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A violação da linguagem

Não pode haver justiça quando as palavras são usadas em sentido perverso. Quando os
significados podem ser invertidos e o mundo virado de ponta cabeça. Nenhuma ideologia pode
transformar uma mentira em verdade. Nenhuma alegação especial vai abalar o eixo da terra.
As Leis Universais prevalecem.

Em sua obra 'A Quarta Teoria Política', Alexander Dugin diz algumas coisas profundas, que
precisam ser conhecidas (mesmo por alguém que se opõe a sua convocação pela destruição
dos EUA). “Na política pós-antropológica”, ele escreve, “tudo é invertido: lazer e trabalho (a
ocupação mais séria, verdadeiro trabalho, éassistir televisão), conhecimento e ignorância... Os
papéis tradicionais macho e fêmea estão invertidos. Ao invés de serem anciãos estimados e
experientes, os políticos são escolhidos por sua juventude, glamour, aparência e inexperiência.
Vítimas se tornam criminosos e vice versa...”

Dugin vê corretamente que um tipo de inversão tem acontecido. E esta inversão é fundamental.
É um sintoma de enorme transformação dentro da alma. A humanidade, como era, tinha dois
polos. E estes polos estão sendo desorganizados, negados e invertidos. Tão estranho como
possa parecer, ao escrever sobre o equilíbrio de poder entre os dois grandes atores bipolares
(Rússia e América), estamos agora acostumados a negar a bipolaridade que simplesmente
promete o inverso da mesma polaridade. Isto pode ter a ver com neurose em massa e a
negação da morte, ou é o resultado de algum processo alquímico sinistro.

Na semana passada a Suprema Corte dos EUA validou o casamento gay como direito a nível
nacional. Deixando de lado o nonsense que perpassa o debate em ambos os lados desta
questão, a coisa mais perturbadora é que o casamento é agora definido sem considerar o
masculino e o feminino. De acordo com os ensinamentos da maioria das tradições espirituais,
gênero é um princípio universal que tem a ver com regeneração. Apenas a união de masculino
e feminino tem significado regenerativo. O juiz Kennedy rejeitou esta ideia quando escreveu:
“Na formação de uma união matrimonial, duas pessoas tornam-se algo maior do que foram
certa vez. Como alguns requerentes nestes casos demonstraram, o casamento personifica um
amor que pode resistir até mesmo além da morte. Seria interpretar mal estes homens e
mulheres dizer que eles desrespeitam o casamento. Seu apelo é que de fato o respeitam,
respeitam tão profundamente que buscam encontrar sua realização para eles próprios”.

Mas meritíssimo juiz Kennedy, a realização do casamento se efetiva em crianças. E tal como o
juiz Roberts, que argumentou que a decisão da Corte era um curto-circuito no processo
democrático, receio que mesmo que a maioria vote a favor do casamento gay isto não tornará
possível que homens produzam descendência sem mulheres. Tudo o que tais decisões ou
votos podem fazer é eliminar a definição prévia da palavra “casamento”, que o dicionário de
meu avô, o Webster's International Dictionary de 1943, define assim:

“casamento, n.1 Estado de estar casado, ou estar unido a uma pessoa do sexo oposto como
marido ou esposa; também a relação mútua entre marido e esposa; abstratamente, a
instituição pela qual homens e mulheres são unidos num tipo especial de dependência legal,
para o propósito de fundar e manter uma família”.

Como você pode ver, a Suprema Corte violou a língua inglesa, isto é, a Corte assumiu um
poder que nenhuma autoridade governamental pode, com prudência, assumir. É o poder mais
arbitrário imaginável; pois a Suprema Corte pode agora dizer que “em cima” é “em baixo”, e
que “preto” é “branco”. Não podemos dizer o que tal Corte fará a seguir, pois agora é certo que
nenhuma propriedade está segura, nenhum contrato está protegido. Qualquer coisa pode
acontecer. Não somos mais governados por leis, pois leis são feitas de palavras e agora, a
partir deste momento, as palavras são feitas de nada, não possuindo significado intrínseco.
São apenas sons, com significados que podem ser atribuídos e reatribuídos politicamente. Foi
isto que nossa Suprema Corte fez, e ao fazê-lo, transformou toda a lei em algaravia. E isto,
sustento, é a coisa mais perigosa de todas. Não é apenas o casamento que tem sido
debilitado. É o estado, a Constituição, a língua inglesa e a sensatez pública. Esta, na verdade,
é a mesma prática que aparece na neutralização de nosso poder militar e econômico. É um
sintoma de uma dissolução interna, um colapso do instinto e um declínio na anarquia. O que
tenho escrito estes muitos anos nunca foi primariamente a respeito da ameaça de Rússia ou
China. Meus textos têm sido a respeito da progressiva falsificação da realidade, auto engano
nacional e corrupção que servem ao nosso declínio social. Simplesmente selecionei os
elementos mais claramente suicidas em nosso auto engano nacional como temas principais. A
mesma linguagem distorcida que usamos para referirmo-nos a inimigos como “parceiros” é aqui
replicada em nosso uso do termo “casamento homossexual”.

Os inimigos da América podem ver isto. Eles o revelam, apesar de suas sociedades estarem
repletas de perversão. Os russos foram os primeiros a serem vitimizados por líderes insanos.
Lênin e Stalin foram psicopatas que modelaram o estado russo de acordo com seu próprio
distúrbio mental. Porém, os americanos nunca foram governados por Lênin ou Stalin. Então,
qual a nossa desculpa? Como chegamos a algo que é pior que o leninismo ou o stalinismo?
Pois a maldade de ditadores é algo que podemos relatar. É uma velha história, remontando
aos césares. Mas um mal que inverte a realidade, que viola a linguagem e falsifica conceitos
fundamentais, não é um mal que possa ser entendido da mesma maneira. Trata-se uma
perversão espiritual que nos conduz às portas do oculto; a algo não visto, a algo conectado
com as artes sombrias.

No dia da decisão fatídica o juiz Scalia observou: “O que realmente surpreende é a arrogância
do golpe judicial de hoje. Estes juízes sabem que limitar o casamento a um homem e uma
mulher é contrário à razão; eles sabem que uma instituição tão antiga como o próprio governo,
e aceita por cada nação na história até quinze anos atrás, não pode ser apoiada por outra
coisa a não ser ignorância e intolerância. E eles estão querendo dizer que cada cidadão que
não concorda com isso, que adere ao que era, até quinze anos atrás, o juízo unânime de todas
as gerações e todas as sociedades, fica contra a Constituição”.

Este novo conhecimento, que ataca o dicionário inglês, que ataca o próprio fundamento da
legalidade, significa a destruição de toda lei. A Suprema Corte dos EUA cometeu um ato de
desconsideração, de desagregação, de auto eliminação. Esta decisão não diz respeito
realmente à questão da tolerância e intolerância a determinada minoria. Esta questão apenas
nominalmente diz respeito a homossexuais. Na verdade, a comunidade gay tem sido usada
como um joguete político para realizar um tipo de alquimia sinistra. Agora, a partir deste ponto,
qualquer violência poderá ser cometida a qualquer um. Cada uma das várias causas pode ser
ativada contra as outras; pois que reservas tem a lei agora? Que reverência? Que
credibilidade? Perdeu o senso de suas próprias palavras, decaindo em insanidade por si.

Não pode haver justiça quando as palavras são usadas em sentido perverso. Quando os
significados podem ser invertidos e o mundo virado de ponta cabeça. Nenhuma ideologia pode
transformar uma mentira em verdade. Nenhuma alegação especial vai abalar o eixo da terra.
As Leis Universais prevalecem. O niilista que nega esta lei é o arauto de sua própria
destruição. A sociedade que saúda este niilista, que o eleva à Suprema Corte, que elege
congressistas e presidentes deste tipo, não pode ser salva.

Em defesa da linguagem
“Eu e meu público nos entendemos perfeitamente. Eles não ouvem o que digo, e eu não digo o
que eles desejam ouvir”.
Karl Kraus

Há tanta coisa acontecendo bem agora, com um possível terremoto financeiro na Europa, que
estamos todos sujeitos a focar os efeitos ao invés das causas. Por muitos anos tenho me
perguntado porque tantas pessoas inteligentes e aparentemente responsáveis são de algum
modo incapazes de entender nossa falência coletiva. Suspeito que se deva a uma indecente
preferência por atalhos intelectuais.

Em Reflexões Autobiográficas, de Eric Voegelin, encontramos um tributo a Karl Kraus (foto).


Escreveu Voegelin: “Seu trabalho... deve ser entendido no contexto da fantástica destruição da
linguagem alemã durante o período Imperial da Alemanha após 1870”. Hoje tendemos a
associar nosso presente declínio às inovações da década de 1960, ou aos efeitos malignos dos
totalitarismos de 1920 e 1930. Mas não, a degeneração real iniciou-se muito antes. Os males
dos dias modernos não emergiram do nada. A Era Dourada do capitalismo liberal foi a
verdadeira origem de nossa atual decadência – o terreno de nossos empreendimentos mais
malignos. Aqui está o início da corrupção de toda linguagem, todo pensamento, todo espírito.
“Quem recusa todo compromisso de linguagem”, disse Kraus, “recusa todo compromisso de
causa”.

Devemos aprender com o fato de que a sociedade burguesa deu nascimento ao socialismo a
partir das concepções de seus próprios filhos e estudantes, que sempre o nutriram. Mas isto é
apenas meia verdade. Os filhos alienados da burguesia, educados em grau perigosamente
alto, descobriram um profundo antagonismo entre a respeitabilidade da vida burguesa e o
escândalo do pensamento independente. “O pensamento é uma criança mimada”, escreveu
Kraus. “Na vida de classe média alguém encontra-se apenas com a opinião”. Entretanto, o
garoto supereducado despreza seu pai empresário. O filho educado do homem trabalhador
torna-se um revolucionário chamado “Stalin”. A educação torna-se um veneno para muitas
pessoas; pois todos que são educados são, na verdade, educados pela metade. E o que
poderia ser mais perigoso?

Este envenenamento da mente, como fruto da prosperidade e educação da classe média, tem
conduzido a civilização ao fiasco do intelectual. Seres humanos, geralmente, não são
pensadores competentes. Tendemos em direção à incompetência, e a excelência intelectual
amplamente consiste em momentaneamente superar esta incompetência. Neste contexto,
entretanto, permita-nos considerar a seguinte trajetória: a saber, que os intelectuais
enamoraram-se pelo darwinismo, pelo marxismo e abraçaram a psicanálise. E como observou
Karl Kraus, “a psicanálise é a doença mental da qual ela pretende ser a cura”. Podemos dizer
também que o marxismo é a opressão política da qual pretende ser a salvação? E não falhou o
homem em evoluir em dignidade desde A Origem da Espécies de Charles Darwin?

A degeneração de nossa linguagem moderna origina-se em nossa preferência por ideologias e


ciências fraudulentas. Aqui são encontrados os fundamentos de nossa falsa consciência.
Voegelin diz-nos que Karl Kraus resistiu à ideologia devido a ela ser a destruidora da
linguagem, “quando o pensador ideológico perde o contato com a realidade e desenvolve
símbolos para expressar não a realidade, mas seu estado de alienação dela”. Para combater
isto precisamos restaurar a linguagem evitando o modismo do atalho intelectual. Mas isto não é
fácil, pois as pessoas desejam uma fórmula. Elas desejam ouvir as cadências de Adolf Hitler:
“Um povo, um império, um líder”. Elas preferem as nítidas linhas divisórias do conflito de
classes, de pobres contra ricos, de nós contra eles. Julien Benda chamou a isto de “a traição
dos intelectuais” na qual tudo é focado na organização do ódio político.

Estamos tornando-nos insanos e o politicamente correto está na raiz de nossa insanidade. Esta
é uma verdade simples que parecemos incapazes de confrontar. A sociedade está
gradualmente perdendo contato com a realidade, e o indivíduo está perdendo contato com a
realidade, porque nossos líderes estão abusando da linguagem a fim de inverter a realidade.
As coisas devem, mais uma vez, ser chamadas por seus nomes adequados. A progressiva
desintegração de nossa sociedade não pode ser entendida sem primeiro compreendermos as
consequências de nossa degeneração (ou violação) da linguagem. “O fenômeno de Hitler não
se esgota em sua pessoa”, escreveu Voegelin. “Seu sucesso deve ser entendido no contexto
de uma sociedade intelectualmente e moralmente arruinada na qual personalidades que de
outro modo seriam grotescas figuras marginais, podem alcançar o poder público porque
soberbamente representam as pessoas que as admiram. Esta destruição interna da sociedade
não terminou com a vitória aliada sobre os exércitos alemães na Segunda Guerra Mundial, mas
ainda continua”.

Não houve vitória real para a civilização em 1945. E a Alemanha não foi unicamente a culpada
prévia a 1945. Toda a espécie humana civilizada está implicada num desastre que ainda
continua. A destruição de nossa vida intelectual e espiritual continua ainda hoje, apenas
falhamos em reconhecer os sintomas. Como Voegelin explicou mais de um quarto de século
atrás, “não há ainda fim à vista na medida em que diz respeito à desintegração da sociedade, e
consequências que podem surpreender são possíveis.

Simplesmente olhe a sua volta. Nosso mundo é um mundo em que homens são mulheres e
mulheres são homens, no qual jovens sabem melhor que idosos, no qual princípios ancestrais
são solapados por novos princípios mal madurecidos. O que era anteriormente vergonhoso
agora é enobrecido. O que era anteriormente imoral, é agora moral. Nietzsche certa vez
descreveu o desenlace da antiguidade como “Nero no trono e Deus na cruz”. Parece que o
final de nossa civilização está tendendo na mesma direção.

JE F FR E Y N Y Q U I S T

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