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LICCÖES ELEMENTARES
PE
PELO
M culdaDé oe direito
DO
PEKNAiMBUBO
TYPOGRAPHIA ECONOMICA
rua do imperador n. 7o
1889
UHiVERSTO*DE DO RECIFE
[ ytO âSJ V
\ Â3' \ J J 'y m
PREFACIO
Escusado fôra darmo-nos ao trabalho de demons
trar aqui a siimma importância do estudo da sciencia
do Direito das Gentes em qualquer paiz que pretenda
aos fóros de civilisado, e que essa importância cresce
na proporção em que se desenvolvem e se multiplicão
as suas relações com os mais.
Entretanto, e embora, fazendo parte integrante do
curso de nossa Faculdade de Direito, em poucos annos
lectivos da mesma e somente á longos intervallos, tem
sido esta matéria leccionada, sendo nós um dos poucos
mestres da respectiva cadeira que por vezes o tem
feito.
Essa falta cada vez mais injustificável em vista das
novas e cada vez mais importantes relações que entre
o império e as mais nações da America e da Europa
se tem estabelecido nesle ultimo quarto de século,
devia e deve cessar. Para ella concorria até certo
ponto a circumstancia de nfio haver entre nós um com
pendio çonvenientemente organisado desta matéria,
pelo quaí, come convéjn, podessem os discípulos acom
panhar pari passu as respectivas explicações, tendo se
esgotado de todo a edicção do -que á annos publicou o
finado e venerando mestre Conselheiro Autran, do qual
hoje só difficilmente se encontra um ou outro exemplar.
Taes sào, em resumo as considerações, que nos
induziram a dar á luz estas nossas despretenciosas —
Licções Elementares de Direito das Gentes — tomando
por texto das mesmas o referido compendio, edicçào
de 1851, cujas doutrinas ahi procuramos expor, des
envolver, e corrigir em alguns pontos, já segundo
I
nossas proprias inspirações, já fundados na autoridade
de outros autores de nota.
O movei principal que nos determinou a esta publi
cação não fui, portanto, outro senão o desejo de ser util
á mocidade esperançosa, que cursa o 2.° anuo acadé
mico, procurando preparal-a por meio de noções claras,
e methodica, embora suceintamente expendidas, para
o estudo accurado e completo desta sciencia tão delei-
tavel quanto util, e indispensável, sobre tudo áquelles
dentre a mesma a quem pode vir a ser no futuro con
fiado o importante encargo de dirigir as relações exte
riores de sua patria.
Sendo esta a nnica e modesta gloria a que aspira
mos, pedimos aos criticos e sábios, para os quaes não
íorào estas Licções escriptas, benevolencia e desculpa
para os grandes defeitos que nellas, piovavelmente,
encontrarão, devidos, principalmente á escassez do
tempo de que dispuzemos para melhor medital-as e
organisal-as, sendo-nos indispensável publical-as desde
já. *
O AUTOR.
Agosto — 1889.
LICÇÕES ELEMENTARES
DE
INTRODUCÇÃO
NOÇÕES PRELIMINARES
LICÇÃO I
§§ 1 a 9
\
6
mesmos princípios geraes em que estes se fundão ou
de que derivào. O compendio no seo § G.° os formula
nos seguintes termos : .
1. ° — Que todo o ente moral tem o diieito de
conservar-se, aperfeiçoar se, e promover a sua felici
dade.
2. ° — Que ninguém pode locupletar se ou avanta
jar-se com a lesão do direito alheio.
3. ° — Que quem lesa o direito de outrem é obri
gado á reparação.
4. ° — Que as convenções livremente feitas e sobre
objecto licito obrigào as partes contractantes.
Os direitos particulares que destes diversos princí
pios se dqdjzem para cada indivíduo,segundo o Direito
Natural privado, competem de modo analogo, como
dissemos, ás nações, segundo o Direito das Gentes.
As differenças que ha entre os destas e os daquelles
não affectào propriamente a sua essencia, referem-se
apenas, em geral, ao meio de se fazei os effectivos ;
e a respeito de alguns, aos modos e condições de sua
applicação ou exercício. Quanto a esta teremos occa-
siào de verificai a em nossas subsequentes licções,
e quanto áquella observa o compendio no § 9.° que para
a effectividade dos direitos individuaes ha em toda a
sociedade política um poder supremo constituído para
realisal-a, ao passo que, como aliás já temos dito, não
existe entre as nações um tal poder, um juiz ou autori
dade competente para fazer effectivos òs direitos de
cada uma ante as mais, que os desconheção ou offendão. -
Dahi conclue o compendio que, considerados por
este lado, os direitos das nações estão em condição
inferior aos individuaes dos cidadãos de qualquer
Estado mais ou menos bem organisado. Isto, porém,
em nada prejudica a realidade ou o vigor de taes direi
tos, ou dus princípios em que elles se fundão, ou em
s umm a do Direito das Gentes ; do mesmo modo que a
legitinndade e a força dos direitos individuaes ou do
ueito Natural privado, de que elles derivào, não depen
dem do tacto social, residem nelles proprios indepeu-
aentemente. 'le serem ou não respeitados ; e com a
mesma »azao com que o poder publico em uma nação
se cons itue autoridade suprema para realisal os prati
camente entre os seos cidadãos, cada Estado, na im-
7
possibilidade de outro juiz fóra delle (jue faça effectivos
os seos ante os mais, não pode deixar de ser autorisado
a fazel-o por si mesmo segundo a sua consciência, e
sob a sua responsabilidade real ou moral perante o
concurso dos outros, ou perante a opinião do mundo
civilisado, pelos meios a isso adequados de que dispo
nha, quando os mesmos sejão desconhecidos ou ataca
dos. A realidade do Direito das Gentes, em ultima
analyse, não depende de modo algum da observância
ou do menospreso de seos preceitos por aquelles a
quem em todo o caso, se impõem como regras obri
gatórias.
Em vista, porém, deste caracter do Direito das
Gentes é certo que cumpre, antes de tudo, para a sua
regular e conveniente applicaçào, que as nações se
compenetrem bem dos benefícios da paz, que procurem
inspirar-se sempre nos sentimentos da justiça e da
fraternidade humana, e pelos meios amigaveis, media
ção, arbitramento, e convenções ou tratados razoaveis
e previdentes previnão ou resolvâo quaesquer contes
tações que entre si possão originar se, evitando a Iriste
necessidade do appello ao juizo desastroso e irracional
do canhão e da metralha, que nem sempre dá razão
a quem a tem. E’ este o mesmo pensamento do com vxX-
pendio no seo § 8.°
Ainda assim podem não ser de todo evitados os con
didos entre as nações ; podem aquelles meios falhar
ante a má fé de uma aggressào proposital ; mas é já
uma vantagem, no século presente, para uma nação,
ter por si a razão e a justiça manifestas, em taes con-
juncturas. No mundo internacional moderno não são
fáceis entre ellas as provocações gratuitas, ou as guer
ras filhas do puro capricho ou das velleidades conquis
tadoras dos seos governos. O juizo ou o influxo de
todas, ou de algumas, ou até as simples manifestações
de uma só das mais respeitáveis, bastão bem vezes para
fazer entrar o provocador nas vias da moderação, e
abortar os seos planos de prepotência ou ambição.
Em summa, como temos visto, os direitos das
nações urnas para com as outras, e obrigações correla
tivas, derivão-se dos mesmos princípios em que se
fundão os direitos e obrigações individuaes, tem a
mesma realidade e vigor, applicão-se, em geral, a
8
objectos cia mesma especie fie m odo adequado as c o n
dições próprias de sua natureza, e dividem-se, do m esm o
modo em direitos absolutos, e em direitos condicionaes
ou adquiridos.
Em nossas Prelecções de Direito Natural já vim os
com o se justifica esta classificação dos direitos indivi-
duaes, e quaes os caracteristicos proprios dos de cada
uma destas duas cathegorias. Applicada a mesma
doutrina ás nações, sào direitos absolutos destas aquel-
les que naturalmente lhes competem pelo simples facto
de sua existência; que sào essencialmente inherentes
á sua personalidade, e delia, portanto, inseparáveis ;
que sao universaes, idênticos para todas, inalienáveis
e imprescreptiveis ; que nào carecem da prova de sua
realidade, e nem podem, em caso algum, ser legitima*
mente contestados. Os direitos condicionaes ou adqui
ridos das nações sào, ao contrario, com o nos diz o
com pendio, aquelles que lhes provêm de certas circum -
stancias, suppõem uma causa da origem particular,
isto é, sào aquelles que cada nação pode adquirir por
facto p iop iio, pelo legitimo exercício de sua actividade,
sem os quaes pode-se, entretanto, conceber a sua exis
tência, e personalidade; e que, assim com o cada .uma
adquire, pode alienar ou perdei’, ou serem-lhe co n te s
tados.
DIREITO DAS GENTES
PARTE I
DIREITOS ABSOLUTOS DAS NAÇÕES
LICÇÃO ÏI
§§ 10 a 17
•, §§ 18 a 32
4 ' -
4
i-
FAC ULDAIJI
Hf DIKI ITO
LICÇÃO IV
§§ 33 a 44
. 28
mesmos pomposamente se attvibuào, applica-se obsei-
vação analoga á que acabamos de fazer acerca nas
honras e precedencias a que se julguem com direito.
Esses títulos podem ter tal ou qual importância para os
que os tornào se bem que muitos delles nào passem tavn-
bem de verdadeiros puffs da vaidade, e alguns attinjão
até o apice da mentira ou do ridículo. E’ assim que
entre os soberanos dos Estados christãos da Europa
uns se intitulão de — magestade catbolica, outros de
christianissima, ou íidelissiu.a, o governo turco de
sublime porta, a China de celeste império, e o papa de
Sua Santidade e vigário de Chvisto.
A satyra mais tina, que se poderia fazer a seme
lhantes arrojos do orgulho e da insania das nações ou
dos reis, foi exactamente um rei e dos mais illustres
e poderosos do seo tempo que a fez ; foi Francisco I de
França, quando a uma carta que lhe (litígio Carlos V,
cuja primeira pagina era toda cheia com os seos titulos,
respondeo com outra em que assignou-se simples
mente : — Francisco l, rei de França, burguez de Pariz,
senhor de Vannes e Chantilly.
E’ certo, porém, que qualquer Estado ou soberano,
tem o direito de tomar os titulos que queira, por mais
exdruxulos, intermináveis, ou pretenciosos que sejão,
uma vez que com isso nào offendào a dignidade ou os
legítimos interesses dos mais. D’ ahi, em geral, nenhum
mal vem ao mundo, embora também por si sós de nada
realmente sirvào àquelles que com elles se apavonão.
Por exemplo o bello titulo de i eis de Chypre e Jerusa
lém com que os soberanos das Duas Siciiias continua
ram a ornar-se até nossos dias, foi sempre tào inútil a
elles, como inoffensivo aos verdadeiros senhores da
antiga ilha favorita de Venus, e da cidade sacrosanta
dos chvistàos.
Demais si um Estado ou um soberano, pode fazer
consistir em taes titulos o signal de sua dignidade, com
o mesmo direito com (pie um pachá entende que o da
sua é trazer sempre erguido á sua frente uma cauda de
cavallo, não se segue disso, que as mais nações ou seos
governos sejãu obrigados a conformar se com elles.
Sem falia unos já dos das especies a que acabamos de
referir nos, mais on menos vãos-ou insensatos, os pró
prios que sao geralmente admittidos e adequados aos
29
Estados ou soberanos, nem sempre que estes os tomao,
são pelos mais officialmente reconhecidos. Corno nos
faz ver o compendio (§ 39) o titulo de Czar ou de
imperador conferido a Pedro o Grande pelo senado
Russo em 1721 só lhe foi reconhecido pelo gabinete de
Versailles, em tins desse século ; e o de rei da Prússia
que em 1701 tomou Frederico então simples Duque de
Brandenbuigo também não o foi senão mais tarde, e
successivamente, pelas mais nações. Outrotanto suc-
cedeo com os novos Iitu los, que por essa mesma epocha
tomaram os diversos príncipes da Allemanha.
Aquellas honras e cathegorias diversas que se
attribue ás nações, seos soberanos, ou representantes,
e os modos de attender-se ás mesmas, e tornai as etfec-
tivas nas suas relações reciprocas, determina a neces
sidade de um ceremonial ou complexo de formalidades
a esse fim destinadas (§ 41), o qual com effeito existe
estabelecido entre ellasjá por tratados ou convenções,
já pelo uso geralmente admittido. Esse ceremonial é
de diversas especies e divide se principalmente em
ceremonial de còrte, de chanceljaria ou diplomático,
e marítimo. .
O ceremonial de còrte refere-se especialmente as
formalidades ou praticas que se observa ante e paia
com os soberanos ou chefes dos Estados nos actos
públicos ou solemnidades que lhes dizem respeito ou a
que elles comparecem, taes como na sua coroação e
sagração, cortejos, recepções., ou audiências, ao trata
mento e prerogativas que lhes competem ou ás suas
familias, ofíiciaes ou servidoies, e ate as relações da
vida domestica dos mesmos em seos palacios ou iesi-,
dencias; é o que se denomina propriamente a —
etiqueta.
Excusado é dizermos quantos desses usos ou pra
ticas, que tazião o martyrio, mas ao mesmo tempo as
delicias de um bom cortesão, são supinamente iidi-
culos, e que a grande parte delles os costumes e o bom
senso moderno tem feito a devida justiça. Mas os rigo
res da etiqueta nem sempre se limitaram a sei coimcos
ou extravagantes ; muitas vezes forào causas de verda
deiras desgraças publicas ou de eminentes persona
gens. Em 29 de Julho de 1&30, por exemplo, um grande
ofíicial da còrte de Carlos X, da França, recusou obsti-
nadamente introduzir nos aposentos onde se achava
recolhido, este monaroha no palacio de São Cloud, um
correio expresso enviado de Paris, pelo qual se lhe
communicava e pedia providencias em bem do povo
que se eslava massacrando nas ruas desta cidade, e
isso porque a etiqueta — não permiitia penetrar se nos
aposentos régios antes da hora das entradas ofíiciaes.
lun llespanha a rainha, esposa de Carlos lí foi por
muito tempo arrastada no átrio do palacio Real por seo
cavallo, presa pelo pé a um dos estribos, porque a —*
etiqueta — punia de morte a quem ousasse tocar-lhe 1
hm brança, sobretudo no tempo de Luiz XIV, e de
seos immediatos antecessores e successores, era pre
ciso um habito e um cuidado extremos aos miseros
coi tesãos para não faltarem ao que lhes exigia a — eti*
queta ao levantar se e deitar-se do rei. ao seo vertir-se,
nos seos grandes e pequenos repastos, nas suas caçadas
ou passeios, e até nos mais miúdos e vulgares misteres
de sua alcova!
O cei emonial de chancellaria applica-se especial
mente a correspondência eseripta, quer entre os sobe
ranos uns com os outros, quer á de seos representantes, -
ministios ou legações entre si ou com os mais, e vice-
veisa, assim como ao estylo, redacção, formulas, ler
mos, assignatora, expedição', e tratamentos recíprocos,
m?<íU !n e ,U < ! 8 tí a,ct0.s em íi ue intervem, ou notas
que mutuamente se dirijào.
. ^eguníto este ceremonial os reis. e imperadores
■latao-se de irmãos ou primos, ainda quando recipro-
nrln^rt ameaçào, 011 se inyèctivào ; fallão de si na
tü w nP S80a f 0 plural ’ co>oeção por enumerar seos
auÍ?nA,q n,J ° mr° 08 de Cd,'los V, de que ó pouco
splmiPm*.!sp n d0a ®u,? as vezos uma longa pagina inteira;
uícies ucún h , os daquelle a quem se dirigem, os
vem de nois .! 'ípp lJ0i*en\ absorver outra pagina igual:
a expos cãt suas re,aCòes reciprocas,
urna^formÍií I a°nn« ec to.de «nissiva. e termina esta por
— Nós somoV))ri>-” d I/laiS 0ií-
m e i ~ o sasslm concebida:
serviro? de hnm e a ^?ssa Mlecção devotado a todos os
s o ao t n n , i Vrimo- Nem pareça que era
f o i V i m1 7 ^S & u 1u?
Thcro;» e mdu 8!odnai
*andedadtí Sem alCax?Ce
imperatriz Maria :
UlelM d L" l7db cul««S<«o paro a Áustria a alUaaça cU
31
França sua antiga e constante inimiga, por intermédio
de M.me de Pompadour a quem se dirigio chamando-a
de sua cara prima, contia Frederico 11 da Prússia que
só chamava esta celebre amante de Luiz XV - a Potil
lon II. Fechào, finalmente, cs soberanos taes missivas
com a sua assignatura, ou de seos ministros, segundo
a cathegoria daqnelles a que são dirigidas, e com a
apposição nas mesmas de seo — grande ou pequeno
sêllo.
Taes erão ao menos as praticas nos tempos passa
dos ; mas a civilisação democratisadora do século pre
sente, como já dissemos, tem passado a sua rasoura
inexorável sobre a maxmia parte de semelhantes anti*
gualhas ; e não é raro ver-se hoje os testas coroadas
corresponderem-se como quaesqucr simples moi taes.
Nos tratados e mais actos diplomáticos usa-se ou
da lingoa da corte respectiva ou da franceza ; redigem-
se tantos exemplares daqnelles quantas são as potên
cias que nelles intervem, e a cáda um dos seos repie-
sentantes entrega se um delles assignado por todos na
ordem de suas precedencias, fazendo se alternar nos
mesmos os de igual cathegoria segundo uma certa
ordem regular ou pela sorte. Tudo isto, e outras for
malidades referentes a tal assumpto, foi regulado pelo
Supplemento 17.° ao acto definitivo do congresso de
Vienna. '4 . ,
O ceremonial maritimo (§§ 42 e 43) refere-se as
honras que os navios sob vóla, ou navegando, ou nos
portos da própria ou de outras nações devem recipjoca
mente prestar-se, e ás fortalezas, baterias, guarnições
das mesmas ante as quaes passem, e a que estas devem
corresponder. Fazem-se essas honras pelo canhão,
pela bandeira, pelas vélas, ou pela voz, e como signal
de submissão, ou de reconhecimento da soberania da
nação daquella a quem se fazem, ou como sunples
cortesia voluntária, ou estabelecida por convenção.
Pelo canhão fazem-se essas honras dando-se ao
passar por aquelle a quem se dirigem, um numero
( sempre impar) de tiros, maior ou menor segundo os
casos, e a superioridade, igualdade, ou inferioridade de
cathegoria do que as faz e dos que as recebe. I ela
bandeira, fazendo-se successivamente subir e descer
até meio páo o pavilhão nacional na occasiao acima
dita; e somente este se abaixa de todo ou se enrola
quando isto é imposto como satisfação a uma offensa
feita. Pelas vélas, abaixando se as da mesena ou as
dos joanetes, o que, todavia, é pouco usado, e somente
entre navios mercantes. Pela voz, finalmente, consis
tem taes honras nos vivas e hurrahs da marinhagem
tormada nas vergas, e das guarnições no convéz dos
navios de guerra.
No § 44 diz-nos o compendio que cada Estado
soberano tem o direito exclusivo, em virtude de sua
independência e igualdade, de regular o ceremonial
marítimo
ün tnn si .-\que
oi ou os. seos
n para ___ proprios navios devem observar
. nutra
entie com os de. nanòA r . « í t _
n
RELAÇÕES PACIFICAS
L1CÇÃO V
Direito de propriedade dos Estados, sco objecto; regras que lhe são rela
tivas. — Modos de acquisição da propierdade entre as nações,
ocçupação e suas condições; da prescripção entre as nações. —
Acquisição da propriedade por convenções bu tratados. — Servidões
entre as nações. — Outros diteitos das mesmas inherentes ao de
propriedade.
§§ 45 a 57
§§ 58 a G8
§§ 84 a 88
§1 80 a 94
c Qtt da confivmaC'10 c
Trata o compendio no seo s 8 tg - g ^ de Sua
enovação cios tratados, • •
*uma «declaração
u «posterior
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T " à « v e" ' ' ' " "
n^respecUi^1'” a8^ abas(0expreasSsaS'^a°s ^Posiç^es ou
tinuadas entroaccor<^°> °u típiiaSamente mencionadas
- P.eime?.ra 28 parl®a- amenle acceitas e eon-
« t S " “ f t v í f » fltwndo tendo e.le
tratados ,i :onvençào. e ,as s,ias disposições
relaçào ás com Paz’ c° mo nos ?r'Sto freiiuentemente
«m outra occ2 ®nçfies iniermm 0 compendio, em
1*15 entre rr ,,f'-i0 falíamos d,, P,l d a s Pela guerra. Já
1ranc|sco I da Franc»tratad0 celebrado em
"a n ça e o s Cantões Snissos,
07
§§ 95 a 100
§§ 107 a 115
sob a immédiats
no, e das leis de sno e Seo ProPrio soberano ou
, . A primeira d»n.?5iSUa palria-
famfnPessoaI Oue aos d?tnsPrei0ga**vas ^ a inviolabili-
dos mo C0mitiva, e e,n' î°® "J'nislros se attribue, á sua
sua missão*-'1-16 lenh!'° relacâo rnSUa Legaç5° ’ e ,aclf
sovem ; S1° > ,nviolabilir^r?1Çao com 0 desempenho de
reconho d,° Estado ondL den que pel° soberano ou
on emhflda e garantida com GS servem, deve ser-lhes
contrà a J*Ç0S' Que se m?? ía Quaíquer injuria,offensa
seoslraartnJ,- nidade dê sua 5 i ° 88a diri« ir ™ suscitar,
Attenta pessoa °u independencia de
i n ^ f í f 6 desse8 ministros J?es^üas» independencia ou
deradn exercicio de suas ? desacatapos de qualquer
crimes
crirnoc oV
n .e,l ',e- todas
l°das osaS nap/
ntor Unc^* ets,
s, sao
sào actos consi*
consi-
ellac -graves ; e elles
eiias graves ; eelles podem°eS e®
uem, comCu,tas» como factos ou
factos
Cu tas» como ____ ou
quer nSnfí08 c °nflictosP e m l C° m effeito originar entre
agentes* enf a Parta directam™0 guerras declaradas,
ciliares ° U ^unccionarios so r|ente dos governos ou de
modo e» ,!uand0 aquelles quer de sifnples parti-
C h i » nâo pu^emrn f nSo de
Turqnio n.^açao desconhece L ? S se.o s autores. Hoje
em Con í ? ° Prende mais nn * le Pn n c»Pio ; a própria
rompe i l ' 1" lnoPÍa os mini f 0 caf te,Jo das sete torres
d<* s L s ? Uerra>como nn°Jti-°S daq uedas com que
K' rnesmo°naS ao pa^grapho 1 ° com Pendio em uma
nos câsn« preaente mente uso ■ ? que nos occupamos.
para a rPr da, decIaraç3o de adoPtado entre as nações •
!cn -lor e0t,rada (I° S " S S i 8 t t e ^ praS0
. KntretonIo , , -. . " aÇa0 ,n,,mg*> do se°
i a b i l i d a V e f<actosde1flagrante'-a fôes inle™acionaes
quencias rml r ao lllesino tem,?ie mlracÇào de tal invio-
t0s.eaic» r í p 'l' Verào- Ainda em ? as desastradas conse-
;,iJ guerraetlhvn d a,gunsdelles c ! ? 0* nao muito remo-
'PPe li 0()r , ea Bélgicaea jtpened,erâo laesc°na°: 1«°°
qnella, Maio.. ?Verem sido nes?Panha,no ternpo de Phi-
Çnveneriado^ 0tí2üs de Vergue ò ! ’ ?? enr>baixadores da*
durante doiU •?, ‘SegUndo°sui)niiLe 4'[ 0,lligny, o primeiro
dH|p eri) |a.V) annos, dos portos ; e 2 ' ° ° bloqueio,
* a c°nquista e L l ua Argélia, e no Pm
e ,ncorporação desse paiz A
91
^rança, por haver o respectivo Dey, em uma occasiao
olemne em discussão com o cônsul f rancez, Mi • a*
aat‘do com seo leque na face deste. Si essa P ecad a
de leque não foi o motivo unieo ou principal de <
n°taveis e graves acontecimentos, foi, em todo o caso,
a sua causa occasional ; e muitos outros casos seme-
lantes poderiamos indicar, devidos a causas a na iogas.
Uevemos accrescentar que para serem essas utten-
Sas como taes reputadas, e punidas, é preciso que no
acto delias se veritiquem as circumstancias que o com
pendio nos indica, isto é, que o culpado conhecesse a
9uÇm offendia ou o seo caracter; que seja elle sujeito a
Jnrisdicção do Estado onde se deo, e a cujo governo se
Pede satisfacção; e que aquello que soffreo a oltensa
nao tosse injusto provocador da mesma, por algum ac o
011 procedimento inconveniente ou offensivo con u
anuelle.
A inviolabilidade assim reconhecida e garan ida
ads ministros e mais pessoas a que ella se esitn
,2*lhes indispensável para a sua plena segurança, e me e-
Pendencia no desempenho de sua missão , o o u <
c°psequencia lógica e necessária da soberania de seo
Pa,z, em cujo território se os considera; nao e um
nioro tavor pessoal, ou um dever de simples deíeiencia,
°u cortesia para com elles, ou para com a sua naçao.
... Si essa prerogativa deve competir igualmente aos
ministros de uma nação enviados a outra, no tei 11 omo
Je uma terceira por onde passão ou accidentalmente
sfcjao, é questão que tem sido debatida entie P
pistas, em presença de factos que a respeito
nos ministros em taes condições tein sido P1 ’
^este numero são os assassinatos dos emU ‘
enviados a Constantinopla por Francisco l, rei i e «• - »
em território dos Estados do imperador Cai los \ ,
Caso do Barão de Grotz, embaixador da Suécia pie*
ao passar pelas Províncias Unidas da Ho 1landa o ’
« requisição da Inglaterra, contra a qua#havia c i
,amado uma conspiração em Londres ; e o f .
c lal de Beleville embaixador Francez enviado c *
em 1771, preso ao passar pelo Hanover, G om a
Para a Inglaterra, que estava então em gue <•
Mas, afinal, a doutrina mais razoavel, e mais goud*
p o r ! S.lr o q u e a1'?«0? 0 ” 0 ' 8 » e df J e v 6 ° fíÍ‘C Ía I 0 U P ° 's i t i v a s e Ía
Uai-p>arte do fJo v í U Sidv° de »nrj,)ur etfecí ivamente o
L n f:Ce seia°Mi,no do paiV , a ,a ,nJur,a ou offensa
íhnt íent° SdeIi> j!? ,ndisPensavf!?de Se ac,íe> nâ0 nüS
*nuíi<iU(; lei,lni cuni^°S e de boa íV»eí í,ura um governo de
h î z ° n. d e sào
J r » . e II9 )a de <!"« trata o
seos h Jeitos a Qu itados* Elle* n?ao de »"Postos no
sào , r ens moveis Csr? üe** nuno^i nao Sao» dom effeito,
d b p e n * » * * 8: Ö0 8 d« ? ost<* pessoa»« os
03
t r p r o P > i" n a C à o ;
_________ , em terriiorlo j y j gW o m ° £
0 elles sujeitos as l e i s ^ A l é m d®S:|lgtiflcao este
cedentemente teinos natural <lu e . ^ is t r 0 por um
as do Direito das G e n te s^ de ulll ininis^ V conlo
ncipio, o facto da en outro, ®cll pnlre os dons
;ado, e de soa recepção Por ao taCiU onlt l(ne ,a
. Wheaton, a uma conv& ^ iBençao» con inorto
»»eUe sentido. E n t r a m e s .^ de t
»
98
!«“ •‘JJJyjJS
a s m is s õ e s d ip lo m a i e
u
q“ oí
p r e m le g io s a o s mimslros p a h lm o s jl casus se d a , ~ «w „cm > .
- Chamada dos de ,« ? os I».M.C0,
n i s t r o ; p r e r o g a t iv a s e. tr,l ~ josp r e v i l W 0*
Ura, _Los MHSHles woo 00*«° aos /
§§ 128 a 185
. ~A n o s d iv e rs o s
» . miasses .“ ™ S” »»< »” “ “
os, ou pelos modos, q SUa
§ 128, a saber : . p0 marcado> P ffnterino,
l.° Quando e x p ir a ° Hfiua encarregado injs tro
ração ; e si o mimstio 3pectiva çdrte ^ cha-
ando volta ou c^eSa t é necessário Ci ‘ tem de
activo; caso em que nao e n .nttfrtm, que i
i d a a o ministro n o m e a d o algQnia
tirar-se. . , ma;s uso em dipl0ÍTlrt*
Hoje, porém, nao e ««*x uma t m exe^P10’
;ar-se tempo determine |ülTiaSj como>t > sempre
ia, como era outr ora ei b ministros ta(jo P01
i Republica de Veneza, c u j o s ^ nQS e allesta
ameados por tres anno , nnnclue oU. se
/heaton. . . .n a « missão se c assageiro,
2.° Quando o ob jeto genrl0 um d* J missão
íalogra, não tendo a me; ge trata ' ° 0utra do
omo, por exemplo, U L ja ou Pua.^ oU da ceH*
>ara felicitação, condo vealizad< , veriOcad
néra eeremonia, c*ePol,ipnois delle feito, F u
oração de um tratado depoi
DIREITO DAS GENTES
106
na,
'edida, que é sempre de eM- lu g e retira
112
. p oTM )08 * AS
t a No s $ m148 indica-nos
s ^ »u e- 0 «Difeuu
ss& a ®
meios de fazer mai ao inni «, ’ vu>tude da (l|J*
considera como dUoi ' * «aerra, em ^qneU ^
Nào é somente a lev 1renunCÍado irenclon*»
as nações civilisadas t compendi e sup*rl
meios, que reprova °* ^ n a t u r a l , antenoi
condemna-os a Pr°P l b internaciona •Lg^oininnfc• »
a quaesquer convenções lesem (P ' e contra Ç
% 126
â
priamente perlidia on *i« ft(j 0 pela m
dimenlo absolutamente \t\ oU sol-
Direito. . 0 neneral, ° f ,lL .iieiras, 011
Peitar uma belbgerai ftrenl suas ed ito s ã
dados da outra para ab‘ . ^lUjr os se° c o' tfí quanto
auxilia\*a contra esta, oU governo, 0 guerra»
revolta contra seo. "ctos não
não se possa considerai • oarado9. l '. , ‘ r l dos como
Podem todavia ser 1'ie c l j'atroente cons>d® £ :u9l|ça ; e
estão no caso de sei p» \■
. . de 0u conl‘ ns da Palle
attentadoB contra a bum* lrapição é >íU * dí)S pro-
S\ ba nelles indignidade ou ^ ‘ ^ario, do q«* ü0 1
do inimigo para com o st elle- , dig*10 tie
prios indivíduos deste \ - ‘ era certauien 0 deva
Tal procedimento nao Q u e l l e s QO^ mrell0
louv or ou imitação, inae ^ vados segundo o
ter por absolutamente i l 0 0mpreg°
das (lentes. , . ltn às belligei;a" „ di6farçadas
Com mais razão o lin t Pen® U,?nara conhece*
dos espiões, ou <lo Pes „ ()o inimiB® 1 j ino9 , o c011>'
• nopah.no campo, oiU>rfCas “ iÇÔe9 ou pl»n 1
o seo estado, recursos, m eneral. (l0 ind*en? ’
0 otncio de espião em via do resU, ^ M«s
o a pena capital tem si ’econheci<lo8 #0 com1" 11,
aos que são apanhados ^orn apphc# _aga, o'1 s
se esse estigma 6 justo g 0 sào P exercH0 .
dos espiões e sobretudo ,\0 pr°P 0omU>do 1 ,
officiaes, soldados ou snbd ’ lonaB«®» o a^ lins em
Pah contra o qual exei ce mais. .
é assim a respeito de todos o aque!lc
certas condições. tra o inimiB0'
0 papel de espião contra
128
affronta os maiores npr'
saüamenle, per norn nil??-?.’- muilas vezes desinteres
se servir ao seo^aiz n P. f 'm 1Smü) e no «obre intento
semelhante nota de infimi í Se<? exeroito, nào merece
acto heroico de dedicao-m*3 ’ **?( n ser mesmo entào um
personagens distinctos^P c» ( e- e se tem encarregado
de baixeza. ’ superiores a toda a suspeita
Lm ofíicial nnp op ríioí
Pontas das baionetas dp «mCa e vai ás occnltas até ás
m'H° para reconhecera 11!!í.a ?uarda avançada do ini-
?s movimentos de (ai ón ». i a f ,e uma Lancheira, espiar
e>aPna[» se nào um esniào ÍUte de suas forCas>0 que
0 disfarce é essencial1Í e ®SPeCÍehO" rosa ? *
espião. Oofficial ou soM'im/U1 cons[ituir o verdadeiro
ou commettendo uma Amt’ <pJe vestidodeseo uniforme
arraiaes, n’uma pra-ann O T ou?a^a . penetra nos
diantequaesquer rneios um ' (e mimiga, mesmo me-
-eos projectos, ou verificar nUoCl0S0s para sorprehender
modo pode ser consider am ~S Seos recill’sos, de nenhum
tratado quando aprision mn°m0 Um espiao’ oucomota*
guerra que a lei desta detp°nV8?râ* Um prisioneiro de
em carnPo leal •ser i e Pr°teger como a qualquer
f y1 ,°.uco* mas a cuja corifmm8líÍIlína’ um temerário,
dam ?rnra Uín in,*migo asswf™ u eve» em todo o caso,
menfe a dedicaçao e a br ^ Mo J,e Pa«’a apreciar devi'
6 a bravura em seo adversário.
L 1 C Ç Ã O X V I I
§§ 150 a 158
|| 159 a -164
- nmivse dos paragra*
Temos visto na exposição ® regular a con
phos precedentes, clulír . í^ntes a respeito das Pr l
ducta das nações bellige c sa|3(}itos na guerra
dades do inimigo ou de seos suou
nental. . . nnrém, esses principio
Na guerra marítima, I subsistem a t e lven.
dificào-se notavelm ente, |>ireito antigo, en
ponto as praticas anormau ^ mesma comhça gUp.
do-se, quasi sem di ^ ^ . ’arinado, e os de dio no
voravel os bens do mim © faz ver o comp nuje c .
ditos inoffensivos, como ^res seguintes c ^
seo § 159, indicando-nos stumâo oppur a Jf^ate,
ções que alguns p u b lic i^ 0 compendio con
trina; objecções que o te boas a z o < pecle
mostrando-nos que ba r^ s ern uma e outra esi
aquella diversidade d e i 0 . . c0 ,n
de guerra. . . , n daciuelles pubUcistas, ^
Com effeito, a opm _ enunciado, Ç n eces.
quanto mais humana n regectem bem qu 1 iUSti-
menos acceitavel. EUes i a seo fundam de
sidade è a lei suprema ® ndo as circumsta ce J>t0S
ftcativo, e que ella vaiia s © geral, ou , iniSSivel,
modo que aquillo mesmo que, < e * ia madmissi ,
casos pode ser naquella uma J
pode em outros ser um meio nci *• i»
DIREITO DAS GENTES
138
Ora, cie facto, a propriedade inimiga em terra ante
a belligerante contraria nào se aclia nas mesmas com -
ções daquella, que por esta é encontrada no mar e ^
navios seos, ou consistente em generos de commer-
cio vedado, embora embarcada em navios neutros de -
tinados a porto inimigo ; pelo que, nàoé de modo algm
estranhavel, que se lbe applique regra differente da q u
prevalece na guerra continental em relação á mesnn
propriedade. .
Em terra, si a propriedade inimiga existe em teni-
torio de sua adversaria, tem-na esta immediatarneni.
sob sua vista e acção, e pode facilmente prevenir oi
castigar qualquer uso que delia se faça ou tente ía'^
em seo damno ou das suas operações de guerra,
seos proprietários embora pertencentes á nacionalidaa
inimiga, desde que alli se conservào inoffensivos, na
poderiào ser justamente responsáveis pelas hostilidades
de sua nação, nem os seos bens sujeitos a confisco sem
clamoroso abuso de poder. . .
Si se trata de propriedades situadas em territou
de nação inimiga occupado pela belligerante contraria,
outro tanto a con tece; ellas estão igualmente sob a vigi
lância directa e efíicaz da occupante, e sujeitas ás me'
didas de cautela e de rigor que lhe é facil appticar-lhes
e a seos donos, quando delias abusem em seo prejuízo.
Além de que, entre os habitantes de tal território e o
inimigo que o occupa, ha um tal ou qual compromisso
de subordinação de uma parte e de protecção da outra,
emquanto a occupaçào dura; pelo que não ha nessas
circumstancias necessidade real de lançar mão a occu-
occupante a respeito de suas propriedades de. meios
prévios e excepcionaes, emquanto seos donos effecU*
vamente se conservão submissos e pacificos, fieis, em
summa,ao compromisso contraindo com o seo governo
de facto.
Na guerra maritima não é assim entre os navios
das duas belligerantes que se encontrão no mar, ou q o°
ahi encontrem qualquer de uma terceira nação com
carga de contrabando destinada á sua adversaria.
Nestas circumstancias o navio de uma das belligerantes
em presença dos de seo inimigo, ou que com o taes pro
cedem fornecendo-lhe recursos de guerra, não tem meio
algum de exercer sobre elles uma vigilância moderada,
139
rài.oQ imPe(^**'0S de fazer-lhe mal, senão o de caplu-
Perfpn COm Sua car&a> ou esta quando illicita, embora
Íunoh1Centea neutros* Não ha para elle em taes con-
aUirpmr^ 0lltra alternativa; ou hade deixal-os prose
ou ho j !vremente suas viagens com grave damno seo,
ade tratar de aprehendel-os.
as nan' c|? £aerra na° pode, pois, deixar de autorisar
destr»^°eSi ^elligerantes na guerra marítima, a proceder
e nrn m° , ° ’ em^0,‘a rigoroso, a respeito de taes navios
^esnia le^a^eS’ como uma necessidade indeclinável na
p0 > A nave8aÇão livre do alto mar é, sem duvida,o mais
as h lu^° a®ente da riqueza das nações, a fonte de onde
mle e,,,8erantes tirão os seos piincipaes recursos na
pr0 rra‘ pois, cada uma destas tem o direito de
acj Curar enfraquecer o seo inimigo pelos meios mais
Q. 9 Uados a isso, á excepçào dos pérfidos, barbaros,
ni ,rnmoraes, não pode deixar de ser permittido ás
r a d ,naS aclLiede procedimento nas circumstancias figu-
trataS Gm re*a<^ ° aos navios e propriedades de que se
in' ? erna's>como bem observa o compendio, os navios
. u1n,&os, embora mercantes, e suas tripoíações, não se
|. ue mesmo, em rigor, considerar como cousas inof-
risivas, ou indifferentes á belligerante contraria ; pois
i n ? . e ^es sao> P°r ass*m dizer-se, materia disposta,
strumentos mais ou menos apparelhados, que de um
0íílento para outro podem ser facilmente convertidos
1 meios de ataque e defesa Em muitos casos, e sobre
,c‘ ° nos urgentes, esses navios são armados em guerra,
11 empregados no transporte de tropas, munições, etc.,
nas siiâs tripoíações ordinariamente se recruta a ma-
n,lagem de guerra da respectiva nação.
■ Quanto ao argumento da liberdade do mar que
Sllns publicistas invocão contra a doutrinado com-
t cndio e nossa, o mesmo compendio o refuta de modo
dSsas concludente.
, Q direito attribuido a cada uma das belligerantes
rj Proceder daqnelle modo contra os navios e proprie-
<l(,es inimigas ou taes consideradas, não é com effeito,
tim a^cntado contra aquella liberdade emquanto legi-
ía j e antes um justo limite, que em consequência
140
h-sr-tgg&g&i a»
.iaísaS"-;li.,- g»
oiil-o uiiri c e l e b i o ^ fl Rússia
149
l-VJI
, por tal titulo, - wx..._
snte commerciaes Qu hospUaes ou an reridos o»
cifica, fazer fogo sob» e e recolb > ^enois íic
migo, ou sobre aque enierro d, >1^ nlie já em
m o s ou empregão-se n° ocedimento» 1 terepro-
o combate, além 4 05 ,™dS«»««o«bBolutamen)9
itras partes temos intuo,
DIREITO DAS GENTES
. 146
vac*os na guerra tal ff ,
caçoes civilísadas. devem comprehender as
consíde^do corno leeifim/^ISto coni efeito pode ser
belhcas. n 009 actos ou como operações
* œ s s fr# ? ,
se pratica uos navios e » ^ dado ('® ; 0,s quo s
Uma. Logo que este signai ljUdade , l>
do inimigo todo o acto de
118
as* violências' e' e s t i - " V l° int)ualil'cav«l contimiar ae
deCci?m onCÍd° ; ® que8*s c ®®"ara Um ini,,li8° ’ qU6 S®
estratagema o°úcMà(ia0da n®,Har|,llelle si8nal um méro
tiante, para evital-q a Á- ^ e dos sitiados, tem o si -
tellas,e de exiojr d inn^iVreito (le tomar as devidas cau-
oegociaçòes que se h 1S’ ^ara a sua segurança, e das
quer ontras garantias deentabolar, refens ou quaes-
tie ou praça, o u T n i í l ° ^ 0l?1ílar^ ea|tient0 de uma cida-
que tem de fazel-o iní ° 1Ini,n,{?°* deve a belligerante
dêem satisfação ás sn^Í ma ’ 0S-a f,Utí se rendào, ou,
ladas. Não lhe é i í p í »S ex,ganc,as justas ou taes repu-
uiaçào da amcan °* Pore,n, acompanhar essa inti-
yuarniçào ou uonnlí.r.',)aSSa,*,se a bo de espada a sua
°u saque da solcíadespa’ ° n (e entreSaI*a ao incêndio
exigências attentidas n° CaS° tie nao serem aquellas
^ealmenteé feira^corn^1;31» SÓ Propria de selvagens, si
feita somente oara inl ,I,. ?nçao que realizar-se ; e si é
resoluto, pode tor »or Uí • ar um inimigo corajoso e
do-o a vender cara^ ‘ lvei^ ?onsequencias,determinan>
ruínas do posto confiam t.v,das» e a sepultar-se sob as
muitas vezes para n >»,•° a sua defesa, com grave damno
em pratica. ' (,pno que taes ameaças faz e põe
r
P -tSehd°aSo!ífr3adeS 6 " “ te C° " '
e aquella com a m iTf taes auxílios promette e presta,
promisso, é que os .(: 0 , l t , a h i d o 0 respsctivo com-
variào notavelmente 6 obnoaÇòes reciprocas
aquelle é c e T b S e S a a d n„ aS C° " dÍÇÕeS e'" ^
comol nosdld'ilTcompendio( U 71 f f ' al’ cada oma’
S R : “ « i « A í sobo coPmr
muns, ao men?,fsm ge."eral <?“ dele, e são-lhes com-
forças respectivas init<fJ°P01Çao de sua importância e
taes comoPos seos di eito°s r e i X o s T * 86"* da, 8“8rra*
sas, e espolios nelh fuoXi at os as conquistas, pre
zas da mesma T i n í T i - SUa c°nt»*ibuiçào nas despe-
paz. ’ " ' paiticipaçào nas negociações da
L IC Ç Ã O X X
§§ 180 a 182
- operaçao uu ,
laesquer fins desta. . , „ uerra é ficarem, du-
Uma das consequências da - 1)ei,igeianteS as rela-
nteella, interrompidas entie a bg ^ estado de paz ,
►es commerciaes, e outja • P 1ag mesnoas belhge
itretanto, por convenção chefes de suas ^ ^
s ou seos respectivos gene * ]ern ser neutr^
)s districtos de sua autoi ‘ ’ rtos ramos de
JS, nu isentos das ilüá,u ‘djdJ\ransito dos correios, os
ercio ou certas índnstm > (•nininunicaçoes.
irviços telegraphicos, e outias com
. 164
As obrigações contrahidas pelas convenções cie
que temos tratado, ou feitas entre inimigos, devem ser,
si é possivel, ainda mais escrupulosamente cumpridas
do que quaesquer outras. Seria, com etteito, perigoso
o arbítrio pelo qual as nações ou suas forças, por se
acharem em guerra, se julgasssem autor isadas a infrin
girem os ajustes feitos durante a mesma, ou menos
obrigadas ao seo exacto cumprimento.
Podem ser permittidos ás belligerantes os estrata
gemas, a astúcia, a simulação para obterem vantagens
sobre o inimigo ; mas tudo isto nos devidos termos,
e jamais a perfídia, ou a faltar á palavra solemnemente
para com ella compromettida. Além da indignidade de
tal procedimento, autorisado elle, seria impossível entre
as belligerantes o recurso a quaesquer meios pacificos
de moderarem os rigores da guerra e de garantirem os
importantes interesses que por meio de taes conven
ções se regulào e se alcanção.
E’ tào incontestável este principio, e geral íi sua
applicaçào, que, como nos observa o compendio na
sua nota a este paragrapho, até nas próprias guerras
intestinas ou civis é elle reconhecido. E’ com effeito,
indispensável, que o soberano ou governo, que trata
com súbditos seus, embora rebellados, cumpra a pala
vra que lhes houver dado em qualquer acordo a respeito.
A indignidade e as más consequências de um proce
dimento seo em contrario seriào em taes casos, as
mesmas que no precedente.
Taes convenções, em sutnma, ou nào se fazem ou
feitas devem ser religiosamente executadas.
Entretanto, nào queremos dizer que nào hajam
casos particulares em que a sua inobservância seja
justificada.
Primeiramente a perfídia de uma parte exime a
outra das obrigações para com ella contrahidas ; e em
segundo lugar podem essas convenções, nos termos em
que lenhào sido feitas, ser verdadeiras extorsões ou in
justiças clamorosas, imposições indignas ou immoraes,
a que um inimigo brutal abusando de sua força, tenha
sujeitado o seo adversário impotente para repellil-as.
Si, por exemplo, nestas condições si achasse uma
capitulação de uma cidade ou praça, as estipulações do
ajuste de uma occupaçuo de território inimigo, por
16 5 -da não
mais restricta que seja a regra acima ®®nvençoes forão
pode ella impedir aquelles 1 c 0bservancia e de_ag
coagidos, de recusar-se a *■ rpaeg caSOs e n lr a o *
contra ellas logo que 0 ^ e ql1aesquer oh,.'lga^ f
ordem geral daquellet.e d 1 Uas de pleno
cor.trahidas são rescmdiveis com j
reito. t , fto »rata o compendio aos
No seo paragrapho * o 3 4 vimos que, nsad
refens, que já na analyse do |adoSi achão-se que
frequentemente nos temi ■ ^ ofJerna9>
de todo abolidos entre as naço 1 nüS fliz Silvest e
Os refens, erâo, com effeito, com^ cional, peio
Pinheiro, um uso barba1 > . ras§o da falta de l
que se expunha a softrei - > nessôas innocentes,
vra daquelles que os fraco na .mpos-
carregando-se assim.a ' 1 oc 0 verdadeii 0 c 1
sibilidade de attingir^se Dj'reito das (lentes, ,
Segundo os princípios do uu ^ naça0, exeicito
OS povos civilisados, nao c maUratai-os, e m^ f’Vanti-
ou torça que recebe reft; r ’ ente costume entl resa.
mutilai-os, como era ge * selvagens, eu qj
gos, e hoje só pode sel-oenu » . ões contrahuia
lia á falta de cumprimento das » d tal
por aquelles que os dava . á cessaçao
Devemos appiaoa
• P P» ^ ^ da ria ci— reconhecer,
£ ‘ «‘« U
cei |omn0> forçados aa
costume indigno, ce*1 ^. 0()SSl.
sgl-
mas somos, ao mes'n \-flis desacompanha os . * des>
infelizmente, que os retens corteJO de afoci
bilidade de seo antigo e b m como grrantias de q
perdem muito de sua et • execução sa^ < 0 em
quer compromissos pa < dc0 procedune ej3ern
Em ultima analyse, 0 «nf° a(*welles f ^ ^ h a d a , ô
relação aos refens e pe ™ uão a palavra emp, Qg corno
quando os que °. dao de guerra, e 11 ‘ clusão do
vetel-os como prisione - ^ mas se.™ n,,ella reali
zes, com o convênio ató qne seja • 1 ffiicitínte
que a humanidade Pres j . 0utrasatisfaÇd0 _ . da>
sada, ou prestada qua• 1 fa\ta de fé f° l 1 e nm ini-
ao inimigo contra 0 q «1 é (l0 esperar'S \ ^ falta,
Nem sempre, P°i ’ prejudicado l pes-
migo jusiamente »m W * doramente n, i
deixe de vingar-se mai
166
sòas de seos refens, embora pessoalmente innocentes e
de facto irresponsáveis por aquella. .
Para (pie nos primeiros momentos de exasperaçao
fiquem elles ao abrigo de quaesquer máos tratos, e pie-
ciso contar-se mais com os impulsos da generosidade e
cavalheirismo do inimigo, do que com o sentimento na
justiça ; mas aqueltes não são, de ordinário, os inoveis
que mais actúão no animo de nações ou exercitos, que
se achào ern guerra.
Os refens, diz-nos o compendio, dão-se, ou lambem
ás vezes tomào-se ã força. Entendemos, porém, que
refens propriamente ditos só podem ser considerados
aquelles que se dão e se recebem entre as belligeranles
por convenção ou acôrdo. As pessoas que uma tome
á outra á força em combale ou por sorpresa, ou em
qualqner acto ou operação de guerra, embóra aquella
que as toma, as destine a servirem de garantias a qual
quer pretençào sua, ou ao desempenho de quaesquet
obrigações de sen adversário não se pode reputar Pr0‘
priamente refens ; são apenas prisioneiros de guerra,
como quaesquer outros nesta feitos, que não tem parti
cipação alguma directa ou indirecta no acto, que as
collocasob o poder do inimigo, e nenhum dever tem p °l
si, por seo exercito, ou por sua nação de responderem
pessoalmente por tal ou tal compromisso destes, ou
por qualquer pretençào daquelle, por mais bem fundada
que ella seja.
Si o inimigo que taes pessòas toma as considera
como taes, é por um acto exclusivamente seo, e a que
não pode justamente attribuir as consequências ou
effeitos, que só são proprios dos refens dados e rece
bidos positivamente para taes fins, e sob a fé reciproca,
a que faltou aqnelle que os deo.
No mesmo paragrapho que analysamos indica-nos
o compendio os diversos casos em qne, ou fins para os
quaes tom lugar os refens, quer os dados e recebidos
por acôrdo, quer os que elle, como temos visto, impro
priamente denomina taes. São esses casos ou fins os
seguintes: 1 ° para garantir se a inviolabilidade das
pessòas, qne são enviadas a tratar de uma capitulação,
armistício, ou do outra qualquer convenção com o ini
migo ; 2.° para a effectiva execução das mesmas ;
3.® para o pagamento de contribuições impostas por um
167
ggIm,8° 30 outro, ou entre elles concordadas; 4.° para
■ egurar-se° tratamento humano dos prisioneiros que
on f0 em Poc^ei do inimigo, quando se retira o exercito
Pj 0 orCa a que aquelles pertencem ou em outros casos;
for P'Ua ^aver se 3 restituição dos que furão tomados á
oa; e 6.° ílnaimente, em geral, quando feitos como
rePresalia. '
u para todos estes lins pode-se realmente dar e rece-
er refens, ou serem tomadas á força e retidas pessôas
no inimigo, e aquelle que assim as toma e retem, usa,
om duvida, de um meio licito na guerra contra seo
dversario para obter delJe quaesquer concessões ou
aniagens, ou mesmo a execucuo de quaesquer obri-
caçoes a que se mostre remisso. Mas como acabamos
I dizer, taes pessôas não constituem refen9, segun*
0 a verdadeira significação desta palavra. Estes só
iodem realmente ter lugar nos ties primeiros casos
numerados pelo compendio, que acima indicamos, em
|ne elles podem ser dados e recebidos por acordo entre
as belligerantes.
, Si corno dissemos os refens não podem ser trata-
0s>em caso algum, pelo modo barbaro, por que o
^rao antigamente, quando faltaváo ao seo compromisso
^Quelles que os davào, ficão comtudo justamente su
jeitos a medidas mais severas aquelles que durante
Ua estada em poder do inimigo procedão deslealmente
Pjocurando seduzir seos soldados, ou mais pessôas do
nesmo, machinando contra elle, ou praticando a seo
'nspeito qualquer acto de hostilidade, tentando fugir,
u edectuando realmente a fuga quando de novo cáiào
ni poder daquelle.
isto, todavia, não tem applicação, neste ultimo
j S0’.30s intitulados refens tomados á força ; pois que,
Petimol.°, estes não respondem de modo algum pelo
,J1primento cje qlia|qUer obrigação de seo paiz,ou exer-
e j°> Para com os da belligerante contraria, e nem a
nn i Pa^avra de qualquer delles, si a houve, lhes
de ser imputada para tornal-os incursos na péclia de
deslealdade.^
q A. sua simples fuga ou lentativa delia, filhas, aliás,
r, |ln} impulso natural a todos os captivos, e sem ca-
cer .er algum de aggressãoou hostilidade, não merecem
tumente, castigo ou pena extraordinária. O seo pro-
168
cedimento nào pode de modo algum ser com justiça,
considerado um acto de perfídia.
Conseguidos os fins para cuja realisaçào fôrào dados
e recebidos os retens, devem ser os mesmos postos em
liberdadede, ou reenviados a seo respectivo paiz, exer
cito, ou força a que pertençào, com passa-porte ou
salvo-conducto, escolta ou outros meios de segurança
para as suas pessoas no seo transito pelo território do
inimigo ou por elle occupado.
LICÇÃO X X I I
§§ 184- a 188
§§ 189 a 193
T * . «mi»* <^SgSSSSSSSt
ou menos inalterada das ie • < entretinha com uma
guerra, a neutra, que antes mercj0 mais extenso
das actuaès belligérantes i ou p0l- qualquei
ou mais activo do que con 1 ’uma delias certos
razão houvesse concedido - <r;aada a fazer cessar ou
favores ou vantagens, nao estes a outra sob o
restringir aquelle, ou a concedere^ie conUnue colp0
mesmo pé de igualdade, bt \ na0 recuse a esta
d’ antes nas mesmas coud C ' ’ . relação immediata
depois da guerra, o que nao tenna i
com esta, e lhe era antes P oCommercio entre ne *
E’ , porém, necessanoque» ce QU seja suspeito o
tros e belligérantes, nao s , r destas s
destinar-se a fornecer * m laes meios torne •
guerra ; e nem o fado c T.u-ia tal commercio, ou ■
igualmente a a m b a s , justií ^ 0 fizesse. tjSw® L s
varia a neutralidadeda naç ^ Q á màs interpietaç -»
cedimento a exporia c , s»q da parte da que J
e a soffrer um tratament s(j em menor esc«■
gasse menos favorecida» nroveiUr-se de lues
m nn»c nlíIm pntR DOdeSSe | j ;« n r » O Dâpel dt
& m a 199
Tsasraar •—..
mentePohS racÍ0naes ^ ^D ireifSt° assumPto segundo os
D ireito d e visita das belligerantes nos navios n eu tros, soo fundam ento j u r í
;
dico lugares em que se pode e x e r c e i-o ou n à o .— K lle não e incom
patível com a legitim a liberdade do alto m a r ; podem fa zel-a os
navios de g u erra e corsá rios. —
Intim arão para a viiita ; fuga ou
;
resistência do navio intim ado m odo de reaU za r-se a n a t a . — iisita
nos navios com b oia d os.— Km que tem po tem lugar o d ireito de i isi/a.
§§ 200 a 20G
, , ,
D as Passas m a rítim a s cm q u e c o n sistem d ireito d e ef/ eilu a l-a s tu a s r e -
grn s. — C om p etên cia da n a çã o d o c a p to r p a ra j u l g a i - a s ; e leis
p e la s q u a es d evem s e r d ecid id a s q u a n d o ha ou ndo tra ta d o s a r e s
p e it o e n tr e us E sta d os in teressa d o s. — R ecu rso d o c a p tu r a d o p a ta
a in te r v en ç ã o d o seo g o v e r n o a n te o d o c a p to r ; c a r a c te r ju r id ic o
d esta in te r v e n ç ã o .
§§ 207 a 210
juram ento das presas conduzidas para porto de uma nardo neutra por
navios armados em território desta; das </uc sdo feitas em seos
mares territoriaes; das que o são em navios e propriedades daquel/u
pura cujos portos são conduzidas. — Effeito do julgamento das
presas. — Direito de usylo tios portos neutros, e de venda das pre
sas nos mesmos.
§§ 212 a 218
1
. 210
não está nas condições de ser por ella reputado como
legitimo inimigo da belligerante contraria, ou como
legalmente autorisado a fazer presas sobre o mesmo ;
e conseguintemente tem ella o direito de proceder espe
cialmente, e ao menos, em relação áquellas por elle
effectuadas, que venhào a achar-se sob sua autoridade,
de accòrdo com esse principio ; e tanto mais justa
mente, quanto a própria circumstancia delle conduzil-as
para um porto seo, é já uma nova affronta ã sua sobe
rania.
Não só, pois, tem aquella nação neutra em taes
casos competência para declarar nullas semelhantes
presas, mas ainda para reter os proprios navios que as
tenhào feito e conduzido a porto seo, e para sujeitar os
respectivos armadores e mais responsáveis do seo
armamento ás penas, em que, segundo as suas leis ou re
gulamentos, ou de conformidade com os principios do
Direito das Gentes, incorrem aquelles que tendo com-
mettido algum delicto em um paiz e se ausentado delle,
voltào depois ao mesmo.
Pouco importa que não tendo sido tal presa feita
nos dominios proprios daquella neutra, o acto pelo qual
esta ou seo governo conhece delia e a julga, não se deva
ou não se possa considerar verdadeiramente como um
acto de jurisdicçào territorial; desde que em todo o
caso é um acto de soberania nacional, tão legitimo
como qualquer outro, que uma nação pratique em des-
aggravo ou defesa de sua dignidade menoscabada, ou
de um direito qualquer seo ou de seos súbditos viola
do por outra ou por súbditos desta.
Quanto ás presas feitas por qualquer das bellige*
rantes em mares territoriaes, ou dominios de uma neu
tra, e também ao soberano ou governo desta, que pei-
tence o direito de conhecer delias, e de julgai as, pela
simples razão de que são as mesmas absolutamente
invalidas, desde que foráo realisadas em taes lugares,
onde nao são permittidas hostilidades entre as belli-
gerantes.
Não ha mesmo, rigorosamente em taes casos um
julgamento formal. A neutra em cujos dominios taes
presas toiao etfectuadas, tomando conhecimento das
mesmas, e verificada apenas aquella circumstancia,
limita-se a pronunciar a sua nullidade, e a ordenar a
211
sua entrega immediata a seos legitimos proprietários,
si ellas effectivamente se achão sob o seo poder.
A. questão nào muda de natureza pelo facto de ter
sido a presa conduzida a porto seo por um navio de
guerra, ou por um corsário, ou por qualquer outro da
respectiva belligerante; e nem por ter sido a mesma
levada para qualquer parte fóra de seos domínios terri-
toriaes, ou para porto de qualquer outra nação, e de
nào achar-se, portanto, a mesma, de facto, sob a sua
jarisdicçào immediata.
O direito de tal neutra de julgal-a nulla é sempre o
mesmo, embora neste.caso nào possa ter lugar a imme
diata entrega da mesma a seo legitimo dono, por acto
unico e directo do soberano ou governo daquella. Então
com effeito, só pela via diplomática, ou em ultimo caso
pelo recurso á meios mais energicos, ao emprego da
própria força, poderá a neutra, cujo território foi vio
lado, obter do soberano ou governo do captor, tal resti
tuição, ou reparação equivalente á injuria que lhe foi
feita, e ao damnô causado a seos legitimos interesses
ou aos de seos cidadãos.
Diz nos o compendio ( § 212) que nào havendo em
taes casos reclamação da parte do Estado neutro, aquel-
las presas não se annullão ; que é regra, nos tribunaes
de presas, nào restituir-se as mesmas a seos donos,
quando a respeito delias não ha queixa daquelle go
verno. .
Em geral assim é si se trata da questão unicamente
sob o ponto de vista da offensa íeita a sobeiania do
Estado neutro cujos mares territoriaes forão desiespei-
tados, e de presas feitas em navios ou propi ledades
pertencentes á sua nacionalidade ou a súbditos seos.
Nestes casos é claro que esse Estado offendrdo o o
mais interessado ou o unico competente para reclamar
contra a offensa, que soffreo, e si o não faz, poi qua -
quer motivo, o seo silencio e abstenção importao
»‘enuncia do seo direito, legitimào os actos do captor,
e nenhuma outra nação é autorisada a immiscuir-se
nisso.
Mas,além da offensa feita á sua soberania de naçao
neutra, pode haver em taes casos a questão de n.imn
causados a legitimos proprietários súbditos de terceiia
nação ; e nestas hypotheses é incontestável, que, ait i
da competência daquelle Estado neutro ern cujas aguas
territoriaes taes presas tenhào sido feitas, para reclamar
em defesa de sua autonomia, ha a do Estado a que per
tença o capturado, em defesa dos direitos de seos súb
ditos sacrificados, ou contra o esbulho que se pretenda
fazer de suas propriedades.
Finalmente as presas que, embora feitas em qual-
quei parte onde possào legitimamento sei o,são condu
zidas a um porto ou a terntorio do proprio Estado
neutro a que pertencem, ou a seos súbditos, também
só pelo soberano, governo ou tribunaes deste podem e
devem ser julgadas. .
i ^ dou trin ado compendio a este respeito é a mesma
de Galhano, defendida por Massé, e que acceitam os;
ella guai da o justo meio entre as opinioes extremas de
Lampredi e de Azuni.
O primeiro destes publicistas entende que o sobe-
iano ou governo do captor é sempre o competente para
julgar da validade de taes presas ; ao passo que o
segundo pensa que o Estado neutro a que ellas perten
cem, tem, em todo o caso, o direito de as declarar
nullas, e de ordenar a sua restituição aos respectivos
donos. 1
Segundo a opinião do compendio e de Massé, que
aí optamos, o Estado neutro tem o direito de conhecer
da legitimidade daquellas presas feitas em navios ou
propriedades de súbditos seos; mas não tem arbitrio
para nullihcal as, nem pode justamente fazel-o quando
verifique que ellas forào effectuadas de conformidade
com as regras do Direito das Gentes, que devem regular
esta matéria. •
f . i n ^ / MeÍllí dos neutros, em taes circumstancias,
f pc? ° i( ever de P,otecCa°* q «e naturalmente tem
on2;o F Jo para ? om 08 seos cidadãos, e na compe-
pa,a c ° nhecer taes presas resulta para eile
d? serem e,,as realmente propriedades
i f i ’ de acharem-se de facto nos dominios de
^ rn m n i J d,C»çà? lerntorial ; mas esse seo direito
r n S r ’ e ',n odo 0 caso’ nao podem ir justa*
meme a e ao ponto de autorisal-o a prejudicar direitos
de terceiros regularmente adquiridos, segundo os prin
cípios do Direito das Gentes, em geral, e especial
mente segundo a lei da guerra. p
213
Um navio neutro pode, com effeito, violando a
neutralidade adoptada por sua naçào na guerra de ou
tras, empregar se em commercio illicito com qualquer
das belligerantes, ou mesmo praticar contra uma delias
qualquer acto de hostilidade ; e aquelle, que de tal
modo procedesse, capturado e conduzido a um porto
de sua própria naçào, nào estaria em condições de ser
por esta declarado má presa, e restituído a seo dono.
Entretanto, como observa o citado publicista Massé,
esta doutrina nào está geralmente admittida entre todas
as nações marítimas da Europa ; a França e a iíespa-
nha, por exemplo, adoptão mais ou menos modificada
a opiniào de Azuni.
No seo § 217 trata o compendio do effeito do julga
mento das presas.
As sentenças dos tribunaes a respeito destas, esgo
tados os recursos legaes estabelecidos nas respectivas
legislações, sào definitivas, e irretractaveis para as par
tes a que a questão particularmente affecta, dando desde
então, como já "dissemos, começo á responsabilidade
do Estado, em cujo nome aquelles tribunaes pronuncia
ram as suas decisões, em relação aos actos de seos
commissionados, que taes presas effectuaram.
As presas marítimas podem ser feitas isoladamente
por um navio de guerra ou corsário, ou ern comrnum
por diversos, e até de diversa nacionalidade, quando
ha ailiados na guerra.
Nestes casos julgadas boas as presas, o seo pro-
ducto liquido é dividido igualmente entre todos, si sua
participação na realização das mesmas foi mais ou me
nos a mesma, ou si fazião todos parte indistinctamente
da expedição ou operação de que ellas resultaram.
Este assumpto, porém, susceptível de grande varie
dade quanto á real participação dos respectivos con
currentes, e quanto ás circumstancias segundo as quaes
deve ser esta determinada, não pode ser conveniente
mente regulado senão em presença dos factos occur-
rentes, e por convenções, ou accôrdo expresso nas
occasiões.
Outro tanto suecede quanto á questão de saber-se
qual será o tribunal competente para julgar e distribuir
as presas entre concurrentes de nações diversas alha
das. E’ porém, mais natural que seja isso commettido
214
â decisão de um tribunal ad hoc, constituido de juizes
commissionados por essas nações differentes.
Uma presa feita por navio de uma das belligerantes,
pode ser retomada por navios de guerra ou corsários
da outra ; e chama se a isso — retomadia ou represa.
Si esta se effectua dentro das 24 horas depois de
realizada a captura, como já tivemos occasiào de dizel o,
applica-se lhe a regra de postliminio, e a presa é resti
tuída ao seo legitimo proprietário; perde este, porém,
o seo direito á mesma si a retomadia tem lugar depois
de passado aquelle intervallo de tempo, e torna-se ella
propriedade do captor desde que seja julgada boa. _
Entretanto as diversas naçòes, quando ordenão a
entrega das presas retomadas, no primeiro caso, aos
seos primitivos e legítimos proprietários, ou, em geral,
de quaesquer presas julgadas boas, aos respectivos
captores, sujeitão aquelhs a pagar aos que as retoma
ram, com o recompensa dos sacrifícios e perigos a que
nisso se expuzerào, e aos últimos, em beneficio do pró
prio Estado, uma certa quota do valor das mesmas, a
que na linguagem internacional Franceza se dá o nome
de direito de recousse. .
Essa quota varia consideravelmente entre as diffe
rentes naçòes, e é maior ou menor segundo o captor
é um corsário, um navio de guerra, e também con
forme a qualidade do navio ou propriedade retomada,
si elle ou esta sào de estrangeiro, ou da própria nacio
nalidade do recaptor, si é inimigo ou neutro.
Em summa, na variedade immensa das disposi
ções da legislação positiva de cada naçào a este respeito,
deve antes de tudo, e especialmente havendo omissào
ou duvida, prevalecer entre ellas, noscasosoccurrentes,
o principio da reciprocidade; cada uma procederá
então a respeito das presas de outra do mesmo modo
que esta em relaçào ás suas.
No § 218 trata o compendio da questão relativa ao
direito para as belligerantes de procurar asylo nos por
tos das nações neutras, e particulai mente de disporem
ahi de suas presas.
Comquanto, em absoluto, toda a nação indepen
dente e suberana, tenha o direito de abrir ou fechar
seos portos ao commercio das outras, não podem,
comtudo, fazel-o no estado normal de suas relações
215
pacificas com estas, sem incorrer em justa censura das
mesmas, e até razões altamente ponderosas podem
dar-se, que justifiquem o procedimento daquellas que
a obriguem a desistir de tão absurda e barbara politica,
como de facto, tem procedido nestes últimos tempos
algumas das mais importantes potências da Europa a
respeito de alguns Estados do extremo Oriente Asiático.
Dado, porém, o estado de guerra, e especialmente
em relação ás respectivas belligerantes, pode ter qual
quer neutra plausíveis motivos para effectivamente
vedar-lhes ou limitar-lhes o direito de entraredemorar-
se nos seos portos. Pode ser-lhe esse procedimento
aconselhado como util ou indispensável, para prevenir
complicações ou conllictos com qualquer delias, ou
destas entre si nos seos domínios.
Entretanto a regra geral a este respeito é que aos
navios quer de guerra, quer mercantes de qualquer das
belligerantes deve ser permittida a livre entrada e sa
bida nos portos neutros, ou sua estadia nelles mai6 ou
menos temporária, particularmente si se trata de cor
sários, uma vez que ahi procedão regularmente, e se
abstenhüo de quaesquer actos hostis ou em damno de
sua adversaria, e da neutralidade do Estado. Essa per
missão suppõe se mesmo, desde que não haja prohi-
biçào expressa em sentido contrario.
Ha, porém, casos em que tal entrada ou asylo nos
portos neutros não pode ser justamente recusada aos
navios de qualquer especie das belligerantes, taes sejão
aquelles em que um vaso de guerra ou corsário ou
qualquer outro seo, procura abrigar-se de uma tempes
tade ou qualquer outro sinistro de mar, ou salvar-se de
um navio inimigo, que o persegue. Recusar-se-lhe o
asvlo em taes casos seria um acto de revoltante des-
humanidade, e no ultimo, além disso, de inqualificável
cobardia, pois que seria isso nada menos do que entre
gar-se um inimigo vencido, e em extremo peiigo, u
vingança e furor de seo adversário victorioso.
A nação que assim procedesse teria abdicado a sua
soberania, e a sua honra, e tornar-se-hia indigna de tal
n o m e - , ,, . 1 IU
Quanto ao direito para as belligerantes de recolhe
rem e venderem suas presas nos portos neutros, é
ainda incontestável oprincipio, que todaa nação soberana
210
•>
♦
IJC Ç Ã O X X V III
§§ 219 a 228
pòderiào apresent
Cao poderiào apresentaÍJp1
o-n - ,0 ca?°>
caso» si alguma
a,guma reclama
reclama*
------ os terceiros mo
somente contra a bellinp.^»061™8 Prejudicados, seria
que lhes alienara, e ià m Ü fp 01? ’ que restituio os bens
elles restituídos, ou rnnir-COnt! a aquella a quem forão
3 qu£ín foíào effectivamènteen rp,tÍm0S Pío PI'ietarios-
„ No segundo casntl,|
c a s o „!1
rJfM
í'le
i ' er?tregues.
p regu es. ‘ ‘
Çào e cessào das conciiikíaeV desde que pela confirma*
posse ou domínio provisorin° ?C° ? quistador’ a simpleS
durante a sua occunao-m deste sobre as mesmas
D enn p . ^UPaÇaO, COnVflrlwn.on d ^ m ln in
limites do seo direito Pm .. i - Praticados nos justos
dados, e se alguma r e c h m ^ * ^ 0 aquellas, sào revali-
ueito os primitivos nronrUo?a° podein fazer a .tal res-
verso do primeiro caso L w ai,IOS desapossados, ao in*
da belligérante que crmmifT^6113 ser c °utra o governo
as suas propriedades ara’ e cedeo à outra parte
E’ claro, c o r n L o d^ Itan,ente P°r elle alienadas.
exacta applicaçào, em opr ile estas conclusões só teai
® ai, exceptuados os casos par-
223
Ucuíares, em que no respectivo tratado de paz se
resolva positivamente taes questões de modo differente.
Assim como também, salvas estipulações expressas a
tal respeito um tratado de paz nào affecta quaesquer
outros direitos privados dos súbditos, ou soberanos
das belligérantes, ou de suas famílias.
Quanto especialmente ás presas marítimas preva
lece entre as nações a regra, que nào sào restituíveis
aquellas que no momento da celebração da paz estavâo
Já definitivamente julgadas boas, devendo ser, porém,
restituídas as que nesta occasiào não se acbavào em
taes condições, ou indemnisado o seo valor. ’
(( O tratado de paz nào invalida os compromissos
contrabidos anteriormente â guerra, diz Calvo, princi
pal mente os que concernem nos territórios occupados
por cada uma das belligérantes ou ás mesmas restituí
dos, uma vez que taes compromissos tenhào estabele
cido relações permanentes e reaes inherentes a esses
terr itórios, reputando-se retomar o seo antigo caracter
legal as cousas restituídas a cada uma das partes ; e
nem altera também, os créditos definitivos, que tenhào
por objecto prestações determinadas, firmadas em títu
los nào contestados, e já exigíveis antes da abertura
das hostilidades ; porque, accrescenta o mesmo autor,
a guerra não é uma causa destructiva das dividas »
quer entre as belligérantes, quer entre cada uma destas
e os súbditos da outra, ou vice-versa, como, também,
já precedentemente deixamos estabelecido.
E’ ainda doutrina corrente, que os tratados de paz
desde que são celebrados, e mesmo antes de sua recti-
ficaçáo pelos respectivos governos das contractantes,
nào só importào a immediata cessação de todas as hos
tilidades entre estas; nias ainda podem estender os
seos effeitos retroactivos até á data de sua simples
assignatura e mesmo em relação a outras condições
mais particulares, uma vez que assim se tenha nelle
explicitamente declarado, ou deva-se implicitamente
subentendera respeito de certos actos ou abstenções,
que do mesmo devão naturalmente resultar como obri
gações immediatas para cada uma das contractantes
ou para ambas.
As obrigações úecurrentes de um tratado de paz,
sem duvida, tornão*se definitivas á partir da sua recti-
224
§§ 220 a m
FIM
ERRATA
Emendas
Pagina Linha 'w
5 _ 1 6 — este.............. - elle
5 — 25 — resaltão.......
- resultão
6 — 26 — realisat-a.....
■ realisal-os
1 1 — 14 — importância .
prudência
1 2 — 4 — as das mais..
os das mais
13 _ 27 — 1820.............. ■ 1830
1 3 _ 35 — de................. - da
15 — 34 — limitadas..... ■ illimitadas
26 — 8 — quer aos...... - quer a
30 — 37 — de missiva.. . da missiva
3 9 — 1 2 — causa............
cousa
3 9 — 14 — outra............. outro
39 — 14 —■ esta................ este
3 9 — 16 — delia...............
delle
53 — 24 — a prestar....... de prestar
7 7 _ 37 — «mo...............
como
HO — 18 — albinogio...... albinagio
140 _ 1 — devivo .......... devido
142 — 2 2 — uma............... sua
se as figura
155 — 1 2 — figura............ que as
155 — 39 — que a............. dissemos,
157 — 1 0 — dissemos...... muitas outras
1 5 9 _ 2 2 — muitos outros
170 _ 15 — pronuncie..... não pronuncie
189 — 9 — juntamente.... justaments
navios
189 — 19 — navois............ paragens
195 — 29 - passagens...... ao confisco
197 __ l i — o confisco......
234
Pagina Linha Erros Emendas
INDICE
PlU/S.
Prefacio......................................................................... v
»
*
23G
Pags.
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0*D~ 0£ DIReito
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