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JOÃO 14.

15: AMOR E OBEDIÊNCIA

ISRAEL BELO DE AZEVEDO

"Quem dera fossem firmados os meus caminhos na obediência aos teus decretos" (Salmo
119.5).

AMAR A JESUS
Lemos em João 14.15 a seguinte e desafiadora declaração de Jesus: "Se vocês me amam,
obedecerão aos meus mandamentos".

O que esta declaração nos diz?


Parece claro que o seu significado é o seguinte: nosso amor por Jesus não é feito só de
palavras, porque exige obediência aos mandamentos de Jesus e obediência é uma decisão
acompanhada por um conjunto permanente de atitudes.
Se é isto, precisamos considerar ainda três perguntas centrais, que outras declarações de
Jesus esclarecem, tornando maior o desafio diante de nós. E aqui precisamos nos lembrar de
um princípio essencial, quando lemos as Escrituras. Não podemos nenhuma decisão com base
numa declaração bíblica que não entendemos. Precisams entender o que significa este texto.
Precisamos, então, continuar lendo a Bíblia e continuar fazendo perguntas que nos ajudem a
entende-la e a viver. Perguntemos:

1. O que é amar a Jesus?


A pergunta é importante porque todos nos dizemos pessoas que amamos a Jesus. Entre os
que dizem amar a Jesus há os que não amam. Eu preciso me perguntar, então, se amo
mesmo a Jesus.
Preciso me dedicar a ouvir Jesus dizer:
-- Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me
ama será amado por meu Pai, e eu também amarei e me revelarei a ele (João 14.21).
-- Se alguém me ama, obedecerá à minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e
faremos morada nele. Aquele que não me ama não obedece às minhas palavras. Estas
palavras que vocês estão ouvindo não são minhas; são de meu Pai que me enviou (João
14.23-24).

2. Quais são os mandamentos de Jesus?


A conversa precisa seguir para sermos esclarecidos. Se eu digo que amo a Jesus, dou provas
deste amor obedecendo aos mandamentos de Jesus. O verbo obedecer demanda um objeto.
Um objeto está claro: precisamos obedecer a quem? A Jesus. Mas o verbo pede outro
complemento. Obedecer a que? A resposta é evidente: aos mandamentos de Jesus. Então,
precisamos conhecer esses mandamentos. Jesus mesmo diz que o meu mandamento é este:
-- Amem-se uns aos outros como eu os amei (João 15.12b)
3. O que é obedecer a Jesus?
Vamos chegando ao centro existencial do amor a Jesus. A síntese que Ele nos oferece é
desafiadora:
-- Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como
tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço (João 15.10).
Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno (João 15.14).
Numa palavra, obedecer às suas ordens.

Estas afirmações nos colocam outras perguntas, especialmente no contexto da desejada


autonomia do ser humano. Se ser cristão é obedecer a Cristo, um homem autenticamente
humano não pode ser cristão, já que precisa viver segundo os ditames da (sua) razão, não da
razão de ninguém. A crítica é obvia: um cristão é uma pessoa de segunda classe, que não
pensa por si mesmo
Por outro lado, essas declarações parecem condicionar o amor de Jesus para conosco ao
nosso amor por Ele. A conseqüência é, no plano da oração, que nós determinamos -- com
nossa (in)fidelidade -- o padrão de sua resposta. Se somos obedientes, consegumos tudo. Se
não estamos conseguindo, é porque não somos obedientes. Está aberta a porta para o
legalismo, segundo o qual nós merecemos ser abençoados em função daquilo que fazemos.
Numa só frase: Deus só abençoa a quem guarda os seus mandamento, pois Ele só ama a
quem O ama

Retomo, então, antes de prosseguir algumas afirmações já deixadas aqui.

Amar a Jesus não é algo que se faça só com palavras, porque exige obediência aos
mandamentos de Jesus e obediência é uma decisão acompanhada por um conjunto
permanente de atitudes. Logo, vem a pergunta: amamos mesmo a Jesus?

Amar a Jesus não é verbo que todos conjuguem. Há pessoas que não amam a Jesus, embora
possam até dize-lo.

Amar a Jesus é obedecer a Jesus, lendo os seus mandamentos e buscando pôr em prática o
que Ele nos ordena. Obedecer a Jesus é "aceitar totalmente seu modo de vida como o nosso
modo de vida. Então, e só então, poderemos experimentar como o jugo é suave e como o
fardo é leve". (Dallas Willard)

Amar a Jesus é ama-lo amando as pessoas que nos cercam, as boas e as más. Amar o outro é
amar os que fazem parte de nossa família, mesmo aqueles que nos pisam no calcanhar, e
aqueles que não fazem parte da nossa família, com os quais vamos nos (des)encontrando ao
longo da vida. Amar o outro é amar os que fazem parte da nossa igreja, mesmo aqueles que
não nos parecem simpáticos, e aqueles que, segundo nossa avaliação, sequer dão um bom
testemunho de cristãos, e também aqueles que não fazem parte da nossa igreja, não crêem
como nós cremos e que até mesmo não crêem.
É isto que Ele pede aos seus amigos. Queremos ser mesmos amigos de Jesus?

SERVOS, DISCÍPULOS, AMIGOS


Retomemos as declarações de Jesus sobre amor e obediência:

-- "Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos" (João 14.15)


-- "Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me
ama será amado por meu Pai, e eu também amarei e me revelarei a ele" (João 14.21).
-- "Se alguém me ama, obedecerá à minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e
faremos morada nele. Aquele que não me ama não obedece às minhas palavras. Estas
palavras que vocês estão ouvindo não são minhas; são de meu Pai que me enviou" (João
14.23-24).
-- "Amem-se uns aos outros como eu os amei" (João 15.12b).
-- "Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como
tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço" (João 15.10).
-- "Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno" (João 15.14).

Enquanto preparava esta mensagem, travei um diálogo eletrônico com um de nossos irmãos,
em que ele escreveu (conforme a seleção que fiz):

"Atualmente as pessoas apresentam Deus quase que exclusivamente pelo seu amor, ao ponto
de excluírem quaisquer obrigações nossas diante de Deus. Vejo isto, em alguns cristãos e me
adiciono ao grupo para não ser injusto. Nas músicas, pregações. Hoje em dia tenho ouvido
uma frase que esta me incomodando muito:
-- Você é batista, tudo bem, você não é radical como outros.
Aí, penso, que diferença estou fazendo se não sou diferente? Oonde estou errando? Tem me
incomodado "não fazer a diferença". Olho e vejo que algumas atitudes simples me levam ao
erro, aceitando, por exemplo, a atitude do outro (cristão ou não) em ações que vão contra ao
que a Bíblia prega. Digo a Bíblia, pois, não posso tomar como base a mim mesmo, pois,
certamente estaria caindo em minhas próprias verdades que muitas vezes a Palavra de Deus
bate de frente.
A partir do que vejo em mim e em outros cristãos, vejo que a peseguição à Igreja mudou. Antes
eramos caçados, agora somos conduzidos para concordar com o mundo. É uma caçada mais
sutil e bem mais agressiva. Só que "parece ser" menor dolorosa, mas se, de fato, pararmos e
adentrarmos na palavra de Deus, veremos que é tão dolorosa quanto as persiguições
anteriores.
Afinal, se Deus se sacrificou por nós, será que Ele não nos cobra nada? Será que Ele tem que
aceitar a tudo? Uma coisa é eu pecar, reconhecer, pedir perdão e evitar cometer o erro; outra
coisa é eu errar e saber que Deus me perdoa de qualquer forma.
Quero fazer a diferença. Quero ser visto como cristão que segue o lider Jesus e não mais um
cristão por ser". (JIA)
O contraste entre as palavras de Jesus e as nossas práticas, denunciadas tão firmente por
nosso irmão, é evidente. Não encontramos na boca de nosso Mestre a idéia de um Deus que
ama incondicionalmente e que não pede nada. Nosso irmão está certo em sua preocupação,
porque na Bíblia não encontramos esse Deus que não exige nada de nós e faz que não vê o
nosso pecado. Deus é sério. É também por isto que nos deixou tantos mandamentos.
A diferença é que esses mandamentos devem ser vivenciados por causa do amor a Deus, não
por causa das conseqüências da desobediência. Esta é uma das diferenças entre o Antigo e o
Novo Testamento.
A graça, como aprendemos no Novo Testamento, não me libera para fazer o que EU acho
certo, mas me convida a fazer o que DEUS diz que é certo.
Os mandamentos a que Jesus se refere são os absolutos de Deus para as nossas vidas.

Em certo sentido, não há nenhuma diferença entre alguns cristãos e algumas pessoas que não
crêem em Jesus como Salvador e Senhor. Para ambos, se ser cristão é obedecer a Cristo,
uma pessoa autenticamente humana não pode ser cristã, já que precisa viver segundo os
ditames da (sua) razão, não da razão de ninguém. A crítica é óbvia: um cristão é uma pessoa
de segunda classe, que não pensa por si mesmo. Há cristãos que não querem ser cidadãos de
segundo classe aos olhos dos homens sem Deus.

OBJEÇÕES Á OBEDIENCIA
Consideremos a objeção à obediência aos mandamentos de Jesus.
Externamente à fé cristã, afirma-se que uma pessoa, no uso de sua razão, não pode obedecer
a nada e a ninguém, se não à sua própria razão. Não há mandamento a ser seguido, portanto.
Diante das possibilidades, devemos examinar, à luz do que pensamos, e agir. Não pode haver
qualquer Fonte de autoridade externa.
Interna e marginalmente à fé cristã, vive-se que devemos seguir aquilo que achamos certo. É
comum ouvirmos que devemos seguir o nosso coração. Devemos fazer o que ele mandar.
Chegam alguns a dizer que Deus não permitirá desejar o que não for bom para nós.
Respondo com três afirmativas.

A obediência que vem do nosso amor-resposta a Deus não nos despersonaliza. Antes, ela nos
realiza.
A obediência que vem da confiança em Deus não nos paralisa. Antes, ela nos dinamiza.
A obediência que vem do reconhecimento da sabedoria, soberania e misericórida de Deus, não
nos idiotiza. Antes, ela nos autonomiza.

Explicitemos uma a uma, sinteticamente.

1. A obediência que vem do nosso amor-resposta a Deus não nos despersonaliza. Antes, ela
nos realiza.
Jesus usa três expressões para definir nosso relacionamento com ele: servo, discípulo e
amigo.
Do ponto de vista de Jesus, são palavras sinônimas. Do ponto de vista humano, são palavras
que denotam uma ascensão. Começamos como SERVOS (Jesus é o nosso Senhor), tornamo-
nos DISCÍPULOS (Jesus é o nosso Mestre), para chegarmos a ser AMIGOS (Jesus é Deus
Conosco). Há um continuum. Há uma progressão. Há uma caminhada. Quando chegamos a
ser AMIGOS de Jesus, entendemos que somos ao mesmo tempo SERVOS e DISCÍPULOS.
Nosso modelo é o relacionamento de Jesus com o Pai. Ele recebia ordens do Pai, mas
estavam em tal sintonia que não lhe vinham como imposições. Ele mesmo abriu mão de sua
divindade (Filipenses 2.5) como parte do projeto da Trindade. Quando entrou em agonia, triste
com a morte que afinal se prenunciava, buscou a vontade do Pai, recebendo-a como Sua
vontade. A morte era um fardo; a obediência, não.
Não temos como ser amigos de Jesus, se não somos discípulos e servos.

2. A obediência que vem da confiança em Deus não nos paralisa. Antes, ela nos dinamiza.
Sugiro uma imagem para aclarar este conceito.
Imaginemos um filho caminhando com seu pai, de mãos dadas por uma praia. O filho não se
preocupa com pedras adiante ou com ondas ao fundo. Ele confia que seu pai o livrará. Assim,
quando, sem que perceba, seu pai o puxa, o filho não resiste. Ele confia que seu pai está
fazendo o melhor, mesmo que não entenda.

3. A obediência que vem do reconhecimento da sabedoria, soberania e misericórida de Deus,


não nos idiotiza. Antes, ela nos autonomiza.
O homem está sempre em busca da autonomia, isto é, do auto-governo, achando o que é
melhor para si. Neste processo, o homem acaba escravo de algum tipo de heteronomia,
tornando-se seguir de um líder, de uma idéia ou de uma prática que lhe é sugerida ou mesmo
imposta. Somos convidados a uma terceira via: a teonomia, que é respeitosa. Quem vive a
teonomia reconhece que não pode guiar-se a mesmo e aceita o convite de Deus para uma vida
feliz segundo os princípios que Ele põe. Muitos escolhemos a teonomia, mas não nos
empenhamos em conhecer o Deus dos princípios e nem os princípios de Deus. (Cf. Academia
da Alma, 3)

APRENDENDO A OBECECER
Precisamos aprender a obedecer, renunciando ao nosso natural impulso para a desobediência.
Obediência tem a ver com a fé, não com a razão. ("Por meio dele e por causa do seu nome,
recebemos graça e apostolado para chamar dentre todas as nações um povo para a
obediência que vem pela fé" -- Romanos 3.5).
Somos chamados a obedecer e somos chamados a ajudar os outros no caminho da obediência
("Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e
ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo
aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus" --
Mateus 5.19).
Nem todos os mandamentos têm o mesmo valor; há uma hierarquia neles.
. "Um dos mestres da lei aproximou-se e os ouviu discutindo. Notando que Jesus lhes dera
uma boa resposta, perguntou-lhe: "De todos os mandamentos, qual é o mais
importante?"Respondeu Jesus: "O mais importante é este: 'Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso
Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda
a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças'. O segundo é este: 'Ame o
seu próximo como a si mesmo' . Não existe mandamento maior do que estes" (Marcos 12.28-
31)
. "E este é o amor: que andemos em obediência aos seus mandamentos. Como vocês já têm
ouvido desde o princípio, o mandamento é este: Que vocês andem em amor" (3João 1.6).
. "E este é o seu mandamento: Que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e que nos
amemos uns aos outros, como ele nos ordenou. Os que obedecem aos seus mandamentos
nele permanecem, e ele neles. Do seguinte modo sabemos que ele permanece em nós: pelo
Espírito que nos deu" (1João 3.23-24)

A obediência começa com a intenção, mas se realiza na ação. ("Sabemos que o conhecemos,
se obedecemos aos seus mandamentos. Aquele que diz: "Eu o conheço", mas não obedece
aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. Mas, se alguém obedece à
sua palavra, nele verdadeiramente o amor de Deus está aperfeiçoado. Desta forma sabemos
que estamos nele: aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou"
(1João 3.3-6)

A obediência é a resposta efetiva, além das nossas palavras, à Palavra de Deus. Implica em
auto-negação.
Repitamos: "Se desejarmos seguir a Cristo -- e caminhar no jugo suave com Ele --teremos de
aceitar totalmente seu modo de vida como o nosso modo de vida. Então, e só então,
poderemos experimentar como o jugo é suave e como o fardo é leve". (Dallas Willard)

A QUEM DEUS ABENÇOA


Vejamos outra dificuldade no caminho da obediência ao mandamentos de Deus.
Ensinam alguns que Deus só abençoa a quem guarda os seus mandamento, pois Ele só ama a
quem O ama. As palavras de Jesus parecem nos levar para esta conclusão:
. "Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também amarei e me revelarei a ele"
(João 14.21).
. "Se alguém me ama, obedecerá à minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e
faremos morada nele" (João 14.23).
Paulo parece fazer coro:
. "Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus" (Romanos 8.28).

Essas declarações parecem condicionar o amor de Jesus para conosco ao nosso amor por
Ele. A conseqüência é, no plano da oração, que nós determinamos -- com nossa (in)fidelidade -
- o padrão de sua resposta. Se somos obedientes, consegumos tudo. Se não estamos
conseguindo, é porque não somos obedientes. Está aberta a porta para o legalismo, segundo o
qual nós merecemos ser abençoados em função daquilo que fazemos. Numa só frase: Deus só
abençoa a quem guarda os seus mandamento, pois Ele só ama a quem O ama.
Precisamos tomar com cuidado.

1. Lembremo-nos que o amor a Deus biblicamente sugerido ao homem é um amor de todo o


coração, sem esperar nada em troca. O fato de nós O amarmos de todo o coração não O
obriga a nada. Se amamos porque esperamos, não amamos de todo o coração.
A obediência humana deve decorrer do amor humano.
A resposta divina decorre do amor divino. Deus atende aos obedientes mas também atende
aos desobedientes. A atenção para com os desobedientes é sobrenatural; não ocorre a toda
hora, mas é fruto do amor sem reservas de Deus e para o bem do desobediente. A atenção
para com os obedientes é natural, não sentido que ocorre como regra geral. É por isto que
quem obedece é feliz.
O amor para com o desobediente é um amor apaixonado. O amor para com o obediente é um
amor igualmente apaixonado. Se o desobediente soubesse o quanto é amado por Deus,
desobedeceria menos.
Os legalistas tendem a pensar que Deus só a alguns, aos bonzinhos, como eles, que fazem
tudo direitinho. Os libertinos tendem a pensar que Deus ama a todos, não importam que O
busquem ou não. Ambos estão errados. O manual do amor de Deus é diferente do nosso. Foi
por isto que Ele nos amou quando ainda estávamos mortos e nos trouxe à vida. É por isto que
nos deixa mandamentos e nos instrui sobre eles até o dia de hoje.
Deus ama a todos. Quem não o ama sequer sabe disto.
Sabe disto quem o ama de todo o coração. Quem o amba frui de Sua presença e orientação.
2. Amar implica em liberdade. Quem ama não perde a liberdade; antes, realiza-se plenamente,
não mais solitariamente, mas agora comunitariamente. Amar é relacionar-se e só se
relacionam pessoas livres. Em seu relacionamento conosco, Deus nos respeita em nossa
liberdade, o que inclui até recusa-lo.
E não devemos nos esquecer que Deus também é livre. Ele é livre para nos amar. Ele é livre
para fazer o que Lhe pedimos e livre para não fazer o que Lhe pedimos. Só um Deus livre pode
amar verdadeiramente. Quando descambamos para atitudes pagãs, seja do mercantilismo
(damos, nem que seja obediência, para receber algo em troca de Deus), seja da magia (com
frases de efeito e palavras mágicas), ignoramos a liberdade divina, traduzida como soberania
divina. Só um Deus soberano pode fazer milagres. Um Deus soberano é um Deus livre.
Então, Deus ama a quem corresponde livremente ao seu amor, porque se trata de uma
questao de respeito à liberdade humana. Neste sentido, os mandamantos de Jesus são
diferentes dos mandamentos dos homens porque são um produto da liberdade (é escolha
livre), que decorre de uma decisão de amor.
A bênção de Deus respeita nossa liberdade, expressa essa liberdade em forma de amor.
Quando amamos a Deus, nós autorizamos a chegada de Sua bênção. Quando amamos a
Deus, nós permitimos que suas mãos se abram.
Por isto, a oração é dirigida numa condição, como Jesus ensinou ("seja feita a tua vontade,
assim na terra como no ceu" -- Mateus 6.10) e praticou ("Meu Pai, se não for possível afastar
de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade" -- Mateus 26.42). Devemos
pedir o que precisamos. Deus não nos quer dar o que nós não queremos. Ele sabe que
bênçãos demais fazem mal.

3. Precisamos compreender ainda que as bênção de Deus são respostas livres a nossa
obediência, mas não somente. O foco não está no homem que obedece, mas no Deus que é
obedecido.
Na antiga aliança havia parceria, mas o foco estava no homem. Na nova aliança há parceria,
só que o seu foco está em Deus. Não se obedece por causa dos resultados. Obedece-se por
causa do amor. Não se obedece para merecer. Obedece-se por saber que é o melhor.
Na teologia do mérito, não importa o coração, mas o resultado. Quando uma empresa, por
exemplo, estabelece uma meta, não se interessa pelo que o empregado pensa acerca da
empresa ou daquela meta; não lhe interessa se o preço para se cumprir a meta foi alto; o que
importa se a meta foi alcançada. Na teologia bíblica, o que importa é o coração, isto é, a
motivação, o interesse, a paixão, o amor por Deus.
Não posso cansar de repetir: os mandamentos de Deus não são para o bem de Deus, mas
para o nosso.
Nosso amor, em formato de obediência, não condiciona o amor de Deus, mas autoriza que o
amor de Deus por nós se exercite concretamente. O padrão divino é o padrão do respeito: Ele
espera que O queiramos. Enquanto não o queremos, Ele espera, do lado de fora do nosso
coração.

4. Sei que resta uma dúvida para aquele que quer obedecer: como posso saber a vontade de
Deus, para obedece-la?
Não bastam os mandamentos que estão na Bíblia? Sim, eles são abundantes e suficientes.São
suficientes e abundantes. Podemos ocupar nossas vidas com eles.
Mas como ficam os mandamentos novos, dados hoje? Como os conheceremos? Como os
aplicaremos? Ou melhor: a quais iremos considerar para tomar decisões dos nossos dias?
Pela oração consultamos a Deus, com todos os riscos da nossa subjetividade (logo, de nossa
subjetiva e falível interpretação).
Assim, os mandamentos, lidos com inteligência e coragem, estabelecem os princípios gerais. A
oração nos acompanha ao longo da estrada dos mandamentos. O amor continua evitar a
desobediência.
Explicito. Imagine que você está com muita raiva de alguém, ao ponto de desejar elimina-lo
fisicamente. Você conhece um dos Dez Mandamentos, especialmente o que diz: "Não
matarás" (Êxodo 20.13). Ele é forte, mas pode ser mais fraco que seu desejo homicida. A
leitura dos Dez Mandamentos nos mostra que praticamente todas as nossas decisões são
orientadas nesses Mandamentos. Há perguntas que não precisamos mais fazer: devo matar
alguém? posso abortar? posso caluniar alguém para subir na vida? posso piratear um
programa de computador ou uma obra (música ou livro)? As respostas estão evidente nos Dez
Mandamentos.
No entanto, nosso desejo pode ser muito mais forte que o Mandamento, a menos que nós
peçamos a Deus que nos tire aquele desejo ou que nos fortaleça para controlar nossa
fraqueza. Se nós pedirmos a Deus, lendo a Sua Palavra, para nos livrar do mal de um desejo
contrário ao mandamento, Ele nos abençoará. A verdade é que muitas vezes tocamos as
nossas vidas como se Deus não existisse, com medo que Ele nos lembre um mandamento
antigo e que nós já sabemos.
Por isto, termino com esta confissão, que podemos fazer nossa: "Eu não consigo obedecer à
lei de Deus se eu não viver pela graça de Deus, à luz do Evangelho de Jesus Cristo e pelo
poder do seu Espírito. Eu preciso da graça todos os dias para me ajudar na disciplina do meu
coração e quando tento imitar as qualidades perfeitas do Senhor Jesus" (Willen vanGemeren).
Não somos mais capazes que Deus.
"O que tenho feito com o meu impulso para a desobediência? -- eis a pergunta que não pode
calar.
Não há ´dúvida: "Se desejarmos seguir a Cristo -- e caminhar no jugo suave com Ele --teremos
de aceitar totalmente seu modo de vida como o nosso modo de vida. Então, e só então,
poderemos experimentar como o jugo é suave e como o fardo é leve". (Dallas Willard)

O PESO DOS MANDAMENTOS DE DEUS


Termino afirmando que os mandamentos de Jesus são diferentes dos mandamentos dos
homens porque não são pesados.
Quando o Estado estabelece impostos, não está interessado se quem paga está gostando de
pagar ou não. Deus quando estabelece seus mandamentos, deseja que os obedeçamos de
todo o coração. Os impostos são para o bem daqueles que os recebem. Os mandamentos são
para o bem daqueles que os obedecem.
Quando nós, pessoas e igrejas, dizemos aos outros como devem viver, tendemos a ser
pesados. Nós julgamos os outros de forma sempre muito dura. Nós exigimos demais das
pessoas. Nossas exigências podem até decorrer do amor, mas se baseiam num conhecimento
superficial do outro e nem sempre estão alicerçadas no amor. Não produzimos graça; só lei.
Quando Deus nos exige o cumprimento aos seus mandamentos, podemos estar tranqüilos:
eles não são pesados. A própria Bíblia o afirma:
. "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus e todo aquele que ama o Pai
ama também o que dele foi gerado. Assim sabemos que amamos os filhos de Deus: amando a
Deus e obedecendo aos seus mandamentos. Porque nisto consiste o amor a Deus: em
obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados" (1João 5.1-3).

1. PRIMEIROS PRESSUPOSTOS
Fique claro: os mandamentos de Deus não são pesados.
Quando, no entanto, nos aproximamos do Antigo Testamento, ficamos perplexos: não dá para
seguir os mandamentos de Deus ali deixados, até porque alguns não fazem mas sentido para
nós, que vivemos num contexto completamente diferente daquele tempo, em que a tecnologia
era rudimentar, se comparada a nossa, que será rudimentar, comparada à do futuro. Não
moramos em cabanas no deserto, mas em casas com luz elétrica ou apartamentos com
elevadores. Não somos hebreus e não fomos tirados da escravidão no Egito, mas lemos no
Antigo Testamento, que compõe a Bíblia que nos rege: a Páscoa deve ser comemorada como
um estatuto perpétuo (Êxodo 12.14 - ARC).
Nossa compreensão da alma e do corpo humano também nos coloca em conflito com os
mandamentos do Antigo Testamento. O ideal do castigo, para o aperfeiçoamento, morreu, com
a graça, que nos educa para uma vida digna. No entanto, lemos no Antigo Testamento: "Se for
descoberto alguém que, havendo furtado um dentre os seus irmãos, dos filhos de Israel, e
tenha escravizado, ou vendido, esse ladrão morrerá" (Deuteronômio 24.7). Quando lemos o
Novo Testamento, aprendemos que todos os sacrifícios (de animais) foram substituídos por um
só, o de Jesus Cruz na cruz por nós. Ainda encontramos lá instruções sobre sacrifícios de
animais. Uma delas diz, por exemplo: "Toda a gordura será do Senhor. Estatuto perpétuo será
nas vossas gerações, em todas as vossas habitações: nenhuma gordura nem sangue algum
comereis" (Levítico 3.16-17 -- ARC).
Assim mesmo, afirmo, os mandamentos do Antigo Testamento são validos ainda hoje. Só
precisamos de alguns cuidados, oferecidos pela razão, que recebemos de Deus para discernir
as coisas, e pela graça, ofertada por Deus para olharmos as coisas sob a perspectiva eterna
de Deus. Tem muita gente, até bem intencionada e mal orientada, sofrendo por tentar seguir à
risca mandamentos que a cruz superou.
Para nos ajudar nesta compreensão, para uma vida saudável, um cuidado é sempre levar em
conta que a Bíblia é um registro dinâmico da revelação progressiva de Deus para conosco. Em
cada época Ele fala de um modo que as pessoas possam entender. Temos agora 66 livros,
prontos e impressos, os que se iluminam ao outro, para nos deixar as coisas bem claras. Ainda
hoje Deus nos fala pelo conjunto da sua apaixonada revelação.
Outro cuidado é separar as narrativas e os mandamentos. Há muitas narrativas de
comportamentos cruéis ou inadequados, que são esperados de nós. O fato de a Bíblia narrar
as atitudes de alguns grandes homens, como Abraão, Moisés, Davi e Elias, por exemplo, não
quer sugerir que os sigamos em suas pisadas na bola; só nas virtudes. A narrativa pode ser
até didática, mas jamais imperativa, a menos que outros textos claramente recomendem essas
atitudes.
Outro cuidado também é perceber os princípios que estão por trás das normas. As normas
passam, mas os princípios são eternos. O sacrifício é uma norma, mas a necessidade de que
um pecado deve ser reparado (como fez Jesus Cristo por nós) é um princípio; até hoje o salário
do pecado é a morte, embora o dom gratuito de Deus seja a salvação. O sábado é uma norma,
mas separar um dia para descanso e adoração é um princípio. Celebrar a páscoa é uma
norma, mas celebrar o amor libertador de Deus, na cruz e em nossas vidas hoje, é um
princípio.
Sem estes cuidados, que fazem justiça aos propósitos de Deus em Sua Palavra, os
mandamentos não são apenas pesados, como impossíveis de serem cumpridos. Com estes
cuidados, não preciso ser um alienígena; posso ser fiel a Deus e contemporâneo do meu
tempo. Haverá conflito, mas será de outra ordem.
2. SEGUNDOS PRESSUPOSTOS
Fique claro: os mandamentos de Deus não são pesados.
Quando, no entanto, nos deparamos com as proibições impostas por igrejas e seus líderes,
ficamos confusos. Muitas vezes somos perguntados se em nossa igreja é proibido isto ou
aquilo.
Há um versículo na Bíblia muito usado pelos legalistas, que são aqueles que ainda crêem que
o esforço humano pode salvar. Ei-lo: "A mulher não usará roupas de homem, e o homem não
usará roupas de mulher, pois o Senhor, o seu Deus, tem aversão por todo aquele que assim
procede" (Deuteronômio 22.5). Durante muito tempo, em algumas comunidades, esta norma foi
usada para justificar a proibição de as mulheres usarem calça comprida. Esses fariseus só
esqueceram de saber que, ao tempo de Moisés e Josué, as roupas eram semelhantes,
diferindo apenas nos adornos. A norma pretendia manter clara a distinção entre os sexos, em
que o homem se parecesse com homem e mulher se parecesse com mulher, com o objetivo de
evitar que um enganasse o outro e de prevenir o adultério, facilitado por causa da roupa igual,
que permitia que os homens se misturassem com mulheres e vice-versa, para fins imorais.
Assim proibir que mulheres vistam calça comprida ou que homens usem saias não tem nada a
ver com esta norma. O princípio por trás dela é a decência, lembrada pelo apóstolo Paulo nos
seguintes termos: "Da mesma forma, quero que as mulheres se vistam modestamente, com
decência e discrição, não se adornando com tranças e com ouro, nem com pérolas ou com
roupas caras" (1Timoteo 2.9). Este princípio, mutatis mutandis, vale para mulheres e para
homens.
Não devemos confundir os mandamentos de Deus, que não são pesados, com os
mandamentos dos homens, que são pesados. Recebi esta semana um e-mail, de uma pessoa
que mora no sul do país, do qual extraio o seguinte testemunho:

"Pessoas evangélicas precisam entender melhor o 'mundo dos não-cristãos'. Sempre ouvia
frases do tipo .... "minha igreja não permite", "não faço porque é pecado" etc. (...) Senti vontade
de compartilhar com você algo que marcou minha vida, e me fez abrir olhos. No meio do nosso
curso, (...) fizemos uma rifa de páscoa, para começar arrecadar dinheiro para a formatura.
Eram pequenos "carnês" com 10 bilhetes, 1 real cada, 10 bilhetes por aluno. Juro que, quando
entregamos o carnê da S***, eu esperava uma resposta tipo: "não posso porque minha igreja
não permite". Mas, para minha surpresa, ela tirou da bolsa 10 reais, me entregou e guardou o
bloco dela com os números para não concorrer, dizendo não sentir-se confortável com rifa. Eu
perguntei por que e ouvi a seguinte resposta: "para eu ganhar, terei que desejar que todos os
meus amigos percam. Isso seria muito egoísta de minha parte, eu não me sentiria bem em
relação aos meus amigos".
Eu nunca havia pensado nisso antes. Ela não usou as respostas refrões que eu estava tão
habituada a ouvir e isso me encantou. Era uma postura ética, um comportamento afetuoso
para conosco. Devo lhe dizer que reunimos depois e decidimos dar a ela a cesta deixando a
rifa de lado. (...) Espero ter me feito entender. Se os cristãos falassem mais de vida, e menos
de igreja, acho que pessoas tão indiferentes como eu era, já teriam sido tocadas.
Os mandamentos de Deus não são pesados, mas não se pode dizer o mesmo daqueles que
nós criamos. Ás vezes, por nós mesmos para nós mesmos. Muitos somos exigentes demais
conosco mesmos, exigindo o que não podemos realizar, em termos de tarefas ou de metas
inalcançáveis, que só produzem culpa. Se somos demasiadamente exigentes, devemos parar
um pouco e verificar porque temos agido assim. Será que não estamos repetindo os pais, de
quem tanto reclamamos por suas exigências descabidas? Não exijamos de nós mesmos mais
do que Deus pede. Será que não estamos querendo agradar a homens, quando devemos ter
em mente o que Deus pede de nós, o que inclui expectativas razoáveis das outras pessoas
para conosco?

3. PADRÕES ELEVADOS
Os mandamentos de Deus não são pesados, mas seus padrões são elevados, tanto para a
mente, quando para o coração e para o corpo. Muitas instruções que aparecem especialmente
no livro de Levítico têm uma fase final, aparentemente sem relação com o mandamento. "Eu, o
Senhor seu Deus, sou santo".
Tudo o que vem de Deus é bom e elevado. E não poderia ser diferente.
Quando ouvimos Jesus, ele põe o próximo como o elo mais fraco destes mandamentos. E este
elo mais fraco é o critério pelo qual a nossa obediência é aferida. João entende isto de maneira
magistral.
. "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus e todo aquele que ama o Pai
ama também o que dele foi gerado. Assim sabemos que amamos os filhos de Deus: amando a
Deus e obedecendo aos seus mandamentos. Porque nisto consiste o amor a Deus: em
obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados" (1João 5.1-3).

Para entender esses três versículos, precisamos ler os dois anteriores:


. "Se alguém afirmar: 'Eu amo a Deus', mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama
seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ele nos deu este mandamento:
Quem ama a Deus, ame também seu irmão" (1João 4.20-21)

Não tem algo mais difícil que amar ao próximo. O padrão é elevado, elevado mas palpável.
Elevado, mas possível.

Quero sugerir quatro grupos de pessoas para quem os mandamentos de Deus são pesados.

1. Os mandamentos de Deus são pesados para aqueles que os consideram impossíveis.


Não são. São difíceis, mas não impossíveis de serem vividos. Devem ser vistos como metas
para a vida toda, para serem vistas e revistas, buscadas e rebuscadas. Devemos buscar segui-
los. Quando fracassamos, devemos pedir perdão a Deus e força para continuar tentando vive-
los.
Seja o nosso grupo o grupo dos que, mesmo os sabendo elevados, querem-no como suas
bússolas.
2. Os mandamentos de Deus são pesados para aqueles que optaram por seguir sua própria
vontade, não a de Deus, expressa em Sua Palavra. Para estes, entre seus impulsos e os
mandamentos de Deus, ficam com seus impulsos.
Nossa vontade é forte e muitas vezes leva à morte. A vontade de Deus é para ser seguida em
liberdade, mas traz alegria. É uma questão de escolha, entre o certo (a vontade de Deus) e o
duvidoso (nosso desejo)

3. Os mandamentos de Deus são pesados para os que se deixaram contaminar pelos valores
do mundo.
O "presente século", na expressão do apóstolo Paulo, é muito contagiante. Ele vence pela
repetição, pelo cansaço e pelo prazer. Os valores do século se apresentam como politicamente
corretos e racionais, apresentando-se como direitos que merecemos. Soam irresistíveis,
embora seu fim seja a perdição, porque seu deus é o ventre e sua "glória se assenta no que é
vergonhoso; os quais só cuidam das coisas terrenas" (Filipenses 3.19).

4. Os mandamentos de Deus são pesados para aqueles que não consideram os benefícios
eternos desses mandamentos.
Quando lemos os Dez Mandamentos, só um tem uma promessa (o que pede honra aos pais).
No entanto, o cumprimento dos mandamentos tem um preço. A Bíblia chama de bem-
aventurados (felizes) os que levam a sério os mandamentos de Deus, relacionando-os a
bênçãos. Para os que não os levam a sério, as conseqüências são tristes. Paulo nos lembra
que Deus faz convergir as coisas para o bem daqueles que amam a Deus. Que promessa
bonita! E quem ama a Deus? É quem obedece aos seus mandamentos.

4. A SUSTENTÁVEL LEVEZA DOS MANDAMENTOS DE DEUS


Há mandamentos. Deus nos oferece centenas de mandamentos e espera que os cumpramos.
Eles são resumidos em dois, para facilitar nossa compreensão, mas são muitas, para as várias
situações de nossas vidas.
Não nos deixemos enganar, portanto. Há mandamentos, mas eles não são pesados, por três
razões, entre outras.

1. Os mandamentos de Deus não são pesados porque são oferecidos por Quem nos conhece,
nos ama e visam o nosso bem
Deus conhecesse os nossos desejos e os nossos limites. Se nos pede algo, é porque
podemos.
Como nos conhece, Deus nos propõe mandamentos que, se cumpridos, resultarão em nosso
bem. Todos os mandamentos são para o nosso bem, para nos fortalecer, nos aperfeiçoar, nos
proteger, nos desenvolver.

2. Os mandamentos de Deus não são pesados porque Deus mesmo nos ajuda a cumpri-los.
Deus nos ama. Por nos amar, nos orienta e nos fortalece no caminho da obediência. Quando
desobedecemos, puxa-nos de novo para o bom caminho. Seu Espírito nos sopra palavras de
conselhos. Sua Palavra é plena de orientação.

3. Os mandamentos de Deus não são pesados porque são obedecidos por quem ama.
A obediência a Deus demonstrada por um homem ou por uma mulher de Deus é moldada pelo
amo. E o que é feito com amor não pesa.
Pesa para a mãe amamentar seu filho?
Pesar para os pais ou avós carregar no colo um bebê querido?
Pesa andar de mãos dadas com quem se ama, mesmo que seja para evitar que um tropece?
Pesa servir de cálice paras as lágrimas da pessoa amada?
Pesa obedecer a Deus, nosso amor maior?
Se amamos a Deus, Seus mandamentos não são pesados. Meça concretamente o seu amor
por Deus vendo como os mandamentos dEle são vividos por você.

5. UMA QUESTÃO DE FÉ
Por último, uma pergunta se impõe: o que precisamos fazer para seguir os mandamentos de
Deus?
Volto a 1João e encontro a resposta, no versículo seguinte:
. "Todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a
nossa fé" (1João 5.4).

Pela fé, compreendo que tenho uma natureza regenerada. Embora dentro de mim se trave
uma luta, já escolhi o lado da luta: o lado de Deus.
Pela fé, descubro que venço o mundo (aqui entendível como o conjunto de meus desejos,
embebidos dos valores da sociedade em que vivo) pela fé.
Pela fé, entendo que as regras de Deus são as melhores para mim e para o mundo. Se o
mundo não as quer para si, eu as quero.
Pela fé, aceito que os mandamentos de Deus são expressões do seu cuidado. Se assim os
considero, por uma questão de obediência e inteligência, tudo farei para os seguir.
Que Deus, então, me abençoe.

Quem Ama a Deus?


INTRODUÇÃO

A pessoa que ama a Deus é aquela que lhe entregou verdadeiramente o seu coração,
permitindo que Ele opere na sua vida segundo a Sua Vontade, porque O ama sobre todas
as coisas, não mede esforços para fazer a Sua vontade, busca em primeiro lugar o Seu
Reino (Mt 6.33) e trabalha para o seu crescimento. Quem ama a Deus? Como podemos
saber se amamos a Deus? A Bíblia nos mostra as características de quem
verdadeiramente ama a Deus:

1. É Nascido de Deus – 1 João 4.7


É preciso nascer de Deus para amar a Deus, pois a Palavra diz que “qualquer que ama é
nascido de Deus” (Jo 3. 1-7)). Ser nascido de Deus significa ser gerado pela Palavra de
Deus conforme está escrito em Tg 1.18: “Segundo a sua vontade. Ele nos gerou pela
palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas”.

2. Conhece a Deus – 1 João 4.7.

Nesse texto estáescrito que “qualquer que ama a Deus é nascido de Deus e conhece a
Deus”. Conhecer a Deus significa guardar os Seus mandamentos, segundo o que está
registrado no livro de 1 Jo 2.3. Devemos buscar continuamente a Presença do Senhor e
procurar conhecê-lo e cultivar a intimidade com Ele a cada dia ( Os 6.3). Quem conhece a
Deus sabe o quanto Ele nos amou ao enviar o Seu único Filho Jesus para morrer na cruz
para nos salvar e nos dar a vida Eterna (Jo 3.16)).

3. Ama o Seu próximo – 1 Jo 4.20

Nesse versículo, está escrito: “Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão é
mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a seu irmão a
quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a
seu irmão”.A pessoa que ama o seu próximo é aquela que ama primeiramente a Deus,
porque Deus é amor e quem não tem amor por Deus também não pode amar a seu irmão.
4. Guarda os Seus Mandamentos – João 14.21

Nesse texto do evangelho de João, Jesus caracteriza perfeitamente a pessoa que ama a
Deus: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e
aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”.
Guardar os mandamentos de Deus significa obedecer a tudo quando está escrito na
Palavra de Deus (Jos 1.8). Ainda em 1 Jo. 5.3, podemos ler: “Porque este é o amor de
Deus que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados”.

5. Apascenta Suas Ovelhas – João 21.15-17

Nesse texto que lemos, Jesus perguntou a Pedro três vezes se ele O amava e, em todas
as três vezes, Pedro Lhe respondeu que O amava. Na primeira vez que Jesus lhe
perguntou ” Simão filho de Jonas, amas-me mais do que a estes? E, após Pedro lhe
responder: “Sim Senhor, tu sabes que te amo” Jesus, lhe disse: “Apascenta os meus
cordeiros”. Na segunda vez que Jesus lhe fez a mesma pergunta, Pedro Lhe respondeu da
mesma maneira e, também, desta vez, Jesus lhe acrescentou: “Apascenta as minhas
ovelhas”.

Quando Jesus lhe dirigiu a mesma pergunta pela terceira vez, Pedro se entristeceu e disse
a Jesus: “Senhor tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. E Jesus tornou a dizer-lhe:
“Apascenta as minhas ovelhas”. Entendemos que esta é uma prova do nosso amor a
Deus, pois assim como Ele nos alcançou com o Seu amor, nós também devemos amar o
nosso próximo, ganhando almas e fazendo discípulos para o Senhor para que o Seu Reino
venha crescer mais e mais.

CONCLUSÃO

Resumindo, concluímos que aquele que ama a Deus é nascido de Deus, conhece a Deus,
ama o seu próximo, guarda os mandamentos de Deus e apascenta as Suas ovelhas.
Dessa forma, entendemos que Deus quer usar a vida de cada pessoa que O ama para
expressar esse amor também pelo seu próximo (1 Jo 5.1), contribuindo para que ele trilhe
o mesmo Caminho da Verdade – JESUS, que o conduzirá a Deus.

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Amamos a Deus de Verdade?


Texto: João 14.21

INTRODUÇÃO

Na semana anterior, aprendemos que o verdadeiro amor a Deus não se expressa só com
palavras, mas também com atitudes. A nossa entrega a Deus, a busca constante em
oração, jejum, presença nas atividades da igreja, meditação na Sua Palavra, não deve ser
só nos momentos de angústia, mas também nos momentos em que tudo está bem. Tudo
isso Deus requer de Seus filhos e, quando assim agimos, Deus se agrada de nós. Quem é
que ama a Deus e quem é que não O ama? O texto que acabamos de ler nos oferece duas
indicações para identificarmos quem ama a Deus: a primeira é ter os mandamentos de
Deus e a segunda é guardar os Seus mandamentos. Em seguida veremos as promessas
que Deus tem para aqueles que O amam.

1. QUE SIGNIFICA TER OS MANDAMENTOS

Ter os mandamentos não quer dizer ter os mandamentos todos de cor ou ter uma Bíblia
aberta no Salmo 91 no meio ou num canto da sala e lê-la como um mero ritual, mas sim ler
a Palavra de Deus diariamente para meditar nos seus ensinamentos (Sl 119.15, 16),
conhecê-los, recebê-los de Deus e crer neles, reconhecendo que são a Vontade de Deus
expressa na Sua Palavra.

2. QUE SIGNIFICA GUARDAR OS MANDAMENTOS

Jesus diz que aquele que O ama guarda os Seus mandamentos. Mandamentos
representam tudo que Deus nos ordena e ensina na Sua Palavra e não apenas os 10
Mandamentos que estão em Ex 20. Amar é mais do que dizer palavras adoráveis: é um
compromisso e uma conduta. Quem ama a Cristo prova o seu amor guardando o que Ele
ordena na Sua Palavra. “Guardar”, nesse contexto significa obedecer, praticar o que na
Palavra está escrito. E guardar os mandamentos de Deus significa ser um cumpridor da
Palavra e obedecer aos seus mandamentos (Tg 1.23), ter uma vida comprometida com o
que nela está escrito, meditando diariamente nos seus ensinamentos e tendo uma vida
transformada continuamente.

3. PROMESSAS DE DEUS PARA OS QUE O AMAM

São três as promessas de Deus na Sua Palavra para aqueles que O amam, conforme o
ensino de Jesus: “será amado de meu Pai”, “e eu o amarei ” e ” me manifestarei a ele”.
Observamos que quem ama a Deus é amado duplamente, pois é amado, ao mesmo
tempo, por Deus e por Jesus. Ser amado por Deus e por Seu Filho Jesus é o maior bem
que uma pessoa pode ter. Deus expressa o Seu amor para conosco quando nos quer
perto d?Ele e por essa razão elaborou o Seu plano de salvação para nós, entregando o
Seu único Filho para morrer por nós, pecadores ( Rm 5.8; Jo 3.16). E Jesus nos ama tanto
que obedeceu ao Pai se entregando àquela morte na cruz do Calvário, onde derramou ali o
Seu sangue para nos redimir da morte eterna que significa ficar separado de Deus para
sempre ( Rm 3.23).

Além de sermos amados por Deus e por Jesus, quando amamos a Deus, Ele se manifesta
a nós, isto é, manifesta a Sua Presença, a Sua Glória. Um exemplo na Bíblia de um
homem que muito amava a Deus e rogou-Lhe que queria ver a Sua Glória foi Moisés ( Ex
33.18 -23).Encontramos a Presença gloriosa de Deus na intimidade que cultivamos com
Ele. Deus se manifesta a nós ao responder nossas orações, ao nos tocar com Seu toque
de cura, ao nos ouvir e falar conosco, enfim, ao nos abençoar ( Dt 28.1-14).

CONCLUSÃO

Amar a Deus de verdade significa, portanto ter os mandamentos de Deus que significa
reconhecê-los como a Sua Vontade expressa na Palavra e guardá-los, que quer dizer,
obedecer a tudo quanto nela está escrito. Quem assim agir, receberá o amor de Deus
nosso Pai e de Jesus, Seu Filho e ainda a grande bênção de Jesus se manifestar com a
Sua Presença.

Você ama a Deus?

João 14.21

- Introdução: Muitas pessoas dizem que amam a Deus, mas quais seriam as
características de quem realmente ama a Deus? Aquele que ama a Deus tem:
1- Ouve os mandamentos:“aquele que tem os meus mandamentos”.

Quando ouvimos a Palavra de Deus recebemos a fé (Romanos 10.17). Devemos guardar


a Palavra no coração (Salmo 119.11). O mandamento de Deus é o amor (João 14.15).

Quando amamos uma pessoa temos prazer em ouvi-la.

2- Guarda os mandamentos: “e os guarda, esse é o que me ama”.

O amor deve ser demonstrado com atitudes mais que palavras. Nossas atitudes
determinam o que somos (Tiago 1.22). Quem obedece a Deus está mostrando o seu amor
ao Senhor (I João 4.21).

3- Conhece a Jesus: “me manifestarei a ele”.

A maior bênção de amar a Deus é conhecer a Jesus e seu grandioso amor porque “todas
as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”(Romanos 8.28). Quanto
mais conhecemos a Jesus mais o amamos.

-Conclusão: Se você ama a Deus então procure ouvir e obedecer à sua Palavra para
conhecer a Jesus cada vez mais em sua vida.

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