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APOSTILA

DE
ELETROTÉCNICA
MAGNETISMO
ELETROMAGNESTIMO
Fluxo magnético e indução magnética
EXERCÍCIOS:
GERADOR ELEMENTAR
EXERCÍCIOS:
TIPOS DE SINAIS
Sinal Alternado
Sinal Contínuo
EXERCÍCIOS:
ANÁLISE GRÁFICA E MATEMÁTICA DO SINAL SENOIDAL
Valor de pico
Valor de pico a pico
Valor eficaz
Período e Frequência
Valores instantâneos
Frequência Angular
EXERCÍCIOS:
RELAÇÕES ENTRE TENSÃO E CORRENTE ALTERNADAS NOS ELEMENTOS
PASSIVOS DE CIRCUITOS
RESISTOR E RESISTÊNCIA EM CORRENTE ALTERNADA
INDUTOR E INDUTÂNCIA EM CORRENTE ALTERNADA
Reatância Indutiva XL
EXERCÍCIOS:
CAPACITOR E CAPACITÂNCIA EM CORRENTE ALTERNADA
Reatância Capacitiva Xc
EXERCÍCIOS:
Circuito RL Série
Impedância Indutiva – Série
Circuito RC Série
Impedância Capacitiva – Série
Fator de Potência
EXERCÍCIOS:
Circuito RL Paralelo
Impedância Indutiva – Paralelo
EXERCÍCIOS:
Circuito RC Paralelo
Impedância Capacitiva – Paralelo
EXERCÍCIOS:
Circuito RLC Série
Impedância – Série
EXERCÍCIOS:
CIRCUITOS TRIFÁSICOS
Ligação Estrela – (Y)
Ligação Delta – ( )
Potência em Sistemas Trifásicos
EXERCÍCIOS:
MAGNETISMO

O magnetismo estuda os objetos que tendem atrair ou repelir outros elementos. Os primeiros indícios
de pesquisas a esse respeito se deram na Grécia Antiga. Porém, o interesse só começou a ser
fomentado a partir do século XIII. Há historiadores que afirmam ter começado com Tales de Mileto,
em uma de suas viagens, chegou até a província da Magnésia, onde, possivelmente, foi descoberto o
elemento com propriedades magnéticas.

A partir do século XIII, surgiram as bússolas, que eram utilizadas em viagens. Esses aparatos
continham atributos do magnetismo.

Os materiais magnéticos são atraídos principalmente pelos elementos ferrosos. O objeto que está
presente no cotidiano das pessoas e que representa muito bem a propriedade magnética são os
ímãs. Considerando a característica atômica dos materiais podemos classificar os seguintes grupos:

Paramagnéticos: possuem elétrons desemparelhados que, na presença de campo magnético se


alinham a este, sendo levemente atraídos. Exemplo: Alumínio, magnésio, sulfato de cobre, etc.

Diamagnéticos: Não são atraídos pelos imãs, quando em presença de campo magnético tem seus
elétrons orientados em sentido contrário ao sentido do campo. Estes materiais não possuem elétrons
desemparelhados. Exemplo: Bismuto, cobre, prata, chumbo, etc.

Ferromagnéticos: São os imãs mais fortes, em presença de campo magnético, são fortemente
atraídos. Formados apenas por Níquel, cobalto, ferro e suas ligas.

Os ímãs são elementos que possuem dois polos (norte e sul). Um deles, carregado negativamente e
o outro positivamente. Ainda que o ímã seja desmembrado em duas partes, ambas continuarão com
as extremidades norte e sul, ou seja, esse material é impossível de ser dividido.
Além disto, podemos notar nos imãs as propriedades de atração e repulsão, ou seja, polos diferentes
se atraem e polos iguais se repelem.

Todo imã possui um campo magnético, sendo representado por suas linhas de campo. Suas linhas
de campo sempre são orientadas pelo sentido, ou seja, saem pelo polo norte e entram pelo polo
sul.
ELETROMAGNESTIMO

Muitos séculos se passaram até que os cientistas se atentassem a esse elemento. Os físicos Hans
Christian Oersted (1771 – 1851) e James Clerk Maxwell (1831 – 1879) conseguiram difundir sobre o
assunto, tanto no desenvolvimento teórico, quanto no conhecimento prático. Voltando à ideia da
bússola, o cientista, Hans Christian Oersted, através de um experimento com uma agulha e uma pilha
elétrica, viu que o mecanismo apontava para o norte.

No mesmo período, mais dois pesquisadores descobriram novas propriedades. Domingos Françoise
Arago e André-Marie Ampère criaram, após estudos, o eletroímã (gerador de campo magnético). Com
isso, desenvolveram as pesquisas sobre a eletrodinâmica.

(Eletroímã)

O magnetismo não pode ser estudado separadamente do eletromagnetismo, uma vez que ambos
possuem propriedades do movimento dos elétrons. A tecnologia do magnetismo é utilizada em
motores, transformadores, dínamos, em geral, nos equipamentos eletrônicos.

O eletromagnestimo é o nome que se dá ao conjunto de teorias que Maxwell, apoiado em outras


descobertas, desenvolveu e unificou para explicar a relação existente entre a eletricidade e o
magnetismo.

Para produzir energia elétrica é necessário o consumo de outra forma de energia. Na época de
Faraday somente conhecia a energia química, obtida das pilhas e baterias, onde era transformada
em energia elétrica. Porém, este método era inadequado para alimentar as indústrias, pois não era
uma forma de energia renovável. No ano de 1831, Faraday descobriu o fenômeno da indução
eletromagnética, o qual revolucionou o estudo do eletromagnetismo e graças a essa descoberta, foi
possível construir aparelhos que funcionam através da indução eletromagnética e que transformam
energia mecânica em energia elétrica, como o dínamo, por exemplo.

O estudo da eletrodinâmica é focado nas cargas e os efeitos que ela produz nos condutores como,
por exemplo, o aquecimento do filamento de uma lâmpada quando percorrida por uma corrente de
intensidade i. No estudo do eletromagnetismo é possível ver que a corrente elétrica, além de produzir
efeitos no próprio fio, afeta também o espaço ao redor dele, ou seja, a corrente elétrica faz surgir um
campo magnético ao redor do fio condutor de eletricidade.

O assunto do eletromagnetismo é muito vasto, e seu estudo possibilita o entendimento de uma


variedade de instrumentos e coisas que fazem parte de cotidiano como, por exemplo, o
funcionamento da campainha elétrica, os motores elétricos, o funcionamento dos galvanômetros
analógicos, o funcionamento das usinas hidrelétricas, os transformadores de tensão, os cartões
magnéticos, os aceleradores de partículas, entre muitos outros. Na área da medicina moderna, o
eletromagnetismo está aplicado nos diagnósticos por imagem, os quais são feitos através da
ressonância nuclear.
Fluxo magnético e indução magnética

O fenômeno chamado de fluxo magnético é responsável por medir o magnetismo, considerando a


força e a extensão dele, no campo magnético, sobre uma plataforma. Esse estudo foi desenvolvido
pelo cientista Michael Faraday.

Por meio de suas experiências, percebeu que ao analisar que uma força eletromotriz, ou tensão
aplicada no circuito gerava uma alteração de valor no fluxo magnético. Além disso, pode ver que essa
força aumentava sua rapidez de acordo com a variação do fluxo. Esse fenômeno denominou-se
indução eletromagnética ou Lei da Faraday da indução eletromagnética.

Dessa forma, podemos definir fluxo magnético pela letra (fi), como sendo o produto entre a indução
magnética, a área da superfície plana e o cosseno do ângulo formado, ou seja:

= B.A. cos
Sendo:
: fluxo magnético – Weber (Wb);
B: vetor de indução magnética – Tesla (T);
A: área da espira – metro quadrado (m²);
cos : cosseno do ângulo .

Lembrando que a indução magnética trata-se de grandeza vetorial, sendo assim, ela possui módulo,
direção e sentido. No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de fluxo magnético é o
Weber, em homenagem ao físico alemão que viveu no século XIX.

Por fim, o fluxo magnético pode ser entendido como sendo o número de linhas de indução que
atravessam a superfície, assim sendo, podemos concluir que quanto maior o número de linhas que
atravessam a superfície maior será o valor do fluxo magnético. Se um condutor é submetido a uma
variação de fluxo magnético, haverá nele uma força eletromotriz induzida, cujo valor depende da
rapidez da variação do fluxo magnético. Se um circuito fechado é submetido a uma variação de fluxo
magnético, haverá nele uma corrente elétrica induzida, cujo sentido e intensidade dependem dessa
variação do fluxo magnético.
EXERCÍCIOS:

1. Explique qual é a diferença entre os materiais ferromagnéticos, paramagnéticos e diamagnéticos.


Cite seus respectivos exemplos.
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2. Quais são as polaridades dos imãs? Desenhe um imã com o sentido correto de suas linhas de
campo magnético.

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3. Explique a propriedade magnética de atração e repulsão dos polos dos imãs:

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4. Porque o magnetismo não pode ser estudado separadamente do eletromagnetismo?

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5. Explique o que é eletromagnetismo. Quais os avanços esta ciência proporcionou para a


sociedade?

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6. Quais foram os principais físicos que concluíram os estudos do eletromagnetismo?

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7. Qual é o fenômeno responsável por medir o magnetismo, considerando sua força e extensão?
Escreva sua equação matemática e unidade de medida.

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8. O que acontece quando variamos o fluxo magnético em um condutor submetido a esta força?

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GERADOR ELEMENTAR

Chamam-se geradores elementares ou dínamos, os geradores mecânicos de corrente elétrica, aos


dispositivos que transformam energia mecânica em energia elétrica.

Os dínamos se dividem em dois grandes grupos:

1º - Dínamo com corrente contínua


É aquele que fornece corrente contínua, isto é, corrente que circula num único sentido.

2º - Dínamo com corrente alternada


Também chamado alternador, é aquele que fornece corrente alternada, isto é, corrente que circula
num sentido e noutro alternadamente.

Princípio de funcionamento

Os dínamos funcionam por meio de indução eletromagnética. E esta é sem dúvida a mais importante
aplicação do fenômeno de indução. Isso porque esse fenômeno é o único que fornece corrente
elétrica com grande energia, como por exemplo, essa corrente que é fornecida para iluminação das
cidades e para as indústrias.

O princípio de funcionamento dos dínamos em geral, tanto de corrente contínua como de corrente
alternada, é a indução eletromagnética num quadro plano que gira num campo magnético.

Tanto no dínamo de corrente alternada como no de corrente contínua o quadro é percorrido por
corrente alternada. A diferença entre eles está na maneira de colher essa corrente para fora do
quadro. Essa captação da corrente para fora do quadro é feita por um dispositivo chamado coletor.

Coletor de corrente alternada

Suponhamos que o quadro seja aberto em A e D, e daí sejam tirados dois condutores AB e CD que
são ligados a dois anéis, B e D. Encostados a esses anéis existem dois pedaços de carvão (que é
condutor), m e n. O circuito externo, R, onde vai ser utilizada a corrente, é ligado a esses pedaços de
carvão. À medida que o quadro gira dentro do campo magnético, os anéis giram juntos com ele. Os
pedaços de carvão m e n ficam fixos e os anéis ficam raspando neles. A corrente que se produz no
quadro passa para os anéis, deste para o carvão e do carvão vai para o circuito externo. É fácil ver
que, com esse dispositivo, quando a corrente elétrica muda de sentido no quadro, também muda de
sentido no circuito externo, isto é, no circuito externo ela é captada também como alternada. A figura
a seguir mostra o quadro entre os polos do ímã que produz o campo magnético.

Coletor é o nome que se dá ao conjunto dos anéis e pedaços de carvão. Os pedaços de carvão
também são chamados escovas.

Coletor de corrente contínua

Em vez de dois anéis ele se compõe de dois semi-anéis. Cada semi-anel é ligado a uma ponta do
quadro girando junto com o quadro. Os pedaços de carvão são fixos, e são ligados ao circuito
externo. Quando os semi-anéis giram, eles ficam apertados contra os pedaços de carvão (figura
abaixo).

Vemos que, em cada meio período, um semi-anel está em contato com um pedaço de carvão
diferente.

A posição dos carvões é ajustada de tal modo que, no instante em que a corrente muda de sentido no
quadro, há troca de contato entre os carvões e os semi-anéis. Desse modo, fora do quadro a corrente
caminha sempre no mesmo sentido, isto é, é contínua.
EXERCÍCIOS:

1. O que são os dínamos? Explique quais são os tipos e suas principais diferenças.
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2. Quais são as diferenças dos anéis coletores de corrente alternada e corrente contínua?
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3. Qual é o fenômeno magnético que ajudou no desenvolvimento da sociedade e para a revolução


industrial? Por quê?
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TIPOS DE SINAIS

Como vimos anteriormente, os circuitos elétricos fornecem tensões ou correntes contínuas e


alternadas. Em diversos dispositivos, a forma de onda da corrente depende da forma de onda de
tensão neles aplicada, além do tipo de carga requerida à fonte, ou seja, se são resistivos (chuveiros),
indutivos (motores) ou capacitivos (capacitores).

Sinal Alternado

O sinal alternado é utilizado nas residências, comércios e indústrias e pode ser possuir as formas de
onda senoidal, quadrada, triangular, etc, como a mais utilizada é a senoidal, focaremos nela em
nosso estudo. Este sinal pode ser de corrente ou tensão elétrica e o complemento pode ser
denominado sendo:

CA – Corrente Alternada (língua portuguesa);


AC – Alternate Current (língua inglesa).

Exemplos:

Iac = 2 A ou Ica = 2 A

Vac = 127 V ou Vca = 127 V

Este sinal é gerado a partir do gerador de corrente alternada, na qual vimos anteriormente.

A característica do sinal senoidal é a variação de polaridade e amplitude ao longo do tempo.


Sinal Contínuo

O sinal contínuo é utilizado em equipamentos eletrônicos e como próprio nome diz, possui a forma de
onda contínua, ou seja, paralela ao eixo do tempo. Este sinal pode ser de corrente ou tensão elétrica
e o complemento pode ser denominado sendo:

CC – Corrente Contínua (língua portuguesa);


DC – Direct Current (língua inglesa).

Exemplos:

Idc = 1 A ou Icc = 1 A

Vdc = 12 V ou Vcc = 12 V

Este sinal é gerado a partir do gerador de corrente contínua, baterias, pilhas, ou retificação (uso de
diodos e tiristores) na qual vimos anteriormente.

A característica do sinal contínuo é a não variação de polaridade e amplitude pode ser constante ou
variável ao longo do tempo.
EXERCÍCIOS:

1. Quais são os tipos sinais que encontramos nas fontes de energia elétrica? Explique quais são as
diferenças de utilização entre eles.
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2. Em relação a característica elétrica dos sinais, complete:

a) A característica do sinal senoidal é a variação______________________________________


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b) A característica do sinal contínuo é a não variação__________________________________


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3. Desenhe os sinais alternado e contínuo e explique quais são as formas de geração de cada sinal:
ANÁLISE GRÁFICA E MATEMÁTICA DO SINAL SENOIDAL

Um sinal senoidal pode ser representado graficamente, para isto, precisamos saber interpretar os
valores de amplitude (eixo “y” - Imaginários) e temporal / angular (eixo “x” - Real). Vejamos então a
compreensão de valor de pico (Vp), valor de pico a pico (Vpp), valor eficaz (Vef), período (T) e
frequência (f).

Valor de pico

O valor de pico é o valor máximo que a tensão ou a corrente elétrica atinge em cada semiciclo. As
grandezas (tensão ou corrente) de pico são representadas pelas notações V ou I.

Exemplos de escrita:

Tensão de pico: Vp;


Corrente de pico: Ip.

Observe que no gráfico aparecem tensão de pico positivo e tensão de pico negativo. O
valor de pico negativo é numericamente igual ao valor de pico positivo, pois são simétricos. Assim, a
determinação do valor de tensão de pico (Vp) pode ser feita em qualquer um dos semiciclos.
Valor de pico a pico

O valor de pico a pico é o valor medido entre os picos positivo e negativo de um ciclo. Do mesmo
modo que mostrado anteriormente, as grandezas (tensão ou corrente) de pico a pico são
representadas pelas notações V ou I.

.
Exemplos de escrita:

Tensão de pico a pico: Vpp;


Corrente de pico a pico: Ipp.

Considerando-se que os dois semiciclos da CA são iguais, pode-se afirmar que:

Observação:

Essas medições e consequente visualização da forma de onda do sinal CA, são feitas com um
instrumento de medição denominado de osciloscópio. Da mesma forma que as medidas de pico e de
pico a pico se aplicam à tensão alternada senoidal, aplicam-se também à corrente alternada senoidal.
Valor eficaz

Para sinais alternados senoidais, existe um conceito muito importante denominado valor eficaz ou
rms. Do mesmo modo que mostrado anteriormente, as grandezas (tensão ou corrente) eficazes são
representadas pelas notações V ou I.

Exemplos de escrita:

Tensão eficaz: Vef;


Corrente eficaz: Ief.

A sigla rms, significa root mean square ou raiz media quadrática e encontramos esta apresentação
em literaturas mais antigas ou equipamentos importados.

O valor eficaz Vef ou Vrms de uma tensão alternada corresponde ao valor de uma tensão contínua
que, se aplicada a uma resistência, faria com que ela dissipasse a mesma potência média caso fosse
aplicada essa tensão alternada.

Matematicamente, para um sinal alternado senoidal, o valor eficaz pode ser calculada a partir do valor
de pico Vp ou de pico Vpp com as seguintes expressões:

Para compreender melhor o significado físico desse valor, consideremos um sinal senoidal com
tensão de pico Vp alimentando um resistor R, conforme a figura a seguir:

A tensão e a corrente eficazes valem respectivamente:


A potência dissipada pelo resistor, calculada em função dos valores eficazes de corrente e tensão, é
equivalente à potência média analisada acima, ou seja:

Desta forma, para sinais alternados senoidais é muito mais fácil trabalhar em função de valores
eficazes, uma vez que a potência resultante nos cálculos já corresponde à potência média.
.
Essa mesma potência seria dissipada caso fosse aplicada ao resistor uma tensão CC de valor igual
ao da tensão eficaz.

A potência pode ser calculada por uma das seguintes expressões:

Observações:

As tensões da rede elétrica são dadas em valores eficazes (110 V e 220 V);
Os cálculos de potência têm como utilização sempre os valores eficazes;
As medidas de tensão e de corrente alternadas realizadas por multímetros são dadas sempre
em valores eficazes.

Período e Frequência

Período (T) é o tempo que a senoíde necessita para completar um ciclo completo (semi-ciclo positivo
e semi-ciclo negativo).

Frequência (f) é a quantidade de vezes que a senoíde completa um ciclo durante um segundo.

Onde:

Período (T) = s segundos


Frequência (f) = Hz Hertz ou ciclos/segundo

Vejamos a relação matemática existente:


Valores instantâneos

Como vimos anteriormente, a forma de onda senoidal muda de amplitude e polaridade ao passar do
tempo. Devido a esta característica, os valores de tensão e corrente elétrica possuem valores
diferentes em cada instante de tempo (t) ou ângulo . Matematicamente, podemos mensurar estes
valores instantâneos e interpretar os gráficos de corrente e tensão senoidais nos domínios temporal e
angular:

Sendo:

v(t) = v( ): valor da tensão no instante (t) ou para o ângulo ( ) – (em V ou A);


Vp: valor de pico ou amplitude máxima – (em V ou A);
!frequência ou velocidade angular – (em rad/s);
t: instante de tempo – (segundos);
: ângulo de inclinação do Vp (graus).
Frequência Angular

A frequência angular ou velocidade angular, representada pela letra grega (ômega), corresponde a
variação do ângulo do sinal em função do tempo.

Das expressões matemáticas anteriores tem-se a relação = t. Quando = 2 , tem-se que t = T.


Assim é válida a relação 2 = T. Portanto a frequência angular “ ”, pode ser calculada por:

"
#$ "

Substituindo “ ” na equação do valor instantâneo temos:

"

Exemplos de escrita:

Tensão instantânea: v(t) – (V);


Corrente instantânea: i(t) – (A);
Tensão de pico: Vp – (V);
Corrente de pico: Ip – (A);
% (pi): 3,14...
Frequência: f – (Hz);
Instante de tempo: t (segundos).
EXERCÍCIOS:

1. Quais são os tipos de amplitudes, que encontramos nos sinais alternados ou senoidais? Explique
as relações matemáticas (fórmulas) existentes entre elas.
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2. Em relação ao eixo “x”, quais são os domínios que podemos analisar a forma de onda senoidal?
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3. O que é período? Qual é a sua unidade?


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4. O que é frequência? Qual é a sua unidade?


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5. Explique onde encontramos tensões e corrente eficazes:


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6. Em relação aos sinais senoidais, quando precisamos calcular potência elétrica, qual é o tipo de
valor (tensão ou corrente) que utilizamos nas equações matemáticas? Por quê?
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7. Desenhe os gráficos abaixo, conforme os valores abaixo:

a) Vp = 155 V
T=4s

b) Vpp = 20 kV
T = 16 ms

c) Ip = 15 mA
T = 10 s
8. O valor de pico de uma tensão senoidal é 5V e sua frequência é 1kHz, determine:

a) Período (T);
b) Tensão de pico a pico (Vpp);
c) Tensão eficaz (Vef);
d) Potência dissipada em um resistor de 10 ;
e) Valor da tensão v(t) em t = 0,75 ms;
f) Gráfico da tensão em função do tempo.
9. Dado o gráfico de uma corrente em função do tempo, determine:

a) Período (T);
b) Frequência (f);
c) Corrente de pico (Ip);
d) Corrente de pico a pico (Ipp);
e) Corrente eficaz (Ief);
f) Potência dissipada em um resistor de 1 k ;
g) Valor da corrente i(t) em t = 125 &s;
10. No Brasil os sinais senoidais monofásicos em baixa tensão têm frequência 60 Hz e Vef de 110 V,
determine:

a) Período (T);
b) Frequência angular ( );
c) Tensão de pico (Vp);
d) Tensão de pico a pico (Vpp);
e) Potência dissipada em uma resistência de 100 ;
f) Gráfico da tensão em função do tempo.
11. Dado o gráfico de uma corrente em função do tempo, determine:

a) Período (T);
b) Frequência (f);
c) Corrente de pico (Ip);
d) Corrente de pico a pico (Ipp);
e) Corrente eficaz (Ief);
f) Potência dissipada em um resistor de 2k5 ;
g) Valor da corrente i(t) em t = 1,5 ms;
12. Um chuveiro tem as características 5400 W / 220 V (eficazes), determine:

Seção Corrente
a) Tensão de pico (Vp);
(mm²) (A)
b) Corrente eficaz (Ief);
c) Corrente de pico (Ip); 1 10,7
d) Condutor que deverá ser instalado. 1,5 13,8
2,5 19
4 25,3
6 32,4
10 45
16 60
13. Uma tensão alternada é aplicada a uma resistência de 100 , dissipando 250 mW, determine:

a) Tensão eficaz (Vef);


b) Tensão de pico (Vp);
c) Tensão de pico a pico (Vpp);
d) Corrente eficaz (Ief);
e) Corrente de pico (Ip);
14. No Paraguai, as residências recebem pela rede elétrica as tensões bifásicas de 220 V, determine:

a) Frequência (f);
b) Período (T);
c) Tensão eficaz (Vef);
d) Tensão de pico (Vp);
e) Tensão de pico a pico (Vpp);
f) Potência dissipada em um resistor de 9 ;
g) Gráfico da tensão em função do tempo.
15. Uma fonte CA com tensão de pico Vp de 100 V alimenta um resistor de 100 . Qual a tensão CC
que, aplicada a esse resistor faz com que ele dissipe a mesma potência?
RELAÇÕES ENTRE TENSÃO E CORRENTE ALTERNADAS NOS ELEMENTOS PASSIVOS DE
CIRCUITOS

Sabemos do estudo da física, que uma relação entre causa e efeito não ocorre sem um oposição, ou
seja, a relação entre causa e efeito é uma oposição:

+, ),
'( )*çã
-. */

Nos circuitos elétricos a causa pode ser entendida como a tensão e o efeito o estabelecimento de
uma corrente elétrica. A resistência elétrica é, portanto, uma oposição.

Neste capítulo serão estudadas as relações existentes entre as tensões e as correntes alternadas
senoidais nos Resistores, nos Capacitores e nos Indutores e sua forma de representação
matemática, além de como a frequência dos sinais senoidais afeta as características de
comportamento desses elementos. Esse comportamento é determinado pela característica de
oposição desses componentes quando submetidos a sinais de tensão e corrente senoidais.

A forma de onda senoidal tem particular importância pois associa naturalmente fenômenos
matemáticos e físicos relacionados aos circuitos elétricos:
A forma de onda senoidal é a única forma de onda alternada cuja forma não é afetada pelas
características de respostas dos elementos resistivos, indutivos e capacitivos.

Em outras palavras, se a tensão num resistor, indutor ou capacitor for senoidal, a corrente resultante
em cada um também terá características senoidais (e vice-versa). Se uma outra forma de onda for
aplicada, a resposta terá forma de onda diferente daquela aplicada.

A notação fasorial apresentada, juntamente com as relações entre tensão e corrente nos elementos
passivos, permitirá usar para circuitos com sinais senoidais de tensão e corrente, os mesmos
teoremas e conceitos adotados na análise de circuitos em corrente contínua. A essa análise
chamamos de Resposta Senoidal dos Elementos Passivos em regime permanente. Em regime
permanente, pois consideramos passado o efeito transitório dos circuitos, ou seja, sem alteração de
sua condição operacional.
RESISTOR E RESISTÊNCIA EM CORRENTE ALTERNADA

Já foi estudado que um resistor oferece uma oposição à passagem da corrente elétrica em um
circuito, devido à sua resistência elétrica. Em um circuito elétrico, como mostra a figura, a relação
entre causa e efeito é a resistência elétrica e é expressa pela relação entre tensão e corrente num
resistor , chamada de Lei de Ohm.

Figura: Tensão e corrente no resistor

Assim:
1
0
2
Onde:
R - resistência do resistor ( );
V - tensão nos terminais do resistor (V);
I - corrente que atravessa o resistor (A);

Seja o circuito da figura, no qual uma fonte de tensão alternada senoidal v(t)=Vp.sen( .t + V)
alimenta um resistor R:

Figura: Circuito resistivo alimentado por tensão senoidal

Pela Lei de Ohm, a relação entre causa e efeito é dada por:

3 /
0
* /

Sabemos que a resistência elétrica é uma característica dos materiais e pode, para nossos estudos,
ser considerada constante. Assim:
3 / 1( ) /
24 / 5 3
0 0

Como também é válida a relação:


1(
2(
0

Então:

24 / 2( ) /5 3

Observa-se que a única diferença existente entre as funções senoidais v(t) e i(t) é o valor de pico.
Não há diferença nos ângulos de fases das duas funções. Isto ocorre porque num resistor a
corrente é sempre diretamente proporcional à tensão, ou seja: tensão zero, corrente zero; tensão
dobra, corrente dobra e assim por diante.

6 3
Assim:
24 / 2( ) /5 6

Figura: Corrente em fase com a tensão em circuito resistivo

Se traçarmos as funções tensão vR(t) e corrente iR(t) no resistor, como mostra o gráfico da figura,
podemos concluir que um resistor, quando submetido a uma tensão alternada, produz uma
corrente elétrica com a mesma forma de onda, mesma frequência e mesma fase da tensão,
porém, com amplitude que depende dos valores da tensão aplicada e da resistência, conforme
a Lei de Ohm.
Portanto, em um circuito resistivo puro de corrente alternada (CA) as variações na corrente
ocorrem em fase com a variação da tensão aplicada.

“Nos terminais de um resistor, a corrente está sempre em fase com a tensão”.

6 3

INDUTOR E INDUTÂNCIA EM CORRENTE ALTERNADA

Genericamente, chamamos de indutor ou bobina a um fio enrolado em forma de hélice sobre um


núcleo, o qual pode ser de ar, ou não.

O indutor é um elemento passivo que tem a possibilidade de armazenar energia na forma de campo
magnético, quando percorrido por uma corrente.

Outra característica do indutor é a de se auto-induzir. Isto é, quando a corrente que passa no indutor
está variando, o fluxo magnético, provocado pela corrente, também varia e induz uma força
eletromotriz (tensão) nos terminais do indutor.

A tensão induzida é expressa pela Lei de Faraday e, segundo a Lei de Lenz, será oposta à causa que
a originou, portanto se oporá à variação da corrente.

:
17 89
/

Onde:

VL – tensão induzida nos terminais do indutor (V);

N – número de espiras da bobina indutora;

d /dt – taxa de variação do fluxo magnético no tempo (Wb/s).

“A indutância L de um indutor é a medida da capacidade do indutor de armazenar energia no


campo magnético através de uma auto-indução de tensão”.

:
7 9
2

A unidade de medida da indutância “L” é chamada de Henry (H).


Consideremos o circuito da figura onde um indutor está conectado a uma fonte de tensão alternada
senoidal.

Figura: Indutor alimentado por tensão alternada senoidal

Observando a curva da corrente alternada senoidal aplicada sobre o indutor na figura, vemos que os
momentos de máxima variação da corrente ( IL máx) ocorrem quando seu valor está próximo de
zero e, portanto, nestes instantes temos os maiores valores de tensão no indutor. Por outro lado, nos
instantes em que a corrente está próxima de seu valor de pico a sua variação é muito pequena
( IL 0) o que implica um valor de tensão baixo.

Com base nesse raciocínio, se aplicarmos uma tensão senoidal a um indutor verificaremos que,
quando a tensão estiver próxima a zero, a corrente será máxima e quando a tensão for máxima a
corrente será nula. A partir dessas observações podemos concluir que a tensão resultante no indutor
também é senoidal e apresenta uma defasagem de 90° com relação à corrente, como indica a figura.

Observando-se o gráfico da figura, chegamos à conclusão que:

“Nos terminais de um indutor num circuito CA, a tensão sempre estará adiantada de 90° em
relação à corrente”.

Figura: Defasagem entre tensão e corrente em um indutor – corrente atrasada de 90° da tensão
Então:
1; / 1( ) / 5 <=°

Por sua vez, traçando as curvas de iL(t) e vL(t) verificamos que num indutor a corrente está
atrasada de 90° da tensão, como mostra a figura.

Figura: Diagrama fasorial: corrente atrasada de 90° da tensão nos terminais do indutor

Reatância Indutiva XL

Quando aplicada uma tensão a uma bobina, a corrente levará um certo tempo para atingir o seu valor
de regime permanente. Assim, existe uma defasagem entre a tensão aplicada e a corrente que
percorre o indutor.

Um indutor oferece uma oposição à variação de corrente devido à auto-indução de tensão.

A oposição estabelecida por um indutor em um circuito AC senoidal pode ser encontrada aplicando a
equação:

+, ),
-. */
'( )*çã

+, ),
'( )*çã
-. */

17>?
'( )*çã
27>?

A
@A
A
Assim, a oposição estabelecida por um indutor em um circuito alternado senoidal está diretamente
relacionada ao produto da velocidade angular (2. .f) pela indutância L.

O produto L é chamado Reatância Indutiva (da palavra reação) e é simbolizada pela letra XL. A
Reatância Indutiva é diretamente proporcional à indutância L e à frequência f da tensão aplicada
(ou de sua frequência angular ), sendo expresso por:

B7 7

@A A
Onde:

XL – Reatância Indutiva ( )
L – Indutância (H)
f – Frequência do sinal (Hz)
– Frequência angular (rad/s)

Como a reatância indutiva representa uma oposição à corrente, sua unidade é o Ohm ( ).

“ A Reatância Indutiva XL é a medida da oposição que um indutor oferece à variação da


corrente em seus terminais” .

Em corrente contínua, a frequência é nula (f = 0Hz) e a reatância indutiva também é nula (XL
= 0 ) e o indutor se comporta como um curto-circuito;

Em corrente alternada, quando a frequência tende a um valor muito alto (f ), a reatância


indutiva também aumenta muito (XL ) e o indutor se comporta como um circuito aberto.

“ Reatância Indutiva é, portanto, a inércia elétrica, ou seja, a oposição à variação de energia


armazenada sobre os indutores, como resultado da variação de campo magnético em seu
núcleo” .

Considerando um circuito com indutância pura, ou seja, sem resistência, alimentado por uma fonte
de tensão senoidal, a primeira Lei de Ohm é válida. Neste caso substituímos a resistência elétrica (R)
pela reatância indutiva (XL).

Figura: Circuito puramente indutivo


C
@A
Onde:

Vg – Tensão eficaz do gerador (V);


I – Corrente eficaz (A);
XL – Reatância indutiva ( ).

Em um circuito puramente indutivo (sem resistências), não há dissipação de energia. Esta conclusão
pode ser obtida através da equação abaixo:

D# :

Onde:

P – Potência ativa (W);


Vef – Tensão eficaz (V);
Ief – Corrente eficaz (A);
cos: – cosseno fi.
EXERCÍCIOS:

1. Em relação as defasagens das grandezas tensão e corrente elétrica, quais são as diferenças
entre as cargas resistivas e indutivas?

_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

2. O que é indutância? Qual é a sua unidade?

_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

3. O que é reatância indutiva? Descreva sua equação matemática e unidade?

_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
4. Uma bobina tem 0,1H de indutância, sendo ligada a uma tensão de 110V, 60Hz. Determinar:

a. Reatância indutiva;
b. Corrente eficaz;
c. Tensão eficaz;
d. Corrente de pico;
e. Tensão de pico;
f. Gráfico da corrente e tensão.
5. Em uma bobina de 200mH é aplicada uma tensão de 127V, 60Hz. Determinar:

a. Reatância indutiva;
b. Corrente eficaz;
c. Tensão eficaz;
d. Corrente de pico;
e. Tensão de pico;
f. Gráfico da corrente e tensão.
6. Em que frequência, uma bobina de indutância de 100mH terá a reatância de 150 ?

7. Em que frequência, uma bobina de indutância de 20mH terá a reatância de 100 ?

8. Em um circuito alimentado com 127V/60Hz, deseja-se que a corrente seja limitada em 200mA.
Qual deverá ser o valor da indutância da bobina?
9. Em um circuito alimentado com 110V/60Hz, precisa-se que a corrente seja limitada a 100mA.
Qual deve ser o valor da indutância que devemos projetar para este circuito?

10. Em um circuito com um indutor de 50mH, alimentado com uma fonte de 30V/60Hz, determine:

a. Reatância indutiva;
b. Corrente eficaz;
c. Tensão eficaz;
d. Corrente de pico;
e. Tensão de pico;
f. Gráfico da corrente e tensão.
CAPACITOR E CAPACITÂNCIA EM CORRENTE ALTERNADA

Nos circuitos elétricos, o capacitor é um elemento capaz de armazenar energia elétrica. Sua
constituição física é composta por duas placas condutoras metálicas, separadas por um material
isolante chamado dielétrico.

Seu comportamento elétrico consiste em uma corrente elétrica (cargas elétricas) entrando em uma
das placas do capacitor, obrigando a saída de igual corrente da outra placa por repulsão eletrostática.
Decorrido algum tempo tem-se cargas armazenadas em ambas as placas. Este acúmulo de cargas
corresponde à uma energia armazenada na forma de campo elétrico existente entre as placas do
capacitor. Estas cargas armazenadas produzem um campo elétrico de tal forma que se estabelece
uma diferença de potencial ddp (tensão) entre as placas do capacitor.

Um capacitor só admite corrente em seus terminais enquanto estiver sendo carregado ou


descarregado. Quanto mais carga houver no capacitor maior será o campo elétrico criado e maior
será a diferença de potencial (tensão) existente entre as placas.

A relação entre a quantidade de carga armazenada e a tensão admitida entre as placas de um


capacitor é uma constante chamada Capacitância.

A tensão nos terminais de um capacitor não pode sofrer variações instantâneas bruscas. Se
ocorresse uma variação instantânea (dt 0) a corrente tenderia a um valor infinito [iC(t) ], o que
não é possível fisicamente. Por esse motivo dizemos que o capacitor se opõe à variação de tensão;

A tensão acumulada nos terminais do capacitor é dada por:

6
1+ E *F /
+

Onde:

VC – tensão nos terminais do capacitor (V);

C – capacitância (Farad);

G *F / – integral da corrente no capacitor pelo tempo.

“ A capacitância C é uma medida da taxa com que um capacitor armazena carga nas suas
placas, para uma dada variação na tensão sobre o capacitor. Quanto maior o valor da
capacitância, maior será a corrente capacitiva resultante” .

H
+
1
A unidade de medida da capacitância “ C” é chamada de Farad (F).

Consideremos o circuito da figura onde um capacitor está conectado a uma fonte de tensão alternada
senoidal.

Figura: Capacitor alimentado por tensão alternada senoidal

Observando a curva da tensão alternada senoidal aplicada sobre o capacitor, vemos que os
momentos de maior variação da tensão ( Vc máx.) ocorrem quando seu valor está próximo de zero
e, portanto, nestes instantes teremos os maiores valores de corrente no ramo do capacitor. Por outro
lado, nos instantes em que a tensão está próxima de seu valor máximo a sua variação é muito
pequena ( Vc 0) o que implica em valor de corrente baixo (IC 0).

Com base nesse raciocínio, se aplicarmos uma tensão senoidal a um capacitor, como mostra a figura,
verificaremos que quando a tensão for crescente, a corrente assume seus valores máximos. Quando
a tensão for máxima, a corrente é nula. A partir dessas observações podemos concluir que a corrente
resultante no capacitor também é senoidal e apresenta uma defasagem de 90° com relação à tensão,
como indica a figura. Portanto:

Observando-se o gráfico da figura, chegamos à conclusão que:

“ Nos terminais de um capacitor num circuito CA, a tensão sempre estará atrasada de 90° em
relação à corrente” .

Figura: Corrente e tensão senoidais em um capacitor – corrente adiantada de 90° da tensão


Então:
2I / 2( ) / 5 <=°

Devido à oposição à variação da tensão, representada por Xc, o capacitor provoca uma defasagem
de 90° entre a tensão Vc e a corrente Ic. A figura 6.2.4 mostra o diagrama fasorial para um
capacitor.

Figura: Diagrama fasorial: corrente adiantada de 90° da tensão nos terminais do capacitor

Reatância Capacitiva Xc

Um capacitor em um circuito C.A. oferece uma oposição à passagem da corrente, sendo esta
oposição medida pela reatância do capacitor (Xc).

A oposição estabelecida por um capacitor em um circuito alternado senoidal pode ser encontrada
aplicando-se a equação:

+, ),
-. */
'( )*çã

+, ),
'( )*çã
-. */

1F>?
'( )*çã
2F>?

D
@D
D

Assim, a oposição estabelecida por um capacitor em um circuito alternado senoidal é inversamente


proporcional ao produto da frequência angular (2. .f) pela capacitância C.
O inverso do produto C é chamado Reatância Capacitiva (da palavra reação) e é simbolizada pela
letra Xc. A Reatância Capacitiva é inversamente proporcional à capacitância C e à frequência f
da tensão aplicada (ou de sua frequência angular ), sendo expresso por:


6
BF
 +

@D
J
Onde:

Xc – Reatância Capacitiva ( )
C – Capacitância (F)
f – Frequência do sinal (Hz)
– Frequência angular (rad/s)

Como a reatância capacitiva representa uma oposição à corrente, sua unidade é o Ohm ( ).

“ A Reatância Capacitiva Xc é a medida da oposição que um capacitor oferece à variação da


tensão em seus terminais” .

Em corrente contínua a frequência é nula (f = 0Hz), então a reatância capacitiva tende a


infinito (Xc ): o capacitor se comporta como um circuito aberto.

Em corrente alternada quando a frequência for muito alta (f ), a reatância capacitiva tende
a zero (Xc 0 ): o capacitor se comporta como um curto-circuito.

“ Reatância Capacitiva é, portanto, a inércia elétrica, ou seja, nos capacitores a variação de


tensão entre as suas placas é proporcional ao deslocamento das cargas elétricas de uma a
outra placa (repulsão eletrostática) e, em suma, à quantidade de energia que se armazena. A
taxa de deslocamento das cargas elétricas determina a velocidade de transferência de energia
para o capacitor” .

Considerando um circuito com capacitância pura, ou seja, sem resistência, alimentado por uma
fonte de tensão senoidal, a primeira Lei de Ohm é válida. Neste caso substituímos a resistência
elétrica (R) pela reatância indutiva (Xc).

Figura: Circuito puramente capacitivo


C
@D
Onde:

Vg – Tensão eficaz do gerador (V);


I – Corrente eficaz (A);
Xc – Reatância capacitiva ( ).

Em um circuito puramente capacitivo (sem resistências), não há dissipação de energia. Esta


conclusão pode ser obtida através da equação abaixo:

D# :

Onde:

P – Potência ativa (W);


Vef – Tensão eficaz (V);
Ief – Corrente eficaz (A);
cos: – cosseno fi.
EXERCÍCIOS:

1. Em relação as defasagens das grandezas tensão e corrente elétrica, quais são as diferenças
entre as cargas resistivas e capacitivas?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

2. O que é capacitância? Qual é a sua unidade?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

3. O que é reatância capacitiva? Descreva sua equação matemática e unidade?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
4. Calcular a reatância do capacitor de 5µF nas seguintes frequências:

a) 60Hz;

b) 400Hz.

5. O mesmo capacitor do exercício anterior é alimentado por uma tensão de 110V. Qual a
intensidade da corrente quando a frequência é de 60Hz?

6. Em que frequência um capacitor de 100nF apresenta uma reatância de 100 ?


Circuito RL Série

Devido a resistividade do fio indutor, na prática, um indutor apresenta indutância e resistência elétrica,
portanto a corrente elétrica, ao percorrer um indutor encontra dois tipos de oposição, sendo a
reatância indutiva (XL) e a resistência ôhmica do condutor.

Quando a tensão alternada é aplicada a um circuito RL série, a corrente continua atrasada,


porém com um ângulo menor que 90°, pois quando a indutância tende a defasá-la em 90°, a
resistência tende o colocá-la em fase com a tensão.

No circuito abaixo, representamos um circuito RL série, no qual a resistência R representa o


equivalente de todas as resistências em série com o indutor, inclusive a resistência ôhmica do fio da
indutância.

Figura: Circuito RL série Figura: Diagrama fasorial

Através das relações trigonométricas do triângulo retângulo, poderemos calcular as grandezas nas
cargas resistivas e indutivas, alimentadas em corrente alternada.

Figura: Triângulo das tensões

1K ² 14 ² 5 1; ²

L M ²5 A²

Onde:

VG – Tensão do gerador (V);

VR – Tensão do resistor (V);

VL – Tensão do indutor (V).


A tensão do gerador (VG) é a soma vetorial da tensão do resistor (VR) com a tensão do indutor (VL),
resultando numa defasagem menor que 90° em relação a corrente.

Impedância Indutiva – Série

A oposição que o indutor oferece a passagem da corrente elétrica depende da resistência elétrica e
da reatância indutiva. Essa combinação é denominada impedância indutiva (ZL), cuja unidade é o
Ohm ( ).

Aplicando a primeira Lei de Ohm, aos valores de tensão VG, VR e VL, obtemos Z, R e XL, conforme
abaixo:

A
@A

L
N

Onde:

VG – Tensão do gerador (V);

VR – Tensão do resistor (V);

VL – Tensão do indutor (V);

R – Resistência elétrica ( );

XL – Reatância indutiva ( );

Z – Impedância ( );

I – Corrente elétrica (A).

A impedância é o efeito combinado de resistência e indutância, sendo que as relações


trigonométricas do triângulo retângulo também são aplicadas:

O² 0² 5 B; ²

N M ² 5 @A²
Onde:

R – Resistência elétrica ( );

XL – Reatância indutiva ( );

Z – Impedância ( );

Figuras: Triângulos das relações trigonométricas

O ângulo de defasagem “P” entre o cateto adjacente e a hipotenusa e conhecido como cosseno fi,
pode ser calculado conforme demonstrado a seguir:

D# Q
N
Circuito RC Série

Devido a resistividade das placas do capacitor, na prática, um capacitor apresenta capacitância e


resistência elétrica, portanto a corrente elétrica, ao percorrer um indutor encontra dois tipos de
oposição, sendo a reatância capacitiva (Xc) e a resistência ôhmica do condutor.

Quando a tensão alternada é aplicada a um circuito RC série, a corrente continua adiantada,


porém com um ângulo menor que 90°, pois quando a capacitância tende a adiantá-la em 90°, a
resistência tende o colocá-la em fase com a tensão.

No circuito abaixo, representamos um circuito RC série, no qual a resistência R representa o


equivalente de todas as resistências em série com o capacitor, inclusive a resistência ôhmica da
armadura do capacitor.

Figura: Circuito RC série Figura: Diagrama fasorial

Através das relações trigonométricas do triângulo retângulo, poderemos calcular as grandezas nas
cargas resistivas e capacitivas, alimentadas em corrente alternada.

Figura: Triângulo das tensões

1K ² 14 ² 5 1R ²

L M ²5 D²

Onde:
VG – Tensão do gerador (V);

VR – Tensão do resistor (V);

Vc – Tensão do capacitor (V).

A tensão do gerador (VG) é a soma vetorial da tensão do resistor (VR) com a tensão do capacitor
(Vc), resultando numa defasagem menor que 90° em relação a corrente.

Impedância Capacitiva – Série

A oposição que o capacitor oferece a passagem da corrente elétrica depende da resistência elétrica e
da reatância capacitiva. Essa combinação é denominada impedância capacitiva (Zc), cuja unidade é
o Ohm ( ).

Aplicando a primeira Lei de Ohm, aos valores de tensão VG, VR e Vc, obtemos Z, R e Xc, conforme
abaixo:

D
@D

L
N

Onde:

VG – Tensão do gerador (V);

VR – Tensão do resistor (V);

Vc – Tensão do capacitor (V);

R – Resistência elétrica ( );

Xc – Reatância capacitiva ( );

Z – Impedância ( );

I – Corrente elétrica (A).


A impedância é o efeito combinado de resistência e capacitância, sendo que as relações
trigonométricas do triângulo retângulo também são aplicadas:

O² 0² 5 BR ²

N M ² 5 @D²

Onde:

R – Resistência elétrica ( );

Xc – Reatância capacitiva ( );

Z – Impedância ( );

Figuras: Triângulos das relações trigonométricas

O ângulo de defasagem “ ” entre o cateto adjacente e a hipotenusa e conhecido como cosseno fi,
pode ser calculado conforme demonstrado a seguir:

D# Q
N

Fator de Potência

Devido as cargas indutivas que encontramos na distribuição, ou seja, em motores elétricos, os


circuitos elétricos começam a diminuir o aproveitamento das potências. Vamos conhecer a relação
das potências e o ângulo de defasagem entre elas, conhecido como fator de potência.

Existem três tipos de potência, sendo:

P – Potência Ativa: é a potência real, ou seja, é a potência média e corresponde à potência


efetivamente consumida (dissipada) no circuito (somente nos elementos resistivos dos circuitos). Sua
unidade é o Watts (W).

L D# :
Q – Potência Reativa: é a potência imaginária, ou seja, a resultante da potência gerada nas cargas
de bobinas e capacitores, sendo resultante das cargas indutivas e capacitivas. Ela circula pelos
condutores sendo absorvida e devolvida sem produzir trabalho elétrico. Sua unidade é o Volt
Ampère reativo (VAr).
S A

S L :

S – Potência Aparente: é a potência gerada, ou seja, a resultante da soma trigonométrica entre as


potências ativa e reativa, ou seja, é a potência da fonte. Sua unidade é o Volt Ampère (VA).

T L

T M 5 S²

Aparentemente, a potência fornecida à carga (Z) do circuito seria determinada pelo simples produto
da tensão eficaz pela corrente eficaz, independentemente da composição da carga (Z). Porém o teor
da carga (resistivo, indutivo, capacitivo ou misto) tem grande influência na potência dissipada.
Definimos Potência Aparente (S) como o simples produto da tensão eficaz pela corrente eficaz numa
impedância genérica (Z).

Embora o produto da tensão pela corrente não represente a potência efetivamente dissipada em
alguns casos, a Potência Aparente (S) é uma especificação importante. Sua unidade, dada pelo
produto da tensão pela corrente, é o Volt Ampère (VA), para diferenciar da Potência Média (Ativa)
dada em Watts (W).

Figuras: Triângulos das potências

Do triângulo de potências, tiramos também a equação do fator de potência, ou cosseno fi:

D# Q
T
NOTA:

Esta relação entre potência ativa e potência aparente mensura o nível de aproveitamento da
potência consumida em relação a potencia gerada. No Brasil, a ANEEL (Agência Nacional de
Energia Elétrica) estabelece que o fator de potência mínimo é 0,92, sendo que este excedente é
cobrado do clientes de média tensão e baixa tensão.
EXERCÍCIOS:

1. Com relação ao circuito, determinar:


a) Impedância;
b) Leitura do amperímetro (A);
c) Leitura do voltímetro (V1);
d) Leitura do voltímetro (V2);
e) Potência ativa;
f) Potência reativa;
g) Potência aparente;
h) Fator de potência;
i) Diagrama fasorial.
2. Com relação ao circuito, determinar:
a) Impedância;
b) Tensão do gerador;
c) Tensão do resistor;
d) Tensão do indutor;
e) Potência ativa;
f) Potência reativa;
g) Potência aparente;
h) Fator de potência;
i) Triângulo das potências.
3. Um circuito com resistência de 50 e indutância de 0,1H, alimentado por uma fonte de
110V/60Hz. Desenhe o circuito RL e determine:
a) Reatância indutiva;
b) Impedância;
c) Corrente eficaz;
d) Tensão do resistor;
e) Tensão no indutor;
f) Potência ativa;
g) Potência reativa;
h) Potência aparente;
i) Fator de potência;
j) Diagrama fasorial.
4. A potência consumida (ativa) por um instalação elétrica é de 1kW. Se a tensão de alimentação é
de 220V, calcular a potência aparente e a corrente consumida nos seguintes fator de potência:

a) FP=0,9

b) FP=0,6
5. Calcular o fator de potência de um circuito RL série, cujos aparelhos de medição registram os
seguintes valores:
a) Amperímetro = 10A
b) Voltímetro = 220V
c) Wattímetro = 2.200W
6. Um gerador de 220V fornece 22kVA a uma carga. Calcule as potências ativas nos seguintes
casos:

a) FP=1
b) FP=0,8
c) FP=0,5
7. Um motor CA pode ser representado por uma resistência em série com a indutância. Se este
motor for alimentado em 220V, consumindo uma corrente de 10A e com um fator de potência de
0,9, determinar:
a) Potência aparente;
b) Potência ativa;
c) Potência reativa.
8. No circuito RC série abaixo, determinar:

a) Impedância;
b) Corrente;
c) Tensão do resistor;
d) Tensão do capacitor;
e) Capacitância;
f) Fator de potência;
g) Diagrama fasorial das tensões.
9. No circuito RC série abaixo, determinar:

a) Reatância capacitiva;
b) Impedância;
c) Corrente;
d) Tensão do resistor;
e) Tensão do capacitor;
f) Fator de potência;
g) Diagrama fasorial das tensões.
10. Precisa-se alimentar uma lâmpada 110V/60W em um circuito de 220V/60Hz. Uma maneira de
fazer isso é instalando um capacitor em série com a lâmpada. Qual deverá ser o valor deste
capacitor?
11. No circuito RC série abaixo, deseja-se que o fator de potência seja igual a 0,92. Qual deve ser o
valor do capacitor?
12. Em um circuito RC série, cuja tensão de alimentação é 110V/60Hz tem um fator de potência é
0,85 e a corrente de 8A, determine:

a) Potência aparente;
b) Potência ativa;
c) Potência reativa.
Circuito RL Paralelo

No circuito abaixo, representamos um circuito RL paralelo, no qual a resistência R representa o


equivalente de todas as resistências em paralelo com o indutor, inclusive a resistência ôhmica do fio
da indutância.

Figura: Circuito RL paralelo

Vimos que no circuito RL série, a corrente era a mesma, porém a tensão se dividia. Agora no circuito
RL paralelo as tensões são as mesmas, porém as corrente se dividem.

Figura: Diagrama fasorial

Notamos na figura acima, que a corrente no indutor IL, está atrasada em 90° em relação a tensão VL.
Diferentemente do circuito RL série, neste circuito desenhamos o diagrama fasorial das correntes.

Figura: Triângulo das correntes


Do triângulo das correntes e utilizando trigonometria, conseguimos a seguinte a seguinte expressão:

2U 24 U 5 2; U

V 5 A

Onde:

I – Corrente total do circuito (A);

IR – Corrente do resistor (A);

IL – Corrente do indutor (A).

A corrente total (I) é a soma vetorial da corrente do resistor (IR) com a corrente do indutor (IL),
resultando numa defasagem menor que 90° em relação a tensão. A lei de Ohm também pode ser
utilizada para o cálculo das correntes, sendo:

L A
A
N @A

Impedância Indutiva – Paralelo

A oposição que o indutor oferece a passagem da corrente elétrica depende da resistência elétrica e
da reatância indutiva. Em circuitos RL paralelo precisamos utilizar outra forma de calcular a
impedância indutiva (ZL), cuja unidade é o Ohm ( ).

A impedância é o efeito combinado de resistência e indutância, sendo que as relações matemáticas


são aplicadas abaixo:

@A
NA
V 5 @A

Onde:

ZL – Impedância indutiva ( );

R – Resistência elétrica ( );

XL – Reatância indutiva ( );

O ângulo de defasagem “P” ou fator de potência pode ser calculado conforme demonstrado a seguir:

N
D# Q
EXERCÍCIOS:

1. Com relação ao circuito RL paralelo, determinar:

a) Indutância;
b) Impedância;
c) Correntes total (I), no resistor (IR) e no indutor (IL);
d) Potências aparente, ativa e reativa;
e) Fator de potência;
f) Diagrama fasorial das correntes.
2. Um gerador de 5V/1kHz é ligado em um circuito RL paralelo. Sabendo- se que a corrente total é
5mA e a corrente da resistência 4mA, determinar:

a) Corrente do indutor;
b) Reatância indutiva;
c) Indutância;
d) Impedância;
e) Fator de potência;
f) Diagrama fasorial das correntes.
3. Calcule a tensão aplicada em um circuito RL paralelo que consome uma corrente de 10mA,
sendo R=1,2k e XL=1,6k :
Circuito RC Paralelo

No circuito abaixo, representamos um circuito RC paralelo, no qual a resistência R representa o


equivalente de todas as resistências em paralelo com o capacitor, inclusive a resistência ôhmica do
fio da armadura do capacitor.

Figura: Circuito RC paralelo

Vimos que no circuito RC série, a corrente era a mesma, porém a tensão se dividia. Agora no circuito
RC paralelo as tensões são as mesmas, porém as corrente se dividem.

Figura: Diagrama fasorial

Notamos na figura acima, que a corrente no capacitor Ic, está adiantada em 90° em relação a tensão
VG. Diferentemente do circuito RC série, neste circuito desenhamos o diagrama fasorial das
correntes.

Figura: Triângulo das correntes


Do triângulo das correntes e utilizando trigonometria, conseguimos a seguinte a seguinte expressão:

2U 24 U 5 2I U

V 5 J

Onde:

I – Corrente total do circuito (A);

IR – Corrente do resistor (A);

Ic – Corrente do capacitor (A).

A corrente total (I) é a soma vetorial da corrente do resistor (IR) com a corrente do capacitor (Ic),
resultando numa defasagem menor que 90° em relação a corrente. A lei de Ohm também pode ser
utilizada para o cálculo das correntes, sendo:

L J
J
N @J

Impedância Capacitiva – Paralelo

A oposição que o capacitor oferece a passagem da corrente elétrica depende da resistência elétrica e
da reatância capacitiva. Em circuitos RC paralelo precisamos utilizar outra forma de calcular a
impedância capacitiva (Zc), cuja unidade é o Ohm ( ).

A impedância é o efeito combinado de resistência e capacitância, sendo que as relações matemáticas


são aplicadas abaixo:

@J
NJ
V@ J 5

Onde:

Zc – Impedância capacitiva ( );

R – Resistência elétrica ( );

Xc – Reatância capacitiva ( );

O ângulo de defasagem “P” ou fator de potência pode ser calculado conforme demonstrado a seguir:

N
D# Q
EXERCÍCIOS:

1. Com relação ao circuito RC paralelo, determinar:

a) Reatância capacitiva;
b) Impedância;
c) Correntes total (I), no resistor (IR) e no capacitor (Ic);
d) Fator de Potência;
e) Potências ativa, aparente e reativa;
f) Diagrama fasorial.
2. Com relação ao circuito RC paralelo, determinar:

a) Impedância;
b) Correntes total (I), no resistor (IR) e no capacitor (Ic);
c) Fator de Potência;
d) Potências ativa, aparente e reativa;
e) Diagrama fasorial.
3. Em um circuito RC paralelo, o fator de potência é 45º. Sabendo-se que a impedância do circuito é
200 e frequência 5kHz, determinar:

a) Resistência;
b) Capacitância;
Circuito RLC Série

No circuito abaixo, representamos um circuito RLC série, no qual a resistência R representa o


equivalente de todas as resistências em série com o indutor e o capacitor. A tensão total aplicada é a
soma vetorial da tensão da resistência, da tensão da indutância e da tensão da capacitância.

Figura: Circuito RLC série

Na construção do diagrama fasorial, a tensão da resistência está em fase com a corrente. A tensão
da indutância está adiantada em 90° em relação a corrente e a tensão na capacitância está atrasada
em 90° em relação a corrente.

Figura: Diagrama fasorial

Observe que VL e Vc estão defasados em 180°, ou seja, para somar as três tensões, primeiramente
somamos VL com Vc. Como VL e Vc estão defasados em 180°, a soma vetorial de VL com Vc é
simplesmente a subtração VL-Vc (considera-se na maioria dos casos, VL>Vc).
Figura: Diagrama fasorial

Notamos que a partir do diagrama fasorial das tensões, obtemos o triângulo das impedâncias e a
equação das tensões.

1KU 14 U 5 1; U 8 1IU

L V 5 A 8 J

Onde:

VG – Tensão do gerador (V);

VR – Tensão do resistor (V);

VL – Tensão do indutor (V);

Vc – Tensão do capacitor (V).

A lei de Ohm também pode ser utilizada para o cálculo da corrente, tensões ou oposições, sendo:

L A 8 D A J
8 @A 8 @J
N
Onde:

XL – Reatância indutiva ( );

Xc – Reatância capacitiva ( ).
Impedância – Série

A oposição que o indutor oferece a passagem da corrente elétrica depende da resistência elétrica, da
reatância indutiva e da reatância capacitiva. Em circuitos RLC série precisamos utilizar outra forma de
calcular a impedância (Z), cuja unidade é o Ohm ( ).

A impedância é o efeito combinado de resistência, indutância e capacitância, sendo que as relações


matemáticas são aplicadas abaixo:

N V 5 @A 8 @J

Onde:

Z – Impedância ( );

R – Resistência elétrica ( );

XL – Reatância indutiva ( );

Xc – Reatância capacitiva ( ).

Da equação acima quando XL=Xc a impedância do circuito será igual a R, ou seja, o circuito
comporta-se como puramente resistivo e a tensão e corrente estarão em fase. Esta situação é
conhecida como ressonância e podemos calcular conforme abaixo:

#
" A J

Onde:

fo – frequência ressonante (Hz);

2 – 6,28...

L – Indutância (H);

C – Capacitância (F).

O ângulo de defasagem “P” ou fator de potência pode ser calculado conforme demonstrado a seguir:

D# Q
N
EXERCÍCIOS:

1. Com relação ao circuito RLC série, determinar:

a) Frequência de ressonância;
b) Corrente na frequência ressonante;
c) Fator de potência na frequência ressonante;
d) Se f=20kHz, calcular corrente e fator de potência;
e) Se f=10kHz, calcular corrente e fator de potência;
2. Com relação ao circuito RLC série, determinar:

a) Tensão total;
b) Impedância;
c) Diagrama fasorial;
d) Fator de potência.
CIRCUITOS TRIFÁSICOS

Vimos anteriormente na disciplina de Eletrotécnica Aplicada I, o princípio de funcionamento dos


geradores monofásicos, onde uma espira (enrolamento na prática) girando no campo magnético sob
ação de uma força externa (hidráulica, eólica, motor a diesel, etc) gera uma tensão induzida (f.e.m.)
nos terminais da bobina, a qual está ligada a anéis coletores, sendo que as escovas fazem a ligação
entre o circuito interno e o externo.

Figura: Gerador monofásico

Ao invés de girar uma espira em um campo magnético estacionário, podemos aplicar em um campo
magnético girante, pois geraremos a mesma tensão induzida (f.e.m.).

Figura: Gerador monofásico


Agora no gerador trifásico, são três enrolamentos (bobinas) defasados em 120° e por consequência
as tensões também estarão defasadas em 120°, onde A, B, C são os inícios dos terminais das
bobinas e por X, Y, Z são as outras extremidades das bobinas. Nas figuras a seguir mostramos o
gerador trifásico, bobinas e tensões geradas.

Figura: Gerador trifásico

Figura: Três bobinas monofásicas que defasadas em 120° geraram tensões trifásicas

Figura: Tensões trifásicas geradas e defasadas em 120°


Conforme figura abaixo, se cada bobina ou fase, estiver conectada a circuitos separados, teremos um
sistema trifásico não interligado.

Figura: Sistema trifásico não interligado

Como o sistema trifásico não interligado utilizar uma quantidade maior de condutores e por
consequência tem um custo financeiro maior, focaremos em sistemas trifásicos interligados, ou seja,
nas ligações estrela e delta.

Ligação Estrela – (Y)

Este tipo de ligação consiste em conectar todos os finais das bobinas, formando um ponto chamado
de neutro, o qual é ligado ao neutro da carga, sendo que os inícios das bobinas são destinados a
alimentação na carga e a geração na fonte.

Figura: Gerador e carga ligados em estrela


A corrente do neutro é igual a soma vetorial das três correntes de fase, sendo:

2W 2X 5 2Y 5 2I

As tensões medidas entre os terminais do gerador e o neutro, são chamadas de tensões de fase
(1X 1Y 1I ), genericamente Z.

As tensões medidas entre os terminais do gerador são chamadas de tensões de linha


(1XY 1YI 1IX ), genericamente A.

As relações entre linha e fase das tensões são descritas a seguir:

A Z [

Z A \ [

As correntes que percorrem cada fase são chamadas de correntes de fase (2X 2Y 2I ),
genericamente Z .

As correntes que interligam o gerador com a carga são chamadas de correntes de linha,
genericamente A .

A relação entre linha e fase das correntes, é descrita a seguir:

A Z

A carga será equilibrada quando as impedâncias (O] OU O^ ) tiverem valores iguais, sendo
que a corrente de neutro será nula, ou seja, não haverá necessidade de condutor neutro.

Já quando a carga é desequilibrada, ou seja, quaisquer das três impedâncias tiverem valores
diferentes (O] _ OU _ O^ ), haverá corrente de neutro e como no sistema de distribuição de
energia elétrica as cargas são diferentes, será necessária a instalação de neutro.
Ligação Delta – ( )

Este tipo de ligação consiste em conectar todos os inícios com os finais das bobinas, formando um
circuito chamado de delta, sendo que os vértices do triângulo são destinados a alimentação na carga
e a geração na fonte.

Figura: Gerador e carga ligados em delta

As correntes medidas entre os terminais das fases das bobinas do gerador e da carga, são chamadas
de correntes de fase (2XY 2YI 2IX ) ou (2] 2U 2^ ), genericamente Z .

As correntes medidas entre os terminais do gerador são chamadas de correntes de linha (2X 2Y 2I ),
genericamente A .

Neste tipo de ligação não temos corrente de neutro.

2; 2X 2Y 2I

As relações entre linha e fase das correntes são descritas a seguir:

A Z [

Z A \ [

As tensões que percorrem cada fase da bobina são chamadas de tensões de fase (1XY 1YI 1IX ),
genericamente Z .

As tensões que interligam o gerador com a carga são chamadas de tensões de linha, genericamente
A.

A relação entre linha e fase das tensões, é descrita a seguir:

A Z
Potência em Sistemas Trifásicos

Como vimos anteriormente, a potência ativa em um circuito monofásico é dadas por:

D# : `

Nos cálculos de potência utilizamos os valores de fase:

a 1b 2b F ): c

No caso do sistema trifásico equilibrado, a potência de cada fase é a mesma, desta forma total das
3 fases é:

[ Z Z D# : `

Já no caso do sistema desequilibrado, multiplicaremos por d:

Estrela:

1; 1b d

2; 2b

[ A A D# : `

Delta:

2; 2b d

1; 1b

[ A A D# : `
Já na potência aparente, com os conceitos de tensões e correntes de linha e fase, utilizamos as
seguintes equações:

Sistema equilibrado:
T [ Z Z e

Sistema desequilibrado (Estrela e Delta):


T [ A A e

Por fim, de maneira análoga, para os cálculos de potência reativa trifásica, utilizamos as seguintes
equações:

• Sistema equilibrado:

S [ Z Z : ef

• Sistema desequilibrado (Estrela e Delta):

T [ A A : ef
EXERCÍCIOS:

1. Conforme o circuito abaixo, determine:


a) Correntes de fases;
b) Tensões de linha;
c) Corrente de neutro.
2. Um motor tem uma tensão de linha aplicada de 220V e os enrolamentos tem 20 de impedância.
Determine:
a) Correntes de linha se ligado em delta;

b) Correntes de fase se ligado em estrela.


3. Conforme o circuito abaixo, determine:
a) Tensões de linha;
b) Corrente de linha;
c) Potência ativa, considerando FP=0,1
4. Um motor trifásico ligado em delta tem uma potência de 6,8CV quando ligado a uma tensão de
linha de 220V, determine:
a) Potência ativa (considere que 1CV=735,5W e FP=0,85);
b) Corrente de linha.
5. Um aquecedor trifásico é constituído de três resistências de 20 ligadas em estrela com a tensão
de 220V, determine:

a) Tensão de linha;
b) Tensão de fase;
c) Corrente de linha;
d) Corrente de fase;
e) Potência ativa (considere FP=0,82).
6. No circuito trifásico desequilibrado abaixo, calcule as potências ativas individuais das três fases:
7. No circuito trifásico abaixo, demonstra o secundário de um transformador ligado em delta. As
cargas alimentadas por este transformador são de um motor trifásico de 5kW e FP=0,85 e três
motores monofásicos de 2kW e FP=0,8 (cada um ligado a uma fase, ou seja, equilibrados).
Determine:

a) Potência ativa da instalação;


b) Potência reativa da instalação;
c) Potência aparente da instalação;
d) Corrente de linha da instalação;
e) Potência ativa da instalação.

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