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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2018 - MARCOPOLO S.A.

Versão : 1

Índice

Dados da Empresa
Composição do Capital 1

Proventos em Dinheiro 2

DFs Individuais
Balanço Patrimonial Ativo 3

Balanço Patrimonial Passivo 5

Demonstração do Resultado 7

Demonstração do Resultado Abrangente 8

Demonstração do Fluxo de Caixa 9

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

DMPL - 01/01/2018 à 31/12/2018 11

DMPL - 01/01/2017 à 31/12/2017 12

DMPL - 01/01/2016 à 31/12/2016 13

Demonstração do Valor Adicionado 14

DFs Consolidadas
Balanço Patrimonial Ativo 16

Balanço Patrimonial Passivo 18

Demonstração do Resultado 20

Demonstração do Resultado Abrangente 21

Demonstração do Fluxo de Caixa 22

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

DMPL - 01/01/2018 à 31/12/2018 24

DMPL - 01/01/2017 à 31/12/2017 25

DMPL - 01/01/2016 à 31/12/2016 26

Demonstração do Valor Adicionado 27

Relatório da Administração 29

Notas Explicativas 50

Pareceres e Declarações
Relatório do Auditor Independente - Sem Ressalva 106

Parecer do Conselho Fiscal ou Órgão Equivalente 110

Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras 111


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Índice

Declaração dos Diretores sobre o Relatório do Auditor Independente 112


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Dados da Empresa / Composição do Capital

Número de Ações Último Exercício Social


(Unidades) 31/12/2018
Do Capital Integralizado
Ordinárias 341.625.744
Preferenciais 583.570.265
Total 925.196.009

Em Tesouraria
Ordinárias 0
Preferenciais 3.977.285
Total 3.977.285

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Dados da Empresa / Proventos em Dinheiro

Evento Aprovação Provento Início Pagamento Espécie de Ação Classe de Ação Provento por Ação
(Reais / Ação)
Reunião do Conselho de 10/12/2018 Juros sobre Capital Próprio 01/02/2019 Ordinária 0,09000
Administração
Reunião do Conselho de 10/12/2018 Juros sobre Capital Próprio 01/02/2019 Preferencial 0,09000
Administração

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DFs Individuais / Balanço Patrimonial Ativo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2016
1 Ativo Total 3.792.527 3.423.265 3.411.545
1.01 Ativo Circulante 1.707.722 1.700.659 1.892.263
1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 653.573 739.529 916.995
1.01.02 Aplicações Financeiras 90.345 187.518 227.905
1.01.02.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo através do Resultado 90.345 187.518 227.905
1.01.02.01.01 Títulos para Negociação 90.345 187.518 227.905
1.01.03 Contas a Receber 553.646 376.965 430.715
1.01.03.01 Clientes 553.646 376.965 430.715
1.01.04 Estoques 291.070 238.867 212.116
1.01.06 Tributos a Recuperar 79.699 113.597 86.262
1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 79.699 113.597 86.262
1.01.08 Outros Ativos Circulantes 39.389 44.183 18.270
1.01.08.03 Outros 39.389 44.183 18.270
1.02 Ativo Não Circulante 2.084.805 1.722.606 1.519.282
1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 129.954 82.983 85.751
1.02.01.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo através do Resultado 14.054 14.616 24.966
1.02.01.01.01 Títulos Designados a Valor Justo 14.054 14.616 24.966
1.02.01.04 Contas a Receber 41.635 19.184 9.208
1.02.01.04.01 Clientes 41.635 19.184 9.208
1.02.01.07 Tributos Diferidos 74.265 49.183 51.577
1.02.01.07.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 74.265 49.183 51.577
1.02.02 Investimentos 1.689.117 1.439.932 1.219.929
1.02.02.01 Participações Societárias 1.689.117 1.439.932 1.219.929
1.02.02.01.01 Participações em Coligadas 38.437 35.142 22.216
1.02.02.01.02 Participações em Controladas 1.537.678 1.298.290 1.108.839
1.02.02.01.03 Participações em Controladas em Conjunto 113.002 106.500 88.874
1.02.03 Imobilizado 259.918 196.317 209.571
1.02.03.01 Imobilizado em Operação 259.918 196.317 209.571
1.02.04 Intangível 5.816 3.374 4.031

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DFs Individuais / Balanço Patrimonial Ativo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2016
1.02.04.01 Intangíveis 5.816 3.374 4.031

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DFs Individuais / Balanço Patrimonial Passivo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2016
2 Passivo Total 3.792.527 3.423.265 3.411.545
2.01 Passivo Circulante 964.550 891.164 810.664
2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 110.612 69.769 96.152
2.01.01.02 Obrigações Trabalhistas 110.612 69.769 96.152
2.01.02 Fornecedores 259.382 212.993 173.278
2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 255.742 208.560 168.734
2.01.02.02 Fornecedores Estrangeiros 3.640 4.433 4.544
2.01.03 Obrigações Fiscais 38.362 43.685 22.099
2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 36.861 43.236 21.463
2.01.03.01.01 Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar 36.861 43.236 21.463
2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 1.251 395 591
2.01.03.03 Obrigações Fiscais Municipais 250 54 45
2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 354.166 446.244 397.879
2.01.04.01 Empréstimos e Financiamentos 354.166 446.244 397.879
2.01.04.01.01 Em Moeda Nacional 247.899 335.273 224.332
2.01.04.01.02 Em Moeda Estrangeira 106.267 110.971 173.547
2.01.05 Outras Obrigações 202.028 118.473 121.256
2.01.05.02 Outros 202.028 118.473 121.256
2.01.05.02.02 Dividendo Mínimo Obrigatório a Pagar 34.753 15.325 0
2.01.05.02.04 Adiantamento de clientes 66.326 28.821 20.546
2.01.05.02.05 Representantes comissionados 29.835 21.243 28.181
2.01.05.02.06 Participação dos administradores 5.391 5.027 7.915
2.01.05.02.07 Outras contas a pagar circulante 65.723 48.057 64.614
2.02 Passivo Não Circulante 722.358 633.332 764.472
2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 654.963 569.100 734.178
2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 654.963 569.100 734.178
2.02.01.01.01 Em Moeda Nacional 191.142 398.231 654.705
2.02.01.01.02 Em Moeda Estrangeira 463.821 170.869 79.473
2.02.04 Provisões 67.395 64.232 30.294

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DFs Individuais / Balanço Patrimonial Passivo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2016
2.02.04.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 59.988 51.722 30.294
2.02.04.01.01 Provisões Fiscais 16.407 21.809 14.973
2.02.04.01.02 Provisões Previdenciárias e Trabalhistas 42.617 29.913 15.321
2.02.04.01.04 Provisões Cíveis 964 0 0
2.02.04.02 Outras Provisões 7.407 12.510 0
2.02.04.02.04 Provisão para perda em investimento 7.407 12.510 0
2.03 Patrimônio Líquido 2.105.619 1.898.769 1.836.409
2.03.01 Capital Social Realizado 1.264.622 1.264.622 1.264.622
2.03.02 Reservas de Capital 5.358 6.487 6.982
2.03.02.04 Opções Outorgadas -6.661 -5.532 -5.037
2.03.02.07 Reservas de transações de capital 12.019 12.019 12.019
2.03.04 Reservas de Lucros 662.703 536.188 479.998
2.03.04.01 Reserva Legal 62.276 52.939 49.330
2.03.04.02 Reserva Estatutária 618.873 505.046 453.625
2.03.04.09 Ações em Tesouraria -18.446 -21.797 -22.957
2.03.06 Ajustes de Avaliação Patrimonial 179.602 96.508 84.807
2.03.08 Outros Resultados Abrangentes -6.666 -5.036 0
2.03.08.01 Equiv. Patrim. s/Result. Abrang. Controladas e Coligadas -6.666 -5.036 0

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DFs Individuais / Demonstração do Resultado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 2.323.244 1.670.994 1.582.183
3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -1.921.151 -1.407.393 -1.380.882
3.03 Resultado Bruto 402.093 263.601 201.301
3.04 Despesas/Receitas Operacionais -146.904 -199.944 -9.856
3.04.01 Despesas com Vendas -133.217 -106.440 -87.214
3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -93.472 -89.547 -94.894
3.04.05 Outras Despesas Operacionais -39.852 -65.262 -65.417
3.04.06 Resultado de Equivalência Patrimonial 119.637 61.305 237.669
3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 255.189 63.657 191.445
3.06 Resultado Financeiro -66.777 19.472 80.504
3.06.01 Receitas Financeiras 113.701 233.040 527.882
3.06.02 Despesas Financeiras -180.478 -213.568 -447.378
3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 188.412 83.129 271.949
3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -1.682 -10.959 -52.561
3.08.01 Corrente -26.764 -8.565 -61.743
3.08.02 Diferido 25.082 -2.394 9.182
3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 186.730 72.170 219.388
3.11 Lucro/Prejuízo do Período 186.730 72.170 219.388
3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação)
3.99.01 Lucro Básico por Ação
3.99.01.01 ON 0,20270 0,07841 0,24450
3.99.01.02 PN 0,20270 0,07841 0,24450
3.99.02 Lucro Diluído por Ação
3.99.02.01 ON 0,20183 0,07801 0,24320
3.99.02.02 PN 0,20183 0,07801 0,24320

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DFs Individuais / Demonstração do Resultado Abrangente

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
4.01 Lucro Líquido do Período 186.730 72.170 219.388
4.02 Outros Resultados Abrangentes 57.156 6.665 -171.075
4.02.01 Ajustes pela conversão de moedas estrangeiras 58.786 11.701 -171.075
4.02.04 Participação no resultado abrangente de controlada -1.630 -5.036 0
4.03 Resultado Abrangente do Período 243.886 78.835 48.313

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DFs Individuais / Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
6.01 Caixa Líquido Atividades Operacionais 205.082 212.738 87.623
6.01.01 Caixa Gerado nas Operações 222.272 162.714 -56.928
6.01.01.01 Resultado do exercício 186.730 72.170 219.388
6.01.01.02 Depreciações e amortizações 23.014 19.307 21.752
6.01.01.03 Resultado na venda de investimento, imobilizado e intangível 5.007 14.867 6.812
6.01.01.04 Equivalência patrimonial -119.637 -61.305 -237.669
6.01.01.05 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 14.469 10.040 -3.142
6.01.01.06 Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido 1.682 10.959 52.561
6.01.01.07 Juros e variações apropriados 111.007 72.191 -116.630
6.01.01.08 Baixa de imobilizado por sinistro 0 24.485 0
6.01.02 Variações nos Ativos e Passivos -17.190 50.024 144.551
6.01.02.01 (Aumento) redução em contas a receber de clientes -191.150 43.710 123.659
6.01.02.02 (Aumento) redução nos estoques -52.203 -26.751 14.416
6.01.02.03 (Aumento) redução em outras contas a receber -8.841 -73.340 -12.843
6.01.02.04 (Aumento) redução em ativos mensurados ao valor justo 97.735 51.291 47.460
6.01.02.05 Aumento (redução) em fornecedores 46.389 39.715 9.941
6.01.02.07 Aumento (redução) em outras contas a pagar 117.644 23.964 23.661
6.01.02.08 Impostos sobre o lucro pagos -26.764 -8.565 -61.743
6.02 Caixa Líquido Atividades de Investimento -142.148 -184.271 250.528
6.02.01 Investimentos -95.549 -204.585 -91.969
6.02.02 Dividendos controladas em conjunto e coligadas 47.149 50.751 351.170
6.02.03 Adições de imobilizado -91.719 -30.418 -8.383
6.02.04 Adições de intangível -3.964 -691 -315
6.02.05 Recebimento na venda de investimentos, imobilizado e intangível 1.935 672 25
6.03 Caixa Líquido Atividades de Financiamento -148.890 -205.933 -344.399
6.03.02 Empréstimos tomadas de terceiros 400.131 257.245 276.991
6.03.03 Pagamento de empréstimos - principal -470.325 -378.404 -471.435
6.03.04 Pagamento de empréstimos - juros -47.028 -68.299 -77.032
6.03.05 Pagamento dos juros sobre capital próprio e dividendos -33.890 -17.140 -118.432

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DFs Individuais / Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
6.03.06 Ações em tesouraria 2.222 665 1.802
6.03.07 Emissão de ações 0 0 43.707
6.05 Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes -85.956 -177.466 -6.248
6.05.01 Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 739.529 916.995 923.243
6.05.02 Saldo Final de Caixa e Equivalentes 653.573 739.529 916.995

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DFs Individuais / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2018 à 31/12/2018

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 1.264.622 -15.310 557.985 0 91.472 1.898.769

5.02 Ajustes de Exercícios Anteriores 0 0 0 0 24.308 24.308

5.02.01 Correção monetária por hiperinflação 0 0 0 0 24.308 24.308

5.03 Saldos Iniciais Ajustados 1.264.622 -15.310 557.985 0 115.780 1.923.077

5.04 Transações de Capital com os Sócios 0 2.222 19.343 -82.909 0 -61.344

5.04.05 Ações em Tesouraria Vendidas 0 2.222 0 0 0 2.222

5.04.06 Dividendos 0 0 -19.218 0 0 -19.218

5.04.07 Juros sobre Capital Próprio 0 0 0 -44.348 0 -44.348

5.04.08 Dividendos adicionais 0 0 38.561 -38.561 0 0

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 186.730 57.156 243.886

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 186.730 0 186.730

5.05.02 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 57.156 57.156

5.05.02.03 Equiv. Patrim. s/Result. Abrang. Controladas e Coligadas 0 0 0 0 -1.630 -1.630

5.05.02.04 Ajustes de Conversão do Período 0 0 0 0 58.786 58.786

5.06 Mutações Internas do Patrimônio Líquido 0 0 103.821 -103.821 0 0

5.06.01 Constituição de Reservas 0 0 103.821 -103.821 0 0

5.07 Saldos Finais 1.264.622 -13.088 681.149 0 172.936 2.105.619

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DFs Individuais / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2017 à 31/12/2017

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 1.264.622 -15.975 502.955 0 84.807 1.836.409

5.03 Saldos Iniciais Ajustados 1.264.622 -15.975 502.955 0 84.807 1.836.409

5.04 Transações de Capital com os Sócios 0 665 0 -17.140 0 -16.475

5.04.05 Ações em Tesouraria Vendidas 0 665 0 0 0 665

5.04.06 Dividendos 0 0 0 -112 0 -112

5.04.07 Juros sobre Capital Próprio 0 0 0 -17.028 0 -17.028

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 72.170 6.665 78.835

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 72.170 0 72.170

5.05.02 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 6.665 6.665

5.05.02.03 Equiv. Patrim. s/Result. Abrang. Controladas e Coligadas 0 0 0 0 -5.036 -5.036

5.05.02.04 Ajustes de Conversão do Período 0 0 0 0 11.701 11.701

5.06 Mutações Internas do Patrimônio Líquido 0 0 55.030 -55.030 0 0

5.07 Saldos Finais 1.264.622 -15.310 557.985 0 91.472 1.898.769

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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2018 - MARCOPOLO S.A. Versão : 1

DFs Individuais / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2016 à 31/12/2016

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 1.200.000 -29.796 401.999 0 255.882 1.828.085

5.03 Saldos Iniciais Ajustados 1.200.000 -29.796 401.999 0 255.882 1.828.085

5.04 Transações de Capital com os Sócios 64.622 13.821 0 -118.432 0 -39.989

5.04.01 Aumentos de Capital 64.622 12.019 0 0 0 76.641

5.04.05 Ações em Tesouraria Vendidas 0 1.802 0 0 0 1.802

5.04.07 Juros sobre Capital Próprio 0 0 0 -118.432 0 -118.432

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 219.388 -171.075 48.313

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 219.388 0 219.388

5.05.02 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 -171.075 -171.075

5.05.02.04 Ajustes de Conversão do Período 0 0 0 0 -171.075 -171.075

5.06 Mutações Internas do Patrimônio Líquido 0 0 100.956 -100.956 0 0

5.06.01 Constituição de Reservas 0 0 100.956 -100.956 0 0

5.07 Saldos Finais 1.264.622 -15.975 502.955 0 84.807 1.836.409

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DFs Individuais / Demonstração do Valor Adicionado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
7.01 Receitas 2.593.713 1.857.250 1.737.559
7.01.01 Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços 2.605.888 1.864.800 1.731.039
7.01.02 Outras Receitas 2.294 2.490 3.378
7.01.03 Receitas refs. à Construção de Ativos Próprios 0 -10.040 0
7.01.04 Provisão/Reversão de Créds. Liquidação Duvidosa -14.469 0 3.142
7.02 Insumos Adquiridos de Terceiros -1.937.718 -1.388.878 -1.359.232
7.02.01 Custos Prods., Mercs. e Servs. Vendidos -1.693.355 -1.161.842 -1.147.429
7.02.02 Materiais, Energia, Servs. de Terceiros e Outros -202.217 -159.284 -143.008
7.02.03 Perda/Recuperação de Valores Ativos -42.146 -67.752 -68.795
7.03 Valor Adicionado Bruto 655.995 468.372 378.327
7.04 Retenções -23.014 -19.307 -21.752
7.04.01 Depreciação, Amortização e Exaustão -23.014 -19.307 -21.752
7.05 Valor Adicionado Líquido Produzido 632.981 449.065 356.575
7.06 Vlr Adicionado Recebido em Transferência 233.338 294.345 765.551
7.06.01 Resultado de Equivalência Patrimonial 119.637 61.305 237.669
7.06.02 Receitas Financeiras 113.701 233.040 527.882
7.07 Valor Adicionado Total a Distribuir 866.319 743.410 1.122.126
7.08 Distribuição do Valor Adicionado 866.319 743.410 1.122.126
7.08.01 Pessoal 482.744 455.090 447.911
7.08.01.01 Remuneração Direta 370.258 349.706 352.886
7.08.01.02 Benefícios 78.391 68.805 67.516
7.08.01.03 F.G.T.S. 34.095 36.579 27.509
7.08.02 Impostos, Taxas e Contribuições 10.149 -1.422 4.115
7.08.02.01 Federais 18.011 19.962 49.387
7.08.02.02 Estaduais -8.936 -22.557 -46.340
7.08.02.03 Municipais 1.074 1.173 1.068
7.08.03 Remuneração de Capitais de Terceiros 186.696 217.572 450.712
7.08.03.01 Juros 180.478 213.568 447.378
7.08.03.02 Aluguéis 6.218 4.004 3.334

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DFs Individuais / Demonstração do Valor Adicionado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
7.08.04 Remuneração de Capitais Próprios 186.730 72.170 219.388
7.08.04.01 Juros sobre o Capital Próprio 82.909 17.028 118.432
7.08.04.02 Dividendos 0 112 0
7.08.04.03 Lucros Retidos / Prejuízo do Período 103.821 55.030 100.956

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DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Ativo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2016
1 Ativo Total 5.147.704 4.732.252 4.968.269
1.01 Ativo Circulante 3.060.988 2.822.901 3.056.738
1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 863.467 958.759 1.209.459
1.01.02 Aplicações Financeiras 91.381 187.818 230.649
1.01.02.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo através do Resultado 91.381 187.818 230.649
1.01.02.01.01 Títulos para Negociação 91.381 187.818 230.649
1.01.03 Contas a Receber 1.101.973 821.310 900.816
1.01.03.01 Clientes 1.101.973 821.310 900.816
1.01.04 Estoques 686.821 521.364 472.057
1.01.06 Tributos a Recuperar 205.985 228.274 164.033
1.01.06.01 Tributos Correntes a Recuperar 205.985 228.274 164.033
1.01.08 Outros Ativos Circulantes 111.361 105.376 79.724
1.01.08.03 Outros 111.361 105.376 79.724
1.02 Ativo Não Circulante 2.086.716 1.909.351 1.911.531
1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 550.797 572.444 610.558
1.02.01.01 Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo através do Resultado 13.260 14.118 18.817
1.02.01.01.01 Títulos Designados a Valor Justo 13.260 14.118 18.817
1.02.01.04 Contas a Receber 420.702 466.141 521.962
1.02.01.04.01 Clientes 360.862 428.773 481.643
1.02.01.04.02 Outras Contas a Receber 59.840 37.368 40.319
1.02.01.07 Tributos Diferidos 116.835 92.185 69.779
1.02.01.07.01 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 116.835 92.185 69.779
1.02.02 Investimentos 532.635 427.711 358.015
1.02.02.01 Participações Societárias 482.827 377.003 309.074
1.02.02.01.01 Participações em Coligadas 371.382 376.852 308.954
1.02.02.01.04 Participações em Controladas em Conjunto 111.330 0 0
1.02.02.01.05 Outros Investimentos 115 151 120
1.02.02.02 Propriedades para Investimento 49.808 50.708 48.941
1.02.03 Imobilizado 770.733 688.355 708.269

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DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Ativo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2016
1.02.03.01 Imobilizado em Operação 770.733 688.355 708.269
1.02.04 Intangível 232.551 220.841 234.689
1.02.04.01 Intangíveis 20.222 17.880 18.800
1.02.04.02 Goodwill 212.329 202.961 215.889

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DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Passivo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2016
2 Passivo Total 5.147.704 4.732.252 4.968.269
2.01 Passivo Circulante 1.828.427 1.619.266 1.661.724
2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 156.463 103.304 127.534
2.01.01.01 Obrigações Sociais 156.463 103.304 127.534
2.01.02 Fornecedores 418.247 366.399 251.454
2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 347.089 278.904 209.270
2.01.02.02 Fornecedores Estrangeiros 71.158 87.495 42.184
2.01.03 Obrigações Fiscais 74.549 88.159 105.275
2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 71.989 87.674 103.792
2.01.03.01.01 Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar 71.989 87.674 103.792
2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 2.115 425 1.421
2.01.03.03 Obrigações Fiscais Municipais 445 60 62
2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 834.043 833.882 925.554
2.01.04.01 Empréstimos e Financiamentos 834.043 833.882 925.554
2.01.04.01.01 Em Moeda Nacional 460.566 610.960 661.949
2.01.04.01.02 Em Moeda Estrangeira 373.477 222.922 263.605
2.01.05 Outras Obrigações 345.125 227.522 251.907
2.01.05.02 Outros 345.125 227.522 251.907
2.01.05.02.02 Dividendo Mínimo Obrigatório a Pagar 34.753 15.325 0
2.01.05.02.04 Adiantamento de clientes 116.750 74.600 44.365
2.01.05.02.05 Representantes comissionados 43.014 25.757 33.249
2.01.05.02.06 Participação dos administradores 5.391 5.027 7.915
2.01.05.02.07 Outras contas a pagar circulante 145.217 106.813 166.378
2.02 Passivo Não Circulante 1.184.646 1.184.374 1.438.028
2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 1.100.165 1.109.595 1.374.172
2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 1.100.165 1.109.595 1.374.172
2.02.01.01.01 Em Moeda Nacional 636.026 937.918 1.293.857
2.02.01.01.02 Em Moeda Estrangeira 464.139 171.677 80.315
2.02.02 Outras Obrigações 1.915 2.373 28.511

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DFs Consolidadas / Balanço Patrimonial Passivo

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2016
2.02.02.02 Outros 1.915 2.373 28.511
2.02.02.02.03 Outras contas a pagar não circulantes 1.915 2.373 28.511
2.02.04 Provisões 82.566 72.406 35.345
2.02.04.01 Provisões Fiscais Previdenciárias Trabalhistas e Cíveis 77.709 64.770 35.345
2.02.04.01.01 Provisões Fiscais 19.931 35.647 20.091
2.02.04.01.02 Provisões Previdenciárias e Trabalhistas 55.159 29.123 15.254
2.02.04.01.04 Provisões Cíveis 2.619 0 0
2.02.04.02 Outras Provisões 4.857 7.636 0
2.02.04.02.04 Provisão para perda em investimento 4.857 7.636 0
2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 2.134.631 1.928.612 1.868.517
2.03.01 Capital Social Realizado 1.264.622 1.264.622 1.264.622
2.03.02 Reservas de Capital 5.358 6.487 6.982
2.03.02.04 Opções Outorgadas -6.661 -5.532 -5.037
2.03.02.07 Reservas de transações de capital 12.019 12.019 12.019
2.03.04 Reservas de Lucros 662.703 536.188 479.998
2.03.04.01 Reserva Legal 62.276 52.939 49.330
2.03.04.02 Reserva Estatutária 618.873 505.046 453.625
2.03.04.09 Ações em Tesouraria -18.446 -21.797 -22.957
2.03.06 Ajustes de Avaliação Patrimonial 179.602 96.508 84.807
2.03.08 Outros Resultados Abrangentes -6.666 -5.036 0
2.03.09 Participação dos Acionistas Não Controladores 29.012 29.843 32.108

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DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/2018 - MARCOPOLO S.A. Versão : 1

DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 4.197.468 2.875.993 2.574.093
3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -3.533.152 -2.472.347 -2.248.335
3.03 Resultado Bruto 664.316 403.646 325.758
3.04 Despesas/Receitas Operacionais -363.031 -329.393 -21.815
3.04.01 Despesas com Vendas -251.055 -168.734 -140.920
3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -181.812 -167.119 -165.262
3.04.05 Outras Despesas Operacionais -25.235 -80.397 190.356
3.04.06 Resultado de Equivalência Patrimonial 95.071 86.857 94.011
3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 301.285 74.253 303.943
3.06 Resultado Financeiro -91.982 18.720 66.294
3.06.01 Receitas Financeiras 205.063 292.019 577.534
3.06.02 Despesas Financeiras -297.045 -273.299 -511.240
3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 209.303 92.973 370.237
3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -18.356 -10.861 -147.691
3.08.01 Corrente -43.006 -33.267 -142.369
3.08.02 Diferido 24.650 22.406 -5.322
3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 190.947 82.112 222.546
3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 190.947 82.112 222.546
3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 186.730 72.170 219.388
3.11.02 Atribuído a Sócios Não Controladores 4.217 9.942 3.158
3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação)
3.99.01 Lucro Básico por Ação
3.99.01.01 ON 0,20270 0,07841 0,24810
3.99.01.02 PN 0,20270 0,07841 0,24810
3.99.02 Lucro Diluído por Ação
3.99.02.01 ON 0,20183 0,07801 0,24670
3.99.02.02 PN 0,20183 0,07801 0,24670

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DFs Consolidadas / Demonstração do Resultado Abrangente

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
4.01 Lucro Líquido Consolidado do Período 190.947 82.112 222.546
4.02 Outros Resultados Abrangentes 52.108 -5.542 -176.223
4.02.01 Ajustes pela conversão de moedas estrangeiras 53.738 -506 -176.223
4.02.04 Participação dos não controladores -1.630 -5.036 0
4.03 Resultado Abrangente Consolidado do Período 243.055 76.570 46.323
4.03.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 243.886 78.835 48.313
4.03.02 Atribuído a Sócios Não Controladores -831 -2.265 -1.990

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DFs Consolidadas / Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
6.01 Caixa Líquido Atividades Operacionais 225.231 294.934 170.987
6.01.01 Caixa Gerado nas Operações 407.270 271.560 112.851
6.01.01.01 Resultado do exercício 190.947 82.112 222.546
6.01.01.02 Depreciações e amortizações 60.805 45.432 49.691
6.01.01.03 Custo na venda de investimento, imobilizado e intangível 18.888 33.359 -198.659
6.01.01.04 Equivalência patrimonial -95.071 -86.857 -94.011
6.01.01.05 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 38.338 32.127 22.629
6.01.01.06 Imposto de renda e contribuição social diferidos 18.357 10.860 147.691
6.01.01.07 Juros e variação apropriados 170.789 120.100 -40.194
6.01.01.08 Participação dos não controladores 4.217 9.942 3.158
6.01.01.10 Baixa de imobilizado por sinistro 0 24.485 0
6.01.02 Variações nos Ativos e Passivos -182.039 23.374 58.136
6.01.02.01 (Aumento) redução em contas a receber de clientes -241.982 108.090 252.309
6.01.02.02 (Aumento) redução em títulos e valores mobiliários 97.295 49.849 -13.859
6.01.02.03 (Aumento) redução nos estoques -147.951 -40.364 1.399
6.01.02.04 (Aumento) redução em outras contas a receber -26.120 -109.024 -13.551
6.01.02.05 Aumento (redução) em fornecedores 39.836 109.725 -29.480
6.01.02.07 Aumento (redução) em outras contas a pagar e provisões 139.889 -61.635 3.687
6.01.02.08 Impostos sobre o lucro pagos -43.006 -33.267 -142.369
6.02 Caixa Líquido Atividades de Investimento -112.774 -47.004 356.092
6.02.01 Investimentos 0 -10.369 4.127
6.02.02 Dividendos controladas em conjunto e coligadas 47.433 16.366 19.559
6.02.03 Adições de imobilizado -156.935 -52.465 -72.274
6.02.04 Adições de intangível -4.808 -1.827 -1.270
6.02.05 Recebimento na venda de invest., imob. e intangível 1.536 1.291 405.950
6.03 Caixa Líquido Atividades de Financiamento -221.859 -504.374 -431.521
6.03.02 Empréstimos tomados de terceiros 997.911 567.914 641.263
6.03.03 Pagamento de empréstimos - principal -1.101.813 -937.213 -878.397
6.03.04 Pagamento de empréstimos - juros -86.289 -118.600 -121.464

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DFs Consolidadas / Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
6.03.05 Pagamento dos juros s/capital próprio e dividendos -33.890 -17.140 -118.432
6.03.06 Ações em tesouraria 2.222 665 1.802
6.03.07 Emissão de ações 0 0 43.707
6.04 Variação Cambial s/ Caixa e Equivalentes 14.110 5.744 -17.261
6.05 Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes -95.292 -250.700 78.297
6.05.01 Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 958.759 1.209.459 1.131.162
6.05.02 Saldo Final de Caixa e Equivalentes 863.467 958.759 1.209.459

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DFs Consolidadas / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2018 à 31/12/2018

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido Participação dos Não Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes Controladores Consolidado
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 1.264.622 -15.310 557.985 0 91.472 1.898.769 29.843 1.928.612

5.02 Ajustes de Exercícios Anteriores 0 0 0 0 24.308 24.308 0 24.308

5.02.01 Correção monetária por hiperinflação 0 0 0 0 24.308 24.308 0 24.308

5.03 Saldos Iniciais Ajustados 1.264.622 -15.310 557.985 0 115.780 1.923.077 29.843 1.952.920

5.04 Transações de Capital com os Sócios 0 2.222 19.343 -82.909 0 -61.344 0 -61.344

5.04.05 Ações em Tesouraria Vendidas 0 2.222 0 0 0 2.222 0 2.222

5.04.06 Dividendos 0 0 -19.218 0 0 -19.218 0 -19.218

5.04.07 Juros sobre Capital Próprio 0 0 0 -44.348 0 -44.348 0 -44.348

5.04.08 Dividendos adicionais 0 0 38.561 -38.561 0 0 0 0

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 186.730 57.156 243.886 -831 243.055

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 186.730 0 186.730 4.217 190.947

5.05.02 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 57.156 57.156 -5.048 52.108

5.05.02.03 Equiv. Patrim. s/Result. Abrang. Coligadas 0 0 0 0 -1.630 -1.630 0 -1.630

5.05.02.04 Ajustes de Conversão do Período 0 0 0 0 58.786 58.786 -5.048 53.738

5.06 Mutações Internas do Patrimônio Líquido 0 0 103.821 -103.821 0 0 0 0

5.06.01 Constituição de Reservas 0 0 103.821 -103.821 0 0 0 0

5.07 Saldos Finais 1.264.622 -13.088 681.149 0 172.936 2.105.619 29.012 2.134.631

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DFs Consolidadas / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2017 à 31/12/2017

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido Participação dos Não Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes Controladores Consolidado
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 1.264.622 -15.975 502.955 0 84.807 1.836.409 32.108 1.868.517

5.03 Saldos Iniciais Ajustados 1.264.622 -15.975 502.955 0 84.807 1.836.409 32.108 1.868.517

5.04 Transações de Capital com os Sócios 0 665 0 -17.140 0 -16.475 0 -16.475

5.04.05 Ações em Tesouraria Vendidas 0 665 0 0 0 665 0 665

5.04.06 Dividendos 0 0 0 -112 0 -112 0 -112

5.04.07 Juros sobre Capital Próprio 0 0 0 -17.028 0 -17.028 0 -17.028

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 72.170 6.665 78.835 -2.265 76.570

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 72.170 0 72.170 9.942 82.112

5.05.02 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 6.665 6.665 -12.207 -5.542

5.05.02.03 Equiv. Patrim. s/Result. Abrang. Coligadas 0 0 0 0 -5.036 -5.036 0 -5.036

5.05.02.04 Ajustes de Conversão do Período 0 0 0 0 11.701 11.701 -12.207 -506

5.06 Mutações Internas do Patrimônio Líquido 0 0 55.030 -55.030 0 0 0 0

5.06.01 Constituição de Reservas 0 0 55.030 -55.030 0 0 0 0

5.07 Saldos Finais 1.264.622 -15.310 557.985 0 91.472 1.898.769 29.843 1.928.612

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DFs Consolidadas / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido / DMPL - 01/01/2016 à 31/12/2016

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Capital Social Reservas de Capital, Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Outros Resultados Patrimônio Líquido Participação dos Não Patrimônio Líquido
Conta Integralizado Opções Outorgadas e Acumulados Abrangentes Controladores Consolidado
Ações em Tesouraria
5.01 Saldos Iniciais 1.200.000 -29.796 401.999 0 255.882 1.828.085 34.098 1.862.183

5.03 Saldos Iniciais Ajustados 1.200.000 -29.796 401.999 0 255.882 1.828.085 34.098 1.862.183

5.04 Transações de Capital com os Sócios 64.622 13.821 0 -118.432 0 -39.989 0 -39.989

5.04.01 Aumentos de Capital 64.622 12.019 0 0 0 76.641 0 76.641

5.04.05 Ações em Tesouraria Vendidas 0 1.802 0 0 0 1.802 0 1.802

5.04.07 Juros sobre Capital Próprio 0 0 0 -118.432 0 -118.432 0 -118.432

5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 219.388 -171.075 48.313 -1.990 46.323

5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 219.388 0 219.388 3.158 222.546

5.05.02 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 -171.075 -171.075 -5.148 -176.223

5.05.02.04 Ajustes de Conversão do Período 0 0 0 0 -171.075 -171.075 -5.148 -176.223

5.06 Mutações Internas do Patrimônio Líquido 0 0 100.956 -100.956 0 0 0 0

5.06.01 Constituição de Reservas 0 0 100.956 -100.956 0 0 0 0

5.07 Saldos Finais 1.264.622 -15.975 502.955 0 84.807 1.836.409 32.108 1.868.517

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DFs Consolidadas / Demonstração do Valor Adicionado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
7.01 Receitas 4.649.415 3.136.424 3.000.735
7.01.01 Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços 4.686.220 3.161.015 2.760.232
7.01.02 Outras Receitas 1.533 7.536 263.132
7.01.04 Provisão/Reversão de Créds. Liquidação Duvidosa -38.338 -32.127 -22.629
7.02 Insumos Adquiridos de Terceiros -3.522.197 -2.337.625 -2.094.842
7.02.01 Custos Prods., Mercs. e Servs. Vendidos -3.149.461 -1.984.193 -1.809.401
7.02.02 Materiais, Energia, Servs. de Terceiros e Outros -327.165 -264.306 -212.665
7.02.03 Perda/Recuperação de Valores Ativos -45.571 -89.126 -72.776
7.03 Valor Adicionado Bruto 1.127.218 798.799 905.893
7.04 Retenções -60.805 -45.432 -49.691
7.04.01 Depreciação, Amortização e Exaustão -60.805 -45.432 -49.691
7.05 Valor Adicionado Líquido Produzido 1.066.413 753.367 856.202
7.06 Vlr Adicionado Recebido em Transferência 300.134 378.876 671.545
7.06.01 Resultado de Equivalência Patrimonial 95.071 86.857 94.011
7.06.02 Receitas Financeiras 205.063 292.019 577.534
7.07 Valor Adicionado Total a Distribuir 1.366.547 1.132.243 1.527.747
7.08 Distribuição do Valor Adicionado 1.366.547 1.132.243 1.527.747
7.08.01 Pessoal 799.593 740.716 668.766
7.08.01.01 Remuneração Direta 648.262 590.446 544.375
7.08.01.02 Benefícios 106.198 102.131 93.286
7.08.01.03 F.G.T.S. 45.133 48.139 31.105
7.08.02 Impostos, Taxas e Contribuições 61.588 12.163 103.406
7.08.02.01 Federais 57.380 24.032 144.739
7.08.02.02 Estaduais 2.232 -14.584 -43.231
7.08.02.03 Municipais 1.976 2.715 1.898
7.08.03 Remuneração de Capitais de Terceiros 314.419 297.252 533.029
7.08.03.01 Juros 297.045 273.299 511.240
7.08.03.02 Aluguéis 17.374 23.953 21.789
7.08.04 Remuneração de Capitais Próprios 190.947 82.112 222.546

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DFs Consolidadas / Demonstração do Valor Adicionado

(Reais Mil)
Código da Descrição da Conta Último Exercício Penúltimo Exercício Antepenúltimo Exercício
Conta 01/01/2018 à 31/12/2018 01/01/2017 à 31/12/2017 01/01/2016 à 31/12/2016
7.08.04.01 Juros sobre o Capital Próprio 82.909 17.028 118.432
7.08.04.02 Dividendos 0 112 0
7.08.04.03 Lucros Retidos / Prejuízo do Período 108.038 64.972 104.114

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RelatórioINFORMAÇÕES
da Administração CONSOLIDADAS
Caxias do Sul, 22 de fevereiro de 2019

RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2018 - Relatório da Administração

Senhores(as) Acionistas:

A Administração da Marcopolo S.A. (“Marcopolo” ou “Companhia”) submete à


apreciação de V.Sas. o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras
relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2018, acompanhadas do relatório
dos auditores independentes e dos pareceres do Conselho Fiscal e do Comitê de
Auditoria e Riscos.
As demonstrações financeiras são apresentadas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil e com o IFRS – International Financial Reporting
Standards, estabelecido pelo IASB - International Accounting Standards Board.

1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Marcopolo é uma sociedade anônima de capital aberto, sediada em Caxias do
Sul, Rio Grande do Sul, fundada em 06 de agosto de 1949, e tem como principal objeto
a fabricação de ônibus, carrocerias para ônibus e componentes.
A linha de produtos abrange uma ampla variedade de modelos, composta pelos
grupos de ônibus rodoviários, urbanos e micros, além da família Volare (ônibus
completo, com chassi e carroceria).
A fabricação de ônibus é realizada em dezesseis unidades fabris, sendo cinco
localizadas no Brasil (três unidades em Caxias do Sul – RS, uma em Duque de Caxias –
RJ e uma em São Mateus – ES), e onze no exterior, sendo uma na África do Sul, três na
Austrália, uma na China, uma no México, duas na Argentina, uma na Colômbia e duas
na Índia.
A Marcopolo detém ainda 40,0% de participação na empresa Valeo
(climatização e ar-condicionado), 30,0% na WSul (espumas para assentos), 65,0% na
Apolo (soluções em plásticos), 20% na encarroçadora egípcia GP Polo e 10,8% na
empresa canadense NFI Group Inc.
A Marcopolo também detém o controle integral do Banco Moneo S.A.,
constituído para dar suporte ao financiamento dos produtos da Companhia.

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RelatórioINFORMAÇÕES
da Administração CONSOLIDADAS
Caxias do Sul, 22 de fevereiro de 2019

2. INDICADORES DE DESEMPENHO
Na tabela abaixo, estão listados alguns indicadores de relevância para a gestão e
análise do desempenho da Companhia em 2018.

DADOS CONSOLIDADOS

(R$ em milhões e variação em percentual, exceto quando indicado de outra forma)


Desempenho Operacional 2018 2017 Var. %
Receita operacional líquida 4.197,5 2.876,0 45,9
Receitas no Brasil 1.916,1 1.086,5 76,4
Receita de exportação do Brasil 1.360,4 999,5 36,1
Receita no exterior 921,0 790,0 16,6
Lucro Bruto 664,3 403,6 64,6
(1)
EBITDA 362,1 119,7 202,5
Lucro Líquido 190,9 82,1 132,5
Lucro por ação em R$ 0,203 0,078 160,3
(2)
Retorno sobre o Capital Investido – ROIC 11,0% 3,2% 7,8pp
(3)
Retorno sobre o Patrimônio Líquido – ROE 10,1% 4,5% 5,6pp
Investimentos 161,7 54,3 197,8
Patrimônio Líquido 2.105,6 1.898,8 10,9
Posição Financeira: Segmento Industrial
Caixa, Equivalente a Caixa e Aplicações Financeiras(4) 938,5 1.148,6 (18,3)
Passivo Financeiro de Curto Prazo 658,9 649,9 1,4
Passivo Financeiro de Longo Prazo 830,0 795,5 4,3
Passivo Financeiro Líquido 550,4 296,8 85,4
Posição Financeira: Segmentos Industrial e Financeiro
Caixa, Equivalentes a Caixa e Aplicações Financeiras 968,1 1.160,7 (16,6)
Passivo Financeiro de Curto Prazo 834,0 833,9 0,0
Passivo Financeiro de Longo Prazo 1.100,2 1.109,6 (0,8)
Passivo Financeiro Líquido 966,1 782,8 23,4
Margens
Margem Bruta 15,8% 14,0% 1,8pp
Margem EBITDA 8,6% 4,2% 4,4pp
Margem Líquida 4,5% 2,9% 1,6pp
Notas: (1) EBITDA = Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações; (2) ROIC (Return on Invested
Capital) = EBIT/(estoques + clientes + imobilizado + intangível - fornecedores); (3) ROE (Return on Equity) = Lucro
Líquido/Patrimônio Líquido Inicial; (4) O montante inclui também a conta “ativos financeiros mensurados ao valor justo
através do resultado”; pp = pontos percentuais.

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3. DESEMPENHO DO SETOR DE ÔNIBUS NO BRASIL


A produção brasileira de ônibus alcançou 20.590 unidades em 2018, volume
40,1% superior às 14.693 unidades produzidas em 2017. Pelo fato de ser um veículo
vendido completo, o modelo Volare não é computado na produção brasileira de
carrocerias. Se considerada a produção desse tipo de veículo, a produção nacional
seria de 23.266 unidades no ano, com incremento de 41,2% em relação às 16.474
unidades produzidas em 2017.
A demanda no mercado interno atingiu 14.797 unidades, aumento de 50,9% em
relação ao ano de 2017, enquanto que a produção destinada ao mercado externo foi
de 5.793 unidades, 18,5% superior em relação às exportações do ano anterior.
O gráfico a seguir mostra a evolução dos últimos dez anos da produção brasileira
de carrocerias de ônibus:

Mercado
interno

Mercado
externo

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE ÔNIBUS – TOTAL (em unidades)


(1)
PRODUTOS 2014 2015 2016 2017 2018

Rodoviários 7.977 5.679 4.185 4.768 5.993


Urbanos 16.836 9.593 7.929 7.152 9.947
Micros 3.616 2.239 2.258 2.773 4.650
TOTAL 28.429 17.511 14.372 14.693 20.590
Fontes: FABUS (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus) e SIMEFRE (Sindicato Interestadual da Indústria
de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários).
Notas: (1) Inclui as unidades exportadas em KD (desmontadas).

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE ÔNIBUS – MERCADO INTERNO (em unidades)


(1)
PRODUTOS 2014 2015 2016 2017 2018

Rodoviários 5.644 3.382 1.654 2.116 3.416


Urbanos 15.861 8.291 6.796 6.199 7.942
Micros 3.123 1.679 1.419 1.489 3.439
TOTAL 24.628 13.352 9.869 9.804 14.797
(1)
Nota: Vide notas do quadro – Produção Brasileira de Ônibus – Total.

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PRODUÇÃO BRASILEIRA DE ÔNIBUS – MERCADO EXTERNO (em unidades)


(1)
PRODUTOS 2014 2015 2016 2017 2018

Rodoviários 2.333 2.297 2.531 2.652 2.577


Urbanos 975 1.302 1.133 953 2.005
Micros 493 560 839 1.284 1.211
TOTAL 3.801 4.159 4.503 4.889 5.793
Nota: (1) Vide notas do quadro – Produção Brasileira de Ônibus – TOTAL.

4. DESEMPENHO DA MARCOPOLO
O ano de 2018 consolidou a retomada do mercado brasileiro de ônibus, com a
produção crescendo expressivos 40,1% em relação ao ano anterior. Na Marcopolo, a
produção foi 61,7% superior, aliando aumento de receita com recuperação de
margens. A receita líquida consolidada atingiu R$ 1,9 bilhão no Brasil, alta de 76,4% em
relação a 2017.
Os principais catalizadores no segmento de rodoviários foram a maior confiança
dos clientes quanto à economia nacional e compras associadas à regra de
acessibilidade, que passou a exigir a instalação de elevadores em ônibus rodoviários
produzidos a partir de 15 de outubro de 2018. Os rodoviários contribuíram para a
melhora na lucratividade da Companhia, com um mix de produtos mais pesados,
decorrente de uma maior demanda para as linhas interestaduais e internacionais, e
ajudaram a impulsionar a receita.
No segmento de urbanos, a normalização dos reajustes de tarifas, causa de
represamento de pedidos desde 2013, e o programa federal Caminho da Escola
suportaram o crescimento. O aumento em termos de unidades físicas no mercado
interno foi de 109,2% no segmento, com a participação de mercado da Companhia
saltando para 49,1%, significativo aumento de 18,7 pontos percentuais em relação ao
ano anterior (30,4%).
A demanda de micros foi puxada pelas licitações, tanto de escolares como para
projetos especiais, por compras de Estados e Municípios. O Volare, na esteira de maior
confiança por parte dos clientes, também se beneficiou, tanto no segmento de varejo
como licitações. O crescimento de volumes no mercado interno de micros e Volares foi
de 121,2% e 51,8%, respectivamente. Em 2018, a Companhia produziu 1.965 ônibus
para o programa Caminho da Escola, sendo 835 micros, 737 urbanos e 393 Volares.
A recuperação da rentabilidade também foi destaque positivo no desempenho
de 2018. Com o amadurecimento de projetos voltados à adoção da metodologia LEAN
e o aproveitamento da alavancagem operacional, a Marcopolo encerrou o ano com
uma margem EBITDA de 8,6%, melhor desempenho desde 2014, em resultados
recorrentes (sem considerar a venda de parte da participação da New Flyer em 2016).
Já o lucro líquido atingiu R$ 190,9 milhões, expressiva alta de 132,5%.
Na exportação, o destaque foram os projetos de exportação para países do
continente Africano, que ajudaram no crescimento de volumes físicos exportados,

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atingindo um crescimento de 20,4%. Na receita, os esforços de reestruturação da área


de Negócios Internacionais, bem como a desvalorização do Real de aproximadamente
17,3% em 2018, beneficiaram a receita em 36,1%, melhorando, consequentemente, a
rentabilidade.
Nas unidades externas, o destaque foi o crescimento da produção oriunda da
Austrália, que cresceu 34,5%, entretanto, este volume não foi seguido por uma
melhora no lucro, tendo a unidade reportado um prejuízo de R$ 3,4 milhões em
função de problemas de performance operacional.
Em 2018, a Companhia avançou no projeto de otimização de plantas, com a
construção do Centro de Fabricações, que permitirá o encerramento da planta de
Planalto e a entrada em operação da nova planta de Plásticos. Continua em
andamento o processo de verticalização de componentes na unidade do Espírito
Santo, o que permitirá maior competitividade à operação.
Por fim, em 10 de dezembro de 2018, o Conselho de Administração da
Marcopolo aprovou aumento do capital social dentro do limite do capital autorizado,
para subscrição privada, mediante emissão de novas ações preferenciais escriturais, de
no mínimo 4.445.977 ações preferenciais e, no máximo, 21.933.779 novas ações
preferenciais, ao preço de emissão de R$ 3,20 por ação, resultando em um aumento
do capital social de, no mínimo, R$ 14.227.126,40 e, no máximo, de R$ 70.188.092,80.

4.1 Unidades Registradas na Receita Líquida


Em 2018, foram registradas na receita líquida 15.956 unidades, sendo 10.239
unidades registradas no Brasil (64,2% do total), 3.645 unidades exportadas a partir do
Brasil (22,9% do total) e 2.072 unidades produzidas no exterior (12,9% do total),
conforme apresentado na tabela a seguir:
OPERAÇÕES (em unidades) 2018 2017 Var. %
BRASIL
- Mercado Interno 10.239 5.587 83,3

- Mercado Externo 3.794 3.311 14,6

SUBTOTAL 14.033 8.898 57,7


(1)
Eliminações KD’s exportados 149 336 (55,7)

TOTAL NO BRASIL 13.884 8.562 62,2

- África do Sul 287 354 (18,9)

- Austrália 542 403 34,5

- México 1.020 1.272 (19,8)

- China 223 175 27,4

TOTAL NO EXTERIOR 2.072 2.204 (6,0)

TOTAL GERAL 15.956 10.766 48,2


(1)
Notas: KD (Knock Down) = Carrocerias parcial ou totalmente desmontadas.

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4.2 Produção
Em 2018, a produção consolidada da Marcopolo totalizou 16.103 unidades,
48,3% superior às 10.860 fabricadas no exercício de 2017. Desse total, 86,7% foram
produzidas no Brasil e as demais 13,3% no exterior. Os dados sobre a produção
mundial da Marcopolo são apresentados nos quadros que seguem:

MARCOPOLO – PRODUÇÃO MUNDIAL CONSOLIDADA

OPERAÇÕES (em unidades) 2018 2017 Var. %


(1)
BRASIL
- Mercado Interno 10.274 5.581 84,1
- Mercado Externo 3.938 3.271 20,4
SUBTOTAL 14.212 8.852 60,6
(2)
Eliminações KD’s exportados 254 219 16,0
TOTAL NO BRASIL 13.958 8.633 61,7
EXTERIOR
- África do Sul 344 354 (2,8)
- Austrália 542 403 34,5
- México 1.046 1.272 (17,8)
- China 213 198 7,6
TOTAL NO EXTERIOR 2.145 2.227 (3,7)
TOTAL GERAL 16.103 10.860 48,3
(1) (2)
Notas: Inclui a produção do modelo Volare; KD (Knock Down) = Carrocerias parcial ou totalmente desmontadas.

MARCOPOLO – PRODUÇÃO MUNDIAL CONSOLIDADA POR MODELO

PRODUTOS/MERCADOS 2018 2017


(1) (2)
(em unidades) MI ME TOTAL MI ME TOTAL
Rodoviários 2.566 1.805 4.371 1.558 2.025 3.583
Urbanos 3.583 2.900 6.483 1.713 2.148 3.861
Micros 1.971 602 2.573 891 744 1.635
SUBTOTAL 8.120 5.307 13.427 4.162 4.917 9.079
(3)
Volares 2.154 522 2.676 1.419 362 1.781
PRODUÇÃO TOTAL 10.274 5.829 16.103 5.581 5.279 10.860
Notas: (1) MI = Mercado Interno; ME = Mercado Externo; (2) Na produção total do ME estão incluídas as unidades
exportadas em KD (carrocerias parcial ou totalmente desmontadas) que somaram, em 2018, 254 unidades,
contra 219 unidades em 2017; (3) A produção de Volares não faz parte dos dados do SIMEFRE e da FABUS, ou
da produção do setor.

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MARCOPOLO – PRODUÇÃO NO BRASIL

PRODUTOS/MERCADOS 2018 2017


(em unidades) MI ME TOTAL MI ME TOTAL
Rodoviários 2.566 1.511 4.077 1.558 1.711 3.269
Urbanos 3.583 1.303 4.886 1.713 464 2.177
Micros 1.971 602 2.573 891 734 1.625
SUBTOTAL 8.120 3.416 11.536 4.162 2.909 7.071
(1)
Volares 2.154 522 2.676 1.419 362 1.781
PRODUÇÃO TOTAL 10.274 3.938 14.212 5.581 3.271 8.852
Notas: (1) A produção de Volares não faz parte dos dados do SIMEFRE e da FABUS, ou da produção do setor.

4.3 Participação de Mercado


A Marcopolo manteve a liderança de mercado, encerrando o ano com uma
participação de 56,0%, alta de 7,9 pontos percentuais frente a 2017. O segmento de
destaque foi o de urbanos, com crescimento de 18,7 pontos percentuais. O resultado é
fruto de trabalho de reorganização da área Comercial Mercado Interno, com foco no
aprofundamento do trabalho em equipe, processos estruturados e adequação da rede
de vendas.
A tabela abaixo destaca a participação de mercado da Marcopolo na produção
brasileira por linha de produto:

PARTICIPAÇÃO NA PRODUÇÃO BRASILEIRA (%)

(1)
PRODUTOS 2014 2015 2016 2017 2018
Rodoviários 57,0 55,0 65,9 68,6 68,0
Urbanos 34,0 35,1 30,1 30,4 49,1
Micros 27,4 28,3 35,3 58,6 55,3
TOTAL 39,6 40,7 41,3 48,1 56,0
Fonte: FABUS e SIMEFRE
Nota: (1) O Volare não está computado para efeito de participação no mercado.

5. RECEITA LÍQUIDA CONSOLIDADA


A receita líquida consolidada alcançou R$ 4.197,5 milhões em 2018, 45,9%
superior aos R$ 2.876,0 milhões do exercício de 2017. O resultado é reflexo
principalmente da receita do mercado interno que foi 76,4% maior em relação a 2017.
Nesta rubrica, destaca-se a receita dos urbanos para o mercado interno, que teve
aumento de 109,3% comparativamente ao ano anterior.
As vendas para o mercado interno geraram receitas de R$ 1.916,1 milhões ou
45,6% da receita líquida total (37,8% em 2017). As exportações, somadas aos negócios
no exterior, atingiram a receita de R$ 2.281,4 milhões ou 54,4% do total (62,2% em
2017).

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As receitas por produto e mercado de destino são apresentadas na tabela


abaixo:

RECEITA LÍQUIDA TOTAL CONSOLIDADA POR PRODUTOS E MERCADOS (R$ milhões)

(1)
2018 2017
PRODUTOS/MERCADOS
MI ME TOTAL MI ME TOTAL
Rodoviários 739,9 869,0 1.608,9 461,1 934,0 1.395,1
Urbanos 443,2 915,3 1.358,5 211,8 527,0 738,8
Micros 208,0 76,1 284,1 86,5 132,7 219,2

Subtotal carrocerias 1.391,1 1.860,4 3.251,5 759,4 1.593,7 2.353,1


(2)
Volares 434,1 120,3 554,4 256,5 65,3 321,8
Chassi 5,2 153,6 158,8 2,2 47,1 49,3
Bco. Moneo, Peças, Outros 85,7 147,1 232,8 68,4 83,4 151,8
TOTAL GERAL 1.916,1 2.281,4 4.197,5 1.086,5 1.789,5 2.876,0
Notas: (1) MI = Mercado Interno; ME = Mercado Externo; (2) A receita dos Volares inclui os chassis.

Do total da receita líquida consolidada de 2018, 77,4% originou-se das vendas de


carrocerias, 13,2% da comercialização de Volares e 9,4% das receitas de peças, do
Banco Moneo e de chassis.
Os gráficos abaixo mostram mais detalhadamente a origem da receita
consolidada (em %):

2018 2017

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6. RESULTADO BRUTO E MARGENS


Em 2018, o lucro bruto totalizou R$ 664,3 milhões, representando 15,8% da
receita líquida. A melhora de 1,8 ponto percentual em relação a 2017 é fruto do maior
faturamento de rodoviários no mercado interno, pela exportação de produtos com
maior valor agregado aliado a um câmbio mais favorável, especialmente no segmento
de urbanos e Volares, bem como pela melhor eficiência em todas as unidades fabris,
oriunda dos esforços da Companhia em revitalizar seu sistema de produção utilizando
os princípios LEAN.

7. DESPESAS COM VENDAS


As despesas com vendas somaram R$ 251,1 milhões em 2018 ou 6,0% da
receita líquida, contra R$ 168,7 milhões, ou 5,9% da receita, em 2017. O aumento
decorre principalmente do maior volume de despesas com comissões em função do
maior volume de vendas tanto para o mercado interno como para o externo.

8. DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS


As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 181,8 milhões em 2018 e
R$ 167,1 milhões em 2017, representando 4,3% e 5,8% da receita líquida,
respectivamente. A redução do percentual relativo à receita é decorrente de ações
realizadas pela Companhia visando à contenção de despesas e custos indiretos.

9. OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS


Em 2018, foram contabilizados R$ 25,2 milhões como “Outras Despesas
Operacionais” contra R$ 80,4 milhões em 2017.
O montante é composto por R$ 13,6 milhões de provisões para indenizações
relacionadas a distrato de contrato com representantes comerciais, não recorrentes, e
R$ 8,5 milhões relativos a provisões para indenizações de reclamatórias trabalhistas,
R$ 2,6 milhões de provisão para perdas com estoques obsoletos e R$ 0,5 milhão nas
demais outras despesas.

10. RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL


O resultado da equivalência patrimonial em 2018 foi positivo em R$ 95,1
milhões, contra R$ 86,9 milhões também positivos em 2017. A principal contribuição
foi oriunda da NFI Group Inc., no valor de R$ 74,0 milhões.
A equivalência patrimonial foi impactada negativamente por efeito não
recorrente representado pela correção monetária das demonstrações financeiras da
subsidiária da Companhia localizada na Argentina, Loma Hermosa, que consolida as
operações de Metalpar e Metalsur, no montante de R$ 5,0 milhões, conforme
detalhado na Nota Explicativa 2.2. vi.
O resultado da equivalência patrimonial é apresentado detalhadamente na Nota
Explicativa nº 11 às Demonstrações Financeiras.

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11. RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO


O resultado financeiro líquido de 2018 foi negativo em R$ 92,0 milhões, contra
um resultado positivo de R$ 18,7 milhões em 2017. O impacto mais relevante é
oriundo da variação cambial, no total de R$ 74,7 milhões, explicado principalmente
pela desvalorização do Real frente ao Dólar norte americano sobre a carteira de
pedidos em dólares. O efeito do câmbio, apesar de negativo, beneficia a Companhia na
medida em que os pedidos oriundos da exportação são faturados, afetando
positivamente as margens.
Além do efeito acima mencionado, o pagamento de juros sobre empréstimos e
financiamentos, afetou negativamente o resultado financeiro de forma líquida, ou
seja, subtraindo os rendimentos das aplicações financeiras, no montante de R$ 17,3
milhões.
A abertura do resultado financeiro é apresentada detalhadamente na Nota
Explicativa nº 27 às Demonstrações Financeiras.

12. EBITDA
O EBITDA alcançou R$ 362,1 milhões em 2018, com margem de 8,6%, contra
R$ 119,7 milhões e margem de 4,2% em 2017. A recuperação da margem EBITDA em
4,5 pontos percentuais em relação a 2017 é explicada (i) pelo maior volume e
rentabilidade das exportações, auxiliadas pela desvalorização cambial do Real; (ii) pelo
maior volume de rodoviários no mercado interno; (iii) pelo resultado da equivalência
patrimonial da New Flyer, 37,8% superior ao mesmo período do ano passado; (iv) pelo
controle de custos e despesas operacionais, fruto do trabalho na Companhia visando à
redução dos mesmos; e, (v) pela recuperação substancial dos resultados nas unidades
Neobus e Marcopolo Rio.
A tabela abaixo destaca as contas que compõem o EBITDA:

(R$ milhões) 2018 2017


Resultado antes de IR e CS 209,3 92,9
Receitas Financeiras (205,1) (292,0)
Despesas Financeiras 297,1 273,3
Depreciações / Amortizações 60,8 45,4
EBITDA 362,1 119,7

No ano, o EBITDA foi afetado por eventos não recorrentes relativos à provisão
para indenização de representantes comerciais (R$ 13,6 milhões) e o resultado
negativo da equivalência decorrente da atualização monetária das demonstrações
financeiras da Loma Hermosa (R$ 5,0 milhões). O EBITDA ajustado seria de R$ 380,7
milhões, com margem de 9,1% no período.

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13. LUCRO LÍQUIDO


O lucro líquido de 2018 atingiu R$ 190,9 milhões, com margem líquida de 4,5%.
A melhora na margem líquida é explicada pelos mesmos fatores apontados no EBITDA,
tendo sido afetada negativamente pela variação cambial no período, conforme
destacado acima.

14. ENDIVIDAMENTO FINANCEIRO

O endividamento financeiro líquido totalizava R$ 966,1 milhões em 31.12.2018


(R$ 782,8 milhões em 31.12.2017). Desse total, R$ 415,7 milhões eram provenientes
do segmento financeiro, enquanto que o segmento industrial apresentou passivo
líquido de R$ 550,4 milhões.
Cabe ressaltar que o endividamento do segmento financeiro provém da
consolidação das atividades do Banco Moneo e deve ser analisado separadamente,
uma vez que possui características distintas daquele proveniente das atividades
industriais da Companhia. O passivo financeiro do Banco Moneo tem como
contrapartida a conta de “Clientes” no Ativo do Banco. O risco de crédito está
devidamente provisionado. Por se tratar de repasses do FINAME, cada desembolso
oriundo do BNDES tem exata contrapartida na conta de recebíveis de clientes do
Banco Moneo, tanto em prazo como em taxa fixa. Vide Nota Explicativa 29 às
Demonstrações Financeiras.
Em 31 de dezembro, o endividamento financeiro líquido do segmento industrial
representava 1,5x o EBITDA dos últimos 12 meses.

15. GERAÇÃO DE CAIXA


Em 2018, as atividades operacionais geraram recursos de R$ 225,2 milhões. As
atividades de investimento, deduzidos os dividendos recebidos de empresas coligadas,
demandaram R$ 112,8 milhões, enquanto que as atividades de financiamento
consumiram R$ 221,9 milhões, sendo R$ 190,2 milhões líquidos de captações e
pagamentos de empréstimos e financiamentos, R$ 33,9 milhões foram consumidos no
pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, e R$ 2,2 milhões referente à
venda de ações em tesouraria. Como resultado, o saldo inicial de caixa de R$ 1.160,8
milhões, considerando as aplicações financeiras não disponíveis e diminuindo-se R$
83,2 milhões relativo à diferença entre a variação cambial e a variação das contas
relativas às aplicações financeiras não disponíveis, reduziu para R$ 968,1 milhões ao
final do ano.
A demonstração dos fluxos de caixa dos segmentos industrial e financeiro é
apresentada detalhadamente na Nota Explicativa 30 às Demonstrações Financeiras.

16. DESEMPENHO DAS CONTROLADAS E COLIGADAS

16.1 Controladas no exterior


Em 2018, as unidades controladas no exterior produziram 2.145 unidades. Esse
volume representou 13,3% da produção consolidada da Marcopolo. Reforçamos que a

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Companhia mantém-se engajada em ampliar a aplicação do LEAN para todas as suas


operações internacionais.
Abaixo estão descritos os principais destaques das controladas no exterior:

MARCOPOLO SOUTH AFRICA (MASA) – Em 2018, a MASA, localizada em


Johanesburgo, produziu 344 unidades, redução de 2,8% em relação à produção de
2017 (354 unidades). A unidade retomou a rentabilidade apesar da desaceleração de
volumes e dos problemas econômicos internos no país, reportando um lucro de R$ 4,9
milhões. A expectativa para 2019 é de resultados crescentes.

POLOMEX – Localizada em Monterrey, México, a Polomex produziu 1.046 unidades em


2018 (1.272 unidades em 2017). Em 2018, a operação conseguiu manter a
lucratividade, a despeito do menor volume de pedidos e do mix de produtos com
menor valor agregado. Em 2019, espera-se crescimento na receita e na lucratividade
com maior demanda de rodoviários.

VOLGREN – Sediada em Melbourne, Austrália, a Volgren produziu 542 unidades em


2018 (403 unidades em 2017). Embora tenha havido crescimento de receita e volumes,
a unidade não conseguiu reportar lucros por problemas de performance operacional.
Após ajustes operacionais e estruturais realizados em 2018, espera-se que a operação
retome a lucratividade em 2019.

MARCOPOLO CHINA (MAC) – A MAC conta com uma área de sourcing, produção de
peças, componentes e carrocerias de ônibus desmontadas, bem como de produção de
ônibus em PKD para a exportação. A novidade em 2018 foi a obtenção, pela
Marcopolo China, de autorização para operar em ZPE (Zona de Processamento de
Exportações). Para 2019, os esforços seguem sendo na abertura de novos mercados de
exportação.

6.2 Coligadas no exterior

METALPAR/METALSUR – As operações argentinas da Metalpar e da Metalsur


sofreram fortemente com os problemas econômicos da Argentina, especialmente
aqueles relacionados à inflação e a desvalorização cambial. Em 2019, a visão segue
negativa e a Companhia vem trabalhando para mitigar as perdas neste país.

NFI GROUP INC. – A NFI Group Inc., empresa na qual a Marcopolo possui participação
acionária de 10,8%, é a principal fabricante de ônibus urbanos e rodoviários nos
Estados Unidos e Canadá. Sediada em Winnipeg, Canadá, a companhia é líder em
tecnologia e oferece a mais ampla linha de produtos, incluindo veículos movidos a
diesel limpo, gás natural, híbrido diesel-eletricidade e elétrico. Os resultados da New
Flyer contribuíram no montante de R$ 74,0 milhões, alta de 37,8% em relação ao ano
anterior. A expectativa é de que a empresa continue apresentando bom desempenho
e assim contribuindo significativamente para os resultados da Marcopolo.

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SUPERPOLO – Localizada na Colômbia, a Superpolo reportou um ano de crescimento


de rentabilidade. Para 2019, a expectativa é de forte expansão de receita e lucro, com
pedidos importantes decorrentes da renovação do sistema TransMilenio já
confirmados.

TATA MARCOPOLO MOTORS (TMML) – 2018 foi para a TMML um ano de boa
performance, com resultados estáveis, sofrendo menos com a sazonalidade do
mercado indiano. Para 2019, a expectativa é de desafios oriundos da troca de
motorização em implementação no país a partir deste ano.

16.3 Banco Moneo


As atividades do Banco Moneo S.A. se iniciaram em julho de 2005 com a
finalidade de financiar os produtos da Marcopolo. O banco está autorizado a atuar nas
carteiras de arrendamento mercantil e crédito, financiamento e investimento. Em
2018, o banco apresentou prejuízo no valor de R$ 8,5 milhões. As operações de crédito
e avais totalizavam, em 31.12.2018, R$ 653,4 milhões, contra R$ 720,9 milhões em
31.12.2017. O Banco manteve a política de priorizar a qualidade da sua carteira de
crédito, por meio de um rigoroso sistema de avaliação e aprovação.

17. GOVERNANÇA CORPORATIVA


A Marcopolo procura adotar as melhores práticas de Governança Corporativa,
seguindo os princípios da transparência, equidade, prestação de contas
(accountability) e responsabilidade corporativa e suas ações estão listadas no Nível 2
de Governança Corporativa da B3 desde 2002. A Companhia está vinculada à
arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula Compromissória
constante em seu Estatuto Social.
A gestão da Marcopolo é formalizada com base na distinção entre as funções e
responsabilidades do Conselho de Administração, do Comitê Executivo e da Diretoria.
O Conselho de Administração é constituído por sete membros, dos quais quatro são
externos e independentes, sendo um eleito pelos acionistas minoritários, um pelos
acionistas detentores de ações preferenciais e outros dois pelos acionistas
controladores. O Presidente do Conselho de Administração não participa da Diretoria.
O Conselho de Administração conta, em caráter permanente, com um comitê técnico
consultivo, estatutário, denominado Comitê Executivo, que auxilia, opina e apoia na
condução dos negócios. As competências de cada um desses órgãos estão definidas no
Estatuto Social da Companhia. Além disso, para auxiliar, opinar e apoiar na condução
dos negócios, o Conselho de Administração conta ainda com os seguintes Comitês:
(i) Auditoria e Riscos; (ii) Recursos Humanos e Ética; e (iii) Estratégia e Inovação. As
funções de cada um desses Comitês de apoio podem ser encontradas no site da
Companhia: http://ri.marcopolo.com.br, no menu Governança Corporativa/
Regimento Interno dos Comitês.
A Companhia conta também com um Conselho Fiscal, composto de três
membros, um indicado pelos acionistas minoritários, um pelos acionistas detentores

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de ações preferenciais e um pelos acionistas controladores. As competências de cada


órgão estão definidas no Estatuto Social da Companhia.
A Companhia dispensa tratamento justo e igualitário a todos os minoritários,
sejam do capital ou das demais partes interessadas (stakeholders). Na divulgação de
informações, utiliza elevados padrões de transparência, buscando estabelecer um
clima de confiança, tanto internamente, quanto nas relações da empresa com
terceiros. Para atender dispositivos legais e aprimorar as informações prestadas ao
mercado em geral e aos acionistas estrangeiros em particular, as Demonstrações
Financeiras são divulgadas conforme padrões estabelecidos pelo IFRS - International
Financial Reporting Standard. Em 2018, a Companhia realizou reuniões com a
Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais
(APIMEC) em São Paulo e Porto Alegre, bem como non-deal roadshows no Brasil e no
exterior, além da nona edição do Marcopolo Day, evento em que a Companhia recebe
analistas e investidores em suas instalações em Caxias do Sul para uma apresentação
sobre a empresa e sua estratégia, seus produtos e seu processo produtivo. O
relacionamento da Marcopolo com seus acionistas e potenciais investidores é feito
pela área de Relações com Investidores. Em 2018, foram recebidos analistas do país e
do exterior e realizados inúmeros contatos telefônicos. O website da área de Relações
com Investidores da Marcopolo (http://ri.marcopolo.com.br) possui conteúdo
atualizado para atender ao público investidor.

18. PRÁTICAS DE COMPLIANCE


A Marcopolo, em complemento às boas práticas de governança e gestão de
riscos, implementou em 2014 a área de Compliance, cuja estrutura contempla um
Comitê Consultivo formado pelos diretores estatutários, pelo presidente do Conselho
de Administração, pelo Compliance Officer e por representantes dos acionistas
controladores. A estrutura de Compliance contempla ainda uma analista de
compliance e agentes internos. A Companhia revisou seu Código de Conduta para
incluir as disposições de integridade, treinou todos os colaboradores e representantes,
intensificou os canais internos e externos para comunicação, estabeleceu um canal de
denúncias, criou uma política de integridade, passou a incluir cláusulas de compliance
em todos os contratos firmados pela Companhia, realiza due dilligence de integridade
em parceiros e terceiros, dentre outras práticas. Além disso, a equipe de compliance
tem participado de eventos externos de treinamento e benchmarking.

19. AUDITORES INDEPENDENTES

19.1 Troca de Auditores Independentes


Em 2017, a Companhia realizou o rodízio de seus auditores, contratando a
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, com sede em Porto Alegre, RS,
Rua Mostardeiro, 800, 9º andar, em substituição à KPMG Auditores Independentes.

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19.2 Instrução CVM 381/03


Em atendimento à Instrução CVM 381/03, incisos I a IV do artigo 2º, a
Marcopolo declara possuir outros contratos com seus Auditores Independentes que
não relacionados com a auditoria das Demonstrações Financeiras da Companhia.
Durante o exercício de 2018, a PricewaterhouseCoopers Auditores
Independentes foi contratada para serviços de assessoria tributária e os honorários
foram equivalentes a R$ 196,5 mil. A responsabilidade pelas definições inerentes aos
procedimentos executados e sua aplicação são prerrogativas da Administração, assim,
é entendimento tanto da Companhia quanto de seus auditores externos que tais
serviços não afetam a independência profissional.

20. MERCADO DE CAPITAIS

20.1 Capital Social


Em 31 de dezembro de 2018, o capital social da Companhia era de R$
1.264.622.468 dividido em 925.196.009 ações, sendo 341.625.744 ações ordinárias
(36,9%) e 583.570.265 ações preferenciais (63,1%), todas nominativas, escriturais e
sem valor nominal.

20.2 Desempenho das Ações da Marcopolo na B3


Em 2018, foram realizadas 1.008,2 mil transações com ações da Marcopolo e
negociadas 744,5 milhões de ações. As negociações com ações de emissão da
Marcopolo movimentaram R$ 2,9 bilhões no ano. A participação de investidores
estrangeiros no capital social da Marcopolo totalizava, em 31.12.2018, 54,8% das
ações preferenciais e 35,5% do capital social total.
A tabela a seguir demonstra a evolução dos principais indicadores relacionados
ao mercado de capitais:

INDICADORES 2018 2017


Número de transações (milhares) 1.008,2 1.250,5
Ações Negociadas (milhões) 744,5 1.146,2
Valor transacionado (R$ milhões) 2.853,6 3.360,4
(1)(2)
Valor de mercado (R$ milhões) 3.774,8 3.691,5
Valor patrimonial por ação (R$) 2,28 2,05
Cotação POMO4 (Último dia útil) 4,08 3,99
Juros sobre o Capital Próprio e dividendos por ação (R$/ação) 0,09 0,04
(1)
Notas: Cotação da última transação do período da ação Preferencial Escritural (PE), multiplicado pelo total das
ações (OE+PE), no mesmo período. (2) Desse total, 3.977.285 ações preferenciais encontravam-se em
tesouraria em 31.12.2018.

21. DIVIDENDOS/JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO


Em 10 de dezembro de 2018, o Conselho de Administração aprovou a
distribuição de juros sobre o capital no valor bruto de R$ 82,9 milhões, equivalente à
razão de R$ 0,09 para cada ação.

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O valor total proposto para pagamento de juros a título de remuneração do


capital próprio, imputado aos dividendos referentes ao exercício de 2018, totaliza R$
82,9 milhões. O valor total distribuído equivale a 44,4% do lucro líquido ajustado da
Companhia em 2018 e representa um yield (dividendo por ação / cotação da ação ao
final do exercício) de 2,2%.

22. INVESTIMENTOS/IMOBILIZAÇÕES
Em 2018, a Marcopolo investiu R$ 161,7 milhões, dos quais R$ 95,7 milhões
foram despendidos na controladora e aplicados da seguinte forma: R$ 62,8 milhões
em máquinas e equipamentos, R$ 20,6 milhões em prédios, R$ 5,6 milhões em
equipamentos de informática e softwares e R$ 6,7 milhões em outras imobilizações.
Nas controladas, foram investidos R$ 18,3 milhões na Volgren, R$ 17,8 milhões na
Volare Espírito Santo, R$ 9,0 milhões na Polomex, R$ 8,5 milhões na Neobus, R$ 8,4
milhões na Marcopolo China, R$ 3,3 milhões na Marcopolo Rio, e R$ 0,7 milhão nas
demais unidades.

23. RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Com a busca constante das melhores práticas, a Marcopolo visa o


desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente a qualidade de vida de
seus empregados e de suas famílias, e da sociedade como um todo. Em 2018, foi
lançado o Marcopolo Way, cujos objetivos se desdobram na manutenção da Visão,
Valores, Políticas e compartilhamento das melhores práticas de gestão em todas as
unidades no Brasil e Exterior. O Sistema Marcopolo de Produção Solidária – SIMPS, que
integra o Marcopolo Way, aplica os princípios e fundamentos da filosofia LEAN sob a
forma de métodos, ferramentas e melhores práticas da organização a fim de otimizar o
desempenho dos processos. Também apoia a gestão industrial na execução da
estratégia da empresa para o crescimento, liderança de mercado, produtividade,
qualidade, segurança das pessoas, melhoria do ambiente de trabalho e rentabilidade
dos produtos e serviços. A Marcopolo permanece certificada nas normas
internacionais de gestão ISO 14.001 - Meio Ambiente, ISO 9.001 – Qualidade e OHSAS
18.001 – Saúde e Segurança.

23.1 Responsabilidade Social


A Marcopolo e seus colaboradores através da Fundação Marcopolo
desenvolvem projetos de responsabilidade social. Os projetos têm como foco crianças
e adolescentes da comunidade onde estamos presentes. Destaca-se o Projeto Escolas,
que tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento de toda a comunidade
escolar. O projeto oportuniza atividades diversificadas em turno complementar ao da
escola, tais como musicalização, coro, orquestra, xadrez, esporte e oficina de
reciclagem. A Fundação Marcopolo também realiza contribuições mensais para
instituições da comunidade na área de saúde e educação.

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Ainda focado na educação, todos os filhos dos colaboradores recebem através


do projeto Todos na Escola, também coordenado pela Fundação Marcopolo, kits de
cadernos. Buscando uma economia familiar e o apoio aos pais na educação de seus
filhos. O programa atende crianças e adolescentes de cinco a 17 anos e 11 meses de
idade, que estejam cursando ensino fundamental ou médio. Em 2018 foram
entregues cerca de 23 mil cadernos personalizados.
A Fundação Marcopolo estimula e facilita, através do Projeto Destine Você
Também, a destinação de 6,0% do Imposto de Renda Devido pela Pessoa Física de seus
colaboradores para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente das
cidades de Caxias do Sul (RS) e Duque de Caxias (RJ), gerando benefícios em ações de
profissionalização para adolescentes e centro de fortalecimento de vínculos para
crianças, atendendo cerca de 1.500 jovens em situação de risco social e pessoal.

23.2 Satisfação dos Colaboradores

A Marcopolo realiza a cada dois anos uma Pesquisa de Clima Organizacional com
todos seus colaboradores. Em setembro de 2018 foi realizada pela primeira vez uma
Pesquisa Global incluindo as unidades do Brasil e do exterior, contando com a
metodologia da consultoria especializada Korn Ferry. A média geral de Favorabilidade
(ou satisfação) das empresas no Brasil ficou em 75%. A partir dos resultados serão
preparados planos de ação gerais por unidade e também planos específicos para
atender necessidades pontuais das áreas participantes da Pesquisa, os quais serão
acompanhados periodicamente. Ainda em 2018 foi feita a 3ª revisão do Código de
Conduta da Marcopolo para atender mudanças na lei brasileira anticorrupção e
alinhamento com as melhores práticas de Compliance, além de implementar melhorias
nas práticas de gestão de pessoas da empresa. A divulgação do Código aos
colaboradores das unidades brasileiras foi feita em outubro.

Para 2019 está prevista a implementação do mesmo Código, com ajustes locais
se necessário, junto às unidades do México, Colômbia, África do Sul, Austrália e China.
Também foram revisados novamente os canais de ouvidoria interna e externa para
que os colaboradores e outras pessoas interessadas possam enviar comentários,
críticas, ideias e sugestões sobre os diversos assuntos que envolvem o seu trabalho ou
relacionados com as diretrizes do Código de Conduta e com as normas de Compliance,
com segregação específica para denúncias. Os canais externos foram unificados para
uso de todas as unidades na implementação da nova versão do Código de Conduta
também no exterior. As manifestações recebidas são tratadas e respondidas de acordo
com política específica.

23.3 Educação e Treinamento


Apoiando o desenvolvimento profissional e pessoal de seus colaboradores
e contribuindo para a sua permanente qualificação, a Marcopolo disponibilizou
treinamentos para todos os níveis profissionais, resultando numa média anual de 42
horas de treinamento por colaborador. E como forma de manter e desenvolver os

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conceitos de qualidade de produto, processo e segurança foram realizadas 305 mil


horas de treinamentos.

Os gestores participaram de ações relacionadas à segurança das suas equipes,


com treinamentos voltados a prevenção de acidentes e tendo o seu papel na
divulgação e cuidados com atividades seguras. Além disso, a Marcopolo qualificou os
novos Gestores, com ações focadas em condução de equipes de alta performance,
contribuindo com a sua base de formação.

Já a Escola de Formação Profissional Marcopolo (EFPM) manteve seus cursos de


aprendizagem industrial para jovens, realizados em parceria com o SENAI e a Fundação
de Assistência Social (FAS). A EFPM tem como um de seus principais objetivos a
preparação de profissionais para a inserção no mercado de trabalho, mediante o
primeiro emprego remunerado e acesso ao plano de carreira da Companhia. Em 2018,
foi criada uma turma de 30 jovens de casas de acolhimento – Abrigos, incentivando
esses jovens a se qualificarem e reconhecerem o seu papel de cidadãos.

Desde 1981, a Marcopolo mantém um Programa de Incentivo à Educação, com a


concessão de bolsas de estudo para os níveis de ensino médio, técnico, graduação e
pós-graduação para colaboradores aprovados em processo de seleção. A empresa
proporciona também o desenvolvimento de competências para a comunicação nos
idiomas inglês e espanhol aos colaboradores que tenham necessidade desta
qualificação em seu cargo.

23.4 Qualidade de Vida

Os programas de qualidade de vida destinados aos colaboradores e suas famílias


são coordenados pela Fundação Marcopolo, incluindo atividades de educação, lazer,
cultura e esportes. As unidades em Caxias do Sul e Duque de Caxias contam com
estrutura própria, como locais para eventos, quadras e quiosques.

23.5 Meio Ambiente


O compromisso permanente da Marcopolo é proteger o meio ambiente de
forma sustentável e equilibrada, estabelecendo os controles necessários para
minimizar os impactos das atividades em conformidade com a legislação aplicável. Em
2018, a unidade San Marino Ônibus Ltda. obteve a certificação ISO 14.001 – Sistema de
Gestão Ambiental.

23.6 Remuneração
A remuneração dos colaboradores é composta de uma parte fixa, vinculada às
competências e habilidades, e uma parte variável, resultante do atingimento das
metas do Programa de Participação nos Resultados. Periodicamente, são realizadas
pesquisas salariais que permitem avaliar se os valores pagos aos colaboradores estão
dentro dos padrões regionais, permitindo que a empresa mantenha a competitividade
no mercado de trabalho.

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23.7 Plano de Outorga de Opção de Compra de Ações


O Regulamento do Plano de Outorga de Opção de Compra ou Subscrição de
Ações foi aprovado pelos acionistas na Assembleia Geral Extraordinária, realizada no
dia 22 de dezembro de 2005, alterado pela AGO/E de 23 de março de 2006 e pelo
Conselho de Administração nas reuniões realizadas nos anos de 2006, 2007, 2011,
2012 e 2013. O plano, cujos participantes são os executivos da Companhia e de suas
controladas (exceto diretores controladores), tem como principais objetivos: (i)
alinhar os interesses dos participantes aos dos acionistas; (ii) comprometer os
participantes com os resultados de curto, médio e longo prazos da empresa; (iii)
incentivar e estimular o sentimento de propriedade; e (iv) atrair e reter talentos. O
Plano é monitorado pelo Comitê de RH e Ética e aprovado pelo Conselho de
Administração.

A empresa também possui um Plano de Incentivo de Longo Prazo com Ações


Restritas por Performance, proposto pelo Conselho de Administração em 12 de
fevereiro de 2015 e aprovado pela Assembleia Geral em 26 de março de 2015. O plano
tem por objetivo compor o pacote de remuneração dos principais executivos da
companhia, comprometer os participantes com os resultados de longo prazo, a
competitividade com o mercado, atrair e reter os melhores profissionais e alinhar os
interesses dos executivos e acionistas.

24. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES


O montante global anual da remuneração fixa é estabelecido pela Assembleia
Geral e distribuído entre os administradores pelo Conselho de Administração. A maior
remuneração anual individual do Conselho de Administração/Comitê Executivo somou
R$ 2.641,9 mil em 2018, a remuneração média foi de R$ 967,7 mil e a menor foi de R$
465,0 mil. Na diretoria estatutária, a maior remuneração individual foi de R$ 4.681,5
mil em 2018, a média foi de R$ 3.692,2 mil e a menor foi de R$ 2.702,9 mil. No
Conselho Fiscal, a maior remuneração individual foi de R$ 249,8 mil em 2018, a média
foi de R$ 214,7 mil e a menor foi de R$ 197,1 mil.

25. QUADRO DE PESSOAL


Nº COLABORADORES 2018 2017 2016 2015 2014
Controladora 7.410 6.255 6.125 6.236 7.883
Controladas no Brasil 2.826 2.057 2.135 1.369 2.776
Controladas no Exterior 1.739 1.645 1.921 1.666 1.889
Coligadas 3.579 2.403 2.632 3.200 4.270
(1)
TOTAL 15.554 12.360 12.813 12.471 16.818
(2)
TOTAL GERAL 19.743 15.059 15.749 16.125 21.435
Notas: (1) Inclui colaboradores das controladas/coligadas na proporção da participação societária; (2)
Referente à
participação total nas controladas/coligadas.

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26. PERSPECTIVAS PARA 2019


Em 2019, a Companhia tem como objetivo aumentar sua lucratividade e para
tornar este desafio realidade, deu início ao projeto denominado “Segunda Onda de
Gestão”. Trata-se de um conjunto de ações de curto prazo focadas em temas
relevantes e prioritários, entre eles: ampliação do horizonte de vendas, aumento da
eficiência logística, redução dos custos com materiais e aumento da performance
industrial. Espera-se que com a soma dos esforços do projeto e de mais um ano de
recuperação das vendas no Brasil possamos atingir melhor rentabilidade, ainda em
busca dos patamares pré-crise.
Dentre as iniciativas para a melhoria da rentabilidade, está a inauguração do
novo Centro de Fabricação que aconteceu no último dia 22 de janeiro, e que irá
concentrar a produção de peças metálicas em um único pavilhão, ajudando na maior
fluidez nas linhas de produção, beneficiando a eficiência. Na sequência do processo de
otimização de plantas, o desligamento da fábrica localizada no bairro Planalto, em
Caxias do Sul, deverá acontecer ao longo deste ano.
A retomada da economia interna, juntamente com aprovações de reformas pelo
atual governo, deverão pautar a confiança dos clientes em 2019, contribuindo para o
crescimento da demanda no mercado de ônibus. Em relação à demanda interna, os
principais drivers específicos para o setor em 2019 deverão ser, nos rodoviários, a
norma que trata da redução da idade média da frota em linhas interestaduais e
internacionais para 5 anos, que deverá ser atingida até o final de 2019; e, nos urbanos,
a retomada do processo de licitação da cidade de São Paulo que deverá gerar uma
maior confiança por parte dos empresários na renovação de suas frotas e a
normalização dos reajustes de tarifas.
Quanto ao programa Caminho da Escola, há um volume remanescente de quase
1.000 unidades a serem entregues neste 1S19, oriundas do leilão realizado em
fevereiro de 2018. No ano, ainda existe a perspectiva de um novo pregão, que poderá
favorecer os segmentos de micros, urbanos e Volares.
As exportações seguem aquecidas, com uma carteira de pedidos para países da
América Latina, devido especialmente a projetos especiais de renovação de frotas nos
principais mercados. A manutenção do atual patamar de câmbio ajudará a Companhia
na continuidade do processo de recuperação de margens para 2019.
Nos mercados externos, o destaque é o México que apresenta uma tendência
de melhora de volumes, decorrente especialmente da venda de veículos para o Grupo
Iamsa, anunciado em meados de 2018, e um portfólio de produtos com maior valor
agregado. Para a Austrália, a expectativa é de aumento da rentabilidade, pela melhoria
de eficiência em função de um forte trabalho feito em 2018. Nas coligadas, espera-se
um desempenho diferenciado da operação da Superpolo na Colômbia, em função do já
indicado processo de renovação da frota na cidade de Bogotá.
O aumento de capital através de subscrição privada anunciado no final de 2018,
alcançou um volume bastante expressivo por parte dos investidores. O total subscrito

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da Administração CONSOLIDADAS
Caxias do Sul, 22 de fevereiro de 2019

foi de R$ 69.429.993,60, a ser homologado pelo Conselho de Administração no dia 25


de fevereiro de 2019.
Em 2019, a Companhia seguirá empreendendo esforços para retomar seus
níveis históricos de desempenho, acreditando que os volumes crescentes somados às
iniciativas e melhorias implementadas a partir de 2015, especialmente àquelas
relacionados ao aumento da eficiência operacional, qualidade, fortalecimento da
atuação nos mercados tanto do exterior como doméstico, e principalmente, por maior
lucratividade. Continuaremos atentos a novas oportunidades em busca do
aperfeiçoamento permanente.

27. AGRADECIMENTOS
A Marcopolo sente-se honrada e agradece aos clientes, fornecedores,
representantes, acionistas, instituições financeiras, órgãos governamentais,
comunidade e, em especial, aos colaboradores pelo esforço, dedicação e
comprometimento dispensados.

Caxias do Sul, 22 de fevereiro de 2019.

A Administração.

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Notas Explicativas

1 Contexto operacional
A Marcopolo S.A. ("Marcopolo") é uma sociedade anônima de capital aberto, com sede em
Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. As demonstrações financeiras individuais e consolidadas
da Companhia relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2018 abrangem a Marcopolo e suas
controladas, controladas em conjunto e investimentos em coligadas (denominadas “Companhia”).

A Marcopolo tem por objeto a fabricação e comércio de ônibus, veículos automotores, carrocerias,
peças, máquinas agrícolas e industriais, importação e exportação, podendo ainda participar de
outras sociedades.

A Marcopolo tem suas ações negociadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) sob as siglas “POMO3” e
“POMO4” e está listada no segmento de governança corporativa nível 2.

2 Resumo das principais políticas contábeis


As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão
definidas a seguir. Essas políticas contábeis têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os
exercícios apresentados nestas demonstrações financeiras individuais e consolidadas.

2.1 Base de preparação

(a) Declaração de conformidade


As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia foram elaboradas e
apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) emitidas pelo
International Accounting Standards Board (IASB) e também de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil (BR GAAP), considerando pronunciamentos, orientações e interpretações emitidos
pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) e pelas disposições contidas na Lei de Sociedades por Ações.

A Administração da Companhia afirma que todas as informações relevantes próprias das


demonstrações financeiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e que correspondem às utilizadas
por ela na sua gestão.

A emissão das demonstrações financeiras individuais e consolidadas foi autorizada pelo Conselho de
Administração em 22 de fevereiro de 2019.

(b) Base de mensuração


As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas com base no custo
histórico como base de valor que, no caso de ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos
derivativos) é ajustado para refletir a mensuração ao valor justo conforme Nota 2.6.

(c) Uso de estimativas e julgamentos


Na preparação destas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a Administração utilizou
julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis da Companhia e os
valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas
estimativas.

Estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. Revisões das estimativas são reconhecidas
prospectivamente.

As informações sobre julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeis e incertezas sobre
premissas e estimativas que possuam um risco significativo de resultar em um ajuste material dentro
do próximo exercício financeiro estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

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Notas Explicativas

 Nota explicativa 2.2 (a, ii) – Controladas;


 Nota explicativa 2.2 (a, iv) – Investimentos em empresas com negócios em conjunto (Joint venture
– Joint operation);
 Nota explicativa 8 – Provisão para créditos de liquidação duvidosa;
 Nota explicativa 17 – Provisões para riscos cíveis, trabalhistas e tributários;
 Nota explicativa 19 – Impostos diferidos.

(d) Demonstração do valor adicionado


A Companhia elaborou demonstrações do valor adicionado (DVA) individuais e consolidadas nos
termos do pronunciamento técnico CPC – 09 – Demonstração do Valor Adicionado, as quais são
apresentadas como parte integrante das demonstrações financeiras conforme BR GAAP aplicável às
companhias abertas, enquanto para IFRS representam informação financeira adicional.

2.2 Base de consolidação

(a) Demonstrações financeiras consolidadas


As seguintes políticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras
consolidadas.

(i) Participação de acionistas não controladores


A Companhia elegeu mensurar qualquer participação de não controladores na adquirida pela
participação proporcional nos ativos líquidos identificáveis na data de aquisição.

Mudanças na participação da Companhia em uma subsidiária que não resultem em perda de controle
são contabilizadas como transações de patrimônio líquido.

(ii) Controladas
Controladas são todas as entidades (incluindo as entidades de propósito específico) nas quais a
Companhia tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais, geralmente
acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto (capital votante). A
existência e o efeito de possíveis direitos a voto atualmente exercíveis ou conversíveis são
considerados quando se avalia se a Companhia controla outra entidade. As controladas são totalmente
consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A consolidação é
interrompida a partir da data em que o controle termina.

A Companhia usa o método de contabilização da aquisição para contabilizar as combinações de


negócios. A contraprestação transferida para a aquisição de uma controlada é o valor justo dos ativos
transferidos, passivos incorridos e instrumentos patrimoniais emitidos pela Companhia.

A contraprestação transferida inclui o valor justo de algum ativo ou passivo resultante de um contrato
de contraprestação contingente quando aplicável. Custos relacionados com aquisição são
contabilizados no resultado do exercício conforme incorridos. Os ativos identificáveis adquiridos e os
passivos e passivos contingentes assumidos em uma combinação de negócios são mensurados
inicialmente pelos valores justos na data da aquisição. A mensuração da participação não controladora
a ser reconhecida é determinada em cada aquisição realizada.

O excesso da contraprestação transferida e do valor justo na data da aquisição de qualquer participação


patrimonial anterior na adquirida em relação ao valor justo da participação da Companhia de ativos
líquidos identificáveis adquiridos é registrado como ágio (goodwill). Nas aquisições em que a
Companhia atribui valor justo aos não controladores, a determinação do ágio inclui também o valor de
qualquer participação não controladora na adquirida, e o ágio é determinado considerando a
participação da Companhia e dos não controladores. Quando a contraprestação transferida for menor
que o valor justo dos ativos líquidos da controlada adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na
demonstração do resultado do exercício (Nota 2.11).

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Notas Explicativas

(iii) Transações eliminadas na consolidação


Saldos e transações entre empresas da Companhia, e quaisquer receitas ou despesas não realizadas
derivadas de transações entre empresas da Companhia, são eliminados. Ganhos não realizados
oriundos de transações com investidas registradas por equivalência patrimonial são eliminados contra
o investimento na proporção da participação da Companhia na investida. Perdas não realizadas são
eliminadas da mesma maneira como são eliminados os ganhos não realizados, mas somente na
extensão em que não haja evidência de perda por redução ao valor recuperável.

(iv) Investimentos em empresas com negócios em conjunto (joint venture – joint operation)
Negócios em conjunto podem ser classificados como uma operação em conjunto (joint operation) ou
um empreendimento controlado em conjunto (joint venture).

Operação em conjunto (joint operation) é um negócio em conjunto segundo o qual as partes


integrantes que detêm o controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos, têm obrigações
pelos passivos relacionados ao negócio e contabiliza o investimento pelo método de equivalência
patrimonial.

Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um negócio em conjunto que ocorre quando
um operador possui direitos sobre os ativos líquidos dos contratos e contabiliza o investimento pelo
método de equivalência patrimonial.

(v) Perda de controle


Quando da perda de controle, a Companhia deixa de reconhecer os ativos e passivos da controlada,
qualquer participação de não controladores e outros componentes registrados no patrimônio líquido
referente a essa controlada. Qualquer ganho ou perda originado pela perda de controle é reconhecido
no resultado. Se a Companhia retém qualquer participação na antiga controlada, essa participação é
mensurada pelo seu valor justo na data em que há a perda de controle. Subsequentemente, essa
participação é contabilizada através da utilização da equivalência patrimonial em associadas ou pelo
custo ou valor justo em um ativo disponível para venda, dependendo do nível de influência retido.

(vi) Coligadas
Coligadas são todas as entidades sobre as quais a Companhia tem influência significativa, mas não o
controle, geralmente com uma participação acionária de 20% a 50% dos direitos de voto.

Os investimentos em coligadas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial e são,


inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de custo. O investimento da Companhia em coligadas inclui
o ágio identificado na aquisição, líquido de qualquer perda por impairment acumulada. Ver Nota 2.11
sobre impairment de ativos não financeiros, incluindo ágio.

A participação da Companhia nos lucros ou prejuízos de suas coligadas pós-aquisição é reconhecida


na demonstração do resultado e sua participação na movimentação em reservas pós-aquisição é
reconhecida nas reservas. As movimentações cumulativas pós-aquisição são ajustadas contra o valor
contábil do investimento. Quando a participação da Companhia nas perdas de uma coligada for igual
ou superior a sua participação na coligada, incluindo quaisquer outros recebíveis, a Companhia não
reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em
nome da coligada.

Os ganhos não realizados das operações entre a Companhia e suas coligadas são eliminados na
proporção da participação da Companhia nas coligadas. As perdas não realizadas também são
eliminadas, a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo
transferido. As políticas contábeis das coligadas foram alteradas, quando necessário, para assegurar
consistência com as políticas adotadas pela Companhia.

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Notas Explicativas

Se a participação acionária na coligada for reduzida, mas for retida influência significativa, somente
uma parte proporcional dos valores anteriormente reconhecidos em outros resultados abrangentes será
reclassificada no resultado, quando apropriado.

Os ganhos e as perdas de diluição, ocorridos em participações em coligadas, são reconhecidos na


demonstração do resultado.

(vii) Correção monetária por hiperinflação – IAS 29 (CPC 42)


Com inflação acumulada superior a 100% nos últimos três anos na Argentina, a aplicação da IAS 29
(CPC 42) – Contabilidade em economia hiperinflacionária – passou a ser requerida no exercício de
2018. De acordo com a norma, os ativos e passivos não monetários, o patrimônio líquido e a
demonstração do resultado de investidas que operam em economias altamente inflacionárias são
corrigidos pela alteração no poder geral de compras da moeda corrente, aplicando um índice geral de
preços.

A Companhia efetuou a correção monetária na sua controlada em conjunto Loma, sediada na


Argentina. Os ativos e passivos não monetários registrados pelo custo histórico e o patrimônio líquido
foram atualizados pela inflação. Os impactos da correção monetária foram registrados como ajuste de
avaliação patrimonial, no patrimônio líquido, no montante de R$ 24.308 e na demonstração do
resultado consolidado no montante de (R$ 4.947) na rubrica de equivalência patrimonial.

2.3 Apresentação de informação por segmentos


As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório
interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões
operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos
operacionais, é o Conselho de Administração, responsável inclusive pela tomada das decisões
estratégicas da Companhia.

2.4 Moeda funcional e moeda de apresentação


As demonstrações financeiras consolidadas estão apresentadas em Reais (R$), que é a moeda
funcional da Marcopolo e, também, a moeda de apresentação da Companhia. Todos os saldos foram
arredondados para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas da Companhia são
mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a empresa atua ("a moeda
funcional").

A moeda funcional de cada entidade está relacionada abaixo:

Denominação Moeda funcional País

Apolo Soluções em Plásticos Ltda. Apolo Reais Brasil


Banco Moneo S.A. Banco Moneo Reais Brasil
Ciferal Indústria de Ônibus Ltda. Ciferal Reais Brasil
Ilmot International Corporation. Ilmot Dólar Americano Uruguai
Marcopolo Auto Components Co. MAC Renminbi China
Marcopolo Austrália Holdings Pty Ltd. MP Austrália Dólar Australiano Austrália
Pologren Austrália Pty Ltd. Pologren Dólar Australiano Austrália
Volgren Austrália Pty Ltd. Volgren Dólar Australiano Austrália
Marcopolo Canadá Holdings Corp. MP Canadá Dólar Canadense Canadá
Marcopolo International Corp. MIC Dólar Americano Ilhas Virgens
Marcopolo Middle East and Africa FZE MP Middle East Dirham Emirados Árabes
Marcopolo (Changzhou) Bus Manufacturing Co;Ltd. MBC Renminbi China
Marcopolo South África Pty Ltd. Masa Rande África do Sul
Marcopolo Trading S.A. Trading Reais Brasil
Moneo Investimentos S.A. Moneo Reais Brasil
Neobus Chile SPA. Neobus Chile Peso Chileno Chile

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Notas Explicativas

NewRoad México S.A. de C.V. NewRoad Peso Mexicano México


Rotas do Sul Logística Ltda. Rotas do Sul Reais Brasil
San Marino Bus de México S.A. de C.V. San Marino México Peso Mexicano México
San Marino Ônibus Ltda. San Marino Reais Brasil
Syncroparts Comércio e Distribuição de Peças Ltda. Syncroparts Reais Brasil
Polomex S.A. de C.V. Polomex Dólar Americano México
Volare Veículos Ltda. Volare Veículos Reais Brasil
Volare Comércio e Distribuição de Veículos e Peças Ltda. Volare Comércio Reais Brasil

Controladas em conjunto Denominação Moeda funcional País

Kamaz Marco LLC. Kamaz Rublo Rússia


Loma Hermosa S.A. Loma Peso Argentino Argentina
Metalpar S.A. Metalpar Peso Argentino Argentina
Metalsur Carrocerias S.R.L. Metalsur Peso Argentino Argentina
Superpolo S.A. Superpolo Peso Colombiano Colômbia
Tata Marcopolo Motors Limited. TMML Rúpia Índia

Coligadas Denominação Moeda funcional País

GB Polo Bus Manufacturing S.A.E. GB Polo Libra Egípcia Egito


Mercobus S.A.C. Mercobus Novo Sol Peru
New Flyer Industries Inc. New Flyer Dólar Canadense Canadá
Valeo Climatização do Brasil – Veículos Comerciais S.A. Valeo Reais Brasil
Valeo Thermal Commercial Vehicles México, SA CV Valeo México Peso Mexicano México
Spheros Thermosystems Colômbia Ltda. Spheros Colômbia Peso Colombiano Colômbia
WSul Espumas Indústria e Comércio Ltda. WSul Reais Brasil

2.5 Moeda estrangeira

(a) Transações em moeda estrangeira


Transações em moeda estrangeira são convertidas para as respectivas moedas funcionais das entidades
da Companhia pelas taxas de câmbio nas datas das transações.

Ativos e passivos monetários denominados e apurados em moedas estrangeiras na data do balanço são
reconvertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio naquela data. Ativos e passivos não monetários
que são mensurados pelo valor justo em moeda estrangeira são reconvertidos para a moeda funcional à
taxa de câmbio na data em que o valor justo foi determinado. Itens não monetários que são mensurados
com base no custo histórico em moeda estrangeira são convertidos pela taxa de câmbio na data da
transação. As diferenças de moedas estrangeiras resultantes da conversão são geralmente reconhecidas
no resultado.
No entanto, as diferenças cambiais resultantes da reconversão dos itens listados abaixo são reconhecidas
em outros resultados abrangentes:

 instrumentos financeiros (exceto no caso de redução ao valor recuperável no qual as diferenças


cambiais reconhecidas em outros resultados abrangentes são transferidas para o resultado);

 passivo financeiro designado como hedge do investimento líquido em uma operação no exterior, na
extensão em que o hedge é efetivo; e

 um hedge de fluxos de caixa qualificado e efetivo.

(b) Operações no exterior


Os ativos e passivos de operações no exterior, incluindo ágio e ajustes de valor justo resultantes da
aquisição, são convertidos para o Real às taxas de câmbio apuradas na data do balanço. As receitas e
despesas de operações no exterior são convertidas para o Real às taxas de câmbio apuradas nas datas das
transações.

As diferenças de moedas estrangeiras geradas na conversão para moeda de apresentação são


reconhecidas em outros resultados abrangentes e acumuladas em ajustes de avaliação patrimonial no

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Notas Explicativas

patrimônio líquido. Se a controlada não for uma controlada integral, a parcela correspondente da
diferença de conversão é atribuída aos acionistas não controladores.

Quando uma operação no exterior (controlada, coligada ou entidade controlada em conjunto) é alienada,
o valor acumulado em conta de ajuste de avaliação patrimonial é reclassificado para o resultado como
parte do resultado na alienação. Quando a alienação é de apenas uma parte do investimento de uma
controlada que inclua uma operação no exterior, de forma que o controle seja mantido, a parcela
correspondente de tal valor acumulado é reatribuída à participação dos acionistas não controladores. Em
quaisquer outras alienações parciais de operação no exterior, a parcela correspondente à alienação é
reclassificada para o resultado.

2.6 Instrumentos financeiros


A Companhia classifica ativos e passivos financeiros nas seguintes categorias: ao valor justo por meio do
resultado (“FVTPL” – Fair Value Through Profit or Loss), ao valor justo por meio de outros resultados
abrangentes (“FVOCI” – Fair Value through Other Comprehensive Income) e ao custo amortizado.

2.6.1 Ativos e passivos financeiros não derivativos – reconhecimento e desreconhecimento


A Companhia reconhece os empréstimos e recebíveis e instrumentos de dívida inicialmente na data em
que foram originados. Todos os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos na data da
negociação quando a entidade se tornar parte das disposições contratuais do instrumento.

A Companhia desreconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do
ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos ao recebimento dos fluxos de caixa
contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual substancialmente todos os riscos e
benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos. Qualquer participação que seja criada ou
retida pela Companhia em tais ativos financeiros transferidos, é reconhecida como um ativo ou passivo
separado.

A Companhia desreconhece um passivo financeiro quando sua obrigação contratual é retirada, cancelada
ou expirada.

Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço patrimonial
quando, e somente quando, a Companhia tenha atualmente um direito legalmente executável de
compensar os valores e tenha a intenção de liquidá-los em uma base líquida ou de realizar o ativo e
liquidar o passivo simultaneamente.

2.6.2 Ativos financeiros não derivativos – mensuração

(a) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes
Um instrumento de dívida é mensurado no FVOCI somente se satisfizer ambas as condições a seguir:
 o ativo é mantido dentro de um modelo de negócios cujo objetivo é alcançado tanto pela coleta de
fluxos de caixa contratuais como pela venda de ativos financeiros; e
 os termos contratuais do ativo financeiro dão origem, em datas específicas, aos fluxos de caixa que
representam pagamentos de principal e de juros sobre o valor principal em aberto.

(b) Ativos financeiros mensurados ao custo amortizado


Um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado se satisfizer ambas as condições a seguir:
 o ativo é mantido dentro de um modelo de negócios com o objetivo de coletar fluxos de caixa
contratuais; e
 os termos contratuais do ativo financeiro dão origem, em datas específicas, aos fluxos de caixa que
são apenas pagamentos de principal e de juros sobre o valor principal em aberto.

Todos os outros ativos financeiros são classificados como mensurados ao valor justo por meio do
resultado.

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Notas Explicativas

Além disso, no reconhecimento inicial, a Companhia pode irrevogavelmente designar um ativo


financeiro, que satisfaça os requisitos para ser mensurado ao custo amortizado, ao FVOCI ou mesmo
ao FVTPL. Essa designação possui o objetivo de eliminar ou reduzir significativamente um possível
descasamento contábil decorrente do resultado produzido pelo respectivo ativo.

2.6.3 Passivos financeiros não derivativos – mensuração

(a) Passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado


Um passivo financeiro é classificado como mensurado ao valor justo por meio do resultado caso seja
classificado como mantido para negociação ou designado como tal no momento do reconhecimento
inicial. Os custos da transação são reconhecidos no resultado conforme incorridos. Passivos
financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são mensurados ao valor justo e
mudanças no valor justo desses passivos, incluindo ganhos com juros e dividendos, são reconhecidos
no resultado do exercício.

(b) Passivos financeiros mensurados ao custo amortizado


Passivos financeiros não derivativos são mensurados inicialmente pelo valor justo acrescido, desde
que não seja um item mensurado ao valor justo por meio do resultado, dos custos de transação que são
diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão.

2.6.4 Recompra e reemissão de ações – Ações em Tesouraria

Quando ações reconhecidas como patrimônio líquido são recompradas, o valor da contraprestação
paga, o qual inclui quaisquer custos diretamente atribuíveis é reconhecido como uma dedução do
patrimônio líquido. As ações recompradas são classificadas como ações em tesouraria e apresentadas
como dedução do patrimônio líquido. Quando as ações em tesouraria são vendidas ou reemitidas
subsequentemente, o valor recebido é reconhecido como um aumento no patrimônio líquido, e o ganho
ou perda resultantes da transação é apresentado como reserva de capital.

2.6.5 Redução ao valor recuperável impairment

(a) Ativos financeiros não derivativos


A partir de 1° de janeiro de 2018, a Companhia passou a avaliar, em base prospectiva, as perdas
esperadas de crédito associadas aos títulos de dívida registrados ao custo amortizado e ao valor justo
por meio de outros resultados abrangentes. A metodologia de impairment aplicada depende de ter
havido ou não um aumento significativo no risco de crédito.

Para as contas a receber de clientes, a Companhia aplica a abordagem simplificada conforme


permitido pelo IFRS 9/CPC 48 e, por isso, reconhece as perdas esperadas ao longo da vida útil a partir
do reconhecimento inicial dos recebíveis.

Evidência objetiva de que ativos financeiros tiveram aumento significativo no risco de crédito inclui:

 inadimplência ou atrasos do devedor;


 reestruturação de um valor devido a Companhia em condições que não seriam aceitas em condições
normais;
 indicativos de que o devedor ou emissor irá entrar em falência/recuperação judicial;
 mudanças negativas na situação de pagamentos dos devedores ou emissores;
 o desaparecimento de um mercado ativo para o instrumento devido a dificuldades financeiras; ou
 dados observáveis indicando que houve um declínio na mensuração dos fluxos de caixa esperados
de um grupo de ativos financeiros.

(b) Ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado


A Companhia considera evidência de perda de valor de ativos mensurados pelo custo amortizado tanto

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Notas Explicativas

em nível individual como em nível coletivo. Todos os ativos individualmente significativos são
avaliados quanto à perda por redução ao valor recuperável. Aqueles que não tenham sofrido perda de
valor individualmente são então avaliados coletivamente quanto a qualquer perda de valor que possa
ter ocorrido, mas não tenha sido ainda identificada. Ativos que não são individualmente significativos
são avaliados coletivamente quanto à perda de valor com base no agrupamento de ativos com
características de risco similares.

Ao avaliar a perda por redução ao valor recuperável de forma coletiva, a Companhia utiliza tendências
históricas do prazo de recuperação e dos valores de perda incorridos, ajustados para refletir o
julgamento da Administração sobre se as condições econômicas e de crédito atuais são tais que as
perdas reais provavelmente serão maiores ou menores que as sugeridas pelas tendências históricas.

Uma perda por redução ao valor recuperável é calculada como a diferença entre o valor contábil e o
valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juros efetiva original do
ativo. As perdas são reconhecidas no resultado e refletidas em uma conta de provisão. Quando a
Companhia considera que não há expectativas razoáveis de recuperação, os valores são baixados.
Quando um evento subsequente indica uma redução da perda de valor, a redução pela perda de valor é
revertida através do resultado.

(c) Investidas contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial


Uma perda por redução do valor recuperável referente a uma investida avaliada pelo método de
equivalência patrimonial é mensurada pela comparação do valor recuperável do investimento com o
seu valor contábil. Uma perda por redução ao valor recuperável é reconhecida no resultado e é
revertida se houve uma mudança favorável nas estimativas usadas para determinar o valor recuperável.

(d) Ativos não financeiros


Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia, que não os estoques e imposto de
renda e contribuição social diferidos ativos, são revistos a cada data de apresentação para apurar se há
indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal indicação, então o valor recuperável do ativo
é estimado. No caso de ágio e ativos intangíveis com vida útil indefinida, o valor recuperável é testado
anualmente.

Perdas por redução no valor recuperável são reconhecidas no resultado. Perdas reconhecidas referentes
as Unidades Geradoras de Caixa (UGC) são inicialmente alocadas para redução de qualquer ágio
alocado a esta UGC (ou grupo de UGC), e então para redução do valor contábil dos outros ativos da
UGC (ou grupo de UGC) de forma pro rata.

Uma perda por redução ao valor recuperável relacionada a ágio não é revertida. Quanto aos outros
ativos, as perdas de valor recuperável são revertidas somente na extensão em que o valor contábil do
ativo não exceda o valor contábil que teria sido apurado, líquido de depreciação ou amortização, caso
a perda de valor não tivesse sido reconhecida.

2.7 Derivativos mensurados ao valor justo por meio do resultado

Os instrumentos derivativos contratados não se qualificam para a contabilização de hedge. As


variações no valor justo de qualquer um desses instrumentos derivativos são reconhecidas
imediatamente na demonstração do resultado em "receitas (despesas) financeiras".

2.8 Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de
mercadorias ou prestação de serviços no curso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de
recebimento é equivalente a um ano ou menos (ou outro que atenda o ciclo normal de operações da
Companhia), as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, estão
apresentadas no ativo não circulante.

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Notas Explicativas

As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente,
mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa de juros efetiva menos a provisão
para impairment.

2.9 Estoques

Os estoques são mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. O custo dos
estoques é baseado no princípio do custo médio e inclui gastos incorridos na aquisição de estoques,
custos de produção e transformação e outros custos incorridos em trazê-los às suas localizações e
condições existentes. No caso dos estoques manufaturados e produtos em elaboração, o custo inclui
uma parcela dos custos gerais de fabricação baseado na capacidade operacional normal.

O valor realizável líquido é o preço estimado de venda no curso normal dos negócios, deduzido dos
custos estimados de conclusão e despesas de vendas.

2.10 Imobilizado

Reconhecimento e mensuração
Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção, deduzido de
depreciação acumulada e perdas de redução ao valor recuperável (impairment) acumuladas.

O custo inclui gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de ativos
construídos pela própria Companhia inclui:

 O custo de materiais e mão de obra direta;


 Quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e condição necessários para que esses
sejam capazes de operar da forma pretendida pela Administração;
 Os custos de desmontagem e de restauração do local onde estes ativos estão localizados; e
 Custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis.

Quando partes de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são registradas como itens
separados (componentes principais) de imobilizado.

Quaisquer ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são reconhecidos no resultado.

Reclassificação para propriedade para investimento


Quando o uso da propriedade muda de ocupada pelo proprietário para propriedade para investimento,
a propriedade é remensurada ao seu valor justo e reclassificada como propriedade para investimento.
Qualquer ganho resultante dessa nova mensuração é reconhecido no resultado na medida em que o
ganho reverta uma perda por redução ao valor recuperável anterior na propriedade específica, qualquer
ganho remanescente é reconhecido como outros resultados abrangentes no patrimônio na reserva de
ajuste de avaliação patrimonial. Qualquer perda é reconhecida imediatamente no resultado.

Custos subsequentes
Gastos subsequentes são capitalizados na medida em que seja provável que benefícios futuros
associados com os gastos serão auferidos pela Companhia. Gastos de manutenção e reparos
recorrentes são registrados no resultado.

Depreciação
Itens do ativo imobilizado são depreciados pelo método linear no resultado do exercício baseado na
vida útil econômica estimada de cada componente. Ativos arrendados são depreciados pelo menor
período entre a vida útil estimada do bem e o prazo do contrato, a não ser que seja razoavelmente certo
que a Companhia obterá a propriedade do bem ao final do prazo do arrendamento. Terrenos não são
depreciados.

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Notas Explicativas

Itens do ativo imobilizado são depreciados a partir da data em que são instalados e estão disponíveis
para uso, ou em caso de ativos construídos internamente, do dia em que a construção é finalizada e o
ativo está disponível para utilização.

As vidas úteis estimadas para o exercício corrente e comparativo são as seguintes:

Anos

Edificações 40-60
Máquinas 10-15
Veículos 7-8
Móveis, utensílios e equipamentos 5-12

Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais são revistos a cada data de balanço e
ajustados caso seja apropriado.

2.11 Ativos intangíveis e ágio

(a) Ágio
O ágio (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago ou a pagar e o montante
líquido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. O ágio de aquisições de controladas
é registrado como "ativo intangível". Se a adquirente apurar deságio, deverá registrar o montante como
ganho no resultado do período, na data da aquisição. O ágio é testado anualmente para verificar
prováveis perdas (impairment) e contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas
por impairment, que não são revertidas. Os ganhos e as perdas da alienação de uma entidade incluem o
valor contábil do ágio relacionado com a entidade vendida.

(b) Marcas registradas e licenças


As marcas registradas e as licenças adquiridas separadamente são demonstradas pelo custo histórico.
As marcas registradas e as licenças adquiridas em uma combinação de negócios são reconhecidas pelo
valor justo na data da aquisição, uma vez que têm vida útil definida e são contabilizadas pelo seu valor
de custo menos a amortização acumulada. A amortização é calculada pelo método linear para alocar o
custo das marcas registradas e das licenças durante sua vida útil estimada de 10 a 20 anos.

(c) Softwares
As licenças de software adquiridas são capitalizadas com base nos custos incorridos para adquirir os
softwares e fazer com que eles estejam prontos para serem utilizados. Esses custos são amortizados
durante sua vida útil de até 5 anos.

Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme


incorridos. Os custos de desenvolvimento que são diretamente atribuíveis ao projeto e aos testes de
produtos de software identificáveis e exclusivos, controlados pela Companhia, são reconhecidos como
ativos intangíveis quando os seguintes critérios são atendidos:

. é tecnicamente viável concluir o software para que ele esteja disponível para uso;
. a administração pretende concluir o software e usá-lo ou vendê-lo;
. o software pode ser vendido ou usado;
. o software gerará benefícios econômicos futuros prováveis, que podem ser demonstrados;
. estão disponíveis recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir o
desenvolvimento e para usar ou vender o software; e
. o gasto atribuível ao software durante seu desenvolvimento pode ser mensurado com segurança.

Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa,
conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento previamente reconhecidos como despesa não são
reconhecidos como ativo em período subsequente.

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Notas Explicativas

(d) Pesquisa e desenvolvimento


Gastos em atividades de pesquisa são reconhecidos no resultado conforme incorridos.

Os gastos de desenvolvimento são capitalizados somente se os custos de desenvolvimento puderem ser


mensurados de maneira confiável, se o produto ou processo forem técnica e comercialmente viáveis,
se os benefícios econômicos futuros forem prováveis, e se a Companhia tiver a intenção e os recursos
suficientes para concluir o desenvolvimento e usar ou vender o ativo. Os gastos capitalizados incluem
o custo de materiais, mão de obra direta, custos de fabricação que são diretamente atribuíveis à
preparação do ativo para seu uso proposto, e custos de empréstimo. Outros gastos de desenvolvimento
são reconhecidos no resultado conforme incorridos.

Após o reconhecimento inicial, os gastos de desenvolvimento capitalizados são mensurados pelo


custo, deduzido da amortização acumulada e perdas por redução ao valor recuperável.

(e) Outros ativos intangíveis


Outros ativos intangíveis que são adquiridos pela Companhia e que têm vidas úteis finitas são
mensurados pelo custo, deduzido da amortização acumulada e quaisquer perdas por redução ao valor
recuperável acumulado.

(f) Gastos subsequentes


Os gastos subsequentes são capitalizados somente quando eles aumentam os benefícios econômicos
futuros incorporados no ativo específico aos quais se relacionam. Todos os outros gastos, incluindo
gastos com ágio gerado internamente e marcas, são reconhecidos no resultado conforme incorridos.

(g) Amortização
Exceto pelo ágio, a amortização é reconhecida no resultado pelo método linear considerando as vidas
úteis estimadas de ativos intangíveis, a partir da data em que estes estão disponíveis para uso.

2.12 Propriedade para investimento


A propriedade para investimento é mensurada pelo custo.
Ganhos e perdas na alienação de uma propriedade para investimento (calculado pela diferença entre o
valor líquido recebido na venda e o valor contábil do item) são reconhecidos no resultado.
Quando uma propriedade para investimento anteriormente reconhecida como ativo imobilizado é
vendida, qualquer montante reconhecido em ajuste de avaliação patrimonial é transferido para lucros
acumulados.

2.13 Contas a pagar aos fornecedores


As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos
de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o
pagamento for devido no período de até um ano (ou no ciclo operacional normal dos negócios, ainda
que mais longo). Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.

Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo
amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva. Na prática, são normalmente reconhecidas
ao valor da fatura correspondente.

2.14 Empréstimos e financiamentos


Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos
da transação incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer
diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de resgate é
reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos e financiamentos
estejam em andamento, utilizando o método da taxa de juros efetiva.

Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que a


Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12
meses após a data do balanço.

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Notas Explicativas

2.15 Determinação do ajuste a valor presente


Os itens sujeitos ao desconto a valor presente são:

 Contas a receber de clientes compostos pela venda a prazo para clientes da Companhia com baixo
risco de crédito. A taxa de desconto utilizada pela Administração para o desconto a valor presente
para esses itens é de 100% da CDI mensal para clientes mercado interno e a taxa a mercado dos
adiantamentos de contrato de câmbio para os clientes mercado externo. A taxa de juros imputada
em uma transação de venda é determinada no momento do registro inicial da transação e não é
ajustada posteriormente; e

 Contas a pagar a fornecedores compostos por compra a prazo de fornecedores da Companhia. A


Companhia realizou cálculo do valor presente utilizando as mesmas premissas utilizadas para
contas a receber.

2.16 Provisões
Uma provisão é reconhecida, em função de um evento passado, se a Companhia tem uma obrigação
legal ou construtiva que possa ser estimada de maneira confiável, e é provável que um recurso
econômico seja exigido para liquidar a obrigação. As provisões são apuradas através do desconto dos
fluxos de caixa futuros esperados a uma taxa antes de impostos que reflete as avaliações atuais de
mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e riscos específicos para o passivo. Os custos
financeiros incorridos são registrados no resultado.

2.17 Provisão para garantias


Uma provisão para garantias é reconhecida quando os produtos ou serviços são vendidos. A provisão é
baseada em dados históricos de garantia e uma ponderação de todos os resultados possíveis em relação
as probabilidades associadas.

2.18 Imposto de renda e contribuição social


O imposto de renda e a contribuição social do exercício corrente e diferido são calculados com base
nas alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240
para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido no
exercício, e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social,
limitada a 30% do lucro tributável.

A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda correntes e
diferidos. O imposto corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado a menos que estejam
relacionados a combinação de negócios, ou itens diretamente reconhecidos no patrimônio líquido ou
em outros resultados abrangentes.

(a) Despesas de imposto de renda e contribuição social - corrente


A despesa de imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber estimado sobre o lucro ou prejuízo
tributável do exercício e qualquer ajuste aos impostos a pagar com relação aos exercícios anteriores. O
montante dos impostos correntes a pagar ou a receber é reconhecido no balanço patrimonial como
ativo ou passivo fiscal pela melhor estimativa do valor esperado dos impostos a serem pagos ou
recebidos que reflete as incertezas relacionadas a sua apuração, se houver. Ele é mensurado com base
nas taxas de impostos decretadas na data do balanço.
Os ativos e passivos fiscais correntes são compensados somente se certos critérios forem atendidos.

(b) Despesas de imposto de renda e contribuição social - diferido


Ativos e passivos fiscais diferidos são reconhecidos com relação às diferenças temporárias entre os
valores contábeis de ativos e passivos para fins de demonstrações financeiras e os usados para fins de
tributação. As mudanças dos ativos e passivos fiscais diferidos no exercício são reconhecidas como
despesa de imposto de renda e contribuição social diferida. O imposto diferido não é reconhecido
para:

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Notas Explicativas

 diferenças temporárias sobre o reconhecimento inicial de ativos e passivos em uma transação que
não seja uma combinação de negócios e que não afete nem o lucro ou prejuízo tributável nem o
resultado contábil;
 diferenças temporárias relacionadas a investimentos em controladas, coligadas e empreendimentos
sob controle conjunto, na extensão que a Companhia seja capaz de controlar o momento da reversão
da diferença temporária e seja provável que a diferença temporária não será revertida em futuro
previsível; e
 diferenças temporárias tributáveis decorrentes do reconhecimento inicial de ágio.

Um ativo fiscal diferido é reconhecido em relação aos prejuízos fiscais e diferenças temporárias
dedutíveis não utilizados, na extensão em que seja provável que lucros tributáveis futuros estarão
disponíveis, contra os quais serão utilizados. Ativos fiscais diferidos são revisados a cada data de
balanço e são reduzidos na extensão em que sua realização não seja mais provável.

Ativos e passivos fiscais diferidos são mensurados com base nas alíquotas que se espera aplicar às
diferenças temporárias quando elas forem revertidas, baseando-se nas alíquotas que foram decretadas
até a data do balanço.

A mensuração dos ativos e passivos fiscais diferidos reflete as consequências tributárias decorrentes da
maneira sob a qual a Companhia espera recuperar ou liquidar seus ativos e passivos.

Ativos e passivos fiscais diferidos são compensados somente se certos critérios forem atendidos.

2.19 Benefícios de pensão e pós-emprego


A Companhia reconhece sua obrigação com planos de benefícios a empregados e os custos
relacionados, líquidos dos ativos do plano, adotando as seguintes práticas:

(i) O custo de pensão e de outros benefícios pós-emprego adquiridos pelos empregados é


determinado atuarialmente usando o método da unidade de crédito projetada e a melhor
estimativa da Administração da performance esperada dos investimentos do plano para
fundos, crescimento salarial, idade de aposentadoria dos empregados e custos esperados com
tratamento de saúde. A taxa de desconto usada para determinar a obrigação de benefícios
futuros é uma estimativa da taxa de juros corrente na data do balanço;

(ii) Os ativos do plano de pensão são avaliados a valor de mercado;

(iii) Os custos do serviço passado decorrente de correções do plano são amortizados linearmente
pelo período médio remanescente de serviço dos empregados ativos na data da correção;

(iv) Os ganhos e perdas atuariais são reconhecidos imediatamente no resultado abrangente do


exercício;

(v) Reduções do plano resultam de alterações significativas do tempo de serviço esperado dos
empregados ativos. É reconhecida uma perda líquida com redução quando o evento é provável
e pode ser estimado, enquanto que o ganho líquido com redução é diferido até a sua
realização.

Na contabilização dos benefícios de pensão e pós-emprego, são usadas várias estatísticas e outros
fatores, na tentativa de antecipar futuros eventos, no cálculo da despesa e da obrigação relacionada
com os planos.

Esses fatores incluem premissas de taxa de desconto, retorno esperado dos ativos do plano, aumentos
futuros do custo com tratamento de saúde e taxa de aumentos futuros de remuneração.

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Notas Explicativas

Adicionalmente, consultores atuariais também usam fatores subjetivos, como taxas de desligamento,
rotatividade e mortalidade para estimar estes fatores. As premissas atuariais usadas pela Companhia
podem ser materialmente diferentes dos resultados reais devido a mudanças nas condições econômicas
e de mercado, eventos regulatórios, decisões judiciais, taxas de desligamento maiores ou menores ou
períodos de vida mais curtos ou longos dos participantes.

2.20 Capital social


Ações ordinárias
São classificadas como patrimônio líquido. Custos adicionais diretamente atribuíveis à emissão de
ações e opções são reconhecidos como dedução do patrimônio líquido, líquido de quaisquer efeitos
tributários.

Ações preferenciais
São classificadas no patrimônio líquido caso não sejam resgatáveis, ou resgatáveis somente por opção
da Companhia, e quaisquer dividendos sejam discricionários. Dividendos discricionários são
reconhecidos como distribuições no patrimônio líquido na data da sua aprovação pelos acionistas da
Companhia.

A distribuição de dividendos mínimos e juros sobre capital próprio para os acionistas da Marcopolo é
reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras da Companhia ao final do exercício, com
base no estatuto social da Marcopolo. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é
provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em Assembleia Geral Ordinária.

2.21 Reconhecimento da receita


A receita operacional é reconhecida quando a obrigação de desempenho é satisfeita, levando em
consideração os seguintes indicadores de transferência de controle: (i) a entidade possui um direito
presente de pagamento pelo ativo; (ii) o cliente possui a titularidade legal do ativo; (iii) a entidade
transferiu a posse física do ativo; (iv) o cliente possui os riscos e benefícios significativos da
propriedade do ativo; e (v) o cliente aceitou o ativo. A receita é medida líquida de devoluções,
descontos comerciais e bonificações, bem como após a eliminação das vendas entre as empresas.

(a) Venda de ônibus


O reconhecimento da receita não ocorre até que: (i) os carros tenham sido entregues para o cliente; (ii)
os riscos de obsolescência e perda tenham sido transferidos para o cliente; (iii) o cliente tenha aceitado
os carros de acordo com o contrato de venda; e (iv) as disposições de aceitação tenham sido acordadas,
ou a Companhia tenha evidências objetivas de que todos os critérios para aceitação foram atendidos.

As vendas são registradas com base no preço especificado nos contratos de venda, e são descontadas
ao valor presente.

2.22 Receitas financeiras e despesas financeiras


As receitas e despesas financeiras da Companhia compreendem:
 receita e despesa de juros;
 ganhos/perdas líquidos na alienação de ativos financeiros disponíveis para venda;
 ganhos/perdas líquidos de ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado;
 ganhos/perdas líquidos de variação cambial sobre ativos e passivos financeiros;
 perdas de valor justo em contraprestação contingente classificada como passivo financeiro;
 perdas por redução ao valor recuperável em ativos financeiros (que não contas a receber);
 ganhos/perdas líquidos nos instrumentos de hedge que são reconhecidos no resultado; e
 reclassificações de ganhos líquidos previamente reconhecidos em outros resultados abrangentes.

A receita e a despesa de juros são reconhecidas no resultado pelo método dos juros efetivos.

A Companhia classifica os juros sobre capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades
de investimento.

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Notas Explicativas

2.23 Normas, alterações e interpretações de normas

(a) Normas, alterações e interpretações de normas existentes que ainda não estão em vigor:
A seguinte nova norma será efetiva para exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2019 e não foi
adotada na preparação destas demonstrações financeiras. A Companhia não planeja adotar esta norma
de forma antecipada.

IFRS 16 - Leases (CPC 06 (R2) - Operações de Arrendamento Mercantil)


Essa norma substitui a norma anterior de arrendamento mercantil, IAS 17/CPC 06 (R1), e
interpretações relacionadas, e estabelece os princípios para o reconhecimento, mensuração,
apresentação e divulgação de arrendamentos para ambas as partes de um contrato, ou seja, os clientes
(arrendatários) e os fornecedores (arrendadores). Os arrendatários são requeridos a reconhecer um
passivo de arrendamento refletindo futuros pagamentos do arrendamento e um "direito de uso de um
ativo" para praticamente todos os contratos de arrendamento, com exceção de certos arrendamentos de
curto prazo e contratos de ativos de baixo valor. Para os arrendadores, o tratamento contábil
permanece praticamente o mesmo, com a classificação dos arrendamentos como arrendamentos
operacionais ou arrendamentos financeiros, e a contabilização desses dois tipos de contratos de
arrendamento de forma diferente. A nova norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2019. A
Companhia estima um impacto não superior a 0,4% do total do ativo consolidado.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis ainda não emitiu pronunciamento contábil ou alteração nos
pronunciamentos vigentes correspondentes a todas as novas IFRS. Portanto, a adoção antecipada
dessas IFRS não é permitida para entidades que divulgam as suas demonstrações financeiras de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

(b) Normas, alterações e interpretações de normas existentes que entraram em vigor em 1º de


janeiro de 2018:
Novas normas, alterações e interpretações passaram a ter vigência a partir de janeiro de 2018.
Abaixo estão descritos os impactos da adoção destas novas normas.

IFRS 9 - Financial Instruments (CPC 48 - Instrumentos Financeiros)


A Companhia adotou a norma a partir de 1º de janeiro de 2018 que teve como impacto as seguintes
alterações:

(i) classificação e mensuração de ativos financeiros: inclusão de informações adicionais nas notas
explicativas quanto ao enquadramento das anteriores seis categorias de ativos financeiros, para as
atuais três categorias indicadas pela norma: ao custo amortizado, ao valor justo por meio do
resultado e ao valor justo por meio de resultado abrangente.

(ii) redução ao valor recuperável (impairment) de ativos financeiros: alteração do modelo de


avaliação para perda esperada em três estágios: estágio 1) A Companhia aplicou abordagem
simplificada considerando as perdas esperadas durante toda a vida dos ativos financeiros, exceto
para o segmento financeiro que considera todos os eventos de inadimplência possíveis dentro de
12 meses; estágio 2) Perda de crédito esperada ao longo da vida do ativo financeiro; e estágio 3)
Perda de crédito efetiva considerando o modelo já aplicado pela Companhia.

Na aplicação deste modelo de avaliação, a Companhia considerou seu procedimento atual de avaliação
baseado no histórico de perda, suas políticas de análise de crédito e a característica do risco de crédito
das suas operações. A alteração no modelo não resultou em impacto relevante em suas informações
financeiras.

IFRS 15 - Revenue from Contracts with Customers (CPC 47 - Receita de Contratos com Clientes)
A Companhia adotou a norma a partir de 1º de janeiro de 2018. O CPC 47/IFRS 15 define que quando
uma obrigação de desempenho for satisfeita a entidade deve reconhecer como receita o valor do preço
da transação que é alocado a essa obrigação de desempenho. A Companhia considera como obrigação

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Notas Explicativas

de desempenho distinta em seus contratos com clientes a garantia estendida. Não houve impacto
relevante nas informações financeiras no período, uma vez que a receita é reconhecida quando do
cumprimento da obrigação de desempenho.

3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos


As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência
histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis
para as circunstâncias.

Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as
estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As
estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste
relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão
contempladas abaixo:

(a) Perda (impairment) estimada do ágio


Anualmente, a Companhia testa eventuais perdas (impairment) no ágio, de acordo com a prática
contábil apresentada na Nota 2.11. Os valores recuperáveis de UGCs foram determinados com base
em cálculos do valor em uso, efetuados com base em estimativas (Nota 14).

(b) Imposto de renda, contribuição social e outros impostos


A Companhia está sujeita ao imposto de renda em todos os países em que opera. É necessário um
julgamento significativo para determinar a provisão para impostos sobre a renda nesses diversos
países.

4 Gestão de risco financeiro


4.1 Fatores de risco

(a) Risco de mercado

(i) Risco cambial


Os resultados da Companhia estão suscetíveis a variações, pois os seus ativos e passivos estão
atrelados à volatilidade da taxa de câmbio, principalmente do dólar norte-americano.

Como estratégia para prevenção a redução dos efeitos da flutuação da taxa de câmbio, a
Administração tem adotado a política de manter hedge natural com a manutenção de ativos vinculados
suscetíveis também à variação cambial.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Companhia possuía ativos, passivos e forwards denominados


em moeda estrangeira nos montantes descritos a seguir:
Consolidado

2018

Contas a
receber de clientes Fornecedores Empréstimos Forwards
Moedas
Dirhams 167 295 - -
Dólares americanos 390.502 15.941 664.560 151.411
Dólares australianos 55.489 40.892 136.860 1.165
Pesos chilenos - 983 49 -
Randes sul-africanos 39.689 2.924 3.363 9.627
Renminbis chineses 6.736 10.123 32.736 -

492.583 71.158 837.568 162.203

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Notas Explicativas

Consolidado

2017

Contas a
receber de clientes Fornecedores Empréstimos Forwards
Moedas
Dólares americanos 339.614 41.172 332.336 334.117
Dólares australianos 33.936 32.372 90.527 26.146
Pesos chilenos - - 3.993 -
Randes sul-africanos 14.143 3.528 808 808
Renminbis chineses 8.706 10.423 20.262 -

396.399 87.495 447.926 361.071

(ii) Risco de taxa de juros


Os resultados da Companhia são suscetíveis a perdas por conta de flutuações nas taxas de juros que
aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos captados no mercado, ou
diminuam as receitas financeiras relativas às aplicações financeiras. A Companhia monitora
continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de
contratação de novas operações para proteger-se contra o risco de volatilidade dessas taxas.

(iii) Risco de preço de vendas e compras


Considerando-se que as exportações são equivalentes a 34,5% das receitas previstas para 2019, a
eventual volatilidade da taxa de câmbio representa, na verdade, um risco de preço que poderá alterar
os resultados planejados pela Administração.
De outro lado, as compras de matérias-primas consideradas commodities representam
aproximadamente 23% do total das compras e desta forma sujeita a Companhia aos efeitos das
oscilações nos preços de mercado destes itens.

Para mitigar esses riscos, a Companhia monitora permanentemente a evolução de preços.

(b) Risco de crédito


O risco de crédito é administrado corporativamente. O risco de crédito decorre de caixa e equivalentes
de caixa, instrumentos financeiros derivativos, depósitos em bancos e instituições financeiras, bem
como de exposições de crédito a clientes, incluindo contas a receber em aberto e operações
compromissadas. Se não houver uma classificação independente, a área de análise de crédito avalia a
qualidade do crédito do cliente, levando em consideração sua posição financeira, experiência passada e
outros fatores. Os limites de riscos individuais são determinados com base em classificações internas
ou externas de acordo com os limites determinados pelo Conselho de Administração. A utilização de
limites de crédito é monitorada regularmente.

A Companhia possui ainda, a provisão para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$ 53.939
(controladora) e R$ 151.705 (consolidado) em 31 de dezembro de 2018 (R$ 39.470 e R$ 120.180 em
31 de dezembro de 2017) representativos de 8,9% e 9,4%, respectivamente, do saldo de contas a
receber da controladora e do consolidado em aberto (9,5% e 8,8% em 31 de dezembro de 2017), a qual
foi constituída para fazer face ao risco de crédito.

(c) Risco de liquidez


É o risco de a Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos
financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e
pagamentos previstos.

Para administrar a liquidez do caixa em moeda nacional e estrangeira, são estabelecidas premissas de
desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de Tesouraria.

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Notas Explicativas

Consolidado

2018

Fluxo de caixa contratual

Entre um Entre dois Acima de


Valor contábil Total e dois anos e cinco anos cinco anos

Passivos financeiros não derivativos


Empréstimos e financiamentos 1.934.160 2.175.322 833.990 1.174.668 166.664
Fornecedores 418.247 418.247 418.247 - -

Passivos financeiros derivativos


Instrumentos financeiros derivativos 48 48 48 - -
Consolidado

2017

Fluxo de caixa contratual

Entre um Entre dois Acima de


Valor contábil Total e dois anos e cinco anos cinco anos

Passivos financeiros não derivativos


Empréstimos e financiamentos 1.940.666 2.175.244 894.605 1.082.033 198.606
Fornecedores 366.399 366.399 366.399 - -

Passivos financeiros derivativos


Instrumentos financeiros derivativos 2.811 2.811 2.811 - -

(d) Análise de sensibilidade adicional requerida pela CVM


Apresentamos, a seguir, quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos
financeiros, que descreve os riscos que podem gerar variações materiais para a Companhia, com
cenário mais provável (cenário I) segundo avaliação efetuada pela Administração, considerando um
horizonte de 12 meses, quando deverão ser divulgadas as próximas demonstrações financeiras.
Adicionalmente, dois outros cenários são demonstrados que, caso ocorram, possam gerar resultados
adversos para a Companhia, sendo o cenário II uma possível deterioração de 25% e o cenário III uma
deterioração de 50%, nos termos determinados pela CVM, por meio da Instrução no 475/08.

Cenário
provável
Premissas Efeitos das contas sobre o resultado (Cenário I) (Cenário II) (Cenário III)

CDI - % 6,50 8,13 9,75


TJLP - % 7,03 8,79 10,55
Taxa cambial - US$ 3,80 4,75 5,70
Taxa cambial - Euro 4,47 5,59 6,71
LIBOR - % 2,85 3,57 4,28
Custo do ACC deságio - % 4,50 5,63 6,75
Aplicações financeiras 42.318 51.833 62.229
Relações interfinanceiras 76.262 96.159 106.666
Empréstimos e financiamentos (112.081) (271.307) (431.111)
Forwards 1.064 7.060 22.623
Contas a receber subtraído do contas a pagar (9.377) 110.674 230.725

Ganho/(Perda) (1.905) (5.694) (9.004)

4.2 Gestão de capital


O objetivo da Companhia ao gerenciar capital é de resguardar a habilidade de sua continuidade
operacional, para garantir retorno aos acionistas, mantendo uma estrutura otimizada de capital para
reduzir custos de capital.

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Notas Explicativas

Visando a sustentabilidade e perpetuação das atividades, além dos aspectos sociais e ambientais, a
Companhia enfatiza os resultados econômico-financeiros, que resultam em agregação de valor ao
negócio e retorno aos acionistas. Para acompanhamento do desempenho foi adotada, a partir de 2001,
a metodologia denominada Gestão de Valor Agregado (GVA), a qual direciona o foco das ações
operacionais em que resultem em superior desempenho financeiro. Esse programa treinou o pessoal no
desenvolvimento e uso de instrumentos de aferição e controle do atingimento das metas, facilitando a
simulação e análise da eficiência na gestão do capital de giro e dos efeitos de novos investimentos na
rentabilidade da Companhia. Concomitantemente, a Marcopolo adotou os conceitos do BSC
(Balanced Score Card) que traduz a estratégia de cada unidade em objetivos, direcionadores, metas e
planos de ação, os quais são monitorados e gerenciados com frequência. As ferramentas relacionadas
aos objetivos são: WACC (Weighted Average Cost Of Capital), Dívida líquida/EBITDA (Earnings
Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) e Relação Dívida/Patrimônio Líquido. Nos
últimos anos, esses indicadores chave foram:

WACC - entre 8% e 12% a.a.


Dívida Líquida/EBITDA - entre 1,50x e 2,50x
Relação Dívida/Patrimônio Líquido - entre 25% e 80%

Os índices de alavancagem financeira em 31 de dezembro de 2018 e 2017 podem ser assim


sumariados (Nota 31):

Consolidado Segmento Industrial Segmento Financeiro

2018 2017 2018 2017 2018 2017

Total dos empréstimos 1.934.160 1.940.666 1.488.852 1.442.663 445.308 498.003


Instrumentos financeiros derivativos 48 2.811 48 2.811 - -
Menos: caixa e equivalentes de caixa (863.467) (958.759) (833.839) (946.698) (29.628) (12.061)
Menos: aplicações financeiras (89.928) (187.373) (89.928) (187.373) - -
Menos: instrumentos financeiros derivativos (1.453) (445) (1.453) (445) - -

Dívida líquida (A) 979.360 796.900 563.680 310.958 415.680 485.942

Total do patrimônio líquido (B) 2.134.631 1.928.612 1.908.816 1.694.943 225.815 233.669

Índice de alavancagem financeira - % (A/B) 46 41 30 18 184 208

4.3 Estimativa do valor justo


Pressupõe-se que os saldos das contas a receber de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo
valor contábil, menos a perda (impairment), esteja próxima de seus valores justos. O valor justo dos
passivos financeiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa
contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado, que está disponível para a Companhia para
instrumentos financeiros similares.

A Companhia aplica o CPC 40/IFRS 7 para instrumentos financeiros mensurados no balanço


patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da
seguinte hierarquia de mensuração pelo valor justo:
. Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (nível 1);
. Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas pelo mercado para o
ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos
preços) (nível 2); e
. Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou
seja, inserções não observáveis) (nível 3).

A tabela abaixo apresenta os ativos e passivos da Companhia mensurados pelo valor justo em 31 de
dezembro de 2018 e 2017, os quais foram integralmente classificados no nível 2:

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Notas Explicativas

Consolidado

2018 2017
Ativos
Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado
- Derivativos para negociação 1.453 445
- Partes relacionadas 13.260 14.118
- Certificados de depósitos bancários 89.928 187.373

104.641 201.936

Passivos
Passivo financeiro ao valor justo por meio do resultado
- Derivativos para negociação 4.417 2.811

4.417 2.811

4.4 Outros fatores de risco


A Companhia, por iniciativa do Conselho de Administração, poderá efetuar procedimentos de
avaliação interna sempre que fatores externos ou internos indiquem a possibilidade de que distorções
nas demonstrações financeiras tenham ocorrido. Tais procedimentos são realizados de forma
independente, com ou sem apoio de especialistas externos, e seus resultados são reportados ao
Conselho de Administração.

5 Instrumentos financeiros por categoria

(a) Ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado

(i) Aplicações financeiras - As aplicações financeiras são classificadas como destinadas à


negociação. O valor de mercado está refletido nos valores registrados nos balanços
patrimoniais; e

(ii) Derivativos - Os instrumentos derivativos contratados pela Companhia têm o propósito de


proteger suas operações de pedidos em carteira e exposição contra os riscos de flutuação nas
taxas de câmbio e de juros, e não são utilizados para fins especulativos.

(b) Ativos financeiros mensurados ao custo amortizado

(i) Caixa e equivalente de caixa - Os saldos em contas correntes mantidos em bancos têm seus
valores de mercado similares aos saldos contábeis, considerando as suas características e
vencimentos;

(ii) Contas a receber de clientes - Valores a receber de clientes pela venda de mercadorias e
prestação de serviços; e

(iii) Partes relacionadas – Representada por empréstimos de mútuo.

(c) Passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado

(i) Derivativos - Os instrumentos derivativos contratados pela Companhia têm o propósito de


proteger suas operações de pedidos em carteira e exposição contra os riscos de flutuação nas
taxas de câmbio e de juros, e não são utilizados para fins especulativos.

(d) Passivos financeiros mensurados ao custo amortizado

(i) Empréstimos e financiamentos - Os empréstimos e financiamentos são registrados com base


nos juros contratuais de cada operação. A diferença entre o valor contábil e o valor de
mercado, apurada pelo método do fluxo de caixa descontado, pode ser assim sumariada:

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Notas Explicativas

Consolidado

2018 2017

Valor Valor de Valor Valor de


Natureza do ativo patrimonial mercado patrimonial mercado

Empréstimos e financiamentos 1.934.160 1.877.767 1.940.666 1.927.858

(ii) Fornecedores – Representado por valores a pagar por compra de mercadorias e serviços.

Os quadros abaixo demonstram a classificação dos instrumentos financeiros conforme a IFRS 9:

Controladora

2018 2017

Ao valor justo Ao valor justo


por meio do Ao custo por meio do Empréstimos e
resultado amortizado Total resultado recebíveis Total
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa - 653.573 653.573 - 739.529 739.529
Aplicações financeiras 89.928 - 89.928 201.905 - 201.905
Contas a receber de clientes - 553.646 553.646 - 376.965 376.965
Instrumentos derivativos ativos 417 - 417 229 - 229

Passivos
Empréstimos - 1.009.129 1.009.129 - 1.014.358 1.014.358
Instrumentos derivativos passivos - - - 986 - 986

Consolidado

2018 2017

Ao valor justo Ao valor justo


por meio do Ao custo por meio do Empréstimos e
resultado amortizado Total resultado recebíveis Total
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa - 863.467 863.467 - 958.759 958.759
Aplicações financeiras 89.928 - 89.928 201.491 - 201.491
Contas a receber de clientes - 1.101.973 1.101.973 - 1.250.083 1.250.083
Instrumentos derivativos ativos 1.453 - 1.453 445 - 445

Passivos
Empréstimos - 1.934.160 1.934.160 - 1.940.666 1.940.666
Instrumentos derivativos passivos 48 - 48 2.811 - 2.811

(e) Instrumentos financeiros derivativos


O quadro a seguir apresenta uma estimativa do valor de mercado de nossa posição com os contratos de
NDFs e Forward. Os ganhos e perdas não realizados nas operações com derivativos são registrados
(se perda) na rubrica de instrumentos financeiros derivativos ou (se ganho) em instrumentos
financeiros derivativos e a contrapartida no resultado na rubrica de receitas ou despesas financeiras -
variação cambial, respectivamente.

Ativos
Valor Valores
nocional Valor justo a receber

Empresa Contraparte Posição Inicial Final 2018 2018 2017 2018 2017

Marcopolo USD mil


BRADESCO Venda 27.12.18 18.01.19 3.700 49 45 49 45
SANTANDER Venda 26.12.18 18.01.19 3.800 198 132 198 132
SAFRA Venda 26.12.18 18.01.19 3.800 170 52 170 52

417 229 417 229

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Notas Explicativas

Masa USD mil


STD Compra 27.09.18 04.02.19 4.919 183 - 183 -

183 - 183 -

MP Austrália
USD mil
WESTERN UNION Compra 08.11.18 10.12.19 4.993 612 69 613 69

CNY mil
CITIBANK Compra - 95 - 95

CHF mil
CITIBANK Compra 08.11.18 07.11.19 1.219 121 - 121 -

SGD mil
CITIBANK Compra 09.11.18 10.10.19 1.320 119 24 119 24

852 188 852 188

San Marino USD mil


SANTANDER Venda - 9 - 9

- 9 - 9

Ciferal USD mil


BRADESCO Venda - 19 - 19

- 19 - 19

1.453 445 1.453 445

Passivos
Valor Valores
nocional Valor justo a pagar

Empresa Contraparte Posição Inicial Final 2018 2018 2017 2018 2017

Marcopolo USD mil


BRADESCO Venda - (199) - (199)
SANTANDER Venda - (579) - (579)
FIBRA Venda - (203) - (203)
SAFRA Venda - (5) - (5)

- (986) - (986)

Ciferal USD mil


BRADESCO Venda - (553) - (553)

- (553) - (553)

San Marino USD mil


SANTANDER Venda - (110) - (110)

- (110) - (110)

MP Austrália USD mil


WESTERN UNION Compra - (34) - (34)
SGD mil
CITIBANK Compra - (1) - (1)
CHF mil
CITIBANK Compra - (85) - (85)
CNY mil
CITIBANK Compra 16.10.18 17.01.19 724 (6) - (6) -

(6) (120) (6) (120)

Masa USD mil


STD Compra 19.12.18 28.12.19 1.237 (42) (864) (42) (864)
ABSA Compra - (178) - (178)

(42) (1.042) (42) (1.042)

(48) (2.811) (48) (2.811)

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Notas Explicativas

A Marcopolo auferiu ganhos e perdas com derivativos nos exercícios findos em 31 de dezembro de
2018 e de 2017 conforme abaixo:
Ganhos/perdas realizados

Juros sobre derivativos Variação Cambial sobre derivativos


2018 2017 2018 2017

Marcopolo 4.149 13.117 (17.032) 603


Ciferal 742 - (5.263) (810)
Volare Veículos - - - 10
San Marino 808 (49) (7.495) (4.202)
Polomex - - - 5.547
Masa - - (2.651) -

6 Demonstrações financeiras consolidadas

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações da Marcopolo S.A. e suas


controladas, a seguir relacionadas:

(a) Controladas

Percentual de participação

2018 2017

Não Não
Direta Indireta controladores Direta Indireta controladores

Apolo 65,00 - 35,00 65,00 - 35,00


Banco Moneo - 100,00 - - 100,00 -
MP Middle East 100,00 - - - - -
Ciferal 99,99 0,01 - 99,99 0,01 -
Ilmot 100,00 - - 100,00 - -
MAC 100,00 - - 100,00 - -
MBC 100,00 - - 100,00 - -
MIC 100,00 - - 100,00 - -
Masa 100,00 - - 100,00 - -
Trading 99,99 - 0,01 99,99 - 0,01
Moneo 100,00 - - 100,00 - -
MP Austrália 100,00 - - 100,00 - -
MP Canadá 100,00 - - 100,00 - -
Pologren (1) - 100,00 - - 100,00 -
Volgren (1) - 100,00 - - 100,00 -
Polomex 3,61 70,39 26,00 3,61 70,39 26,00
San Marino 99,90 0,10 - 100,00 - -
Rotas do Sul (2) - 100,00 - - 100,00 -
San Marino México (2) - 100,00 - - 100,00 -
NewRoad (2) - 100,00 - - 100,00 -
Neobus Chile (2) - 100,00 - - 100,00 -
Syncroparts 99,99 0,01 - 99,99 0,01 -
Volare Veículos 99,90 0,10 - 99,90 0,10 -
Volare Comércio 99,90 0,10 - 99,90 0,10 -
Volare Peru - - - 99,90 0,10 -
(1) Consolida na MP Austrália.
(2) Consolida na San Marino.

Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, merecem destaque as seguintes práticas:

(a) Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas;

(b) Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas controladas;

(c) Eliminação dos saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, decorrentes de
negócios entre as empresas. Perdas não realizadas são eliminadas da mesma maneira, mas apenas

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Notas Explicativas

quando não há evidências de dificuldades na recuperação dos ativos relacionados;

(d) Eliminação dos encargos de tributos sobre a parcela de lucro não realizado e apresentados como
tributos diferidos no balanço patrimonial consolidado; e

(e) Destaque do valor da participação dos acionistas não controladores nas demonstrações financeiras
consolidadas.

(b) Empreendimentos controlados em conjunto (não consolidados)

Percentual de participação

2018 2017

Direta Indireta Direta Indireta

Kamaz 50,00 - 50,00 -


Loma 50,00 - 50,00 -
Metalpar (1) 1,00 49,00 1,00 49,00
Metalsur (1) - 25,50 - 25,50
Superpolo 20,61 29,39 20,61 29,39
TMML 49,00 - 49,00 -
(1) Consolida no empreendimento controlado em conjunto (não consolidada) Loma;

O montante dos principais saldos das demonstrações financeiras dessas sociedades encontra-se
demonstrado como segue:

Ativo Passivo Receita líquida Lucro (prejuízo )

2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017

Kamaz 634 1.249 1.798 1.709 236 73 (730) (732 )


Loma 168.387 256.199 111.397 193.291 356.193 471.143 (29.396) 16.800
Superpolo 286.801 228.628 188.883 140.986 249.437 172.209 17.933 18.016
TMML 219.539 197.134 150.406 143.614 371.613 268.086 11.353 8.729

(c) Coligadas (não consolidadas)

Percentual de participação

2018 2017

Direta Indireta Direta Indireta

GB Polo 20,00 - 20,00 -


Mercobus 40,00 - 40,00 -
New Flyer - 10,57 - 10,47
Valeo 40,00 - 40,00 -
Setbus (1) - 40,00 25,10 21,96
Spheros Colômbia (1) - 40,00 - 40,00
Valeo México (1) - 40,00 - 40,00
WSul 30,00 - 30,00 -
(1) Consolida na coligada (não consolidada) Valeo.

O montante dos principais saldos das demonstrações financeiras dessas sociedades encontra-se
demonstrado como segue:

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Notas Explicativas

Ativo Passivo Receita líquida Lucro (prejuízo)

2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017

GBPolo 65.044 20.044 86.084 28.576 43.413 28.793 3.370 (4.529 )


Mercobus 4.039 3.914 974 621 8.032 8.447 2.308 2.485
Setbus - 13.605 - 26.454 17.153 17.150 1.125 781
Valeo 158.705 125.776 75.670 48.651 221.935 166.813 38.708 25.648
WSul 17.892 11.170 4.569 1.253 41.246 24.661 5.407 3.293

A seguir apresentamos a natureza das participações:

Apolo Soluções em Plásticos Ltda. – com participação de 65% no capital está localizada em Caxias do Sul,
Estado do Rio Grande do Sul, Brasil e tem por objeto a injeção de peças plásticas, desenvolvimento, fabricação e
comércio de produtos e materiais plásticos.

Marcopolo Middle East and Africa FZE. – Controlada integral, localizada em Dubai, Emirados Árabes Unidos.
A Marcopolo Middle East tem por objeto o desenvolvimento de relações comerciais com o Oriente Médio. O
nome da entidade foi alterado de Brasa Middle East FZE para Marcopolo Middle East and Africa FZE em
outubro de 2018.

Moneo Investimentos S.A. – Controlada integral, localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul,
Brasil. A Moneo tem por objeto a participação em outras sociedades, exclusivamente, naquelas que se
caracterizem por serem instituições financeiras ou outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do Brasil e tem a seguinte controlada integral:

 Banco Moneo S.A. – localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tem por objeto
a atividade bancária em geral, em todas as modalidades para as quais for autorizada pelo Banco Central
e atua no mercado do Brasil.

Ciferal Indústria de Ônibus Ltda. – Controlada integral, localizada em Duque de Caxias, Estado do Rio de
Janeiro, Brasil, tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus e micro-ônibus, suas peças, partes, componentes e
acessórios, de sua própria fabricação.
San Marino Ônibus Ltda. – Controlada integral, localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul,
Brasil. A San Marino tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus e micro-ônibus, suas peças, partes,
componentes e acessórios, de sua própria fabricação e participação em outras sociedades, tendo as seguintes
controladas:

 San Marino Bus de México S.A. de C.V. – Controlada integral, localizada em Toluca, Estado do
México, México, tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

 Rotas do Sul Logística Ltda. – Controlada integral, localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande
do Sul, Brasil, tem por objeto serviços de transporte.

 NewRoad México S.A. de C.V. – Controlada integral, localizada no México, tem por objeto
acoplamento de carrocerias e comercialização de peças.

 Neobus Chile SPA. – Controlada integral, localizada no Chile, tem por objeto a comercialização de
produtos e peças.

Ilmot International Corporation. – Controlada integral, localizada no Uruguai. A Ilmot tem por objeto a
participação em outras sociedades e tem as seguintes controladas/coligadas:

 Polomex S.A. de C.V. – localizada em Monterrey, Nuevo León, México, com participação de 70,39%
no capital. A Polomex tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

 Superpolo S.A.S. – localizada na Colômbia, com participação de 29,39% no capital. A Superpolo tem
por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

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Notas Explicativas

Marcopolo Auto Components Co. – Controlada integral, localizada em ChangZhou City, China, tem por objeto
buscar o desenvolvimento e a promoção de vendas de componentes para ônibus.

Marcopolo Austrália Holdings Pty Ltd. – Controlada integral, localizada em Melbourne, Austrália. A MP
Austrália tem por objeto a participação em outras sociedades e tem a seguinte controlada:

 Pologren Austrália Holdings Pty Ltd. – Controlada, localizada em Melbourne, Austrália. A Pologren
tem por objeto a participação em outras sociedades e tem a seguinte controlada:

 Volgren Austrália Pty Limited. – localizada em Melbourne, Austrália, com participação de 100%
no capital. A Volgren tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Marcopolo (Changzhou) Bus Manufacturing Co;Ltd. – Controlada integral, localizada em ChangZhou City,
China, tem por objeto o desenvolvimento e fabricação de carrocerias e componentes para ônibus.

Marcopolo Canadá Holdings Corp. – Controlada integral, localizada no Canadá. A MP Canadá tem por objeto a
participação em outras sociedades e tem a seguinte coligada:

 New Flyer Industries Inc. – localizada no Canadá, com participação de 10,57% no capital. A New Flyer
tem por objeto a fabricação de ônibus.

Marcopolo International Corp. – Controlada integral, localizada nas Ilhas Virgens Britânicas. Atualmente as
atividades desta controlada estão paralisadas.

Marcopolo South África Pty Ltd. – Controlada integral, localizada em Johannesburg, África do Sul, tem por
objeto fabricar carrocerias para ônibus.
Marcopolo Trading S.A. – Controlada integral, localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul,
Brasil. Tem por objeto a prestação de serviços técnicos relacionados com o comércio exterior.

Superpolo S.A.S. – localizada na Colômbia, com participação de 20,61% no capital. A Superpolo tem por objeto
fabricar carrocerias para ônibus.

Syncroparts Com. e Distr. de Peças Ltda. – Controlada integral, localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio
Grande do Sul, Brasil. Tem por objeto o comércio e distribuição de peças para veículos automotores, e
participações em outras sociedades.

Volare Veículos Ltda. – Controlada integral, localizada em São Mateus, Estado do Espírito Santo, Brasil, tem
por objeto fabricar carrocerias para ônibus e micro-ônibus, suas peças, partes, componentes e acessórios, de sua
própria fabricação.

Volare Comércio e Distribuição de Veículos e Peças Ltda. – Controlada integral, localizada em São Paulo,
Estado de São Paulo, Brasil, e tem por objeto o comércio por atacado de peças e acessórios para veículos
automotores.

GB Polo Bus Manufacturing S.A.E. – Coligada, com participação de 20% no capital, localizada em Suez, Egito,
tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Kamaz Marco LLC. – Coligada, com participação de 50% localizada em Moscow, Federação da Rússia, tem por
objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Loma Hermosa S.A. – Coligada, com participação de 50% no capital, localizada na Província de Buenos Aires,
Argentina. A Loma tem por objeto a participação em outras sociedades e tem as seguintes controladas/coligadas:

 Metalpar S.A. – Controlada, com participação de 98% no capital, localizada na Província de Buenos
Aires, Argentina. A Metalpar tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

 Metalsur Carrocerias S.R.L. – Controlada, com participação de 51% no capital, localizada na Província
de Santa Fé, Argentina. A Metalsur tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

Tata Marcopolo Motors Limited. – Coligada, com participação de 49% no capital, localizada em Dharwad,
Índia, tem por objeto fabricar carrocerias para ônibus.

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Notas Explicativas

Mercobus S.A.C. – Coligada, com participação de 40% no capital, localizada no Peru, tem por objeto a
representação comercial de carrocerias para ônibus.

Valeo Climatização do Brasil – Veículos Comerciais S.A. – Coligada, com participação de 40% no capital,
localizada em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A Valeo tem por objeto a montagem,
comercialização, importação e exportação de equipamentos de refrigeração e climatização e participação em
outras sociedades, tendo as seguintes controladas:

 Valeo Thermal Commercial Vehicles México S.A. de C.V. – Controlada integral, localizada no México
e tem por objeto a montagem, comercialização, importação e exportação de equipamentos de
refrigeração e climatização.

 Spheros Thermosystems Colômbia Ltda. – Controlada integral, localizada na Colômbia e tem por
objeto a montagem, comercialização, importação e exportação de equipamentos de refrigeração e
climatização.

WSul Espumas Indústria e Comércio Ltda. – Coligada, com participação de 30% no capital, localizada em
Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A WSul tem por objeto a fabricação e comercialização de
espuma de poliuretano, moldados e seus derivados.

7 Caixa e equivalentes de caixa, ativos financeiros e derivativos

7.1 Caixa e equivalentes de caixa


Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017


Caixa e depósitos bancários
No Brasil 61.974 26.138 81.996 49.157
No exterior 142 190 45.220 99.805
Títulos e valores mobiliários de liquidez imediata
No Brasil (*) 591.457 713.201 697.836 809.797
No exterior - - 38.415 -

Total do caixa e equivalente de caixa 653.573 739.529 863.467 958.759

(*) Corresponde, substancialmente, a aplicações em Certificados de Depósitos Bancários (CDB),


remuneradas a taxas que variam entre 98% e 100,4% do CDI, resultando uma média ponderada
de aproximadamente 100,1% do CDI em 31 de dezembro de 2018.

7.2 Ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado e instrumentos financeiros
derivativos

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017


Circulante
Instrumentos financeiros derivativos
Derivativos – mercado a termo (Non Deliverable
Forwards) 417 229 1.453 445

Ao valor justo por meio do resultado


Certificados de depósitos bancários (*) 89.928 187.289 89.928 187.373

90.345 187.518 91.381 187.818

Não circulante
Ao valor justo por meio do resultado
Partes relacionadas 14.054 14.616 13.260 14.118

14.054 14.616 13.260 14.118

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Notas Explicativas

(*) Corresponde, substancialmente, a aplicações em Certificados de Depósitos Bancários (CDB),


remuneradas a taxa de 100% do CDI, em 31 de dezembro de 2018.

Os instrumentos financeiros derivativos são apresentados como ativo ou passivo circulante. A


Companhia não possui instrumentos financeiros que tenham sido registrados segundo o método de
hedge accounting de acordo com IAS 39.

8 Contas a receber de clientes

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017


Circulante
No mercado nacional 203.161 151.266 414.343 253.066
No mercado externo 260.359 227.575 555.669 390.600
Partes relacionadas 147.046 39.611 - -
Relações interfinanceiras - - 243.394 267.862
Ajuste a valor presente (2.981) (2.017 ) (4.507) (2.727)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (53.939) (39.470 ) (106.926) (87.491)

553.646 376.965 1.101.973 821.310

Não circulante
No mercado externo - - 16.645 15.673
Relações interfinanceiras - - 388.996 445.789
Provisão para créditos de liquidação duvidosa - - (44.779) (32.689)

- - 360.862 428.773

553.646 376.965 1.462.835 1.250.083

As relações interfinanceiras referem-se a operações de crédito por financiamentos de ônibus pelo


Banco Moneo, através de repasses do programa FINAME do BNDES.

A composição de contas a receber de clientes por vencimento é a seguinte:

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Valores a vencer 439.237 310.603 1.302.102 1.155.439


Vencidos:
Até 30 dias 66.942 30.214 102.710 53.185
Entre 31 e 60 dias 32.634 5.663 50.814 14.304
Entre 61 e 90 dias 11.893 2.348 27.123 15.350
Entre 91 e 180 dias 5.325 5.639 20.132 27.662
Acima de 181 dias 54.535 63.985 116.166 107.050
Ajuste a valor presente (2.981) (2.017 ) (4.507 ) (2.727 )
(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (53.939) (39.470 ) (151.705 ) (120.180 )

553.646 376.965 1.462.835 1.250.083

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Notas Explicativas

A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa está demonstrada abaixo:

Controladora Consolidado

Saldo em 1o de janeiro de 2017 (29.430) (87.893)


Provisão registrada no exercício (10.040) (38.135)
Reversão de provisão contra contas a receber (write-off) - (140)
Variação cambial - 5.988

Saldo em 31 de dezembro de 2017 (39.470) (120.180)


Provisão registrada no exercício (14.469) (57.337)
Reversão de provisão contra contas a receber (write-off) - 18.999
Baixas da provisão por perdas - 8.489
Variação cambial - (1.676)

Saldo em 31 de dezembro de 2018 (53.939) (151.705)

Contas a receber são denominadas nas seguintes moedas:

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Reais 293.287 149.390 970.252 853.684


Dirham - - 167 -
Dólar Americano 260.359 227.575 390.502 339.614
Dólar Australiano - - 55.489 33.936
Rande - - 39.689 14.143
Renminbi - - 6.736 8.706

553.646 376.965 1.462.835 1.250.083

9 Estoques

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Produtos acabados 36.912 73.467 147.821 114.125


Produtos em elaboração 72.822 43.802 148.387 114.639
Matérias-primas e auxiliares 171.626 118.856 365.550 282.213
Adiantamentos a fornecedores e outros 14.576 4.990 33.701 18.421
Provisão para perdas nos estoques (4.866) (2.248) (8.638) (8.034)

291.070 238.867 686.821 521.364

A movimentação da provisão para perdas nos estoques está demonstrada abaixo:


Controladora Consolidado

Saldo em 1o de janeiro de 2017 (3.313) (6.976)


Reversão de provisão 4.171 7.578
Provisão registrada no exercício (3.106) (8.409)
Variação cambial - (227)

Saldo em 31 de dezembro de 2017 (2.248) (8.034)


Reversão de provisão 492 7.579
Provisão registrada no exercício (3.110) (6.998)
Variação cambial - (1.185)

Saldo em 31 de dezembro de 2018 (4.866) (8.638)

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Notas Explicativas

10 Impostos e contribuições a recuperar

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017


Circulante
Imposto de Renda - Pessoa Jurídica (IRPJ) 15.480 44.717 29.091 62.535
Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) 1.753 1.753 3.671 3.558
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 2.143 14.528 3.440 14.993
Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços (ICMS) 31.604 30.983 59.306 51.403
Programa de Integração Social (PIS) 1.631 1.265 11.020 9.353
Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social (COFINS) 7.360 5.185 54.946 42.135
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) 59 362 683 986
Reintegra 19.560 14.804 23.693 17.107
Imposto sobre Valor Agregado (IVA) - - 20.109 26.190
Outros 109 - 26 14

79.699 113.597 205.985 228.274


Não circulante
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) 2.003 735 2.009 1.661
Imposto sobre Valor Agregado (IVA) - - 10 8

2.003 735 2.019 1.669

81.702 114.332 208.004 229.943

11 Investimentos
Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Controladas 1.537.678 1.298.290 - -


Controladas em conjunto 113.002 106.500 111.330 101.807
Coligadas 38.437 35.142 371.382 275.045
Outros investimentos - - 115 151

1.689.117 1.439.932 482.827 377.003

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Notas Explicativas

(a) Investimento em controladas, empreendimentos controlados em conjunto e coligadas


Os investimentos em controladas, empreendimentos controlados em conjunto e coligadas estão
demonstrados a seguir:

Controladas:

Total
MP
Middle MP MP San Volare Volare Volare
Apolo East Ciferal llmot Mac MBC Austrália Masa MIC Moneo Canadá Polomex Marino Syncro Trading Veículos Comércio Peru 2018 2017
(1), (3) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (1) (2) (1), (4)
Dados dos
Investimentos
Capital social 3.850 1.055 20.000 59.663 15.632 2.110 61.542 8.383 5.424 100.000 183.323 34.147 236.514 4.000 3.000 196.436 11.000 -
Patrimônio líquido
ajustado 5.225 (759) 175.822 103.063 943 (1.791) 58.351 64.018 1.600 226.767 413.650 104.543 298.060 5.473 8.689 170.274 4.280 -
Ações ou quotas
possuídas 3.250.000 1 124.994 50.000 1 1 100 100.000 1.400.000 150.000 4.925.530 3.011.659 233.424.000 3.999.960 3.450.103 149.850.000 10.989.000 -
% de participação 65,00 100,00 99,99 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 3,61 99,90 99,99 99,99 99,90 99,90 -
Lucro (prejuízo)
líquido do período 1.375 (760) 24.752 15.297 6.414 (3.822) (3.362) 4.892 34 (8.516) 74.111 14.377 14.987 111 2.242 (23.324) (262) -

Movimentação dos
investimentos
Saldos iniciais:
Pelo valor
patrimonial 2.502 - 151.063 102.532 - 1.890 58.344 59.067 1.339 234.607 290.186 3.956 228.434 5.361 6.979 147.015 4.538 477 1.298.290 1.108.839
Reclassificação de
provisão para perda
de investimento - - - - (4.874) - - - - - - - - - - - - - (4.874) -
Adiantamento para
aumento de capital - - - - - - - - - - - - 54.343 - - 46.390 - - 100.733 188.632
Integralização de
capital - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 5.584
Dividendos
recebidos/revertidos - - - (29.049) - - - - - 676 - (1.392) - - (533) - - - (30.298) (39.808)
Resultado de
equivalência
patrimonial 894 (760) 24.751 15.297 6.414 (3.822) (3.362) 4.892 34 (8.516) 74.111 519 14.972 111 2.242 (23.301) (262) (423) 103.791 36.390
Ajustes acumulados
de conversão - 1 - 14.283 (597) 141 3.369 59 227 - 49.353 691 243 - - - - 113 67.883 13.126
Resultado
abrangente de
controlada - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (5.036)
Redução de capital - - - - - - - - - - - - - - - - - (167) (167) (14.311)
Transferências - - - - - - - - - - - - (81) - - - - - (81) -
Amortização de mais
valia - - - - - - - - - - - - (149) - - - - - (149) -

Saldos finais: 3.396 (759) 175.814 103.063 943 (1.791) 58.351 64.018 1.600 226.767 413.650 3.774 297.762 5.472 8.688 170.104 4.276 - 1.535.128 1.293.416

Provisão para
perda de
investimento - 759 - - - 1.791 - - - - - - - - - - - - 2.550 4.874

Pelo valor
patrimonial 3.396 - 175.814 103.063 943 - 58.351 64.018 1.600 226.767 413.650 3.774 297.762 5.472 8.688 170.104 4.276 - 1.537.678 1.298.290
(1) Empreendimentos no exterior.
(2) Estes saldos contemplam investimentos e ágio.
(3) Em maio de 2018, foi transferido para a Marcopolo o escritório comercial da Marcopolo Middle East and Africa FZE.
(4) Em agosto de 2018, a companhia efetuou a baixa da Volare Peru, em razão disto o capital social retornou à controladora.

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Notas Explicativas

Empreendimentos controlados em conjunto:


Empreendimentos controlados em conjunto

Total

Kamaz Loma Metalpar Superpolo TMML 2018 2017


(1) (1),(2) (1) (1) (1)
Dados dos investimentos
Capital social 8.562 80.396 5.080 15.408 94.398
Patrimônio líquido ajustado (1.164) 56.990 (6.700 ) 97.918 69.133
Ações ou quotas possuídas 1 15.949.948 473.995 265.763 24.500
% de participação 50,00 50,00 1,00 20,61 49,00
Lucro líquido (prejuízo) do exercício (730) (29.396 ) (27.800 ) 17.933 11.353

Movimentação dos investimentos


Saldos iniciais:
Pelo valor patrimonial - 61.905 307 18.063 26.225 106.500 88.874
Reclassificação de provisão para perda
de investimento (230) - - - - (230) -
Integralização de capital - - - - - - 10.369
Dividendos recebidos - - - (2.878 ) - (2.878) (8.061)
Resultado de equivalência patrimonial (365) (14.698 ) (278 ) 3.696 5.563 (6.082) 12.478
Ajustes acumulados de conversão 13 (12.569 ) (96 ) 1.300 2.087 (9.265) (1.571)
Correção monetária por inflação - 24.308 - - - 24.308 -
Transferência de controlada em
conjunto para coligada/controlada - - - - - - 4.181

Saldos finais: (582) 58.946 (67 ) 20.181 33.875 112.353 106.270

Provisão para perda de investimento 582 - 67 - - 649 230

Pelo valor patrimonial - 58.946 - 20.181 33.875 113.002 106.500

Ágio sobre investimento - (30.451 ) - - - (30.451) (30.451)


Participação indireta - Superpolo - - - 28.779 - 28.779 25.758

Pelo valor patrimonial consolidado - 28.495 - 48.960 33.875 111.330 101.807


(1) Empreendimentos no exterior.
(2) Estes saldos contemplam investimentos e ágio.

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Notas Explicativas

Coligadas:
Coligadas

Total

New
GBPolo Mercobus Valeo Setbus WSul Flyer 2018 2017
(1) (1) (2) (1)
Dados dos investimentos
Capital social 21.231 666 30.000 - 6.100 2.557.367
Patrimônio líquido ajustado (21.040) 3.065 83.035 - 13.323 3.149.905
Ações ou quotas possuídas 4.803.922 232 244.898 - 1.830.000 6.587.834
% de participação 20,00 40,00 40,00 - 30,00 10,57
Lucro líquido (prejuízo) do
exercício 3.370 2.308 38.708 - 5.407 704.647

Movimentação dos investimentos


Saldos iniciais:
Pelo valor patrimonial - 1.317 30.850 - 2.975 - 35.142 22.216
Reclassificação de provisão
para perda de investimento (4.181) - - (3.225) - - (7.406) -
Dividendos recebidos - (1.237) (12.136) - (600) - (13.973) (2.882)
Resultado de equivalência
patrimonial 674 923 15.483 3.225 1.622 - 21.927 12.437
Ajustes acumulados de
conversão (701) 223 647 - - - 169 146
Resultado abrangente - - (1.630) - - - (1.630) -
Transferência de controlada em
conjunto para coligada/controlada - - - - - - - (4.181)

Saldos finais: (4.208) 1.226 33.214 - 3.997 - 34.229 27.736

Provisão para perda de


investimento 4.208 - - - - - 4.208 7.406

Pelo valor patrimonial - 1.226 33.214 - 3.997 - 38.437 35.142

Participação indireta - New


Flyer - - - - - 332.945 332.945 239.903

Pelo valor patrimonial - 1.226 33.214 - 3.997 332.945 371.382 275.045


(1) Empreendimento no exterior.
(2) Em agosto de 2018, a companhia alienou o investimento na Setbus.

12 Propriedade para investimento

É constituída de um terreno de 140.000m² e área construída de 20.378,87m², localizada em Três Rios,


no Rio de Janeiro. A propriedade está mensurada pelo seu valor contábil de R$ 49.808 e foi avaliada
ao seu valor justo, por um avaliador especializado, em R$ 65.348, líquido de despesas de
comercialização. Não existem atividades operacionais sendo exercidas no local, que é mantido para
auferir receitas de aluguel ou para a valorização do imóvel. No decorrer do exercício de 2018
houveram apenas gastos irrelevantes com vigilância, seguro e energia. Sua movimentação está
demonstrada abaixo:

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Notas Explicativas

Consolidado

Prédios e Máquinas e
Terrenos Construções Equipamentos Total

Custo da propriedade para investimento 22.892 25.204 3.934 52.030


Depreciação acumulada - (1.246) (76) (1.322)

Saldos em 31 de dezembro de 2017 22.892 23.958 3.858 50.708

Depreciações - (479) (421) (900)

Saldos em 31 de dezembro de 2018 22.892 23.479 3.437 49.808

Custo da propriedade para investimento 22.892 25.204 3.934 52.030


Depreciação acumulada - (1.725) (497) (2.222)

Valor residual 22.892 23.479 3.437 49.808

Taxas anuais de depreciação - % 2,0 10,9

13 Imobilizado
(a) Síntese da movimentação do imobilizado da controladora

Prédios e Máquinas e Móveis e Equipamentos Outras Imobilizações


Terrenos construções equipamentos utensílios de computação Veículos imobilizações em andamento Total

Saldos em 1o de janeiro de 2017 18.074 108.479 65.991 3.431 4.639 2.475 175 6.307 209.571
Adições - 1.898 24.584 344 2.491 147 - 954 30.418
Baixas - (17.352) (7.314) (390) (58) (596) - (3) (25.713 )
Transferências - 908 1.185 - - - - (2.093) -
Depreciações - (3.648) (11.167) (692) (2.044) (408) - - (17.959 )

Saldos em 31 de dezembro de 2017 18.074 90.285 73.279 2.693 5.028 1.618 175 5.165 196.317

Custo do imobilizado 18.074 164.794 206.864 8.802 21.109 5.879 175 5.165 430.862
Depreciação acumulada - (74.509) (133.585) (6.109) (16.081) (4.261) - - (234.545 )

Valor residual 18.074 90.285 73.279 2.693 5.028 1.618 175 5.165 196.317

Saldos em 31 de dezembro de 2017 18.074 90.285 73.279 2.693 5.028 1.618 175 5.165 196.317
Adições 7 20.563 62.769 769 1.935 694 - 4.982 91.719
Baixas - (2.269) (1.097) (73) (36) (131) - (3.017) (6.623 )
Transferências - 516 (1.515) - - - - 999 -
Depreciações - (3.181) (15.578) (568) (1.836) (332) - - (21.495 )

Saldos em 31 de dezembro de 2018 18.081 105.914 117.858 2.821 5.091 1.849 175 8.129 259.918

Custo do imobilizado 18.081 183.552 264.352 9.363 22.160 6.258 175 8.129 512.070
Depreciação acumulada - (77.638) (146.494) (6.542) (17.069) (4.409) - - (252.152 )

Valor residual 18.081 105.914 117.858 2.821 5.091 1.849 175 8.129 259.918

Taxas anuais de depreciação - % 1,7 8,2 9,1 15,3 12,9

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Notas Explicativas

(b) Síntese da movimentação do imobilizado consolidado


Prédios e Máquinas e Móveis e Equipamentos Outras Imobilizações
Terrenos construções equipamentos utensílios de computação Veículos imobilizações em andamento Total
o
Saldos em 1 de janeiro de 2017 62.648 358.711 237.948 9.497 6.056 9.231 3.084 21.094 708.269
Efeito cambial 139 937 1.647 159 - 120 69 - 3.071
Adições 4.068 3.963 35.195 720 2.542 1.304 637 4.036 52.465
Baixas - (17.389) (9.706) (509) (62) (3.920) (164) - (31.750 )
Transferências (6.348) 11.173 4.342 (133) - (132) 20 (8.922) -
Reclassificado para propriedade
para investimento - - (1.767) - - - - - (1.767 )
Depreciações - (9.684) (25.862) (1.440) (2.371) (1.772) (804) - (41.933 )

Saldos em 31 de dezembro de 2017 60.507 347.711 241.797 8.294 6.165 4.831 2.842 16.208 688.355

Custo do imobilizado 60.507 457.539 554.733 23.059 24.480 15.009 17.313 16.208 1.168.848
Depreciação acumulada - (109.828) (312.936) (14.765) (18.315) (10.178) (14.471) - (480.493 )

Valor residual 60.507 347.711 241.797 8.294 6.165 4.831 2.842 16.208 688.355

Saldos em 31 de dezembro de 2017 60.507 347.711 241.797 8.294 6.165 4.831 2.842 16.208 688.355
Efeito cambial 13 120 2.584 100 4 130 398 64 3.413
Adições 137 24.573 85.032 1.320 2.316 2.034 7.503 34.020 156.935
Baixas - (1.780) (3.261) (241) (83) (1.711) (2.557) (10.786) (20.419 )
Transferências - 4.367 (2.909) 31 784 1.248 (746) (2.775) -
Depreciações - (9.794) (41.708) (1.482) (2.425) (893) (1.249) - (57.551 )

Saldos em 31 de dezembro de 2018 60.657 365.197 281.535 8.022 6.761 5.639 6.191 36.731 770.733

Custo do imobilizado 60.657 484.294 631.827 23.914 29.894 16.124 19.672 42.493 1.308.875
Depreciação acumulada - (119.097) (350.292) (15.892) (23.133) (10.485) (13.481) (5.762) (538.142 )

Valor residual 60.657 365.197 281.535 8.022 6.761 5.639 6.191 36.731 770.733

Taxas anuais de depreciação - % 1,7 8,2 9,1 15,3 12,9

Terrenos e edificações compreendem, principalmente, fábricas e escritórios.

(c) Garantia
Em 31 de dezembro de 2018, propriedades com valor contábil residual de R$ 38.494 (R$44.464 em 31
de dezembro de 2017) estão sujeitas a uma fiança registrada para garantir empréstimos bancários e
contingências.

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Notas Explicativas

14 Ágio e intangível

(a) Síntese da movimentação do intangível da controladora


Marcas
registradas
Softwares e licenças Total

Saldos em 1o de janeiro de 2017 4.006 25 4.031


Adições 678 13 691
Amortizações (1.341) (7) (1.348)

Saldos em 31 de dezembro de 2017 3.343 31 3.374

Custo do intangível 50.896 351 51.247


Amortização acumulada (47.553) (320) (47.873)

Valor residual 3.343 31 3.374

Saldos em 31 de dezembro de 2017 3.343 31 3.374


Adições 3.676 288 3.964
Baixas (3) - (3)
Amortizações (1.510) (9) (1.519)

Saldos em 31 de dezembro de 2018 5.506 310 5.816

Custo do intangível 54.557 639 55.196


Amortização acumulada (49.051) (329) (49.380)

Valor residual 5.506 310 5.816

Taxas anuais de amortização - % 18,8 10,0

(b) Síntese da movimentação do ágio e intangível do consolidado


Marcas
registradas Carteira Outros
Softwares e licenças de clientes Intangíveis Ágios Total

Saldos em 1o de janeiro de 2017 8.839 970 7.748 1.243 215.889 234.689


Efeito cambial 38 - 721 - 12.690 13.449
Adições 1.290 33 118 379 - 1.820
Baixas - - - - (25.618) (25.618)
Transferências 309 - - (309) - -
Amortizações (2.910) (7) (443) (139) - (3.499)

Saldos em 31 de dezembro de 2017 7.566 996 8.144 1.174 202.961 220.841

Custo do intangível 68.141 1.316 29.556 1.939 202.961 303.913


Amortização acumulada (60.575) (320) (21.412) (765) - (83.072)

Valor residual 7.566 996 8.144 1.174 202.961 220.841

Saldos em 31 de dezembro de 2017 7.566 996 8.144 1.174 202.961 220.841


Efeito cambial 315 - 478 - 9.368 10.161
Adições 4.120 303 - 385 - 4.808
Baixas (5) - - - - (5)
Amortizações (2.969) (12) - (273) - (3.254)

Saldos em 31 de dezembro de 2018 9.027 1.287 8.622 1.286 212.329 232.551

Custo do intangível 72.999 1.645 31.261 2.870 212.329 321.104


Amortização acumulada (63.972) (358) (22.639) (1.584) - (88.553)

Valor residual 9.027 1.287 8.622 1.286 212.329 232.551

Taxas anuais de amortização - % 18,8 10,0 25,0 20,0

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Notas Explicativas

Composição do ágio: Ágios

Loma San Marino New Flyer Pologren Total

Saldos em 31 de dezembro de 2017 30.451 30.739 49.416 92.355 202.961


Efeito cambial - - 3.955 5.413 9.368

Saldos em 31 de dezembro de 2018 30.451 30.739 53.371 97.768 212.329

(c) Teste de ágio para verificação de impairment

(i) Ágio do empreendimento controlado em conjunto – Loma


Composto pelo ágio gerado na aquisição do investimento na Loma no montante de R$ 30.451.
As projeções para estabelecer o valor recuperável foram elaboradas de acordo com o valor em uso,
considerando a projeção no período de cinco anos e na perpetuidade. As principais premissas
utilizadas em 31 de dezembro de 2018 foram as seguintes: (i) margem bruta de 21,51%, (ii) taxa de
crescimento de 16,16% a.a., (iii) taxa de desconto calculada depois dos impostos de 34,30% a.a., e
consideraram a experiência passada da administração, assim como as expectativas de crescimento do
segmento de atuação da Companhia. O valor recuperável foi comparado com o saldo contábil dos
ativos que compõem a UGC e, como resultado desta análise e aplicação das premissas descritas sobre
os fluxos de caixa descontados para determinar a necessidade de redução ao valor recuperável do ágio,
a Administração não identificou a necessidade de reconhecimento de impairment para esta Unidade
Geradora de Caixa. A Companhia projetou os seguintes cenários de sensibilidade: (i) margem bruta
1% inferior e superior, (ii) taxa de crescimento 1% inferior e superior, e (iii) taxa de desconto 1%
inferior e superior. Os cenários alternativos não resultariam em necessidade de impairment.

(ii) Ágio da controlada direta – San Marino


Composto pelo ágio gerado na aquisição do investimento na San Marino no montante de R$ 30.739.
As projeções para estabelecer o valor recuperável foram elaboradas de acordo com o valor em uso, e
foram efetuadas por um período de cinco anos e na perpetuidade. As principais premissas utilizadas
em 31 de dezembro de 2018 foram as seguintes: (i) margem bruta de 15,89%, (ii) taxa de crescimento
de 4,24% a.a., e (iii) taxa de desconto calculada depois dos impostos de 9,15% a.a., e consideraram a
experiência passada da administração, assim como as expectativas de crescimento do segmento de
atuação da Companhia. O valor recuperável foi comparado com o saldo contábil dos ativos que
compõe a UGC e, como resultado desta análise e aplicação das premissas descritas sobre os fluxos de
caixa descontados para determinar a necessidade de redução ao valor recuperável do ágio, a
Administração não identificou a necessidade de reconhecimento de impairment para esta Unidade
Geradora de Caixa. A Companhia projetou os seguintes cenários de sensibilidade: (i) margem bruta
1% inferior e superior, (ii) taxa de crescimento 1% inferior e superior, e (iii) taxa de desconto 1%
inferior e superior. Os cenários alternativos não resultariam em necessidade de impairment.

(iii) Ágio da controlada indireta – Pologren


Composto pelo ágio gerado na aquisição do investimento na Volgren no montante de R$ 97.768.
As projeções para estabelecer o valor recuperável foram elaboradas de acordo com o valor em uso,
considerando a projeção no período de 5 anos e na perpetuidade. As principais premissas utilizadas em
31 de dezembro de 2018 foram as seguintes: (i) margem bruta de 17,29%, (ii) taxa de crescimento de
2,24% a.a., e (iii) taxa de desconto de 7,21% a.a., e consideraram a experiência passada da
administração, assim como as expectativas de crescimento do segmento de atuação da Companhia. O
valor recuperável foi comparado com o saldo contábil dos ativos que compõe a UGC e, como
resultado desta análise e aplicação das premissas descritas sobre os fluxos de caixa descontados para
determinar a necessidade de redução ao valor recuperável do ágio, a Administração não identificou a
necessidade de reconhecimento de impairment para esta Unidade Geradora de Caixa. A Companhia
projetou os seguintes cenários de sensibilidade: (i) margem bruta 1% inferior e superior, (ii) taxa de
crescimento 1% inferior e superior, e (iii) taxa de desconto 1% inferior e superior. No cenário de 1%
inferior, a Companhia teria reconhecido impairment de R$ 19.789.

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Notas Explicativas

(iv) Ágio da coligada indireta – New Flyer


Composto pelo ágio gerado na aquisição do investimento na New Flyer no montante de R$ 53.371.
A New Flyer é uma companhia de capital aberto, tendo suas ações (sob a sigla NFI) negociadas na
bolsa de valores do Canadá. O valor recuperável foi calculado pelo valor justo (nível 1), considerando
a cotação das ações da coligada indireta em 31 de dezembro de 2018 (34,04 dólares canadenses),
comparado com o valor contábil (na época de aquisição 10,50 dólares canadenses).
O valor recuperável foi comparado com contábil dos ativos que compõe a UGC e, como resultado
desta análise, a Administração não identificou a necessidade de reconhecimento de impairment para
esta Unidade Geradora de Caixa.

15 Partes relacionadas

(a) Saldos e transações com partes relacionadas


Os principais saldos de ativos e passivos com partes relacionadas em 31 de dezembro de 2018, bem
como as transações que influenciaram o resultado do exercício encontram-se detalhadas no quadro a
seguir:

Saldos Saldos
ativos por passivos Compras
mútuo e por mútuo Contas a Contas a Vendas de de
conta- e conta- receber pagar por produtos/ produtos/ Receitas Despesas
Partes Relacionadas corrente corrente por vendas compras serviços serviços financeiras financeiras

Apolo - - - 984 - 7.168 - -


Ciferal 144 - 9.400 245 61.827 874 4 -
GB Polo 2.894 - 10.475 - 183 - 45 -
Kamaz 597 - - - - - 8 -
Ilmot 632 - - - - - 47 -
Loma 9.770 - 2.247 - 15.245 - - -
Mac - - 2.574 - 1.646 11.346 - -
Masa - - 27.874 85 57.539 - - -
MBC - - 12 - 13 - - -
Moneo 3 - - - - - - -
MP Middle East - - 425 - 405 - - -
Polomex - - 36.692 - 71.041 - - -
San Marino - - 52.554 1.660 82.858 14.244 1 2
Valeo - - - 9.985 - 126.175 - -
Superpolo - - 16.095 - 27.411 - - -
TMML - - 10.519 - 12.388 - - -
Trading - - 563 - 74.297 - - -
Volare Veículos 13 - 16.602 387 25.537 492 2 -
Volare Comércio 1 - 343 26 3.067 2.506 - -
Volgren - - - - 8 - - -
WSul - - - 8.475 - 49.007 - -

Saldo em 2018 14.054 - 186.375 21.847 433.465 211.812 107 2

Saldo em 2017 14.616 18 74.759 14.191 253.518 140.922 1.591 3

Os saldos de mútuos e contas correntes de empresas sediadas no Brasil estão sujeitos a encargos
financeiros equivalentes à variação do CDI, e com empresas no exterior estão sujeitos a juros
calculados pela taxa LIBOR semestral acrescidos de 3% a.a..

(b) Remuneração do pessoal-chave da administração


O pessoal-chave da administração inclui os conselheiros, diretores e os membros do Comitê
Executivo. A remuneração paga ou a pagar está demonstrada a seguir:

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Notas Explicativas

2018

Plano de Pagamento
aposen- com base
Fixa Variável tadoria em ações Total

Conselho de Administração e diretores estatutários 8.719 5.391 103 632 14.845


Diretores não estatutários 5.922 5.179 201 336 11.638

14.641 10.570 304 968 26.483

No exercício findo em 31 de dezembro de 2018 foram exercidas as opções de compra de 381.325


ações preferenciais escriturais pelos administradores e empregados da Marcopolo ao preço de R$ 3,33
por ação com um desconto de R$ 0,83 por ação, utilizando-se das ações em tesouraria, de acordo com
o previsto no plano de opções de compra de ações da Marcopolo. Também foi exercida a transferência
de 250.802 ações ao valor de R$ 2,65 conforme Plano de Incentivo de Longo Prazo com Ações
Restritas.

2017

Plano de Pagamento
aposen- com base
Fixa Variável tadoria em ações Total

Conselho de Administração e diretores estatutários 7.987 5.331 90 127 13.535


Diretores não estatutários 10.281 2.292 152 225 12.950

18.268 7.623 242 352 26.485

No exercício findo em 31 de dezembro de 2017 foram exercidas as opções de compra de 55.555 ações
preferenciais escriturais pelos administradores e empregados da Marcopolo ao preço de R$ 2,70 por
ação com um desconto de R$ 0,17 por ação, utilizando-se das ações em tesouraria, de acordo com o
previsto no plano de opções de compra de ações da Marcopolo. Também foi exercida a transferência
de 129.129 ações ao valor de R$ 2,65 conforme Plano de Incentivo de Longo Prazo com Ações
Restritas.

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Notas Explicativas

16 Empréstimos e financiamentos

Taxa média Controladora Consolidado


ponderada Ano de
% a.a. Vencimento 2018 2017 2018 2017
Moeda nacional
FINAME 5,84 2019 a 2023 8.254 11.763 21.000 28.442
Empréstimos bancários 6,39 2019 3 618 225 19.747
Depósitos interfinanceiros 11,81 2022 - - 391 499
FINEP 5,02 2020 a 2024 232.706 238.653 282.084 303.009
FDE – Fundos de desenvolvimento 3,00 2025 - - 114.889 132.073
Fundepar - ES - 2024 - - 30.000 30.000
Pré-embarque especial (*) - 2018 - 177.198 - 177.198
Notas de créditos exportação -
Compulsório 8,20 2019 198.078 304.268 203.086 304.268

Moeda estrangeira
Adiantamentos de contratos de câmbio 3,60 2019 - - 94.472 48.011
Pré-pagamento de exportação em
dólares norte-americanos 4,21 2022 a 2023 300.982 228.362 300.982 230.847
Notas de créditos exportação - USD 4,97 2020 a 2023 113.989 53.478 113.989 53.478
Exim 1,93 2022 155.117 - 155.117 -
Financiamento em randes 9,90 2019 a 2022 - - 3.363 808
Financiamento em renminbi 8,92 2019 a 2020 - - 32.736 20.262
Financiamento em dólares australianos 3,79 2019 - - 136.860 90.527
Financiamento em pesos chilenos 14,03 2019 - - 49 3.993
Partes relacionadas CDI - - 18 - -

Subtotal de moeda nacional e estrangeira 1.009.129 1.014.358 1.489.243 1.443.162

Captações no mercado aberto


Moeda nacional
BNDES – Operações Pré-fixadas 6,86 2021 a 2023 - - 149.864 240.876
BNDES – Operações Pós-fixadas IPCA + 1,59 2024 - - 89.344 -
BNDES – Operações Pós-fixadas TJLP + 1,84 2021 a 2024 - - 186.314 227.752
BNDES – Operações Pós-fixadas SELIC + 1,95 2021 a 2022 - - 19.395 28.876

Subtotal de captações no mercado aberto - - 444.917 497.504

Subtotal de empréstimos e financiamentos 1.009.129 1.014.358 1.934.160 1.940.666

Instrumentos financeiros derivativos - 986 48 2.811

Total de empréstimos e financiamentos 1.009.129 1.015.344 1.934.208 1.943.477

Passivo circulante 354.166 446.244 834.043 833.882

Passivo não circulante 654.963 569.100 1.100.165 1.109.595

(*) Corresponde a uma linha de crédito do BNDES destinada a produção direcionada a exportação,
devendo o embarque dos mesmos ocorrer até a data limite de 3 anos.

As parcelas a longo prazo têm o seguinte cronograma de pagamento:

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

De 13 a 24 meses 174.186 417.325 335.970 609.573


De 25 a 36 meses 121.630 47.119 235.868 174.679
De 37 a 48 meses 263.394 24.001 335.167 107.160
De 49 a 60 meses 31.727 23.587 69.162 68.487
Após 60 meses 64.026 57.068 123.998 149.696

654.963 569.100 1.100.165 1.109.595

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Notas Explicativas

(a) Empréstimos e financiamentos


Os financiamentos FINAME estão garantidos por alienação fiduciária dos bens financiados no valor
de R$ 38.494 em 31 de dezembro de 2018 (R$ 44.464 em 31 de dezembro de 2017).

(b) Captações no mercado aberto


As captações de mercado aberto referem-se a captações efetuadas pelo Banco Moneo, junto ao
BNDES, para financiamento de operações de FINAME.

O valor de face e valor justo das captações no mercado aberto são:

Valor de face (futuro) Valor justo (presente)

2018 2017 2018 2017

De 1 a 12 meses 196.549 207.188 174.720 183.442


De 13 a 24 meses 141.400 160.003 128.041 144.253
De 25 a 36 meses 89.855 104.304 83.429 96.151
Após 36 meses 61.332 77.463 58.727 73.658

489.136 548.958 444.917 497.504

O valor de face dos empréstimos do passivo circulante se aproxima do seu valor justo.

(c) Conciliação da dívida


Consolidado

Empréstimos Captações
bancários Derivativos Mercado Aberto Total
Dívida em 31 de dezembro de 2017 1.442.663 2.811 498.003 1.943.477
Movimentações que afetaram o fluxo de caixa (101.227) (2.763) (86.202) (190.192)
Movimentações que não afetaram o fluxo de caixa
Juros apropriados e variações cambiais 147.416 - 33.507 180.923

Dívida em 31 de dezembro de 2018 1.488.852 48 445.308 1.934.208

17 Provisões

(a) Contingências passivas

A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis, tributários e outros em andamento e


está discutindo essas questões tanto na esfera administrativa quanto na judicial. Quando aplicáveis, as
demandas são amparadas por depósitos judiciais. As provisões para as eventuais perdas decorrentes
desses processos são estimadas e atualizadas pela Administração, amparada pela opinião de seus
consultores legais externos e internos.

As contingências que, na opinião dos assessores jurídicos da Companhia, são consideradas como
perdas possíveis ou prováveis em 31 de dezembro de 2018 e 31 de dezembro de 2017 estão
apresentadas a seguir. As contingências consideradas de perdas prováveis estão provisionadas.

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Notas Explicativas

Controladora

2018 2017

Natureza Provável Possível Provável Possível

Cível 964 22.508 964 20.978


Trabalhista 42.617 58.155 28.949 47.791
Tributário 16.407 236.490 21.809 276.081

59.988 317.153 51.722 344.850

Consolidado

2018 2017

Natureza Provável Possível Provável Possível

Cível 2.619 22.950 4.883 21.420


Trabalhista 55.159 69.899 37.026 51.240
Tributário 19.931 294.422 22.861 332.034

77.709 387.271 64.770 404.694

Controladora Consolidado

Depósitos judiciais 2018 2017 2018 2017

Cível 2.361 1.102 3.132 4.762


Trabalhista 20.660 14.948 25.574 18.318
Tributário 16.407 2.315 27.477 11.071

39.428 18.365 56.183 34.151

(i) Cíveis e trabalhistas

A Companhia é parte em ações judiciais de natureza cível e trabalhista, dentre as quais constam ações
de indenização por acidentes de trabalho e por doenças ocupacionais. Nenhuma dessas ações se refere
a valores individualmente significativos.

(ii) Tributárias

A Companhia e controladas são parte em ações judiciais de natureza tributária. A seguir, descrevemos
a natureza das principais causas:

. Provisionadas
Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

REINTEGRA – apropriação de crédito (i) 621 592 621 592


Regime Fiscal Especial – crédito tributário (ii) 6.922 12.757 6.922 12.757
IRPJ 2010, 2011 e 2012 (iii) 5.682 5.350 5.682 5.350
Outras contingências 3.182 3.110 6.706 4.162

16.407 21.809 19.931 22.861

(i) Contingência relativa a crédito de REINTEGRA – contingência decorrente de divergência de procedimento


no pleito do crédito de Reintegra referente ao 1º e 2º Trimestre de 2012.
(ii) Contingência concernente à discussão dos procedimentos adotados para a fruição de benefícios fiscais
utilizados na comercialização dos produtos.
(iii) Contingência atinente à discussão dos procedimentos adotados para compensação do imposto de renda pago
no exterior.

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Notas Explicativas

. Não provisionadas
Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

PIS, COFINS e FINSOCIAL – compensações 7.537 7.317 7.537 7.317


COFINS – pedido de restituição (i) 22.355 21.475 22.355 21.475
PIS, COFINS – crédito 8.858 8.490 8.858 8.490
PIS – compensações (ii) 14.910 14.264 14.910 14.264
IPI – crédito 1.763 1.776 1.763 1.776
IRPJ - lucro inflacionário realizado a menor 2.955 2.881 2.955 2.881
IRPJ e CSLL – Saldo Negativo (iii) 17.650 16.970 17.650 16.970
IRPJ e CSLL – lucros no exterior (iv) 30.064 28.845 30.064 28.845
IRPJ e CSLL – IR pago no exterior 1.089 1.015 1.089 1.015
IRPJ e CSLL – lucros do exterior (v) 58.875 90.230 58.875 90.230
DCP – Atualização monetária (vi) 28.067 26.669 28.067 26.669
REINTEGRA – Compensação (vii) 15.899 15.269 15.899 15.269
ICMS - saídas com alíquota reduzida para não contribuintes (viii) - - 36.881 35.237
ICMS – documentos fiscais inidôneos (ix) - 15.527 - 15.527
ISS - serviços tomados de terceiros 6.141 5.852 6.141 5.852
INSS – serviços tomados de pessoas jurídicas 4.693 4.504 4.693 4.504
Outras contingências de menor valor 15.634 14.997 36.685 35.713

236.490 276.081 294.422 332.034

(i) Contingências cujas perspectivas de perda são consideradas possíveis, relativas a


procedimentos questionados pela fiscalização, quanto a pedidos de restituição de COFINS. O processo
administrativo encontra-se em andamento na Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento.

(ii) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a valores inscritos em
dívida ativa, provenientes de compensações não homologadas derivadas de créditos obtidos em
processo judicial. O processo encontra-se em andamento na primeira instância da Justiça Federal de
Caxias do Sul.

(iii) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a procedimentos


questionados pela fiscalização, quanto a pedidos de restituição de saldo negativo de IRPJ e CSLL. O
processo encontra-se em andamento perante o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.

(iv) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a discussão sobre a
consolidação no Exterior de resultados de controladas indiretas, antes do oferecimento dos lucros à
tributação no Brasil. O processo encontra-se em andamento perante a Delegacia da Receita Federal de
Julgamento.

(v) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a discussão sobre a
glosa de compensações realizadas com impostos do exterior. O processo encontra-se em andamento
perante a Delegacia Regional de Julgamento – DRJ.

(vi) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a discussão sobre
créditos DCP, referente a glosa da atualização monetária e multa isolada aplicada em decorrência das
declarações não homologadas. O processo encontra-se em andamento perante a Delegacia Regional de
Julgamento – DRJ.

(vii) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a discussão sobre
crédito de Reintegra, em razão de divergência de procedimento no pleito do crédito. O processo
encontra-se em andamento perante a Delegacia Regional de Julgamento – DRJ.

(viii) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, da controlada, relativa a


discussões sobre ICMS - saídas com alíquota reduzida para não contribuintes estabelecidos fora do

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Notas Explicativas

Estado. O processo encontra-se em andamento perante o Conselho de Contribuintes do Estado do Rio


de Janeiro.

(ix) Contingência cuja perspectiva de perda é considerada possível, relativa a discussões sobre
ICMS, por suposta emissão de documentos fiscais com erro na aplicação da alíquota, em operações de
venda a não contribuintes estabelecidos fora do Estado. O processo encontra-se em andamento perante
o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

(b) Contingências ativas

O demonstrativo contendo informações sobre contingências ativas, conforme opinião de seus


assessores jurídicos está abaixo detalhado com a possibilidade de ganho:

Consolidado

2018 2017

Natureza Provável Possível Provável Possível

Contingente
Tributário 15.057 14.187 14.376 13.546
Previdenciário - 3.098 - 2.958

15.057 17.285 14.376 16.504

(i) Contingências tributárias

A Companhia é autora em diversas ações judiciais, no âmbito estadual e federal, nas quais são
discutidas as seguintes matérias:

• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.


• Programa de Integração Social - PIS e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social –
COFINS.
• Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL.
• Imposto sobre Operações Financeiras - IOF e Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF.
• Empréstimo Compulsório Eletrobrás.
• ICMS sobre materiais de uso e consumo.

A Companhia possui demandas judiciais pleiteando o reconhecimento da exclusão do ICMS da base


de cálculo do PIS e da Cofins (tema que está sendo discutido no Supremo Tribunal Federal através do
Recurso Extraordinário n° 574.706). Tendo em vista que não há decisões judiciais favoráveis
transitadas em julgado, a Companhia e as suas controladas ainda não mensuraram os valores que
poderão impactar as suas demonstrações financeiras e suas divulgações.

(ii) Contingências previdenciárias


• Contribuição Social Previdenciária – INSS.

18 Plano de pensão e de benefícios pós-emprego a empregados


A Marcopolo é patrocinadora principal da Marcoprev Sociedade de Previdência Privada, sociedade
civil, sem fins lucrativos, constituída em dezembro de 1995, cujo principal objetivo é conceder
benefícios complementares aos da Previdência Social a todos os empregados das patrocinadoras:
Marcopolo (principal), San Marino, Syncroparts, Trading, Banco Moneo e Fundação Marcopolo. No
exercício de 2018 foi despendido em contribuições, em nível consolidado, o montante de R$ 10.796
(R$ 10.368 em 2017). O regime atuarial de determinação do custo e contribuições do plano é pelo
método de capitalização. É um plano misto, de "benefícios definidos" onde as contribuições são de

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Notas Explicativas

responsabilidade exclusiva da patrocinadora, e de "contribuição definida" onde as contribuições são da


patrocinadora e do participante, de forma opcional.

Na data-base de 31 de dezembro de 2018 e de 2017, os valores relacionados aos benefícios pós-


emprego, foram apurados em avaliação atuarial anual, conduzida por atuários independentes, e estão
reconhecidos nas demonstrações financeiras conforme abaixo apresentado.

Os valores reconhecidos no balanço patrimonial são os seguintes:

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Valor presente das obrigações atuariais (277.155) (249.931) (280.358) (252.744)


Valor justo dos ativos do plano 308.557 283.394 312.115 286.575
Superávit não sujeito a reembolso ou redução nas contribuições
futuras (31.402) (33.463) (31.757) (33.831)

Passivo a ser reconhecido - - - -

De acordo com as prerrogativas constantes nos regulamentos do plano de aposentadoria e na parcela


contabilizada do plano de aposentadoria suplementar não se verifica a possibilidade de reembolso,
aumento de benefício ou de redução nas contribuições futuras. Consequentemente o ativo decorrente
do superávit dos planos não foi contabilizado em 31 de dezembro de 2018.
A movimentação na obrigação de benefício definido durante o exercício é demonstrada a seguir:

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Em 1o de janeiro - - - -

Contribuições dos participantes do plano 7.603 7.801 7.669 7.880


Perdas (ganhos) atuariais (7.603) (7.801) (7.669) (7.880)
(Despesa) Receita anual líquida reconhecida - - - -

Em 31 de dezembro - - - -

A movimentação do valor justo dos ativos do plano de benefícios nos exercícios apresentados é a
seguinte:

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Em 1o de janeiro 283.394 256.669 286.575 259.524

Contribuição dos patrocinadores 7.603 7.801 7.669 7.880


Contribuição dos empregados 141 175 142 175
Benefícios pagos (12.882) (13.115) (12.991) (13.224)
Retorno esperado dos ativos do plano 30.301 31.864 30.720 32.220

Em 31 de dezembro 308.557 283.394 312.115 286.575

A movimentação da obrigação atuarial nos exercícios apresentados é a seguinte:

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Notas Explicativas

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Em 1o de janeiro 249.931 244.008 252.744 246.707

(Ganhos) perdas atuariais 13.901 212 14.041 208


Custo dos serviços correntes 1.983 (7.033) 2.067 (7.093)
Custo financeiro 24.081 25.684 24.355 25.971
Contribuições dos empregados 141 175 142 175
Benefícios pagos (12.882) (13.115) (12.991) (13.224)

Em 31 de dezembro 277.155 249.931 280.358 252.744

Os valores reconhecidos na demonstração do resultado são:

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Custo dos serviços correntes 1.983 (7.033) 2.067 (6.949)


Custo financeiro (235) (269) (237) (271)

Total incluído nos custos de pessoal (1.748) (7.302) (1.830) (7.220)

As principais premissas atuariais na data do balanço são:

. Hipóteses econômicas
Percentual a.a.

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Taxa de desconto (*) 9,12 9,93 9,93 9,93


Taxa de rendimento esperada sobre os ativos do plano 9,12 9,93 9,93 9,93
Aumentos salariais futuros 6,50 6,75 6,50 6,75
Inflação 4,00 4,25 4,00 4,25

(*) A taxa de desconto é composta de: inflação 4,00% a.a. mais juros 4,92% a.a para o ano de 2018 (inflação de 4,25% a.a. mais juros de
5,45% a.a. para o ano de 2017).

. Hipóteses demográficas

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Tábua de mortalidade AT 2000(*) AT 2000(*) AT 2000(*) AT 2000(*)


Tábua de mortalidade e inválidos RRB 1983 RRB 1983 RRB 1983 RRB 1983
Tábua de entrada em invalidez RRB 1944 RRB 1944 RRB 1944 RRB 1944

(*) Tábua segregada por sexo, constituída com base na AT-2000 Basic suavizada em 10%.

. Hipóteses atuariais e análises de sensibilidades

O quadro abaixo, de análise de sensibilidade das obrigações dos planos de benefício, demonstra o
impacto na exposição atuarial (9,12% a.a.) pela alteração da premissa na taxa de desconto em 1 p.p.:

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Notas Explicativas

(i) Valor presente da obrigação em 31 de dezembro de 2018.

- Total 277.155

(ii) Hipóteses atuariais significativas em 31 de dezembro de 2018.

Análise de Sensibilidade Efeito no VPO

Taxa de desconto 10,12% 1% de aumento 245.685


Taxa de desconto 8,12% 1% de redução 316.273

(iii) Métodos e hipóteses utilizadas nas análises de sensibilidade.

Os resultados apresentados foram preparados modificando apenas as hipóteses reais mencionadas em


cada linha.

19 Imposto de renda e contribuição social

(a) Imposto de renda e contribuição social diferidos

A base para constituição dos impostos é a seguinte:


Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017


Ativo (passivo)
Provisão para assistência técnica 26.255 17.161 33.237 19.150
Provisão para comissões 28.828 21.298 32.132 23.047
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 27.666 14.414 88.923 61.313
Provisão para participação nos resultados 42.975 25.403 45.187 25.403
Provisão para contingências 62.170 51.722 100.904 86.278
Provisão para perdas nos estoques 4.866 2.249 8.546 7.125
Provisão para serviços de terceiros 10.933 11.300 10.933 11.300
Provisão para rescisões contratuais 21.667 15.366 21.667 15.366
Estoques não realizados 6.881 4.639 6.881 4.679
Ajuste a valor presente 2.046 1.264 2.392 2.804
(Depreciação fiscal) (29.701) (28.983) (29.701) (28.983)
(Apropriação ganhos/perdas com derivativos) (417) 758 (417) 758
Programa Especial de Regularização Tributária - PERT - - - 44.024
Imposto de renda na fonte suspenso 6.467 - 6.467 -
Outras provisões 7.790 8.065 16.481 (1.132)

Base de cálculo 218.426 144.656 343.632 271.132


Alíquota nominal - % 34 34 34 34

Imposto de renda e contribuição social diferidos 74.265 49.183 116.835 92.185

(b) Estimativa das parcelas de realização do ativo fiscal diferido

A recuperação dos créditos fiscais está baseada em projeções de resultados tributáveis, bem como na
realização das diferenças temporárias para os seguintes exercícios:

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

De 13 meses em diante 74.265 49.183 116.835 92.185

74.265 49.183 116.835 92.185

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Notas Explicativas

(c) Conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social correntes

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017


Conciliação
Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 188.412 83.129 209.303 92.973
Alíquota nominal - % 34 34 34 34

64.060 28.264 71.163 31.611

Adições e exclusões permanentes


Equivalência patrimonial 209 (14.573) - -
Juros sobre capital próprio (28.189) (5.790) (28.189) (5.790)
Reintegra (1.617) 4.296 (1.617) 4.296
Participação dos administradores 1.833 (1.770) 1.833 (1.770)
Preço de transferência 560 - 560 -
Programa de Alimentação do Trabalhador (7.685) - (7.685) -
Programa de Desenvolvimento Industrial (9.091) - (9.091) -
IR/CS sobre resultados no Exterior (11.602) - (11.602) -
Prejuízo fiscal de empresas controladas - - 11.281 9.013
Efeito da adesão ao PERT (i) - - - (22.818)
Outras adições (exclusões) (6.796) 532 (8.297) (3.681)

1.682 10.959 18.356 10.861

Imposto de renda e contribuição social


Corrente 26.764 8.565 43.006 33.267
Diferido (25.082) 2.394 (24.650) (22.406)

1.682 10.959 18.356 10.861

Alíquota efetiva - % 1 13 9 13

(i) Os efeitos retratados nesta linha decorrem da contabilização do imposto de renda diferido
sobre prejuízos fiscais acumulados que foram utilizados para a quitação de débito
tributário observando o preceito do Programa Especial de Regularização Tributária
(PERT), instituído pela medida provisória nº 783/2017 e regulamentado pela IN 1.748 e
pela portaria PGFN nº 970/2017.

20 Patrimônio líquido

(a) Capital social

O capital social autorizado da controladora é de 2.100.000.000 ações, sendo 700.000.000 ações


ordinárias e 1.400.000.000 ações preferenciais, nominativas e sem valor nominal.

Em 31 de dezembro de 2018, o capital social, subscrito e integralizado, está representado por


925.196.009 (925.196.009 em 31 de dezembro de 2017) ações nominativas, sendo 341.625.744
ordinárias e 586.570.265 preferenciais, sem valor nominal.

Do total do capital subscrito, 319.693.839 (328.387.006 em 31 de dezembro de 2017) ações


preferenciais nominativas pertencem a acionistas do exterior.

(b) Reservas

(i) Reserva legal


É constituída à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do artigo
193 da Lei no 6.404/76, até o limite de 20% do capital social.

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Notas Explicativas

(ii) Reservas estatutárias


A Marcopolo destina 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, do lucro remanescente, para o
pagamento de dividendo a todas as ações da Marcopolo, a título de dividendo mínimo obrigatório. O
saldo remanescente do lucro líquido será destinado, em sua totalidade, à formação das seguintes
reservas:

. Reserva para futuro aumento de capital para ser utilizada em futuros aumentos de capital, a ser
formada por 70% do saldo remanescente do lucro líquido de cada exercício, não podendo exceder a
60% do capital social.

. Reserva para pagamento de dividendos intermediários para ser utilizada para pagamento de
dividendos intermediários previstos no parágrafo 1o do artigo 33 do Estatuto Social, a ser formada
por 15% do saldo remanescente do lucro líquido de cada exercício, não podendo exceder a 10% do
capital social.

. Reserva para compra das próprias ações a ser utilizada para aquisição de ações de emissão da
Marcopolo, para cancelamento, permanência em tesouraria e/ou respectiva alienação, a ser formada
por 15% do saldo remanescente do lucro líquido de cada exercício, não podendo exceder a 10% do
capital social.

(c) Ações em tesouraria


Corresponde ao entesouramento de 3.977.285 ações preferenciais nominativas, adquiridas ao custo
médio de R$ 4,6379 (em reais um) por ação. No exercício foram alienadas 722.516 ações preferenciais
nominativas, a um preço médio ponderado de R$ 3,0753 por ação, gerando um resultado líquido
negativo de R$ 1.129. O valor das ações em tesouraria em 31 de dezembro de 2018 corresponde a
R$ 18.446. As ações serão utilizadas para, nos termos do parágrafo 3o do artigo 168 da Lei das S.A. e
da Instrução CVM no 390/03, outorgar opção de compra de ações a administradores e empregados da
Marcopolo, de acordo com o Plano de Opções de compra de ações aprovado em Assembleia Geral
Extraordinária realizada em 22 de dezembro de 2005.

21 Juros sobre o capital próprio - Lei no 9.249/95 e dividendos


De acordo com a faculdade prevista na Lei no 9.249/95, a Marcopolo calculou juros sobre o capital
próprio com base na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) vigente no exercício, no montante de
R$ 82.909 (R$ 17.028 em 2017) sendo pagos a partir de 01 de fevereiro de 2019, na razão de R$ 0,09
para cada ação, tanto para as ações ordinárias escriturais, como para as ações preferenciais escriturais,
os quais foram contabilizados como despesas financeiras, conforme requerido pela legislação fiscal.
Para efeito destas demonstrações financeiras, esses juros foram eliminados das despesas financeiras do
exercício e estão sendo apresentados na conta de lucros acumulados em contrapartida do caixa.

O imposto de renda e a contribuição social do exercício foram reduzidos em R$ 28.189 (R$ 5.790
em 2017), aproximadamente, em decorrência da dedução desses impostos pelos juros sobre o capital
próprio creditados aos acionistas.

Demonstrativo do cálculo do dividendo mínimo obrigatório:

2018 2017

Lucro líquido do exercício (Controladora) 186.730 72.170


Reserva legal (5%) (9.337) (3.609)

Base de cálculo para dividendos 177.393 68.561

Valor dos dividendos mínimos obrigatórios (25%) 44.348 17.140


Dividendos propostos adicionais ao mínimo obrigatório 38.561 -

Total de dividendos propostos pela Administração 82.909 17.140

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Notas Explicativas

Juros sobre o capital próprio imputados aos dividendos


Valor bruto 82.909 17.028
Imposto de renda na fonte (15%) (12.436) (2.554)
Imposto de renda na fonte retenção suspensa 2.665 535

Valor líquido dos juros creditados 73.138 15.009

Valor líquido dos juros, dividendos creditados e propostos 73.138 15.009

O valor dos referidos juros foi imputado ao dividendo mínimo obrigatório declarado antecipadamente,
por conta do corrente exercício em conformidade com o item III da Deliberação CVM no 683/2012.

22 Cobertura de seguros
Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia possuía cobertura de seguros contra incêndio e riscos
diversos para os bens do ativo imobilizado e para os estoques, por valores considerados suficientes
para cobrir eventuais perdas.

As principais coberturas de seguro são:

Consolidado

Natureza do ativo Valor patrimonial 2018 2017

Estoques, prédios e conteúdos Incêndio e riscos diversos 892.058 772.746


Veículos Colisão e responsabilidade civil 37.801 35.448

929.859 808.194

23 Avais, fianças e garantias


A Companhia tinha contratado, em 31 de dezembro de 2018, avais e/ou fianças no montante de
R$ 10.188 (R$ 10.493 em 31 de dezembro de 2017), concedidos a bancos em operações de
financiamento a clientes, que têm como contrapartida a garantia dos respectivos bens financiados, bem
como o valor contábil residual de bens financiados no montante de R$ 38.494 (R$ 44.464 em 31 de
dezembro de 2017) dados em garantias de empréstimos bancários e contingências.

24 Participação de empregados nos lucros e resultados


No exercício social de 2018, em conformidade com o disposto na Lei no 10.101 de 19 de dezembro
de 2000, a Administração optou pelo pagamento semestral, tendo pago em julho de 2018 uma parcela,
e o saldo será pago em fevereiro de 2019.

A participação de empregados foi calculada conforme estabelecido em Instrumento de Acordo do


Programa de Metas-Eficácia Marcopolo (EFIMAR).

Os valores estão classificados no resultado do exercício como segue:


Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Custo dos produtos e serviços vendidos 27.834 15.488 34.043 17.243


Despesas com vendas 6.474 2.808 6.590 2.871
Despesas de administração 5.176 2.378 6.997 3.264

39.484 20.674 47.630 23.378

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Notas Explicativas

25 Receita
A conciliação das vendas brutas para a receita líquida é como segue:
Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Vendas brutas de produtos e serviços 2.641.723 1.897.123 4.744.052 3.199.231


Impostos sobre vendas e devoluções (318.479) (226.129) (546.584) (323.238)

Receita líquida 2.323.244 1.670.994 4.197.468 2.875.993

26 Despesas por natureza

Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017

Matérias-primas e materiais de consumo 1.385.344 930.890 2.654.194 1.700.980


Serviços de terceiros e outros 203.942 129.854 327.164 265.615
Remuneração direta 384.762 379.852 681.900 650.970
Remuneração dos administradores 14.134 13.118 14.134 13.118
Participação dos empregados nos lucros e resultados 39.484 20.674 47.630 23.378
Encargos de depreciações e amortizações 23.014 19.307 60.805 45.432
Despesas com previdência privada 10.268 10.199 10.796 10.368
Outras despesas 86.892 99.486 169.396 98.339

Total de custos e despesas de vendas, distribuições e despesas


administrativas. 2.147.840 1.603.380 3.966.019 2.808.200

27 Resultado financeiro
Controladora Consolidado

2018 2017 2018 2017


Receitas financeiras
Juros e variações monetárias recebidos 6.322 1.671 7.447 5.658
Juros sobre derivativos 4.149 13.420 5.709 14.317
Rendas de aplicações financeiras 42.395 92.479 47.496 102.833
Variação cambial 31.372 87.346 98.406 112.792
Variação cambial sobre derivativos 5.990 16.715 10.688 26.098
Ajuste a valor presente de contas a receber de clientes 23.473 21.409 35.317 30.321

113.701 233.040 205.063 292.019


Despesas financeiras
Juros sobre empréstimos e financiamentos (67.419) (81.025) (86.324) (99.034)
Juros sobre derivativos - (303) (10) (1.249)
Variação cambial (75.105) (91.331) (140.675) (112.469)
Variação cambial sobre derivativos (23.022) (16.112) (43.129) (24.950)
Despesas bancárias (4.890) (8.518) (9.459) (13.490)
Ajuste a valor presente de fornecedores (10.042) (16.279) (17.448) (22.107)

(180.478) (213.568) (297.045) (273.299)

Resultado financeiro, líquido (66.777) 19.472 (91.982) 18.720

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Notas Explicativas

28 Lucro por ação

(a) Básico
O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da
Companhia, pela quantidade média ponderada de ações emitidas durante o exercício, excluindo as
ações compradas pela Companhia e mantidas como ações em tesouraria.
2018 2017

Lucro atribuível aos acionistas 186.730 72.170

Quantidade média ponderada de ações emitidas (milhares) 921.219 920.496

Lucro por ação 0,20270 0,07841

(b) Diluído
O lucro diluído por ação é calculado mediante o ajuste da quantidade média ponderada de ações
ordinárias e preferenciais em circulação, para presumir a conversão de todas as ações ordinárias
potenciais diluídas.
A Companhia considera como efeito de diluição de ações ordinárias e preferenciais, o exercício das
opções de compra de ações pelos empregados e administradores. A quantidade de ações calculadas
conforme descrito anteriormente é comparado com a quantidade de ações emitidas, pressupondo-se o
exercício das opções de compra das ações.
2018 2017

Lucro atribuível aos acionistas 186.730 72.170

Quantidade média ponderada de ações emitidas (milhares) 921.219 920.496


Ajustes de:
Exercício das opções de compra de ações 3.977 4.700

Lucro por ação 0,20183 0,07801

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Notas Explicativas

29 Balanços patrimoniais e demonstrações do resultado por segmento


O segmento industrial produz carrocerias para ônibus e peças de reposição. O segmento financeiro é
responsável pelas operações de financiamento através do Banco Moneo.

Balanços patrimoniais
Consolidado Industrial Financeiro

2018 2017 2018 2017 2018 2017


Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 863.467 958.759 833.839 946.698 29.628 12.061
Ativos financeiros mensurados ao
valor justo através do resultado 89.928 187.373 89.928 187.373 - -
Instrumentos financeiros derivativos 1.453 445 1.453 445 - -
Contas a receber de clientes 1.101.973 821.310 860.481 558.154 241.492 263.156
Estoques 686.821 521.364 686.821 521.364 - -
Outras contas a receber 317.346 333.650 267.900 291.596 49.446 42.054

3.060.988 2.822.901 2.740.422 2.505.630 320.566 317.271

Não circulante
Ativos financeiros mensurados ao
valor justo através do resultado 13.260 14.118 13.260 14.118 - -
Contas a receber de clientes 360.862 428.773 16.645 15.673 344.217 413.100
Outras contas a receber 176.675 129.553 162.328 118.560 14.347 10.993
Investimentos 482.827 377.003 482.827 377.003 - -
Propriedades para investimentos 49.808 50.708 49.808 50.708 - -
Imobilizado 770.733 688.355 770.486 688.105 247 250
Ágio e intangível 232.551 220.841 231.959 220.417 592 424

2.086.716 1.909.351 1.727.313 1.484.584 359.403 424.767

Total do ativo 5.147.704 4.732.252 4.467.735 3.990.214 679.969 742.038

Passivo
Circulante
Fornecedores 418.247 366.399 418.037 366.399 210 -
Empréstimos e financiamentos 833.995 831.071 658.884 647.130 175.111 183.941
Instrumentos financeiros derivativos 48 2.811 48 2.811 - -
Outras contas a pagar 576.137 418.985 570.841 408.619 5.296 10.366

1.828.427 1.619.266 1.647.810 1.424.959 180.617 194.307

Não circulante
Empréstimos e financiamentos 1.100.165 1.109.595 829.968 795.533 270.197 314.062
Outras contas a pagar 84.481 74.779 81.140 74.779 3.341 -

1.184.646 1.184.374 911.108 870.312 273.538 314.062

Participação dos acionistas não


controladores 29.012 29.843 29.012 29.843 - -

Patrimônio líquido atribuível aos


controladores 2.105.619 1.898.769 1.879.805 1.665.100 225.814 233.669

Total do passivo 5.147.704 4.732.252 4.467.735 3.990.214 679.969 742.038

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Notas Explicativas

Demonstrações de resultado
Consolidado Industrial Financeiro

2018 2017 2018 2017 2018 2017


Operações
Receita líquida de vendas e serviços 4.197.468 2.875.993 4.155.112 2.840.440 42.356 35.553
Custo dos produtos vendidos e dos
serviços prestados (3.533.152) (2.472.347) (3.533.152) (2.472.347) - -
Lucro bruto 664.316 403.646 621.960 368.093 42.356 35.553
(Despesas) receitas operacionais
Despesas com vendas (251.055) (168.734) (214.964) (154.905) (36.091) (13.829)
Despesas administrativas (181.812) (167.119) (162.335) (151.033) (19.477) (16.086)
Outras receitas (despesas) operacionais
líquidas (25.235) (80.397) (26.573) (80.014) 1.338 (383)
Resultado de equivalência patrimonial 95.071 86.857 95.071 86.857 - -
Lucro operacional 301.285 74.253 313.159 68.998 (11.874) 5.255
Resultado financeiro
Receitas financeiras 205.063 292.019 205.063 292.019 - -
Despesas financeiras (297.045) (273.299) (297.045) (273.299) - -
Lucro antes do imposto de renda e da
Contribuição social 209.303 92.973 221.177 87.718 (11.874) 5.255
Imposto de renda e contribuição social (18.356) (10.861) (21.709) (8.407) 3.353 (2.454)

Lucro (Prejuízo) líquido do exercício 190.947 82.112 199.468 79.311 (8.521) 2.801

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Notas Explicativas

30 Demonstrações dos fluxos de caixa por segmento de negócio - método indireto

Consolidado Segmento Industrial Segmento Financeiro

2018 2017 2018 2017 2018 2017


Fluxos de caixa das atividades operacionais
Lucro líquido do exercício 190.947 82.112 199.468 79.311 (8.521) 2.801
Ajustes para conciliar o resultado às
disponibilidades geradas pelas atividades
operacionais:
Depreciações e amortizações 60.805 45.432 60.521 45.166 284 266
Ganho (perda) na venda de ativos de
investimentos, imobilizados e intangíveis 18.888 33.359 18.836 33.350 52 9
Baixa de imobilizado por sinistro - 24.485 - 24.485 - -
Equivalência patrimonial (95.071) (86.857) (95.071) (86.857) - -
Provisão para créditos de liquidação
duvidosa 38.338 32.127 20.563 16.138 17.775 15.989
Imposto de renda e contribuição social
corrente e diferido 18.357 10.860 21.710 8.406 (3.353) 2.454
Juros e variações apropriados 170.789 120.100 137.282 82.958 33.507 37.142
Participações dos não controladores 4.217 9.942 4.217 9.942 - -

Variações nos ativos e passivos


Redução (aumento) em contas a receber de
clientes (241.982) 108.090 (314.754) 5.511 72.772 102.579
Redução em títulos e valores mobiliários 97.295 49.849 97.295 49.849 - -
(Aumento) nos estoques (147.951) (40.364) (147.951) (40.364) - -
(Aumento) redução em outras contas a receber (26.120) (109.024) (15.374) (112.416) (10.746) 3.392
Aumento em fornecedores 39.836 109.725 39.626 109.725 210 -
Aumento (redução) em contas a pagar e
provisões 139.889 (61.635) 137.636 (62.749) 2.253 1.114

Caixa gerado pelas atividades operacionais 268.237 328.201 164.004 162.455 104.233 165.746

Impostos sobre o lucro pagos (43.006) (33.267) (43.043) (28.043) 37 (5.224)

Caixa líquido proveniente das atividades


operacionais 225.231 294.934 120.961 134.412 104.270 160.522

Fluxos de caixa das atividades de


investimentos
Investimentos - (10.369) - (10.369) - -
Dividendos de controladas , controladas em
conjunto e coligadas 47.433 16.366 47.433 16.366 - -
Adições de imobilizado (156.935) (52.465) (156.789) (52.435) (146) (30)
Adições de intangível (4.808) (1.827) (4.453) (1.621) (355) (206)
Recebimento na venda de investimentos,
imobilizado e intangível 1.536 1.291 1.536 1.291 - -

Caixa líquido utilizado nas atividades de


investimentos (112.774) (47.004) (112.273) (46.768) (501) (236)

Fluxos de caixa das atividades de


financiamentos
Ações em tesouraria 2.222 665 2.222 665 - -
Empréstimos tomados de terceiros 997.911 567.914 845.798 425.699 152.113 142.215
Pagamento de empréstimos - principal (1.101.813) (937.213) (893.571) (638.035) (208.242) (299.178)
Pagamento de empréstimos - juros (86.289) (118.600) (56.216) (83.094) (30.073) (35.506)
Pagamento dos juros sobre o capital próprio e
dividendos (33.890) (17.140) (33.890) (16.475) - (665)

Caixa líquido utilizado nas atividades de


financiamento (221.859) (504.374) (135.657) (311.240) (86.202) (193.134)

Efeito da variação cambial sobre caixa e


equivalentes de caixa 14.110 5.744 14.110 5.744 - -

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Notas Explicativas

Consolidado Segmento Industrial Segmento Financeiro

2018 2017 2018 2017 2018 2017


Aumento (redução) líquido de caixa e
equivalentes de caixa (95.292) (250.700) (112.859) (217.852) 17.567 (32.848)

Caixa e equivalentes de caixa no


início do exercício 958.759 1.209.459 946.698 1.164.550 12.061 44.909
Caixa e equivalentes de caixa no
fim do exercício 863.467 958.759 833.839 946.698 29.628 12.061

31 Informação adicional
O segmento de negócio industrial opera em regiões geográficas especificadas abaixo. O segmento de
negócio financeiro opera exclusivamente no Brasil.

(a) Receita líquida por região geográfica

Consolidado

2018 2017

Brasil 3.276.426 2.086.033


África 125.667 87.967
Austrália 484.375 325.078
China 68.662 65.909
Emirados Árabes 330 -
Peru - 1.029
México 242.008 309.977

4.197.468 2.875.993

(b) Ativo imobilizado, ágio e intangível por região geográfica

Consolidado

2018 2017

Brasil 772.638 713.282


África 14.229 13.920
Austrália 133.043 112.321
Canadá 53.371 49.416
China 10.302 3.675
México 19.630 16.523
Uruguai 69 59
Emirados Árabes 2 -

1.003.284 909.196

* * *

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Pareceres e Declarações / Relatório do Auditor Independente - Sem Ressalva

Relatório do auditor independente


sobre as demonstrações financeiras
individuais e consolidadas
Aos Administradores e Acionistas
Marcopolo S.A.
Opinião
Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Marcopolo S.A. ("Companhia" ou “Controladora”), que compreendem o
balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das
mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como as demonstrações financeiras
consolidadas da Marcopolo S.A. e suas controladas ("Consolidado"), que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de
dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio
líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo
das principais políticas contábeis.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a
posição patrimonial e financeira da Marcopolo S.A. e da Marcopolo S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2018, o
desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa, bem como o desempenho consolidado de suas operações e os
seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as
normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).
Base para opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em
conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada "Responsabilidades do auditor pela auditoria das
demonstrações financeiras individuais e consolidadas". Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo
com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo
Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas conforme essas normas. Acreditamos que a
evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Principais Assuntos de Auditoria
Principais Assuntos de Auditoria (“PAA”) são aqueles que, em nosso julgamento
profissional, foram os mais significativos em nossa auditoria do
exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa
auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas como
um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações
financeiras individuais e consolidadas e, portanto, não expressamos uma
opinião separada sobre esses assuntos.
Nossa auditoria para o exercício findo em 31 de dezembro de 2018 foi
planejada e executada considerando que as operações da Companhia
e suas controladas não apresentaram modificações significativas
em relação ao exercício anterior. Nesse contexto, os Principais Assuntos de Auditoria, bem como nossa abordagem de auditoria,
mantiveram-se substancialmente alinhados àqueles do exercício anterior.
Porque é um PAAComo o assunto foi conduzido
em nossa auditoria

Redução do ágio ao valor recuperável (“impairment”) – Consolidado (Nota 14)

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia apresenta em suas demonstrações financeiras consolidadas, ágio por expectativa de
rentabilidade futura, no montante de R$ 212.329 mil, referente a aquisições realizadas em anos anteriores. A Administração elabora
anualmente teste para avaliar a necessidade ou não de redução do ágio ao seu valor recuperável (teste de impairment). Para esse
teste, considera cada uma das empresas adquiridas, localizadas no Brasil, Austrália, Canadá e Argentina, como uma unidade geradora
de caixa (“UGC”) distinta.

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O referido teste de impairment do ágio foi considerado como um dos principais assuntos em nossa auditoria, devido a relevância do
saldo do ágio e por envolver julgamentos críticos por parte da Administração da Companhia em relação às projeções de fluxos de
caixa futuros.
Variações nas principais premissas utilizadas, como taxa de crescimento e de desconto, entre outras, podem impactar
significativamente os fluxos de caixa das UGCs e, consequentemente, os valores recuperáveis das UGCs e do ágio a elas alocados.
Em 31 de dezembro de 2018, a Administração da Companhia revisou o valor recuperável das UGCs e, não identificou a necessidade
de reconhecimento de impairment.
Nossos procedimentos de auditoria incluíram, entre outros, o entendimento e o teste da metodologia utilizada pela Administração para
projetar os fluxos de caixa descontados. Com o apoio de nossos especialistas internos em avaliação, discutimos com a Administração
a razoabilidade das premissas significativas utilizadas pela Companhia, de acordo com os orçamentos aprovados pelo Conselho de
Administração, incluindo as taxas de desconto, de crescimento de vendas e margens no período projetado e na perpetuidade,
comparando os cálculos com as informações de mercado disponíveis, com o desempenho efetivo e com os dados históricos.
Também, por meio de análises de sensibilidade sobre as principais premissas utilizadas, avaliamos em quais situações as variações
individuais ou cumulativas resultariam na necessidade de registro ou complemento de impairment reconhecido pela Companhia.
Como resultado dos procedimentos descritos acima, consideramos que os julgamentos e premissas utilizados pela administração para
a avaliação do valor recuperável do ágio são razoáveis e as divulgações são consistentes com dados e informações obtidos.
Provisões e passivos contingentes – Controladora e Consolidado (Nota 17)

Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia tem provisões no montante de R$ 59.988 mil na controladora e R$ 77.709 mil no
consolidado, relacionadas a processos judiciais cuja expectativa de perda foi classificada como provável, além de processos com
perdas classificadas como possíveis no montante de R$ 317.153 mil, na controladora, e R$ 387.271 mil no consolidado.
Provisões e passivos contingentes possuem incerteza inerente em relação ao seu prazo e ao seu valor de liquidação. Além disso, a
determinação da probabilidade de perda dos processos em andamento envolve julgamentos críticos por parte da Administração,
reavaliados periodicamente conforme o andamento dos processos, nas diversas instâncias judiciais, e da jurisprudência aplicável.
Em nossa estratégia de auditoria, envolvemos nossa equipe de especialistas nas áreas trabalhista e tributária, conforme apropriado,
para leitura e discussão dos principais processos judiciais, incluindo a classificação do prognóstico de perda atribuída por consultores
jurídicos internos e externos à Companhia, assim como obtivemos um entendimento dos controles internos mantidos na área.
Também avaliamos a competência técnica dos consultores jurídicos internos e externos da Companhia, efetuamos testes de recálculo
do valor de exposição dos principais processos judiciais e administrativos cuja perda foi classificada como provável, teste de
atualização financeira desses processos, conforme legislação aplicável, bem como obtivemos confirmação dos processos com os
advogados que patrocinam as causas para obtenção de dados relacionados a avaliação do prognóstico, completude das informações
e adequação do valor da provisão constituída ou do valor divulgado.
Adicionalmente, efetuamos leitura das informações divulgadas em notas explicativas.
Consideramos que os critérios e premissas adotados pela Administração para a determinação da provisão para processos judiciais e
contingências, bem como as divulgações efetuadas sobre passivos contingentes, são consistentes, com as informações dos
consultores jurídicos internos e externos.

Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Controladora e Consolidado (Nota 8)

A Companhia possui saldo de contas a receber de clientes sujeito principalmente ao risco de crédito com a contraparte. A
determinação da provisão para crédito de liquidação duvidosa, a partir de 1° de janeiro de 2018, passou a considerar as perdas
esperadas de crédito em base prospectiva. A Companhia reconhece as perdas esperadas ao longo da vida útil do ativo, a partir do
reconhecimento inicial dos recebíveis. O aumento significativo no risco de crédito considera a existência de evidência objetiva de perda
no valor recuperável do crédito e a utilização de premissas e fatores, incluindo, entre outras, condições macroeconômicas, garantias,
níveis de inadimplência e políticas de renegociação.
Por se tratar de uma estimativa contábil elaborada pela Administração e sujeita ao exercício de julgamentos críticos, como descrito
anteriormente, consideramos o tema como área de foco de nossos trabalhos de auditoria.
Nossos procedimentos de auditoria incluíram, entre outros, o entendimento dos controles internos relevantes relacionados à análise de
crédito, bem como testes dos controles sobre o ambiente de tecnologia da informação que suportam a estrutura de controles da
Companhia.
Adicionalmente, obtivemos o entendimento e revisamos as premissas utilizadas para determinação da provisão para crédito de
liquidação duvidosa sobre as contas a receber, considerando o percentual histórico para determinação das perdas esperadas, os
níveis de inadimplência, existência de garantias e eventuais renegociações.
Realizamos uma análise retrospectiva da estimativa registrada no exercício anterior, comparando-a com os resultados reais auferidos
no exercício corrente e testamos os cálculos matemáticos e modelos que suportam a provisão da Administração, identificando e
reportando ajustes considerados não relevantes pela Administração.
Como resultado desses procedimentos, consideramos que os julgamentos e premissas utilizados pela Administração para a
determinação da provisão para crédito de liquidação duvidosa estão razoáveis e as divulgações são consistentes com os dados e
informações obtidos da Administração.

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Outros assuntos
Demonstrações do Valor Adicionado

As demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2018,
elaboradas sob a responsabilidade da Administração da Companhia e apresentadas como informação suplementar para fins de IFRS,
foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da
Companhia.
Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demonstrações financeiras e
registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento
Técnico CPC 09 - "Demonstração do Valor Adicionado". Em nossa opinião, essas demonstrações do valor adicionado foram
adequadamente elaboradas, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são
consistentes em relação às demonstrações financeiras individuais e consolidadas tomadas em conjunto.
Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras individuais e consolidadas e o relatório do auditor
A Administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.
Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas não abrange o Relatório da Administração e não
expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório
da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras
ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no
trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato.
Não temos nada a relatar a este respeito.
Responsabilidades da Administração e da governança pelas demonstrações
financeiras individuais e consolidadas
A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais e
consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS),
emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), e pelos controles internos que ela determinou como necessários para
permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a Administração é responsável pela avaliação da
capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade
operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração pretenda
liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo
de elaboração das demonstrações financeiras.
Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras
individuais e consolidadas
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, tomadas em
conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria
contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de
acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As
distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam
influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas
demonstrações financeiras.
Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento
profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:
•Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas,
independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos,
bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de
distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os
controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.
•Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às
circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas
controladas.
•Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas
pela Administração.

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•Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências
de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em
relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar
atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas ou
incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências
de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se
manter em continuidade operacional.
•Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, inclusive as
divulgações e se essas demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível
com o objetivo de apresentação adequada.
•Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das entidades ou atividades de negócio
do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão
e desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da
auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que
identificamos durante nossos trabalhos.
Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo
os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar,
consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.
Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos aqueles que foram
considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações financeiras do exercício corrente e que, dessa maneira,
constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou
regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o
assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma
perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.
Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2019
PricewaterhouseCoopersMaurício Colombari
Auditores IndependentesContador CRC 195838/O-3
CRC 2SP000160/O-5

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Pareceres e Declarações / Parecer do Conselho Fiscal ou Órgão Equivalente

“PARECER DO CONSELHO FISCAL”


“O Conselho Fiscal da Marcopolo S.A., em cumprimento às disposições legais e estatutárias, de acordo com o disposto no artigo 163,
da Lei 6404/76 e suas posteriores alterações, examinou o relatório da administração e as demonstrações financeiras referentes ao
exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2018. Com base nos exames efetuados, considerando, ainda, o relatório, sem
ressalvas, dos auditores independentes, PwC - PricewaterhouseCoopers, datado de 22.02.2019, bem como as informações e
esclarecimentos recebidos no decorrer do exercício, opinam, por unanimidade, que os referidos documentos estão em condições de
serem apreciados pela Assembleia Geral Ordinária de Acionistas”.
Caxias do Sul, 22 de fevereiro de 2019.
Francisco Sérgio Quintana da Rosa Egon Handel William Cordeiro
Presidente do Conselho Fiscal

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Pareceres e Declarações / Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras

MARCOPOLO S.A.
CNPJ nº 88.611.835/0001-29
Companhia Aberta
NIRE Nº. 43 3 0000723 5
DECLARAÇÃO
Os Srs. Francisco Gomes Neto e José Antonio Valiati, Diretores da MARCOPOLO S.A., sociedade com sede na Avenida Marcopolo, nº
280, Bairro Planalto, nesta cidade de Caxias do Sul, RS, inscrita no CNPJ sob nº 88.611.835/0001-29, em atendimento ao disposto nos
incisos V e VI, do Artigo 25, da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009, declaram que:
a)Reviram, discutiram e concordam com as Demonstrações Financeiras da Marcopolo S.A., relativas ao exercício social encerrado em
31 de dezembro de 2018; e
b)Reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas pela PRICEWATERHOUSECOOPERS – Auditores Independentes, no
Relatório dos Auditores Independentes relativo as Demonstrações Financeiras do exercício social findo em 31 de dezembro de 2018.
Caxias do Sul, RS, 22 de fevereiro de 2019
_______________________________
Francisco Gomes Neto
Diretor
_______________________________
José Antonio Valiati
Diretor e Diretor de Relações com Investidores

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Pareceres e Declarações / Declaração dos Diretores sobre o Relatório do Auditor


Independente
MARCOPOLO S.A.
CNPJ nº 88.611.835/0001-29
Companhia Aberta
NIRE Nº. 43 3 0000723 5
DECLARAÇÃO
Os Srs. Francisco Gomes Neto e José Antonio Valiati, Diretores da MARCOPOLO S.A., sociedade com sede na Avenida Marcopolo, nº
280, Bairro Planalto, nesta cidade de Caxias do Sul, RS, inscrita no CNPJ sob nº 88.611.835/0001-29, em atendimento ao disposto nos
incisos V e VI, do Artigo 25, da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009, declaram que:
a)Reviram, discutiram e concordam com as Demonstrações Financeiras da Marcopolo S.A., relativas ao exercício social encerrado em
31 de dezembro de 2018; e
b)Reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas pela PRICEWATERHOUSECOOPERS – Auditores Independentes, no
Relatório dos Auditores Independentes relativo as Demonstrações Financeiras do exercício social findo em 31 de dezembro de 2018.
Caxias do Sul, RS, 22 de fevereiro de 2019
_______________________________
Francisco Gomes Neto
Diretor
_______________________________
José Antonio Valiati
Diretor e Diretor de Relações com Investidores

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