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OCUPAÇÃO HOLANDESA EM SERGIPE

I – RESUMO DAS INFORMAÇÕES MAIS RELEVANTES:

1. MOTIVOS:
 Garantia de alimentos (carne e farinha) e de montarias (cavalos).
 Controle das jazidas de salitre no sertão.
 Servir como zona de proteção ao avanço dos portugueses e espanhóis vindos da
Bahia para expulsá-los de Pernambuco.

2. OBJETIVOS:
 Recolher os rebanhos sergipanos.
 Construir fortes no território.
 Controlar a cidade de São Cristóvão.
 Atacar Salvador.

3. A INVASÃO:
 Em 1637, as tropas da Companhia das Índias Ocidentais, sediadas no forte de
Maurício (atual Penedo) e comandadas por Sesgimundo Van Schoppke, cruzaram o
rio São Francisco e iniciaram a invasão.
 A Retirada de Bagnuolo:
 o comandante das tropas portuguesas, o conde Bagnuolo, mandou incendiar os
poucos engenhos, canaviais e própria cidade de São Cristóvão, além de matar
milhares de cabeças de gado: política da “terra arrasada” (não deixar nada que
pudesse favorecer o invasor) e ordenou a fuga da população para trás do rio Real.
 Os holandeses terminaram a destruição do que restou: saques e incêndios.

4. SITUAÇÃO DE SERGIPE DURANTE A INVASÃO:


 O enfrentamento entre a defesa portuguesa e o avanço holandês em direção à
Bahia se dará no território sergipano.
 Situação de abandono: as ligações com a Bahia foram cortadas.
 Sergipe tornou-se um campo de batalha: não houve efetiva colonização por parte
dos holandeses.

5. A RETOMADA DA CAPITANIA:
 Retomada pelos portugueses em 1640, caiu nas mãos do inimigo um ano depois.
 a retomada definitiva iniciou-se em 1645, quando os portugueses conquistaram o
forte holandês do rio Real e São Cristóvão foi sitiada, os holandeses se renderam.
 Foi tomado também o forte de Maurício.
 A expulsão definitiva ocorreu em 1646 na batalha do Urubu (atual Própria).
 Estava concluída a retomada do território pela colonização portuguesa e a
reinstalação do governo.

6. CONSEQUÊNCIAS:
 Retrocesso no processo de colonização portuguesa em Sergipe.
 Reforço do poder local e desenvolvimento de um sentimento de autonomia.
+ influência cultural holandesa:
 sobrenome: van der ley (wanderley) e rollemberg.
 Marcas no fenótipo: os “galegos” de Porto da Folha.
 Fabricação de requeijão.
 Brasão de armas: reiterava a vitória flamenga sobre os habitantes de Sergipe.

II – COMPREENDENDO A PRESENÇA DOS HOLANDESES NO


TERRITÓRIO SERGIPANO

A Conquista de Sergipe foi obtida ao fim de uma guerra, que praticamente


dizimou os habitantes autóctones, e da posterior perseguição dos sobreviventes que
fugiram para o interior. O conquistador Cristóvão de Barros deu então início ao
processo de colonização do território sergipano com a fundação da cidade-forte de São
Cristóvão e com a distribuição de sesmarias e cativos aos soldados que participaram da
guerra de conquista. Após oito meses de lutas para consolidar a conquista, retornou a
Bahia, mas não sem antes criar uma força policial e construir um presídio,
deixando Tomé da Rocha como Capitão-Mor e responsável pela administração,
ficando este no cargo de 1591 à 1594.
São Cristóvão foi inicialmente construída em área próxima a foz do Rio Sergipe
na data provável de 1º de janeiro de 1590. Entre 1595 e 1596 a cidade sofreria uma
mudança de localidade com o objetivo de evitar o ataque dos piratas franceses. Esses
piratas conheciam bem a região devido ao tempo que passaram comercializando com os
indígenas e eram uma constante ameaça à cidade. Em 1607 ocorreu nova mudança para
a localidade onde a cidade encontra-se atualmente, quatro léguas distantes da enseada
do Vaza-Barris, na confluência do rio Paramopama.
As primeiras sesmarias doadas nos inícios da colonização eram voltadas
principalmente para as atividades pastoris. Por muito tempo essa foi a principal
atividade econômica da capitania, o que levou o historiador Felisbelo Freire a escrever:
“O sergipano antes de ser agricultor foi pastor”. A produção canavieira só iniciaria por
volta de 1602 nas férteis terras do vale do Cotinguiba. Ambas as atividades, pecuária e
agricultura, visavam principalmente abastecer a capitania da Bahia. Paralelo a essas
atividades econômicas, nos grandes latifúndios desenvolvia-se a lavoura de
mantimentos, através das plantações de mandioca, milho, arroz, feijão, legumes, além
da criação de aves em geral nas pequenas roças dos colonos que chegavam trazendo
suas famílias. Esses eram bem diferentes dos grandes donos de terra, veteranos da
conquista que, nas palavras de Luis Mott “deixavam na Bahia suas mulheres, algumas
delas felizes por se verem livres das pancadas e da má vida que lhe davam seus
senhores”.
Tanto a conquista de Sergipe como sua colonização ocorreram por ocasião
da União Ibérica, no contexto da Dinastia Filipina em Portugal. Nesse período,
estimulado pela descoberta das vultosas minas de prata e ouro nas colônias espanholas
na América, a procura da existência de minas similares na América portuguesa fez
florescer todo tipo de lenda a respeito de montanhas de ouro ou eldorados. Em Sergipe a
mais famosa dessas lendas surgiu com a curiosa história sobre as Minas de Prata da
Serra de Itabaiana, supostamente descobertas por Belchior Dias Moréia.
Ainda durante o período da União Ibérica (na realidade, mas especificamente
por causa dela) outro fato importante ocorreu na história da pequena capitania: A
invasão dos holandeses ao Nordeste colonial. A Holanda integrava o Império
Castelhano até 1579, quando consegue a independência depois de um período de lutas
intensas. Como retaliação, Felipe II proibiu a entrada de navios holandeses em portos
ibéricos, o que, na época, incluía todas as colônias portuguesas e espanholas, ou seja,
praticamente metade do mundo conhecido até então. Essa medida impactou diretamente
o rico comércio que os holandeses tinham com os portugueses e suas colônias.
Por contramedida, a Holanda cria as Companhias de Comércio, cujo objetivo era
assegurar os negócios holandeses no mundo. Com o sucesso da Companhia das Índias
Orientais no extremo Oriente, foi criada em 1621 a sua equivalente, a Companhia das
Índias Ocidentais, com o intuito de atacar as principais áreas de importância colonial
espanhola no Novo Mundo, em especial as portuguesas, assegurando o monopólio
holandês sobre a lucrativa produção açucareira do Nordeste brasileiro. Os holandeses
calculavam serem essas colônias o ponto fraco do império espanhol e por isso foi
escolhido como alvo inicial.
Uma primeira tentativa de invasão a Salvador se deu em 1624, mas depois de um
ano os holandeses foram expulsos por uma frota luso-espanhola sob o comando de Dom
Fradique Toledo Osório. Cinco anos mais tarde nova tentativa é feita, tendo como alvo
a próspera Capitania de Pernambuco. Com um melhor conhecimento do litoral
nordestino e com uma frota bem preparada, conquistam a capitania após vencer a frágil
resistência local e vão alargando a área conquistada. Ao norte chegam até o Maranhão e
ao Sul chegam até o rio Real, na divisa entre Sergipe e Bahia.
Desde o início da ocupação holandesa a ocupação de Sergipe era imprescindível, pois
era, conforme relata o holandês Gaspar Barléu: “Situada entre a capitania da Bahia e a
terra do domínio holandês era vantajosa para a defesa de nossas fronteiras, abundava de
gado e dava mais de uma esperança de minas”. A pequena capitania tornava-se
estratégica para as pretensões holandesas de conquista da capital baiana, assegurando
assim sua posição no Nordeste do Brasil colônia.
Foi no início do governo de Maurício de Nassau em 1637 que começou a se dar
a tomada do território sergipano. Após a Batalha de Mata Redonda, Maurício de Nassau
perseguiu as tropas vencidas até as margens do Rio São Francisco fundando o Forte
Maurício onde mais tarde seria a cidade alagoana de Penedo. Doente, Nassau não pode
continuar na luta, retornando a Recife ordenou que Segismundo Van Schoppke, no
comando de 3.000 homens invadisse o território sergipano. O comandante das tropas
vencidas por Nassau em Mata Redonda, Conde de Bagnuolo, aquartelado em São
Cristóvão, percebendo que a resistência era inútil fugiu para Salvador ordenando que,
tudo o que pudesse servir para o inimigo fosse destruído. Quando os exércitos invasores
finalmente chegaram encontraram uma capitania devastada. Das 13 mil cabeças de gado
existentes 8 mil foram levadas na fuga sendo sacrificadas as restantes, os canaviais
foram incendiados, casas e engenhos destruídos.
Apesar da devastação encontrada, era intenção de Maurício de Nassau
reestruturar Sergipe fazendo-a retornar a prosperidade anterior. Entendia Nassau que,
devido à sua posição estratégica, a existência de uma população sob a autoridade
holandesa em Sergipe traria maior segurança diante da possibilidade de um ataque luso-
espanhol, seus pastos servindo para o abastecimento de carne e montarias para as tropas.
No entanto a Companhia das Índias Ocidentais considerou o projeto muito dispendioso
e contrário à política econômica que vinha orientando as conquistas holandesas. Essa
política era pautada numa colonização essencialmente urbana, enquanto a colonização
portuguesa efetuada em Sergipe era essencialmente rural, praticamente sem vida urbana
e com seus poucos engenhos (eram quatro antes da invasão, todos de
pouca importância) e canaviais destruídos não apresentavam as vantagens das demais
capitanias sergipanas. Nassau insistiu em seu projeto, mas no fim a Companhia ordenou
a construção de alguns fortes estratégicos nas margens dos rios Vaza-Barris e Real
garantindo a segurança das fronteiras e a retirada das tropas, não sem antes finalizar a
destruição iniciada por Bagnuolo durante sua fuga.
O pouco que sobrou de São Cristóvão foi totalmente destruído. No caminho de
volta ao Forte nas margens do São Francisco o exército holandês destruiu “a pequena
riqueza que uma colonização de 47 anos havia acumulado”, conforme narrado por
Felisbelo Freire no livro “História de Sergipe”. O resultado foi o completo abandono
político de Sergipe no período que perdurou a dominação espanhola no Brasil. Na
capitania poucos e pobres agricultores e criadores que não conseguiram acompanhar a
fuga de Bagnuolo, escapando da sanha destruidora das tropas holandesas, persistiam
esquecido por ambas às nações.
No inicio de 1640 a coroa luso-espanhola insta o governo colonial brasileiro a
retomar os territórios perdidos. Várias batalhas ocorrem no território sergipano e em
abril desse mesmo ano é tomado o Forte Maurício. Ainda em 1640 a dominação
espanhola sobre Portugal tem fim com a ascensão ao trono luso de Dom João IV, que
contou com o apoio da burguesia urbana mercantil das cidades portuárias e de cristãos-
novos. Uma vez que, um dos motivos da dominação “holandesa” no Nordeste brasileiro
era atingir a Espanha, iniciam-se as conversações de paz entre Portugal e Holanda. Em
1641 é assinado um armistício entre as duas nações onde Portugal tentava assegurar a
posse de Sergipe alegando ser a capitania a fonte de gado e mantimentos que
sustentavam a Bahia e o fato de nunca ter sido efetivamente ocupada pelos holandeses.
O armistício jamais foi respeitado no Brasil. Sergipe continuou sendo palco de
inúmeras batalhas, guerrilhas e emboscadas, com tropas do lado português comandadas
por Henrique Dias, André Vidal de Negreiros e João Lopes Barbalho. Em 1645
essas tropas já dominavam grande parte do território sergipano e preparavam-se para
avançar sobre Alagoas. Junto a essas ações os senhores de engenho do Nordeste
ocupado, endividados com os mercadores holandeses e sem condição de saldar as
dívidas, organizavam uma revolta com o apoio do Governador-Geral Antônio Teles da
Silva.
Em 1646 é enviada uma expedição contra o Forte Maurício reconquistando-o e
depois partindo para o ataque da povoação de Urubu (atual cidade de Propriá) onde são
derrotados numa emboscada armada pelo Capitão Francisco Rabelo, com o apoio de
Pedro Gomes à frente dos índios Urumarus. A situação para os holandeses ficou
insustentável e acabaram forçados a se retirarem da região do São Francisco. Terminava
assim o tempo dos Flamengos em terras sergipanas.
O período de oito anos de ocupação holandesa em Sergipe foi pouco proveitosa
para a capitania. O tímido progresso registrado desde a conquista de Cristóvão de
Barros foi interrompido abruptamente: a criação de gado, até então principal atividade
econômica foi praticamente interrompida, a iniciante indústria açucareira destruída e a
embrionária vida urbana sofreu um atraso significativo com a destruição da capital São
Cristóvão e dos pequenos núcleos de povoamento. No entanto, instigados pelas histórias
deixadas pela procura das Minas de Prata de Belchior Dias Moréia, os holandeses
realizaram várias expedições que exploraram as Serras de Itabaiana e Miaba, chegando
até as terras onde hoje se encontra a cidade de Simão Dias e provavelmente até as
cachoeiras de Paulo Afonso. Mesmo não encontrando as míticas minas, essas
expedições aumentaram enormemente o conhecimento dos sertões sergipanos.
Por anos acreditou-se que a ocupação holandesa tinha deixado marcas na
população sergipana através da existência de um maior número de pessoas loiras e de
olhos claros especialmente na região do vale do São Francisco. Atualmente essa marca é
questionada por historiadores, que acreditam serem esses loiros descendentes de
portugueses originários da região da Galícia, ao norte de Portugal, cujos habitantes
possuem esses mesmos traços físicos. Viria inclusive daí a origem do termo “galego”,
muito comum em Sergipe e em alguns outros estados do nordeste para se referir a
pessoas loiras.
Além desses fatos não houve em Sergipe nenhum impacto permanente ou
significativo da permanência holandesa como ocorreu em outras áreas nordestinas,
especialmente Pernambuco.
REFERÊNCIAS:

PAULO, Ivan. História de Sergipe. Wagner Lemos.


<https://www.wagnerlemos.com.br/apostilahistoriadesergipe.pdf>. Acesso em 26 de
maio de 2019.

JUNIOR, Humberto. A Colonização de Sergipe Del Rey. Habeasmentem,


2016. <https://habeasmentem.wordpress.com/2016/11/19/a-colonizacao-de-sergipe-del-
rey/>. Acesso em 26 de maio de 2019.

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