Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé
Disciplina Saúde da Mulher (Ginecologia e Obstetrícia)
- Internato -
Discussão de Caso Clínico:
Caso Clínico 14:
Uma mulher de 50 anos, Gesta IV / Para IV (PN) / Aborto 0, vai
ao consultório para exame de rotina e se queixa de nodulação indolor em mama direita com surgimento há cerca de 6 meses. Ela fez uso de preservativo (condon) como método contraceptivo até entrar na menopausa, o que ocorreu há 1 ano. A história familiar não é significativa para câncer. A história cirúrgica inclui histerectomia para miomas uterinos sintomáticos (metrorragia importante) há 5 anos. Nega história de IST ou exame colpocitológico anormal. Relata ter amamentado os quatro filhos normalmente. Ela traz uma mamografia e uma ultrassonografia das mamas, ambas realizadas há 3 meses e ambas são normais.
Ao exame a PA é 120 x 70 mmHg, FC é 80 bpm e está afebril. A
tireoide é normal à palpação. O exame do coração e pulmões é normal. As mamas são simétricas, sem descarga papilar. A mama direita apresenta uma tumoração indolor, móvel, medindo +/- 1,5cm, localizada no QSL (posição 10h), sem alterações cutâneas ou adenopatias. O abdome está sem anormalidades.O exame bimanual revela ausência de útero e anexos ou de massas anexiais.
Qual o diagnóstico mais provável ?
Massa mamária.
Qual é o próximo passo para confirmar o diagnóstico?
Visto que a paciente já realizou MMG e USG de mamas e que mesmo estes estando normais (possibilidade de falsos- negativos) não se pode excluir CA de mamas, principalmente pela idade dessa paciente (idade é o fator de risco mais importante para o CA de mamas), deve-se realizar biópsia central por agulha do nódulo (a PAAF – biópsia por aspiração com agulha fina – não diferencia carcinoma ductal in situ do invasor).
Qual é o plano terapêutico para essa condição?
Deve-se combinar o exame clínico (alterado), exame de imagem (normal) e resultado da biópsia. Caso a biópsia venha alterada deve-se realizar a excisão do nódulo para avaliar malignidade.
Desempenho da ecografia mamária na identificação do tumor residual pós-quimioterapia primária e a concordância entre a aferição ultrassonográfica e histopatológica