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Egrégora Maçônica

QUEBRANDO A EGRÉGORA [1]

Ir Ubyrajara de Souza Filho

Pertenço ao grupo de irmãos que citou várias vezes “egrégora” em suas “Peças de
Arquitetura”, inclusive em livro editado: em um tópico sobre a “Cadeia de União”. Os
depoimentos de vários irmãos e as leituras de diversos textos destacando os benefícios
daquela forma de energia e de seus efeitos sobrenaturais marcaram um significativo período
de minha vida maçônica.

Entretanto, com o passar dos anos, persistindo em minha caminhada pela “busca da verdade‟,
depararei com diversos textos, estudos e opiniões de outros pesquisadores maçônicos
contestando o disseminado conceito de “egrégora‟. Diante de minha inquietude, resolvi
arregaçar as mangas e realizar uma pesquisa pessoal sobre o tema. Debrucei-me sobre vários
textos: artigos, livros, citações etc. (maçônicas e não maçônicas), e procurei o “confronto‟
entre os pensadores. Em nome da verdade, devo admitir que não encontrei absolutamente
nada que comprove, justifique ou explique de forma coerente e racional a existência das
“egrégoras”.

Inicialmente, vale o registro de que não encontrei o termo “egrégora” em nenhuma passagem
nas versões na língua portuguesa de alguns principais Livros Sagrados que pesquisei: a Bíblia
(católica e protestante), o Torá, o Bhagavad-Gita e o Alcorão; e nem em livros referentes ao
kardecismo (“O Evangelho segundo Kardec”) e budismo (“A Bíblia do Budismo”). Nenhuma
dessas obras relacionadas fazem qualquer citação ao termo “egrégora”. Da mesma forma,
afirmo que nenhum dos rituais maçônicos que tive acesso, nos três graus simbólicos: Schröder,
REAA, YORK, Brasileiro e Moderno, assim como os rituais dos Altos Graus do REAA e do
Brasileiro, em nenhum deles, aparece a citação do termo “egrégora‟, muito menos de suas
benesses.
Após complementar a pesquisa com diversas consultas à internet, conclui que existe um
consenso entre os irmãos que questionam o uso do termo “egrégoras” na Maçonaria, de que o
seu aparecimento no meio esotérico remonta a 1824 com o ocultista Eliphas Levi que a definiu
como “capitães das almas”, e que, posteriormente, teve o seu sentido “adaptado‟ às diversas
interpretações esotéricas-místicas-ocultistas que foram agregadas à Maçonaria ao longo dos
anos por autores maçônicos franceses que, ao final do século XIX, insistiram em transformar a
Maçonaria em um braço esotérico do espiritismo, tal como os seus antecessores ingleses
insistiram em cristianizá-la.

As doutrinas que aceitam a existência das “egrégoras”, de diferentes formas, afirmam que elas
estão presentes em todas as coletividades, sejam nas mais simples associações, ou mesmo nas
assembléias religiosas, “plasmada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais
dos membros do grupo, na forma de uma poderosa entidade autônoma que adquire
individualidade e interfere nas vidas e nos destinos das pessoas, sendo capaz de realizar no
mundo visível as suas aspirações transmitidas ao mundo invisível pela coletividade geradora”.

Após ler e refletir bastante sobre o tema fiz algumas observações e alguns questionamentos
que divido com os irmãos. Não considero nenhum absurdo aceitar que a reunião de várias
pessoas, mentalizando e direcionando os seus pensamentos para o alcance de um objetivo
comum possa gerar uma energia “positiva‟ que proporcionará “aos membros desse grupo‟
uma sensação de bem estar, de alívio de tensão ou algo similar; também aceito que o contato
físico – como na Cadeia de União – amplie essas sensações, pois serve para renovar e
fortalecer o companheirismo que deve existir entre os irmãos, relembrando-lhes sempre que o
objetivo primário da Maçonaria é nos unir de modo que formemos um só corpo, uma só
vontade e um só espírito. Mas, como aceitar, ou crer, que a “energia‟ emanada de nossas
mentes possa plasmar uma “entidade‟ movida por vontade própria que irá interferir – para o
bem ou para o mal – nas vidas e nos destinos das pessoas? Ou que seja capaz de realizar no
mundo visível as suas aspirações transmitidas ao mundo invisível pela coletividade geradora.
Como isso poderia acontecer sem considerarmos o fator “sobrenatural‟?

Aceitar tal fato, sem questionamento, é fugir do racional. É mais lógico fundamentar essa
crença à interferências de conceitos superficiais ou subjetivos ligados a superstição, que não
necessitam ser demonstrados, mas nos proporcionam uma falsa sensação de segurança. A
maçonaria nos orienta a não nos entregarmos às superstições; logo, não podemos desprezar a
lógica e a razão aceitando passivamente ilusórias promessas de felicidade e proteção advindas
de “entidades‟ sobrenaturais plasmadas em nossas sessões.

Concluindo, entendo que as chamadas “egrégoras” são quimeras sustentadas por forças
motivadoras da superstição, e como tal se deve evitar a utilização dessa expressão na
maçonaria, de modo a não contribuirmos à perpetuação e validação de uma falsa “entidade
psíquica‟ gerada pela equivocada crença no desconhecido, que, na verdade, camufla a
necessidade de mantermos um controle racional sobre os nossos temores. Mas essa decisão é
pessoal e passa pela conscientização de cada um.

O maçom deve ser livre para investigar a verdade, crer naquilo que melhor lhe confortar, e
deve utilizar as suas “descobertas‟ para o seu próprio crescimento pessoal. As palavras, e até
mesmo os equivocados conceitos por trás delas, se esvaecem ante o objetivo maior da
maçonaria de formar livres pensadores.

[1] Extraído do Informativo Maçônico “JB News nº 482”.

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PUBLICADO ON DEZEMBRO 23, 2011 AT 7:38 AM COMMENTS (10)

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10 ComentáriosDeixe um comentário

On fevereiro 1, 2018 at 6:47 pm Francisco M Rocha said:

Egregora, faz parte da maçonaria desde antes da sua regulamentação, na verdade egrégora
não é o que dizem que é, egregora é a presença do Espírito Santo. Onde dois ou mais
estiverem em oração eu estarei entre eles. É mais uma das palavras que desvirtuamos na
ordem, o GADU é Deus, mas para permitir várias religiões o nome foi adaptado, nos rituais
antigos era Deus mesmo.
SSS

Francisco M da Rocha, KT. UGLE

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On janeiro 8, 2018 at 10:14 pm I.’. Enzo said:

Não posso contribuir como maçom, mas, sob os auspícios da irmandade universal,
compartilho, como martinista, alguns pontos que podem interessar aos pesquisadores. O
termo ‘egrégora’ parece vir mesmo do idioma francófono, ‘egregore’, e é bastante estudado e
trabalhado pelos rosacruzes. Creio que haja literatura farta entre os rosacruzes, que possa ser
útil a todo livre-pensador. Há uma correlação interessante entre o conceito de egrégora e o
corpo de Christian Rosenkreutz. Toda cadeia ou corrente, assim como a prática
correspondente nos ritos martinistas, rosacruzes, templários ou mesmo druídicos parece
denotar a união dos corpos particulares na formação de um corpo universal, metaforicamente
falando. Esse corpo universal seria o receptáculo de algo que se fundiria à consciência dos
irmãos durante aquele estado. Já o significado desse “Algo” deve merecer maiores e mais
enriquecedores debates.

Responder

On outubro 17, 2017 at 7:32 am João Carlos Alcorte Alves said:

Sobre a egregora, posso dizer que é um assunto ou tema pouco comentado em minha Loja.
Particularmente me interessei, gostei e vou comentar em minha loja. Obrigado.

Responder

On março 25, 2017 at 6:20 pm Ninguem said:

Meu Deus quanta ignorância hahaha. Meu sincero silêncio a esse post típico profano da nova
era.

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On setembro 2, 2017 at 11:53 pm jef said:

concordo com vc !!!

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On outubro 13, 2015 at 7:12 am Paulo Roberto Marinho said:

É…. Mudou o título e palavras, copiou parágrafos, alterou outros, mas, não desconfigurou o
plágio. “Egrégoras um Falso Culto” é de minha autoria escrito de 2008.

http://www.revistauniversomaconico.com.br/esoterismo-e-astrologia/egregoras-um-falso-
culto/

https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/Uniaoefidelidade/conversations/messages/156

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On outubro 14, 2015 at 10:03 am zehfilardo said:

Sem entrar no mérito, publiquei o seu artigo original e foi um sucesso!

Responder

On setembro 2, 2015 at 12:02 pm ivan pezzi said:

Queridos Ir.’. é a primeira vez que , percebo a idéia de egrégora como uma entidade ,e como
entidade independente , sempre entendi , tanto no seio espirita como na maçonaria , como
energia ,força transformadora , lembro também que o espiritismo não se reduz a obra de
kardec , hoje muitos outros autores nos esclarecem e colaboram para o nosso conhecimento
espiritual , evidentemente jamais diminuindo a importância do precursor . De qualquer forma ,
a ideia , aqui apresentada nos provoca ao estudo.T.’.F.’.A.’.

Ivan M.’.M.’.

Responder

On maio 6, 2015 at 4:45 pm Jose Geraldo da Costa said:

Estudemos mais fisica quantica para entendermos a energia individual e coletiva cuja Egregora
não a deixa ficar a deriva como um barco sem timoneiro ao solilóquio das ondas em mar
bravio. Ela nada mais é que a bandeira da sinergia responsavel para empolgar a todo batalhão
que marcha que é com a soma de cada um que o exercito nutre cada porção. A Egregora é
como se fosse um motor de um enorme trem que passa por estações onde desce sobe adptos,
que sabe bem que não é o apito do mesmo que o coloca em movimento, mas sim a ação
individual e compartilhada bem silenciosa do motor elétrico onde o mundo do átomo
responde, dita as regras pela ciência de que muita coisa se esclarece, muitos mistérios até hoje
desvendados são resultados da união por ela A EGREGORA.
Responder

On setembro 13, 2014 at 4:20 pm JoãoPedro de Saboia Bandeira de Mello Filho said:

Caro Ir :.

Convém não confundir crença com superstição .

Grande número dos autores ocultistas renomados, maçons ou não, concorda com a
possibilidade da criação, consciente ou inconsciente, de seres psíquicos artificais .

Estes são os seres egregoricos, em que cada um pode acreditar, ou não .

Se seres egregoricos resultam da convergência mental em diversos ambientes, com maior


razão poderão ocorrer nos da maçonaria . E se existe vida após a morte (no que nós, maçons,
acreditamos), da formação da egregora de uma Loja podem participar tanto II:. vivos como os
que passaram ao Oriente Eterno .

Claro que ninguém é obrigado a acreditar em Egrégora, e que a referência a ela não faz parte
dos rituais maçônicos. A base, para crer ou não, é necessariamente empírica. Se os trabalhos
decorrem de melhor forma se os II :. mentalizam para o fortalecimento da egregora na sala
dos P:.P:., então não há motivo para não faze-lo .

Embora não fazendo parte dos rituais, a prática é majoritária. Parece-me que, se não houvesse
egrégora, não faria sentido a C:.U:.

T:.F:.A:.

João Pedro , 33 REAA e 3 RY :

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