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1ª - Questão:

MARIA, diante do desaparecimento do seu cônjuge, CARLOS, ajuíza demanda requerendo a


declaração de ausência ao argumento de que CARLOS desapareceu desde 10/07/2002.
O Ministério Público ao se manifestar sobre o pedido inicial, solicitou que a requerente
esclarecesse se pretendia dar prosseguimento na ação declaratória de ausência. Isso porque,
o que se verifica, in casu, é que a pretensão da autora consiste, na verdade, em obter benefício
previdenciário, e, além disso, o ausente não deixou bens.
Nada obstante o alerta do parquet, a autora solicitou e insistiu no prosseguimento da demanda,
quando então o juiz de primeiro grau, após o regular procedimento, prolatou sentença,
julgando o pedido procedente, para declarar CARLOS ausente, a partir da sentença.
Irresignada, a autora recorre postulando a retroação da data da declaração de ausência para
a mesma data do desaparecimento (10/07/2002).
Analise a pretensão deduzida por MARIA e diga se a tese recursal merece acolhida.
Fundamente.

No caso em tela, a pretensão de Maria não merece prosperar, uma vez que a
declaração de ausência não possui efeito retroativo, para a autora conseguir o referido efeito,
deveria ter ingressado com a demanda requerendo a declaração de morte presumida, de
forma que declarando-se a morte, a sentença teria seus efeitos até a data do falecimento.
Sendo assim não cabe a autora requerer os efeitos, já que o meio foi impróprio.

2ª - Questão:
Bernardina Margarida ajuizou ação indenizatória em face de XYZ Seguros S.A., alegando que
faz jus a seguro de vida por morte, tendo em vista decisão judicial com trânsito em julgado que
reconheceu a ausência de seu pai, desaparecido há quase cinco anos.
A autora afirma que a decisão deve contemplar a dificuldade financeria em que se encontra e
a vontade do legislador, que preconiza a transmissão de bens aos herdeiros, mesmo em sede
de sucessão provisória - a qual estabelece por si só a presunção de óbito, conforme
interpretação do art. 28 do CC.
Em contestação, XYZ Seguros S.A. sustenta que o pedido deve ser julgado improcedente, uma
vez que apenas a declaração de morte, que não se confunde com a declaração de ausência,
enseja o seguro pretendido pela autora. Ademais, a sucessão provisória não garante a
propriedade dos bens.
Decida a questão.

De acordo com a melhor doutrina e jurisprudência, resta razão à seguradora.


Segundo o art. 744 do CPC, declarada a pessoa ausente, o juiz mandará
arrecadar seus bens, nomeando-lhe curador, se for o caso. Em seguida, mandará publicar,
durante um ano, editais na internet, no sítio do tribunal a que estiver vinculado e na plataforma
de editais do Conselho Nacional de Justiça. Se não for possível a publicação virtual, o edital
será publicado na Imprensa Oficial e na imprensa da comarca, de dois em dois meses, durante
um ano, convocando o ausente a reaparecer. De acordo com o art. 26 do CC, após um ano
da arrecadação dos bens do ausente, os interessados poderão requerer ao juiz a abertura da
sucessão provisória do ausente. Os interessados, consoante o art. 27 do CC, são o cônjuge,

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os herdeiros, os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte e os
credores de obrigações vencidas e não pagas. A
Aberta a sucessão provisória, os herdeiros receberão a herança do ausente, e
os credores serão pagos. A sucessão é, porém, provisória, ou seja, se o ausente reaparecer
em período de 10 anos, contados da abertura da sucessão provisória, terá direito a reaver
dos herdeiros todos os seus bens. Se estes já tiverem sido dissipados, os herdeiros terão que
indenizá-lo. Aliás, ao receberem os bens a título provisório, os herdeiros deverão prestar
caução de restituição. Em outras palavras, deverão oferecer garantias reais (hipoteca, penhor
etc.) ou pessoais (fiança) de que restituirão os bens ao ausente, caso este reapareça. Exceção
feita aos ascendentes, aos descendentes e ao cônjuge, que podem receber os bens
independentemente de garantia. Quanto aos credores, é lógico que estes recebem a título
definitivo, nada tendo, pois, a restituir ao ausente ressurgido.
Escoados esses 10 anos, os interessados poderão requerer a conversão da
sucessão provisória em definitiva, quando, então, os herdeiros adquirem os bens a título
definitivo. Uma vez aberta a sucessão definitiva, o ausente se presumirá morto. Apesar disso,
caso retorne, no prazo de 10 anos, terá direito a receber os bens no estado em que se
encontrarem. Se alienados os bens, receberá o preço que os herdeiros houverem percebido
no negócio. Se permutados, receberá os bens que substituíram os antigos etc.
Caso algum herdeiro do ausente tenha sido esquecido na sucessão provisória,
terá o prazo de 20 anos, contados da abertura da sucessão provisória para pleitear seu
quinhão. Se o requerimento for apresentado durante a sucessão provisória, a herança original
será repartilhada. Mas se o requerimento for apresentado durante os 10 anos seguintes à
abertura da sucessão definitiva, a herança será repartilhada não como era originalmente, mas
no estado em que se encontrar.
De todo modo, na hipótese de o ausente ou algum de seus descendentes ou
ascendentes comparecer ao juízo do inventário, para requerer a entrega de seus bens, serão
citados para contestar o pedido os sucessores provisórios ou definitivos, o Ministério Público
e o representante da Fazenda Pública, observando-se o procedimento comum (art. 745, § 4.º,
CPC).
A sucessão definitiva poderá ser requerida em mais três casos. Primeiramente,
a qualquer tempo, se o ausente for encontrado morto. Em segundo lugar, se o ausente contar
80 anos, e houver decorrido cinco anos de suas últimas notícias. Por fim, nas hipóteses de
morte presumida, como veremos a seguir.
Nesse diapasão, o STJ:
RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. SEGURO DE VIDA.
DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA DA SEGURADA. ABERTURA DE
SUCESSÃO PROVISÓRIA. PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO.
NECESSIDADE DE SE AGUARDAR A ABERTURA DA SUCESSÃO
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DEFINITIVA, QUANDO SERÁ PRESUMIDA A MORTE DA PESSOA
NATURAL.
1. O instituto da ausência e o procedimento para o seu reconhecimento
revelam um iter que se inaugura com a declaração, perpassa pela abertura
da sucessão provisória e se desenvolve até que o decênio contado da
declaração da morte presumida se implemente.
2. Transcorrido o interregno de um decênio, contado do trânsito em julgado
da decisão que determinou a abertura da sucessão provisória, atinge sua
plena eficácia a declaração de ausência, consubstanciada na morte
presumida do ausente e na abertura da sua sucessão definitiva.
3. A lei, fulcrada no que normalmente acontece, ou seja, no fato de que as
pessoas, no trato diário de suas relações, não desaparecem intencionalmente
sem deixar rastros, elegeu o tempo como elemento a solucionar o dilema,
presumindo, em face do longo transcurso do tempo, a probabilidade da
ocorrência da morte do ausente.
4. Estabelecida pela a lei a presunção da morte natural da pessoa
desaparecida, é o contrato de seguro de vida alcançado por esse
reconhecimento, impondo-se apenas que se aguarde pelo momento da morte
presumida e a abertura da sucessão definitiva.
5. RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.
(REsp 1298963/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO,
TERCEIRA TURMA, julgado em 26/11/2013, DJe 25/02/2014)

3ª - Questão:
A respeito do domicílio da pessoa natural, pergunta-se:
a) É possível haver coincidência entre os conceitos de residência e domicílio?
b) O que significa domicílio múltiplo?
c) Assinale a distinção do domicílio necessário ou legal do voluntário.

4) Sim, uma vez que o artigo 70 do CC, ao definir como local de fixação da residência como
definitivo, nada impede que ela resida de fato, que exerça ali uma situação de fato.
b) Considera como domicilio múltiplo, a situação em que a pessoa natural, possua várias
residências e intercale e viva em cada uma delas, conforme artigo 71 do CC.
c) A diferença entre domicilio necessário e domicilio voluntario, é que no primeiro, a lei irá
determinar o local onde será fixada a residência, sendo os casos previstos no artigo 76 do
CC, já o voluntario é aquele em que a pessoa natural, irá escolher onde fixará residência.

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