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Introdução

A administração pública é uma actividade do Estado exercida pelos seus órgãos encarregados do
desempenho das atribuições públicas. É o conjunto de órgãos e funções instituídos e necessário para
obtenção dos objectivos do governo (Correia, 2012).

As autarquias são entidades dotadas de personalidade jurídica oriunda da administração indireta ou


descentralizada. É o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios para executar actividades típicas da administração pública, que requeiram, para o seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada (Silva, 2012).

As autarquias locais são pessoas colectivas publicas dotadas de órgãos representativos próprios que
visam a prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e
da participação do Estado (Lei no. 2/97, art. 1).

As autarquias locais são dotadas de poderes deliberativos para sua autogovernação, através dos seus
órgãos em uma assembleia em que estas funcionam com base nas competências atribuídas
judiciariamente (Cistac, 2009).

1.1. Autarquias

Para o filólogo Ferreira (1996): “Autarquia significa Entidade autônoma, auxiliar e descentralizada da
administração pública, sujeita à fiscalização e à tutela do Estado, com patrimônio constituído de recursos
próprios, e cujo fim é executar serviços de caráter estatal ou interessantes à coletividade, como, entre
outros, caixas econômicas e institutos de previdência.”

Para Silva, (1999), a Autarquia é uma “Palavra derivada do grego autos-arkhé, com a significação de
autonomia, independência, foi trazido para linguagem jurídica, notadamente do Direito Administrativo,
para designar toda organização que se gera pela vontade do Estado, mas a que se dá certa autonomia ou
independência, organização esta que recebeu mais propriamente a denominação de autarquia
administrativa.”
As autarquias são serviços criados por lei por uma entidade jurídica, para executar actividades típicas da
administração pública, para um funcionamento melhor, a partir de uma gestão administrativa e
descentralizada. Trata-se de pessoas jurídicas de Direito público de capacidade exclusivamente
administrativa (BRASIL, 2013).

1.1.1. Caraterísticas das autarquias

As autarquias são dotadas de uma capacidade de auto-administração, em que a sua principal função é
de prestar serviços públicos ou exercer outras actividades administrativa que implique poderes próprios
do Estado. É uma pessoa jurídica criada por uma lei especifica e que goza de uma autonomia de
autogovernação para o desenvolvimento economico e social da circunscrição territorial (Carvalho Filho,
2014).

A autarquia submete-se ao regime jurídico de gestão da administração direta, inclusive quanto a atos e
processos administrativos, licitações, contratações, bens, servidores públicos, responsabilização,
prestação de contas, imunidade tributária e prerrogativas processuais (Carvalho Filho, 2014).

E é composta por uma estrutura regimental aprovada por decreto. O seu quadro pessoal é composto por
cargos efetivos, organizados em carreiras (Carvalho Filho, 2014).

1.2. Autarquias locais

As autarquias locais são pessoas colectivas publicas dotadas de órgãos representativos próprios que
visam a prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e
da participação do Estado (Lei no. 2/97, art. 1).

Na organização democrática do Estado, o poder local compreende na existência de autarquias locais, em


que estas desenvolvem actividades no quadro da unidade do Estado e organiza-se com pelo respeito a
unidade do Poder político e do ordenamento jurídico (Lei no. 2/97, art. 1).

1.2.1. Autonomia das autarquias locais


A “autonomia local”, é ”o direito e a capacidade efectiva das autarquias locais regulamentarem e
gerirem, nos termos da lei, sob sua responsabilidade e no interesse das respectivas populações, uma
parte importante dos assuntos públicos”. Pressupõe, o direito, de participar na definição das políticas
públicas nacionais que afectam os interesses das respectivas populações locais; o direito de compartilhar
com o Estado o poder de decisão sobre as matérias de interesse comum e o direito de regulamentar, na
medida do possível, normas ou planos nacionais, de maneira a melhor adaptá-las às realidades locais
(Cistac, 2012).

Nisto, as autarquias locais gozam de uma autonomia administrativa, financeira e patrimonial, uma vez
que se autogoverna, em pratica de actos definidos em sua área de circunscrição territorial. Ela também
tem a capacidade de criar, organizar e fiscalizar os serviços destinados a assegurar a persecução das suas
atribuições, como forma autônoma da administração local. As autarquias locais também são capazes de
elaborar e aprovar os seus próprios planos de actividades e orçamento; elaborar as suas contas de
gerencias e dispor de suas próprias receitas, em outras palavras, as autarquias locais tem autonomia de
sustentar a si mesma através de planeamentos e gerencia de actividades do seu próprio território. Ela
deve subsistir através dos seus recursos e criar outros recursos para o progresso local (Lei no. 2/97, art.
7).

1.2.2. Autarquia Local Como Representação do Estado

As autarquias locais são controladas através dos Órgãos do Estado Local (o Governo Provincial ou
Governo Distrital), que tem por objectivo primordial garantir a realização de tarefas e programas
económicos, sociais e culturais de interesse local e nacional, observando a Constituição, as deliberações
da Assembleia da República e as decisões do Conselho de Ministros e dos órgãos do Estado de escalão
superior (Lei no. 2/97, art. 8). Esses órgãos Locais são tidos como representantes do Estado, uma vez
que, trata-se de uma forma indireta de Administração Pública pelo Estado (Carvalho Filho, 2014).

1.2.3. Tutela administrativa

A autonomia de que beneficiam as autarquias locais significa, igualmente, que não há relação de
subordinação hierárquica das autarquias locais ao Estado. Contudo, a não subordinação hierárquica não
significa que as autarquias locais se tornaram independentes do poder central. Por outras palavras, a
criação das autarquias locais não liberta o Estado da sua responsabilidade global sobre o país e o
funcionamento das diversas instituições constitucionalmente existentes (Cistac, 2009).

Nestas condições, a existência de um controlo do Estado sobre as autarquias locais é um elemento


constituinte do próprio processo de descentralização. Contudo, é necessário que este controlo seja
organizado de maneira a respeitar o princípio de autonomia consagrado pela própria Constituição
(Cistac, 2009).

A Lei organiza o controlo da actividade dos órgãos das autarquias locais pelos agentes do Estado através
da criação de um conjunto de meios e procedimentos designado pelo vocábulo de “tutela
administrativa”, de modo que elas não violem a legalidade dos actos administrativos a ser seguido tem
termos jurídicos. Porém, as autarquias também podem impugnar as ilegalidades das autoridades tutelar
caso eles tentem infringir a lei noexercício dos poderes de tutela em autarquias locais (Cistac, 2012).

1.3. Tipos de autarquias locais

De acordo com a lei no 2/97 art. 2 as autarquias podem ser categorizadas em municípios e povoações,
em que os municípios correspondem a circunscrição territorial das cidades e vilas, enquanto as
povoações, a circunscrição territorial da sede de posto administrativo.

1.3.1. Municípios

O município é o espaço territorial onde pode-se encontrar as cidades e vilas numa autarquia. É a
corporação estatal que tem por finalidade a administração de uma cidade ou vila (Silva, 1999). Os
municípios são dotados de poderes deliberativos, e a sua constituição interna por membros eleitos por
sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico dos cidadãos eleitores no respectivo círculo
eleitoral. Os municípios são compostos por uma Assembleia Municipal, Presidente do Conselho
Municipal e o Conselho Municipal (Lei no. 2/97, art. 2).

1.3.2. Povoações
As povoações, são autarquias locais designadas por postos administrativos, constituídos por uma
Assembleia da Povoação, Conselho da Povoação e Presidente do Conselho da Povoação. Como nos
municípios, as povoações são dotadas de poderes deliberativos, e a sua constituição interna por
membros eleitos por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico dos cidadãos eleitores
no respectivo círculo eleitoral (Lei no. 2/97, art. 64, 65,67).

1.4. Órgãos das autarquias locais

A administração das autarquias locais é confiada à dois tipos de órgãos: um órgão deliberante e
representativo: a assembleia municipal ou de povoação; e órgãos executivos: o conselho municipal ou de
povoação e o presidente do conselho municipal ou de povoação (Lei no. 2/97, art. 16).

1.4.1. Órgão deliberante

1.4.1.1. A Assembleia municipal ou de povoação

A assembleia municipal ou de povoação é o órgão representativo da autarquia local dotado de poderes


deliberativos; é a expressão concreta do multipartidarismo e do pluralismo ideológico ao nível da
autarquia local. Por outras palavras, é o fórum das correntes políticas e ideológicas existentes na
autarquia local (Cistac, 2012).

A assembleia municipal ou de povoação é eleita por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e
periódico por todos os cidadãos eleitores residentes na circunscrição territorial da autarquia local,
segundo o sistema de representação proporcional (Lei no. 2/97, art. 34).

O mandato dos membros da assembleia municipal ou povoação é de 5 anos (Lei no. 2/97, art. 37). A
Assembleia Municipal ou da Povoação é constituída por um número de membros proporcional a um
determinado número de eleitores residentes no respectivo círculo eleitoral (Correia, 2012).

No caso de Assembleia Municipal temos:


13 membros quando o número de eleitores for igual ou inferior a 20 000;

17 membros quando o número de eleitores for superior a 20 000 e inferior a 30 000;

21 membros quando o número de eleitores for superior a 30 000 e inferior a 40 000;

31 membros quando o número de eleitores for superior a 40 000 e inferior a 60 000;

39 membros quando o número de eleitores for superior a 60 000 (Lei no. 2/97, art. 36).

Nos municípios com mais de 100 000 eleitores, o número de 39 membros é aumentado mais 1 para cada
20 000 eleitores. O número de membros a eleger por cada autarquia local é divulgado pela Comissão
Nacional de Eleições com antecedência mínima de trinta dias da data do acto eleitoral (Lei no. 2/97, art.
36).

A Assembleia da povoação é composta por:

11 membros quando o número de eleitores for igual ou inferior a 3000;

15 membros quando o número de eleitores for superior a 3000 e inferior a 6000;

19 membros quando o número de eleitores superior a 6000 e inferior a 12000 (Lei no. 2/97, art. 68).

Nas povoações com mais de 12000 eleitores, o número de membros referido no terceiro “bullet”
descrito acima é aumentado para mais 1 para cada 2000 eleitores. Como nos municípios, a Assembleia
da povoação recebe um mandato de 5 anos (Lei no. 2/97, art. 68, 69).

1.4.1.2. Competências

As competências da assembleia municipal ou da povoação são, principalmente, definidas pelos artigos


45, 46, 77 e 78 da Lei n.º 2/97, de 28 de Maio. Pode-se agrupar estas competências em duas categorias:

A primeira consagra as competências que o órgão representativo exerce sozinho e de maneira exclusiva;
é o caso, em especial, das competências ligadas à organização e ao funcionamento interno da
assembleia (aprovação do regimento interno), competências ligadas às relações com outras entidades
(órgãos executivos da autarquia, órgãos do Estado e outras entidades públicas);
A segunda categoria de competências implica a intervenção ou a colaboração dos órgãos executivos para
a sua realização.

Com efeito, a iniciativa da acção municipal pode escapar à vontade exclusiva da assembleia municipal ou
de povoação e pertencer aos órgãos executivos da autarquia: conselho municipal (é o caso, em especial,
de matéria de aprovação de regulamentos autárquicos) e presidente do conselho municipal (por
exemplo, a determinação do número de vereadores pela assembleia municipal é feita sob proposta do
presidente do conselho municipal) (Cistac, 2012).

1.4.2. Os órgãos executivos da autarquia local

Os órgãos executivos das autarquias locais são constituídos pelo conselho municipal ou de povoação e
pelo presidente do conselho municipal ou de povoação (Cistac, 2012).

1.4.2.1. O conselho municipal ou de povoação

O conselho municipal ou de povoação é o órgão executivo colegial constituído pelo presidente do


conselho municipal ou de povoação e pelos vereadores por ele escolhidos e nomeados. O número de
vereadores é fixado pela assembleia da municipal ou de povoação sob proposta do presidente do
conselho municipal ou de povoação, de acordo com parâmetros estabelecidos por lei. Em especial, a lei
opera uma distinção entre duas categorias de vereadores: os vereadores em regime de permanência e
os vereadores em regime de tempo parcial (Lei no. 2/97, art. 49, 50, 53).

1.4.2.1.1. Competências

Cabe ao presidente do conselho municipal ou de povoação de definir quais são os vereadores que
exercem as funções em cada um dos dois regimes. Os vereadores respondem perante o Presidente do
Conselho Municipal ou de Povoação e submetem-se às deliberações tomadas por este órgão, mesmo no
que toca às áreas funcionais por si superintendidas. A periodicidade das reuniões e o procedimento de
adopção das deliberações do conselho municipal ou de povoação são definidos pelo regulamento
interno do respectivo órgão. Todas as competências do órgão executivo colegial da autarquia local são
estabelecidas pelos artigos 56 e 88 da Lei n.º 2/97, de 28 de Maio.
Pode-se distinguir vários tipos de competências:

as que têm como finalidade permitir a execução de determinadas tarefas ou programas (por exemplo,
executar as tarefas e programas económicos, culturais e sociais definidos pela assembleia municipal ou
de povoação);

as que visam apoiar o presidente do conselho municipal ou de povoação na realização das suas
actividades (por exemplo, o conselho municipal ou de povoação coadjuva o seu presidente na execução
das deliberações aprovadas pelo respectivo órgão da autarquia local: execução do orçamento e do
programa de actividades definido pela assembleia municipal ou de povoação);

as que têm por objecto organizar a sua participação na elaboração da gestão municipal (por exemplo,
apresentar à assembleia municipal ou de povoação os pedidos de autorização e exercer as competências
autorizadas nas matérias previstas pela lei);

e as de natureza normativa (por exemplo, o conselho municipal ou de povoação fixa regulamentarmente


um valor a partir do qual a aquisição de bens móveis depende de uma deliberação sua)(Cistac, 2012).

1.4.2.2. Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação

O presidente do conselho municipal ou de povoação dirige o conselho municipal ou de povoação. O


Presidente do Conselho Municipal ou de Povoação é o órgão executivo singular da respectiva autarquia
local. Ele é eleito por cinco anos, por sufrágio universal, directo, igual, secreto e pessoal, por escrutínio
maioritário uninominal em dois sufrágios, dos cidadãos eleitores recenseados e residentes na respectiva
circunscrição territorial (Cistac, 2009).

1.4.2.2.1. Competências

A lei vigente atribui numerosas competências ao presidente do conselho municipal ou de povoação.


Pode-se classificá-las em cinco grupos distintos:

as competências de direcção e de administração (por exemplo, a direcção e a coordenação do


funcionamento do conselho municipal ou povoação);
as competências de representação (por exemplo, o presidente do conselho municipal ou de povoação é
o representante legal da autarquia local);

as competências de execução e de controlo (por exemplo, o presidente do conselho municipal ou de


povoação é o principal responsável para a execução das deliberações da assembleia municipal ou de
povoação);

competências em matéria de nomeação dos vereadores e do pessoal administrativo;

as competências de substituição (por exemplo, no caso de situação de urgência, o presidente do


conselho municipal ou de povoação pode tomar actos no âmbito da competência do conselho municipal
ou de povoação(Cistac, 2012).

Além destas competências, o presidente do conselho municipal ou de localidade participa nas sessões da
assembleia municipal ou povoação, mas sem direito a voto. A presença do presidente do conselho
municipal ou de povoação às sessões da assembleia municipal ou de povoação visa, por um lado,
permitir a assembleia municipal ou de povoação de exercer a sua função de controlo sobre a actividade
do conselho municipal ou de povoação, e por outro lado, garantir a sua intervenção nos procedimentos
decisórios da assembleia municipal ou de povoação (Cistac, 2012).

É este quadro institucional que permite a expressão de uma autonomia político-administrativa que se
traduz no poder de desenvolver uma acção política própria (Correia, 2012).

II. Considerações finais

As autarquias são entidades jurídicas criadas por lei para servir o Estado, no desenvolvimento nacional. É
uma forma indireta de administração pública, em que os Estados através dos seus órgãos comandam ou
controla as actividades de desenvolvimentos dessas autarquias.

As autarquias locais funcionam como uma pessoa jurídica que dispõe de uma autonomia de
autogovernação. Com a capacidade autônoma na área administrativa, financeira e patrimonial, e que
todo bem localizado na autarquia local é usado para o desenvolvimento da circunscrição territorial local.

As autarquias locais são categorizadas em dois tipos a destacar: Municípios (podendo ser vilas ou
cidades) e Povoações (os postos administrativos), em que, os municípios como as povoações são
compostas por seus respectivos órgãos a destacar a Assembleia, o Conselho e o Presidente antártico
local (do município ou povoação).
As autarquias são compostas por dois tipos de órgãos, onde um é o órgão deliberante (a Assembleia,
seja municipal ou de povoação) e um órgão representativo (que é o órgão executivo local, que é o
Conselho Municipal ou de povoação e o seu respectivo presidente). Tanto nas Assembleias, nos
Conselho e no presidente eleito, para cada órgão lhe são atribuídas competências em termos da lei em
vigor (Lei no 2/97, 28 de Maio).

III. Referências bibliográficas

2013. Direito administrativo. Rio de Janeiro : Brasil Concursos, 2013.

Carvalho Filho, José dos Santos. 2014. Manual de direito administrativo. São Paulo : Editora Atlas, 2014.

Cistac, Gilles. 2012. MOÇAMBIQUE: Institucionalização, organização e problemas do poder local. Maputo
: Universidade Eduardo Mondlane, 2012.

Cistac, Gillles. 2009. O Direito Administrativo em Mocambique. Maputo : HOTEL CARDOSO, 2009.

Correia, Servolo. 2012. Modulo de direito administrativo. Lisboa : IPM, 2012.

Ferreira, Aurélio Buarque. 1996. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Hollanda : Editora Nova ,
1996.

Lei no. 2/97, de 28 de Maio.

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