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O REINO DE DEUS

O Reino de Deus é a mensagem central de Jesus.

O ANÚNCIO DO REINO DE DEUS POR INTERMÉDIO DE JESUS

A atividade de Jesus gira em torno de um conceito fascinante. Tudo se relaciona


com ele e tudo provém dele. Esse centro é a basiléia tou theou, o reino de Deus. Para
compreender o conteúdo dessa concepção, procuraremos dar uma visão geral do uso e
da procedência desse termo.

O CONCEITO “REINO DE DEUS, NA PREGAÇÃO DE JESUS E EM SEU


AMBIENTE

I. Nos sumários da pregação de Jesus

Cada evangelista procura sintetizar, em um sumário, o que Jesus defendia em


seu ensino. Marcos o formula assim em 1.14ss: “Anunciava o evangelho de Deus
dizendo: O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; arrependei-vos e
crede no evangelho.” Nessa formulação há muita terminologia da comunidade. A
pregação inaugural de Jesus em Nazaré, com a qual Lucas introduz sua pregação, em
4.18-21, está muito mais estilizada pela situação da comunidade. Conclui com a formula
também empregada por Mateus: “Ele anunciava o evangelho do reino” (Lc 4.43; 8.1;
Mt 4.23; 9.35). Por seu turno, o breve sumário de Mt 4.17, repetido em 10.7,
terminologicamente não vai além dos dias de Jesus: “Volvei; pois o reino dos céus se
aproximou!” Com as mesmas palavras o evangelista resume em 3.2, a pregação do
Batista. Quer acentuar, dessa maneira, o que há de comum; a diferença é indicada por
meio das citações a Escritura que acrescenta (3.3; 4.15ss.). Sob o ponto de vista
histórico, a pregação do Batista se orientava ma vinda do “que há de vir”; a de Jesus no
entanto, se orientava na vida do domínio de Deus.

II. Variantes do conceito

Em Mateus , e só nele, além do evangelho judaico cristão dos nazarenos; amiúde


é falado do “reino dos céus”. A tradição paralela demonstra que a locução é
tematicamente idêntica a “reino de Deus”. É proveniente de um costume palestino.
Evitava-se usar o santo nome de Deus e, por isso, transcrevia-se-o. o reino dos céus – no
plural, reproduz o termo hebraico schamaim, que era usado no plural – é portanto o
reino daquele que está no céu ou que vem do céu. A concepção popular do reino dos
céus, como um mundo celestial sobre o firmamento, no qual os piedosos ingressarão
após a morte, não se encontra no N.T, mas nos apocalipses judaicos, e ,em outra forma
na gnose.

Jesus pode ter usado paralelamente, com o mesmo sentido, reino de Deus e reino
dos céus. Por outro lado, as fórmulas encontradas ocasionalmente reino do Pai, , reino
ou o reino do filho do homem são formulações cristãs secundárias. A locução reino de
Deus provém de Jesus, pois fora dos evangelhos sinóticos quase que inexiste no N.T.
Essa inexistência, observada também no evangelho de João, tem duas causas:

1ª. Esse conceito comum no judaísmo da Palestina, dificilmente era


compreendido pelo homem helenista. Por isso o evangelho de João o substitui – com
exceção de duas passagens (3.3-5) pela expressão “a vida eterna” ou “a vida”.
Provavelmente já o próprio Jesus, no entanto, algumas poucas vezes usou o conceito
“vida”. Fala de entrar no reino de Deus (Mc 9.47), bem como “entrar na vida”(Mc 9.43-
45) o do “caminho que leva à vida” (Mt 7.14). O “herdar a vida” (Mt 25.34; Mc 10.17)
é o mesmo – e não obstante não é o mesmo; pois o reino e Deus está primariamente,
orientado de maneira pessoal.

2ª. Por isso o conceito é afastado, na comunidade, também por um motivo


teológico: Desde a páscoa, surge, ao lado da prece pela vinda do reino, a prece “Vem
Senhor nosso” (1º Co 16.22; Ap. 22.20). Por isso Paulo anuncia o kyrios e quase não
fala nada mais a respeito da Basiléia tou theou.

Ao anunciar a vinda do reino, Jesus não introduz um termo novo. Não anuncia a
existência de um reino de Deus, mas o fato de que ele agora vem. Realmente, o meio
ambiente palestino judaico já falava a respeito do “domínio real de Deus”. Nisso se
partia de concepções básicas comuns, mas, no fundo, as interpretações divergiam.

Se perguntarmos pela origem do conceito, veremos que se desenvolveu apenas


na época pós-vétero-testamentária, tendo , porém seus antecedentes fundamentais no
A.T.

INTERPRETAÇÕES CONCERNENTES AO REINO DE DEUS.

Embora de Agostinho aos reformadores a Igreja fora identificada com o Reino,


atualmente poucos defendem esse pensamento. A Igreja constitui o povo do Reino, mas
não pode ser identificada com o Reino.
A antiga perpectiva liberal interpretava o Reino de Deus como a pura religião profética
ensinada por Jesus.
Outros interpretam o Reino de Deus em termos de experiência religiosa pessoal - o
Reino de Deus na alma do indivíduo.
Johannes Weiss, em 1892, argumentou que Jesus tinha uma perspectiva do Reino
futurista e escatológica: A vitória do Reino de Deus sobre Satanás já havia sido
conquistada nos céus. O Reino será um ato sobrenatural de Deus e quando acontecer
Jesus será o Filho do Homem divino.
Albert Schweitzer entendeu que Jesus esperava o estabelecimento do Reino no futuro
imediato, e morreu desiludido e desesperado, pelo fato do Reino não ter vindo.
Desde os dias de Weiss e Schweitezer, a maioria dos estudiosos reconhece que o
elemento apocalíptico pertence à própria estrutura, e não ao envoltório, dos
ensinamentos de Jesus.
C.H. Dodd ensinou o Reino de Deus como "Escatologia Realizada", ou seja, como a
ordem transcendente do tempo e do espaço que irrompeu na história por intermédio da
visão de Jesus. Assim, ele minimisava o aspecto futurístico do Reino de Deus e
ensinava que tudo aquilo que os profetas esperavam era nos dias de Jesus realizado.
O consnso que há entre os estudiosos é o aspecto tanto presente e futuro do Reino. Mas
na interpretação de Kümmel, o Reino pode ser eschaton (futuro) e apenas uma atividade
presente em Jesus, e não nos discípulos.
Outros ensinam que o Reino era totalmente futuro, mas estava tão próximo que já podia
ser sentido no presente - os sinais do Reino já eram presentes nos dias de Jesus.
J. Jeremias defende uma "escatologia em processo de realização". Ele interpreta o
ministério de Jesus como um todo, como um evento no qual o Reino é realizado através
da mensagem de Jesus e seus milagres. Todavia, Jesus aguardava uma consumação
escatológica do Reino, a qual envolveria sua ressurreição e sua parousia (volta).
Somente após a páscoa, a Igreja Primitiva teria separado parousia de ressurreição.
Uma perspectiva recente entre os dispensacionalistas surge. Partindo da premissa de que
todas as profecias do Antigo Testamento em relação a Israel precisam ser literalmente
cumpridas, diferenciaram Reino dos Céus de Reino de Deus. Ou seja, o Reino dos Céus
seria o Reino teocrático de natureza terrena prometido a Israel e rejeitado por esse povo.
Este Reino dos Céus será consumado (nesse ponto de vista) com a volta de Cristo,
quando Israel se converterá e as promessas do Antigo Testamento se cumprirão neles
literalmente. Já o Reino de Deus é o domínio real de Deus em dois momentos: O
cumprimento das promessas do Antigo Testamento em Israel e a consumação final dos
tempos, inaugurando o século futuro.

No Antigo Testamento

No A.T. Deus é visto frequentemente como um rei e, é dito que ele governa ou
governará como rei. As formulações são feitas por intermédio do verbo malak
(basileuein) ou do substantivo pessoal melek (basileus). O substantivo impessoal
“reino” (malkuth=Basiléia) é usado raras vezes e apenas com o pronome possessivo
relacionado com Deus (Sl 103.19; 145.11-13; Dn 4.34). Em nenhuma parte do A.T. se
encontra a locução “reino de Deus”, como conceito corrente. Quem mais se aproxima
dessa conceituação é Daniel 2,44 anuncia que o Deus do céu suscitará sobre o mundo no
final “um outro reino” que permanecerá eternamente. Na figura visionária e Dn 7.13ss.,
o “reino” sobre o mundo será transmitido ao filho do homem, i.é , segundo a
interpretação de 7.27 aos santos. No final “o reino será de Javé”, como é dito em Ob 21.

O REINO DE DEUS NO JUDAÍSMO

Embora não haja a expressão "O Reino de Deus" no Antigo Testamento, encontra-se a
idéia de que Deus é Rei de Israel (Números 23:21) e de todas as nações (2 Reis 19:15),
e que ainda Ele se tornará Rei (Isaías 24:23;33:22), indicando que ele ainda manifestará
sua soberania real no mundo dos homens e das nações.
Muitos estudiosos encontraram dois tipos de esperança no Antigo Testamento e no
Judaísmo. Para eles, a verdadeira esperançaprofética hebraica de um Reino governado
por um descendente de Davi (Isaías 9:11) esvaeceu-se após o exílio. Assim, os judeus
começaram a anelar por um Reino de Deus apocalíptico governado pelo Filho do
Homem. (Daniel 7) A comunidade de Qumran partilhava de uma esperança semelhante
do Reino, onde os anjos desceriam e os ajudariam a vencer os outros povos ("filhos das
trevas").
A comunidade rabínica utilizou mais a expressão "o Reino de Deus" e atrelava a
aceitação da Soberania de Deus à observância da Lei (inclusive para os gentios que se
convertiam ao judaísmo). Assim, o Reino de Deus sobre a terra ficou limitado a Israel.
Depois, haveria de ser manifesto ao mundo inteiro. Puniráos ímpios e reunirá os justos
de Israel em uma ordem redimida e abençoada.
Os zelotes, judeus radicais, também se interessaram no estabelecimento do Reino de
Deus, em meio às suas insurreições a Roma. Eles queriam apressar o Reino de Deus à
espada. Eram impacientes.
Assim, em toda a expressão do Judaísmo, a vinda do Reino de Deus foi aguardada como
um ato de Deus.

O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO BASILEIA TOU THEOU (“REINO DE DEUS”)

Os estudiosos não manifestavam uniformidade de opinião quanto ao significado básico


da palavra basiléia (malkût, no hebraico). Muitos defendem a opinião de que basiléia
seja o “eschaton” – a ordem escatológica final. Se essa opinião for aceita como ponto de
partida, torna-se difícil entender de que modo eschaton pode ser tanto futuro quanto
presente; neste caso, deve ser exclusivamente futuro. Entretanto, a palavra hebraica
implica uma dinâmica abstrata ou a idéia de reino, domínio ou governo. “Falarão da
glória do teu reino, e relatarão o teu poder...O teu reino é um reino eterno; o teu domínio
estende-se todas as gerações” (Sl 145:11,13). “O Senhor tem estabelecido o seu trono
nos céus, e o seu reino domina sobre tudo”(Sl 103.19). No judaísmo recente, o Reino de
Deus significa o domínio ou a soberania de Deus. Este é também o melhor ponto de
partida para compreender-se os Evangelhos. Por várias vezes a RC traduz Basiléia por
“reino”, a NVI traduz por “ser coroado rei” ou “reino” (Lc 19.12; 23.42; Jo 18.36; Ap
17.12). O significado de “reino” ou “governo” é óbvio em outras passagens. A vinda do
Reino pela qual oramos no Pai Nosso significa que a vontade de Deus seja feita na terra
como no céu, isto é, que o seu domínio seja plenamente realizado (Mt 6.10). O “reino”
que Jesus designou para seus discípulos (Lc 22.29) é um governo real.

Esse fato é importante para a interpretação da mensagem de Jesus, pois um dos maiores
problemas defrontados é como o Reino de Deus pode ser simultaneamente futuro e
presente. Se o Reino é basicamente o eschaton - a era escatológica de salvação – é
difícil compreender como esse estado futuro pode ser também presente. Entretanto
temos observado que tanto no Antigo Testamento como no judaísmo rabínico, o Reino
de Deus – seu domínio – pode ter mais de um significado. Deus já é o Rei, mas Ele
também precisa tornar-se Rei. Essa é a chave para a solução desta questão nos
Evangelhos.
O REINO DOS CÉUS

A expressão “Reino dos Céus” aparece apenas em Mateus, em que é mencionada trinta
e uma vezes. A expressão “Reino de Deus” é usada várias vezes em Mateus e em vários
outros textos no restante do Novo Testamento. “O Reino dos Céus” é uma expressão
semítica, na qual o vocábulo “céu(s)” é um termo usado em substituição ao nome divino
(cf. Lc 15.18). Uma vez que a tradição dos Evangelhos mostra que Jesus não evitou, de
modo consistente, a palavra “Deus”, é possível que “o Reino dos Céus” seja uma
expressão nativa do contexto judaico-cristão, a qual preservou a tradição do Evangelho
encontrada em Mateus, ao invés de refletir o uso real feito por Jesus. Ele,
possivelmente, tenha usado ambas as frases, e os Evangelhos, que foram originalmente
endereçados a destinatários gentílicos, omitiram a expressão semítica, pois a mesma não
faria sentido para o público gentio.

Na realidade, ambas as expressões “o Reino de Deus” e “o Reino dos Céus” raramente


foram usadas na literatura judaica antes dos dias de Jesus. J. Jeremias enfatiza este fato,
de que no ensino de Jesus aparece um grande número de frases novas sobre – basileia
(o reino), as quais não encontraram paralelismo na literatura da época de Jesus – um
fato que até o momento não recebeu a devida atenção.

O REINO ESCATOLÓGICO

A estrutura básica do pensamento de Jesus é encontrada no dualismo escatológico das


duas eras. A vinda do Reino de Deus (Mateus 6:10) ou o seu aparecimento (Lucas
19:11) que assinalará o fim da era presente e inauguraráo século futuro.
"Basileia" (Reino) pode significar a vinda ou a manifestação do governo de Deus como
o reino escatológico na qual o governo de Deus é desfrutado.
O Reino de Deus é um sinônimo para o século futuro: Fim doDiabo e seus anjos
(Mateus 25:41); formação de uma sociedade redimida (Mateus 13:36-43) e a comunhão
perfeita com Deus (Lucas 13:28, 29).
Jesus universaliza o conceito de Reino no Novo Testamento, o qual para o judaísmo e o
Antigo Testamento se cumpria apenas em Israel. (Mateus 8:12) Os "filhos do reino" são
aqueles que respondem à voz de Jesus e aceitam sua Palavra. - Mateus 13:38.
Para se entrar nesse reino escatológico, o indivíduo precisa receber essa mensagem com
completa dependência, como uma criança. - Marcos 10:15.

O REINO PRESENTE

O ensinamento mais característico e marcante dos evangelhos são aqueles que falam de
uma vinda presente do Reino. - Mateus 12:28; Lucas 4:21 (Isaías 61:1, 2) e Mateus
11:2-6 (Isaías 35:5, 6).
A teologia essencial do Reino de Deus é que o Reino já atuou nos dias de Jesus para
deter o poder de Satanás, mas no final dos tempos irá destruí-lo. É um Reino com dupla
manifestação.
A vitória do Reino de Deus, nos dias de Jesus, é no âmbito espiritual, não geográfico.
A diferença do evangelho cristão e do judaísmo é que o judaísmo espera um reino que
vença de uma vez as nações, mas no cristianismo o Reino de Deus conquista uma
vitória inicialmente contra o mundo espiritual maligno para depois destruí-lo
definitivamente. Por isso, Jesus disse aos fariseus que o Reino já se encontrava no meio
deles. - Lucas 17:20.

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