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ESTRATÉGIAS DE INSERÇÃO DE ESTUDANTES NEGROS E

NEGRAS NO PROJETO DE EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA INTEGRAR,


EM FLORIANÓPOLIS/SC.
Luciana de Freitas Silveira1
Ticiane Caldes de Abreu2
Jonny Alan Morais3
Débora Fabiana Freire Pereira4

Resumo: Este trabalho trata das estratégias de mobilização para a garantia de estudantes
negros e negras nas salas de aula do Projeto de Educação Comunitária Integrar, que trabalha
na perspectiva da Educação Popular e busca, com as ações afirmativas, a inserção dos
estudantes de escolas públicas e negros (cotas raciais) nas universidades públicas
catarinenses: Universidade Estadual de Santa Catarina, Instituto Federal de Santa Catarina e
Universidade Federal de Santa Catarina. O Projeto busca os estudantes negros na região da
Grande Florianópolis (Florianópolis, Biguaçu, Palhoça, São José, Governador Celso Ramos,
Garopaba). Visa-se aqui analisar as estratégias de mobilização para trazer os estudantes
negros para o Pré-Vestibular Integrar, partindo da articulação com o Movimento Negro
Unificado de Santa Catarina (MNU/SC), com atuação nos territórios do Maciço do Morro da
Cruz, área de encosta na região central de Florianópolis. A questão racial é fundamental em
nossa sociedade: o debate não é efetivo nas escolas, mesmo com as Leis Federais 10.639/03 e
11.645/08, mascarando as desigualdades. Em Florianópolis – IDH de 0,847 – os negros estão
em territórios periféricos com qualidade de vida abaixo da média. No Integrar há cotas para a
garantia dos estudantes negros e a questão racial permeia as formações de professores desde
2011, para que no processo de ensino aprendizagem se dialogue com as múltiplas realidades
dos estudantes. A metodologia desta pesquisa é quali-quantitativa: quantitativa, pois
realizamos análise dos dados estatísticos da quantidade de estudantes negros no Projeto
Integrar a partir das fichas de inscrição (virtual e físico); e qualitativa, pois analisamos os
resultados da formação dos professores e suas percepções da realidade dos estudantes negros.
Resultados alcançados mostram que a estratégia de articulação com o MNU/SC, conhecedor
da realidade dos territórios periféricos, trouxe para o Projeto Integrar 54% de estudantes
negros em 2016, sendo que em 2015 estes eram 48%. Antes os negros no Integrar eram
minoria: entre 2011 e 2014 os dados não passaram de 20%. Os professores tem demostrado
maior interesse na temática, mudando suas práticas pedagógicas, mas é necessária uma

1
Acadêmica do curso de Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Educadora Popular no Projeto de Educação Comunitária Integrar e Membra da Gestão Estudantil Universitária
Integrar (GESTUS), de Florianópolis-SC. E-mail: lusilveirah@gmail.com
2
.Acadêmica do curso de Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
Educadora Popular no Projeto de Educação Comunitária Integrar e Membra da Gestão Estudantil Universitária
Integrar (GESTUS), de Florianópolis-SC. E-mail: ticianecda@gmail.com
3
Acadêmico do curso de Graduação em Geologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Educador
Popular no Projeto de Educação Comunitária Integrar e Membro da Gestão Estudantil Universitária Integrar
(GESTUS), de Florianópolis-SC. E-mail: jonnymorais90@gmail.com
4
Acadêmica do curso de Graduação em Sistemas de Informação da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). Membra da Gestão Estudantil Universitária Integrar (GESTUS), de Florianópolis-SC. E-mail:
debfre@gmail.com
1
formação contínua. Utilizamos como referencial teórico Paulo Freire (2015), pois a educação
da classe trabalhadora se faz a partir da realidade dos estudantes, e a pesquisa desenvolvida
pelo professor do Projeto Integrar, Kleicer Cardoso Rocha (2016), mostrando a construção e
as contradições do Projeto Integrar. O MNU (1992) busca atuar nos territórios periféricos com
a educação do povo negro e todos os oprimidos, uma educação que transcende a escola.

Palavras-chave: Estudantes Negros e Negras; Projeto Integrar; Educação Popular.

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.


FREIRE, Paulo. Educação com Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
MNU – Movimento Negro Unificado. Programa de Ação. MNU: Salvador, 1992.
ROCHA, Kleicer Cardoso Rocha. A perspectiva formativa do Projeto de Educação
Comunitária Integrar no âmbito do ensino de Geografia com os trabalhadores
estudantes. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2016.

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