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CONTEÚDO
Manual do Curso
02/03/2015 Revisão: 00 Página 1 de 54
Entendendo Direitos Políticos
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Entendendo Direitos Políticos
1 DIREITOS POLÍTICOS
Os direitos políticos consistem no conjunto dos direitos atribuídos ao cidadão, que lhe permite a
participação do processo político e na vida política do Estado.
Os direitos políticos são as formas de expressão da soberania do povo, compreendendo:
- o direito de sufrágio (direito de voto direto, secreto, com valor igual para todos, nas
eleições, plebiscitos e referendos);
- o direito de subscrever projeto de lei de iniciativa popular (art. 61, § 2º, da CF);
- o direito de organizar partidos políticos e de participar de atividades político-partidárias;
- o direito de ser votado.
Entretanto, o núcleo central dos direitos políticos engloba o direito de votar, denominado
capacidade eleitoral ativa, e o direito de ser votado, denominado capacidade eleitoral passiva.
Cancelamento de naturalização por sentença transitada em julgado (CF, art. 15, I) – necessita
de uma ação judicial ajuizada pelo Ministério Público Federal.
Perda da nacionalidade (salvo nos casos:
(a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
(b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em
Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o
exercício de direitos civis (CF, art. 12, §4º, I e II).
Até a edição da Lei nº 8.239/91, que regulamentou a prestação do serviço militar alternativo,
os indivíduos que se recusavam a cumprir o serviço militar obrigatório recebiam anotação de
PERDA em situação ATIVO na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos; quando
possuíam inscrição no Cadastro Nacional de Eleitores, anotava-se também o código ASE 329.
Tais anotações permanecem registradas no Sistema Elo até que sejam regularizadas, passando
à situação INATIVO.
Para regularizar esses casos de PERDA registrados antes da Lei nº 8.239/91, é necessário
seguir os procedimentos previstos na RC-04 (item 19.2.3) ou na página da Corregedoria /
Pesquisa por assunto / Direitos políticos – pesquisar / Orientações.
(EXEMPLO 0)
ATENÇÃO:
Quando há o registro ativo de perda na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos,
mesmo que o indivíduo já tenha 45 anos ou mais, terá que cumprir todas as etapas.
(EXEMPLO 1)
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Tanto a condenação criminal por pena privativa de liberdade, como restritiva de direitos ou de
multa implicam a suspensão dos direitos políticos.
(EXEMPLOS 5, 6 e 7)
Livramento condicional (art. 83 do CP) e suspensão condicional da pena (sursis – art. 77 do CP)
ensejam suspensão de direitos políticos, já que somente quando expirado o período de prova,
com a extinção da pena, é que haverá o restabelecimento dos direitos políticos suspensos.
A decisão que impõe medida de segurança, não obstante tratar-se de sentença absolutória
imprópria, ostenta natureza condenatória, atribuindo sanção penal, razão por que enseja
suspensão de direitos políticos, nos termos do art. 15, III, da Constituição Federal (Res. TSE nº
22.193/2006).
(EXEMPLO 7-A)
A suspensão de direitos políticos incide também sobre condenação por prática de contravenção
penal (Acórdão TSE nº 13.293/1996).
Não incide a suspensão dos direitos políticos aos que estão presos provisoriamente:
- prisão temporária (Lei nº 7.960/89)
- prisão preventiva (art. 312 do CPP)
- prisão em flagrante (art. 302 do CPP)
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Não se anotará o código ASE 337 quando houver apenas pena de advertência, porque a
execução se exaure no próprio ato.
A suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei nº 9.099/95) e a transação penal (art. 76 da
Lei nº 9.099/95) NÃO ensejam suspensão de direitos políticos, tendo em vista tratarem-se de
institutos despenalizadores, cuja aceitação não importa reconhecimento de culpa, não gera
antecedentes e evita o desencadeamento de ação penal.
(EXEMPLO 8)
As varas costumam encaminhar comunicações que NÃO geram anotação de ASE, tais como:
- arquivamento de inquérito
- impronúncia
- rejeição de denúncia
- absolvição (quando não houve anotação da condenação)
A recusa de cumprir obrigação a todos imposta, desde que fundamentada em motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política (CF, art. 5º, VIII), é a denominada escusa de
consciência, que possibilita o cumprimento de prestação alternativa fixada em lei (Lei nº
8.239/91).
Entre as obrigações legais a todos impostas destacam-se o exercício da função de jurado e a
prestação de serviço militar.
A suspensão dos direitos políticos perdurará até o cumprimento da obrigação ou da prestação
alternativa.
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Ficam suspensos os direitos políticos dos brasileiros que optarem, em Portugal, pelo Estatuto de
Igualdade (Decreto nº 3.927/2001), quando incluir o gozo de direitos políticos.
(EXEMPLOS 15 e 16)
3.6 Conscrição
A conscrição não constitui suspensão de direitos políticos, mas sim, suspensão da inscrição
eleitoral, tendo em vista o impedimento ao exercício do voto (CF, art. 14, § 2º).
A conscrição se encerra com o licenciamento (exclusão do praça do serviço ativo de uma Força
Armada após o término do tempo de serviço militar inicial, com sua inclusão na reserva) ou o
engajamento (prorrogação voluntária do serviço militar, cujo período não é abrangido pela
conscrição).
4 FECHAMENTO DE CADASTRO
Em anos eleitorais, no período de fechamento do Cadastro (150 dias antes do 1º turno até a
reabertura), os códigos ASE 043, 337, 540, 388 e 426 deverão ser anotados na opção
CONTROLE / ASE / COLETIVO (OFF-LINE).
O código ASE 370 só pode ser digitado após a reabertura do Cadastro.
Deverão ser verificados os relatórios de digitação dos lotes em RELATÓRIO / PROCESSAMENTO /
ASEs DIGITADOS (OFF-LINE), a fim de se detectar possíveis incorreções ou duplicidades nas
anotações.
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Quando o histórico do eleitor tiver mais de um código ASE 337, no momento da digitação do
código ASE 370, é necessário selecionar, na setinha, o código ASE 337 a que ele se refere.
(EXEMPLO 17)
Os Históricos Penais da VEP são uma ferramenta importante para a análise e retificações do
histórico dos eleitores no Sistema Elo, principalmente nas situações abaixo:
quando códigos ASE tiverem sido digitados com incorreção ou imprecisão;
quando houver dúvida a respeito da eventual extinção da punibilidade.
(EXEMPLO 19)
Deverão ser solicitados por e-mail, um para cada apenado, contendo NOME / FILIAÇÃO / DATA
DE NASCIMENTO / RG.
OBS.: É imprescindível o nº do RG, sem o qual a VEP não pode acessar o sistema.
Histórico Penal com datas diferentes de sentença de extinção para PRD e PP a data da
regularização será a da extinção da pena que houver ocorrido por último.
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(EXEMPLO 20)
Histórico Penal com inscrição da multa em dívida ativa a inscrição não poderá ser
regularizada.
(EXEMPLO 21)
OBS.: Até janeiro de 2012, as inscrições canceladas também recebiam registros na Base de
Perda; o Provimento nº 18/2011-CGE regulamentou as alterações no Sistema Elo que
permitiram que as inscrições canceladas passassem a receber os códigos ASE 043 e 337 (Aviso
CRE nº 8/2012).
(Procedimentos na RC-13)
(EXEMPLO 24)
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Para preservar o direito de voto dos eleitores cuja inscrição esteja cancelada, com código ASE
540 ativo, o Provimento CGE nº 6/2007 disciplinou procedimento que consta do Aviso CRE nº
48/2007:
- novo alistamento e anotação do código ASE 540 na nova inscrição após o processamento
do RAE;
- cancelamento da inscrição anterior por código ASE 450
(Procedimentos na RC-13)
(EXEMPLO 24-A)
Ocorrem por falha na consulta e inobservância do link azul que aparece na tela (exceção para
os casos em que há divergência nos dados cadastrais).
O link azul deverá ser acessado, pois só a partir de sua abertura é que será possível verificar se
o registro está ativo ou inativo.
(EXEMPLO 25)
(Procedimentos na RC-33)
10 INELEGIBILIDADE
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A Lei de Inelegibilidade, com as adições promovidas pela Lei da Ficha Limpa, além de sublinhar
as inelegibilidades constitucionais, elenca as inelegibilidades originárias de sanções de
natureza penal, civil, eleitoral, disciplinar ou administrativa aplicáveis a qualquer cargo ou
função pública e privada. O seu intento foi estabelecer, de maneira objetiva, cumprindo
determinação expressa no art. 14, § 9º da Constituição Federal, critérios definidores de
inelegibilidade, condizentes com a probidade administrativa e a moralidade eleitoral (art. 1º,
inciso I).
No tocante às causas de inelegibilidade originárias do exercício do mandato, cargo ou função
pública, estabelece, a partir do inciso II do mesmo artigo, os prazos em que elas podem ser
afastadas mediante desincompatibilização do agente público (afastamento definitivo ou
temporário do mandato, cargo ou função pública de que é titular no prazo previsto em lei para
concorrer a mandato eletivo).
As restrições previstas na LC nº 135/2010 incidem sobre todas as hipóteses nela contempladas,
ainda que não tenha sido declarada a inelegibilidade nos próprios autos, por não se constituir
em uma sanção ou pena.
As hipóteses em que ocorre a cominação da inelegibilidade nos próprios autos são apenas as
oriundas de decisões proferidas em sede de investigação judicial para apurar uso indevido,
desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de
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a) OS INALISTÁVEIS E OS ANALFABETOS;
(EXEMPLO 25-A)
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d) ABUSO DO PODER ECONÔMICO OU POLÍTICO – os que tenham contra sua pessoa representação
julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual
concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes;
A incidência dessa alínea requer apenas a existência de “representação julgada procedente
pela Justiça Eleitoral”, na qual tenha sido apurado abuso de poder. Essa “representação” é a
AIJE prevista no art. 22 da LC nº 64/90.
Presta-se à defesa da normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou político.
A inelegibilidade não decorre apenas do trânsito em julgado da decisão, incidindo também nas
decisões proferidas por órgãos colegiados.
(EXEMPLO 25-B)
Essa hipótese não se aplica aos crimes culposos, de menor potencial ofensivo (crimes para os
quais a lei comine pena máxima não superior a dois anos ou multa) ou de ação penal privada
(aquela em que a legitimidade para agir é conferida ao particular ofendido) – LC nº 64/90, art.
1º, § 4º.
O TSE decidiu que o Tribunal do Júri caracteriza-se como órgão colegiado, para os fins da
inelegibilidade prevista na alínea “e” (REspe nº 61103 – 13/08/2013).
As anotações de inelegibilidades decorrentes da alínea “e” deverão ser anotadas quando a
extinção da punibilidade tiver como motivo CUMPRIMENTO, INDULTO ou PRESCRIÇÃO DA
PRETENSÃO EXECUTÓRIA (perda do direito de executar a pena após condenação criminal
transitada em julgado).
Quando a extinção da punibilidade for por prescrição da pretensão punitiva (perda do direito de
punir) não enseja a anotação de inelegibilidade, tendo em vista que, nesses casos, não houve
sequer condenação criminal (RO 432680 – julgamento 20/10/2010).
(EXEMPLO 29)
As comunicações de extinção de punibilidade por cumprimento de medida de segurança
também não ensejam a anotação de inelegibilidade.
(EXEMPLO 30)
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g) REJEIÇÃO DE CONTAS – os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções
públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade
administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa
ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes,
contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição
Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido
nessa condição;
Não é exigida a prévia condenação do agente por ato de improbidade administrativa, nem que
haja ação de improbidade em curso na Justiça Comum. É da Justiça Eleitoral a competência
para apreciar essa matéria e qualificar os atos que lhe são apresentados. Portanto, é a Justiça
Especializada que dirá se a irregularidade apontada é insanável, se configura ato doloso de
improbidade administrativa e se constitui ou não inelegibilidade.
A competência da Justiça Eleitoral concentra-se em verificar: (a) existência de prestação de
contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas; (b) julgamento e rejeição das
contas; (c) presença de irregularidade insanável; (d) caracterização dessa irregularidade como
ato doloso de improbidade administrativa; (e) existência de decisão irrecorrível do órgão
competente para julgar as contas; (f) se a inelegibilidade encontra-se suspensa em razão de
liminar ou antecipação de tutela concedidas pela Justiça Comum.
O TSE tem entendido como hipóteses de irregularidades insanáveis aptas a gerar a
inelegibilidade da alínea “g”, que valem como exemplos:
a) a não observância do limite previsto no art. 29-A da Constituição Federal e o
descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (AgR-REspe nº 38567 – 25/04/2013);
b) o descumprimento da Lei de Licitações (AgR-REspe nº 5620 – 18/12/2012);
c) a aplicação dos recursos do FUNDEF na remuneração dos professores em percentual
inferior ao disposto na Lei n 9.424/96 (REspe nº 10182 – 11/12/2012);
d) pagamento irregular de verbas de gabinete (AgR-REspe nº 9180 – 30/10/2012);
e) a retenção e repasse a menor das contribuições previdenciárias do INSS (Embargos de
Declaração em REspe nº 56618 – 30/10/2012);
f) a omissão em prestar contas de recursos federais repassados ao município por meio de
convênio (AgR-REspe nº 34193 – 11/11/2008);
g) a falta de recolhimento de encargos sociais, ausência de conciliação contábil, realização de
despesas sem documentação ou não justificadas, abertura de crédito acima do autorizado
em orçamento, quebra cronológica de pagamento de precatórios (AgR-REspe nº 36679 –
04/05/2010);
h) a omissão no dever de prestar contas, nos termos do art. 11, IV, da Lei nº 8.429/92 (AgR-
REspe nº 10162 – 06/11/2012).
Toda vez que o Tribunal de Contas aprecia o resultado referente à execução orçamentária do
município, de caráter meramente político, ele se limita a emitir parecer prévio, hipótese em que
o julgamento é da Casa Legislativa propriamente dita, porque essa decisão é política. Por
conseguinte, o órgão competente a que se refere a lei de inelegibilidades, neste particular, é o
Congresso Nacional, ou a Assembleia Legislativa, ou a Câmara Municipal. É essa decisão que
vai gerar a inelegibilidade de que trata a alínea “g”.
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Por outro lado, quando o Tribunal de Contas examina a execução da despesa pública, no
julgamento das contas de gestão dos Prefeitos, ou seja, esse ato de ordenação de despesa
realizado direta e individualmente pelo Chefe do Executivo Municipal, profere julgamento das
contas, aprovando-as ou rejeitando-as. Neste caso, não emite parecer prévio, mas profere um
julgamento, porque é dele a competência para o juízo definitivo, nesta instância, a respeito das
contas de tal natureza.
Em conclusão, o órgão competente, de cuja decisão irrecorrível de rejeição das contas resulta a
inelegibilidade aqui examinada, é a Casa Legislativa correspondente (quanto à execução
orçamentária) e o Tribunal de Contas (quanto à realização das despesas).
Se as contas forem rejeitadas por irregularidades na gestão do orçamento, a inelegibilidade
conta-se a partir da decisão da Casa Legislativa que confirmar o parecer prévio do TC; e se a
rejeição basear-se em irregularidades de administradores e responsáveis pela ordenação de
despesas, ou seja, as contas de gestão por ato individual dos Prefeitos, a decisão irrecorrível do
TC é termo inicial para a contagem dos oito anos de impedimento.
O Prefeito, principalmente nos pequenos e médios municípios, em geral acumula as funções de
executor do orçamento e ordenador de despesas. Assim, o Prefeito pode ser julgado
diretamente pelo Tribunal de Contas como ordenador de despesas e, ainda, pela Câmara
Municipal, como executor do orçamento. Isso não ocorre nas esferas estadual e federal, em que
os chefes do Executivo não ordenam despesas, zelando apenas pela execução geral do
orçamento.
As alíneas “d” e “h” têm como parâmetro o mesmo fato gerador: abuso do poder econômico e
político. A diferença básica é o sujeito destinatário da norma eleitoral. O sujeito da alínea “d” é
qualquer pessoa, agente público ou não, enquanto da alínea “h” é apenas o detentor de cargo
na administração pública direta, indireta ou fundacional.
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condenado, em decisão definitiva ou proferida por órgão colegiado, por captação ilícita de
sufrágio (art. 41-A), captação e gastos ilícitos de recursos para fins eleitorais (art. 30-A) ou
conduta vedada aos agentes públicos (arts. 73, 74, 75 e 77) sofre os efeitos da inelegibilidade.
Somente incidirá a inelegibilidade quando a sanção implicar cassação do registro ou do
diploma, e não apenas multa.
Trata-se da proteção da moralidade e probidade para o exercício das funções públicas eletivas.
A inelegibilidade se estende pelo prazo de 8 anos a contar da eleição em que se deu o ilícito
eleitoral.
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O TSE tem entendido ser necessária a ocorrência cumulativa de enriquecimento ilícito e lesão
ao erário (RO nº 229362 – 20/06/2011).
p) DOAÇÃO ELEITORAL ILEGAL – a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por
doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o
procedimento previsto no art. 22;
A alínea “p” traz hipótese de inelegibilidade para as pessoas físicas e dirigentes de pessoas
jurídicas que efetuaram doação eleitoral acima do limite previsto na Lei nº 9.504/97 (10% para
as pessoas físicas e 2% para as pessoas jurídicas, tomando-se como base de cálculo seu
rendimento ou faturamento bruto no ano anterior ao da eleição).
A apuração dessa infração se dá por representação ofertada à Justiça Eleitoral no foro do
domicílio do doador, no prazo máximo de 180 dias contados da diplomação dos eleitos,
observado o procedimento do art. 22, da LC nº 64/90.
Incide na decisão transitada em julgado ou prolatada por órgão colegiado da Justiça Eleitoral.
A alínea não exige que os dirigentes das pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais
irregulares integrem a relação processual da representação. A inelegibilidade não atinge a
pessoa jurídica condenada na representação, mas, sim, seus dirigentes.
(TSE – AgR-REspe – 40669/SP – Acórdão de 07/05/2013)
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BIBLIOGRAFIA
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FILHO, Marino Pazzaglini. Lei de inelegibilidade comentada. São Paulo: Atlas, 2014. 139 p.
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GUILHERME, Walter de Almeida; KIM, Richard Pae; SILVEIRA, Vladmir Oliveira da -
coordenadores. Direito eleitoral e processual eleitoral: temas fundamentais. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2012. 415 p.
ZILIO, Rodrigo López. Direito eleitoral. 4ª ed., rev. e atual. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2014.
630 p.
COMPONENTES DA SEDIPO:
- Maria Cristina Werneck de Souza Salgado
- Priscila Barroso de Souza
- Renata Vieira Duarte
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