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A importância do Ato de Escrever

no Ensino de Língua Portuguesa

[…] Atualmente, exige-se do profissional redação própria, ou seja, a capacidade de passar


para o papel seu trabalho ou de se comunicar com outras empresas a partir da modalidade escrita
de forma clara. Contudo, é necessária muita leitura e conhecimento das possibilidades da língua,
pois até mesmo um texto prosaico pode ser original, no sentido de passar a quem o lê a
personalidade de quem o escreve.
No entanto, sabe-se que, para muitos, o ato de escrever não é agradável, pois a pouca ou
total ausência da modalidade escrita foi uma das lacunas deixadas pelos ensinos fundamental e
médio. Antes a ênfase nas nomenclaturas reduzia o espaço da interpretação, da leitura e da
escrita, de forma que o aluno não conseguia, quando solicitado, utilizar os recursos gramaticais
ensinados.
Não cabe à universidade resolver as lacunas deixadas pelos ensinos fundamental e médio,
mas sim despertar aqueles que têm dificuldade ao escrever, fazendo com que esses leiam,
escrevam bastante e consigam, ao longo dos anos e com a prática, sanar esse mal da escrita.
Para isso, a produção de textos deve fazer parte da rotina acadêmica.
Para Feitosa (2000), "escrever é parte inerente ao ofício do pesquisador" e não costuma
ser tarefa fácil para ninguém. Normalmente, as pessoas "sofrem" muito quando têm que colocar
suas ideias no papel.
Parece que a primeira razão para esse "sofrimento" está naquilo que é, ao mesmo
tempo, causa e efeito da crise em que se encontra a comunicação escrita: a pouca
eficácia do ensino de redação nas escolas e a falta de treinamento específico para
a redação científica, decorrentes de total desprestígio em que caiu a língua escrita
como meio eficiente de comunicação. Hoje, "falam" os números, os dados
estatísticos, as fotos, os gráficos, os VTs. (FEITOSA, 1991, p.12)
Não se pode esquecer de que, durante muitos anos, o ensino da língua não se destinou à
produção, à leitura e à interpretação de textos, mas sim se limitou a exigir do aluno as
nomenclaturas gramaticais, uma vez que essas eram, e continuam sendo, exigidas pelo vestibular
e pelos concursos em geral. O resultado de tal postura foi um universitário que mal sabe escrever
e, o pior, que pode passar quatro anos na universidade sem sabê-lo.
Atualmente, a sociedade exige do profissional, seja ele engenheiro, advogado, jornalista,
dentista, analista de sistemas ou professor, a capacidade de passar para o papel todos os seus
estudos, divulgando assim o seu trabalho. Para isso, é preciso alguns conhecimentos específicos
da elaboração da redação e, o principal, exige de qualquer um muita leitura. Escrever significa
comunicar-se e, todos sabem que, nas empresas e instituições a comunicação se faz, muito mais,
através da modalidade escrita do que da oral.
Por outro lado, em inúmeras faculdades, o que se vê são pessoas, quase formadas, com
dificuldade de escrever um texto. Esta dificuldade se explicita, quando o profissional tem de fazer
uma pós-graduação, em que o exercício de escrita é uma constante; ou quando ele é solicitado a
escrever um relatório, uma declaração, ou um outro documento na empresa. No momento em que
estes questionamentos se colocam, pensamos por que estas pessoas, formadas por uma
instituição, não conseguem escrever com certa tranquilidade e atender às necessidades exigidas
pelo mercado de trabalho ou pelas instituições de pós-graduação.
É importante esclarecer que o cerne do problema de se fazer uma boa redação não está
diretamente ligado à universidade, e sim aos ensinos fundamental e médio. Contudo, este
problema é levado até à faculdade e os docentes de língua portuguesa, matéria não encontrada
em todos os cursos de graduação, não procuram, geralmente, fazer nada para sanar este "mal da
escrita". Ao final do curso, o que se tem é um profissional incapaz de escrever bem o que
aprendeu. Incapaz de dissertar com segurança gramatical e estrutural a respeito de um tema
apresentado.
Para Celso Cunha, a língua "é um sistema gramatical pertencente a um grupo de
indivíduos. Expressão da consciência de uma coletividade, a LÍNGUA é o meio por que ela
concebe o mundo que a cerca e sobre ele age".
Pelo que se sabe, a língua apresenta variações diatópicas (variantes regionais,
falares locais etc.), variações diastráticas (nível culto, nível popular, língua padrão,
etc.) e variações diafásicas (língua escrita, língua falada, língua literária, etc.).
Contudo, cabe perceber dentro dessas variações internas o contexto para a
utilização da língua. Deve-se ter presente que "a língua padrão, por exemplo,
embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais
prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma
comunidade". (CUNHA, 1985)
[…]
A língua escrita, para alguns, deve obedecer a normas, regras pré-estabelecidas por
gramáticos, deve ter coesão e coerência para se fazer entender por todos. Mas, o que é
coerência? Para Ingedore, a coerência também deve estar ligada a um contexto, deve obedecer
ao objetivo do texto (seja ele escrito ou falado), isto é, não basta escrever várias frases com
sentido, é preciso escrever várias frases com sentido unitário entre as partes do texto.
Além disso, vale lembrar que a coerência textual relaciona-se com a coesão do texto, "pois
por coesão se entende a ligação, a relação, os nexos que se estabelecem entre os elementos que
constituem a superfície textual" (KOCH, 2001, p.40). Contudo, a coesão não é suficiente para
atribuir sentido ao texto, esse papel é confiado à coerência. Assim, podemos dizer que a
coerência dá origem à textualidade, entendendo-se por textualidade “aquilo que converte uma
sequência linguística em texto”. (ibid.p.45) Nesse sentido, o texto será incoerente se "seu produtor
não souber adequá-lo à situação, levando em conta a intenção comunicativa, objetivos,
destinatário, regras sócio-culturais, outros elementos da situação, uso dos recursos linguísticos,
etc. Caso contrário, será coerente". (ibid. p.50)
Na verdade, não se pode esquecer de que há diferentes tipos de textos e que cada um
tem seu esquema estrutural. Sabe-se que textos narrativos são diferentes de textos dissertativos
que são bem diferentes de textos descritivos que, por sua vez, são diferentes de textos poéticos
ou de textos dramáticos.
É importante ressaltar que não é objetivo do professor de língua portuguesa, nem da
universidade, criar escritores de romances, de poemas, de crônicas, mas é sua função apresentar
aos discentes diferentes tipos de textos e intenções para que estes saibam precisar a que
estrutura da modalidade escrita devem recorrer quando solicitados a fazer um relatório, um
projeto, uma resenha ou um ensaio acadêmico.
O aluno pensa que só se faz dissertação no momento em que o professor de língua
portuguesa assim determinar. O aluno não percebe que ao responder a um questionário de
filosofia, ou de história, ele também está dissertando e deve, portanto, usar todos conhecimentos
gramaticais aprendidos nas séries anteriores e deve utilizar seus conhecimentos de português,
geografia, literatura, biologia, sociologia, enfim perceber as inter-relações entre as disciplinas.

Texto na íntegra:

BARRETO, Cintia. A Importância do Ato de Escrever no Ensino de Língua Portuguesa . Disponível em http://linguagemetextos.blogspot.com/2008/09/importncia-do-ato-de-escrever-
no-ensino.html. Acesso em 23 out. 2018.

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