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A MORADIA DE INTERESSE SOCIAL COMO ESPAÇO DIGNO1

Bernadete Cássia Santiago Lima Almeida 2

RESUMO: A habitação de interesse social é um programa da Política Nacional de


Habitação, do Governo Federal para assegurar o direito à moradia digna e que tem
como perspectiva a redução do déficit habitacional. Este trabalho propõe analisar
essas moradias como um espaço o qual abriga o primeiro mundo do ser humano,
onde são colocados os seus sonhos, suas lembranças e seus devaneios. Ver-se a
necessidade de caracterizar os moradores que conviverão em comunidade não só
através da renda, mas através de seus hábitos e costumes para poder produzir
moradias dignas a esse grupo de novos habitantes destes espaços urbanos.
Habitação de interesse social, Politica Nacional de Habitação, Psicologia
Comunitária, Psicologia ambiental.

ABSTRACT: The social housing is a program of the National Housing Policy of the
Federal Government to ensure the right to adequate housing and whose perspective
reducing the housing deficit. This work aims to analyze these villas as a space which
houses the world's first human that posts your dreams, your memories and your
daydreams. See the need to characterize the residents who will live in the community
not only by income but by their habits and customs in order to produce decent
housing to this group of new residents of these urban spaces.

Social Housing, National Housing Policy, Community Psychology,


Environmental Psychology.

1. INTRODUÇÃO

Habitação social ou habitação de interesse social é um modelo de habitação


proposto à população de baixa renda que tem dificuldade ou empecilho no acesso à
moradia através dos mecanismos normais do mercado imobiliário. Empreendimentos
habitacionais de interesse social são geralmente de iniciativa pública e têm como
objetivo reduzir o déficit habitacional de imóveis residenciais de baixo custo, dotados
1
Artigo apresentado, em março/2013, como avaliação da Disciplina Desenho, Espaço e Pesquisa, do Curso de
Mestrado em Desenho, Cultura e Interatividade, na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
2
Aluna Especial do Mestrado de Desenho, Cultura e Interatividade, Especialista em Gerenciamento da
Construção Civil (UEFS) e Graduada em Arquitetura e Urbanismo (UFBA). E-mail: Bernadete.lima@gmail.com
de infraestrutura (redes de abastecimento d'água, esgotamento sanitário e energia
elétrica) e acessibilidade. Alguns empreendimentos também visam a realocação de
moradias irregulares ou construídas em áreas de risco. (Wikipédia livre, em
18/02/2014)
A Constituição Federal de 1988, no Artigo 6 assegura o direito à moradia
digna como um dos diretos fundamentais.
O Governo Federal lança mão a programas de Política Nacional de
Habitação, o qual tem como perspectiva a redução do déficit habitacional brasileiro.
As moradias de interesse social no Brasil têm as mesmas características
arquitetônicas, sendo que o país é vasto de costumes e hábitos.
Existem famílias que utilizam, também, a sua moradia para gerar renda e o
programa desenvolvido pelos governos federais tem, geralmente, área reduzida.
Segundo, Rodrigues (1991), no interior da casa é onde se realizam outras
necessidades, além de ter um abrigo, é onde se dorme, tem-se privacidade, faz-se
as refeições, a higiene pessoal, convive-se com o grupo doméstico, dentre outros
hábitos. A moradia serve muitas vezes de local para desenvolver trabalhos para a
própria manutenção, como lavar, cozinhar, passar e para gerar renda para a
subsistência.
Para Bachelard (1993), não se trata de descrever casas, de padronizar-lhes
os aspectos pitorescos e de analisar as razões de seu conforto, ou seja, é preciso
superar os problemas de descrição, sejam esses objetivo ou subjetivo à função
original do habitar. É preciso dizer como habitamos o nosso espaço vital conforme
com todas as dialéticas da vida, como nos enraizamos, dia a dia, num “canto do
mundo”, a casa.
Nos Programas Habitacionais do Governo Federal há uma grande
preocupação em reduzir o déficit habitacional e muitas vezes, deixando de fazer
uma análise criteriosa para saber os costumes dos moradores, como também suas
necessidades financeiras, pois muitos destes moradores utilizam sua própria
residência para gerar renda.
Em muitos casos, por se tratar de moradias comunitárias, ou seja,
condomínios ou conjuntos habitacionais, é necessário caracterizar os moradores
que ali conviverão em comunidade não só através da renda como também através
de seus hábitos e costumes para poder produzir moradias dignas a esse grupo de
novos habitantes destes espaços urbanos.
2. POLÍTICA NACIONAL DE HABITAÇÃO

O Ministério das Cidades foi criado em 1 de janeiro de2003, tendo como


objetivo combater as desigualdades sociais, transformando as cidades em espaços
mais humanizados, ampliando o acesso da população à moradia, ao saneamento e
ao transporte. Foi orientado para cumprir o pacto federativo com a finalidade de
realizar diagnósticos, definir e implementar os programas habitacionais, porém o
desafio era detectar os problemas urbanos existentes com o déficit habitacional e de
infraestrutura urbana.
A Politica Nacional de Habitação é regida pelos seguintes princípios: direito à
moradia digna; função social da propriedade urbana possibilitando melhor
ordenamento e melhor controle do uso do solo; questão habitacional como uma
política de Estado; gestão democrática com participação dos diferentes segmentos
da sociedade e articulação das ações de habitação à política urbana integrado com
as demais políticas sociais e ambientais (Cadernos MCidades Habitação, 2006).
O diagnóstico da situação habitacional gera números, gráficos, etc. a partir de
dados do Censo Demográfico através do Instituto Brasileiro de Estatística e
Geografia (IBGE), sendo este uma fonte a qual identifica os problemas brasileiros.
De acordo com a Política Nacional de Habitação, no Brasil, milhões de
famílias estão excluídas do acesso à moradia digna, sendo que a necessidade
quantitativa corresponde a 7,2 milhões de novas moradias, destas 5,5 milhões nas
áreas urbanas e 1,7 milhões nas áreas rurais. A região Nordeste agrega a maioria
da população urbana do país com 32,4% e o Sudeste com 39,5% (Cadernos
MCIDADES Habitação, 2006)
Muitas famílias vivem em assentamentos precários marcados pela
inadequação de suas habitações e pela irregularidade do acesso à terra decorrente
da falta de políticas públicas que tenha como objetivo a ampliar o acesso à terra
urbanizada junto à limites estruturais do mercado de moradias em números
suficiente, com isso há um crescimento dos domicílios favelados superando as taxas
de crescimento dos domicílios totais no País (Cadernos MCidades Habitação, 2006).
O aumento das favelas e dos loteamentos irregulares é a maneira que a
população de baixa renda adota para solucionar essa falta de moradia ao longo de
décadas em que o déficit vem avolumando.
Outro ponto importante em se tratando de habitação de interesse social é a
degradação provocada pela falta de manutenção de conjuntos habitacionais
construídos a partir da década de 60 é fenômenos que assume proporções
significativas em algumas cidades (Cadernos MCidades Habitação, 2006).

3. MORADIA COMO ESPAÇO POÉTICO

Foi utilizada como respaldo a obra de Bachelard, “A Poética do Espaço”


(1993), o qual dentre uma subjetividade no tocante ao espaço, conduz ao
conhecimento de uma maneira diferente de olhar, perceber e sentir o mundo.
Segundo Bachelard a casa é o nosso canto no mundo, sendo ela nosso
primeiro universo. Os escritores da “casinha humilde” evocam com frequência esse
elemento da poética do espaço. O ser abrigado sensibiliza os limites do seu abrigo,
vivendo em sua casa sua realidade e sua virtualidade, através do pensamento e dos
sonhos.
Para Bachelard (1993) a casa é uma das maiores forças de integração para
os pensamentos, as lembranças e os sonhos do homem, tendo como princípio o
devaneio. É ela que mantém o homem através das tempestades do céu e a
tempestade da vida, sendo esta o primeiro mundo do ser humano.
Bachelard (1993) aborda os espaços como o porão, o sótão, cantos e
corredores como guardiões de lembranças. Para ele esses locais tem valor de
concha.

A casa é um corpo de imagens que dão ao homem razões ou ilusões de


estabilidade. Incessantemente reimaginamos a sua realidade: distinguir
todas essas imagens seria revelar a alma da casa; seria desenvolver uma
verdadeira psicologia da casa.” (BACHELARD, 1993, pg. 36)
Na percepção de Bachelard (1993, pg. 62), na harmonia dinâmica do homem
com a casa, nessa rivalidade dinâmica entre a casa e o universo, estamos longe de
qualquer referencia às formas geométricas, pois a casa vivida não se reflete a uma
caixa inerte. O espaço habitado transcende o espaço geométrico.

4. O SIGNIFICADO DA MORADIA E SEUS ESPAÇOS

Conforme Rodrigues (1991) é preciso morar de alguma maneira, seja no


campo, em cidades do interior ou na metrópole, pois esta é uma das necessidades
básicas do ser humano.
As casas destinadas à moradia de interesse social, seguem um programa de
necessidades básicas, as quais não cabem uma família com mais de um filho.
Segundo Freitas (2004), na década de 60 muitas famílias foram levadas a
morar em conjuntos habitacionais populares, os quais eram construídos em larga
escala na periferia das cidades brasileiras. Neles apresentaram grandes problemas
técnicos e sociais correlacionado a esse tipo de moradia, apontados por aqueles que
trabalham na área de habitação e planejamento urbano. Dentre inúmeras críticas as
que mais sobressam são as relacionadas à más implantações urbanas dos
conjuntos, à monotonia e péssima qualidade dos projetos urbanísticos e
arquitetônicos, a falta de qualidade na execução destes empreendimentos e aos
riscos de formação de guetos, socialmente excluídos do restante das cidades.
Freitas (2004) exemplifica essa situação através do filme “Cidade de Deus”, o qual
mostra a realidade de um desses conjuntos habitacionais, os quais continuam sendo
produzidos com as mesmas características.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Morar é uma das necessidades básicas do ser humano.


Moradia digna é um dos direitos fundamentais estabelecido pela Constituição
Federal de 1988.
Políticas Públicas vem criando leis, decretos. Normatizando desde à
concepção do projeto até a construção de grandes obras para implantação de
condomínios ou conjuntos habitacionais com a finalidade de reduzir o déficit
habitacional no Brasil, porém nota-se à necessidade de uma análise mais profunda
no comportamento destes moradores para diagnosticar problemas de convivências,
seja no interior da residência como também no espaço que está inserido; seja em
condomínio ou em conjuntos habitacionais, decorrentes destes espaços para que se
possa reestruturar as novas moradias com as reais necessidades desta
comunidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Maria Selma de Castro. Os Donos da Casa: Das Políticas de habitação


aos Significados da Moradia. Dissertação apresentada ao Curso de mestrado
Acadêmico em Políticas Públicas e Sociedade, da Universidade Estadual do Ceará,
Fortaleza, CE, 2005.

BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1993.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1988 – TÍTULO I: Dos Princípios Fundamentais,


CAPÍTULO II: Dos Direitos Sociais, Artigo 6º.

CADERNOS MCIDADES HABITAÇÃO. Política Nacional de Habitação 4.


Ministério das Cidades, 2006.

FREITAS, Eleusina Lavôr Holanda de. Como qualificar conjuntos habitacionais


populares. Brasília: Caixa Econômica Federal, 2004.

HABITAÇÃO SOCIAL, Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: <


http://www.pt.wikipedia.org/wiki/Habitacao_social >. Acesso em 18/02/2014.

RODRIGUES, Arlete Moysés. Moradias nas Cidades Brasileiras. 4ª ed., São


Paulo: Ed. Contexto, 1991.

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