção do aluno no seu pró-
aquela que deverá ser mais valorizada na formação dos prio processo de aprendizagem. Se um aluno sabe falar
professores. e escrever numa dada área, subentende-se, então, que
Com este artigo pretendemos listar este conjunto de compreendeu a matéria dessa área de conhecimento.
perspectivas de análise e definição de processos de ensi- A valorização do aluno como transformador dessa in-
no-aprendizagem, sobretudo quando este processo ocor- formação não aparece suficientemente representada
re nos contextos formais escolares. Sem pretendermos nesta abordagem
ser exaustivos e profundos no conjunto de tais perspecti- Do exposto, depreende-se que alguns princípios e
vas, procuramos, no entanto, salientar algumas implica- práticas educativas para a escola foram elaborados de
ções práticas e assumir as vantagens de uma abordagem acordo com os pressupostos behavioristas. Falamos,
que reconhece o aluno como tendo um papel ativo e cen- então, das teorias behavioristas da aprendizagem es-
tral nas aprendizagens, entendidas como co-construções colar, tendo como objetivo principal alcançar comporta-
progressivas de conhecimento e destrezas. mentos apropriados por parte dos alunos, basicamente
As teorias de aprendizagem e o ensino-aprendiza- entendidos como apropriação e modificação de respos-
gem das ciências tas. Assim, se a resposta emitida for desejada haverá
A Aprendizagem por Transmissão (APT) pode as- reforço, cuja natureza dependerá, necessariamente, do
sociar-se às perspectivas behavioristas ou nível etário e do esforço dos alunos, por exemplo. Acre-
comportamentais da aprendizagem. O ensino por trans- dita-se que a ineficácia do ensino tradicional foi o fato
missão tem o seu fulcro nas exposições orais do profes- dos professores não usarem contingências de reforço
sor, que transmite as ideias (estímulos) aos alunos, isto que acelerassem a aprendizagem (Skinner apud Bigge,
é, “...o professor ‘dá a lição’, imprime-a em arquivadores 1997).
do conhecimentos e pede, em troca, que os alunos usem Algumas dificuldades são apontadas a esta teoria.
a sua atividade mental para acumular, armazenar e re- Numa concepção behaviorista de aprendizagem, o alu-
produzir informações” (Santos & Praia, 1992 p.13). no é passivo, acrítico e mero reprodutor de informação
Nessa lógica instrucional de organizar o ensino, o aluno e tarefas. O aluno não desenvolve a sua criatividade e,
tem um papel cognitivo passivo, sendo encarado como embora se possam respeitar os ritmos individuais, não
um mero receptáculo de informações que, mais tarde, se dá suficiente relevo à sua curiosidade e motivação
serão úteis para a vida. Para além do professor usar intrínsecas. O aluno pode, inclusive, correr o risco de se
técnicas que salientem novas informações e informa- tornar apático, porque excessivamente dependente do
ções mais corretas, deverá recorrer também ao refor- professor. Por outro lado, não há preocupação em ensi-
ço, preferencialmente a reforços diretos e imediatos, nar a pensar. O ensino realça o saber fazer ou a aqui-
tendo em vista produzir mudanças comportamentais dos sição e manutenção de respostas. A aula deve ser
alunos e a sua estabilidade. O papel tutelar do profes- centrada no professor, que controla todo o processo, dis-
sor, que exerce autoridade face aos seus conhecimen- tribui as recompensas e, eventualmente, a punição. Pre-
tos científicos, sobrepõe-se ao papel do aluno. Este, ao tende-se, acima de tudo, que haja por parte do profes-
invés de aprender, e menos ainda aprender a aprender, sor uma minuciosa exatidão na determinação do que
Teorias de aprendizagem e o ensino/aprendizagem das ciências: da instrução à aprendizagem 13
pretende ensinar, do tempo que necessita para o fazer e objetivos devem ser elaborados para cada ato de apren-
uma definição específica dos objetivos comportamentais dizagem, situação que levará a que uma unidade
que pretende obter. programática a ensinar seja constituída por objetivos ini-
A concepção de uma aprendizagem sem erros tem ciais mais simples e por objetivos terminais que envol-
na abordagem skinneriana forte defensa, senão o prin- vem capacidades mais complexas.
cipal apoio. O erro deve ser evitado, punido e exigida A teoria sócio-cognitiva de Bandura (1977) preocu-
nova resposta. A avaliação, centrada nos resultados e pa-se com a aprendizagem que tem lugar no contexto
nos objetivos não alcançados, deve permitir um feedback de uma situação social e sugere que uma parte signifi-
preciso do que ainda falta ensinar. Os exercícios de re- cativa daquilo que o sujeito aprende resulta da imitação,
petição ou de demonstrações de atividades, por vezes modelagem ou aprendizagem observacional (Cruz,
organizados e apresentados como se o aluno tivesse que 1997). Esta teoria representa uma teoria de aprendiza-
imitar, sem grandes explicações, preenchem largos es- gem com largas capacidades de adaptação e aplicação
paços do tempo da aula. Tudo, no entanto, deve encon- ao contexto escolar. Na sala de aula, a conduta do pro-
trar-se meticulosamente justificado e organizado, o que fessor ou a ação de um colega podem facilmente origi-
aliás condiz com a tradição do ensino programado nas nar uma aprendizagem modelada junto dos alunos. Nesta
escolas, como era defendido por esta abordagem. perspectiva, a aprendizagem é, essencialmente, uma
Embora atualmente sejam as perspectivas cognitivo- atividade de processamento de informação, permitindo
construtivista as que mais influenciam as concepções que condutas e eventos ambientais sejam transforma-
de ensino-aprendizagem nas ciências, ainda surgem al- dos em representações simbólicas que servem como
gumas formas “mascaradas” dessa pedagogia guias de ação (Bandura, 1986). Enquanto processamento
transmissiva (Praia & Marques, 1997). Por outro lado, de informação, a modelagem não corresponde nem a
e porque os pressupostos cognitivistas não são, de todo, uma simples imitação, nem a uma mera identificação do
incompatíveis com os neobehavioristas, são vários os observador com o modelo. Embora esse processo de
autores que apresentam abordagens mistas, quer a ní- aprendizagem não requeira o prêmio ou o castigo, nem
vel metodológico quer a nível teórico (Pozo, 1989). Como para o observador nem para o modelo, a teoria reco-
exemplo, destacamos a teoria social cognitiva de Bandura nhece que estes podem melhorar a aquisição e execu-
(1977), ou a sua mais recente teoria de auto-eficácia ção da performance. Se numa perspectiva behaviorista,
(Bandura, 1986), ou mesmo a teoria da instrução de o comportamento deve ser reforçado tendo em vista a
Gagné (1975, 1985). sua aquisição e manutenção, na aprendizagem modela-
Os objetivos de instrução, a que Gagné (1975) asso- da, mesmo quando reforçadas, as aprendizagens pres-
cia objetivos comportamentais (os objetivos de aprendi- supõem experiências prévias de observação. Porém,
zagem refletem alterações no comportamento dos estu- incentivos ou antecipação dos benefícios podem influ-
dantes), devem ser definidos em termos de performances enciar o sujeito, determinando quais as condutas a ob-
humanas, bem como especificar a situação em que es- servar. A expectativa de uma resposta efetiva ou de um
tas serão observadas. Operacionalmente bem definidos castigo, podem favorecer, por exemplo, o nível de aten-
e mensuráveis, tais objetivos devem ser elaborados no ção do aprendiz na ação do modelo. A antecipação dos
início do processo de instrução, pois são eles que deter- benefícios pode, ainda, permitir uma melhor retenção
minam qual o input que deve ser fornecido ao aluno. do que foi observado, dado que o sujeito fica motivado
Para o professor constituem a base da instrução e o para simbolizar e ensaiar as atividades modeladas.
suporte de verificação dos resultados de aprendizagem. Pelo exposto se depreende que as teorias de Bandura
Para o aluno servem como motivação e permitem um (1977) e de Gagné (1975) não marcaram uma clara dis-
feedback no final desse processo. A objetividade na tinção entre o aluno passivo, mero reprodutor de infor-
definição dos objetivos torna-se notória no recurso a mação, e o aluno ativo, que aprende, organiza e
verbos de ação, que facilitam a compreensão do que se reestrutura a informação recebida. Com efeito, só em
pretende observar na performance do aluno. Essa mes- meados dos anos 60-70, rejeitando a passividade do alu-
ma objetividade auxilia a clarificação do tipo de apren- no face a essa pedagogia de base memorística, de ritmo
dizagem pretendida e as condições requeridas para que uniforme e muito assente numa motivação extrínseca
estes objetivos sejam alcançados pelos alunos. Os do aluno (Santos & Praia, 1992), surgem, no ensino das

Psicologia Escolar e Educacional, 2003 Volume 7 Número 1 11-19


14 Clara Vasconcelos, João Félix Praia e Leandro S. Almeida
ciências, pressupostos de uma pedagogia ativa que re- ções piagetianas que haviam descolado o olhar para o
conhece e valoriza uma maior intervenção do aluno na aluno como sujeito de aprendizagem” (Cachapuz & cols.,
sua aprendizagem. Assim, opondo-se a um modelo pe- 2000 p.11).
dagógico dominantemente marcado, ao nível psicológi- Pelo exposto, depreende-se que a aprendizagem por
co, pela corrente neobehaviorista, surge o modelo da descoberta é um processo difícil e moroso. Será um pro-
Aprendizagem por Descoberta (APD). Este modelo irá, cesso porventura compensado, entre outros fatores,
progressivamente, “desinstalar” os referenciais teóricos porque ajuda o aluno a ter uma aprendizagem mais ba-
de uma pedagogia transmissiva reinante nas práticas dos seada na compreensão e no significado, do que na
professores. De acordo com essa teoria, defende-se uma memorização. No entanto, essa atividade que é mobili-
aprendizagem ativa, requerendo explorações e desco- zada em termos sensoriais e cinestésicos para a cons-
bertas efetivas para o alcance de uma verdadeira com- trução sistemática de ideias a partir de fatos, ignora que
preensão. As relações que as crianças descobrem a a construção ativa do conhecimento deve também ter
partir das suas próprias explorações são mais passíveis em conta a construção de idéias a partir de idéias (San-
de serem utilizadas e tendem a ser melhor retidas do tos & Praia, 1992).
que os fatos meramente memorizados. Bruner (1961) A verdadeira ênfase do aluno como construtor do
alega que a aquisição do conhecimento é menos impor- seu próprio conhecimento surge com as teorias cognitivo-
tante do que a aquisição da capacidade para descobrir o construtivistas da aprendizagem, que imprimem um
conhecimento de forma autónoma. Assim, devem os caráter determinante às concepções prévias dos alu-
professores promover uma aprendizagem pela desco- nos. Essa perspectiva cognitivo-construtivista da apren-
berta por meio de atividades exploratórias por parte dos dizagem deve-se ao modelo piagetiano e de Ausubel,
alunos. Nessa perspectiva, cabe ao professor a capaci- Novak e Hanesian (1981). Ao contrário dos
dade de lançar perguntas que despertem a curiosidade, behavioristas, esses autores preocuparam-se com o
mantenham o interesse e provoquem e desenvolvam o aprender a pensar e o aprender a aprender, e não com a
pensamento. obtenção de comportamentos observáveis. No entanto,
A abordagem da aprendizagem de Bruner (1961) já não se trata de falar nos estádios de desenvolvimento
impulsionou reformas no ensino das ciências. De sali- piagetiano com o entusiasmo dos anos 50 e 60, mas de
entar a sua concepção de currículo em espiral na aqui- responsabilizar o aluno pelo seu percurso pessoal de
sição de conceitos científicos, a retomar em anos su- aprendizagem e ajudá-lo a ser cognitiva e afetivamente
cessivos de escolaridade num crescendo de abstracção persistente (Cachapuz & cols., 2000). Comparativamen-
(Cachapuz, Praia & Jorge, no prelo a). Contudo, embo- te à teoria de Bruner (1961), a teoria de Ausubel e cols.
ra implicando o aluno no processo de aprendizagem, a (1981) dá pouca atenção à aprendizagem por descober-
APD poderá exagerar ao pretender assumir a convic- ta. Essa é importante, apenas, por ser o processo inicial
ção de que o aluno aprende por conta própria qualquer de formação de conceitos relevantes na estrutura
conteúdo científico. Se por um lado, o papel central da cognitiva. Em níveis etários baixos, a formação de con-
aprendizagem é, agora, do aluno e não do professor, por ceitos é o principal processo de aquisição de saberes,
outro lado, dá-se relevo à análise da estrutura do assun- sendo essencialmente “(...) um tipo de aprendizagem
to científico a aprender e pouco significado é atribuída por descoberta envolvendo formulação e testagem de
ao contexto da aprendizagem. Essa perspectiva de en- hipóteses” (Novak, 1981 p.59).
sino é especialmente apropriada para a aprendizagem Duas dimensões do processo de aprendizagem, re-
do método científico (como o novo conhecimento é des- lativamente independentes, são importantes na teoria de
coberto), isto é, o método torna-se útil para certos fins assimilação de Ausubel e cols. (1981): (i) o modo como
pedagógicos e em certos contextos educacionais. As- o conhecimento a ser aprendido é tornado disponível ao
sume-se que ao exercitar as capacidades processuais e aluno (por recepção ou por descoberta); e (ii) o modo
procedimentais, relativamente ao método científico, o como os alunos incorporam essa informação nas suas
aluno desenvolve o pensamento e a aprendizagem. Po- estruturas cognitivas já existentes (mecânica ou signifi-
demos referir que esse modelo resulta de “... uma cativa). Assim, segundo Ausubel e cols. (1981), há qua-
colagem de ideias de raiz empirista e indutivista a novas tro tipos básicos de aprendizagem por recepção mecâ-
ideias de índole construtivista na esteira de contribui- nica, por recepção significativa, por descoberta me-
Teorias de aprendizagem e o ensino/aprendizagem das ciências: da instrução à aprendizagem 15
cânica e por descoberta significativa. Numa primei- (Novak, 1981). Seguindo essa perspectiva, de que os
ra fase, a informação torna-se disponível ao aluno numa organizadores prévios são mais gerais, mais abstratos e
aprendizagem por recepção e/ou por descoberta. Numa mais inclusivos do que o material de aprendizagem sub-
segunda fase, se o aprendiz tenta reter a informação sequente, então, a nível de desenvolvimento e planifica-
nova, relacionando-a ao que já sabe, ocorre aprendiza- ção curricular, devem ser esses elementos mais gerais
gem significativa, se o aluno tenta meramente memori- a serem introduzidos em primeiro lugar, sendo o concei-
zar a informação nova, ocorre aprendizagem mecânica. to progressivamente diferenciado em termos de detalhe
Embora referindo estes quatro tipos de aprendiza- e especificidade.
gem, na teoria de Ausubel e cols. (1981) a ênfase é A teoria de Ausubel e cols. (1981) ocupa-se, espe-
colocada na aprendizagem significativa, ou seja, um cificamente, dos processos de ensino-aprendizagem dos
processo no qual uma nova informação é relacionada a conceitos científicos a partir dos conceitos previamente
um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do formados pelos alunos na sua vida quotidiana (Pozo,
indivíduo. Segundo Moreira e Masini (1982), a apren- 1989). A aprendizagem passa a ser encarada como um
dizagem significativa só ocorre quando o novo materi- processo interno e pessoal que implica o aluno na cons-
al, que apresenta uma estrutura lógica, interage com trução ativa do conhecimento e que progride no tempo
conceitos relevantes e inclusivos, claros e disponíveis de acordo com os interesses e capacidades de cada um.
na estrutura cognitiva. Quando conceitos relevantes não Aplicado ao ensino das ciências, o construtivismo surge
existem na estrutura cognitiva do sujeito, novas infor- como o fundamento epistemológico duma reação às re-
mações têm que ser aprendidas mecanicamente, não se formas curriculares dos anos 60 e 70, e que procura
relacionando a nova informação com os conceitos já concentrar as atenções para a individualidade do apren-
existentes. Ausubel (apud Novak, 1981) afirma: “o mais diz, para os contextos onde aprendeu e aprende, e para
importante factor isolado que influencia a aprendizagem o envolvimento social das aprendizagens (Osborne, 1996;
é o que o aprendiz já sabe. Determine isto e ensine-o de Canavarro, 1999).
acordo” (p. 9). Os modelos pedagógicos construtivistas dão especial
À medida que o sujeito adquire conhecimento em realce às construções prévias dos alunos na medida em
várias áreas de conteúdo, estas organizam-se numa es- que filtram, escolhem, decodificam e reelaboram infor-
trutura cognitiva relacionada com cada área. O melhor mação que o indivíduo recebe do meio (Santos & Praia,
modo de se obter nova informação, a partir da estrutura 1992; Duit, 1995; Almeida, 1996; Canavarro, 1999;
cognitiva, é assimilá-la como parte da estrutura existen- Cachapuz & cols., 2000). Por outras palavras, o conheci-
te por um processo de conexão. Esse processo está mento prévio ou as concepções pré-existentes orientam
envolvido no relacionamento de uma idéia nova com um os alunos na compreensão da nova informação apresen-
conceito prévio e, ao mesmo tempo, na modificação de tada pelos professores ou pelos manuais. Se as concep-
ambos, isto é, dando significado a ambos. A aprendiza- ções prévias dos alunos se articulam com a versão cien-
gem significativa só ocorre quando a informação nova tífica, ocorre apreensão conceptual, mas se entram em
é ligada a conceitos existentes, assumindo que “é neste conflito com a versão científica, ocorre, então, mudança
processo interativo entre o material recém-aprendido e conceptual. No entanto, em ambos os processos de cons-
os conceitos existentes (subsumer) que está o cerne da trução de idéias, está latente o pressuposto de que dificil-
teoria de assimilação de Ausubel” (Novak, 1981 p. 63). mente se aprende sem integrar nas redes de conheci-
Novak (1981), ao referir-se ao trabalho de Ausubel, mento anterior a nova informação (Ausubel & cols., 1980;
menciona, ainda, o conceito de organizadores prévios e Almeida, 1996; Praia, 1999). O papel do conhecimento
o seu valor para facilitar a aprendizagem. Esses funcio- prévio do sujeito é referido em estudos que envolvem dis-
nam como uma ponte cognitiva já que deveriam servir ciplinas como a física e a química (Chi, Glaser, Davies &
de ancoradouro, na estrutura cognitiva, para o novo co- Olton, 1982; Martins, 1993; Loureiro, 1993), a matemáti-
nhecimento. Se conceitos relevantes não estiverem dis- ca (Mourão, Barros, Almeida & Fernandes, 1993), e a
poníveis na estrutura cognitiva de um aluno, os biologia e a geologia (Bettencourt & Amaral, 1994; Faria
organizadores prévios serviriam para ancorar as novas & Marques, 1994). No entanto, e no que se refere a tra-
aprendizagens e levar ao desenvolvimento de um balhos publicados sobre as concepções alternativas em
subsumer que facilitasse a aprendizagem subseqüente alunos de ciências, todos os estudos efetuados nessa área

Psicologia Escolar e Educacional, 2003 Volume 7 Número 1 11-19


16 Clara Vasconcelos, João Félix Praia e Leandro S. Almeida
refletem a idéia de que a aprendizagem prévia é decisiva igualmente contribuir para o desenvolvimento pessoal e
nas novas aprendizagens, isto é, o conhecimento prévio social dos jovens (Cachapuz & cols., 2000). O ensino
do sujeito e o grau com que o pode ativar nas situações por pesquisa faz apelo a conteúdos inter e
de aprendizagem determina as suas novas aquisições transdisciplinares, cultural e educacionalmente relevan-
(Almeida, 1996). Para além do diagnóstico das concep- tes. Nesse sentido, um dos objetivos essenciais é a com-
ções alternativas, o professor tem à sua disposição ins- preensão das relações C-T-S-A (Ciência-Tecnologia-
trumentos didáticos que promovem a atividade do sujeito Sociedade-Ambiente), procurando garantir que as apren-
na organização da informação com vista à reorganização dizagens se tornem úteis aos alunos numa perspectiva
do conhecimento (Sequeira & Freitas, 1989; Praia, 1999; de ação (Canavarro, 1999; Praia, 1999). Trata-se, ago-
Cachapuz & cols., 2000; Marques & Praia, 2000; Palmero ra, de valorizar objetivos educacionais (e não meramen-
& Moreira, 2000). te instrucionais) que promovam uma avaliação forma-
Assim sendo, valorizando-se a atividade cognitiva do dora em detrimento da classificatória. Importa avaliar
sujeito e remarcando-se a importância das concepções capacidades, atitudes e valores, e não apenas os con-
prévias, surge no ensino das ciência a perspetiva do teúdos científicos sobrevalorizados no EMC. Assim, o
Ensino por Mudança Conceptual (EMC), que não visa EPP preconiza momentos avaliativos ao longo de todo o
apenas a aquisição de novos conhecimentos pelos alu- percurso, auxiliando o aluno a perceber o que faz e a
nos, mas reclama a sua reorganização conceptual. Essa saber quais as estratégias metacognitivas a utilizar em
perspectiva tem hoje a suportá-la numerosas investiga- cada tarefa (Cachapuz & cols., 2000). A pesquisa par-
ções nas aulas de ciências (Nussbaum & Novick, 1982; tilhada e a discussão promovidas na sala de aula desvi-
Osborne & Freyberg, 1985; Driver, 1988). Como refe- am a atenção do professor para uma avaliação mais
rem Cachapuz e cols. (2000) na perspectiva do EMC efetiva, tendo em vista regular o processo de ensino-
está subjacente a utilização de estratégias metacognitivas aprendizagem e implicando o aluno na construção do
que envolvem os alunos num exercício continuado so- seu conhecimento. O papel ativo do sujeito aparece re-
bre o pensar, onde o recurso a atividades que envolvem clamado, a sua autonomia no ato de conhecer e o papel
o espírito crítico e criativo ajuda a desenvolver compe- central dado à descoberta e à exploração são tidos como
tências de nível superior. decisivos na aprendizagem.
No EMC, outro papel é exigido ao professor, outras
tarefas são reclamadas aos alunos. Numa lógica de
aprendizagem por construção de conhecimento, exige-
se a iniciativa do aluno e fala-se no papel mediador do CONCLUSÃO
professor: “... apela-se a um professor que consiga ca- A análise efetuada às abordagens comportamentais,
minhar ao lado e à frente dos alunos, a uma distância permitiu-nos constatar que, embora de forma dissimu-
adequada, servindo de mediador entre os alunos e a nova lada, prescutam-se algumas tendências behavioristas
informação ou tarefa” (Almeida, 1998 p.57). O impor- em perspectivas de ensino/aprendizagem atuais. O con-
tante é centrar no aluno o processo de ensino-aprendi- dicionamento operante de skinneriano proliferou a ní-
zagem, criando condições para o envolvimento pessoal vel educacional nos anos trinta e estendeu-se aos sis-
que se torna necessário (Praia, 1989; Mourão & cols., temas de instrução programada. Ao nível do ensino
1993; Almeida, 1998). em ciências, tais abordagens teóricas serviram de su-
Ao destacar as contribuições pedagógicas do porte a uma pedagogia transmissiva, memorística, ba-
construtivismo, Champagne (1996) refere que, como seada no reforço e com o intuito de obter comporta-
referente teórico, o construtivismo pode legitimar (ou mentos desejáveis (Cachapuz & cols., 2000). Sendo o
ser utilizado como tal) todo o tipo de práticas suposta- reforço responsável pelo fortalecimento da resposta,
mente centradas no aluno e no seu contexto. Assim, aumentando a probabilidade desta ocorrer, desenca-
passados quinze anos de intensa investigação didática deou, a nível de sala de aula, prémios e castigos com o
na área do EMC, surge, atualmente, no ensino das ciên- intuito de promover o controle dos alunos e mudanças
cias, a perspectiva de Ensino Por Pesquisa (EPP). Essa comportamentais significativas (Vasconcelos, 2000). A
perspectiva visa não só a compreensão do corpo de teoria do condicionamento realça o ‘saber fazer’, o
conhecimentos e processos científicos, mas pretende comportamento exterior, observável e susceptível de
Teorias de aprendizagem e o ensino/aprendizagem das ciências: da instrução à aprendizagem 17
ser medido (Tavares & Alarcão, 1992). Com o Ao questionar o papel dos conteúdos do ensino,
comportamentalismo, os exercícios de repetição, o perspectivando-os, não como fins de ensino, mas
ensino programado e as demonstrações de atividades como meio para atingir fins educacionalmente rele-
a imitar fielmente, foram técnicas de ensino bastante vantes e não meramente instrucionais, podemos ca-
difundidas nas sala de aula. minhar no sentido do ensino por pesquisa. Ligada a
Até ao apogeu educacional das correntes cognitivo- conteúdos do quotidiano e interesses pessoais do alu-
construtivistas da aprendizagem, vários autores manti- no, essa perspectiva implica uma mudança de atitu-
veram vivo o behaviorismo, por meio da apresenta- des, de processos e de metodologias, que cabe ao
ção de projetos mistos que, embora marcadamente professor promover. Ao realçar, de forma explicita
voltados para o processamento da informação, conti- e fulcral o papel do aluno na construção do seu co-
nuavam a reflectir uma influência comportamentalista nhecimento, essa perspectiva apoia-se nos postula-
(Pozo, 1989). Para este autor, as teorias de Bandura dos do construtivismo e aposta no desenvolvimento
(1977) e de Gagné (1975), por exemplo, não marca- pessoal e social dos jovens. Tal pretensão requer
ram uma clara distinção entre o aluno passivo, e alterações profundas ao nível do processo de ensi-
memorizador de conteúdos, e o aluno ativo, capaz de no-aprendizagem. Assim, a transdisciplinaridade, a
reestruturar a informação. abordagem de situações problema, a importância do
Em Portugal, e a nível do ensino das ciências, a pluralismo metodológico e a necessidade de uma ava-
concepção de aprendizagem pela descoberta de Bruner liação formadora são aspectos a desenvolver e a
(1961) marcou os finais da década de 70 e, sobretudo, mobilizar por esta nova perspectiva de ensino
os anos 80, nomeadamente pelo acolhimento dado aos (Cachapuz & cols., 2000).
projetos Nuffield, BSCS (Bilogical Science Finalizamos a nossa abordagem em torno das pers-
Curriculum Studies) e ESCP (Earth Science pectivas de ensino-aprendizagem das Ciências sali-
Curriculum Project). Não obstante o impacto desta entando alguns aspectos essenciais da evolução
concepção de aprendizagem, o dinamismo pretendido havida. Em primeiro lugar, o aluno assume um papel
e atribuído ao aluno tornou-se redutor ao centrar-se na central no processo de ensino-aprendizagem. Cabe-
descoberta, que resulta da observação cuidada e sis- lhe um papel activo de construção de conhecimento
temática que supostamente faz descobrir sem pensar e, para isso, importa que o professor conheça esse
(Cachapuz & cols., 2000). aluno e a fase desenvolvimental em que se encontra.
Deve-se, principalmente ao modelo piagetianoo re- Em segundo lugar, “aprender” deixa de ser sobretu-
conhecimento do aluno como construtor do seu conhe- do informar-se e passa a ser “conhecer”. Essa idéia
cimento e sujeito responsável pelas suas aprendiza- torna o processo de ensino-aprendizagem mais ativo,
gens. As concepções construtivistas tiveram forte im- mais assente na descoberta e resolução de proble-
pacto ao nível do ensino das ciências, nomeadamente mas, na construção e desconstrução de significados
a noção de que as pré-concepções orientam e deter- pessoais. Finalmente, aposta-se cada vez mais na
minam a compreensão dos alunos. Torna-se então ne- convergência e diversidade de metodologias de ensi-
cessário promover a mudança conceptual, sendo a no, no papel instrumental dos conteúdos curriculares
partir da concorrência entre construtos pessoais e e na ação do “outro” nas nossas próprias aprendiza-
construtos científicos que o indivíduo (re)constrói o seu gens. Nessa altura, o professor assume também um
conhecimento acerca dos fenômenos científicos papel importante de “tutor” do aluno, não o substitu-
(Ausubel & cols., 1980; Duit, 1995; Canavarro, 1999; indo mas acompanhando e modelando as suas apren-
Praia, 1999). Porém, apoiar e estimular esse processo dizagens. Igualmente interessante será o recurso, por
de reconstrução de conhecimento do aluno não se afi- parte do professor, à simulação de problemas por meio
gura tarefa fácil para o professor. Sobretudo, estão do acesso mais generalizado às novas tecnologias ou
em causa metodologias e estratégias que conduzam a ao trabalho de grupo por parte dos alunos, estimulan-
uma aprendizagem ativa e com significado pessoal para do-se a aprendizagem por confronto de posições in-
os alunos. dividuais e cooperação dos pares.

Psicologia Escolar e Educacional, 2003 Volume 7 Número 1 11-19


18 Clara Vasconcelos, João Félix Praia e Leandro S. Almeida
REFERÊNCIAS Faria, M. A., & Marques, L. (1994). A Terra no Sistema Solar.
Em F. Cachapuz (Org.), Ensino das ciências e formação
Almeida, L. S. (1996). Cognição e aprendizagem: como a sua de professores: Projecto MUTARE 3 (pp. 152– 34). Aveiro:
aproximação conceptual pode favorecer o desempenho Universidade de Aveiro.
cognitivo e a realização escolar. Psicologia: Teoria, In- Gagné, R. M. (1975). Essentials of learning for instruction.
vestigação e Prática, I (1), 17-32. New York: Holt, Rinehart and Winston.
Almeida, L. S. (1998). Aprendizagem escolar: dificuldades e pre- Loureiro, M. J. (1993). Concepções Alternativas em Física:
venção. Em L. S. Almeida & J. Tavares (Orgs.), Conhecer, Conceitos básicos de electricidade. Em F. Cachapuz
aprender, avaliar (pp.51-74). Porto: Porto Editora. (Coord.), Ensino das ciências e formação de professo-
Ausubel, D., Novak, J. D., & Hanesian, H. (1980). Psicologia res: Projecto MUTARE 2 (pp. 39-74). Aveiro: Universida-
Educacional. Rio de Janeiro: Editora Interamericana. de de Aveiro.
Bandura, A. (1977). Social learning theory. Englewood Cliffs, Marques, L., & Praia, J. F. (2000). Os mapas de conceitos:
N. J.: Prentice-Hall. Instrumentos para uma aprendizagem significativa. Em
Bandura, A. (1986). Social foundations of thought & action: Actas do III Encontro Internacional sobre Aprendiza-
A social cognitive theory. New Jersey: Prentice-Hall. gem Significativa (pp. 343-350). Lisboa: Universidade
Bettencourt, T., & Amaral, I. (1994). A nutrição das plantas. Aberta.
Em F. Cachapuz (Orgs.), Ensino das ciências e formação Martins, I. P. (1993). Concepções alternativas sobre a energia
de professores: Projecto MUTARE 3. (pp. 33-87). Aveiro: nas concepções químicas. Em F. Cachapuz (Coord.), En-
Universidade de Aveiro. sino das ciências e formação de professores: Projecto
Bigge, M. L. (1977). Teorias da aprendizagem para professo- MUTARE 2 (pp. 7-38). Aveiro: Universidade de Aveiro.
res. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária. Moreira, M. A., & Masini, E. F. S. (1982). Aprendizagem signi-
Bruner, J. (1961). The act of discovery. Harvard Educational ficativa: A teoria de David Ausubel. São Paulo: Editora
Review, 31, 21-32. Moraes.
Cachapuz, A. F., Praia, J. F., & Jorge, M. P. (2000). Perspecti- Mourão, A. P., Barros, A. M., Almeida, L. S., & Fernandes, J.
vas de Ensino das Ciências. Em A. Cachapuz (Org.), For- A. (1993). O baixo desempenho na Matemática: Avalia-
mação de Professores/Ciências. Porto: CEEC. ção para a definição do programa. Em L. S. Almeida, J. A.
Cachapuz, A., Praia, J. F., & Jorge, M. P. (no prelo). Educação Fernandes & A. P. Mourão (Orgs.), Ensino-aprendiza-
em Ciências: Contributos para uma reflexão crítica. gem da Matemática: Recuperação de alunos com baixo
Lisboa: IIE. desempenho (pp.). Braga: Didáxis.
Canavarro, J. M. (1999). Ciência e Sociedade. Coimbra: Quar- Novak, J. D. (1981). Uma teoria de educação. São Paulo: Edi-
teto Editora. tora Pioneira.
Champagne, A. B. (1996). National Science Education Nussbaum, J., & Novick, S. (1982). Alternative frameworks,
Standards, Conferêcia apresentada na Universidade de conceptual conflict and accommodations: Toward a
Coimbra. Coimbra: Universidade de Coimbra. principled teaching strategy. Instructional Science, 11,
Chi, M. T. H., Glaser, R., Davies, L., & Olton, R. M. (1982). 183-200.
Expertice in problem solving. Em R. Sternberg (Orgs.), Osborne, J. (1996). Beyond constructivism. Science
Advances in psychology of human intelligence, I (pp.). Education, 80, 53-82.
Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum. Osborne, R. J., & Freyberg, P. (1985). Learning in science:
Cruz, V. (1997). Uma abordagem às teorias de aprendizagem. The implication of children’s science. London:
Sonhar, IV (2), 45-83. Heinemann Publishers.
Driver, R. (1988). Un enfoque constructivista para el desarrollo Palmero, M. R. L., & Moreira M. A. (2000) Mapas conceptuales
del currículo en Ciências. Enseñanza de las Ciencias,6 y representaciones mentales. Una experiencia con el
(2), 109-120. concepto célula. In Actas do III Encontro Internacional
Duit, R. (1995). The constructivist view: A fashionable and sobre Aprendizagem Significativa. Lisboa: Universida-
fruitful paradigm for science education research and de Aberta, p. 175-187.
practice. Em L. P. Steffe & J. Gale (Orgs.), Constructivism Pozo, J. I. (1989). Teorías cognitivas del aprendizaje. Madrid:
in education (pp.) Hillsdale, N.J.: Lawrence Erlbaum. Morata.
Teorias de aprendizagem e o ensino/aprendizagem das ciências: da instrução à aprendizagem 19
Praia, J. F. (1989). A formação de professores de Ciências e a Sequeira, M., & Freitas, M. (1989). Os “Mapas de Conceitos”
didáctica específica: Uma perspectiva de mudança das e o ensino-aprendizagem das Ciências. Revista Portu-
concepções de ensino. Revista Portuguesa de Educa- guesa de Educação, II (3), 107-116.
ção, 2 (3), 141-146. Tavares, J., & Alarcão, I. (1992). Psicologia do desenvolvi-
Praia, J. F. (1999). Relatório da disciplina de Didáctica da mento e da aprendizagem (4ª ed.). Coimbra: Livraria
Geologia. Porto: Universidade do Porto. Almedina.
Praia, J. F., & Marques, L. (1997). Das práticas dos professo- Vasconcelos, C. (2000). Métodos de Estudo em Alunos do 3º
res de Ciências (Geologia/Biologia) à mudança em torno Ciclo do Ensino Básico: Um contributo à intervenção
das suas concepções de ensino. Em A. Estrela, R. educativa dos professores. Tese de Doutoramento.
Fernandes, F. A. Costa, I. Narciso & O. Valério (Orgs.), Braga: Universidade do Minho.
Contributos da Investigação Científica para a quali-
dade do ensino (pp. 145-154). Lisboa: SPCE II .
Santos, M. E., & Praia, J. F. (1992). Percurso de mudança na Recebido em: 29/10/02
Didáctica das Ciências: Sua fundamentação epistemoló- Revisado em: 10/12/02
gica. Em F. Cachapuz (Org.), Ensino das Ciências e Aprovado em: 03/06/03
Formação de Professores: Projecto MUTARE 1 (pp. 7-
34). Aveiro: Universidade de Aveiro.

Psicologia Escolar e Educacional, 2003 Volume 7 Número 1 11-19

S-ar putea să vă placă și