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Nota Técnica n° 134/2017-SGT/ANEEL

Em 16 de maio de 2017.

Processo: 48500.005147/2016-57

Assunto: Homologação das Tarifas de Energia – TE e


das Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição –
TUSD referentes à CEMIG-D - CEMIG Distribuição S/A
e demais providências pertinentes ao seu Reajuste
Tarifário Anual de 2017.

I. DO OBJETIVO

1. Apresentar o detalhamento do Reajuste Tarifário Anual de 2017 da CEMIG-D - CEMIG


Distribuição S/A, vigente a partir de 28 de maio de 2017, calculado em conformidade com as disposições
legais e normativas pertinentes e segundo as regras estabelecidas na Cláusula Sexta do Contrato de
Concessão de Distribuição nº 002,003,004 e 005/1997 e os seus termos aditivos.

II. DOS FATOS

2. A CEMIG, sediada na cidade de Belo Horizonte/MG, atende aproximadamente 8,28 milhões


de unidades consumidoras, cujo consumo de energia elétrica representa um faturamento anual na ordem
de R$ 13 bilhões.

Tabela 1: Unidades Consumidoras e consumo mensal


Nº de Unidades Consumo de Participação no
Classe de Consumo
Consumidoras1 Energia (MWh) Consumo (%)
Residencial 6.721.233 870.542 25,0%
Industrial 75.162 1.523.144 43,7%
Comercial 715.342 463.288 13,3%
Rural 695.910 264.499 7,6%
Iluminação Pública 5.461 109.467 3,1%
Poder Público 60.541 71.498 2,1%
Serviço Público 12.266 96.434 2,8%
Demais classes 710 87.071 2,5%
Total 8.286.625 3.485.943 100%
1 - Fonte: SAMP - competência março/2017

48581.001125/2017-00

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE POR DAVI ANTUNES LIMA, RODRIGO FERNANDES BRAGA COELHO, OTAVIO HENRIQUE GALEAZZI FRANCO
ADRIANO ALMEIDA TRINDADE
CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: E4586EFC003E8E1B CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx
Fls. 2 Nota Técnica nº 134/2017-SGT/ANEEL, de 16 de maio de 2017.

3. Em 17/1/2017, a SGT solicitou1 as informações em relação ao processo de reajuste tarifário


da distribuidora à SRM.

4. Em 22/2/2017, a SGT solicitou2 as informações em relação ao processo de reajuste tarifário


da distribuidora à SFF.

5. Em 11/4/2017, a SGT realizou reunião com os representantes da CEMIG-D, prestando os


esclarecimentos cabíveis acerca da metodologia do reajuste tarifário anual, além de apresentar os prazos a
serem observados para entrega de informações e documentos.

6. Em 03/5/2017, a Distribuidora, por meio da Nota Técnica CEMIG n° 08/2017-RE/TF,


encaminhou à ANEEL informações para o Reajuste Tarifário Anual de 2017.

7. O Memorando nº 111/2017-SRM/ANEEL, de 16/5/2017, informou que a empresa não possui


contrato de bilateral de compra e venda de energia registrado.

8. No dia 27/4/2017, a SGT recebeu os Memorandos n°s 216/2017-SFF/ANEEL3 e 217/2017-


4
SFF/ANEEL , com os valores fiscalizados do saldo da CVA da concessionária referente ao processo tarifário
de 2016, bem como os valores fiscalizados e validados das garantias financeiras relativas à contratação
regulada de energia (CCEAR), das receitas com Ultrapassagem de Demanda e Excedente de Reativos e
das Outras Receitas.

9. Em 16/5/2017, segundo o Cadastro de Inadimplentes administrado pela Superintendência


de Administração e Finanças - SAF, a CEMIG encontra-se adimplente com suas obrigações intrassetoriais,
o que possibilita o reajuste de seus níveis de tarifas, haja vista o disposto no art. 10 da Lei n° 8.631, de
04/03/1993, com redação dada pela Lei n° 10.848, de 15/03/2004.

II.1. Precedentes

II.1.1. Aspectos Contratuais

10. Em 10/07/1997 foram firmados os Contratos de Concessão nº 002, 003,004 e 005/1997


entre a União, por intermédio do Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE, e a CEMIG-
D - CEMIG Distribuição S/A. Esse contrato, que tem por objeto a regulação da exploração de serviços
públicos de distribuição de energia elétrica, estabelece na Cláusula Sétima, a periodicidade anual do
reajuste de tarifas de energia elétrica da concessionária, mediante aplicação de fórmula específica.

1 Memorando nº 16/2017-SGT/ANEEL.
2 Memorando nº 39/2017-SGT/ANEEL.
3 Documento SIC nº 48536.001865/2017-00.
4 Documento SIC nº 48536.001866/2017-00.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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Fls. 3 Nota Técnica nº 134/2017-SGT/ANEEL, de 16 de maio de 2017.

11. Em 31/3/2005 foi assinado o Primeiro Termo Aditivo ao Contrato de Concessão, o qual dá
nova redação à sua Cláusula Sétima – Tarifas Aplicáveis na Prestação dos Serviços, para atender às
condições de eficácia constante do § 2º dos arts. 36 e 43 do Decreto nº 5.163, de 30/72004.

12. Em 13/4/2010, foi assinado o Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de Concessão, dando
nova redação à Cláusula Sétima – Tarifas Aplicáveis na Prestação dos Serviços, para alterar os
procedimentos de cálculo dos reajustes tarifários anuais, no sentido de eliminar o efeito tarifário causado
pela metodologia de reajuste originalmente prevista no contrato e assegurar a neutralidade dos custos da
Parcela “A”, relativos aos encargos setoriais especificados em Subcláusula própria do referido aditivo.

13. Em 10/12/2014 foi assinado o Quarto Termo Aditivo ao Contrato de Concessão, visando
incluir dispositivo que garanta que valores registrados na Conta de Compensação de Variação de Valores
de Itens da "Parcela A" - CVA e outros itens financeiros sejam incorporados no cálculo da indenização,
quando da extinção da concessão, correspondente às parcelas dos investimentos vinculados a bens
reversíveis, ainda não amortizados ou não depreciados.

14. Por fim, em 21/12/2015 foi assinado o Quinto Termo Aditivo ao Contrato de Concessão,
formalizando a prorrogação do Contrato de Concessão de Distribuição de Energia Elétrica nº 02/1997, nº
03/1997, nº 04/1997 e nº 05/1997 até 31 de dezembro de 2045, com fulcro na Lei nº 12.783, de 11 de
janeiro de 2013, no Decreto nº 7.805, de 14 de setembro de 2012 e no Decreto nº 8.461, de 2 de junho de
2015, o qual contemplou as condições de eficiência quanto à qualidade do serviço e à gestão econômico-
financeira, de racionalidade operacional e econômica e de modicidade tarifária previstas no Decreto nº
8.461/2015 e deu nova redação às cláusulas econômicas do contrato.

II.1.2. Aspectos Metodológicos

15. Quando da assinatura do Contrato de Concessão, a empresa reconheceu que o nível


tarifário vigente, ou seja, as tarifas definidas na estrutura tarifária da empresa, em conjunto com os
mecanismos de reajuste e revisão tarifária estabelecidos nesse contrato, são suficientes para a manutenção
do seu equilíbrio econômico-financeiro. Isso significa reconhecer que a receita anual é suficiente para cobrir
os custos operacionais incorridos na prestação do serviço adequado e remunerar o capital investido, na
medida em que as regras de reajuste têm a finalidade de preservar, ao longo do tempo, o equilíbrio
econômico-financeiro inicial do contrato.

16. Segundo descrito na Subcláusula Terceira da Cláusula Sexta do Quinto Aditivo ao Contrato
de Concessão, a Receita Requerida da concessionária (RR) é composta da Parcela A (VPA) e da Parcela
B (VPB), não incluindo os tributos incidentes sobre as tarifas PIS/PASEP (Programa de Integração Social –
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), COFINS (Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social) e ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias).

17. A Parcela A é a parcela da receita que contempla os custos referentes aos seguintes itens:
(i) Encargos Setoriais; (ii) Energia Elétrica Comprada; (iii) Custos de Conexão e de Uso das Instalações de
Transmissão e/ou Distribuição de Energia Elétrica”; e (iv) Receitas Irrecuperáveis;

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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Fls. 4 Nota Técnica nº 134/2017-SGT/ANEEL, de 16 de maio de 2017.

18. A Parcela B é composta pela parcela da receita associada a custos operacionais e de capital
eficientes, inclusive despesas de depreciação, do segmento de distribuição de energia elétrica

19. Dessa forma, em cumprimento ao contrato de concessão, a Receita Requerida calculada


pela ANEEL nos reajustes tarifários anuais obedece à seguinte equação:

= +
onde:

RR: Receita Requerida;

VPA: Valor da Parcela A considerando as condições vigentes na data do reajuste em processamento e o


Mercado de Referência, podendo contemplar ajustes e previsões, conforme regulação da ANEEL e
legislação setorial;

VPB: Valor resultante da aplicação da tarifa correspondente aos itens que compõem a Parcela B, vigente
na Data de Referência Anterior, ao Mercado de Referência, atualizado pela diferença entre o Índice de
Variação da Inflação (IVI) e o Fator X;

IVI: número índice obtido pela divisão dos índices do IPCA, do IBGE, ou do índice que vier a sucedê-lo, do
mês anterior à data do reajuste em processamento e o índice considerado no último reposicionamento
tarifário;

Fator X: Nos processos de revisão tarifária ordinária serão estabelecidos os valores ou a forma de cálculo
do Fator X, com o objetivo de repassar aos usuários ganhos de produtividade observados no setor de
distribuição energia elétrica e resultados decorrentes de mecanismos de incentivos, que poderão contemplar
estímulos à melhora na qualidade do serviço e à eficiência energética, conforme regulação da ANEEL.

Data de Referência Anterior: Data do último reposicionamento tarifário;

Mercado de Referência: composto pelos montantes de energia elétrica e de demanda de potência


faturados no Período de Referência; e

Período de Referência: 12 (doze) meses anteriores ao mês do reajuste tarifário anual ou revisão tarifária
periódica em processamento, quando for o caso.

20. A Subcláusula Décima Nona da Cláusula Sexta estabelece que nos reajustes tarifários e
revisões tarifárias ordinárias a ANEEL garantirá a neutralidade aos itens da Parcela A, a ser considerada
nos ajustes da receita da DISTRIBUIDORA, consideradas as diferenças mensais apuradas entre os valores
faturados de cada item no Período de Referência e os respectivos valores contemplados no
reposicionamento tarifário anterior, devidamente remuneradas com base no mesmo índice utilizado na
apuração do saldo da Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A – CVA.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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II.1.3. Reajuste Tarifário Anual de 2016

21. Conforme consta da Resolução Homologatória nº 2.076, de 24/05/2016, o reajuste tarifário


da CEMIG-D representou, em média, uma variação das tarifas homologadas de 2015 de 3,78%.

22. A Resolução Homologatória nº 1.507/2013, que homologou a 3º revisão tarifária da CEMIG-


D, estabeleceu, para o atual ciclo tarifário, os valores dos componentes Pd (ganhos de produtividade da
atividade de distribuição) e T (trajetória de custos operacionais) do Fator X 5 em 1,15% e 0,68%,
respectivamente, a serem aplicados na atualização da Parcela B nos reajustes tarifários anuais da
concessionária. Ainda, essa Resolução estabeleceu o percentual regulatório de perdas técnicas de 7,84%,
que permanecerá constante em todos os reajustes anuais deste ciclo tarifário, além do percentual de perdas
não técnicas6 sobre o mercado faturado de baixa tensão, estabelecido em 7,63% para o ano de 2017.

III. DA ANÁLISE

III.1. Período de Referência

23. O período de referência para o reajuste anual da CEMIG é de maio/2016 a abril/2017.

III.2. Receita Anual

24. No cálculo da Receita Anual inicial (RA0) da distribuidora nesse processo tarifário, foram
considerados os dados de mercado disponíveis no Sistema de Acompanhamento de Informações de
Mercado para Regulação Econômica – SAMP e as tarifas homologadas no processo tarifário anterior,
representando um faturamento anual de R$ 13.166.228.196,20, conforme demonstrado na Tabela 2.

5 O Fator X é composto pelos componentes Pd (produtividade), T (trajetória) e Q (qualidade), conforme consta no Submódulo
2.5 do PRORET.
6
A metodologia de perdas técnicas regulatórias são definidas com base no Módulo 7 do Procedimentos de Distribuição –
PRODIST – e a metodologia das perdas não técnicas consta no Submódulo 2.6 do PRORET.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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Fls. 6 Nota Técnica nº 134/2017-SGT/ANEEL, de 16 de maio de 2017.

Tabela 2: Mercado no Período de Referência


Subgrupos Mercado (MWh) Receita (R$)
Fornecimento 25.643.750 11.644.115.832,65
A2 (88 a 138 kV) 534.571 166.811.932,46
A3 (69 kV) 33.542 14.253.257,94
A3a (30 kV a 44 kV) 120.441 40.779.726,72
A4 (2,3 kV a 25 kV) 5.956.269 2.294.867.028,95
As 145.218 72.654.597,00
BT (menor que 2,3 kV) 18.853.710 9.054.749.289,59
Demais Livres 17.284.739 1.335.326.796,50
Distribuição 346.489 9.229.116,94
Geração - 177.556.450,12
Total 43.274.978 13.166.228.196,20

III.3. Encargos Setoriais

25. Os encargos setoriais, oriundos de políticas de governo para o setor elétrico, possuem
finalidades específicas7 e são definidos em legislação própria. Seus valores são estabelecidos pela ANEEL
e não representam ganhos de receita para a concessionária. Os encargos considerados nos processos
tarifários são:

i) Conta de Desenvolvimento Energético – CDE. Criada pela Lei nº 10.438, de


26/4/2002, com redação alterada pelas Leis nº 12.783, de 11/1/2013, e nº 12.839, de 9/7/2013
regulamentado pela Resolução nº 549, de 7/5/2013, em conformidade com a Medida Provisória nº 605, de
23/1/2013 e o Decreto nº 7.945, de 7/3/2013. A CDE tem como finalidade:

 o desenvolvimento energético dos Estados;

 promover a universalização do serviço de energia elétrica;

 garantir recursos para atendimento da subvenção econômica destinada aos


consumidores Residencial Baixa Renda,

 prover recursos para os dispêndios da Conta de Consumo de Combustíveis – CCC,

 prover recursos e permitir a amortização de operações financeiras vinculados à


indenização por ocasião da reversão das concessões ou para atender à finalidade de
modicidade tarifária,

7 Maiores informações sobre os encargos setoriais encontram-se na página eletrônica da ANEEL.

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Fls. 7 Nota Técnica nº 134/2017-SGT/ANEEL, de 16 de maio de 2017.

 promover a competitividade da energia produzida a partir de fontes eólica, termossolar,


fotovoltaica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral
nacional nas áreas atendidas pelos sistemas interligados,

 prover recursos para compensar descontos tarifários aplicados nas tarifas de uso dos
sistemas elétricos de distribuição e nas tarifas de energia elétrica (regulamentado pelo
Decreto nº. 7.891, de 23/1/2013), e

 prover recursos para compensar o efeito da não adesão à prorrogação de concessões


de geração de energia elétrica, assegurando o equilíbrio da redução das tarifas das
concessionárias de distribuição;

ii) Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica – TFSEE. Instituída pela Lei
nº 9.427, de 26/12/1996 e alterada pela Lei n° 12.783/2013, de 11/01/2013, destina-se à cobertura do custeio
das atividades da ANEEL e tem sua metodologia de cálculo detalhada no Submódulo 5.5 do PRORET;

iii) Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – PROINFA.


Instituído pela Lei nº 10.438, de 26/4/2002, regulamentado pelo Decreto nº. 5.025/2004, tem como objetivo
aumentar a participação de fontes alternativas renováveis na produção de energia elétrica. Tem sua
metodologia de cálculo detalhada no Submódulo 5.3 do PRORET;

iv) Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos – CFURH.


Instituído pela Lei nº. 7.990, de 28/12/1989, destina-se a compensação pelo resultado da exploração de
petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica, de recursos minerais,
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, tem sua metodologia de cálculo
detalhada no Submódulo 5.9 do PRORET;

v) Encargo de Serviços do Sistema – ESS e Encargo de Energia de Reserva – EER.


Previstos no Decreto nº. 5.163, de 30/7/2004 e Decreto nº 6.353, de 16/1/2008, respectivamente. O ESS
tem como finalidade destinar recursos à cobertura dos custos dos serviços do SIN, compreende, entre
outros: custos decorrentes da geração despachada independentemente da ordem de mérito; a reserva de
potência operativa para a regulação da frequência do sistema e sua capacidade de partida autônoma; a
reserva de capacidade superior aos valores de referência estabelecidos para cada gerador, necessária para
a operação do sistema de transmissão; e a operação dos geradores como compensadores síncronos, a
regulação da tensão e os esquemas de corte de geração e alívio de cargas. O EER representa a previsão
dos custos decorrentes da contratação da energia de reserva, entendida como aquela destinada a aumentar
a segurança no fornecimento de energia elétrica ao SIN;

vi) Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Programa Eficiência Energética (PEE).


Instituída pela Lei nº. 9.991, de 24/7/2000, trata-se de obrigação das concessionárias e permissionárias de
distribuição de energia elétrica de aplicarem percentuais de sua receita operacional líquida para fins de
pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico e programas de eficiência energética. Importante esclarecer
que, segundo orientação do Ofício Circular nº 185/2015-SFF/ANEEL, as receitas adicionais de Bandeira
Tarifária foram reconhecidas dentro da receita operacional líquida das Concessionárias e, portanto, passam
a sofrer a incidência dos percentuais de P&D e PEE; e

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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Fls. 8 Nota Técnica nº 134/2017-SGT/ANEEL, de 16 de maio de 2017.

vii) Contribuição ao Operador Nacional do Sistema – ONS. Instituído pela Lei n°


9.648/1998, alterado pela Lei n° 10.848/2004 e regulamento pelo Decreto nº 5.081, de 14/5/2004, trata-se
de encargo destinado ao custeio das atividades do ONS, que coordena e controla a geração e a transmissão
de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN. A partir do primeiro processo tarifário subsequente
à assinatura do termo aditivo, esse encargo passou a integrar a Parcela B na composição da Receita
Requerida.

26. Os valores dos encargos setoriais considerados neste reajuste tarifário estão demonstrados
na tabela abaixo:

Tabela 3: Encargos Setoriais


Encargos Setoriais DRP (R$) Dispositivo Legal
Taxa de Fisc. de Serviços de E.E. – TFSEE 16.368.591,66 -
Conta de Desenvolvimento Energético – CDE 1.854.187.480,90 -
Encargos Serv. Sist. - ESS e Energ. Reserv. - EER 396.718.466,92 Previsão SGT -JAN/2017
PROINFA 301.287.191,32 REH 2191/2016
P&D e Eficiência Energética 111.144.713,35 Res. Normativa nº 316/2008
Total de Encargos Tarifários 2.679.706.444

27. O valor da cobertura tarifária referente ao encargo CDE incorpora, além da quota anual
(CDE Uso), homologada pela REH 2.202, de 07/02/2017, alterada pela REH 2.204, de 07/03/2017, os
seguintes itens:

i) quota anual da CDE – ENERGIA (Art. 4º-A do Dec. 7.891/2013), homologada pela
REH 2.202, de 07/02/2017. Refere-se à devolução de parcela dos recursos da CDE recebidos pelas
distribuidoras no período de janeiro de 2013 a fevereiro de 2014, nos termos do Art. 4º-A do Dec.
7.891/2013. Os recursos foram destinados à cobertura do resultado positivo da Conta de
Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A - CVA decorrente do custo de aquisição
de energia elétrica, devendo os consumidores recompor a Conta em até 5 anos, com atualização
dos valores pela variação do IPCA, mediante encargo a ser incluído nas tarifas de energia elétrica,
definido na proporção dos recursos recebidos pela distribuidora.

ii) quota anual da CDE – ENERGIA (CONTA – ACR) (Art. 4º-C do Dec.
7.891/2013) homologada pela REH nº2.231/2017, destinada à amortização das operações de
crédito contratadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE para lastro da
Conta no Ambiente de Contratação Regulada – CONTA-ACR, nos termos do Decreto nº 8.221/2014
e da Resolução Normativa nº 612/2014. A CONTA-ACR teve como objetivo cobrir as despesas
incorridas pelas concessionárias de distribuição, relativas ao ano de 2014, em decorrência da
exposição involuntária no mercado de curto prazo e do despacho de usinas termelétricas vinculadas
a Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado – CCEAR na
modalidade por disponibilidade. O recolhimento de quotas mensais da CDE pelas distribuidoras
tem como contrapartida a inclusão de encargo nas tarifas de energia elétrica a partir dos respectivos
processos tarifários ordinário de 2015. Frisa-se que a definição desse encargo tarifário para cada

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Fls. 9 Nota Técnica nº 134/2017-SGT/ANEEL, de 16 de maio de 2017.

distribuidora não está vinculada aos recursos recebidos da Conta-ACR, mas ao tamanho de seus
mercados cativos no período de fevereiro a dezembro de 2014. Dessa forma, os custos da Conta-
ACR foram distribuídos equitativamente a todos os consumidores cativos do sistema interligado
nacional.

III.4. Transmissão

28. Os custos com transmissão de energia elétrica, desde as usinas até as redes de distribuição
da concessionária, são compostos por: Rede Básica (Sistêmica e Fronteira), DIT Compartilhada e de uso
exclusivo, Transporte de Itaipu, Uso da Rede Básica pela usina de Itaipu e Uso de Sistemas de Distribuição.

29. O contrato de concessão estabelece que deverão ser observados os montantes de


Contratação Eficiente na apuração dos custos de encargo de uso dos sistemas de transmissão e distribuição
os quais devem obedecer, respectivamente, os termos da Resolução Normativa nº 666/2015 e da Resolução
Normativa nº 506/2012 e alterações supervenientes.

30. A definição dos encargos de uso do sistema de transmissão associados à Rede Básica e
Fronteira atribuídos à distribuidora no ano de 2017 foi realizada considerando as premissas estabelecidas
no art. 7º da REN 762/2017, publicada em 09/03/2017.

31. Foi estabelecida uma estimativa de encargos de uso de Rede Básica e Fronteira
proporcional aos encargos calculados com a aplicação das tarifas vigentes8 e uma previsão de encargo a
partir de julho de 2017 até a data do próximo processo tarifário contemplando o efeito do aumento da TUSTRB
e TUSTFR que ocorrerá em julho de 20179. Adicionalmente, em face da decisão judicial liminar exarada em
10 de abril de 2017, e por não se conhecer ex-ante quais associados ABRACE/ABIVIDRO/ABRAFE
integram a ação, foram recalculados os valores das tarifas de previsão constantes do Anexo I da Resolução
Normativa nº 762, de 21 de fevereiro de 2017, a fim de ajustá-los à determinação judicial e possibilitar a
exclusão da componente remuneração dos processos tarifários das respectivas concessionárias de
distribuição.

32. Do mesmo modo, com relação aos custos associados ao transporte e ao uso do sistema de
transmissão da usina de ITAIPU foi prevista uma cobertura, considerando até 30 de junho de 2017 a
aplicação da tarifa vigente 10 e, a partir de 30 de junho de 2017, considerando os valores das tarifas
constantes do Anexo I da Resolução Normativa nº 762 recalculados em função da decisão judicial
comentada acima.

33. Com relação aos MUSTs (Montantes de Uso do Sistema de Transmissão), estes foram
obtidos no CUST - Contrato de Uso do Sistema de Transmissão, celebrado entre o ONS, as concessionárias

8 Estabelecidas pela Resolução Homologatória nº 2.099, de 28 de junho de 2016, com vigência até 30 de junho de 2017.
9 Decorre do aprimoramento da regulamentação do cálculo do custo de capital a ser adicionado à Receita Anual Permitida - RAP
das concessionárias de transmissão, cujos contratos foram prorrogados nos termos na Lei n° 12.783/2013, em consonância com
o disposto na Portaria MME n° 120/2016, objeto da Audiência Pública n° 068/2016.
10 Estabelecida na Resolução Homologatória nº 2.099, de 28 de junho de 2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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de transmissão e a distribuidora, disponibilizado no SACT – Sistema de Acompanhamento dos Contratos


de Transmissão.

34. Já os valores referentes às instalações de transmissão de uso exclusivo foram obtidos na


Resolução Homologatória n° 2.098, de 28/06/2016, sendo consideradas também as informações presentes
no SIGET - Sistema de Gestão da Transmissão.

35. O custo relativo ao Uso de Sistemas de Distribuição refere-se aos valores pagos pelas
concessionárias de distribuição a outras Distribuidoras, conforme Contrato de Uso do Sistema de
Distribuição – CUSD celebrado entre as partes, para acesso à rede de distribuição daquelas. A despesa é
calculada com base nos valores de demanda de potência, observando a Contratação Eficiente (montante
faturado contido no intervalo de 100% até 110% do MUSD contratado), multiplicados por tarifa estabelecida
pela ANEEL em resolução da distribuidora acessada. Esse custo se aplica ao caso da CEMIG, uma vez que
ela acessa as redes de distribuição da COELBA, LIGHT, CPFL Paulista e EMG.

36. Adicionalmente, informa-se que nos valores dos custos com conexão estão contempladas,
quando houver, as Parcelas de Ajustes das Demais Instalações de Transmissão (PA DIT).

37. Os valores dos encargos relacionados à transmissão de energia a serem considerados


neste reajuste tarifário (na DRA e na DRP) estão demonstrados na tabela abaixo:

Tabela 4: Custo total de transmissão de energia elétrica


Componente DRP (R$)
Rede Básica 804.731.049,70
Rede Básica Fronteira 162.988.747,35
Rede Básica ONS (A2) 10.439.623,27
Rede Básica Export. (A2) 1.537.272,00
MUST Itaipu 74.672.553,41
Transporte de Itaipu 113.478.029,53
Conexão 41.484.235,19
Uso do sistema de distribuição 3.720.072,19
Total dos Custos de Transporte 1.213.051.582,64

38. Cabe esclarecer que a Receita Anual da Conexão de uso exclusivo referente às Demais
Instalações de Transmissão (DIT) presente na Resolução Homologatória do processo tarifário da
distribuidora pode diferir do custo de conexão repassado às tarifas e considerado na DRP.

39. A situação descrita acima pode ocorrer, pois de acordo com o que consta no § 12 do artigo
7º e § 3º do artigo 7º-A da Resolução Normativa nº 67/2004 e § 6º do artigo 4º-A da Resolução Normativa
nº 68/2004, os encargos de conexão associados às novas instalações de transmissão de uso exclusivo,
apesar de serem devidos pela distribuidora a partir da data de entrada em operação comercial dessas

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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instalações, só poderão ser considerados no cálculo da tarifa dos consumidores finais da concessionária ou
permissionária de distribuição a partir da respectiva prestação de serviço, sem efeitos retroativos.

40. Caso haja instalações de transmissão de uso exclusivo da distribuidora, autorizados com
RAP prévia e que entraram em operação comercial durante o Período de Referência, considera-se
adicionalmente para fins de cobertura tarifária dos custos associados a essas instalações, o período
compreendido entre a data de conexão da distribuidora na nova instalação e a data de aniversário da
concessionária de distribuição.

III.5 Compra de Energia

41. A Lei n. 10.848, de 15/03/2004, alterou as regras de compra e venda de energia elétrica
especialmente no que diz respeito às concessionárias de distribuição de energia elétrica. Foram
estabelecidas regras diferenciadas em função do porte da concessionária, ou seja, aquelas com mercado
próprio maior ou igual a 500 GWh/ano e aquelas que atendem um consumo inferior a esse patamar.

42. Também a Lei n° 10.848/2004 estabeleceu dois ambientes de contratação no Sistema


Interligado Nacional – SIN, o Ambiente de Contratação Regulada – ACR e o Ambiente de Contratação Livre
– ACL. A mesma lei, em seu art. 2º, determina que as empresas de distribuição de energia “deverão garantir
o atendimento à totalidade de seu mercado, mediante contratação regulada”.

43. As modalidades disponíveis de aquisição de energia elétrica no cumprimento da obrigação


de contratação para o atendimento do mercado dos agentes de distribuição são descritas a seguir:

 Contratos Bilaterais: são contratos de livre negociação entre os agentes, firmados antes da
publicação da Lei nº 10.848/2004; os contratos firmados para o atendimento do Sistema
Isolado antes da Medida Provisória nº 466, de 29/07/2009, e aqueles firmados por meio de
licitação realizada na modalidade de concorrência ou Contratos Bilaterais as contratações
de energia de Geração Distribuída decorrente da desverticalização, conforme dispõe a Lei
n.º 10.848, de 2004 e os contratos oriundos de licitação pública realizada por agentes de
distribuição com mercado inferior a 500 GWh/ano e contratos firmados entre concessionária
com mercado inferior a 500 GWh/ano e seu agente supridor.

 Contratos de Leilões (CCEARs): são Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente


Regulado – CCEAR, decorrentes de leilões definidos com base no art. 19 do Decreto n.
5.163, de 2004, para empreendimentos de geração existentes, novos empreendimentos e
de fontes alternativas. Decreto nº 5.163/2004;

 Leilão de Ajuste: são contratos realizados de acordo com o art. 26 do Decreto n° 5.163, de
2004, em decorrência de leilões específicos realizados pela ANEEL, direta ou
indiretamente, para contratações de ajuste pelas distribuidoras, com prazo de suprimento
de até dois anos, para fins de possibilitar a complementação do montante de energia elétrica
necessário para o atendimento à totalidade de suas cargas.

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 Cotas de ITAIPU: refere-se à energia comercializada por Itaipu Binacional com as


concessionárias de distribuição de energia elétrica adquirentes das cotas-partes; a
metodologia para o cálculo das cotas – parte se encontra na Resolução Normativa nº 331,
de 16/9/2008;

 Cotas de Angra I e II: refere-se à energia comercializada pelas centrais geradoras Angra I
e Angra II com as concessionárias de distribuição de energia elétrica no Sistema Interligado
Nacional – SIN adquirentes das suas respectivas cotas-partes; conforme disposto no art.
11 Lei nº 12.111, de 9/12/2009;

 Cotas do PROINFA: refere-se à energia proveniente de fontes eólicas, pequenas centrais


hidrelétricas e biomassa, decorrente do Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de
Energia Elétrica – PROINFA;

 Cotas das Concessões Renovadas: refere-se à parcela decorrente do rateio da garantia


física de energia e de potência das usinas cujas concessões foram prorrogadas nos termos
da Lei n° 12.783, de 2013; incluem-se aí as usinas objeto do Leilão de Contratação de
Concessões de Usinas Hidrelétricas em Regime de Alocação de Cotas de Garantia Física
e Potência, realizado em 25/11/2015;

 Geração Própria: refere-se à energia proveniente de empreendimento de geração próprio


da concessionária de distribuição com mercado inferior a 500 GWh/ano e aquelas que
atendem os Sistemas Isolados para atendimento do seu mercado. A Lei 9.074, de 7 de julho
de 1995, com redação dada pela Lei 10.848, de 2004;

 Suprimento: refere-se à energia comercializada entre distribuidoras/permissionária com


mercado inferior a 500 GWh/ano (suprida), no Sistema Interligado Nacional – SIN, que
adquirem energia de outra distribuidora/permissionária (supridora), sendo que as partes
firmam contratos de compra e venda cuja tarifa é estabelecida pela ANEEL;

 Geração Distribuída: produção de energia elétrica proveniente de empreendimentos


conectados diretamente no sistema elétrico de distribuição do comprador, exceto:
hidráulicas com capacidade instalada superior a 30 MW; e térmicas, inclusive de cogeração,
com eficiência energética inferior a setenta e cinco por cento (não existem restrições de
eficiência para térmicas que utilizem biomassa ou resíduos de processo como combustível).

III.5.1. Perdas Elétricas e Energia Requerida

44. Com a finalidade de calcular o montante de energia que a concessionária deve comprar, a
ANEEL determina para fins tarifários o nível máximo de perdas (na distribuição – técnicas e não técnicas e
na Rede Básica) a ser admitido em função do mercado a ser atendido pela distribuidora. Este montante é
definido como Energia Requerida.

45. São denominadas perdas na distribuição o somatório de perdas técnicas e não técnicas
dissipadas no sistema de distribuição de uma concessionária de energia. As perdas técnicas representam

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o montante de energia elétrica dissipada no sistema de distribuição decorrente dos processos de transporte,
transformação de tensão e medição de energia elétrica; já as perdas não técnicas são aquelas apuradas
pela diferença entre as perdas totais na distribuição e as perdas técnicas, considerando, portanto, todas as
demais perdas, tais como fraude e furtos de energia, erros de medição, erros no processo de faturamento,
unidades consumidoras sem equipamento de medição, dentre outros.

46. Já as perdas na Rede Básica são definidas como aquelas externas à rede de distribuição
da concessionária, representando a energia dissipada no sistema de transmissão e nas Demais Instalações
de Transmissão de uso compartilhado em decorrência dos processos de transporte, transformação de
tensão e medição de energia elétrica11.

47. As perdas regulatórias na distribuição são definidas a cada revisão tarifária, enquanto as
perdas na Rede Básica são estimadas, todos os anos, em cada processo tarifário. A Resolução
Homologatória nº 1.507/2013 (última revisão tarifária da CEMIG) estabeleceu o percentual regulatório de
perdas técnicas de 7,84% (sobre energia injetada da concessionária) e para as perdas não-técnicas (sobre
o mercado faturado de baixa tensão) o percentual de 7,63% a ser aplicado no atual reajuste.

48. A cada processo tarifário são apuradas as perdas das DIT de uso compartilhado, com base
nas medições dos últimos 12 meses, que serão somadas às perdas na Rede Básica (rateadas em regime
de condomínio) entre todas as distribuidoras. Neste processo tarifário utilizou-se como valor regulatório,
conforme os valores contabilizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, a média
de abril/2016 a março/2017. A tabela 5 apresenta os valores de perdas para o atual reajuste tarifário da
CEMIG.

Tabela 5: Perdas na Rede Básica, Técnicas e Não Técnicas


Perdas DRP
Não Técnica (s/ Baixa Tensão) 7,63%
Técnica (s/ merc. injetado) 7,84%
Rede Básica (s/ merc. Injetado) 1,74%
Mercado Baixa Tensão (MWh) 18.853.710

49. Para obtenção da energia requerida, é necessário somar as perdas regulatórias, em MWh,
de acordo com os respectivos percentuais determinados na revisão tarifária, ao mercado de venda da
concessionária.

50. A Tabela 6 demonstra os requisitos de energia elétrica da CEMIG para atendimento ao seu
mercado de referência apurado.

11
De acordo com o § 2° do art. 8° da Resolução Normativa nº. 67, de 8/6/2004, com redação alterada pela Resolução Normativa
nº. 210, de 13/2/2006, as perdas provenientes das DIT de uso compartilhado deverão ser atribuídas a cada acessante da referida
instalação.

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Tabela 6: Energia Requerida (MWh) – DRA e DRP


Descrição DRP (MWh)
Mercado Total 25.643.750
Fornecimento 25.643.750
Consumidores Livres 17.631.227
Perdas Totais 5.781.079
Perdas Rede B. 538.787
Perdas na Distribuição 5.242.292
Perda Não Técnica 1.438.538
Perda Técnica 3.803.754
Energia Requerida 31.424.829

III.5.2. Valoração da Compra de energia

51. O artigo 36 do Decreto n° 5.163, de 30/7/2004, estabelece que a ANEEL autorize o repasse
dos custos de aquisição de energia elétrica previstos nos contratos de que tratam os artigos 15, 27 e 32 do
mesmo Decreto, pelos agentes de distribuição às tarifas de seus consumidores finais, assegurando a
neutralidade no repasse dos custos de aquisição de energia elétrica.

52. O cálculo dos valores econômicos para a compra de energia na DRP obedece aos critérios
estabelecidos no contrato de concessão e nas normas setoriais, em especial a Lei nº 10.848/2004 e o
Decreto nº 5.163/2004.

53. Para o cálculo da despesa com energia elétrica comprada para revenda, elabora-se o
Balanço Energético da concessionária, que apura as sobras ou déficits 12 considerando o período de
referência em questão.

54. As sobras ou déficits são calculados a partir da diferença entre os totais de energia
contratada e de energia requerida, ambos relativos ao período de referência. A energia contratada disponível
corresponde ao somatório de CCEAR’s, Contratos de Leilão de Ajuste, Contratos Bilaterais, Geração
Própria, cotas de energia de Itaipu, do Proinfa, de Angra I e II, e das Usinas com Contratos Renovados, e
Contratos de Suprimento.

55. No cálculo do preço de repasse dos contratos de compra de energia foram adotados os
seguintes procedimentos:

12As sobras ou déficits são calculados a partir da diferença entre os totais de energia contratada e de energia requerida, ambos
relativos ao período de referência.

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i) Para valorar a energia referente aos CCEARs, foi utilizado o preço médio de repasse dos
contratos de compra de energia elétrica ponderado pelos respectivos volumes contratados para entrega nos
12 meses subsequentes;

ii) Para os contratos de energia existente e de energia nova, modalidade quantidade, foi
utilizado o respectivo preço médio de fechamento de cada leilão, por produto, atualizado pela variação do
IPCA até o mês do aniversário contratual;

iii) Especificamente para os leilões de energia na modalidade disponibilidade, considerou-se,


além da parcela fixa atualizada pelo IPCA, o valor da parcela variável calculado conforme proposta de
cobertura tarifária aprovada pela AP 091/2016, a qual teve como objetivo o aperfeiçoamento do sistema de
bandeiras e definição das faixas de acionamento e adicionais para o ano de 2017. O mecanismo das
bandeiras tarifárias, iniciado em janeiro de 2015 e cujo objetivo é a sinalização mensal ao consumidor do
custo de geração de energia elétrica, permite que as concessionárias obtenham uma antecipação da receita
necessária para cobrir os custos adicionais com geração térmica em condições hidrológicas desfavoráveis.
Para o cálculo do preço de repasse dos CCEARs por disponibilidade, foi levado em conta o fato de que para
patamares de geração térmica de usinas cujo CVU encontra-se acima de 211,28 R$/MWh, as
concessionárias obterão receita adicional com o acionamento das bandeiras tarifárias. Portanto, os valores
de CMO utilizados para obter a previsão do custo de geração da parcela variável dos CCEARs por
disponibilidade foram fixados em 211,28 R$/MWh para os 12 meses subsequentes.

iv) Todas as atualizações de preços dos contratos firmados após a Lei nº. 10.848/2004
observaram os dispositivos dos artigos 34 a 46 do Decreto n. 5.163/2004, com as alterações introduzidas
pelo Decreto nº 7.521/2011, que regulamentam os limites de repasse para os referidos contratos.

v) O valor da despesa com compra de energia de Itaipu é apurado com base na tarifa de
repasse de potência da Itaipu Binacional e nos montantes de potência e energia associada para os próximos
12 meses. Para os meses de 2017 foram considerados os montantes publicados na Resolução
Homologatória nº. 2.178, de 29/11/2016, e para o restante do período de referência os valores foram
estimados a partir dos montantes da referida Resolução ajustados pela nova cota-parte de Itaipu definida
para 2018. Para valoração dessa despesa, considerou-se a tarifa de Itaipu, em dólares, publicada pela
Resolução Homologatória nº. 2.188, de 19/12/2016, e a taxa de câmbio PTAX média de venda do período
entre o 45° e o 16° dias anteriores ao reajuste da distribuidora, conforme previsto no Submódulo 3.2, Seção
5.1, do PRORET.

vi) Para o cálculo da despesa com a aquisição de energia proveniente das Cotas das
Concessões Renovadas adotou-se o preço de repasse vigente, em R$/MWh, calculado pela ANEEL,
conforme as Receitas Anuais de Geração homologadas por meio da Resolução Homologatória nº 2.107, de
19/07/2016, e Resolução Homologatória nº 2.208, de ,21/03/2017.

56. A Tabela 8 demonstra os contratos de compra de energia elétrica, e os seus respectivos


montantes e despesas, já computadas as variações decorrentes das sobras/déficits nos montantes de
energia adquirida.

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Tabela 7: Contratos de Compra de Energia Elétrica e respectivas Tarifas


Montante Contratado Montante Considerado Tarifa Despesa
Contratos
(MWh) (MWh) (R$/MWh) (R$)
AMBIENTE REGULADO - CCEAR 17.054.825,48 15.471.223,77 215,15 3.328.643.534,17
13º LEE 2014-05 DISP 236.365,50 214.418,11 374,00 80.191.736,94
13º LEE 2014-05 QTD(MSCD)/ Regra esp. do 13º LEE (580.498,92) (526.597,51) 333,18 (175.454.262,99)
13º LEE 2014-05 QTD(MSCD)/ Regra esp. do 13º LEE (24.186,36) (21.940,57) 333,18 (7.310.263,33)
13º LEE 2014-05 QTD/ Regra esp. do 13º LEE 604.684,61 548.537,47 333,18 182.764.322,68
1º LEN A-3 2008-15 T 276.777,35 251.077,58 302,43 75.932.611,66
1º LEN redução COCAL A-3 2008-15 T (3.809,82) (3.456,07) 302,43 (1.045.207,87)
1º LEN - -PIE A-3 2008-15 T (4.962,14) (4.501,39) 302,43 (1.361.341,71)
1º LEN A-3 2008-30 H 39.145,80 35.510,97 203,68 7.232.754,29
2º LEN A-3 2009-15 T 271.819,97 246.580,51 317,71 78.340.191,57
2º LEN A-3 2009-30 H 529.225,24 480.084,78 237,77 114.147.637,68
4º LEN A-3 2010-15 T 3.177.491,80 2.882.450,30 328,78 947.702.772,57
6º LEN A-3 2011-15 T 49.930,39 45.294,17 235,37 10.660.708,37
12º LEN A-3 2014-20 OF (Redução MCSD EN Jan-Dez 2017)/ Nova regra(237.282,88) (215.250,32) 146,10 (31.447.564,09)
12º LEN A-3 2014-20 OF/ Nova regra 905.361,69 821.295,61 146,10 119.989.353,13
12º LEN (Maranhão III) A-3 2014-20 T 993.689,66 901.422,01 148,76 134.095.192,99
12º LEN (retirado MIII) A-3 2014-20 T 1.047.790,54 950.499,43 148,76 141.395.931,28
12º LEN - MCSD (-MIII -PA A-3 2014-20 T (271.618,79) (246.398,01) 148,76 (36.654.073,29)
12º LEN - MCSD (MIII) A-3 2014-20 T (110.404,81) (100.153,33) 148,76 (14.898.771,24)
12º LEN A-3 2014-30 H/ Nova regra 462.176,10 419.261,39 145,97 61.199.102,28
17º LEN DIS-2016 (Redução MCSD EN Jan-Dez 2017)/ Nova regra (14.330,37) (12.999,74) 157,18 (2.043.313,08)
17º LEN DIS-2016 (Efeito Despacho 384/2016)/ Nova regra 22.539,07 20.446,24 157,18 3.213.762,05
17º LEN DIS-2016/ Nova regra 197.233,42 178.919,59 157,18 28.122.774,07
19º LEN DIS-2017 (Redução MCSD EN Jan-Dez 2017)/ Nova regra (27.032,89) (24.522,78) 156,81 (3.845.378,05)
19º LEN DIS-2017/ Nova regra 281.490,44 255.353,04 156,81 40.041.496,08
19º LEN QTD-2017/ Nova regra 137.353,77 124.599,98 145,99 18.189.865,02
22º LEN A-3 2018-20 EOL/ Nova regra 11.067,58 10.039,92 199,02 1.998.144,52
22º LEN A-3 2018-20 T 1.345,05 1.220,16 257,19 313.808,86
22º LEN A-3 2018-30 H/ Nova regra 1.540,53 1.397,48 225,25 314.777,53
1º LEN - -PIE A-4 2009-15 T (6.022,26) (5.463,08) 299,32 (1.635.216,81)
1º LEN redução COCAL A-4 2009-15 T (3.751,87) (3.403,50) 299,32 (1.018.740,01)
1º LEN A-4 2009-15 T 353.506,94 320.682,55 299,32 95.987.222,91
1º LEN A-4 2009-30 H 27.702,42 25.130,15 217,64 5.469.223,09
01º LEN 2008-H30 - Retirada Porto Goés (551,35) (500,15) 219,08 (109.575,41)
01º LEN 2009-H30 - Retirada Porto Goés (602,23) (546,31) 219,08 (119.686,76)
1º LEN A-5 2010-15 T 779.505,57 707.125,68 268,68 189.988.911,55
1º LEN A-5 2010-15 T (redução UTE Candiota III) (19.324,74) (17.530,37) 268,68 (4.710.019,74)
1º LEN A-5 2010-30 H 803.921,64 729.274,63 219,08 159.771.874,70
01º LEN A-5 2010-30 H - Retirada Porto Goés (7.234,39) (6.562,65) 219,08 (1.437.767,25)
3º LEN A-5 2011-15 T 203.549,54 184.649,23 290,48 53.637.427,54
3º LEN A-5 2011-30 H 216.485,40 196.383,95 224,92 44.171.119,43
5º LEN A-5 2012-15 T 1.071.427,57 971.941,68 268,18 260.659.432,59
5º LEN A-5 2012-30 H 495.517,93 449.507,31 230,83 103.760.766,05
10º LEN A-5 2015-30 H 409.959,24 371.893,05 154,40 57.418.744,49
10º LEN A-5 2015-30 H (Redução MCSD EN Jan-Dez 2017) (105.150,44) (95.386,84) 154,40 (14.727.333,07)

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11º LEN A-5 2015-30 H 1.188.968,52 1.078.568,53 101,69 109.683.765,33


11º LEN A-5 2015-30 H (saída CEA) 24.154,74 21.911,88 101,69 2.228.303,38
16º LEN A-5 2018-25 BIO (-Canto do Buriti)/ Nova regra 37.912,25 34.391,96 146,73 5.046.456,50
16º LEN A-5 2018-30 H/ Nova regra 46.852,83 42.502,38 146,73 6.236.528,15
1º LFA A-3 2010-15 OF 409.945,81 371.880,87 257,31 95.688.015,87
1º LFA A-3 2010-30 H 176.238,39 159.874,02 244,86 39.146.207,94
3º LFA BIO-2016/ Nova regra 31.111,47 28.222,65 241,87 6.826.156,21
3º LFA EOL-2017/ Nova regra 7.962,29 7.222,97 201,37 1.454.482,41
Estruturante Santo Antônio 1.076.001,58 976.090,98 139,41 136.078.243,53
Estruturante Santo Antônio - MCSD 36.756,96 33.343,94 139,41 4.648.526,78
Estruturante Santo Antônio - MCSD 66.800,69 60.598,01 139,41 8.448.055,61
Estruturante Jirau - MCSD 184.535,33 167.400,56 122,62 20.526.621,89
Estruturante Belo Monte 2.583.647,64 2.343.746,69 121,54 284.868.839,45
Estruturante Belo Monte 1.318.332,52 1.195.920,61 121,54 145.357.226,24
Estruturante Belo Monte - MCSD 863,69 783,49 121,54 95.229,14
Estruturante Belo Monte - MCSD (2.327.099,69) (2.111.020,14) 121,54 (256.582.275,47)
Bilaterais 1.394.416,80 1.264.940,20 222,74 281.748.240,95
CEMIG Capim Branco Energia (II) 241.600,80 219.167,30 246,10 53.937.072,36
Tractebel Energia S.A. 1.152.816,00 1.045.772,90 217,84 227.811.168,59
Energia Base 16.125.614,71 14.688.665,26 122,69 1.802.182.313,95
Cota Angra I/Angra II 1.075.986,86 976.077,62 224,21 218.846.363,97
Cotas Lei n º 12783/2013 8.178.493,79 7.419.091,31 63,28 469.450.615,31
Itaipu (tirando as perdas) 6.220.952,33 5.643.314,60 197,38 1.113.885.334,67
PROINFA 650.181,73 650.181,73 - -
Total 34.574.856,99 31.424.829,23 172,24 5.412.574.089,08

57. Sendo assim, os custos de compra de energia elétrica considerados para a CEMIG, em
função do Mercado de Referência totalizam R$ 5.412.574.089,08.

III.6 Receitas Irrecuperáveis

58. Conforme estabelecido no Submódulo 3.1A do PRORET, o cálculo das Receitas


Irrecuperáveis é feito pela soma da Receita Requerida (Parcela A + Parcela B), excetuando a própria Receita
Irrecuperável, de todos os itens financeiros e da receita de bandeiras realizada nos últimos 12 meses,
incluindo a estes os valores correspondentes aos tributos ICMS, PIS, COFINS e PASEP, e multiplicado por
um valor correspondente a um percentual médio de Receitas Irrecuperáveis, por classe de consumo,
ponderado pela participação da classe de consumo na receita total da distribuidora, conforme fórmula
abaixo:

= ×{∑ ( × )}
( )

Onde,

: valor a ser considerado de receitas irrecuperáveis;


: receita requerida (Parcela A + Parcela B), sem incluir os valores correspondentes à RI;

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: Componentes Financeiros das Tarifas de Distribuição, conforme definidos no PRORET


submódulo 4;
Receita de Bandeiras: receita faturada de bandeira tarifária nos últimos 12 meses;
: participação da classe de consumo C na receita total verificada no ano teste;
: percentual de receitas irrecuperáveis regulatória, relativa à classe C, do grupo ao qual pertence à
empresa.

59. Para a CEMIG, os percentuais e valores de receitas irrecuperáveis considerados, por classe
de consumo, estão descritos na tabela abaixo:

Tabela 8: Percentuais de receitas irrecuperáveis por classe de consumo


DESCRIÇÃO - Tipo RECEITA (R$) Percentual RI Reais RI
Residencial 4.967.009.295 0,46% 21.885.711,45
Industrial 2.499.897.096 0,57% 13.649.126,30
Comercial 2.598.861.018 0,59% 14.687.332,65
Rural 1.612.322.993 0,28% 4.324.321,19
Iluminação Pública 370.848.308 0,14% 497.315,74
Poder Público 411.859.310 0,26% 1.025.723,01
Serviço Público 481.505.477 0,00% -
Demais 223.924.698 - -
TOTAL 13.166.228.196 78.324.189

60. Sendo assim, o valor total de Receitas Irrecuperáveis na Parcela A da CEMIG é de R$


78.324.189,41.

III.7. Neutralidade dos itens da Parcela A

61. O componente financeiro denominado Neutralidade dos itens da Parcela A é resultante das
condições definidas pela Lei nº 12.783/2013 e pela Subcláusula Décima Nona da Cláusula Sexta do aditivo
contratual aprovado pelo Despacho nº 2.194/2016, os quais estendem a neutralidade dos Encargos Setoriais
para toda a Parcela “A”.

62. Os itens da Parcela A definidos no Submódulo 2.1 A do PRORET estão sujeitos ao cálculo
da Neutralidade, bem como os componentes financeiros relacionados à Parcela A (incluindo-se os Demais
Componentes Financeiros, o saldo a compensar CVA bem como o próprio financeiro de neutralidade), à
exceção da CVA em Processamento, a qual é neutralizada pelo cálculo do saldo a compensar, conforme
disposto na Portaria Interministerial n° 25, de 24/1/2002.

63. A Neutralidade da Parcela A é calculada com relação à variação de mercado no período de


referência, consideradas as diferenças mensais entre os valores faturados de cada item da Parcela A e os
respectivos valores contemplados no reajuste ou revisão tarifária anterior.

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64. Os valores faturados são calculados considerando as tarifas de base econômica, salvo se
o cálculo for a de Neutralidade de itens financeiros, quando será usada uma tarifa derivada especificamente
para este fim.

65. A Neutralidade dos itens da Parcela A é subdividida em duas categorias:

i) Neutralidade dos itens da Parcela A de natureza fixa: Contempla os Encargos Setoriais,


Encargos de Conexão dos Sistemas de Transmissão/Distribuição e os componentes financeiros
relacionados à Parcela A:

ii) Neutralidade dos itens da Parcela A de natureza variável: Custo de Aquisição de


Energia, Encargos de Uso dos Sistemas de Transmissão/Distribuição, Transporte de Itaipu e Receitas
Irrecuperáveis.

66. A metodolodia de cálculo da Neutralidade dos itens de Parcela A de natureza fixa bem como
dos de natureza variável consta do Submódulo 4.4A do PRORET. Os resultados para esse componente
financeiro serão apresentados na seção “Componentes Tarifários Financeiros Externos ao Reajuste
Econômico”.

III.8. Parcela B

67. O submódulo 3.1A do PRORET estabelece que no primeiro processo tarifário após a Data
Referência de Alteração Contratual, denominado de DR1, o Valor da Parcela “B” considerando-se as
condições vigentes e o Mercado de Referência, (VPB0), e o valor final de aplicação da Parcela “B” na Data
do Reajuste em Processamento, (VPB1), são calculados da seguinte forma:

0 = ( )

1 = 0 1 ( − )− − , +

Onde:

VPB0DR1: Valor da Parcela B, considerando as tarifas de aplicação vigentes e o mercado


de referência;
TUSD fio B Vigente: Valor vigente econômico correspondente ao componente tarifário do
Fio B;
Mercado Ref: Mercado de referência composto pelos montantes de energia elétrica e de
demanda de potência faturados no Período de Referência;

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Período de Referência: 12 (doze) meses anteriores ao mês do reajuste tarifário anual ou


revisão tarifária periódica em processamento, quando for o caso;
VPB1DR1: Valor da Parcela B econômico na data do reajuste em processamento;
Fator DR1: Fator que ajusta a Receita de Parcela B vigente, retirando os valores de Receita
Irrecuperável e incluindo os valores de OR (como proporção dos valores considerados na
última revisão tarifária);
ORDR1: Valores de Outras Receitas apurados no período de referência, atualizados
conforme o submódulo 2.7A;
UD, ERDR1: Valores de Ultrapassagem de Demanda e Excedente de Reativos, apurados
entre a Data Referência de Alteração Contratual e DR1, atualizados conforme o submódulo
2.1A; e

ONS: Encargo de ONS vigente em DR1.

68. Portanto, são necessários ajustes na Receia Fio B (VPB0) da CEMIG, de modo a retirar os
efeitos da presença do componente Receitas Irrecuperáveis (RI) na Parcela B e isolar os efeitos das
parcelas correspondentes a Outras Receitas (OR), Ultrapassagem de Demanda (UD) e Excedente de
Reativos (ER), que passarão a ser apuradas considerando o que for efetivamente realizado.

69. Para fazer os ajustes relacionados acima na Receita Fio B (VPB0), será observada a
participação de RI e OR na receita da última revisão tarifária, observando, porém, a aplicação do
componente de trajetória T do Fator X, exceto para o último processo tarifário, que altera a proporção dos
itens de parcela B definida no momento da revisão. Assim, o Fator DR1 é definido como:

+ −
1=

Onde,
VPBRev: Valor da Parcela B final, já descontados de Outras Receitas ou de quaisquer
outros tratamentos econômicos específicos, calculado na última revisão periódica, após
ajustes do componente T do Fator X;
ORRev e RIRev: Valores de OR e RI, observando a participação considerada na última
Revisão Tarifária, após ajustes do componente T do Fator X.

70. O valor do Fator DR1, calculado de acordo com a equação acima e utilizado nesse processo
de reajuste tarifário da CEMIG foi de 0,9955.

71. Os valores de Outras Receitas apurados no período de referência foram informados por
meio do Memorando nº 217/2017-SFF/ANEEL, de 24/04/2017 e atualizados conforme o submódulo 2.7A.

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72. Como o início do período de apuração dos Valores de Ultrapassagem de Demanda e


Excedente de Reativos definido pelo PRORET (último dia do mês da publicação do PRORET - 28/02/17)
foram considerados os valores de UD e ER de março e abril de 2017 como redutores da Parcela B nesse
processo tarifário de 2017 da CEMIG.

73. O valor da contribuição associativa ao Operador Nacional do Sistema – ONS a ser somada
à Parcela B da concessionária totaliza R$ 349.816,00, tendo como base o valor aprovado por meio da
Resolução Autorizativa ANEEL nº 6.157/2017.

74. O Fator X13 é estabelecido no momento da Revisão Tarifária Periódica conforme consta na
Subcláusula Décima Quinta da Cláusula Sexta do Contrato de Concessão e tem por objetivo principal
garantir que o equilíbrio entre receitas e despesas eficientes se mantenha ao longo do ciclo tarifário. Para
atingir essa finalidade, o Fator X é composto por três componentes, conforme fórmula abaixo:
Fator X  Pd  Q  T

onde:
Pd = Ganhos de produtividade da atividade de distribuição;
Q = Qualidade do serviço; e
T = Trajetória de custos operacionais.

75. A Resolução Homologatória nº 1.507/2013 estabeleceu, para o atual ciclo tarifário, os


valores dos componentes Pd e T do Fator X em 1,15% e 0,68%, respectivamente, a serem aplicados na
atualização da Parcela B nos reajustes tarifários da CEMIG.

76. Conforme metodologia definida no Submódulo 2.5A do PRORET 14 , para a aferição do


componente Q (qualidade do serviço) do Fator X serão considerados indicadores dos serviços técnicos e
comerciais prestados por cada distribuidora. Seu cálculo leva em conta a variação de sete indicadores e o
atendimento aos padrões de qualidade estabelecidos pela ANEEL.

77. Os indicadores que compõem as parcelas de qualidade técnica e comercial possuem seus
próprios pesos, que serão aplicados gradualmente até março de 2019. No caso do atual reajuste da CEMIG
foram considerados apenas os pesos dos indicadores de DEC e FEC, de modo que o valor do componente
Q do Fator X a ser aplicado na atualização da Parcela B é de 0,00%.

13 Para maiores detalhamentos do Fator X consultar Submódulo 2.5 do PRORET.


14 Será aplicada a nova metodologia para os reajustes tarifários após o 4º ciclo de revisão tarifária periódica.

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Tabela 9: Fator X
Componentes Valor
Componente Pd do Fator X 1,15%
Componente T do Fator X 0,68%
Componente Q do Fator X 0,00%
Fator X 1,83%

78. Os valores da Parcela B são corrigidos pela aplicação do IPCA15, cuja variação para o
período de referência foi de 4,08%.

79. A tabela abaixo demonstra o cálculo da Parcela B na DRP.

Tabela 10: Cálculo da Parcela B


Descrição Valores
Parcela B Ano Anterior 3.982.960.763,35
Fator DR1/Fator PB 0,995
Parcela B Limpa 3.964.986.618,65
Outras Receitas (OR) 93.111.662,41
Excedente de Reativos 2.875.195,98
Ultrapassagem de Demanda (UD) 6.551.318,44
IPCA 4,08%
Fator X 1,83%
Parcela B - DRP (R$) 3.952.132.769,21

III.9. Componentes Tarifários Financeiros Externos ao Reajuste Econômico

80. Os componentes tarifários financeiros não fazem parte da base tarifária econômica e se
referem a valores a serem pagos ou recebidos pelos consumidores em cada período de 12 meses
subsequentes aos reajustes ou revisões tarifárias.

81. Os componentes financeiros considerados neste reajuste são:

iii) A Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A – CVA.


Compensa os efeitos financeiros que ocorrem entre as datas de reajustes/revisões da Parcela A, conforme
disposto na Portaria Interministerial n° 25, de 24/1/2002, do Ministério de Minas e Energia (MME) e do
Ministério da Fazenda (MF).

 Conforme Ofício-Circular nº 14/2014-SRE-SFF/ANEEL, de 14/05/2014, e a nova


metodologia de cálculo resultado da 4ª fase da Audiência Pública 78/2011, a apuração do
saldo da CVA será realizada com base nos valores devidos de pagamentos, ao invés dos

15 Índice calculado pelo Institudo Brasileiro de Geografia e Estatística - FGV.

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valores apresentados pelas concessionárias para o processo tarifário corrente. Os dados


considerados no cálculo serão fiscalizados e validados pela Superintendência de
Fiscalização Econômica e Financeira – SFF, que apresentará relatório final de fiscalização,
ratificando as informações ou indicando eventuais diferenças, que serão incorporadas no
processo tarifário subsequente, com a devida atualização pela Taxa Selic.

 Os valores da CVA do 5º dia útil anterior à data do reajuste tarifário anual foram atualizados
pela taxa média anual BM&F16, de 9,30% a.a..

 Do total apurado para a CVAENERGIA, foi deduzido a parcela da receita decorrente da


aplicação dos adicionais das Bandeiras Tarifárias Vermelha e os repasses da Conta
Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias alocada para a cobertura dos custos dos
CCEARs-D e do risco hidrológico dos CCGF e Itaipu, para o período de competência de
março de 2016 a fevereiro de 2017, conforme estabelecido no Submódulo 6.8 do PRORET.

 Além disso, a concessionária também apresentou alocação de recursos da receita das


Bandeiras tarifárias e da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias para a
cobertura de despesas de ESS e de EER, os quais foram deduzidos do total apurado para
a CVA ESS/EER para a competência de outubro de 2016.

 Foi incluído no cálculo da CVAENERGIA o risco financeiro decorrente de diferenças de preços


entre submercados associados aos CCEAR por quantidade, conforme critérios de rateio
previstos nas regras de comercialização vigentes. A SGT apurou, com base nos relatórios
da CCEE, o valor da exposição líquida das diferenças de preços de submercados,
atualizado pela taxa SELIC, referente ao período de março de 2016 a fevereiro de 2017.

 O resultado da CVA em Processamento está demonstrado na tabela abaixo:

16 Em conformidade com os §§ 2° e 3° do Art. 3° da Portaria Interministerial MF/MME n° 25, de 24 de janeiro de 2002, e os §§


1° e 2º do Art. 6° da Resolução n° 89, de 18 de fevereiro de 2002, os valores das CVA até o 5º (quinto) dia útil anterior à data do
reajuste tarifário são atualizados pela aplicação da menor taxa obtida na comparação entre a taxa média ajustada dos
financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos públicos federais e a
projeção de variação indicada no mercado futuro da taxa média de depósitos interfinanceiros negociados na Bolsa de Mercadorias
e Futuros para o prazo de 12 meses, ambos referentes aos 30 dias anteriores à data do reajuste.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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Tabela 11: Valores apurados da CVA em Processamento


12 Meses
Delta 5° Dia Útil Anterior
Descrição Subseqüentes
(R$) (R$)
(R$)
CVA CDE (345.597.990,29) (372.032.919,28) (390.264.034,51)
CVA CDE Energia 16.593.700,11 20.661.020,06 21.673.493,47
CVA Rede Básica 20.701.122,22 20.746.993,20 21.763.679,64
CVA Compra Energia (155.311.173,74) (194.203.051,01) (203.719.784,65)
CVA Transporte Itaipu 4.638.503,02 5.004.739,82 5.249.992,28
CVA Proinfa (9.812.057,55) (10.117.191,14) (10.612.974,35)
CVA ESS/ERR (199.790.146,61) (206.732.151,98) (216.862.862,16)
Total (668.578.042,85) (736.672.560,33) (772.772.490,30)

 A Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A – CVA relacionada aos


custos de aquisição de energia representou o repasse de (203.719.784,65), com efeito no atual
reajuste de -1,55%. Os principais componentes que impactaram no saldo da CVAENERGIA foram os
contratos por disponibilidade e a energia proveniente de Itaipu.

iv) Saldo a Compensar da CVA do ano anterior. Conforme previsto no § 4° do artigo 3° da


Portaria Interministerial MME/MF n° 25/2002, foi verificado se o Saldo da CVA em Processamento
considerado no processo tarifário de 2016 foi efetivamente compensado, levando-se em conta as variações
ocorridas entre o mercado de energia elétrica utilizado na definição daquele processo tarifário e o mercado
verificado nos 12 meses da compensação, bem como a diferença entre a taxa de juros projetada e a taxa
de juros SELIC verificada.

 Para o cálculo do Saldo a Compensar da CVA do ano anterior, foram utilizados os


valores de CVA do 5º dia útil fiscalizados pela SFF, os quais foram informados por meio
do Memorando nº 216/2017-SFF/ANEEL, de 27/4/2017. Destaca-se que o saldo
fiscalizado da CVA_energia foi alterado pela SGT, devido a redução de montante de
compra de energia, em função de recontabilização do Balanço Energético da CCEE.

 No saldo a compensar analisado também está contemplado o financeiro de saldo a


compensar da reversão da RTE realizada no processo tarifário de 2015.

v) Repasse de Sobrecontratação/exposição involuntária de Energia. Calculado conforme


a metodologia contida no Submódulo 4.3 do PRORET, aprovado pela REN nº 703, de 15 de março de 2016.
Os valores obtidos para o repasse da Sobrecontratação de Energia ou Exposição ao Mercado de Curto
Prazo foram:

 Foi calculado o resultado no mercado de curto prazo para a distribuidora entre março
de 2016 e fevereiro de 2017, com base em dados fornecidos pela CCEE e representa
um repasse tarifário de R$ 20.389.241,4, a preços de maio/17.

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 Para o ano civil de 2016: Sobrecontratação de energia de 735.541 MWh, que


representa 2,32% do Mercado Regulatório. Por estar dentro do limite de 5% do Mercado
Regulatório, definido no Decreto nº 5.163/2004, não há ajuste a ser realizado no
respectivo repasse do resultado do mercado de curto prazo.

 Destaca-se que o resultados do Repasse de Sobrecontratação de Energia e Exposição


ao Mercado de Curto Prazo serão recalculados a cada processo tarifário, a partir do
ano civil de 2015, limitado a um período de 5 anos, com a finalidade de considerar
recontabilizações de carga, contratos e PLD percebido, informadas pela CCEE. Neste
processo, o resultado financeiro decorrente das recontabilizações da CCEE totalizou
R$ -330.327,56.

 Assim, o componente financeiro final de Repasse de Sobrecontratação de Energia ou


Exposição ao Mercado de Curto Prazo, considerando todas as recontabilizações, é de
R$ 20.058.913,84, já atualizado para preços de maio de 2017.

vi) Neutralidade da Parcela A. Em conformidade com o disposto na Subcláusula Décima


Nona da Cláusula Sexta do Contrato de Concessão, o componente financeiro denominado Neutralidade dos
itens da Parcela A, mencionado na seção III.7 desta Nota Técnica, foi apurado para a CEMIG, para o período
de mar/16 a fev/17, conforme metodologia de cálculo definida no Submóduloa 4.4A do PRORET.

vii) Garantias financeiras na contratação regulada de energia (CCEAR). Foram


reconhecidos os pagamentos efetuados pela distribuidora no período de maio de 2016 a abril de 2017,
atualizados pela taxa SELIC, conforme Submódulo 4.4A do PRORET, tendo sido fiscalizados 17 pela
Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira – SFF.

viii) Descasamento da TUSD Distribuição. Em cumprimento ao disposto no artigo 7° da


Portaria Interministerial n° 25/2002 e conforme dispõe o Submódulo 4.4A do PRORET, ajustou-se
financeiramente os custos decorrentes dos Contratos de Uso do Sistema de Distribuição (CUSDs) firmados
entre a CEMIG e as distribuidoras COELBA, LIGHT, CPFL Paulista e EMG , observados os preceitos da
contratação eficiente.

ix) Descasamento da TUSD Geração. Conforme consta no inciso II do Art. 3º da REH


2.076/2016, por se tratar de geradoras em regime anual de cotas, a aplicação das novas TUSDg constante
na Tabela 1 anexa à REH citada acima somente poderiam ser aplicadas a partir de 1º de julho de 2016, com
a publicação da nova Receita Anual de Geração (RAG). Sendo assim, está sendo considerado no atual
processo tarifário da CEMIG-D um componente financeiro, correspondente à diferença de receita que foi
auferida pela distribuidora em relação ao período de competência de 28/5/2016 a 30/6/2016.

x) Penalidade por descumprimento de metas de universalização. Conforme previsto na


Resolução Normativa nº 238, de 28 de novembro de 2006, que alterou os critérios de aplicação de

17 Memorando nº. 217/2017-SFF/ANEEL, de 27/4/2017.

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penalidades, estabelecidos pelo art. 14 da Resolução nº 223, de 29 de abril de 2003, referentes ao não
cumprimento, por parte das concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia
elétrica, das metas estabelecidas para o Programa de Universalização, foi considerado no atual reajuste da
CEMIG o valor negativo de -R$ 3.014.079,79, referente ao Valor Redutor calculado na forma dos §§ 6º e 7º
do referido art. 14 da referida Resolução. Destaca-se que esta é a 4ª e última parcela da penalidade.

xi) Estorno do financeiro de cumprimento de decisões liminares relativas ao pagamento


da CDE. No último processo tarifário foi concedido componente financeiro devido a aplicação das tarifas
com efeitos das liminares que contestavam os valores da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE,
denominado de Ajuste Liminar Abrace, e que será revertido neste processo tarifário com base no Despacho
ANEEL n. 1576 de 14 de junho de 2016, que revogou o Despacho n. 2.792/2015. Assim, as distribuidoras
deduzirão das cotas mensais da CDE os efeitos das liminares com o estorno dos efeitos das liminares já
repassadas nos processos tarifários.

xii) Previsão do Risco Hidrológico. Em 15/02/2017 foi aberta a Audiência Pública nº 04/2017,
com o intuído de obter subsídios para atualização do Submódulo 4.4 do PRORET e discussão do tratamento
tarifário da previsão do risco hidrológico, com período para envio de contribuição de 16/2/2017 a 30/3/2017.
Conforme deteminação da Diretoria no fechamento da AP 91/2016, a SGT está autorizada a calcular
componente financeiro associado ao risco hidrológico para as distribuidoras cujo processo tarifário venha a
ocorrer antes do fechamento da AP 04/2017, nos termos da minuta do submódulo 4.4 do PRORET
submetida à AP. Portanto, para a CEMIG foi calculada a cobertura dos riscos hidrológicos associados às
usinas comprometidas com contratos de Cotas de Garantia Física (CCGF), à usina de Itaipu e às usinas
hidrelétricas cuja energia foi contratada no Ambiente de Contratação Regulada – ACR, e que firmaram
Termo de Repactuação de Risco em conformidade com a Lei nº 13.203/2015, a qual totalizou R$
399.818.256,22.

xiii) Repasse de compensação DIC/FIC. Refere-se a valores pagos pelas distribuidoras


acessadas às distribuidoras acessantes decorrente do repasse aos consumidores da compensação
financeira referente à violação dos limites de continuidade dos pontos de conexão dos acessos de
distribuidoras à outras distribuidoras, conforme item 6.1.5.2, Seção 8.2, do Módulo 8 dos Procedimentos de
Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST.

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82. A tabela 12 consolida os valores dos componentes financeiros:

Tabela 12: Componentes Financeiros


COMPONENTES FINANCEIROS Valor (R$) Participação
CVA em Processamento - Encargos Setoriais (485.791.320,49) -3,69%
CVA em Processamento - Energia comprada (203.719.784,65) -1,55%
CVA em Processamento - Transmissão 27.013.671,91 0,21%
Saldo a Compensar CVA-Ano Anterior + Ajustes (31.655.873,43) -0,24%
Neutralidade - Energia 6.757.401,16 0,05%
Neutralidade - Transporte 15.743.188,26 0,12%
Neutralidade - Encargos Setoriais (96.184.410,45) -0,73%
Neutralidade dos financeiros 290.277,68 0,00%
Sobrecontratação/exposição de energia 20.058.913,84 0,15%
Garantias financeiras na contratação regulada de energia (CCEAR) 564.483,44 0,00%
Previsão de Risco Hidrológico 399.818.256,22 3,04%
Ajuste Liminar Abrace (295.775.564,61) -2,25%
Ajuste ref. equilíbrio econômico-financeiro TUSDg 108.149,51 0,00%
Ajuste CUSD 42.090,24 0,00%
Penalidade por descumprimento de meta de universalização (3.014.079,79) -0,02%
Repasse de compensação DIC/FIC (147.733,24) 0,00%
Total (645.892.334,41) -4,91%

83. Ressalta-se que o saldo apurado para a CVAESS/ERR foi ajustado de forma a considerar
que a devolução da componente Receita Fixa de Angra III ocorreu em um único faturamento mensal, com
base consumo realizado entre 1º e 30 de abril, conforme determinado pela Diretoria da ANEEL na 8ª Reunião
Pública Ordinária de 2017.

84. A CEMIG através do seu pleito encaminhado por e-mail pela NT nº 08/2017-RE/TF trouxe
dois pontos que não podem ser considerados nesse processo tarifário. O primeiro item que foge do campo
tratado no processo de reajuste é sobre a alteração na fórmula de apuração da componente de produtividade
do fator X – Pd onde a CEMIG pleiteia a adoção da fórmula de apuração ex post da componente
produtividade já neste processo tarifário. No entanto a nova metodologia da componente Pd só deverá ser
reavaliada e alterada quando a concessionária passar pelo 4º ciclo de revisão tarifária.

85. A outra questão trazida pela CEMIG é sobre o efeito financeiro de recontabilização de
contratos de 2010 na sobrecontratação calculada no processo tarifário de 2011. O pedido da concessionária
está sendo analisado no âmbito da AP 14/2017, aberta com o objetivo de obter subsídios à proposta de
procedimento regulatório para o reconhecimento financeiro decorrente de recontabilizações da CCEE
anteriores a 2015.

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IV. Adicionais de Bandeiras Tarifárias e CCRBT

86. Os adicionais de bandeiras tarifárias são definidos pela ANEEL anualmente


conforme previsão das variações relativas aos custos de geração por fonte termelétrica e à exposição aos
preços de liquidação no mercado de curto prazo que afetem os agentes de distribuição de energia elétrica
conectados ao Sistema Interligado Nacional – SIN.

87. Os recursos provenientes da aplicação das bandeiras tarifárias pelas distribuidoras são
revertidos à Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias – Conta Bandeiras, a qual foi criada
pelo Decreto nº 8.401/2015 e regulamentada por meio do Submódulo 6.8 do PRORET.

88. Uma vez arrecadados na Conta Bandeiras, os recursos são repassados às distribuidoras,
considerando os custos efetivamente realizados de geração por fonte termelétrica e de exposição aos
preços de liquidação no mercado de curto prazo e a respectiva cobertura tarifária vigente.

89. Desta forma, conforme estabelecido no parágrafo 38 do Submódulo 6.8 do PRORET, a


receita decorrente da aplicação dos adicionais das Bandeiras Tarifárias Amarela e Vermelha e os repasses
da Conta Bandeiras foram considerados na apuração da CVA ENERGIA, da CVAESS/EER da concessionária e do
cálculo do financeiro de Exposição/Sobrecontratação referente ao ano civil de 2016.

90. Neste processo tarifário, a receita proveniente da aplicação dos adicionais das Bandeiras
Tarifárias Vermelha e dos repasses da Conta Bandeiras, que foi deduzida dos totais apurados de CVAENERGIA
e da CVAESS/EER, contribuiu para que a tarifa da CEMIG não sofresse um aumento adicional médio de 0,52%.

V. Subvenção CDE – Descontos Tarifários

91. Nos termos do inciso VII do artigo 13º da Lei nº 10.438/2002, e conforme dispõe o Decreto
nº 7.891/2013, a CDE, além de suas demais finalidades, deve custear descontos incidentes sobre as tarifas
aplicáveis aos: geradores e consumidores de fonte incentivada; serviço de irrigação e aquicultura em horário
especial; serviço público de água esgoto e saneamento; distribuidoras com mercado próprio inferior a 500
GWh/ano; classe rural; subclasse cooperativa de eletrificação rural e; serviço público de irrigação.

92. Conforme o artigo 3º do Decreto nº 7.891/2013, a Centrais Elétricas Brasileiras S. A. –


Eletrobras – deve repassar o montante mensal de recursos da CDE a cada distribuidora visando custear os
referidos descontos tarifários retirados da estrutura tarifária. Para definição dos valores mensais dos
subsídios a serem repassados, a SGT utilizou o mercado considerado no período de referência deste
processo tarifário.

93. Sendo assim, a tabela abaixo apresenta o valor mensal a ser repassado pela Eletrobrás a
distribuidora no período de competência de maio/2017 a abril/2018, até o 10º dia útil do mês subsequente.
Esse valor contempla também o ajuste referente à diferença entre os valores previstos e os realizados no
período de maio/2016 a abril/2017.

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Fls. 29 Nota Técnica nº 134/2017-SGT/ANEEL, de 16 de maio de 2017.

Tabela 13: Valores dos subsídios que serão repassados pela Eletrobrás
TIPO Ajuste (R$) Previsão (R$) Valor Mensal (R$)
Subsídio Carga Fonte Incentivada 1.509.881,25 15.252.227,37 16.762.108,62
Subsídio Geração Fonte Incentivada (395.871,79) 2.644.915,43 2.249.043,64
Subsídio Distribuição - - -
Subsídio Água, Esgoto e Saneamento 365.229,68 5.644.317,70 6.009.547,38
Subsídio Rural 1.306.593,76 29.708.949,66 31.015.543,41
Subsídio Irrigante/Aquicultor 2.826.897,76 14.340.512,72 17.167.410,48
Total 5.612.730,65 67.590.922,88 73.203.653,53

VI. Metodologia para o cumprimento de decisões liminares relativas ao pagamento da CDE

94. Desde meados de 2015, uma grande quantidade de agentes do setor elétrico vem ajuizando
ações judiciais com o objetivo de desobrigá-los do pagamento de parcelas consideradas controversas no
orçamento anual da CDE.

95. A primeira decisão liminar favorável foi mediante ação ajuizada pela Associação Brasileira
de Grandes Consumidores de Industriais de Energia Elétrica – ABRACE no Processo Judicial n. 26648-
39.2015.4.01.3400.

96. Para cumprir a decisão liminar favorável aos membros da ABRACE, foi preciso desenvolver
metodologia específica para o cálculo das cotas anuais da CDE e do correspondente encargo tarifário, de
forma não prevista na legislação e na regulação vigentes.

97. Para isso, foi aberta a Audiência Pública nº 57/2015 que teve como resultado final a
Resolução Homologatória nº 1.967/2015 e o Despacho nº 3.312/2015 estabelecendo, resumidamente, duas
ações para incorporar a liminar da ABRACE ao processo tarifário: (i) publicar tarifas específicas para os
associados da ABRACE, para os dois ambientes de contratação (LIVRE e CATIVO) e para as modalidades
tarifárias aplicáveis a cada subgrupo tarifário de acordo com o mercado fornecido pela distribuidora; e (ii)
reconhecer um financeiro da diferença entre a tarifa de equilíbrio apurada no último processo tarifário e a
nova tarifa aprovada pela REH nº 1.967/2015, considerando o mercado faturado dos consumidores
ABRACE.

98. No entanto, com o aumento substancial de processos judiciais contestando o encargo da


CDE após a liminar concedida à ABRACE, a decisão da ANEEL quanto a metodologia de aplicação das
liminares mostrou-se impraticável do ponto de vista operacional tanto para a Agência quanto para as
distribuidoras.

99. Dessa maneira, a Diretoria da ANEEL decidiu por meio da Resolução Homologatória nº
2.083/2016 18 , de 14 de junho de 2016, publicar as tarifas com os efeitos das liminares e a lista de

18 Publicada em 16 de junho de 2016.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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consumidores beneficiados, de tal forma que as distribuidoras realizem o faturamento do encargo da CDE
considerando as novas tarifas publicadas, com vigência da decisão judicial até quando perdurar os seus
efeitos.

100. Ou seja, as distribuidoras recolherão mensalmente à Eletrobras as cotas da CDE fixadas


pela ANEEL descontado o efeito mensal das liminares, relativos à mesma competência, e observando a
diferenciação entre CDE – USO e CDE – ENERGIA, dando ciência à ELETROBRAS sobre as glosas
realizadas.

101. Além disso, está sendo realizado o estorno dos efeitos das liminares repassados às tarifas
das distribuidoras nos processos tarifários subsequentes à publicação da REH nº 2.083/2016 e a SFF ficará
responsável por fiscalizar o efeito das liminares no faturamento das distribuidoras e transmissoras, no
pagamento das cotas à Eletrobrás e nos reembolsos da CDE aos beneficiários.

VII. Análise dos Resultados

102. O Reajuste Tarifário Anual – RTA da CEMIG-D - CEMIG Distribuição S/A conduz a um efeito
médio nas tarifas a ser percebido pelos consumidores de -11,89%, sendo de -21,84%, em média, para os
consumidores conectados na Alta Tensão e de -7,27%, em média, para os consumidores conectados na
Baixa Tensão.

Tabela 14: Efeito médio


Grupo de Consumo Variação Tarifária
AT - Alta Tensão (>2,3kV) -21,84%
BT- Baixa Tensão (<2,3kV) -7,27%
Efeito Médio AT+BT -11,89%

103. O efeito médio de -11,89% decorre: (i) do reajuste dos itens de custos de Parcela A e B,
calculado conforme estabelecido no contrato de concessão, para a formação da Receita Requerida; (ii) da
inclusão dos componentes financeiros apurados no atual reajuste tarifário para compensação nos 12 meses
subsequentes; e (iii) da retirada dos componentes financeiros estabelecidos no processo de reajuste tarifário
anual de 2016, que vigoraram até a data do reajuste em processamento.

104. A atualização dos custos de Parcela A e B resultou em um índice de reajuste tarifário de


1,29%, ao se ter como base de comparação as Parcelas A e a B estabelecidas no reajuste de 2016.

105. Desse índice de reajuste tarifário, a variação dos custos de Parcela A contribuiu para o
efeito médio em 1,52% enquanto a variação de custos de Parcela B foi responsável em -0,24%.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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Tabela 15: Variação e Participação no IRT das Parcelas A e B


Participação no Participação na
Reajuste Receita
PARCELA A [Encargos+Transmissão+Energia] 1,52% 70,36%
Encargos Setoriais -5,73% 20,09%
Taxa de Fisc. de Serviços de E.E. – TFSEE -0,00% 0,12%
Conta de Desenvolvimento Energético – CDE (USO) -3,78% 7,45%
Conta de Desenvolvimento Energético – CDE (Decr. 7945/2013) 0,20% 2,70%
Conta de Desenvolvimento Energético – CDE (Conta-ACR) -0,96% 3,76%
Encargos Serv. Sist. - ESS e Energ. Reserv. - EER -0,85% 2,97%
PROINFA -0,33% 2,26%
P&D, Efic.Energ e Ressarc.ICMS Sist.Isol. -0,01% 0,83%
Custos de Transmissão 5,16% 9,10%
Rede Básica 3,75% 6,03%
Rede Básica Fronteira 0,58% 1,22%
Rede Básica ONS (A2) 0,02% 0,08%
Rede Básica Export. (A2) 0,00% 0,01%
MUST Itaipu 0,13% 0,56%
Transporte de Itaipu 0,65% 0,85%
Conexão 0,01% 0,31%
Uso do sistema de distribuição e CCD 0,00% 0,03%
Custos de Aquisição de Energia 1,51% 40,59%
Receitas Irrecuperáveis 0,59%
PARCELA B -0,24% 29,64%
IRT 1,29% 100,00%

Efeito dos Componentes Financeiros do Processo Atual -4,91%


CVA em Processamento - Encargos Setoriais -3,69%
CVA em Processamento - Energia comprada -1,55%
CVA em Processamento - Transmissão 0,21%
Saldo a Compensar CVA-Ano Anterior + Ajustes -0,24%
Neutralidade - Energia 0,05%
Neutralidade - Transporte 0,12%
Neutralidade - Encargos Setoriais -0,73%
Neutralidade dos financeiros 0,00%
Sobrecontratação/exposição de energia 0,15%
Garantias financeiras na contratação regulada de energia (CCEAR) 0,00%
Previsão de Risco Hidrológico 3,04%
Ajuste Liminar Abrace -2,25%
Ajuste ref. equilíbrio econômico-financeiro TUSDg 0,00%
Ajuste CUSD 0,00%
Penalidade por descumprimento de meta de universalização -0,02%
Repasse de compensação DIC/FIC 0,00%
Efeito da retirada dos Componentes Financeiros do Processo Anterior -8,27%
Efeito Médio a ser percebido pelos Consumidores -11,89%

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106. Em relação à atualização dos componentes financeiros apurados no atual reajuste, para
compensação nos 12 meses subsequentes, esses contribuíram no efeito tarifário em -4,91% no atual
reajuste da CEMIG.

107. Por outro lado, o efeito da retirada dos componentes financeiros considerados no reajuste
tarifário anual de 2016, que contribuíram com um aumento nas tarifas estabelecidas em 2016, representa
uma redução de -8,27% no atual reajuste, quando de sua retirada nas tarifas atualmente praticadas pelos
consumidores.

108. O Valor da Parcela A apresentou uma variação de 2,19% em relação à RTA de 2016,
representando 1,52% na composição do efeito médio, com destaque para:

i) Encargos Setoriais. O valor total dos encargos setoriais resultou em variação de -21,98%
em comparação com os valores da RTA de 2016, correspondendo a uma variação tarifária no efeito médio
de -5,73%. Destaca-se, principalmente, a redução do orçamento da CDE – USO, decorrente da
homologação das cotas anuais da CDE para o ano de 2017, conforme Resolução Homologatória nº 2.204,
de 7 de março de 2017, que contribuiu para um efeito médio de -3,78% no atual reajuste da CEMIG, bem
como a redução do encargo de ESS e EER, contribuindo para uma redução do efeito médio de -0,85%. A
principal explicação para a redução do EER foi a não consideração do componente de Receita Fixa de Angra
III o qual compôs a previsão do encargo no processo tarifário da CEMIG de 2016.

ii) Custos de Transmissão. Variação de 127,12% em relação à RTA de 2016,


correspondendo a um efeito médio de 5,16%. O efeito positivo dos custos de transmissão é resultado,
principalmente, da incorporação, no Encargo de Rede Básica, do efeito do aumento da TUST que ocorrerá
em julho de 2017, decorrente do aprimoramento da regulamentação do cálculo do custo de capital a ser
adicionado à Receita Anual Permitida - RAP das concessionárias de transmissão, cujos contratos foram
prorrogados nos termos na Lei n° 12.783/2013, em consonância com o disposto na Portaria MME n°
120/2016, objeto da Audiência Pública n° 068/2016.

iii) Compra de Energia. Variação de 3,80% em relação ao processo anterior, contribuindo


para um efeito médio de 1,51%. Contribuíram para o efeito positivo no custo da aquisição de energia o
aumento tanto no preço quanto nos montantes considerados dos contratos CCEAR nova por Disponibilidade
e Quantidade.

109. A Tabela 16 demonstra a variação dos montantes e do custo com compra de energia em
relação ao processo anterior.

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Tabela 18: Comparação da variação do custo de energia


Montante de energia (MWh) Custo unitário (R$/MWh)
Tipo de contrato Processo DRA Processo atual Variação Processo DRA Processo atual Variação
Existente - CCEAR-DSP 234.378,39 236.365,50 0,85% 367,60 374,00 1,74%
Existente - CCEAR-QTD 143.798,63 -0,67 -100,00% 175,39 333,18 89,97%
Nova e Alternativa- CCEAR-DSP 9.293.939,32 9.532.359,34 2,57% 249,93 255,06 2,05%
Nova e Alternativa- CCEAR-QTD 4.304.458,53 4.346.262,60 0,97% 170,56 177,40 4,01%
Madeira e Belo Monte 2.522.832,10 2.939.838,71 16,53% 124,81 128,78 3,18%
Bilateral 1.382.694,01 1.394.416,80 0,85% 212,02 222,74 5,05%
Cota Angra I e Angra II 1.069.864,22 1.075.986,86 0,57% 206,29 224,21 8,69%
Cotas Lei n º 12.783/2013 8.615.288,03 8.178.493,79 -5,07% 60,53 63,28 4,54%
Geração Própria 0,00 0,00 - 0,00 0,00 -
Itaipu 5.953.274,42 6.220.952,33 4,50% 197,60 197,38 -0,11%
Proinfa 658.234,15 650.181,73 -1,22% 0,00 0,00 -
Sobra (-) / Exposição (+) -2.829.655,59 -3.150.027,76 11,3% 169,89 175,88 3,5%
TOTAL 31.398.641,18 31.424.829,23 0,1% 166,33 172,24 3,6%

110. A atualização da Parcela B representou -0,24% na composição do efeito médio, refletindo


a variação acumulada do IPCA no período de referência descontado o Fator X, além do abatimento dos
valores relativos às Outras Receitas(OR), Excedente de Reativos (ER) e Ultrapassagem de Demanda (UD).

111. O gráfico I demonstra a participação dos itens das Parcelas A e B na composição da nova
Receita Anual da concessionária.

Gráfico I: Participação dos itens das Parcelas A e B na Receita Anual

112. O gráfico II ilustra a participação de cada segmento na composição da receita da


distribuidora com tributos, tendo sido utilizadas as alíquotas médias nominais de 23,0% para o ICMS e 5,4%
para o PIS e COFINS (total de 28,40% por dentro), o que equivale a uma majoração de 39,69% por fora
sobre o valor da conta de energia elétrica sem os referidos tributos na sua base de cálculo.

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Gráfico II: Participação dos itens das Parcelas A e B na composição da Receita Anual com tributos

113. A título de informação, apresenta-se no gráfico abaixo a evolução da tarifa B1-Residencial


da CEMIG nos últimos nove anos, comparada com a variação do IGP-M (87,34%) e IPCA (82,35%) no
mesmo período.

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Gráfico III: Evolução da tarifa Residencial B1 (2010-2017)


850,00
800,00 Tarifa B1 Residencial
750,00
700,00 Variação IGPM

650,00
600,00 Variação IPCA

550,00
531,22
500,00 509,74
481,22 492,93
450,00
400,00 404,23 396,42
389,78
376,24
350,00 347,00
300,00
250,00
200,00
150,00
Reajuste 2011

Reajuste 2012

Reajuste 2014

Reajuste 2015

Reajuste 2016

Reajuste 2017
Revisão2013
Reajuste 2010

114. Por fim, os valores dos serviços cobráveis previstos nos artigos 102, 103 e 131 da
Resolução Normativa nº 414, de 9/9/2010, estabelecidos no momento da revisão tarifária das distribuidoras
e cuja receita líquida é destinada à modicidade tarifária, foram atualizados pela variação acumulada do IPCA
até o mês do atual reajuste tarifário, conforme previsto na Resolução Homologatória nº 1.121, de 15/3/2011.

VIII. DO FUNDAMENTO LEGAL

115. O inciso IV do artigo 15 da Lei nº 9.427, de 26/12/1996; o inciso X do artigo 4° do Anexo I


do Decreto n° 2.335, de 6/10/1997, o artigo 3° da Lei n° 9.427, de 26/12/2004, com a redação dada pelo
art. 9° da Lei n° 10.848, de 15/3/2004 e a Cláusula Sexta dos Contratos de Concessão nº 002,003,004 e
005/1997.

IX. DA CONCLUSÃO

116. Com base na legislação vigente, nos Contratos de Concessão nº. 002,003,004 e 005/1997,
no que consta do Processo nº 48500.005147/2016-57 e nas informações contidas nesta Nota Técnica,
opina-se:

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Fls. 36 Nota Técnica nº 134/2017-SGT/ANEEL, de 16 de maio de 2017.

i) pela aprovação das novas tarifas de aplicação da CEMIG, correspondendo a um


efeito médio a ser percebido pelos consumidores de -11,89% sendo de -21,84% em
média para os consumidores conectados em Alta Tensão (AT) e de -7,27% em média
para aqueles conectados em Baixa Tensão (BT);

ii) pela fixação das Tarifas de Energia – TE e das Tarifas de Uso dos Sistemas de
Distribuição – TUSD aplicáveis aos consumidores e usuários da CEMIG;

iii) pelo estabelecimento dos valores da receita anual referente às instalações de


transmissão classificadas como DIT de uso exclusivo;

iv) pela aprovação, para fins de cálculo do atual reajuste tarifário, da previsão anual dos
Encargos de Serviço do Sistema – ESS e de Energia de Reserva – EER; e

v) pela homologação do valor mensal a ser repassado pela Eletrobrás à distribuidora


para custeio dos subsídios retirados da estrutura tarifária;

X. DA RECOMENDAÇÃO

117. Fundamentado no exposto nesta Nota Técnica, recomenda-se a aprovação do Reajuste


Tarifário Anual em questão, conforme detalhado na conclusão acima.

ADRIANO ALMEIDA TRINDADE


Analista Administrativo

RODRIGO FERNANDES BRAGA COELHO OTÁVIO HENRIQUE GALEAZZI FRANCO


Especialista em Regulação Especialista em Regulação

De acordo:

DAVI ANTUNES LIMA


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