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CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

Leonardo Aguiar Silva Lacerda

ARAGUAÍNA
2019
Leonardo Aguiar Silva Lacerda
1

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

Relatório apresentado ao Curso de Licenciatura em


Educação Física Centro Universitário - UNIPAC, como
requisito parcial para aprovação no Estágio Supervisionado
I.

Supervisão Acadêmica: Prof Me. Hugo Martins Teixeira

Período de realização do estágio: 18/03/2019 a 22/05/2019

ARAGUAÍNA
2019
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................03
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Identificação campo de estágio.....................................................................04
2.2 Revisão Bibliográfica (resumos de textos)....................................................07
2.3 Tema Livre....................................................................................................19
2.4 Relatórios de estágio CEI..............................................................................20
2.4.1 Relatórios de estágio APAE.......................................................................24

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................29

ANEXO A – DOCUMENTOS......................................................................... 30

ANEXO C - FOTOS ........................................................................................ 41


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INTRODUÇÃO
O presente relatório de estágio apresenta experiências, trabalhos realizados, e
aprendizagem adquirida aos longos dos dias 18/03/2019 á 09/05/2019 em que estivemos em
prática nas instituições APAE e CEI – Professora Edília Moraes Soares. De fato, os
momentos que nos foram proporcionados tiveram como principal objetivo colocar em
evidência nosso conhecimento adquirido ao longo da jornada acadêmica, sendo assim o
mesmo nos proporciona mais clareza em nosso campo de atuação.
Esses dias de aprendizagem nos mostraram que ainda temos muito a aprender, que
apenas através da teoria com a prática que nosso conhecimento é concretizado. Os dias de
estágio foram de extrema importância para que pudéssemos evoluir profissionalmente, pois
através dessas vivências transmitimos um pouco do que nos foi ensinado e mais importante
ainda, apreendemos como é a rotina do nosso campo de atuação.
As instituições APAE e CEI – Professora Edília Moraes Soares possuem quadra e
pátio para a realização de atividades físicas, projetos e lazer, adequados para a pratica da
cultura corporal de movimento, os materiais didáticos são variados e coloridos, facilitando
assim nossas atividades realizadas que foram de aspecto lúdico, e de fácil compreensão. A
participação dos alunos foi gradativamente melhorando a cada aula, tivemos algumas
dificuldades, mas com o auxílio dos docentes, tudo se resolveu e ficou mais fácil.
Nosso objetivo principal era trabalhar com os alunos, de acordo com o conhecimento
que nos foi transmitido em sala. Observamos evolução em algumas atividades, já em outras o
processo foi mais lento, mesmo assim ainda continuo. Os dias em que passamos em estágio
foram experiências únicas que nos ajudarão a crescer profissionalmente, esse documento
mostra toda a trajetória desses grandes dias em que estivemos em campo.
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2.1 IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO I

2.1.1 CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL - CEI

Nome: Professora Edília Moraes Soares


Endereço: Rua das Acácias, Praça Iguaçu
Bairro: Bairro Araguaína Sul 2
Cidade: Araguaína - TO
CEP:
Telefones:(63)3415-2495
E-mail: ediliamoraes@outlook.com
Alunos : 379
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2.1.1 APAE
Nome: Escola Especial Raios de Luz
Endereço: Rua Lima n:65
Bairro: São Miguel
Cidade: Araguaína -TO
CEP:77.817-480
Telefones: (63)3414-5033
E-mail: raiosdeluz@ue.seduc.to.gov.br
PROJETO “ ESPORTE , LAZER E EDUCAÇÃO AMBIENTAL”
1. Identificação:
Projeto : Esporte, lazer e educação ambiental.
Público alvo: Alunos da escola especial “ Raios de Luz”
Responsável Técnico: Coordenação de Educação Física e Coordenação Pedagógica.
Data de realização: todo o ano letivo de 2018.
Locais: Chácara da Maternidade Dom Orione, Chácara Oasis, Chácara do SECETO,parque das
aguas, córrego Canindé existente dentro da APAE e Chácaras Diversas.

2. Justificativa
O esporte e o lazer são meios importantes de educação e inclusão social. Através a pratica
esportiva e recreativa os alunos com necessidades especiais superam seus limites e se
desenvolvem tanto na parte motora como cognitiva.

3. Objetivos
- Desenvolver a prática esportiva
- Promover atividades lúdicas recreativas;
- Conhecer novos ambientes como sua fauna e flora.
- Conscientização da importância do meio ambiente e manutenção da qualidade de vida.
- Realizar a coleta de eventuais matérias(lixo) deixados na natureza.

4. Operacionalização
As atividades serão desenvolvidas nas chácaras mencionadas. Haverá a participação dos
professores de Educação Física e dos demais professores no desenvolvimento das atividades
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(conscientização dos alunos sobre a importância do esporte, lazer e meio ambiente. )

Duração e periodicidade:
• Os projetos esportivos são considerados atividades complementares e devem ser
desenvolvidos de 2 a 5 vezes por semana com duração de 45 a 60 minutos no horário
contrário da aula.
• A participação em eventos esportivos deve acontecer pelo menos 2 vezes ao ano.

Recurso Humanos envolvidos

• Professores de Educação Física e coordenadores pedagógicos.

Recursos Financeiros

• Recursos Próprios da APAE

• Eventos- Secretário Estadual de Esportes

• Recursos da Secretaria Estadual de Educação

• Parceiros da Iniciativa privada

Metodologia

• A educação Física deve contemplar todos os níveis de ensino atendendo a todos os

alunos.

• As aulas devem ser estruturadas/ planejadas a modo de atender as necessidades

educativas motoras e sociais da pessoa com deficiência intelectual, múltipla e autismo.

• A EERL-AP, além das aulas de Educação Física, deve oferecer modalidades

esportivas adaptadas ou não com programas de iniciação e treinamento.

5. Avaliação

As avaliações serão feitas durante a realização


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2.2 (Resumo de textos/Assuntos trabalhados em sala)

A importância da Educação Física no Ensino Infantil


Esse trabalho tem como objetivo apresentar a importância dos aspectos
motores, cognitivos e sócio afetivos desenvolvidos na infância. Tem como problema
verificar se a educação física infantil contribui para o desenvolvimento integral dos
alunos. O estudo tem como hipótese que a educação física na educação infantil
contribui para o desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor das crianças.
A Educação Física no ensino infantil promove por meio de atividades físicas o
desenvolvimento integral do aluno em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e
social, em suas atividades não prioriza somente o intelecto e psicomotor, mas sim o
aluno de forma global abrangendo a sua vida afetiva e social.
A atividade lúdica desperta o interesse e o prazer do aluno levando-o para o
mundo da imaginação onde a criança vive contos imaginando-se dentro da história,
por isso devemos incentivá-los, permitindo que ele tenha momentos agradáveis em
que ele possa criar, inventar e aprender.
Segundo Rodrigues (2003) refere-se ao desenvolvimento cognitivo como o
processo que leva a mudanças qualitativas no modo de pensar e raciocinar do ser
humano. Dessa forma, as atividades nas aulas de educação física possibilitam
estímulo ao aspecto cognitivo, sendo um dos períodos de melhor aquisição da
capacidade de aprendizagem. A falta dessas atividades pode levar o aluno ter um
raciocínio mais lento.
Por isso é necessário o investimento pesado nas atividades de educação física
no ensino infantil para desenvolver o aspecto cognitivo através dos jogos e
brincadeiras.
O brincar nas aulas de educação física ajuda na formação da personalidade,
autonomia, independência e o despertar de sua criatividade tornando a aula um
aprendizado afetivo e agradável.
Piaget e Vygotski interpretados por Aroeira et al. (1996) tem como concepção
relevante o papel do sujeito na aprendizagem, considerando a criança como própria
construtora ativa do conhecimento construindo e desconstruindo a todo o momento,
nesta perspectiva as crianças constroem o conhecimento a partir das interações que
estabelecem com as outras pessoas e com meio.
8

Segundo Rodrigues (2003) o desenvolvimento sócio afetivo está relacionado aos


sentimentos e ás emoções, implicando numa pauta de interesse, solidariedade,
cooperação, motivação, respeito.
Através do brinquedo dentro da educação física, a criança começa a
relacionar-se com outras crianças, começa a trabalhar regras, com situações em
grupo. Assim, o professor de educação física pode estar desenvolvendo seus
conteúdos, utilizando-se da situação da brincadeira para atingir seus objetivos.
Para Rodrigues (2003), grande parte do comportamento da criança pré-escolar
depende de sua interação com outras pessoas no seu dia-a-dia e da influência do
meio ambiente. A criança nessa faixa torna mais independente em função do maior
desenvolvimento da linguagem e do pensamento, embora permaneça ainda forte
ligação com os pais e familiares.
A Educação Física na educação infantil possibilita o movimentar-se em um
tempo/espaço de acordo com as experiências de cada criança que tem inúmeras
maneiras de pensar, de jogar, de brincar, de escutar e de se movimentar. Por meio
destas diferentes linguagens é que se expressam no seu cotidiano, no seu convívio
familiar e social, construindo sua cultura e identidade infantil. Além disso, a
Educação Física iniciada de forma correta na infância, com aulas bem preparadas,
propicia o desenvolvimento de uma criança ou adolescente mais equilibrado e
atencioso, tanto dentro quanto fora da sala de aula, aspecto que contribui para o
estabelecimento de relações pessoais harmoniosas e equilibradas. E pode
proporcionar, ainda, outros avanços psicológicos, como o raciocínio lógico e a
interação social, fazendo com que a criança perca a timidez de se apresentar em
público ou em lugares com grande massa de pessoas.
Desenvolvimento motor na infância é o período mais propício para a aquisição
de habilidades motoras por isso é essencial ser trabalhado nessa faixa etária já que
a criança está aberta para absorver todo tipo de estímulos, atividades, instruções. A
falta desenvolvimento motor pode prejudicar o aluno na sua coordenação e equilíbrio
nos anos seguintes.
Concluiu-se que é de suma importância que os aspectos motor, cognitivo e sócio
afetivo sejam bem desenvolvidos na infância, pois o desenvolvimento motor é a
contínua alteração do desempenho motor ao longo do ciclo da vida. A infância é o
período mais propício para a aquisição de habilidades motoras uma vez que a
criança está como o barro da mão do oleiro, pronto para ser construído e finalizado
9

para uso, assim é ela, pronta para se construir através da escola e se transformar
em um indivíduo pronto para viver em sociedade. A falta de desenvolvimento motor
pode prejudicar o aluno na sua coordenação e equilíbrio nos anos seguintes no
percurso da vida.
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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGAR, BRINCAR, UMA


FORMA DE EDUCAR
Jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da criança, pois estão
presentes na humanidade desde o seu início. O presente artigo trata do resgate do
lúdico como processo educativo, demonstrando que ao se trabalhar ludicamente não
se está abandonando a seriedade e a importância dos conteúdos a serem
apresentados à criança, pois as atividades lúdicas são indispensáveis para o seu
desenvolvimento sadio e para a apreensão dos conhecimentos, uma vez que
possibilitam o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos
sentimentos. Por meio das atividades lúdicas, a criança comunica-se consigo
mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais,
constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente.
O ser humano, em todas as fases de sua vida, está sempre descobrindo e
aprendendo coisas novas pelo contato com seus semelhantes e pelo domínio sobre
o meio em que vive. Ele nasceu para aprender, para descobrir e apropriar-se dos
conhecimentos, desde os mais simples até os mais complexos, e é isso que lhe
garante a sobrevivência e a integração na sociedade como ser participativo, crítico e
criativo.
A infância é a idade das brincadeiras. Acreditamos que por meio delas a criança
satisfaz, em grande parte, seus interesses, necessidades e desejos particulares,
sendo um meio privilegiado de inserção na realidade, pois expressa a maneira como
a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo. Destacamos o
lúdico como uma das maneiras mais eficazes de envolver o aluno nas atividades,
pois a brincadeira é algo inerente na criança, é sua forma de trabalhar, refletir e
descobrir o mundo que a cerca.
O lúdico na educação infantil tem por objetivo oportunizar ao educador a
compreensão do significado e da importância das atividades lúdicas na educação
infantil, procurando provocá-lo, para que insira o brincar em seus projetos
educativos, tendo intencionalidade, objetivos e consciência clara de sua ação em
relação ao desenvolvimento e à aprendizagem infantil. Segundo Sneyders (1996,
p.36) “Educar é ir em direção à alegria.” As técnicas lúdicas fazem com que a
criança aprenda com prazer, alegria e entretenimento, sendo relevante ressaltar que
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a educação lúdica está distante da concepção ingênua de passatempo, brincadeira


vulgar, diversão superficial.
Brincando, o sujeito aumenta sua independência, estimula sua sensibilidade
visual e auditiva, valoriza sua cultura popular, desenvolve habilidades motoras,
exercita sua imaginação, sua criatividade, socializa-se, interage, reequilibra-se,
recicla suas emoções, sua necessidade de conhecer e reinventar e, assim, constrói
seus conhecimentos.
A capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para resolução dos
problemas que as rodeiam. A literatura especializada no crescimento e no
desenvolvimento infantil considera que o ato de brincar é mais que a simples
satisfação de desejos. O brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo e
espaço próprios; um fazer que se constitui de experiências culturais, que são
universais, e próprio da saúde porque facilita o crescimento, conduz aos
relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo e
com os outros.
Brincar é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um espaço para
pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento,
estabelece contatos sociais, compreende o meio, satisfaz desejos, desenvolve
habilidades, conhecimentos e criatividade. As interações que o brincar e o jogo
oportunizam favorecem a superação do egocentrismo, desenvolvendo a
solidariedade e a empatia, e introduzem, especialmente no compartilhamento de
jogos e brinquedos, novos sentidos para a posse e o consumo.
Pode-se dizer que as atividades lúdicas, os jogos, permitem liberdade de ação,
pulsão interior, naturalidade e, consequentemente, prazer que raramente são
encontrados em outras atividades escolares. Por isso necessitam ser estudados por
educadores para poderem utilizá-los pedagogicamente como uma alternativa a mais
a serviço do desenvolvimento integral da criança. O lúdico é essencial para uma
escola que se proponha não somente ao sucesso pedagógico, mas também à
formação do cidadão, porque a consequência imediata dessa ação educativa é a
aprendizagem em todas as dimensões: social, cognitiva, relacional e pessoal.
É preciso que o professor assuma o papel de artífice de um currículo que
privilegie as condições facilitadoras de aprendizagens que a ludicidade contém nos
seus diversos domínios, afetivo, social, perceptivo-motor e cognitivo, retirando-a da
clandestinidade e da subversão, explicitando-a corajosamente como meta da escola.
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JOGOS COOPERATIVOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:


POSSIBILIDADES PARA UMA EDUCAÇÃO QUE RESPEITA AS
DIVERSIDADES HUMANAS.
Intolerância, xenofobias, homofobias, racismo... tudo fruto da dificuldade humana
de respeitar e aceitar as diferenças. Os Jogos cooperativos apontam um caminho
por meio da educação física escolar para a redução da violência e aumento das
potencialidades humanas tais como, respeito ao próximo e desenvolvimento da
autonomia. Os relatos de violência gratuita levam a crer que a sociedade está
perdendo a referência de educação e respeito ao próximo. Está na hora de rever os
paradigmas da educação. Os Jogos Cooperativos reforçam valores como respeito
ao próximo, trabalho em equipe e coexistência. Razão para indicá-los como
metodologia na Educação Física.
Pelo olhar da ciência médica, de onde vem o nosso conceito de normalidade,
começamos a entender sua influência sobre a educação. A medicina é a Medusa da
sociedade moderna, seus olhos solidificam, padronizam o modo de agir e pensar
das ciências e, por consequência, da sociedade.
Com o avanço das tecnologias, pós-revolução industrial, o Homem deixa de
temer a natureza e passa a tentar dominá-la. Este avanço vai gradativamente
afastando-o do convívio com o natural e com o próprio homem. O corpo
contemporâneo tem tendência ao isolamento. Ao mesmo tempo, as redes virtuais
vêm restringindo os momentos e locais das relações sociais. Esse processo tem
levado o homem ao que Martins (2008) vai denominar de coisificação do homem, ou
seja, a falta de relação social afasta o homem dele próprio e dessa forma ele não
mais identifica o outro como um igual. O processo de modernização e globalização
traz a reboque desemprego, subemprego, insegurança, angústias e incertezas,
resultados da promessa capitalista de sucesso infinito e consumo desenfreado.
A tecnologia e a modernidade modificaram a comunicação e as relações
interpessoais onde a sedução se tornou quesito básico em todos os aspectos. No
mundo das redes sociais são mais importantes as relações e os contatos do que a
competência. É necessário ser aceito socialmente, isto vai tornar o “homem objeto e
sujeito de si mesmo, o sujeito posto como estranho de si próprio” (MARTINS, 2008,
p.18). Os avanços do mundo virtual estão encaminhando a humanidade para o
isolamento.
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Nas aulas Educação Física existe a possibilidade de reverter o quadro que se


monta, durante as atividades os alunos tem a oportunidade aumentar o contato com
os colegas, de se unir e agir coletivamente, de melhorar as relações interpessoais,
mas tudo depende do objetivo do educador. Todo professor deve saber o que
realmente deseja ensinar. Ӄ preciso que cada educador tenha bem claro: qual o
projeto de sociedade e de homem que persegue” (COLETIVO DE AUTORES, 1992,
p.26). Por este motivo ao elaborar uma aula o professor deve ter claro quais valores
estarão incutidos nas suas atividades, quais atitudes devem ser parabenizadas e
ressaltadas e quais devem ser recriminadas e extirpadas do grupo. Assim estaremos
cumprindo o nosso papel como educadores.
A capacidade de criar, de transformar objetos, de abstrair, de resignificar são
qualificantes da condição humana, não existe outro ser com tais capacidades. Logo
a necessidade de se desenvolver a energia criativa construir problematizações para
que os alunos sejam capazes de encontrar soluções que não foram previamente
apresentadas a eles, algo que seja fruto do desenvolvimento de suas capacidades
criativas e do resultado de uma ação pensada de forma coletiva, é responsabilidade
obrigatória do educador.
O que este trabalho busca é uma metodologia de valorização do ser humano, de
desenvolvimento de autonomias e respeito ao próximo. Acreditamos que os jogos
cooperativos possam ser uma ferramenta pedagógica, dentro do processo ensino
aprendizagem, proporcionando objetivos comuns por meio de ações compartilhadas
que tragam benefícios para todos.
Jogos cooperativos são dinâmicas de grupo que têm por objetivo, em primeiro
lugar, despertar a consciência de cooperação, isto é, mostrar que a cooperação é
uma alternativa possível e saudável no campo das relações sociais; em segundo
lugar, promover efetivamente a cooperação entre as pessoas, na exata medida em
que os jogos são, eles próprios, experiências cooperativas (BARRETO apud
SOLER, 2006, p. 21).
Os jogos cooperativos têm como objetivo promover a ética cooperativa em
busca da melhoria de vida para todos, sem exceções. Para Brotto (2001), a
diferença é que nos jogos competitivos uns jogam contra os outros e nos
cooperativos uns jogam com os outros, ou seja, neste último, o mais importante é
com quem e como se joga.
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Os jogos cooperativos são uma ferramenta pedagógica da educação física


então, ao compararmos as abordagens para o ensino da Educação Física quanto à
competição e à cooperação encontraremos uma linha tradicional que valoriza a
competição e a repetição dos gestos esportivos em prol do aprimoramento técnico,
mas sem desenvolvimento de uma autonomia,. Por outro lado, há uma abordagem
vanguardista, enfatizando a cooperação e a solidariedade, destacando a autonomia
do aluno para que ele aprenda com regras segundo os interesses do coletivo que o
cerca e os próprios interesses. (SOLER, 2006).
Os processos educacionais e culturais que envolvem a sociedade
contemporânea necessitam urgentemente de mudanças, ou melhor, da busca por
mudanças. Encontramo-nos em um momento crítico em que a natureza está em
colapso, com catástrofes ocorrendo em diversas partes do mundo. O
desenvolvimento desenfreado, a busca pelo lucro máximo, dentro da visão
capitalista competitiva de que só o primeiro lugar importa está levando a sociedade e
o indivíduo à perda de seus valores mais essências, como respeito ao próximo, a
natureza e às diferenças existentes entre as pessoas e suas culturas.
Por fim os jogos cooperativos vão além do jogo. São uma filosofia pedagógica,
que busca uma melhoria na qualidade de vida de todos, sem exceções. Dentro
desta filosofia saímos do paradigma de que a única alternativa na vida é vencer o
outro, quando na realidade o bem comum e os objetivos congruentes se mostram
possibilidades mais atraentes para a evolução humana. Respeitar, conviver e aceitar
as diferenças melhora as relações interpessoais e convívio social reduzindo a
agressividade e consequentemente a violência.
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CORPOS DEFICIENTES, EFICIENTES E DIFERENTES: UMA


VISÃO A PARTIR DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Abordar o assunto deficiência enseja um debate sobre a denominação utilizada
ao nos referirmos às pessoas com deficiências (PD), termo utilizado neste artigo por
acreditarmos que, diante de uma variedade de conceitos impregnados de estigmas e
discriminações utilizados ao longo da história, atende aos propósitos de uma
educação que contemple a todos, independentemente de suas diferenças.
Segundo Amaral (1994), refletir sobre a aceitação do diferente é peça
fundamental para que tudo possa ser estabelecido e/ou construído. É preciso
resignificar a diferença/deficiência, e para tanto, há que se des-adjetivar o
substantivo diferença: ser diferente não é ser melhor ou pior; a diferença/deficiência
simplesmente é.
Para refletir sobre o corpo eficiente e sua relação com o presente, buscamos
compreender, no segundo momento, a evolução do desenvolvimento das atividades
físicas para as PD, resgatando a história da própria Educação Física que comprova
os processos excludentes, pelos quais passaram as PD até a sua efetiva
participação. Os corpos diferentes foram observados numa projeção para um futuro
próximo, com a proposta de uma Educação Física aberta à diversidade, ou seja,
uma Educação Física Inclusiva é o apresentado no terceiro momento deste ensaio.
No passado, confirmando a exclusão dos corpos deficientes, historicamente
renegados, inferiorizados, subestimados, estigmatizados por décadas.
No presente, evidenciando as eficiências desses corpos a partir do momento em
que lhes são dadas oportunidades de participação.
No futuro, que esperamos ser próximo, refletindo sobre os corpos diferentes,
analisados a partir da Motricidade Humana, respeitados em sua complexidade,
compreendidos como seres humanos que, em sua totalidade pensam, sentem,
aprendem, deslocam-se através do movimento no tempo e no espaço com uma
intenção, vivem a própria história em busca da superação, transcendendo a cada
oportunidade vivida.
Afinal, que Educação Física é essa? Uma Educação Física em que o professor
deve trabalhar as diferenças dos alunos no sentido de re-significá-las/ respeitá-las,
propondo tarefas em que os alunos com maiores dificuldades tenham oportunidade
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de expor suas angústias e medos, para que juntos, professor, aluno e colegas,
possam superar limites.
Nesse sentido, a Educação Física Inclusiva com base epistemológica na
Motricidade Humana, não pode desconsiderar o humano do homem ao ensinar seus
conteúdos específicos, não devendo mais possibilitar uma aprendizagem apenas
nos movimentos mecânicos para a realização dos exercícios físicos. Dessa forma,
acreditamos na possibilidade de promover a Educação Física para as PD com base
nos princípios da Motricidade Humana que, ao estudar o ser humano que se
movimenta intencionalmente na direção de sua auto superação, não classifica esse
ser humano em deficiente ou eficiente, pois o corpo pode ser classificado de
deficiente, mas a corporeidade não.
A corporeidade é expressa no conjunto das manifestações corpóreas como
dançar, jogar, lutar, entre outras, sendo que as mesmas se constituem de físico,
afetivo, social e cognitivo. Viver a corporeidade é viver todas as dimensões humanas
em todas as situações vividas e, as PD podem e devem usufruir dessas
manifestações, visto que seus corpos, independentemente das limitações, estão
repletos de potencial, basta que lhes sejam oportunizadas as possibilidades de
demonstrá-lo através das aulas de Educação Física Inclusiva.
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A Educação Física na Educação Especial


No Brasil, é grande a falta de atendimento adequado às necessidades escolares
de crianças com dificuldades de aprendizagem, capaz de diminuir o índice de
evasão e repetência escolar. (MAZZOTTA, 2003).
A evolução das idéias e práticas relativas aos serviços para pessoas com
deficiência e, a inserção escolar, colocam inúmeras questões aos educadores,
especialistas.
Conforme Mantoan (1997), os desafios a enfrentar são inúmeros e toda e
qualquer investida no sentido de ministrar um ensino especializado aos alunos
depende de se ultrapassarem as condições atuais de estruturação do ensino escolar
para deficientes.
Com o passar dos tempos, houve uma evolução na EF no sentido de melhorar a
prática pedagógica que supre as necessidades de pessoas com deficiências,
especificadas com definições distintas para o mesmo termo a qual passou a ser
denominada EF Adaptada.
A Educação Física (EF) tem um papel importante no desenvolvimento global
dos alunos, principalmente daqueles com deficiência, tanto no desenvolvimento
motor quanto nos desenvolvimentos intelectual, social e afetivo.
Quando se trata da EF Adaptada, pensamos em uma área de conhecimento
que discute os problemas biopsicossociais da população considerada de baixo
rendimento motor: portadores de deficiência física, deficiências sensoriais (visual e
auditiva), deficiência mental e deficiências múltiplas.
Ela procura tratar do aluno sem que haja desigualdades, tornando a
autoestima e a autoconfiança mais elevada através da possibilidade de execução
das atividades, consequentemente da inclusão.
A EF Adaptada tem sido valorizada e enfatizada como uma das condições
para o desenvolvimento motor, intelectual, social e afetivo das pessoas, sendo
considerada, de uma maneira geral, como: atividades adaptadas às capacidades de
cada um, respeitando suas diferenças e limitações, proporcionando as pessoas com
deficiência a melhora do desenvolvimento global, consequentemente, da qualidade
de vida. Se justifica nas escolas, pelo fato de ela subsidiar a prática corporal
direcionada a vivência de movimentos e desenvolvimento físico e psíquico do aluno,
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é a EF que trata da cultura corporal de movimento e se expressa nos jogo, nas


danças, nas lutas, nos esportes e nas ginásticas.
Enfim, diante do exposto no trabalho, percebe-se como a EF foi inserida na
Educação Especial e pode-se concluir que a Educação Física teve uma evolução na
Educação Especial; a inclusão da disciplina nos cursos de graduação,
consequentemente a capacitação profissional; cursos de extensão e de pós
graduação; a luta profissional em prol do tema; a conscientização da importância da
Educação Física Adaptada no desenvolvimento geral dos praticantes, bem como sua
inclusão na sociedade.
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TEMA LIVRE

Aos estagiamos na instituição APAE percebemos algumas dificuldades no local que


atrapalham o desenvolvimento de aprendizagem dos alunos. É um ambiente confortável, mas
algumas situações nos chamaram a atenção. Percebemos o difícil acesso que os alunos têm
para irem a instituição, um dos principais motivos é o transporte. Na instituição possui 4
veículos para os alunos, 3 ônibus e uma van, porem só funcionam dois, diariamente a van tem
que fazer duas viagens para buscar os alunos em casa.
Outro motivo que nos chamou a atenção no período de regência foi a dificuldade que os
professores tinham para trabalhar com alguns alunos, na APAE alguns alunos são muito
dependentes precisando então alguns de um professor específico por aluno. Algumas salas
possuem 5 alunos por cada professor, dificultando então o trabalho.
As experiências que adquirimos ao longo do período de estágio, foram de extrema
importância para nosso crescimento profissional, na instituição aprendemos lições que iremos
levar para a vida toda, cada aluno com sua particularidade nos mostrou que ser professor é ir
além de apenas ensinar, nos mostraram a real importância da nossa profissão e a diferença que
ela pode gerar na vida de muitas pessoas.
Através dos alunos consolidamos a ideia que cada indivíduo é diferente, e que a cultura
corporal de movimento age de diferentes formas e estímulos. Na instituição confirmamos
que devemos como profissionais, ser o maior agente de motivação dos nossos alunos, os
fazendo se superarem a cada dia e em cada atividade estimula-los um pouco mais, porem
sempre respeitando o limite individual. Foram dias de constante aprendizado, inspiração e
motivação. Dias em que aprendemos a amar ainda mais nossa profissão, mesmo através as
pequenas dificuldades.
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2.4 RELATÓRIOS DE ESTÁGIO – CEIS –PROFESSORA EDILIA MORAES

2.4.1 – OBSERVAÇÃO/SEMI-REGÊNCIA 24 DE ABRIL DE 2019


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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As escolas em que realizamos os estágios foram CEI Professora Edilia Moraes e Escola
Especial Raios de Luz (APAE) com a carga horária de 30 horas em cada instituição. O
Estágio Supervisionado nos coloca diante da realidade de como nosso campo de atuação é
importante para a formação do indivíduo, através do nosso conhecimento acadêmico
transmitimos aos alunos metodologias onde favorecem o crescimento individual de cada
aluno. Através do lúdico ensinamos aos alunos como a cultura corporal de movimento é
importante, além da promoção da saúde, desenvolvimento motor, e diversas capacidade que
são adquiridas, afinal o movimentar-se também é uma linguagem.
O Estágio Supervisionado foi importante porque colocamos em prática um pouco do
conhecimento que aprendemos ao longo da jornada acadêmica, foi um período de bastante
aprendizagem profissional e pessoal, aprendemos lições de como um professor deve executar
o seu trabalho, qual a melhor maneira de transmitir o conhecimento e de como estimular os
alunos a se desenvolverem cada dia mais .E importante lembra que nós devemos ser os
maiores incentivadores, devemos gerar estímulos e sempre acreditar no potencial de cada
aluno,
Contudo esse período nos faz refletir que devemos estar sempre em busca do
conhecimento, nos faz consolidar o nosso verdadeiro papel como futuros profissionais de
Educação Física, devemos ser a ponte entre o conhecimento e o aluno, facilitando assim o
processo natural de desenvolvimento do indivíduo.
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