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LEAL, Sheila do Rocio Cercal Santos.

Contratos eletrônicos: a validade jurídica dos


contratos via internet. São Paulo: Atlas, 2009. ISBN 978-85-224-4561-5

Introdução, p. 1; Internet, comércio eletrônico e contratos: visão de contexto, p. 5; Revisita aos


aspectos fundamentais da teoria geral dos contratos, p. 38; Contrato eletrônico, p. 78; Validade
dos contratos eletrônicos, p. 125; Conclusões, p. 177; Referências, p. 217.

Resumo: Com a finalidade de estudar a validade jurídica dos contratos celebrados por intermédio
da rede mundial de computadores, a Autora faz um trabalho acadêmico bem didático, com uma
breve analise histórica e técnica da evolução da soc iedade da informação e aponta para as
problemáticas odiernas suscitadas da celebração informática e telemática (contrato eletrônico
direto e indireto), além disso faz uma releitura da teoria geral dos contratos (brasilera) sob a
perspectiva do novo instrumento contratual, para ao final fundamentar a validade dos contratos
cibernéticos com base no princípio do consensualismo e da abertura para o novo contexto do
ciberespaço e a necessária amplitude da autonomia da vontade, mas sem se afastar da
imprescindível boa-fé contratual para a mantença do princípio da segurança, sem o qual as
relações no espaço virtual não se sustentariam.

Fichamento: Introdução: (EU) Uma das características mais marcantes de nossa sociedade atual
é a sua organização em torno das redes como reflexo do processo da globalização e do fenômeno
da interatividade. E como respostas aos anseios da sociedade em se comunicar com maior
potencialidade surgiu a internet. Com a expansão da internet para fins comerciais e das
modalidades de contratação no ciberespaço os indivíduos viram nessa eclosão contratual
telemática a oportunidade de ampliar as relações comerciais e assim fomentar o exercício de suas
liberdades, emerge daí o comércio eletrônico.

Evolução: o desenvolvimento tecnológico impulsionou o surgimento dos meios de comunicação


de massa, iniciando com o telégrafo em 1838, telefone em 1876, na década de 50 do século XX a
televisão, em 1973 o telefone móvel, e, a internet, apesar de sua criação para fins militares na
década de 60 do século XX, somente na década de 90, com a expansão do uso comunicacional
acadêmico da década de 70, para o alcance populacional por meio da criação de Tim Bernes-Lee
de sua WWW, que a internet efetivamente se tornou um meio de comunicação de massa.
Nesse mesmo interregno histórico, a globalização econômica galgava mais um degrau
importante com a queda do muro de Berlim, culminando na hegemonização política mundial na
derrocada da política socialista viabilizando a expansão do capitalismo em escala mundial, por
meio das empresas transnacionais e a influência delas nas economias Estatais com base nos
pactos globais, colocando em xeque o modelo de Estado-nação do projeto da modernidade, e,
com advento da sociedade da informação, conduzindo cada vez mais à pós- modernidade.

“Na sociedade da informação, a riqueza econômica e a concentração de poder não têm mais por
pressuposto a detenção de terras ou dos meios de produção, mas sim a possibilidade de acesso às
tecnologias e, espacialmente, ao mercado consumidor, ou seja, à própria informação.” (LEAL,
2009, p. 6).
Passamos a viver num mundo interconectado e interrelacionado que, dada a abrangência das
relações jurídicas na sociedade da informação ou ciberespaço e a quase ausência das barreiras de
espaço e tempo, os países foram levados a uma relação de interdependência global em que os
mercados se confundem na ordem global, as fronteiras geográficas desaparecem e com elas o
poder da soberania dos Estados- nação, em razão do dever de não intervenção, em que os
internautas se transformam em cidadãos do mundo globalizado, emergindo a famigerada aldeia
global.

Neste contexto de caos sistêmico, do fenômeno e processo dialógico da globalização social,


cultural e econômica e ao mesmo tempo de evolução das liberdades humanas em prol do pleno
desenvolvimento desse novo cidadão cosmopolita, o alerta feito por Kant em 1795, em sua À paz
perpétua, nunca foi tão atual.
Efetivamente, hoje, as relações havidas no espaço virtual, nessa nova sociedade, pode repercutir
em qualquer ponto do globo terrestre, o que por si só traz preocupações com a segurança e
confiabilidade que devem ser resguardadas para lograr exito da finalidade de tanta evolução
tecnológica e econômica: o desenvolvimento humano.
Vivenciamos uma nova e dinâmica economia planetária propiciada pelo comércio eletrônico por
meio da rede mundial de computadores, com possibilidade de maiores lucros, diante da
dispensabilidade de uma gama de subsídios logísticos que se fazem necessários no comércio
mercantil não eletrônico; redução ou ausência de tributação; e, por outro lado, aumentando a
circulação de riquezas e facilitando o acesso dos consumidores aos bens de consumo.
A problemática surge quando do inadimplemento das obrigações contratuais pactuadas no
espaço virtual ou ciberespaço, pois, conforme já defendido em outro lugar, o comércio eletrônico
na rede mundial de computadores causa incerteza quanto às regras para dir imir os conflitos da
contratação telemática em decorrência da desterritorialização estatal e a deslocalização dos
indivíduos que poderão estar fisicamente em qualquer ponto do globo terrestre.
“(...) o ciberespaço proporciona comunicação interplanetária, o que importa dizer a
desterritorialização do espaço cibernético, pois os agentes que utilizam a internet como meio de
comunicação não sofrem limitação de tempo ou espaço territorial, razão pela qual se torna
incerta ou duvidosa a aplicação da lei nas relações havidas no ciberespaço” (ALMEIDA;
SILVEIRA, 2013, p. 331)

Estas questões refletem diretamente na competência territorial e base legal a ser aplicada na
solução do conflito comercial, além da apreciação da prescrição ou decadência da pretensão
contratual a ser pleiteada quando e se houver inadimplemento total ou parcial das relações
obrigacionais contraídas na contratação no comércio eletrônico, e, com elas, surge a preocupação
na manutenção do princípio da segurança, corolário do comércio em rede.

Tendo em vista que os conceitos de espaço e tempo restam relativizados na rede - local da oferta,
da aceitação, do cumprimento; fuso horário, contratos online ou offline - da celeridade dos dados
trafegados, da liberdade ilimitada de seu uso, da ausência de barreiras geopolíticas ou jurídicas,
ante a ausência e quase impossibilidade de regramento fechado e específico, mister se faz a
releitura de alguns institutos e a maneira de pensar e proteger as relações jurídicas travadas na
Rede.

Dadas as peculiaridades do comércio eletrônico no ciberespaço um (novo) direito deve ser


instrumentalizado, pois na mesma esteira de pensamento de Patricia Peck (2002, p. 30) as
características do Direito digital deverão observar que as relações comerciais no espaço virtual
são “celeridade, dinamismo, auto-regulamentação, poucas leis, base legal na prática costumeira,
uso da analogia e solução por arbitragem”.
Daí a lex mercatoria como mecanismo regulatório eficaz a reger o princípio da segurança no
comércio eletrônico, constituído por intermédio de organismos internacionais, uma vez que as
contratações se dão em escala global, com competência técnica e jurídicas para solucionar os
conflitos telemáticos, com regulação transnacional mínima voltada à boa- fé contratual e
comercial.

Nesta toada, Lorenzetti (2000, p. 424) adverte “o funcionamento da internet não é uma questão
meramente privada: é uma forma extrema de globalização, com efeitos políticos e sociais que
envolvem a ordem pública e a necessidade de regulamentações. Não se trata de auspiciar
intervenções que causem distorções, mas sim intervenções de tipo institucional que tendam a
resguardar a privacidade, o consumo, a moral, o tratamento igualitário e não discriminatório.”

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