Sunteți pe pagina 1din 16

RESUMO

Nos subcapítulos iniciais, é apresentada uma abordagem generalizada sobre os


impostos, explicando-se algumas das suas fases e as formas de prestação dos impostos.
Também é apresentada uma distinção de outras figuras afins e os seus efeitos
económicos, sendo mais adiante apresentada uma abordagem similar sobre os
elementos. A parte final do presente trabalho apresenta a abordagem sobre a
classificação do Sistema Fiscal em Moçambique com maior destaque aos impostos
directos e indirectos, "visto que esse e o tema principal do trabalho", e os tipos de
impostos existentes em Moçambique e a conclusão do trabalho.

1
Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho foi aplicado a revisão bibliográfica, foi


consultado vários livros (como é o caso da Constituição da república, o livro tributário
moçambicano), e de diversos autores que abordam sobre o tema abordado.

Outro método foi a pesquisa na internet, onde vários conteúdos foram apresentados e
coube fazer a selecção do conteúdo importante a realização do trabalho.

O trabalho é uma União de diversas fontes, conteúdos resumidos de uma forma


sintetizada, clara e perceptual.

2
DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaramos que o presente trabalho é resultado da pesquisa efectuada pelo grupo em


diversas fontes bibliográficas, O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas
estão devidamente mencionadas no texto, e na bibliografia final.

Nampula, aos 11 de Abril de 2019


_____________________________________________________________

(Muhita Tito José)


_____________________________________________________________

(Fidélio Natalino Pedro)


_____________________________________________________________
(Cátia Vanessa Patrício)
_____________________________________________________________

(Elisabeth Marcos)
_____________________________________________________________

(Dalva Mariza Raidone)

_____________________________________________________________

(Melita de Muapuanhihe Samuel)

3
Em definição “O imposto é visto como sendo uma prestação
coativa,pecuniária,definitiva,unilateral sem contrapartida e sem carácter de Sansão,
exigida pélo estado, com vista a satisfação de fins públicos” SILVA, (1988:10)

Para realização dos fins públicos, e que se traduzem na realização de despesas


orientadas fundamentalmente a satisfação de necessidades publicas, necessidades
colectivas da Sociedade, o estado necessita de obter receitas, essas receitas que provem
prioritamente da cobrança de tributos, prestações compulsivas, pecuárias ou em espécie
que podem revestir a natureza de impostos ou de taxas, ou da venda, exploração de bens
do património publico que são as receitas patrimoniais.

Importa realçar que é em grande parte condicionada pela existência de receitas, as quais
podem ser obtidas de três fontes, nomeadamente, o património, os créditos e os
impostos e taxas, donde resultam as receitas patrimoniais, as receitas creditícias e as
receitas tributárias, respectivamente, últimas fontes de receitas públicas citadas no
parágrafo anterior, as quais constituem a parte integrante das receitas tributárias. Nele o
grupo apresenta uma abordagem sobre os diferentes tipos de impostos e taxas e sua
classificação de uma forma geral, indo desaguar na abordagem sobre o funcionamento
do sistema fiscal em Moçambique,aquel que um dos livros mais importantes no que
tange o imposto no território nacional que o sistema tributário moçambicano encontra-
se consagrado no artigo 56 da Lei n.º 15/2002, de 26 de Junho, integrando: Impostos
nacionais e Impostos autárquicos.

4
IMPOSTOS

Segundo SOUSA (1996:151),”o imposto pode ser definido como uma prestação
patrimonial, definitiva e unilateral, estabelecida por lei a favor de uma pessoa colectiva
de direito público, sem o carácter de sanção, com vista à realização de fins públicos”.

RIBEIRO (1997:258),define por sua vez o imposto como, “prestação pecuniária,


coactiva e unilateral, sem o carácter de sanção, exigida pelo Estado com vista à
realização de fins públicos.”

“Imposto é todo o montante de dinheiro que os cidadãos de um país devem pagar ao


Estado para garantir a funcionalidade de serviços públicos e colectivos” MONOBE,
1986

Consoante o raciocínio do Economista SOUSA (1996:151), o grupo chega a conclusão


que os impostos são um meio que incide sobre as mais-valias ou ganhos obtidos por
alienação onerosas de partes sociais, incluindo amortização, rendimentos da aplicação
de capitais, desde que produzidos no país. Rendimento global das pessoas singulares,
com exclusão dos rendimentos abrangidos pelo Imposto Sobre os Rendimentos do
Trabalho, desde que os seus titulares sejam residentes no país. As taxas de Impostos são
aplicáveis ao rendimento global das pessoas singulares que variam de acordo com o
valor do rendimento.

É importante salientar que o artigo 100 da constituição da república prescreve que “ os


impostos são criados ou alterados por lei, que os fixa segundo critérios de justiça
social,” sendo esta a única referência do texto.

Fases do imposto

Segundo o sistema tributário moçambicano, os impostos nacionais apresentam as


seguintes fases:

Incidência

É a fase em que se definem os pressupostos tributários que fazem nascer a obrigação de


imposto. É a fase em que se define a matéria colectável (incidência real) e se
identificam os sujeitos passivos da relação jurídica fiscal (incidência pessoal). Nas
incidências podemos encontrar as seguintes subdivisões:

Incidência positiva

5
Incidência negativa

A qual é integrada por normas que estabelecem isenções de impostos, quer excluindo da
tributação, situações que se não fosse pela isenção, seriam objecto de tributação
(incidência real negativa), quer excluindo do universo dos contribuintes, sujeitos que
sem a norma de isenção são devedores do imposto (incidência pessoal negativa)

Lançamento

É a fase em que se processam as operações conducentes à identificação particular dos


sujeitos passivos e à determinação concreta da matéria colectável sobre a qual vai
incidir o imposto.

Liquidação

É a operação aritmética da aplicação de uma taxa à matéria colectável apurada na fase


do lançamento, para a determinação do montante exacto do imposto devido pelo sujeito
passivo.

Cobrança (pagamento)

É a fase final da vida do imposto, para que este tenha toda relação jurídica fiscal.

Elementos do imposto

Desta forma, pode-mos encontrar os elementos característicos distintos, apontadas pélo


autor Ribeiro (1997:258): Elemento objectivo, elemento subjectivo e elemento
teológico, que são designados a seguir:

Elemento objectivo – o imposto é uma prestação ou um acto de real, exigível a todo


sujeito passivo do imposto a favor do sujeito activo.

Elemento subjectivo – deve-se entender que a prestação realizada é a favor do estado,


na posição do sujeito activo do imposto.

6
Efeitos económicos dos impostos

SILVA, (1988:10) em seu livro a economia as nações, distingue que os impostos


originam efeitos económicos decorrentes dos seguintes fenómenos:

A repercussão

É um fenómeno que consiste no facto de o contribuinte, recorrendo aos mecanismos do


mercado, transferir para outrem, total ou parcialmente o sacrifício fiscal. Este fenómeno
tem consequências como o aumento do preço do produto quando a repercussão é
progressiva (transferência da carga fiscal do vendedor ou produtor para o comprador),
ou a diminuição do lucro em caso duma repercussão regressiva (caso em que o
vendedor ou produtor suporta os impostos à custa da diminuição do seu lucro, para
evitar uma

Previsível quebra da procura do seu produto, resultante do aumento do preço, decorrente


da incidência do imposto).

A amortização do imposto

Esta tem como consequência a redução do valor patrimonial de um determinado bem,


devido à incidência do imposto.

A remoção do imposto

A incidência do imposto nos rendimentos de um determinado agente económico, faz


com que este procure soluções para cobrir o decréscimo originado pela incidência do
imposto, seja resignando-se face à perda do seu rendimento face à incidência do
imposto, ou desenvolvendo uma outra actividade que lhe permita obter maiores
rendimentos para cobrir o défice. Neste último caso, a tendência de remover o imposto
acaba por contribuir para o crescimento económico.

A difusão do imposto

Suponha-se que é introduzido um imposto que incide sobre o rendimento de trabalho.


Caso não haja possibilidade de remoção, verificar-se-á uma redução dos rendimentos
disponíveis, o que implicará uma redução do consumo de bens supérfluos. Por força
desestruturas próprias da economia de mercado, essa redução irá reflectir-se sobre a
actividade económica dos produtores desses bens e indirectamente no mercado de
trabalho e no mercado de capitais.

7
Formas/ tipos de prestação do imposto

O Sistema Tributário Moçambicano que encontra-se consagrado no artigo 56 da Lei n.º


15/2002, de 26 de Junho. Distingue as seguintes Formas de prestação do imposto:

Prestação definitiva

O carácter definitivo da prestação tributária resulta do facto de que, tendo sido cumprida
está prestação, não há lugar para qualquer retribuição ou reembolso ao sujeito passivo,
salvo nos casos em que ocorre uma tributação indevida ou que por erro na liquidação, o
contribuinte tenha pago um valor superior ao efectivamente devido.

Prestação unilateral

O imposto é unilateral pois ao contrário de uma aquisição, por exemplo, na qual o


comprador paga e em contrapartida recebe o bem correspondente ao valor pago, no
imposto situação é muito diferente, pois, não existe qualquer relação entre o montante
do imposto pago pelo sujeito passivo e as vantagens que o mesmo possa auferir dos
serviços públicos. Apesar de que as receitas arrecadadas pelo Estado destinam-se à
satisfação das necessidades públicas, esta satisfação é feita beneficiando-se
indistintamente todos os cidadãos, quer paguem os impostos ou não, portanto, o
usufruto dos bens públicos não constitui de forma alguma a contrapartida específica
decorrente do pagamento do imposto e nem o pagamento do imposto confere ao
contribuinte o direito a uma contrapartida específica. É daí que resulta a unilateralidade
do imposto.

Prestação estabelecida por lei

O imposto tem um carácter coactivo. A sua criação não depende da vontade do sujeito
passivo e o seu pagamento é obrigatório.

Prestação destinada à realização de fins públicos

A finalidade normal e clássica do imposto consiste numa atribuição patrimonial que tem
por objectivo habilitar uma pessoa colectiva de direito público com os meios
necessários à realização dos seus fins. Entretanto, com o aumento das funções do
Estado, hoje em dia o imposto não só possui a finalidade fiscal mas possui também a
finalidade extra-fiscal.

8
Natureza patrimonial versus Natureza pecuniária da prestação tributária

De acordo com SOUSA (opcit:152), não é essencial a atribuição da natureza pecuniária


(relativa ao dinheiro) à prestação tributária, pelo facto de que o imposto pode consistir
numa actividade ou então ser pago em espécie. Este autor cita alguns tipos de impostos
que não possuem a natureza pecuniária, sendo um deles o imposto de selo, cuja
prestação consiste num facto ou numa actividade quando é pago por meio de
estampilhas fiscais, pois seguindo esta via de pagamento, a obrigação do imposto só fica
cumprida quando se inutiliza a estampilha fiscal e não aquando da sua compra.

Importa salientar que a atribuição da natureza patrimonial, assim como a natureza


pecuniária ao imposto poderá ser mais abrangente ou mais restritiva, conforme a
legislação fiscal em vigor num país em determinado período. Nos tempos modernos,
verifica-se que as outras formas de pagamento dos impostos que não sejam por via de
Prestações pecuniárias, são postas a parte. Segundo Pereira, (2009:213), tal facto deve-
se às seguintes razões:

 Essas vias de pagamento de impostos têm efeitos demasiado incertos em termos


financeiros, face às crescentes e regulares funções a serem prosseguidas pélo
estado;
 Tendem a enfrentar grande resistência por parte dos cidadãos;
 Exigem métodos administrativos pesados e altamente dispendiosos;

CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS NACIONAIS/ MOÇAMBICANOS

Entrando já no principal tema do trabalho, depois de termos visto um conjunto


clarificador e explícito de como os impostos funcionam e todos os componentes do
mesmo. É chegado o momento de sabermos quais são as principais classificações que o
Sistema Tributário moçambicano apresenta, salientar que o sistema tributário
moçambicano consagra, no seu artigo 56 da Lei n.º 15/2002, de 26 de Junho, as
seguintes classificações e divisão dos impostos no ordenamento jurídico moçambicano,
tendo como as principais divisões as seguintes:

Impostos Directos – são os que recaem directamente sobre o rendimento, e integram os


seguintes impostos:

 Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares – IRPS,imposto sobre o


Rendimento das Pessoas Singulares incide sobre o valor global anual dos

9
rendimentos, mesmo quando proveniente de actos ilícito e o seu regime tem em
conta as necessidades e os rendimentos do agregado familiar. Lei 33/2007, de 31
de Dezembro
 Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas – IRPC, Imposto Sobre o
Rendimento das pessoas colectivas deve-se pelas pessoas singulares ou
colectivas que desenvolvam actividades agrícolas industriais ou comerciais e
ainda os exportadores e importadores. Lei 5/2009, de 12 de Janeiro
 Imposto Simplificado para Pequenos Contribuintes.

Impostos Indirectos – são os que recaem sobre a despesa, e integram os seguintes:

 Imposto sobre o Valor Acrescentado – IVA, Imposto Sobre o valor


acrescentado das transmiçoes de bens e prestações de serviço realizado no
território Moçambicano bem como importações de bens, LEI 32/2007DE 31 de
Dezembro. O IVA paga-se durante as

Transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas no território nacional, bem


como nas importações de bens. A taxa aplicável é única, de 17%.

O Imposto Sobre Consumos Específicos incide sobre determinados bens, produzidos ou


importados como bebidas alcoólicas, tabaco e veículos automóveis. As taxas variam de
20% a 75%.

 Imposto sobre Consumo Específico – ICE, Imposto sobre Consumo Específicos


tributa de forma selectiva o consumo de determinados bens de consumo
considerados de luxo, nocivos a saúde ou perigosos para o consumo humano.
Decreto 52/98 de 29 de Setembro
 Direitos Aduaneiros,inscidem sobre as mercadorias importadas e exportadas no
território aduaneiro. LEI 6/2009 de 10 de Março.

Outros Impostos – fazem parte dos outros impostos nomeadamente:

 Imposto do Selo, incide sobre todos os documentos livros papéis e actos


designados em tabela próprio. Decreto 6/2004 de 1 de Abril, recaem sobre os
documentos, livros, papéis e actos identificados numa tabela específica ou em
leis especiais. As taxas do Imposto de Selo variam em função dos valores dos
recibos de quitação ou da natureza do documento que se pretende selar.

10
 Sisa; incide sobre transições a título oneroso do direito de propriedade ou de
figuras parcelares desse direito, sobre bens e imóveis. Decreto 46/2004
 Imposto Especial sobre jogos;
 Imposto de Reconstrução Nacional, Os nacionais e estrangeiros estão sujeitos a
este imposto, cujas taxas são fixadas anualmente pelo. Ministério do Plano e
Finanças. O mesmo é devido a partir do ano seguinte àquele em que fixarem
residência no território nacional. Este imposto é pago uma só vez através de
descontos nos salários do mês de Fevereiro de cada ano. Nas zonas onde haja
Autarquias Locais, este imposto é substituído pelo Imposto Pessoal
Autárquico, sendo as taxas fixadas anualmente pelas Assembleias Autárquicas.
 Imposto sobre Veículos, Imposto Autartico de Contribuição de Melhorias
Taxas por Licenças Concedidas e por Actividade económicas Tarifas e taxas
pela Prestação de serviço

A principal fonte de financiamento das Despesas do Estado são os Recursos Internos,


que provem das seguintes fontes:

Receitas Fiscais – o exercício de previsão incide sobre o estágio de crescimento


económico;

Receitas Não Fiscais – que integram as taxas de prestação de serviços pelo Estado;

Receitas de Capital – que integram os fluxos financeiros relativos a rendimentos de


capitais investidos pelo Estado em diversos ramos de actividade económica.

No que concerne ao financiamento do défice orçamental o Governo recorre aos recursos


externos provenientes das seguintes fontes de financiamento: Donativos; Empréstimos
Líquidos e Créditos concessionários.

Em Moçambique os impostos são para ser pagos por todos. Apesar disto, existe um
regime que garante equidade nesse dever bem como garantias de uma segurança social
básica aos cidadãos.

Lei tributária diz que como cidadão moçambicano, tem impostos que incidem sobre
todos, independentemente do estado e da condição social, o sistema tributário inclui
ainda outros impostos e taxas específicas nomeadamente:

 Contribuição Predial

11
 Contribuição de Registo
 Imposto de Turismo
 Imposto sobre os Combustíveis
 Rendimentos Do Trabalho
 Segurança Social,etc

O Imposto Sobre Os Rendimentos Do Trabalho incide sobre aqueles que prestem


serviços profissionais por conta de outrem, os que prestem serviços remunerados a título
independente ou em regime de avença. As taxas aplicáveis são as seguintes:

1. Trabalhadores nacionais e estrangeiros residentes de 10% a 20%;

2. As remunerações acidentais e de trabalho independente são tributadas em 15% até 9


milhões de meticais e 20% sobre o excedente (ex.: trabalho em regime de avença);

3. Os rendimentos auferidos por trabalhadores não residentes ficam sujeitos à taxa


liberatória de 20%.

Segurança Socialização

São abrangidos pelo Sistema de Segurança Social os trabalhadores assalariados


nacionais e estrangeiros residentes; Os familiares a cargo dos trabalhadores previstos no
ponto anterior; Outras categorias de trabalhadores. A inscrição no sistema de segurança
social dos trabalhadores e respectivas entidades empregadoras é obrigatória. As taxas
7%, sendo 4% pagos pela entidade empregadora e 3% pelo trabalhador.

Contribuição Predial

A Contribuição Predial incide sobre as rendas de prédios urbanos à taxa de 10%.

Imposto Sobre Doações E Sucessões

As taxas variam entre 1% a 30% de acordo com o valor da herança e a relação entre o
doador e o beneficiário.

Impostos Autárquicos

Recai Sobre o valor patrimonial dos prédios urbanos situados nas Autarquias Locais
incide o Imposto Predial Autárquico cujas taxas são fixadas pela Assembleia Municipal,
variando entre 0,2% e 1% do valor patrimonial.

12
Impostos extra-fiscais

São aqueles que o Estado cobra para simultaneamente obter receitas e atingir outras
finalidades, ou só para atingir essas finalidades. Ex.: direitos alfandegários cobrados
tendo em vista a protecção da indústria nacional contra a concorrência estrangeira.

Impostos fiscais

“São aqueles cujo principal objectivo de cobrança é a obtenção de receitas. A natureza


fiscal não constitui uma absoluta característica de um determinado imposto
enquadrado neste grupo. Ao introduzir um imposto fiscal, o Estado não só tem em vista
obtenção das receitas, mas também, a justa repartição dos encargos pelos
contribuintes, segundo o princípio de igualdade tributária”, RIBEIRO (1997:259-261).

Importa salientar entretanto, que todos os impostos cobrados, sejam eles fiscais ou
extra-fiscais, acabam por ser usados na cobertura de despesas públicas, considerando
que nenhum imposto é cobrado com o objectivo do permanente entesouramento. A
diferença entre eles reside no objectivo primordial da sua cobrança,’ O sujeito activo da
relação tributária é a entidade de direito

Público, titular de direito de exigir o cumprimento das obrigações tributárias, quer


directamente quer através de representante.’ Art. 8, nº 1 da lei 15/2001.

Imposto Predial Autárquico (IPRA)

O Imposto Predial Autárquico é uma taxa que incide sobre o valor patrimonial dos
prédios urbanos situados no território da respectiva autarquia

Este imposto é devido pelos titulares do direito de propriedade em 31 de Dezembro do


ano a que a colecta respeitar.

Nos casos de usufruto ou de propriedades resolúveis, o imposto será devido por quem
tenha o uso e fruição do prédio.

São isentos de imposto predial autárquico:

• As associações humanitárias e outra entidades que sem intuito lucrativo, prossigam no


território da autarquia com fins de assistência social, saúde publica, educação, culto,
cultura, desporto e recreação, caridade, beneficência, ou outra actividade de relevante
interesse público, relativamente aos prédios afectos à realização desses fins;

13
• Os Estados estrangeiros que adquirem prédios param a instalação das suas
representações diplomáticas ou consulares, no caso de reciprocidade de tratamento;

• A própria autárquica e qualquer dos seus serviços, ainda que personalizados


relativamente aos prédios que integrem o respectivo património;

• As casas de construção precária e outras construções não definitivas, quando habitadas


pelo respectivo proprietário.

Imposto Pessoal Autárquico (IPA)

O Imposto Pessoal Autárquico representa a comparticipação mínima de cada cidadão


para os encargos públicos da autarquia, sendo devido por todas as pessoas, nacionais ou
estrangeiras, de idade compreendida entre 18 a 60 anos que seja residente em qualquer
autarquia de Moçambique

Isenções

São isentos do Imposto Pessoal Autárquico:

 Os indivíduos que, por debilidade, doença ou deformidade física estejam


temporárias ou permanentemente incapacitado de trabalhar;
 Os cidadãos no cumprimento do Serviço Militar Efectivo Normal,
compreendendo o ano da incorporação e o ano da passagem a disponibilidade;
 Os estudantes que frequentam em regime de tempo inteiro, curso de nível médio
ou superior, abrangendo o ano que perderam essa qualidade, até completarem 21
ou 25 anos de idade, respectivamente, consoante se trate do ensino médio ou
superior;
 Os pensionistas do Estado, das autarquias locais, da Segurança Social ou de
outras formas de pensão quando não tenham outros proventos além das
respectivas pensões;
 A mulher camponesa e a mulher doméstica;
 Os estrangeiros ao serviço do País da respectiva nacionalidade, quando haja
reciprocidade de tratamento

14
Conclusão

O presente trabalho apresentou um conjunto de matérias relacionadas com as


classificações dos impostos em Moçambique, trazendo uma abordagem generalizada do
imposto. E chegando a essa parte o grupo conclui que seja qual for a respectiva base de
incidência o imposto dirige-se sempre em última análise, atingir directa ou
indirectamente o rendimento do contribuinte obtido num certo período do “exercício
fiscal”, ou acumulado na forma de património ou riqueza. Porque incide sobre um
conjunto de rendimentos provenientes de diversas fontes principais e goza de autonomia
quer a nível normativo quer ao nível das relações tributáveis concretas.

O grupo constatou também que a extensão da obrigação do imposto definido no (artigo


5.º CIRPC) As Pessoas Colectivas e outras entidades com sede ou direcção efectiva em
território moçambicano, são tributadas em IRPC pela totalidade dos seus rendimentos,
incluindo os obtidos fora desse território (n.º1 artigo 5.º CIRPC), As pessoas colectivas
e outras entidades que não tenham sede nem direcção efectiva em território
moçambicano ficam sujeitas a IRPC apenas quanto aos rendimentos neles obtidos
segundo o decreto (n.º2 artigo 5.º CIRPC).

Imposto é directo na medida que incide sobra a manifestação directa ou imediata da


capacidade contributiva Real: porque visa a tributação dos rendimentos das pessoas
colectivas sem atender à sua situação pessoal, porque se renova nos sucessivos períodos
de tributação, que normalmente são anuais.

É o Estado o sujeito activo da relação jurídico tributário, e a necessidade de


modernização e fortalecimento dos órgãos de gestão da administração tributária levou o
Governo a criar a Autoridade Tributaria de Moçambique através da Lei 1/2006 de 22 de
Março de 2006.

15
Referências bibliográficas

Sistema tributário de Moçambique, artigo 56 da Lei n.º 15/2002, de 26 de Junho


Constituição da República, Artigo 100, CAPÍTULO I PRINCÍPIOS GERAIS, TÍTULO
IV ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA, SOCIAL, FINANCEIRA E FISCAL
FIASOUSA, Domingos Pereira, Finanças Públicas 2008,p98

LISBOA, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 1996.241p.

RIBEIRO, Joaquim José Teixeira, Lições de Finanças Pública,5.Ed. Coimbra


Editora,1997. 468p.

PEREIRA, Paulo Trigo; Economia e Finanças Públicas,3. ed. Escolar Editora,


2009.604p.

SILVA,(1988:10)

MONOBE, 1986

16

S-ar putea să vă placă și